SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 34
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

                  Instituto Politécnico - IPOLI

             Graduação em Engenharia de Produção

                        Campus RAJA




                    Thiago Baldi Fernandes




            TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CÁLCULO DE PERDAS DE PRODUÇÃO ATRAVÉS DE INDICADORES KPI




                        Belo Horizonte

                             2012
Thiago Baldi Fernandes




            TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CÁLCULO DE PERDAS DE PRODUÇÃO ATRAVÉS DE INDICADORES KPI




                                  Trabalho de conclusão de curso
                                  apresentado ao Centro Universitário
                                  UNA como requisito parcial para
                                  aprovaçãodo curso de Engenharia de
                                  Produção do Centro Universitário UNA.



                                  Professor/ Orientador: Renato Aguilar




                      Belo Horizonte

                           2012
AGRADECIMENTOS



       Agradeço a VALE, Diretoria de Ferrosos Sul, Gerência de Controle de
Produção e Informações Gerenciais pela a oportunidade de estágio e de
desenvolvimento do trabalho na área.




       Agradeço a Gerente Fernanda Starling e ao Engenheiro Patrick
Fernandes, pela oportunidade no desenvolvimento do tema e a imensa ajuda
no desenvolvimento, acompanhamento e conclusão deste trabalho.
RESUMO



          Um dos principais caminhos para reduzir custos de produção e
consequentemente aumentar acompetitividade é minimizar perdas para que se
caminhe para condições ideais de produção. A tarefanão é fácil e requer
esforço e envolvimento substancial de todos os níveis hierárquicos das
organizações. Muitas metodologias são adotadas, masnem todas são
eficientes, talvez os processos não foram bem estudados, entendidos ou
estruturados pelas empresas, portanto torna-se       papel fundamental e
estratégico o conhecimento profundo sobre seus processos produtivos e suas
perdas.

          Os   indicadores   de      desempenho   como   o   KPI   -   Key
PerformanceIndicators e o OEE - Overall EquipmentEffectiveness tem se
mostrado uma ferramenta útil na gestão dos processos nas organizações a que
utilizam, onde tais planejamentos levam os colaboradores a direcionar seus
esforços aos fatores críticos de sucesso das organizações. Desta forma, no
desenvolver deste trabalho será mostrado como foi desenvolvida a análise de
perdas de produção em usinas de beneficiamentos de minério utilizando
indicadores KPI’snadiretória DIFL.




Palavras Chave:

KPI, Produção, Perdas de Produção.
LISTAS DE FIGURAS

Figura 1- Relacionamento entre o OEE e seus índices e perdas. ......................... 11

Figura 2 – Evolução de produções Vale ................................................................ 18
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Distribuição das horas dos equipamentos ............................................. 10

Tabela 2 – Cálculo perda total ............................................................................... 22

Tabela 3 – Cálculo perda parcela IDF ................................................................... 23

Tabela 4 – Cálculo perda parcela IU ..................................................................... 24

Tabela 5 – Cálculo perda parcela Tonelagem por Hora Trabalhada ..................... 24

Tabela 6 – Cálculo perda parcela Tonelagem por Recuperação Mássica ............. 25

Tabela 7 – Apuração da perda total parcela de indicadores .................................. 26
LISTA DE FÓRMULAS

Fórmula 1 – Cálculo OEE ...................................................................................... 12

Fórmula 2 – Cálculo perda parcela IDF ................................................................. 22

Fórmula 3 - Cálculo perda parcela IU .................................................................... 23

Fórmula 4 - Cálculo perda t/Ht Alim. ...................................................................... 24

Fórmula 5 - Cálculo perda Rm%.. .......................................................................... 25
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 5

  1.1 Justificativa do Tema ...................................................................................... 6

  1.2 Problema......................................................................................................... 6

  1.3 Objetivos ......................................................................................................... 7

  1.4 Objetivos Específicos ...................................................................................... 7

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 7

  2.1 Processo Produtivo de Minério de Ferro ......................................................... 7

  2.2 Indicadores ..................................................................................................... 8

     2.2.1      KPI- Key Performance Indicators .......................................................... 9

     2.2.2      OEE (Overall Equipment Effectiveness).............................................. 10

  2.3 Perdas de Produção ..................................................................................... 13

     2.3.1      Perdas e Desperdícios ........................................................................ 13

     2.3.2      Tipos de Perdas .................................................................................. 13

        2.3.2.1Perdas nos Equipamentos ................................................................ 14

        2.3.2.2Perdas nos Recursos Humanos e Insumos ...................................... 15

3 METODOLOGIA .............................................................................................. 16

4 ATUAÇÃO NA EMPRESA PESQUISADA ...................................................... 17

     4.1.1      DIFL – Diretoria Ferrosos Sul.............................................................. 18

     4.1.2 GAPSL - Gerência de Controle de Produção e e Informações
        Gerênciais.................................................................................................. 19

  4.2 Definição da Equipe de trabalho ................................................................... 19

  4.3 Intervenções ................................................................................................. 20

  4.4 Conceitos de KPI .......................................................................................... 20

  4.5 Cálculo Perda Total....................................................................................... 22

     4.5.1      Cálculo através do Índice de Disponibilidade Física (IDF) .................. 22
4.5.2     Cálculo através do Índice de Utilização (IU) ........................................ 23

     4.5.3     Cálculo através da Tonelagem por Hora Trabalhada .......................... 24

     4.5.4     Cálculo através da Recuperação Mássica .......................................... 25

     4.5.5     Resultado do cálculo das parcelas de perdas ..................................... 25

5 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHO FUTUROS ..................................... 26

6 CONCLUSÃO .................................................................................................. 27

7 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 28
1   INTRODUÇÃO

        Nos dias atuais, as empresas em geral, falam sobre o crescimento da
facilidade de obtenção de informações, as empresas passaram a conviver com
um grande problema, o excesso de informações.

        Muitas ferramentas se apresentam no sentido de estruturar uma
disciplina na gestão de informações, Key PerformanceIndicators (KPI) e Overall
EquipmentEffectiveness (OEE).

        Neste contexto, este trabalho desenvolve o estudo e então o
conhecimento destas ferramentas, KPI e OEE como instrumentos de gestão,
organizando e direcionando os negócios focados na perda de produção.

        Este trabalho esta dividido em duas partes:

        A primeira parte aborda os Indicadores Chave de Desempenho (ICD),
KPI, que possibilita quantificar separadamente os dados, a partir das
classificações das horas em que um equipamento industrial operou e sua
produtividade. Aborda-se também sobre OEE - Overall EquipmentEffectiveness
que é um indicador que expressa o percentual de desempenho do
equipamento na sua plenitude, considerando a situação real de paradas para
manutenção tanto corretiva quanto programada, disponibilidade física, desvios
ou reprocesso de produtos juntamente com a produtividade do próprio
equipamento. Todos estes assuntos relacionados à análise de perdas de
produção.

            Na segunda, parte e mostrado um a case de como foi elaborado um
    método para análise (case) e quantificação de perdas de produção através
    dos ICD’s.




                                                                            5
1.1       Justificativa do Tema

              Desde 1950 um grande crescimento no mercado de minério de ferro
vem ocorrendo, onde se encontram três grandes líderes 1 no consumo deste
produto para siderurgia, são eles: China, Estados Unidos e Japão. De acordo
com a World Steel Association2, a produção de aço mundial atingiu uma
produção de 1,5 bilhões de toneladas em 2011.

              Tal estudo justifica-se não só pelo cenário marcado por acirrada
concorrência em que as empresas se encontram, mas também pelas melhores
práticas e necessidade de criação de métodos de análises para a eliminação
de perdas no processo produtivo para que custos sejam reduzidos e a
produtividade aumentada atendendo assim a demanda do mercado siderúrgico
mundial, que de acordo com a TexReport3 em 2012 haverá um aumento no
mercado de minério de ferro de 860 Milhões de toneladas métricas (Mtm)
(2008) para 1.115 Mtm (2012).

              Portanto, como as perdas na produção influenciam a produção,
qualidade e os custos dos produtos?Como é feito uma análise de perdas para
que seja possível atender os clientes nacionais e internacionais no prazo
estabelecido e com baixo custo em produção?

1.2       Problema

              As perdas de produção impactam todo o processo produtivo, além de
gerar retrabalhos fazendo que o custo de produção se eleve tornando-se a
empresa menos competitiva no mercado.

              Não havia uma modelo para avaliação das perdas de produção em
cima dos indicadores chave de desempenho, sendo assim a perda era apurada
somente em comparação (orçado x realizado) sem ter a quantificação exata de
massa perdida por cada indicador. Da maneira que era realizado essa
comparação não se tinha condições de saber quanto se perdia pela falta de
uma melhor qualidade no processo, serviços e logística.

2 -http ://www.worldsteel.org/media-centre/press-releases/2012/2011-world-crude-steel-production.html - Publicado em
       2012

3
    -http://www.texreport.co.jp/xenglish/ - Publicado em 2012

                                                                                                                  6
1.3   Objetivos

        O presente estudo tem como objetivo mostrar como uma empresa é
capaz de criar análises de perdas de produção para que sejam encontradas
pontualmente as falhas, desejando assim eliminar perdas para que a mesma
possa atender seus clientes aumentando assim sua competitividade perante o
mercado.

1.4   Objetivos Específicos

       Apresentação de indicadores dos equipamentos (OEE, KPI);
       Apresentação dos principais fatores de perdas de produção;
       Apresentação do case da análise de perdas de produção;


2     REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1   Processo Produtivo de Minério de Ferro

                    O tratamento de minério é o campo da engenharia mineral que se
                    ocupa do processamento dos minerais, visando sua valorização junto
                    ao mercado e possibilitando sua utilização racional pela metalúrgica,
                    (FERNANDES 2011, p. 3).


        O minério de ferro é extraído principalmente pelo beneficiamento da
Hematita compacta, que possui coloração negra a cinza-azulada e teores de
Fe superiores a 66%.

        Uma vez extraída do solo, a hematita é detonada e posteriormente
segue para a 1ª parte do processo produtivo que é a britagem primária. Nesta
fase, as rochas têm suas medidas reduzidas para seguir para a britagem
secundária onde o produto segue por peneiras que irão classificá-los de acordo
com as medidas granulométricas.

        Após a primeira fase, o minério segue para uma Usina de Tratamento
de Minério – ITM, que é o foco da aplicação do método para cálculo de perdas
de produção deste trabalho. Os produtos após o beneficiamento são estocados
em pilhas distintas de acordo com a sua classificação, seguindo um rígido
controle de suas qualidades físico-químico, através de análises laboratoriais
feitas periodicamente. A partir desses resultados, esses materiais são
                                                                                       7
blendados (misturados) e expedidos de acordo com a especificação de
produtos previamente definidas pela área comercial.

2.2   Indicadores

         Indicadores são instrumentos importantes para controle da gestão e
verificação e medição de eficiência e eficácia.

                      Indicadores são importantes não apenas nas áreas operacionais
                      como também nas administrativas e estratégicas e a importância dos
                      indicadores justificam-se, dentre outros motivos, por aumentarem a
                      transparência da gestão e facilitarem o diálogo entre os mais diversos
                      grupos sociais organizados (KAYANO; CALDAS 2007, p.108).

        Mais importante que a definição, é destacar algumas ideiaschave que
estão nela presentes:

       Indicadores é um instrumento, ou seja, um indicador não é um fim em si,
       mas um meio;
       Indicadores são medidas, uma forma de mensuração, um parâmetro,
       quer dizer, o indicador é um instrumento que sintetiza um conjunto de
       informações em um "número", permite medir e comparar determinados
       fenômenos, ou acompanhar sua evolução ao longo de determinado
       tempo;
       Indicadores   podem      ser   utilizados    para    verificação,     observação,
       demonstração, avaliação, ou seja, o indicador permite observar e
       mensurar determinados aspectos de produtividade e qualidade. Podem-
       se comparar os indicadores a "momentos" diferentes de acordo com a
       demanda do período;

        Adotando-se técnicas de ponderação dos valores, é possível criar
índices que sintetizem um conjunto de aspectos da realidade e representem
conceitos mais abstratos e complexos tais como: qualidade, desempenho,
produtividade ou, ainda, o próprio nível de desempenho de uma gestão. Estes
indicadores estão sempre sujeitos a questionamentos, pois a escolha dos
aspectos da realidade a serem considerados é influenciada por opções
estratégicas e distintas visões dos objetivos a serem alcançados.

        Os indicadores estabelecem certo padrão normativo a partir do qual se
avalia o estado da realidade em que se quer intervir, construindo um
                                                                                          8
diagnóstico e definindo estratégias e prioridades, ou avalia-se o desempenho
das políticas e programas, medindo-se o grau em que seus objetivos foram
alcançados (eficácia), o nível de utilização de recursos (eficiência) ou as
mudanças realizadas no estado operacional (impacto).

2.2.1 KPI- Key PerformanceIndicators

       Os Indicadores Chave de Performance(KPI) são ferramentas que
possibilitam quantificar, por exemplo, o desempenho de equipamentos, a fim de
se obter um retorno através da sua melhor utilização, levando a maior
produtividade e consequente redução de custos.

