4. Embora algumas áreas do Sudeste tenham sido ocupadas desde o início do século XVI, a primeira atividade econômica que atraiu grande número de pessoas foi a “EXPLORAÇÃO DO OURO” em Minas Gerais, praticada desde o final do século XVII até mais ou menos o final do século XVIII. Milhares de pessoas livres deslocaram-se para a região, muitas delas vindas de Portugal, mas a maioria era de escravos. OURO PRETO UMA DAS PRINCIPAIS CIDADES DA REGIÃO SUDESTE DO SÉCULO XVII E XVIII
5. A EXPANSÃO DO CAFÉ NO SUDESTE: O café se tornou o principal produto agrícola do Brasil na segunda metade do século XIX. No final do século XVIII, o café já era cultivado ao redor da cidade do Rio de Janeiro e expandiu-se primeiro em direção ao Espírito Santo, sul de Minas e Vale do Paraíba
6. São Paulo e as ferrovias do café A expansão do café pelo interior de São Paulo se deu devido a construção de ferrovias, transportando-o até as cidades portuárias, como Santos. Vamos cogitar de um tempo em que a expansão cafeeira estava em avanço pelo interior de São Paulo e Minas Gerais impondo-se alavancando a economia nacional. SANTOS
7. Na segunda metade do século XIX, ao mesmo tempo em que o café se tornava o principal produto da economia brasileira e sua expansão na área cultivada se acelerava, a Lei Eusébio de Queirós, de 1850, pôs fim ao tráfico negreiro, e a Lei Áurea, em 1888, aboliu a escravidão oficial no país. No Vale do Paraíba os cafeicultores utilizaram muita mão-de-obra escrava, mas no auge dessa atividade econômica, quando os cafezais estavam sendo instalados no interior paulista, os escravos foram substituídos por trabalhadores livres, principalmente os imigrantes italianos. No final do século XIX e início do século XX, São Paulo tornou-se o centro de comercialização da produção cafeeira.
16. CERRADO É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente por uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados do Brasil Central. Hoje, restam apenas 20% desse total.Típico de regiões tropicais, o cerrado apresenta duas estações bem marcadas: inverno seco e verão chuvoso.
17. Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas – esses são os Cerrados, uma extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda a Europa Ocidental.
18. Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-terra, a catuaba e o indaiá. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de capim, como o capim-flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre um rio ou córrego, encontram-se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são densas florestas estreitas, de árvores maiores, que margeiam os cursos d’água. Nos brejos, próximos às nascentes de água, o buriti domina a paisagem e forma as veredas de buriti. Jacarandá
19. Mata de Araucária Ocupa uma pequena extensão da região sudeste, parte fronteiriça com a região sul.
20. FOGO NO CERRADO A Fênix do cerrado No Egito e na antiguidade clássica, vivia um belo e esplendoroso pássaro, de origem mítica, com uma plumagem escarlate e dourada e com um canto tão melodioso que encantava a qualquer um. A Fênix, como era chamada, era dotada de uma capacidade extraordinária: tinha uma longevidade sem precedentes. À medida que sentia a morte se aproximar, ela mesma construía um ninho de ervas aromáticas, e com o próprio calor do corpo – cujas penas pareciam labaredas – ateava fogo a si própria e transformava-se em cinzas. Dessas cinzas ressurgia outra ave Fênix e, assim, da morte pelo fogo surgia uma nova e promissora vida. Essa lenda egípcia remete-nos a uma característica bastante peculiar do cerrado: o fogo como fator de continuidade da vida. Parece ilógico imaginar que o fogo possa ser um fator essencial à manutenção da biodiversidade do cerrado, mas se analisarmos algumas de suas principais características, veremos que essa não é uma afirmação tão sem sentido.
21.
22. Antigamente, a Mata das Araucárias ou dos Pinheiros-do-Paraná, estendia-se do sul dos estados de Minas Gerais e São Paulo até o sul do Rio Grande do Sul, avançando pelo extremo Nordeste da Argentina. Sua extensão era 100.000 km2. Na sombra dos pinheiros, cresciam muitas outras espécies, como o cedro, a imbuia, a canela, a gameleira, a timbuia e o angico. Mas este ecossistema está praticamente extinto e com ele, diversas espécies de roedores, inúmeras aves e insetos que se alimentavam do pinhão, fruto dos pinheiros, também estão ameaçados de extinção pois durante 150 anos, a Mata dos Pinhais alimentou a indústria madeireira do Sul, que a empregava na construção de casas e no fabrico de móveis. Mais tarde, por volta dos anos 20 a 60, descobriu-se o mercado externo para a araucária, e a consequente escassez dos pinheiros Hoje, metade das araucárias ainda restantes está confinada em "museus", ou seja, as áreas de preservação aos cuidados dos estados e do governo federal. Restam menos de 300.000 hectares, área equivalente a uma das grandes fazendas do Norte do País, que representam a adaptação da Mata Atlântica a um clima subtropical, mais temperado.