2. Quando vem o desespero, uma igreja não basta, uma palavra não basta, um conselho não basta. Abrimos a Bíblia, mas queremos que Deus fale audivelmente.
3. Precisamos da resposta. Nossos porquês são urgentes, são desesperados. A necessidade de estar consolado, alimentado, aquietado é gigantesca. Tudo o mais é estéril. Queremos apenas ouvir, ouvir e crer.
4. Deus mesmo tem de aquietar-nos nesses momentos, agindo em toda sua plenitude para caminharmos com as misericórdias renovadas como o clarear de um novo dia, quando os primeiros raios de sol deixam distantes as trevas.
5. Muitas vezes me senti assim. E sei que pessoas que perderam um filho também, assim como aquelas que aguardam o resultado de um exame de cujo prognóstico já se tem noção.
6. Olhando armários vazios de roupas de maridos, esposas, filhos, mães e pais que partiram. São horas de desespero. Queremos mais. Ansiamos pela mão graciosa do Senhor Jesus nos indicando o caminho e percorrendo-o passo a passo conosco.
7. Ansiamos pelo consolo do Espírito que enxuga nossas lágrimas que teimosamente não nos abandonam. Ansiamos pelo Deus Todo-poderoso com suas hostes celestiais executando justiça.
8. Tudo é muito difícil quando a crise chega, invade e derruba. Só erguemos lamentos, e Deus, mais do que ninguém, compreende. Feito homem, soube o que foi padecer e sentir dores.
9. Nessa hora, se existe algo a fazer, é lembrar que quanto mais profunda a ferida, maior é a mão curadora de Deus. Maior é a mão que enxuga as lágrimas. Maior o colo onde nos resta o descanso.
10. O sentimento desse instante é falho. Vai passar. O amor de Deus e sua paz excedem todo o entendimento e agirão daqui a pouco.
11. Não sou eu, que escrevo. Não é você, que lê. É Jesus que está tomando conta de tudo a partir de agora.