       A definição de quais indicadores chaves de desempenhos serão
necessários para apontarem os resultados, são de responsabilidade dos altos
executivos das organizações, que servirão de apoio para os diagnósticos e
tomadas de decisão. Segundo KAPLAN; NORTON (1997), o KPI é utilizado
para quantificar o planejamento estratégico em execução da empresa, são
indicadores ou medidas chaves para avaliar o desempenho do negócio.
Exemplos de KPI´s:

Equipamento Operando:

      Hora Efetiva (HEF) - É a hora produtiva, o tempo em que o equipamento
      está efetivamente trabalhando.

Equipamento Parado:

      Atraso Operacional (AO) - é o tempo em que o equipamento está
      improdutivo por algum motivo que é gerenciável pela supervisão direta
      da operação;
      Hora Ociosa (HO) - é o tempo em que o equipamento está parado por
      razões estratégicas ou por falta de trabalho naquele momento;
      Hora De Impedimento Operacional (HIO) - é o tempo em que o
      equipamento está pronto para operar, mas não o faz por fatores alheios
      à supervisão direta da operação;




                                                                            9
Hora De Manutenção (HMp - HMc) - equipamento indisponível por
         manutenção, preventiva ou corretiva;

           A partir destes exemplos citados acima, pode-se desenvolver uma
tabela de distribuição dos KPI´s, organizando as informações de forma a
atender as necessidades de conhecimento dos gestores das organizações:




Tabela 1- Distribuição das horas dos equipamentos
Fonte: Kaplan e Norton (1997).


           A tabela acima representa a distribuição de horas definindo assim os
KPI´s para o gerenciamento das operações de um equipamento por exemplo.
Em Horas Horizontes (HH) se tem às 24 horas do dia, que pode se dividir em
Horas Disponíveis (HD) e Horas de Manutenção (HM), as Horas de
Manutenção divide-se em Horas de Manutenção Preventivas (HMp) e Horas de
Manutenção Corretivas (HMc), já as Horas Disponíveis divide-se em, Horas
Trabalhadas (HT) e Horas Reservas (HR), nas Horas Trabalhadas, tem-se as
Horas Efetivas (HEF), que são as horas que efetivamente os equipamentos
geraram produtos finais ou pré-produtos, dependendo de sua finalidade, e os
Atrasos Operacionais, que podem ser ajustes de “setup” do equipamento, nas
Horas Reservas, tem-se as Horas de Impedimento Operacionais (HIO), que
são equipamentos posteriores ou anteriores fora de operação, impedindo o
funcionamento de outro equipamento, paralisando o processo, e as Horas
Ociosas (HO), que são os momentos em que não existe a programação de
funcionamento do equipamento.

2.2.2 OEE (Overall EquipmentEffectiveness)

           A      Eficiência        Global          dos   Equipamentos     (OEE    –   Overall
EquipmentEffectiveness) é um indicador que surgiu na metodologia de gestão
industrial TPM – Total ProductiveMaintenance. Na atualidade, o TPM é
utilizado em diversas empresas ao redor do mundo a fim de aprimorar a
capacidade de seus equipamentos e reduzir os desperdícios. Sua metodologia
comprovadamente               “promove         melhorias    no   sistema    do    equipamento,

                                                                                            10
procedimentos operacionais, manutenção e desenvolvimento de processos
evitando problemas futuros” (SANTOS, 2009). Logo, a meta do TPM é
aumentar a eficiência do equipamento como um todo, ou seja, cada parte do
equipamento deve ser operada e mantida, buscando sua total potencialidade.

           O OEE é uma ferramenta utilizada para medir as principais perdas dos
equipamentos (envolvendo índices de disponibilidade de equipamentos,
desempenho e qualidade), sendo que a atividade mais importante no processo
de cálculo do OEE é a identificação dessas perdas. Além disso, o OEE é um
indicador muito útil para analisar as operações gargalo – as que restringem a
produção.

           O OEE é mensurado a partir da estratificação de seis grandes perdas:
quebra, setup e ajustes, ociosidade e pequenas paradas, redução de
velocidade, defeitos de qualidade e retrabalhos e startup. Sendo assim, “tal
índice é calculado através do produto dos índices de Disponibilidade,
Desempenho e Qualidade” (NAKAJIMA, 1989). Portanto, o cálculo do OEE é
fundamental para uma análise precisa e para um adequado direcionamento de
ações visando à quebra dos gargalos da linha de fabricação.




Figura 1- Relacionamento entre o OEE e seus índices e perdas.
Fonte: Áureo José Pillmann Chiaradia, 2004



           Segundo LJUNGBERG (1998), antes do advento do OEE, somente a
disponibilidade era considerada na utilização dos equipamentos, o que
resultava no superdimensionamento da capacidade. O OEE permite, através
do seu desdobramento, identificar onde se encontram os potenciais de
melhoria de eficiência na fábrica, indicará a direção de atuação que as equipes
de trabalho deverão seguir para obter continuamente o aumento da eficiência


                                                                             11
dos equipamentos, envolverá todas as áreas da empresa por meio de um
indicador e auxiliará a liderança na administração dos recursos de suas áreas
de negócio.

OEE = Disponibilidade X Desempenho X Qualidade
Fórmula 1 – Cálculo OEE
Fonte: Áureo José Pillmann Chiaradia, 2004


           O índice disponibilidade representa a relação existente entre tempo
total disponível do equipamento, dependendo do período de análise (também
chamado de tempo de carga), com o tempo em que o equipamento
efetivamente ficou em operação. O tempo de carga resulta da diferença entre
os tempos de jornada de trabalho e de paradas programadas pela produção,
representada por manutenções programadas, manutenções preventivas, tempo
de descanso, limpeza do equipamento, treinamentos, entre outras concessões.
As paradas programadas não são consideradas no cálculo de eficiência. As
paradas não programadas se dão devido às perdas “quebra” e “setup e
regulagens”.

           O índice desempenho é composto pelas perdas por queda de
velocidade que demonstra o quanto o tempo de ciclo real está próximo ao
tempo de engenharia ou tempo teórico, ou seja, avalia o ritmo de produção de
equipamento e as perdas por pequenas paradas.

           A qualidade, terceiro índice que compõe o cálculo de eficiência, é
relativa à geração de produtos defeituosos, que resultam em refugos e
retrabalhos.

                              O OEE é mensurado a partir da estratificação de grandes perdas e
                              então calculado através do produto dos índices de Disponibilidade,
                              Performance e Produtividade, sendo que um OEE de 85% deve ser
                              buscado como meta ideal para os equipamentos (NAKAJIMA1989,
                              p.163).




                                                                                             12
2.3    Perdas de Produção

2.3.1 Perdas e Desperdícios

         As perdas sempre acontecerão em qualquer processo produtivo,
quanto mais perdas, maior será seu custo na produção, maior custo agregado
no produto final, menor a eficiência e a produtividade de seu sistema, com tudo
o sistema de produção poderá ser medido de acordo com as perdas inerentes a
ele.

         ParaBRINSON(1996,p.80),perdas e desperdícios são constituídos
pelas atividades que não agregam valor e que resultam em gastos de tempo,
dinheiro, recursos sem lucro, alémde adicionarem custos desnecessários aos
produtos. Atividades que não agregam valorsãoasquepodemser eliminadas sem
que haja deterioração no desempenho da empresa (custo, função, qualidade e
valor agregado).

         Nesta mesma linha, Nakagawa (1993, p.19) atribui como desperdício
todas as formas de custos que não adicionam qualquer valor ao produto,
sobaóticadoconsumidor. Exemplifica-secom o caso de uma mineradora que só
adiciona valor ao minério de ferro quando se extrai e beneficia o mesmo,
qualquer coisa, além disso, configura-se como desperdício. Por esta definição,
estocar, qualquer forma de inspeção, testes, transportes, preenchimento de
controles    internos,   perdas    durante    o    processo,   atividades   de
reprocessamentoeatendimento de garantias e outros seriam formas de
desperdícios.

         Eliminar desperdício não é uma atividade fácil, para que os produtos
não sejam perdidos devem-se analisar todas as atividades presentes e
executadas na empresae se possível excluiraquelasque não proporcionam um
maior valor à produção, ao produto e ao cliente.

2.3.2 Tipos de Perdas




                                                                            13
De acordo com GCE-Consulting as perdas podem ser classificadas
conforme tópicos abaixo4.

2.3.2.1 Perdas nos Equipamentos

           Manutenção            programada:           perda          de    tempo         por       desligamento
decorrente        de     manutenção            periódica          conforme         calendário             anual       de
manutenção;

           Quebras:perda de tempo devido à parada inesperada doequipamento
em decorrência de quebras ou falhas durante o regime normal de produção

           Setup:Trocam de produtos eajustes perdas de hora x máquina entre o
final da produção de um produto e o início da produção do produto seguinte
livre de defeitos inclusive ajustes necessários;

           Troca de ferramentas e gabaritos: perda de tempo decorrente da
substituição de ferramentas ou gabaritos necessários á continuação da
produçãopodendo ser causada por desgaste normal quebra ou fim da vida útil;

           Partida        e     desligamento:perdas                   de       tempo          causadas           pelos
procedimentos           de     partida       após      período         planejado          de       inatividade          e
desligamentopara período planejado de parada de equipamento e perdas
decorrentes dotempo ocioso entre operações;

           Espera: perda causada pela espera por instrução de ordens de
produção ou espera por materiais mãodeobra e ou insumos de maneiranão
programada;

           Baixas        velocidades:pequenasparadas                       e      ociosidade          perdas          de
produção equivalentes em tempo causadas pelo fato de a máquina estar
trabalhando com velocidade abaixo daprojetada ou a pequenas paradas devido
a problemas temporários;




4
      - Informações retiradas do relatório de Investimentos       e   Produção,   publicado   no   site   http://www.celso-
    foelkel.com.br/artigos/outros/6_Producao%20sem%20perdas.pdf

                                                                                                                       14
Defeito e retrabalho: perdas deprodução equivalentes em tempo
emvista da fabricação de produtos defeituosos descartados ou retrabalho
derecuperação ou rebaixamento paraproduto de segunda categoria.




2.3.2.2 Perdas nos Recursos Humanos e Insumos

        Falhas administrativas:perdasde tempo do homem na espera durante
processos administrativos como espera por materiais e por instruções
etrabalhos extraordinários;

        Falhas operacionais: perdas detempo do homem relacionadas ao
nãocumprimento dos padrões de trabalhopreviamente estabelecidos;

        Falha   logística:    perdas   de   tempodo     homem   relacionadas ao
excessivomovimento ou deslocamento layout deficiente falta de sistemas
automatizadosou mesmo sistemas mal projetados;

        Desorganização        da   produção:   perdas   de   tempo   do   homem
relacionadas à desorganização da linha de produção que causam movimentos
desnecessários esperas ou ainda dificuldades para arealização dos trabalhos;

        Medição e ajustes excessivos: perdas de tempo do homem
relacionadas à utilização de horas x homemem excessivos controles medições
eajustes para evitar a ocorrência deprodutos defeituosos;

        Rendimento de material:perdasem volume e peso devido à diferença
depeso entre todas as matérias primas eos produtos finais, por exemplo,
espessuras desnecessárias, etc.;

        Perdas no fluxo de produção: por superprodução perdas decorrentes
da produção de uma grande quantidade sem necessidade ou de produçãomais
rápida que a demanda do clientepor transporte desnecessário perdas causadas
por qualquer movimentação de material não compatível como sistema de
produção Just intime

                                                                             15
Movimentos desnecessários: perdas devido a qualquer movimento dos
recursos humanos que não adiciona valor;

           Estoque       desnecessário:perdascausadas        por       qualquer
abastecimentoem excesso que não ajude o fluxo de produção;

           Processamento       redundante:      perdas      decorrentes      de
processamentosdesnecessários que não adicionam valor ao produto;

           Correção perdas devido à necessidade de separar inspecionar
consertar ou refugar um produto ou serviçopara satisfazer as exigências do
cliente;


3      METODOLOGIA

           Metodologia “pode-se definir método como caminho para se chegar a
determinado fim. E método científico como o conjunto de procedimentos
intelectuais e técnicos adotados para se atingir o conhecimento.” (GIL, 1999, p.
27).

           Segundo GIL (1999), a pesquisa do tipo exploratória, tem como
principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias,
tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses
pesquisáveis para estudos posteriores.

           O presente estudo caracteriza-se como exploratório, pois se pretende
obter maiores informações sobrea metodologia de uso de indicadores KPI,
como eles podem ser utilizados para medir a eficiência das usinas de
beneficiamento de minério (OEE), como eles ajudam na tomada de decisões
para o planejamento de produção e sendo utilizado para que as perdas possam
ser quantificadas gerando uma decisão focada para que o problema ocorrido
possa ser tratado e não volte a se repetir gerando assim uma maior
produtividade para a empresa e criando um método padrão para análise de
perdas de produção difundindo assim o conhecimento para os demais
interessados.



