O documento discute as proibições alimentares religiosas e como Jesus libertou os cristãos dessas restrições. Ele resume que antigamente havia muitos tabus baseados em religiões, mas Jesus ensinou que nada que entra no corpo pode contaminá-lo, apenas o que sai. Cristo libertou os cristãos para comerem qualquer alimento com gratidão a Deus.
1. Uma pergunta. -Sobre alimentos e proibições religiosas!
Boa tarde.
Feliz ano novo!!!
Eis me aqui com novas perguntinhas, e esta é um tanto engraçada!
Ontem, comentei com a minha personal na academia que farei caranguejo no
sábado. Ela por sua vez, (de tal pensamento) , bem como seu marido,
disseram pra eu não comer, porque são seres que vivem na sujeira, que
comem defuntos e isso traria azar pra minha vida. Ah! Tem mais. Eles andam
pra traz e minha vida andaria também!!!
Happy New Year!
Happy new questions!
Então
E VAMOS NÓS!
Sobre alimentos e proibições religiosas!
Leitura básica
2. Novo Testamento
Marcos
7:14 E chamando a si outra vez a multidão, disse-lhes: Ouvi-me vós
todos, e entendei.
7:15 Nada há fora do homem que, entrando nele, possa contaminá-
lo; mas o que sai do homem, isso é que o contamina.
Velho Testamento
Levítico
11: 1 O senhor disse a Moisés e a Aarão: "Dize aos israelitas o
seguinte:
2 entre todos os animais da terra, eis o que podereis comer:
(...) 10 Mas tereis em abominação todos os que não têm barbatanas
nem escama, nos mares e nos rios, entre todos os animais que vivem
nas águas e entre todos os seres vivos que nelas se encontram.
11 A estes, tê-los-eis em abominação: não comereis de sua carne e
tereis em abominação os seus cadáveres.
12 Todos os que nas águas não têm barbatanas nem escamas, tê-
los-eis em abominação.
Todos os povos da antiguidade tinham suas restrições alimentares e
tabus baseados em suas religiões. Em suas lendas.
Nas orientações de seus magos, sacerdotes, pajés, de seus oráculos.
Os tabus alimentares foram transmitidos através, no caso tupiniquim,
das religiões africanas, de movimentos espiritualistas. Algumas
doutrinas esotéricas abraçam restrições e justificam-na com alguma
razão. No caso particular do relacionamento de Deus com Israel,
haviam outros interesses divinos envolvidos na tal proibição.
As superstições e as praticas mágicas dos povos ditavam sua conduta
com relação aos alimentos. As Escrituras não declaram o motivo por
detrás da revelação, é uma ordem, cumpram.
Mas, num mundo sem conhecimento sobre doenças parasitárias, ou
bacterianas e sem condições de higiene e os cuidados de salubridade
atuais, a orientação era bem oportuna. Além disso, os povos da
antiguidade não utilizavam esses animais somente no intuito de
alimentação. Haviam diversas cerimônias e cultos a divindades que
3. se misturavam (na forma, as divindades antigas eram tipo grifos,
imagens de animais, aquelas imagens de deuses gregos bonitinhos
era uma pequena mostra dentro do panteão sagrado da antiguidade
de milhares de divindades, cada uma com um formato e aparência
diferente). Em termos marinhos temos no mínimo Dagon e Poseidon.
A expressão "comida dedicada a ídolos" não era uma
excepcionalidade, era um padrão.
Pois o mundo de então, era absurdamente mágico, místico, ocultista.
Alguns alimentos evocavam, trazia a memória, uma contaminação
religiosa. Haviam instruções rituais dadas ao povo Israelita sobre
animais puros e animais impuros. Ou sobre os limpos e os
contaminados. Estabelecia-se uma dieta, os que não eram limpos,
não poderiam servir de alimentação. Eram para ser considerados
como abominação. O que vem a ser uma abominação? Uma coisa que
você tem nojo. Que te dá enjôo, ojeriza, arrepio na alma. Tipo, comer
barata. Aquilo que você abomina, você rejeita. O lixão é uma coisa
abominável.
Não bastaria dizer só: "não comam essas coisas"? Tinha que tornar o
alimento proibido, abominação?
Você citou a justificativa de um casal religioso:
- Caranguejos comem defuntos!
O que gera essa afirmação? Abominação. A gente fica com nojo,
não quer mais saber da criaturinha que anda pra trás.
Mas essa não é uma visão particular, é compartilhada por várias
ordens místicas ao redor do globo.
Resumindo sempre existiram tabus, de razões e origem religiosas,
culturais, sacerdotais, mágicas, fruto de preceitos humanos,
em todas as civilizações.
Levitico ordena, de modo semelhante, uma dieta. No tempo de
Cristo, em Israel criou-se uma "indústria da purificação" cobrança
abusiva por animais puros, e um manual que tentava ir as raias do
absurdo no que diz respeito as questões alimentares, baseado nos
textos da Lei os judeus compilaram o Talmude. O Talmulde seria
milhares de comentários acrescidos ao Toráh, ao Velho Testamento
como nós conhecemos, e multiplicaram em umas 50 vezes as
proibições contidas no VT.