                                                                             16
4     ATUAÇÃO NA EMPRESA PESQUISADA

4.1     Introdução


            A Vale S.A. é uma mineradora brasileira com sede no Rio de Janeiro
fundada em junho de 1942. Presente nos cinco continentes, a empresa possui
capital aberto e foi registrada na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro em
outubro de 1943.Em 1974 se tornou a maior exportadora de minério de ferro,
em 1997 a Companhia Vale do Rio Doce foi privatizada, em 2006 a Companhia
adquiriu a INCO segunda maior produtora de Níquel do mundo e em 2007 a
empresa passou a se chamar somente VALE e adquiriu a AMCI HÁ,
expandindo a mineração de carvão se tornando a 31ª maior companhia do
planeta, alcançando um valor de mercado de R$ 289 bilhões,


            Com sede no Brasil, presente em 38 países, segunda maior empresa
mineradora do mundo e a maior das Américas é a maior produtora mundial de
minério de ferro e pelotas, segundo lugar na produção de níquel. Está entre os
maiores produtores mundiais de manganês e de ferro ligas pesquisando,
produzindo e comercializando cobre, carvão, potássio, fertilizantes, cobalto,
metais do grupo da platina e metais preciosos, atuante nos segmentos de
Logística, Energia e Siderurgia.

            Alinhado a política de gestão, sua missão é transformar recursos
naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável alinhados com sua
visão de ser a empresa de recursos naturais global número um em criação de
valor de longo prazo, com excelência, paixão pelas pessoas e pelo planeta,
criando e estimulando os valores de a vida em primeiro lugar, valorizar quem
faz a nossa empresa, cuidar do nosso planeta, agir de forma correta,
crescer e evoluir juntos, fazer acontecer.5

            De acordo com o relatório de desempenho 2011, a Vale bateu recordes
de receita operacional (US$ 60,4 bilhões), lucro operacional (US$ 30,1 bilhões),
margem operacional (48,5%), geração de caixa (US$ 35,3 bilhões) e lucro



5 - Informações retiradas do relatório de Investimentos e Produção, publicado no site da empresa www.vale.com.



                                                                                                                 17
líquido (US$ 22,9 bilhões). Os embarques de minério e pelotas atingiram
recordes, com quase 300 milhões de toneladas em 2008.

            Mesmo com problemas climáticos no Brasil, Austrália, Indonésia e
alguns problemas operacionais, três recordes anuais de produção foram
alcançados – minério de ferro (322,6 Mt), pelotas (51,8 Mt) e carvão (7,3 Mt).1

            Extremamente comprometida na criação de valor para os acionistas e
com foco na eficiência da gestão de capital, a Vale em 2011promoveu um
retorno aos acionistas no valor recorde de US$ 12 bilhões.6

            Considerando as produções desde 2007 houve crescimento na
demanda do mercado consumidor a partir de 2009, precisando assim de
investimentos em novos projetos para garantir o atendimento dos clientes,
gerando recordes em produção. O oriente lidera as importações de produtos
Vale. Em 2012 estima-se uma produção elevada conforme quadros abaixo:




Figura 2–Evolução de produções Vale
Fonte: Relatório de Produção Vale 2011/2012


4.1.1 DIFL – Diretoria Ferrosos Sul

            A DIFL é uma diretoria operacional de ferrosos na qual o trabalho de
estágio supervisionado será elaborado. A DIFL concentra-se suas operações
em Minas Gerais, subdividida em 3 complexos, GEMIL (Itabiritos), GEGVL
(Vargem Grande) e GECPL (Paraopeba), abrange 16 Municípios mineiros,

6 - Informações retiradas do relatório de Investimentos e Produção, publicado no site da empresa www.vale.com

                                                                                                                18
tendo em sua gestão 13 Minas, 16 Usinas de Beneficiamento, 6 terminais
ferroviários de carregamento ainda utilizam dois terminais marítimos situados
no Rio de Janeiro.
        Seu portfólio concentra-se em: Minério Granulado, Hematitinha,
SinterFeed, Pellet Feed e ainda fornece minério para produção de pelotas de
minério de ferro.

4.1.2 GAPSL - Gerência de Controle de Produção e e Informações
       Gerênciais

        Responsável pela gestão e planejamento da produção da DIFL a fim
de disponibilizar produtos para venda nas quantidades e qualidades
especificadas alinhado com especificações de capacidade de produção,
buscando otimizar e atingir as metas de acordo com orçamento anual
registrado no FAP (Fluxo Anual de Produtos). Com a gestão e planejamento a
atividade de informações gerenciais também e executada pela gerência,
responsável por consolidar e divulgas as informações gerenciais, realizando a
interface entre a DIFL e demais áreas corporativas da Vale, consolidando os
indicadores   de     desempenho    operacional   de   cada    complexo,    para
acompanhamento dos resultados e realização de análise para assim fornecer
informações estratégicas para tomada de decisão.

4.2   Definição da Equipe de trabalho

        A equipe definida para atuação na tarefa designada pela diretoria foi
composta por membros da gerencia GAPSL, composta por dois analistas
operacionais plenos com conhecimentos sobre produção e beneficiamento de
minério de ferro e um estagiário da área. A proposta do trabalho foi que através
dos indicadores KPI pudesse mensurar em toneladas a quantidade de perdas
em cima de cada indicador.

        A equipe se reunia diariamente para que sugestões e métodos para os
cálculos fossem traçadas a fim de atender o objetivo e prazo determinado pela
diretoria sendo assim criando um network e know-how para que toda a diretoria
se alinhasse sobre o tema KPI e cálculo de perdas de produção, criando assim
um modelo único para a análise de perdas.


                                                                             19
4.3    Intervenções

         A diretoria de Ferrosos Sul como as demais diretorias da Vale possui
um orçamento para o ano vigente que se desdobra em várias vertentes que
sustentam o orçamento financeiro da companhia. Dentre tais vertentes existe o
orçamento de produção que por sua vez é elaborado considerando diversas
variáveis operacionais, projetos, pesquisas e recursos humanos.

         Os indicadores de desempenho operacionais servem como referência
para determinar a capacidade produtiva das usinas e equipamentos, além de
referenciar as áreas de manutenção e operação.

         Iniciada a produção do ano, foi verificado que em algumas usinas
produtivas a produção orçada não foi atingida gerando assim um déficit de
produção que deveria ser tratado. Até o momento conhecia-se somente o valor
(massa) faltante e não existia um modelo que pudesse desmembrar tal perda
associando os indicadores de desempenho para que fosse encontrada a
parcela que cada indicador representava na perda total.Diante de tal cenário,
foi desenvolvido o trabalho à seguir.

4.4    Conceitos de KPI

        Depois de ter entendido a solicitação da diretoria, criar o grupo para a
criação do método e compartilhar e receber informações com as áreas de
produção e gestão o grupo apresentou como seria o cálculo de perdas.


Conceitos principais de ICD's utilizado na VALE – KPI

HH = HT+HM+HR
HT = HE+AO
HM = HMC+HMP
HR = HO+HIO
IDF=Indíce de Disponibilidade Física= ((HH-HM)/HH)x100
IU=- Índice de Utilização – É calculado através da fórmula IU = HT / (HH-HM) x
100.
Tonelagem por Hora Trabalhada – A produtividade é calculada através da
fórmula Produção Bruta / HT ou Alimentação / HT (t/Htalim).
                                                                             20
Recuperação Mássica – (Tonelagem Produzida/Tonelagem Alimentada) x 100


       O método utiliza como referência os dados que compuseram o
orçamento, realizando então o confronto dos indicadores Orçado x Realizado a
fim de saber onde as perdas se encontram considerando sempre as seguintes
informações: Horas Horizontes (HH) que é o somatório das horas de
manutenções; horas trabalhadas e horas de reserva; a Tonelagem por Horas
trabalhadas alimentadas(t/HtAlim); Recuperação Mássica(Rm %) o tanto de
produto que é gerado em função da tonelagem bruta alimentada na usina;
índice de disponibilidade física(IDF) o quanto a usina ficou disponível para
operação e índice de utilização (IU) o tanto que a usina será operada em
função das horas disponibilizadas pela manutenção.

       Desconhece-se uma metodologia científica que determine a maneira
universal de uma sequência lógica de cálculo para apuração das perdas tendo
como referência os indicadores apresentados, portanto, o grupo elaborou sua
própria metodologia sustentada pela lógica operacional do negócio.

       O cálculo do desmembramento da perda de produção conhecida
seguirá, portanto, a seguinte sequência:

       IDF%: calculando-se primeiro a perda em cima do indicador de
       disponibilidade física, pois, para que ocorra qualquer produção é
       necessário que acima de tudo a usina esteja disponível para operar,
       sem disponibilidade não há operação e por consequência não se
       produz;
       IU %: em segundo lugar calcula-se a perda em cima do indicador de
       utilização, se não possuir disponibilidade para operar não é possível
       utilizar a usina, quantas horas ela de fato operou e qual foi à perda
       associada às horas não aproveitadas;
       t/Htalim: em terceiro lugar calcula-se a perda em cima do indicador da
       taxa horária de alimentação, sem utilização não tem como alimentar a
       usina para produção, para se apurar a perda em função do
       aproveitamento real em função da capacidade instalada;



                                                                          21
Rm %: em quarto lugar calcula-se a perda em cima do indicador da
            recuperação mássica, sem alimentar a usina não terá uma recuperação
            de massa, para se apurar a perda em função do quanto de produto foi
            gerado em função do quanto foi alimentado.




4.5      Cálculo Perda Total

            O primeiro passo é obter a informação da massa perdida que é
calculada subtraindo a produção bruta realizada da produção bruta orçada.
Utilizamos o exemplo da perda de produção em uma das usinas da VALE no
mês de Janeiro.Confrontandoa produção orçada x realizada, tivemos um
déficitna produção de -444.927t.

            Orçado                           Real
HH                         744   HH                      744
HT                         564   HT                      347
HM                         120   HM                      137
HR                       60,00   HR                      260
Alimen               1.666.056   Alimen             1.088.914
P. Bruta             1.355.931   P. Bruta            911.004
t/HT Alim            2.954,000   t/HT Alim          3.140,977
Rm %                    81,386   Rm %                 83,662
IDF %                   83,871   IDF %                81,534
IU %                    90,385   IU %                 57,150
Tabela 2 – Cálculo perda total
Fonte: Primária


            Após ter apurado a perda total da produção, inicia-se o cálculo das
parcelas referentes a cada indicador.

4.5.1 Cálculo através do Índice de Disponibilidade Física (IDF)

Y=(HHorç x t/HtAlimorç x Rm%orç x IUorç x IDF real)/1.000.000
Fórmula 2 – Cálculo perda parcela IDF
Fonte: Primária


            Para que seja apurada a parcela do IDF referente à perda total,devem-
se utilizar os dados de orçamento para todas as variáveis que compõem a
fórmula acima com exceção do IDF, que deverá ser considerado o realizado do
mês. Como resultado, chega-se ao valor de quanto seria a produção bruta se o

                                                                              22
orçamento previsse o IDF realizado no mês (81,534), desta maneira se
subtraída à produção bruta encontrada pelo IDF realizado (1.318.143t) com a
produção bruta orçada com o IDF orçado (1.355.931t), conhece-se a perda
referente à parcela do IDF (-37.788t).
            Orçado                             Real
HH                          744    HH                       744
HT                          564    HT                       347
HM                          120    HM                       137
HR                        60,00    HR                       260
Alimen                1.666.056    Alimen             1.088.914
P. Bruta              1.355.931    P. Bruta              911.004
t/HT Alim             2.954,000    t/HT Alim          3.140,977     Orçado        Real
                                                                   1.355.931    1.318.143     IDF %        -37.788
Rm %                     81,386    Rm %                   83,662
                                                                   1.318.143     833.465       IU %       -484.678
IDF %                    83,871    IDF %                  81,534    833.465      886.220    t/Ht. Alim.     52.755
IU %                     90,385    IU %                   57,150    886.220      911.004      Rm %          24.784

Tabela 3 – Cálculo perda parcela IDF
Fonte: Primaria


4.5.2 Cálculo através do Índice de Utilização (IU)
Y= (HH orç x t/HtAlimorç x Recup % orç x IU real x IDF real)/1.000.000
Fórmula 3   - Cálculo perda parcela IU
Fonte: Primária


            Para que seja apurada a parcela do IU referente à perda total, devem-
se utilizar os dados de orçamento para todas as variáveis que compõem a
fórmula acima com exceção do IDF e IU, que deverão ser considerados os
realizados do mês. Neste segundo momento, além de utilizar o IU realizado
deve-se           também          manter       o   IDF      realizado,         pois,     como         mencionado
anteriormente, para se apurar a parcela da perda total representada pelo IU é
necessário que primeiro se conheça o IDF. Como resultado, chega-se ao valor
de quanto seria a produção bruta se o orçamento previsse os dados realizados
no mês para o IDF (81,534) e o IU (57,150), desta maneira se subtraída
produção bruta encontrada pelos IDF e IU realizados(833.465t) com a
produção bruta orçada com o IDForçado (1.318.143t), conhece-se a perda
referente à parcela do IU (-484.678t).




                                                                                                                     23
Orçado                               Real
HH                         744       HH                      744
HT                         564       HT                      347
HM                         120       HM                      137
HR                       60,00       HR                      260
Alimen               1.666.056       Alimen             1.088.914
P. Bruta             1.355.931       P. Bruta            911.004
t/HT Alim            2.954,000       t/HT Alim          3.140,977    Orçado       Real
                                                                    1.355.931   1.318.143     IDF %        -37.788
Rm %                    81,386       Rm %                 83,662
                                                                    1.318.143    833.465       IU %       -484.678
IDF %                   83,871       IDF %                81,534     833.465     886.220    t/Ht. Alim.     52.755
IU %                    90,385       IU %                 57,150     886.220     911.004      Rm %          24.784
Tabela 4 – Cálculo perda parcela IU
Fonte: Primária




4.5.3 Cálculo através da Tonelagem por Hora Trabalhada
Y= (HH orç x t/HtAlim real x Rm % orç x IU real x IDF real)/1.000.000
Fórmula 4- Cálculo perda t/HtAlim.
Fonte: Primária


            Para que seja apurada a parcela do t/Htalim referente à perda total,
devem-se utilizar os dados de orçamento para todas as variáveis que
compõem a fórmula acima com exceção do IDF, IU e t/HtAlim real, que
deverão ser considerados os realizados do mês. Deve-se também manter o
IDF e IU realizados, pois, como mencionado anteriormente, para se apurar a
parcela da perda total representada pelo t/HtAlim real é necessário que
primeiro se conheça o IDF e IU. Como resultado, chega-se ao valor de quanto
seria a produção bruta se o orçamento previsse os dados realizados no mês
para o IDF (81,534), IU (57,150) e t/HtAlim real (3.1403,977t), desta maneira se
subtraída à produção bruta encontrada pelos IDF, IU e t/HtAlim real realizados
(886.220t) com a produção bruta orçada com o IDF e IU orçado (833.465),
conhece-se um ganho referente à parcelada t/HtAlim real (52.755t).

            Orçado                               Real
HH                         744       HH                      744
HT                         564       HT                      347
HM                         120       HM                      137
HR                       60,00       HR                      260
Alimen               1.666.056       Alimen             1.088.914
P. Bruta             1.355.931       P. Bruta            911.004
t/HT Alim            2.954,000       t/HT Alim          3.140,977    Orçado       Real
                                                                    1.355.931   1.318.143     IDF %        -37.788
Rm %                    81,386       Rm %                 83,662
                                                                    1.318.143    833.465       IU %       -484.678
IDF %                   83,871       IDF %                81,534     833.465     886.220    t/Ht. Alim.     52.755
IU %                    90,385       IU %                 57,150     886.220     911.004      Rm %          24.784

Tabela 5 – Cálculo perda parcela Tonelagem por Hora Trabalhada
Fonte: Primária




                                                                                                                     24
4.5.4 Cálculo através da Recuperação Mássica

Y= (HH orç x t/HT Alim real x Rm % real x IU real x IDF real)/1.000.000
Fórmula 5- Cálculo perda Rm%.
Fonte: Primária


            Para que seja apurada a parcela do Rm % realreferente à perda total,
devem-se utilizar os dados de orçamento para todas as variáveis que
compõem a fórmula acima com exceção do IDF, IU, t/HtAlime Rm % real, que
deverão ser considerados os realizados do mês. Deve-se também manter o
IDF, IU e t/HtAlim realizados, pois, como mencionado anteriormente, para se
apurar a parcela da perda total representada pelo Rm %real é necessário que
primeiro se conheça o IDF, IU e t/HtAlim. Como resultado, chega-se ao valor de
quanto seria a produção bruta se o orçamento previsse os dados realizados no
mês para o IDF (81,534), IU (57,150), t/HtAlim real (3.1403,977t) e Rm % real
(83,622), desta maneira se subtraída à produção bruta encontrada pelos IDF,
IU, t/HtAlim e Rm % real realizados (911.004t) com a produção bruta orçada
com o IDF, IU e t/HtAlim orçado (886.220), conhece-se um ganho referente à
parcelada t/HtAlim real (24.7984t).

            Orçado                           Real
HH                        744    HH                      744
HT                        564    HT                      347
HM                        120    HM                      137
HR                      60,00    HR                      260
Alimen               1.666.056   Alimen             1.088.914
P. Bruta             1.355.931   P. Bruta            911.004
t/HT Alim            2.954,000   t/HT Alim          3.140,977    Orçado       Real
                                                                1.355.931   1.318.143     IDF %        -37.788
Rm %                   81,386    Rm %                 83,662
                                                                1.318.143    833.465       IU %       -484.678
IDF %                  83,871    IDF %                81,534     833.465     886.220    t/Ht. Alim.     52.755
IU %                   90,385    IU %                 57,150     886.220     911.004      Rm %          24.784
Tabela 6 – Cálculo perda parcela Tonelagem por Recuperação Mássica
Fonte: Primária


4.5.5 Resultado do cálculo das parcelas de perdas

            Após a realização dos cálculos para apuração das perdas através de
cada parcela dos indiciadores temos então o total de perdas ocorridas na usina
estudada no mês de janeiro que foi o mesmo apresentado na subtração da P.
Bruta orçada menos à realizada (-444.927t).




                                                                                                                 25
Orçado             Real               Perda de Produção
    1.355.931        1.318.143            IDF %       -37.788
    1.318.143         833.465              IU %      -484.678
     833.465          886.220           t/Ht. Alim.    52.755
     886.220          911.004             Rm %         24.784
                                           Total     -444.927
Tabela 7 – Apuração da perda total parcela de indicadores
Fonte: Primária


            Depois de efetuado tais cálculos, parte-se para outra etapa de
especificação do ocorrido em cada indicador onde se apresentam as paradas
de usinas não programadas, horas das manutenções corretivas e preventivas
entre demais outros eventos ocorridos. Disto estratifica-se gerando um build-up
dos eventos macros, deste build-up gera-se um gráfico de Pareto para melhor
estratificação dos eventos, deste Pareto gera-se uma árvore de causa e efeitos
a fim de identificar os eventos que mais impactam na produção e em cima
deles e gerado os 5 Porquês juntamente com as ações que deverão ser
tomadas para sanar ou reduzir estes eventos. Tais procedimentos não serão
elucidados nesse trabalho, pois não é objetivo do mesmo.


5     RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHO FUTUROS

            Este trabalho foi apenas um inicial para apuração de perdas, podendo
ser utilizado para demais empresas que utilizam indicadores de desempenho.
Um benefício que o mesmo trás é a flexibilização e exatidão no conhecimento
das perdas, porém um cuidado tem que ser tomado pela lógica adotada, pois a
sequência lógica da operação tem que ser identificada e coesa afim de não
tornar os resultados obtidos falsos.

            Por ser um método baseado em indicadores torna-se bastante útil
podendo ser personalizado de acordo com os indicadores utilizados, de fácil
utilização       e    sendo        assim       possível     melhorá-lo   de   acordo   com   as
necessidadesapresentadas pela empresa.




                                                                                             26
6   CONCLUSÃO

        Conclui-se que as atividades de gestãode produção e qualidade
alinhadas    aos    indicadores   de    desempenho       e   o    planejamento
estratégico,auxiliam as companhias nas tomadas de decisões para avaliar suas
perdas e encontrar onde realmente devem-se concentrar esforços para
solucionar problemas fazendo com que os volumes e qualidades de produções
sejam exatamente produzidos a um custo competitivo e fazendo com que a
empresa se torne mais conhecedora de seus gargalos a fim de saná-los e
evoluir em tecnologias e métodos de produção.

        Este método apresentado tornou-se padrão homologado para toda
diretoria de Ferrosos Sul, todas as unidades utilizam tal método a fim de apurar
corretamente suas perdas além de conhecer mais afundo seus indicadores e
processos produtivos sempre procurando aperfeiçoamentos para que os
processos sejam levados sempre a uma melhoria continua.




                                                                             27
7   BIBLIOGRAFIA


BRINSON, JamesA. Contabilidade por atividades: uma abordagem de custeio
baseado em atividades. São Paulo: Atlas, 1996.

FERNANDES, Patrick. Apresentação Qualidade - Abordagem Mineração. Vale.
Belo Horizonte 2011.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisasocial. 4. ed., 2. tir. São
Paulo: Atlas, 1999.


GCE CONSULTING, site, Perdasnoprocessoprodutivoem2012.
CELSO FOELKEL – Disponível em:<http://www.celso-
foelkel.com.br/artigos/outros/6_Producao%20sem%20perdas.pdf>.Acessado
em 7 novembro. 2012.

KAPLAN, RS. ENORTON, DP. A estratégia em ação. Riode Janeiro: Campus,
1997.

KAYANO, Jorge; CALDAS, Eduardo de Lima. In: Indicadores para o Diálogo.
Novos Contornos da Gestão Local. São Paulo: Polis, 2002.

LJUNBERG, O. Measurementof overall equipmenteffectiveness as a bases for
TPM activities. InternationalJournalofOperations&Production Management. V.
18, n.5, p. 495-507,1998.



                                                                           28
NAKAJIMA,S.Introdução ao TPM – Total Productive Maintenance. São Paulo:
IMC, Internacional Sistemas Educativos Ltda., 1989.

NAKAGLAWA, Masayuki. Gestão estratégica de custos: conceitos, sistemas
eimplementação. São Paulo: Atlas, 1993

SANTOS, Ana Carolina Oliveira. Análise do indicador de eficiência global de
equipamentos para elevação de restrições físicas em um ambiente de
manufatura enxuta. Orientador: Carlos Eduardo Sanches da Silva. Itajubá:
UNIFEI, 2009. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção).

TEX REPORT, site, Iron Ore Manual 2010 - 2011
TEXREPORT– Disponível em: <http://www.texreport.co.jp/xenglish>. Acessado
em: 07 mai. 2012.

UNA.     CENTRO     UNIVERSITÁRIO.         Manual     para elaboração de
trabalhosacadêmicos: normas da associação brasileira de normas técnicas
(ABNT) metodologia científica. Belo Horizonte, 2011. 38 p.

VALE, site,Relatório de Investimentos Vale 2011

Vale - Disponível em: <www.vale.com.br>. Acessado em: 17 novembro. 2012.

VALE, site, Relatório de Produção Vale 2011

Vale - Disponível em: <www.vale.com.br>. Acessado em: 17novembro. 2012.

WORLDSTEEL, site, World Crude Steel Production
Worldsteel – Disponível em: <http://www.worldsteel.org/media-centre/press-
releases/2012/2011-world-crude-steel-production.html>. Acessado em: 07 mai.
2012.




                                                                             29

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...
Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...
Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...Murilo Paixao
 
Manual plano de emergencia polo de camaçari
Manual plano de emergencia polo de camaçariManual plano de emergencia polo de camaçari
Manual plano de emergencia polo de camaçarijuliamartins
 
Impactos do planejamento no custo final de uma obra
Impactos do planejamento no custo final de uma obraImpactos do planejamento no custo final de uma obra
Impactos do planejamento no custo final de uma obraCrissio Costa
 
Apresentação Ronaldo inspetor do CREA-SC - Paleta
Apresentação Ronaldo inspetor do CREA-SC - PaletaApresentação Ronaldo inspetor do CREA-SC - Paleta
Apresentação Ronaldo inspetor do CREA-SC - PaletaGuilherme Roberto
 
Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...
Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...
Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...JADSON SANTOS
 
Fabrica.Software.Concepcao.Licoes.Aprendidas
Fabrica.Software.Concepcao.Licoes.AprendidasFabrica.Software.Concepcao.Licoes.Aprendidas
Fabrica.Software.Concepcao.Licoes.AprendidasAnnkatlover
 
Módulo 4 - Avanços - William Rosa do Carmo.pdf
Módulo 4 - Avanços - William Rosa do Carmo.pdfMódulo 4 - Avanços - William Rosa do Carmo.pdf
Módulo 4 - Avanços - William Rosa do Carmo.pdfJucianeSouza
 
ADEQUAÇÃO DO LAYOUT E PLANEJAMENTO DE ARMAZENAGEM DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS
ADEQUAÇÃO DO LAYOUT E PLANEJAMENTO DE ARMAZENAGEM DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOSADEQUAÇÃO DO LAYOUT E PLANEJAMENTO DE ARMAZENAGEM DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS
ADEQUAÇÃO DO LAYOUT E PLANEJAMENTO DE ARMAZENAGEM DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOSHenrique Dacheux
 
Tubulações industriais senai rj
Tubulações industriais senai rjTubulações industriais senai rj
Tubulações industriais senai rjMichelle Paulina
 
Planejamento de obras
Planejamento de obrasPlanejamento de obras
Planejamento de obrasFelix Magero
 
Tccseguranadotrabalhoegonefabiana 140206063310-phpapp02
Tccseguranadotrabalhoegonefabiana 140206063310-phpapp02Tccseguranadotrabalhoegonefabiana 140206063310-phpapp02
Tccseguranadotrabalhoegonefabiana 140206063310-phpapp02herbertleste
 

Mais procurados (18)

Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...
Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...
Estudo Modernização Planta Industria - Instalacao de Equipamentos Industriais...
 
Manual plano de emergencia polo de camaçari
Manual plano de emergencia polo de camaçariManual plano de emergencia polo de camaçari
Manual plano de emergencia polo de camaçari
 
Relatório anual 2005
Relatório anual 2005Relatório anual 2005
Relatório anual 2005
 
TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva
TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da SilvaTCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva
TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva
 
Projeto final gq 16a
Projeto final gq 16aProjeto final gq 16a
Projeto final gq 16a
 
Impactos do planejamento no custo final de uma obra
Impactos do planejamento no custo final de uma obraImpactos do planejamento no custo final de uma obra
Impactos do planejamento no custo final de uma obra
 
Apresentação Ronaldo inspetor do CREA-SC - Paleta
Apresentação Ronaldo inspetor do CREA-SC - PaletaApresentação Ronaldo inspetor do CREA-SC - Paleta
Apresentação Ronaldo inspetor do CREA-SC - Paleta
 
Comex.
Comex.Comex.
Comex.
 
Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...
Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...
Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...
 
Fabrica.Software.Concepcao.Licoes.Aprendidas
Fabrica.Software.Concepcao.Licoes.AprendidasFabrica.Software.Concepcao.Licoes.Aprendidas
Fabrica.Software.Concepcao.Licoes.Aprendidas
 
Módulo 4 - Avanços - William Rosa do Carmo.pdf
Módulo 4 - Avanços - William Rosa do Carmo.pdfMódulo 4 - Avanços - William Rosa do Carmo.pdf
Módulo 4 - Avanços - William Rosa do Carmo.pdf
 
Estagio final
Estagio finalEstagio final
Estagio final
 
ADEQUAÇÃO DO LAYOUT E PLANEJAMENTO DE ARMAZENAGEM DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS
ADEQUAÇÃO DO LAYOUT E PLANEJAMENTO DE ARMAZENAGEM DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOSADEQUAÇÃO DO LAYOUT E PLANEJAMENTO DE ARMAZENAGEM DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS
ADEQUAÇÃO DO LAYOUT E PLANEJAMENTO DE ARMAZENAGEM DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS
 
Tubulações industriais senai rj
Tubulações industriais senai rjTubulações industriais senai rj
Tubulações industriais senai rj
 
Engenharia De Requisitos
Engenharia De RequisitosEngenharia De Requisitos
Engenharia De Requisitos
 
Livro custos
Livro custosLivro custos
Livro custos
 
Planejamento de obras
Planejamento de obrasPlanejamento de obras
Planejamento de obras
 
Tccseguranadotrabalhoegonefabiana 140206063310-phpapp02
Tccseguranadotrabalhoegonefabiana 140206063310-phpapp02Tccseguranadotrabalhoegonefabiana 140206063310-phpapp02
Tccseguranadotrabalhoegonefabiana 140206063310-phpapp02
 

Destaque

Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2
Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2
Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2Atitude Digital
 
Os recursos da litosfera
Os recursos da litosferaOs recursos da litosfera
Os recursos da litosferaGintoki Gintama
 
Manual monografia graduação e pós fpd
Manual monografia graduação e pós fpdManual monografia graduação e pós fpd
Manual monografia graduação e pós fpdMarcos Azevedo
 
Recursos naturais da litosfera
Recursos naturais da litosferaRecursos naturais da litosfera
Recursos naturais da litosferaWagner Góes
 
Análise dos Indicadores de Desempenho
Análise dos Indicadores de DesempenhoAnálise dos Indicadores de Desempenho
Análise dos Indicadores de DesempenhoAntonio Cruz
 
Apresentação PePa Doces
Apresentação PePa DocesApresentação PePa Doces
Apresentação PePa DocesPePa Doces
 

Destaque (8)

Estanho
EstanhoEstanho
Estanho
 
Poluição Atmosférica
Poluição AtmosféricaPoluição Atmosférica
Poluição Atmosférica
 
Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2
Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2
Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2
 
Os recursos da litosfera
Os recursos da litosferaOs recursos da litosfera
Os recursos da litosfera
 
Manual monografia graduação e pós fpd
Manual monografia graduação e pós fpdManual monografia graduação e pós fpd
Manual monografia graduação e pós fpd
 
Recursos naturais da litosfera
Recursos naturais da litosferaRecursos naturais da litosfera
Recursos naturais da litosfera
 
Análise dos Indicadores de Desempenho
Análise dos Indicadores de DesempenhoAnálise dos Indicadores de Desempenho
Análise dos Indicadores de Desempenho
 
Apresentação PePa Doces
Apresentação PePa DocesApresentação PePa Doces
Apresentação PePa Doces
 

Semelhante a TCC

Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...
Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...
Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...Diego Tamanini
 
Trivellato arthur antunes
Trivellato arthur antunesTrivellato arthur antunes
Trivellato arthur antunesNaldo Pinto
 
Iatf 16949 2016 portugues br
Iatf 16949 2016 portugues   brIatf 16949 2016 portugues   br
Iatf 16949 2016 portugues braxelay
 
TCC MBA/FGV - Paulo Rogério Batalhão
TCC MBA/FGV - Paulo Rogério BatalhãoTCC MBA/FGV - Paulo Rogério Batalhão
TCC MBA/FGV - Paulo Rogério BatalhãoPaulo Batalhão
 
PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...
PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...
PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...Gilberto De Martino Jannuzzi
 
51274331 apostila-gpo1-2011-1
51274331 apostila-gpo1-2011-151274331 apostila-gpo1-2011-1
51274331 apostila-gpo1-2011-1Kátia Correia
 
ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIOS EM UMA EMPRESA QUE ATUA ...
ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIOS EM UMA EMPRESA QUE ATUA ...ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIOS EM UMA EMPRESA QUE ATUA ...
ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIOS EM UMA EMPRESA QUE ATUA ...Camilla Magalhães
 
Projeto alinhamento das estratégias de operações
Projeto alinhamento das estratégias de operaçõesProjeto alinhamento das estratégias de operações
Projeto alinhamento das estratégias de operaçõesGiovani Rocha Rodrigues
 
Analise estrutural para implantar a tpm
Analise estrutural para implantar a tpmAnalise estrutural para implantar a tpm
Analise estrutural para implantar a tpmjuliocavallari
 
Planejamento e manutenção em bomba
Planejamento e manutenção em bombaPlanejamento e manutenção em bomba
Planejamento e manutenção em bombaEmanoelfarias
 
Tendências de inovações tecnológicas para a manufatura aditiva
Tendências de inovações tecnológicas para a manufatura aditivaTendências de inovações tecnológicas para a manufatura aditiva
Tendências de inovações tecnológicas para a manufatura aditivacictec
 
Mecanismos de CAP: CONWIP, POLCA e GPOLCA, uma análise comparativa através de...
Mecanismos de CAP: CONWIP, POLCA e GPOLCA, uma análise comparativa através de...Mecanismos de CAP: CONWIP, POLCA e GPOLCA, uma análise comparativa através de...
Mecanismos de CAP: CONWIP, POLCA e GPOLCA, uma análise comparativa através de...Washington Luiz Peroni, PMP
 
Metodologia de Análise de Gestão da Qualidade para empresas
Metodologia de Análise de Gestão da Qualidade para empresasMetodologia de Análise de Gestão da Qualidade para empresas
Metodologia de Análise de Gestão da Qualidade para empresasVilsonGiazzoni
 
Guia de Implementação GEE
Guia de Implementação GEEGuia de Implementação GEE
Guia de Implementação GEEAdeildo Caboclo
 
Mapeamento do fluxo de valor tcc
Mapeamento do fluxo de valor tccMapeamento do fluxo de valor tcc
Mapeamento do fluxo de valor tccRomante Rodrigues
 
Processo de Produção (Interno) da Munição
Processo de Produção (Interno) da MuniçãoProcesso de Produção (Interno) da Munição
Processo de Produção (Interno) da MuniçãoQuimLog Armamentos
 

Semelhante a TCC (20)

Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...
Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...
Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...
 
Tese
TeseTese
Tese
 
Controle de qualidade
Controle de qualidadeControle de qualidade
Controle de qualidade
 
Trivellato arthur antunes
Trivellato arthur antunesTrivellato arthur antunes
Trivellato arthur antunes
 
Iatf 16949 2016 portugues br
Iatf 16949 2016 portugues   brIatf 16949 2016 portugues   br
Iatf 16949 2016 portugues br
 
TCC MBA/FGV - Paulo Rogério Batalhão
TCC MBA/FGV - Paulo Rogério BatalhãoTCC MBA/FGV - Paulo Rogério Batalhão
TCC MBA/FGV - Paulo Rogério Batalhão
 
PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...
PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...
PROJETO: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVOS À SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADAS INCAN...
 
51274331 apostila-gpo1-2011-1
51274331 apostila-gpo1-2011-151274331 apostila-gpo1-2011-1
51274331 apostila-gpo1-2011-1
 
ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIOS EM UMA EMPRESA QUE ATUA ...
ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIOS EM UMA EMPRESA QUE ATUA ...ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIOS EM UMA EMPRESA QUE ATUA ...
ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIOS EM UMA EMPRESA QUE ATUA ...
 
Projeto alinhamento das estratégias de operações
Projeto alinhamento das estratégias de operaçõesProjeto alinhamento das estratégias de operações
Projeto alinhamento das estratégias de operações
 
Analise estrutural para implantar a tpm
Analise estrutural para implantar a tpmAnalise estrutural para implantar a tpm
Analise estrutural para implantar a tpm
 
Planejamento e manutenção em bomba
Planejamento e manutenção em bombaPlanejamento e manutenção em bomba
Planejamento e manutenção em bomba
 
Tendências de inovações tecnológicas para a manufatura aditiva
Tendências de inovações tecnológicas para a manufatura aditivaTendências de inovações tecnológicas para a manufatura aditiva
Tendências de inovações tecnológicas para a manufatura aditiva
 
Guia estagio 2011.2
Guia estagio 2011.2Guia estagio 2011.2
Guia estagio 2011.2
 
Mecanismos de CAP: CONWIP, POLCA e GPOLCA, uma análise comparativa através de...
Mecanismos de CAP: CONWIP, POLCA e GPOLCA, uma análise comparativa através de...Mecanismos de CAP: CONWIP, POLCA e GPOLCA, uma análise comparativa através de...
Mecanismos de CAP: CONWIP, POLCA e GPOLCA, uma análise comparativa através de...
 
Metodologia de Análise de Gestão da Qualidade para empresas
Metodologia de Análise de Gestão da Qualidade para empresasMetodologia de Análise de Gestão da Qualidade para empresas
Metodologia de Análise de Gestão da Qualidade para empresas
 
Guia de Implementação GEE
Guia de Implementação GEEGuia de Implementação GEE
Guia de Implementação GEE
 
Mapeamento do fluxo de valor tcc
Mapeamento do fluxo de valor tccMapeamento do fluxo de valor tcc
Mapeamento do fluxo de valor tcc
 
Processo de Produção (Interno) da Munição
Processo de Produção (Interno) da MuniçãoProcesso de Produção (Interno) da Munição
Processo de Produção (Interno) da Munição
 