"Vamos considerar as leis do Talmude quanto ao sábado. Todos os detalhes
referentes a esse assunto abrangem no Pentateuco o espaço limitado de cerca de
quatro páginas, de formato de oitavo. No Talmude requer isso 156 páginas
duplas ou, em outras palavras, um espaço 300 vezes maior. Esta lei sabática
consiste de 24 capítulos de regulamentos minuciosos e de ordenanças. Seu
4. principal propósito é, comentar e definir aquilo que está escrito no quarto
mandamento do decálogo, proibindo o trabalho no sábado. Mencionam-se
trinta e três espécies de trabalhos proibidos. Em seguida, o Misná procura
definir com exatidão escrupulosa em que consiste o 'trabalho' e o que pode ou
não ser permitido.
Por exemplo 'carregar' algo é proibido. Após muita discussão foi determinado o
máximo de peso que pode ser 'carregado' como talvez o de um figo seco. Mas, se
fosse carregada a metade de um figo em duas ocasiões diferentes, reunir-se-iam
estes dois atos para serem um só e seria isto pecado?
Numa outra parte se lê: Aquele que tiver dor de dentes não pode fazer bochecho
com vinagre e lançá-lo fora, pois isso seria como se tivesse usado remédio. No
entanto poderá bochechar com vinagre e logo tragá-lo, o que seria como se
tivesse tomado alimento.
Regras minuciosas são dadas quanto ao vestuário a ser usado no sábado de
manhã, para que não fosse usada alguma peça de vestimenta que induzisse a
algum trabalho. A mulher não pode sair com seus adornos, prendedores, colares
ou anéis, pois em sua vaidade poderia tirá-los e mostrar a alguma amiga e
novamente colocá-los, o que seria 'trabalho' e por conseguinte, pecado.
Também estava proibido às mulheres olharem ao espelho no dia de sábado, pois
poderiam descobrir algum fio de cabelo branco e querer arrancá-lo, o que seria
um grave pecado.
ENTÃO veio JESUS. Acabou com tudo isso, com quaisquer restrição
moral, intelectual, espiritual ou cultural imposta a alimentação.
Não só a alimentação, diga-se de passagem.
Porque?
Quem contamina não só os alimentos, mas como quase tudo que
existe, é o homem! Com suas teorias, com seus rituais, com seus
preconceitos, com sua malignidade, com sua espiritualidade torta.
Jesus então recebe o mundo como herança e por ele dá graças:
1 Naquele momento Jesus exultou no Espírito Santo e disse: "Eu te
louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas
aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai,
porque assim foi do teu agrado.
22 Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é
o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o
Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar". 23 Jesus voltou-se
para os discípulos e disse-lhes em particular: "Felizes os olhos que
veem o que vós vedes! 24 Pois eu vos digo que muitos profetas e reis
5. quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir
o que estais ouvindo, e não puderam ouvir".
A terra inteira, o universo inteiro, é consagrado a Deus em Cristo.
Imagine um pai de família que pudesse se ajoelhar e agradecer de
uma única vez por todo o alimento do planeta, que existe e existirá,
para sempre?
7:15 Nada há fora do homem que, entrando nele, possa
contaminá-lo; mas o que sai do homem, isso é que o
contamina.
E também porque nele todo tipo de maldição foi quebrada. Segundo a
antiga profecia de Isaias:
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores
levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Isaías 53:4
E de acordo com PAULO, Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se
maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado
no madeiro;
Gálatas 3:13
NADA que eu coma, de valor alimentar, pode amaldiçoar minha alma.
Como se através da morte de Cristo, a terra tivesse sido purificada. E os animais
impuros, tivessem se tornado limpos.
Se alguém ofereceu uva à divindade Dionísio, se outro ofereceu a
pesca de camarões a Dagon, se a truta importada foi defumada com
oferendas ao deus da destruição e se a sardinha foi fornecida por
uma organização do anticristo, tanto faz. Se a galinha é do aviário
de uma família sanguinária, se a batata veio de uma terra tomada a
força pelo estado, se quem cultivou sua cana e seu açúcar é escravo.
Se a fazenda que gerou o trigo do qual você come o pão é comprada
com dinheiro nazista, e se azeite que você utiliza é de uma fazenda
italiana herdada dos sobreviventes do fascismo.
6. (Isso não significa que vou comprar coisas de origem não-ética, óbvio)
Tudo que há no mundo pertence a Cristo.
Jesus veio resgatar o mundo para Deus. Com tudo que tem sobre ele,
incluindo nós.
Ele refez assim os laços, refez os pactos anteriores às religiões
humanas, nos reconduzindo até o princípio, até Genesis, até a
primeira palavra dita por Deus ao recém criado ser humano:
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse:
Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai
sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o
animal que se move sobre a terra. Eis que vos tenho dado toda a
erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda
a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para
mantimento. E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos
céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a
erva verde será para mantimento; e assim foi.
Nos conduzindo a uma posição como antes de POLUIRMOS a terra,
antes de MATARMOS uns aos outros, antes de MACULARMOS a terra
com o PECADO.
Em Cristo nós nos servimos do que há no mundo, como se fosse o
primeiro dia em que Adão abriu os olhos e recebeu o direito a toda
fauna e a toda flora.
Então, comer algo ou não não depende mais de leis ou regulamentos,
depende só de nós, do que é ou não agradável ou desagradável,
de nossos hábitos e de nossa herança cultural.
Cuidado com as tradições religiosas herdadas, ou adquiridas sobre
alimentação, para não limitar a liberdade dada em Cristo e se tornar
escrava de algum preceito humano, de novo!