2013_3_Eduarda.pdf
2013_3_Eduarda.pdf2013_3_Eduarda.pdf
2013_3_Eduarda.pdf
 

TCC

  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA Instituto Politécnico - IPOLI Graduação em Engenharia de Produção Campus RAJA Thiago Baldi Fernandes TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CÁLCULO DE PERDAS DE PRODUÇÃO ATRAVÉS DE INDICADORES KPI Belo Horizonte 2012
  • 2. Thiago Baldi Fernandes TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CÁLCULO DE PERDAS DE PRODUÇÃO ATRAVÉS DE INDICADORES KPI Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário UNA como requisito parcial para aprovaçãodo curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário UNA. Professor/ Orientador: Renato Aguilar Belo Horizonte 2012
  • 3. AGRADECIMENTOS Agradeço a VALE, Diretoria de Ferrosos Sul, Gerência de Controle de Produção e Informações Gerenciais pela a oportunidade de estágio e de desenvolvimento do trabalho na área. Agradeço a Gerente Fernanda Starling e ao Engenheiro Patrick Fernandes, pela oportunidade no desenvolvimento do tema e a imensa ajuda no desenvolvimento, acompanhamento e conclusão deste trabalho.
  • 4. RESUMO Um dos principais caminhos para reduzir custos de produção e consequentemente aumentar acompetitividade é minimizar perdas para que se caminhe para condições ideais de produção. A tarefanão é fácil e requer esforço e envolvimento substancial de todos os níveis hierárquicos das organizações. Muitas metodologias são adotadas, masnem todas são eficientes, talvez os processos não foram bem estudados, entendidos ou estruturados pelas empresas, portanto torna-se papel fundamental e estratégico o conhecimento profundo sobre seus processos produtivos e suas perdas. Os indicadores de desempenho como o KPI - Key PerformanceIndicators e o OEE - Overall EquipmentEffectiveness tem se mostrado uma ferramenta útil na gestão dos processos nas organizações a que utilizam, onde tais planejamentos levam os colaboradores a direcionar seus esforços aos fatores críticos de sucesso das organizações. Desta forma, no desenvolver deste trabalho será mostrado como foi desenvolvida a análise de perdas de produção em usinas de beneficiamentos de minério utilizando indicadores KPI’snadiretória DIFL. Palavras Chave: KPI, Produção, Perdas de Produção.
  • 5. LISTAS DE FIGURAS Figura 1- Relacionamento entre o OEE e seus índices e perdas. ......................... 11 Figura 2 – Evolução de produções Vale ................................................................ 18
  • 6. LISTA DE TABELAS Tabela 1- Distribuição das horas dos equipamentos ............................................. 10 Tabela 2 – Cálculo perda total ............................................................................... 22 Tabela 3 – Cálculo perda parcela IDF ................................................................... 23 Tabela 4 – Cálculo perda parcela IU ..................................................................... 24 Tabela 5 – Cálculo perda parcela Tonelagem por Hora Trabalhada ..................... 24 Tabela 6 – Cálculo perda parcela Tonelagem por Recuperação Mássica ............. 25 Tabela 7 – Apuração da perda total parcela de indicadores .................................. 26
  • 7. LISTA DE FÓRMULAS Fórmula 1 – Cálculo OEE ...................................................................................... 12 Fórmula 2 – Cálculo perda parcela IDF ................................................................. 22 Fórmula 3 - Cálculo perda parcela IU .................................................................... 23 Fórmula 4 - Cálculo perda t/Ht Alim. ...................................................................... 24 Fórmula 5 - Cálculo perda Rm%.. .......................................................................... 25
  • 8. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 5 1.1 Justificativa do Tema ...................................................................................... 6 1.2 Problema......................................................................................................... 6 1.3 Objetivos ......................................................................................................... 7 1.4 Objetivos Específicos ...................................................................................... 7 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 7 2.1 Processo Produtivo de Minério de Ferro ......................................................... 7 2.2 Indicadores ..................................................................................................... 8 2.2.1 KPI- Key Performance Indicators .......................................................... 9 2.2.2 OEE (Overall Equipment Effectiveness).............................................. 10 2.3 Perdas de Produção ..................................................................................... 13 2.3.1 Perdas e Desperdícios ........................................................................ 13 2.3.2 Tipos de Perdas .................................................................................. 13 2.3.2.1Perdas nos Equipamentos ................................................................ 14 2.3.2.2Perdas nos Recursos Humanos e Insumos ...................................... 15 3 METODOLOGIA .............................................................................................. 16 4 ATUAÇÃO NA EMPRESA PESQUISADA ...................................................... 17 4.1.1 DIFL – Diretoria Ferrosos Sul.............................................................. 18 4.1.2 GAPSL - Gerência de Controle de Produção e e Informações Gerênciais.................................................................................................. 19 4.2 Definição da Equipe de trabalho ................................................................... 19 4.3 Intervenções ................................................................................................. 20 4.4 Conceitos de KPI .......................................................................................... 20 4.5 Cálculo Perda Total....................................................................................... 22 4.5.1 Cálculo através do Índice de Disponibilidade Física (IDF) .................. 22
  • 9. 4.5.2 Cálculo através do Índice de Utilização (IU) ........................................ 23 4.5.3 Cálculo através da Tonelagem por Hora Trabalhada .......................... 24 4.5.4 Cálculo através da Recuperação Mássica .......................................... 25 4.5.5 Resultado do cálculo das parcelas de perdas ..................................... 25 5 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHO FUTUROS ..................................... 26 6 CONCLUSÃO .................................................................................................. 27 7 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 28
  • 10. 1 INTRODUÇÃO Nos dias atuais, as empresas em geral, falam sobre o crescimento da facilidade de obtenção de informações, as empresas passaram a conviver com um grande problema, o excesso de informações. Muitas ferramentas se apresentam no sentido de estruturar uma disciplina na gestão de informações, Key PerformanceIndicators (KPI) e Overall EquipmentEffectiveness (OEE). Neste contexto, este trabalho desenvolve o estudo e então o conhecimento destas ferramentas, KPI e OEE como instrumentos de gestão, organizando e direcionando os negócios focados na perda de produção. Este trabalho esta dividido em duas partes: A primeira parte aborda os Indicadores Chave de Desempenho (ICD), KPI, que possibilita quantificar separadamente os dados, a partir das classificações das horas em que um equipamento industrial operou e sua produtividade. Aborda-se também sobre OEE - Overall EquipmentEffectiveness que é um indicador que expressa o percentual de desempenho do equipamento na sua plenitude, considerando a situação real de paradas para manutenção tanto corretiva quanto programada, disponibilidade física, desvios ou reprocesso de produtos juntamente com a produtividade do próprio equipamento. Todos estes assuntos relacionados à análise de perdas de produção. Na segunda, parte e mostrado um a case de como foi elaborado um método para análise (case) e quantificação de perdas de produção através dos ICD’s. 5
  • 11. 1.1 Justificativa do Tema Desde 1950 um grande crescimento no mercado de minério de ferro vem ocorrendo, onde se encontram três grandes líderes 1 no consumo deste produto para siderurgia, são eles: China, Estados Unidos e Japão. De acordo com a World Steel Association2, a produção de aço mundial atingiu uma produção de 1,5 bilhões de toneladas em 2011. Tal estudo justifica-se não só pelo cenário marcado por acirrada concorrência em que as empresas se encontram, mas também pelas melhores práticas e necessidade de criação de métodos de análises para a eliminação de perdas no processo produtivo para que custos sejam reduzidos e a produtividade aumentada atendendo assim a demanda do mercado siderúrgico mundial, que de acordo com a TexReport3 em 2012 haverá um aumento no mercado de minério de ferro de 860 Milhões de toneladas métricas (Mtm) (2008) para 1.115 Mtm (2012). Portanto, como as perdas na produção influenciam a produção, qualidade e os custos dos produtos?Como é feito uma análise de perdas para que seja possível atender os clientes nacionais e internacionais no prazo estabelecido e com baixo custo em produção? 1.2 Problema As perdas de produção impactam todo o processo produtivo, além de gerar retrabalhos fazendo que o custo de produção se eleve tornando-se a empresa menos competitiva no mercado. Não havia uma modelo para avaliação das perdas de produção em cima dos indicadores chave de desempenho, sendo assim a perda era apurada somente em comparação (orçado x realizado) sem ter a quantificação exata de massa perdida por cada indicador. Da maneira que era realizado essa comparação não se tinha condições de saber quanto se perdia pela falta de uma melhor qualidade no processo, serviços e logística. 2 -http ://www.worldsteel.org/media-centre/press-releases/2012/2011-world-crude-steel-production.html - Publicado em 2012 3 -http://www.texreport.co.jp/xenglish/ - Publicado em 2012 6
  • 12. 1.3 Objetivos O presente estudo tem como objetivo mostrar como uma empresa é capaz de criar análises de perdas de produção para que sejam encontradas pontualmente as falhas, desejando assim eliminar perdas para que a mesma possa atender seus clientes aumentando assim sua competitividade perante o mercado. 1.4 Objetivos Específicos Apresentação de indicadores dos equipamentos (OEE, KPI); Apresentação dos principais fatores de perdas de produção; Apresentação do case da análise de perdas de produção; 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Processo Produtivo de Minério de Ferro O tratamento de minério é o campo da engenharia mineral que se ocupa do processamento dos minerais, visando sua valorização junto ao mercado e possibilitando sua utilização racional pela metalúrgica, (FERNANDES 2011, p. 3). O minério de ferro é extraído principalmente pelo beneficiamento da Hematita compacta, que possui coloração negra a cinza-azulada e teores de Fe superiores a 66%. Uma vez extraída do solo, a hematita é detonada e posteriormente segue para a 1ª parte do processo produtivo que é a britagem primária. Nesta fase, as rochas têm suas medidas reduzidas para seguir para a britagem secundária onde o produto segue por peneiras que irão classificá-los de acordo com as medidas granulométricas. Após a primeira fase, o minério segue para uma Usina de Tratamento de Minério – ITM, que é o foco da aplicação do método para cálculo de perdas de produção deste trabalho. Os produtos após o beneficiamento são estocados em pilhas distintas de acordo com a sua classificação, seguindo um rígido controle de suas qualidades físico-químico, através de análises laboratoriais feitas periodicamente. A partir desses resultados, esses materiais são 7
  • 13. blendados (misturados) e expedidos de acordo com a especificação de produtos previamente definidas pela área comercial. 2.2 Indicadores Indicadores são instrumentos importantes para controle da gestão e verificação e medição de eficiência e eficácia. Indicadores são importantes não apenas nas áreas operacionais como também nas administrativas e estratégicas e a importância dos indicadores justificam-se, dentre outros motivos, por aumentarem a transparência da gestão e facilitarem o diálogo entre os mais diversos grupos sociais organizados (KAYANO; CALDAS 2007, p.108). Mais importante que a definição, é destacar algumas ideiaschave que estão nela presentes: Indicadores é um instrumento, ou seja, um indicador não é um fim em si, mas um meio; Indicadores são medidas, uma forma de mensuração, um parâmetro, quer dizer, o indicador é um instrumento que sintetiza um conjunto de informações em um "número", permite medir e comparar determinados fenômenos, ou acompanhar sua evolução ao longo de determinado tempo; Indicadores podem ser utilizados para verificação, observação, demonstração, avaliação, ou seja, o indicador permite observar e mensurar determinados aspectos de produtividade e qualidade. Podem- se comparar os indicadores a "momentos" diferentes de acordo com a demanda do período; Adotando-se técnicas de ponderação dos valores, é possível criar índices que sintetizem um conjunto de aspectos da realidade e representem conceitos mais abstratos e complexos tais como: qualidade, desempenho, produtividade ou, ainda, o próprio nível de desempenho de uma gestão. Estes indicadores estão sempre sujeitos a questionamentos, pois a escolha dos aspectos da realidade a serem considerados é influenciada por opções estratégicas e distintas visões dos objetivos a serem alcançados. Os indicadores estabelecem certo padrão normativo a partir do qual se avalia o estado da realidade em que se quer intervir, construindo um 8
  • 14. diagnóstico e definindo estratégias e prioridades, ou avalia-se o desempenho das políticas e programas, medindo-se o grau em que seus objetivos foram alcançados (eficácia), o nível de utilização de recursos (eficiência) ou as mudanças realizadas no estado operacional (impacto). 2.2.1 KPI- Key PerformanceIndicators Os Indicadores Chave de Performance(KPI) são ferramentas que possibilitam quantificar, por exemplo, o desempenho de equipamentos, a fim de se obter um retorno através da sua melhor utilização, levando a maior produtividade e consequente redução de custos. A definição de quais indicadores chaves de desempenhos serão necessários para apontarem os resultados, são de responsabilidade dos altos executivos das organizações, que servirão de apoio para os diagnósticos e tomadas de decisão. Segundo KAPLAN; NORTON (1997), o KPI é utilizado para quantificar o planejamento estratégico em execução da empresa, são indicadores ou medidas chaves para avaliar o desempenho do negócio. Exemplos de KPI´s: Equipamento Operando: Hora Efetiva (HEF) - É a hora produtiva, o tempo em que o equipamento está efetivamente trabalhando. Equipamento Parado: Atraso Operacional (AO) - é o tempo em que o equipamento está improdutivo por algum motivo que é gerenciável pela supervisão direta da operação; Hora Ociosa (HO) - é o tempo em que o equipamento está parado por razões estratégicas ou por falta de trabalho naquele momento; Hora De Impedimento Operacional (HIO) - é o tempo em que o equipamento está pronto para operar, mas não o faz por fatores alheios à supervisão direta da operação; 9
  • 15. Hora De Manutenção (HMp - HMc) - equipamento indisponível por manutenção, preventiva ou corretiva; A partir destes exemplos citados acima, pode-se desenvolver uma tabela de distribuição dos KPI´s, organizando as informações de forma a atender as necessidades de conhecimento dos gestores das organizações: Tabela 1- Distribuição das horas dos equipamentos Fonte: Kaplan e Norton (1997). A tabela acima representa a distribuição de horas definindo assim os KPI´s para o gerenciamento das operações de um equipamento por exemplo. Em Horas Horizontes (HH) se tem às 24 horas do dia, que pode se dividir em Horas Disponíveis (HD) e Horas de Manutenção (HM), as Horas de Manutenção divide-se em Horas de Manutenção Preventivas (HMp) e Horas de Manutenção Corretivas (HMc), já as Horas Disponíveis divide-se em, Horas Trabalhadas (HT) e Horas Reservas (HR), nas Horas Trabalhadas, tem-se as Horas Efetivas (HEF), que são as horas que efetivamente os equipamentos geraram produtos finais ou pré-produtos, dependendo de sua finalidade, e os Atrasos Operacionais, que podem ser ajustes de “setup” do equipamento, nas Horas Reservas, tem-se as Horas de Impedimento Operacionais (HIO), que são equipamentos posteriores ou anteriores fora de operação, impedindo o funcionamento de outro equipamento, paralisando o processo, e as Horas Ociosas (HO), que são os momentos em que não existe a programação de funcionamento do equipamento. 2.2.2 OEE (Overall EquipmentEffectiveness) A Eficiência Global dos Equipamentos (OEE – Overall EquipmentEffectiveness) é um indicador que surgiu na metodologia de gestão industrial TPM – Total ProductiveMaintenance. Na atualidade, o TPM é utilizado em diversas empresas ao redor do mundo a fim de aprimorar a capacidade de seus equipamentos e reduzir os desperdícios. Sua metodologia comprovadamente “promove melhorias no sistema do equipamento, 10
  • 16. procedimentos operacionais, manutenção e desenvolvimento de processos evitando problemas futuros” (SANTOS, 2009). Logo, a meta do TPM é aumentar a eficiência do equipamento como um todo, ou seja, cada parte do equipamento deve ser operada e mantida, buscando sua total potencialidade. O OEE é uma ferramenta utilizada para medir as principais perdas dos equipamentos (envolvendo índices de disponibilidade de equipamentos, desempenho e qualidade), sendo que a atividade mais importante no processo de cálculo do OEE é a identificação dessas perdas. Além disso, o OEE é um indicador muito útil para analisar as operações gargalo – as que restringem a produção. O OEE é mensurado a partir da estratificação de seis grandes perdas: quebra, setup e ajustes, ociosidade e pequenas paradas, redução de velocidade, defeitos de qualidade e retrabalhos e startup. Sendo assim, “tal índice é calculado através do produto dos índices de Disponibilidade, Desempenho e Qualidade” (NAKAJIMA, 1989). Portanto, o cálculo do OEE é fundamental para uma análise precisa e para um adequado direcionamento de ações visando à quebra dos gargalos da linha de fabricação. Figura 1- Relacionamento entre o OEE e seus índices e perdas. Fonte: Áureo José Pillmann Chiaradia, 2004 Segundo LJUNGBERG (1998), antes do advento do OEE, somente a disponibilidade era considerada na utilização dos equipamentos, o que resultava no superdimensionamento da capacidade. O OEE permite, através do seu desdobramento, identificar onde se encontram os potenciais de melhoria de eficiência na fábrica, indicará a direção de atuação que as equipes de trabalho deverão seguir para obter continuamente o aumento da eficiência 11
  • 17. dos equipamentos, envolverá todas as áreas da empresa por meio de um indicador e auxiliará a liderança na administração dos recursos de suas áreas de negócio. OEE = Disponibilidade X Desempenho X Qualidade Fórmula 1 – Cálculo OEE Fonte: Áureo José Pillmann Chiaradia, 2004 O índice disponibilidade representa a relação existente entre tempo total disponível do equipamento, dependendo do período de análise (também chamado de tempo de carga), com o tempo em que o equipamento efetivamente ficou em operação. O tempo de carga resulta da diferença entre os tempos de jornada de trabalho e de paradas programadas pela produção, representada por manutenções programadas, manutenções preventivas, tempo de descanso, limpeza do equipamento, treinamentos, entre outras concessões. As paradas programadas não são consideradas no cálculo de eficiência. As paradas não programadas se dão devido às perdas “quebra” e “setup e regulagens”. O índice desempenho é composto pelas perdas por queda de velocidade que demonstra o quanto o tempo de ciclo real está próximo ao tempo de engenharia ou tempo teórico, ou seja, avalia o ritmo de produção de equipamento e as perdas por pequenas paradas. A qualidade, terceiro índice que compõe o cálculo de eficiência, é relativa à geração de produtos defeituosos, que resultam em refugos e retrabalhos. O OEE é mensurado a partir da estratificação de grandes perdas e então calculado através do produto dos índices de Disponibilidade, Performance e Produtividade, sendo que um OEE de 85% deve ser buscado como meta ideal para os equipamentos (NAKAJIMA1989, p.163). 12
  • 18. 2.3 Perdas de Produção 2.3.1 Perdas e Desperdícios As perdas sempre acontecerão em qualquer processo produtivo, quanto mais perdas, maior será seu custo na produção, maior custo agregado no produto final, menor a eficiência e a produtividade de seu sistema, com tudo o sistema de produção poderá ser medido de acordo com as perdas inerentes a ele. ParaBRINSON(1996,p.80),perdas e desperdícios são constituídos pelas atividades que não agregam valor e que resultam em gastos de tempo, dinheiro, recursos sem lucro, alémde adicionarem custos desnecessários aos produtos. Atividades que não agregam valorsãoasquepodemser eliminadas sem que haja deterioração no desempenho da empresa (custo, função, qualidade e valor agregado). Nesta mesma linha, Nakagawa (1993, p.19) atribui como desperdício todas as formas de custos que não adicionam qualquer valor ao produto, sobaóticadoconsumidor. Exemplifica-secom o caso de uma mineradora que só adiciona valor ao minério de ferro quando se extrai e beneficia o mesmo, qualquer coisa, além disso, configura-se como desperdício. Por esta definição, estocar, qualquer forma de inspeção, testes, transportes, preenchimento de controles internos, perdas durante o processo, atividades de reprocessamentoeatendimento de garantias e outros seriam formas de desperdícios. Eliminar desperdício não é uma atividade fácil, para que os produtos não sejam perdidos devem-se analisar todas as atividades presentes e executadas na empresae se possível excluiraquelasque não proporcionam um maior valor à produção, ao produto e ao cliente. 2.3.2 Tipos de Perdas 13
  • 19. De acordo com GCE-Consulting as perdas podem ser classificadas conforme tópicos abaixo4. 2.3.2.1 Perdas nos Equipamentos Manutenção programada: perda de tempo por desligamento decorrente de manutenção periódica conforme calendário anual de manutenção; Quebras:perda de tempo devido à parada inesperada doequipamento em decorrência de quebras ou falhas durante o regime normal de produção Setup:Trocam de produtos eajustes perdas de hora x máquina entre o final da produção de um produto e o início da produção do produto seguinte livre de defeitos inclusive ajustes necessários; Troca de ferramentas e gabaritos: perda de tempo decorrente da substituição de ferramentas ou gabaritos necessários á continuação da produçãopodendo ser causada por desgaste normal quebra ou fim da vida útil; Partida e desligamento:perdas de tempo causadas pelos procedimentos de partida após período planejado de inatividade e desligamentopara período planejado de parada de equipamento e perdas decorrentes dotempo ocioso entre operações; Espera: perda causada pela espera por instrução de ordens de produção ou espera por materiais mãodeobra e ou insumos de maneiranão programada; Baixas velocidades:pequenasparadas e ociosidade perdas de produção equivalentes em tempo causadas pelo fato de a máquina estar trabalhando com velocidade abaixo daprojetada ou a pequenas paradas devido a problemas temporários; 4 - Informações retiradas do relatório de Investimentos e Produção, publicado no site http://www.celso- foelkel.com.br/artigos/outros/6_Producao%20sem%20perdas.pdf 14
  • 20. Defeito e retrabalho: perdas deprodução equivalentes em tempo emvista da fabricação de produtos defeituosos descartados ou retrabalho derecuperação ou rebaixamento paraproduto de segunda categoria. 2.3.2.2 Perdas nos Recursos Humanos e Insumos Falhas administrativas:perdasde tempo do homem na espera durante processos administrativos como espera por materiais e por instruções etrabalhos extraordinários; Falhas operacionais: perdas detempo do homem relacionadas ao nãocumprimento dos padrões de trabalhopreviamente estabelecidos; Falha logística: perdas de tempodo homem relacionadas ao excessivomovimento ou deslocamento layout deficiente falta de sistemas automatizadosou mesmo sistemas mal projetados; Desorganização da produção: perdas de tempo do homem relacionadas à desorganização da linha de produção que causam movimentos desnecessários esperas ou ainda dificuldades para arealização dos trabalhos; Medição e ajustes excessivos: perdas de tempo do homem relacionadas à utilização de horas x homemem excessivos controles medições eajustes para evitar a ocorrência deprodutos defeituosos; Rendimento de material:perdasem volume e peso devido à diferença depeso entre todas as matérias primas eos produtos finais, por exemplo, espessuras desnecessárias, etc.; Perdas no fluxo de produção: por superprodução perdas decorrentes da produção de uma grande quantidade sem necessidade ou de produçãomais rápida que a demanda do clientepor transporte desnecessário perdas causadas por qualquer movimentação de material não compatível como sistema de produção Just intime 15
  • 21. Movimentos desnecessários: perdas devido a qualquer movimento dos recursos humanos que não adiciona valor; Estoque desnecessário:perdascausadas por qualquer abastecimentoem excesso que não ajude o fluxo de produção; Processamento redundante: perdas decorrentes de processamentosdesnecessários que não adicionam valor ao produto; Correção perdas devido à necessidade de separar inspecionar consertar ou refugar um produto ou serviçopara satisfazer as exigências do cliente; 3 METODOLOGIA Metodologia “pode-se definir método como caminho para se chegar a determinado fim. E método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir o conhecimento.” (GIL, 1999, p. 27). Segundo GIL (1999), a pesquisa do tipo exploratória, tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. O presente estudo caracteriza-se como exploratório, pois se pretende obter maiores informações sobrea metodologia de uso de indicadores KPI, como eles podem ser utilizados para medir a eficiência das usinas de beneficiamento de minério (OEE), como eles ajudam na tomada de decisões para o planejamento de produção e sendo utilizado para que as perdas possam ser quantificadas gerando uma decisão focada para que o problema ocorrido possa ser tratado e não volte a se repetir gerando assim uma maior produtividade para a empresa e criando um método padrão para análise de perdas de produção difundindo assim o conhecimento para os demais interessados. 16
  • 22. 4 ATUAÇÃO NA EMPRESA PESQUISADA 4.1 Introdução A Vale S.A. é uma mineradora brasileira com sede no Rio de Janeiro fundada em junho de 1942. Presente nos cinco continentes, a empresa possui capital aberto e foi registrada na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro em outubro de 1943.Em 1974 se tornou a maior exportadora de minério de ferro, em 1997 a Companhia Vale do Rio Doce foi privatizada, em 2006 a Companhia adquiriu a INCO segunda maior produtora de Níquel do mundo e em 2007 a empresa passou a se chamar somente VALE e adquiriu a AMCI HÁ, expandindo a mineração de carvão se tornando a 31ª maior companhia do planeta, alcançando um valor de mercado de R$ 289 bilhões, Com sede no Brasil, presente em 38 países, segunda maior empresa mineradora do mundo e a maior das Américas é a maior produtora mundial de minério de ferro e pelotas, segundo lugar na produção de níquel. Está entre os maiores produtores mundiais de manganês e de ferro ligas pesquisando, produzindo e comercializando cobre, carvão, potássio, fertilizantes, cobalto, metais do grupo da platina e metais preciosos, atuante nos segmentos de Logística, Energia e Siderurgia. Alinhado a política de gestão, sua missão é transformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável alinhados com sua visão de ser a empresa de recursos naturais global número um em criação de valor de longo prazo, com excelência, paixão pelas pessoas e pelo planeta, criando e estimulando os valores de a vida em primeiro lugar, valorizar quem faz a nossa empresa, cuidar do nosso planeta, agir de forma correta, crescer e evoluir juntos, fazer acontecer.5 De acordo com o relatório de desempenho 2011, a Vale bateu recordes de receita operacional (US$ 60,4 bilhões), lucro operacional (US$ 30,1 bilhões), margem operacional (48,5%), geração de caixa (US$ 35,3 bilhões) e lucro 5 - Informações retiradas do relatório de Investimentos e Produção, publicado no site da empresa www.vale.com. 17
  • 23. líquido (US$ 22,9 bilhões). Os embarques de minério e pelotas atingiram recordes, com quase 300 milhões de toneladas em 2008. Mesmo com problemas climáticos no Brasil, Austrália, Indonésia e alguns problemas operacionais, três recordes anuais de produção foram alcançados – minério de ferro (322,6 Mt), pelotas (51,8 Mt) e carvão (7,3 Mt).1 Extremamente comprometida na criação de valor para os acionistas e com foco na eficiência da gestão de capital, a Vale em 2011promoveu um retorno aos acionistas no valor recorde de US$ 12 bilhões.6 Considerando as produções desde 2007 houve crescimento na demanda do mercado consumidor a partir de 2009, precisando assim de investimentos em novos projetos para garantir o atendimento dos clientes, gerando recordes em produção. O oriente lidera as importações de produtos Vale. Em 2012 estima-se uma produção elevada conforme quadros abaixo: Figura 2–Evolução de produções Vale Fonte: Relatório de Produção Vale 2011/2012 4.1.1 DIFL – Diretoria Ferrosos Sul A DIFL é uma diretoria operacional de ferrosos na qual o trabalho de estágio supervisionado será elaborado. A DIFL concentra-se suas operações em Minas Gerais, subdividida em 3 complexos, GEMIL (Itabiritos), GEGVL (Vargem Grande) e GECPL (Paraopeba), abrange 16 Municípios mineiros, 6 - Informações retiradas do relatório de Investimentos e Produção, publicado no site da empresa www.vale.com 18
  • 24. tendo em sua gestão 13 Minas, 16 Usinas de Beneficiamento, 6 terminais ferroviários de carregamento ainda utilizam dois terminais marítimos situados no Rio de Janeiro. Seu portfólio concentra-se em: Minério Granulado, Hematitinha, SinterFeed, Pellet Feed e ainda fornece minério para produção de pelotas de minério de ferro. 4.1.2 GAPSL - Gerência de Controle de Produção e e Informações Gerênciais Responsável pela gestão e planejamento da produção da DIFL a fim de disponibilizar produtos para venda nas quantidades e qualidades especificadas alinhado com especificações de capacidade de produção, buscando otimizar e atingir as metas de acordo com orçamento anual registrado no FAP (Fluxo Anual de Produtos). Com a gestão e planejamento a atividade de informações gerenciais também e executada pela gerência, responsável por consolidar e divulgas as informações gerenciais, realizando a interface entre a DIFL e demais áreas corporativas da Vale, consolidando os indicadores de desempenho operacional de cada complexo, para acompanhamento dos resultados e realização de análise para assim fornecer informações estratégicas para tomada de decisão. 4.2 Definição da Equipe de trabalho A equipe definida para atuação na tarefa designada pela diretoria foi composta por membros da gerencia GAPSL, composta por dois analistas operacionais plenos com conhecimentos sobre produção e beneficiamento de minério de ferro e um estagiário da área. A proposta do trabalho foi que através dos indicadores KPI pudesse mensurar em toneladas a quantidade de perdas em cima de cada indicador. A equipe se reunia diariamente para que sugestões e métodos para os cálculos fossem traçadas a fim de atender o objetivo e prazo determinado pela diretoria sendo assim criando um network e know-how para que toda a diretoria se alinhasse sobre o tema KPI e cálculo de perdas de produção, criando assim um modelo único para a análise de perdas. 19
  • 25. 4.3 Intervenções A diretoria de Ferrosos Sul como as demais diretorias da Vale possui um orçamento para o ano vigente que se desdobra em várias vertentes que sustentam o orçamento financeiro da companhia. Dentre tais vertentes existe o orçamento de produção que por sua vez é elaborado considerando diversas variáveis operacionais, projetos, pesquisas e recursos humanos. Os indicadores de desempenho operacionais servem como referência para determinar a capacidade produtiva das usinas e equipamentos, além de referenciar as áreas de manutenção e operação. Iniciada a produção do ano, foi verificado que em algumas usinas produtivas a produção orçada não foi atingida gerando assim um déficit de produção que deveria ser tratado. Até o momento conhecia-se somente o valor (massa) faltante e não existia um modelo que pudesse desmembrar tal perda associando os indicadores de desempenho para que fosse encontrada a parcela que cada indicador representava na perda total.Diante de tal cenário, foi desenvolvido o trabalho à seguir. 4.4 Conceitos de KPI Depois de ter entendido a solicitação da diretoria, criar o grupo para a criação do método e compartilhar e receber informações com as áreas de produção e gestão o grupo apresentou como seria o cálculo de perdas. Conceitos principais de ICD's utilizado na VALE – KPI HH = HT+HM+HR HT = HE+AO HM = HMC+HMP HR = HO+HIO IDF=Indíce de Disponibilidade Física= ((HH-HM)/HH)x100 IU=- Índice de Utilização – É calculado através da fórmula IU = HT / (HH-HM) x 100. Tonelagem por Hora Trabalhada – A produtividade é calculada através da fórmula Produção Bruta / HT ou Alimentação / HT (t/Htalim). 20
  • 26. Recuperação Mássica – (Tonelagem Produzida/Tonelagem Alimentada) x 100 O método utiliza como referência os dados que compuseram o orçamento, realizando então o confronto dos indicadores Orçado x Realizado a fim de saber onde as perdas se encontram considerando sempre as seguintes informações: Horas Horizontes (HH) que é o somatório das horas de manutenções; horas trabalhadas e horas de reserva; a Tonelagem por Horas trabalhadas alimentadas(t/HtAlim); Recuperação Mássica(Rm %) o tanto de produto que é gerado em função da tonelagem bruta alimentada na usina; índice de disponibilidade física(IDF) o quanto a usina ficou disponível para operação e índice de utilização (IU) o tanto que a usina será operada em função das horas disponibilizadas pela manutenção. Desconhece-se uma metodologia científica que determine a maneira universal de uma sequência lógica de cálculo para apuração das perdas tendo como referência os indicadores apresentados, portanto, o grupo elaborou sua própria metodologia sustentada pela lógica operacional do negócio. O cálculo do desmembramento da perda de produção conhecida seguirá, portanto, a seguinte sequência: IDF%: calculando-se primeiro a perda em cima do indicador de disponibilidade física, pois, para que ocorra qualquer produção é necessário que acima de tudo a usina esteja disponível para operar, sem disponibilidade não há operação e por consequência não se produz; IU %: em segundo lugar calcula-se a perda em cima do indicador de utilização, se não possuir disponibilidade para operar não é possível utilizar a usina, quantas horas ela de fato operou e qual foi à perda associada às horas não aproveitadas; t/Htalim: em terceiro lugar calcula-se a perda em cima do indicador da taxa horária de alimentação, sem utilização não tem como alimentar a usina para produção, para se apurar a perda em função do aproveitamento real em função da capacidade instalada; 21
  • 27. Rm %: em quarto lugar calcula-se a perda em cima do indicador da recuperação mássica, sem alimentar a usina não terá uma recuperação de massa, para se apurar a perda em função do quanto de produto foi gerado em função do quanto foi alimentado. 4.5 Cálculo Perda Total O primeiro passo é obter a informação da massa perdida que é calculada subtraindo a produção bruta realizada da produção bruta orçada. Utilizamos o exemplo da perda de produção em uma das usinas da VALE no mês de Janeiro.Confrontandoa produção orçada x realizada, tivemos um déficitna produção de -444.927t. Orçado Real HH 744 HH 744 HT 564 HT 347 HM 120 HM 137 HR 60,00 HR 260 Alimen 1.666.056 Alimen 1.088.914 P. Bruta 1.355.931 P. Bruta 911.004 t/HT Alim 2.954,000 t/HT Alim 3.140,977 Rm % 81,386 Rm % 83,662 IDF % 83,871 IDF % 81,534 IU % 90,385 IU % 57,150 Tabela 2 – Cálculo perda total Fonte: Primária Após ter apurado a perda total da produção, inicia-se o cálculo das parcelas referentes a cada indicador. 4.5.1 Cálculo através do Índice de Disponibilidade Física (IDF) Y=(HHorç x t/HtAlimorç x Rm%orç x IUorç x IDF real)/1.000.000 Fórmula 2 – Cálculo perda parcela IDF Fonte: Primária Para que seja apurada a parcela do IDF referente à perda total,devem- se utilizar os dados de orçamento para todas as variáveis que compõem a fórmula acima com exceção do IDF, que deverá ser considerado o realizado do mês. Como resultado, chega-se ao valor de quanto seria a produção bruta se o 22
  • 28. orçamento previsse o IDF realizado no mês (81,534), desta maneira se subtraída à produção bruta encontrada pelo IDF realizado (1.318.143t) com a produção bruta orçada com o IDF orçado (1.355.931t), conhece-se a perda referente à parcela do IDF (-37.788t). Orçado Real HH 744 HH 744 HT 564 HT 347 HM 120 HM 137 HR 60,00 HR 260 Alimen 1.666.056 Alimen 1.088.914 P. Bruta 1.355.931 P. Bruta 911.004 t/HT Alim 2.954,000 t/HT Alim 3.140,977 Orçado Real 1.355.931 1.318.143 IDF % -37.788 Rm % 81,386 Rm % 83,662 1.318.143 833.465 IU % -484.678 IDF % 83,871 IDF % 81,534 833.465 886.220 t/Ht. Alim. 52.755 IU % 90,385 IU % 57,150 886.220 911.004 Rm % 24.784 Tabela 3 – Cálculo perda parcela IDF Fonte: Primaria 4.5.2 Cálculo através do Índice de Utilização (IU) Y= (HH orç x t/HtAlimorç x Recup % orç x IU real x IDF real)/1.000.000 Fórmula 3 - Cálculo perda parcela IU Fonte: Primária Para que seja apurada a parcela do IU referente à perda total, devem- se utilizar os dados de orçamento para todas as variáveis que compõem a fórmula acima com exceção do IDF e IU, que deverão ser considerados os realizados do mês. Neste segundo momento, além de utilizar o IU realizado deve-se também manter o IDF realizado, pois, como mencionado anteriormente, para se apurar a parcela da perda total representada pelo IU é necessário que primeiro se conheça o IDF. Como resultado, chega-se ao valor de quanto seria a produção bruta se o orçamento previsse os dados realizados no mês para o IDF (81,534) e o IU (57,150), desta maneira se subtraída produção bruta encontrada pelos IDF e IU realizados(833.465t) com a produção bruta orçada com o IDForçado (1.318.143t), conhece-se a perda referente à parcela do IU (-484.678t). 23
  • 29. Orçado Real HH 744 HH 744 HT 564 HT 347 HM 120 HM 137 HR 60,00 HR 260 Alimen 1.666.056 Alimen 1.088.914 P. Bruta 1.355.931 P. Bruta 911.004 t/HT Alim 2.954,000 t/HT Alim 3.140,977 Orçado Real 1.355.931 1.318.143 IDF % -37.788 Rm % 81,386 Rm % 83,662 1.318.143 833.465 IU % -484.678 IDF % 83,871 IDF % 81,534 833.465 886.220 t/Ht. Alim. 52.755 IU % 90,385 IU % 57,150 886.220 911.004 Rm % 24.784 Tabela 4 – Cálculo perda parcela IU Fonte: Primária 4.5.3 Cálculo através da Tonelagem por Hora Trabalhada Y= (HH orç x t/HtAlim real x Rm % orç x IU real x IDF real)/1.000.000 Fórmula 4- Cálculo perda t/HtAlim. Fonte: Primária Para que seja apurada a parcela do t/Htalim referente à perda total, devem-se utilizar os dados de orçamento para todas as variáveis que compõem a fórmula acima com exceção do IDF, IU e t/HtAlim real, que deverão ser considerados os realizados do mês. Deve-se também manter o IDF e IU realizados, pois, como mencionado anteriormente, para se apurar a parcela da perda total representada pelo t/HtAlim real é necessário que primeiro se conheça o IDF e IU. Como resultado, chega-se ao valor de quanto seria a produção bruta se o orçamento previsse os dados realizados no mês para o IDF (81,534), IU (57,150) e t/HtAlim real (3.1403,977t), desta maneira se subtraída à produção bruta encontrada pelos IDF, IU e t/HtAlim real realizados (886.220t) com a produção bruta orçada com o IDF e IU orçado (833.465), conhece-se um ganho referente à parcelada t/HtAlim real (52.755t). Orçado Real HH 744 HH 744 HT 564 HT 347 HM 120 HM 137 HR 60,00 HR 260 Alimen 1.666.056 Alimen 1.088.914 P. Bruta 1.355.931 P. Bruta 911.004 t/HT Alim 2.954,000 t/HT Alim 3.140,977 Orçado Real 1.355.931 1.318.143 IDF % -37.788 Rm % 81,386 Rm % 83,662 1.318.143 833.465 IU % -484.678 IDF % 83,871 IDF % 81,534 833.465 886.220 t/Ht. Alim. 52.755 IU % 90,385 IU % 57,150 886.220 911.004 Rm % 24.784 Tabela 5 – Cálculo perda parcela Tonelagem por Hora Trabalhada Fonte: Primária 24
  • 30. 4.5.4 Cálculo através da Recuperação Mássica Y= (HH orç x t/HT Alim real x Rm % real x IU real x IDF real)/1.000.000 Fórmula 5- Cálculo perda Rm%. Fonte: Primária Para que seja apurada a parcela do Rm % realreferente à perda total, devem-se utilizar os dados de orçamento para todas as variáveis que compõem a fórmula acima com exceção do IDF, IU, t/HtAlime Rm % real, que deverão ser considerados os realizados do mês. Deve-se também manter o IDF, IU e t/HtAlim realizados, pois, como mencionado anteriormente, para se apurar a parcela da perda total representada pelo Rm %real é necessário que primeiro se conheça o IDF, IU e t/HtAlim. Como resultado, chega-se ao valor de quanto seria a produção bruta se o orçamento previsse os dados realizados no mês para o IDF (81,534), IU (57,150), t/HtAlim real (3.1403,977t) e Rm % real (83,622), desta maneira se subtraída à produção bruta encontrada pelos IDF, IU, t/HtAlim e Rm % real realizados (911.004t) com a produção bruta orçada com o IDF, IU e t/HtAlim orçado (886.220), conhece-se um ganho referente à parcelada t/HtAlim real (24.7984t). Orçado Real HH 744 HH 744 HT 564 HT 347 HM 120 HM 137 HR 60,00 HR 260 Alimen 1.666.056 Alimen 1.088.914 P. Bruta 1.355.931 P. Bruta 911.004 t/HT Alim 2.954,000 t/HT Alim 3.140,977 Orçado Real 1.355.931 1.318.143 IDF % -37.788 Rm % 81,386 Rm % 83,662 1.318.143 833.465 IU % -484.678 IDF % 83,871 IDF % 81,534 833.465 886.220 t/Ht. Alim. 52.755 IU % 90,385 IU % 57,150 886.220 911.004 Rm % 24.784 Tabela 6 – Cálculo perda parcela Tonelagem por Recuperação Mássica Fonte: Primária 4.5.5 Resultado do cálculo das parcelas de perdas Após a realização dos cálculos para apuração das perdas através de cada parcela dos indiciadores temos então o total de perdas ocorridas na usina estudada no mês de janeiro que foi o mesmo apresentado na subtração da P. Bruta orçada menos à realizada (-444.927t). 25
  • 31. Orçado Real Perda de Produção 1.355.931 1.318.143 IDF % -37.788 1.318.143 833.465 IU % -484.678 833.465 886.220 t/Ht. Alim. 52.755 886.220 911.004 Rm % 24.784 Total -444.927 Tabela 7 – Apuração da perda total parcela de indicadores Fonte: Primária Depois de efetuado tais cálculos, parte-se para outra etapa de especificação do ocorrido em cada indicador onde se apresentam as paradas de usinas não programadas, horas das manutenções corretivas e preventivas entre demais outros eventos ocorridos. Disto estratifica-se gerando um build-up dos eventos macros, deste build-up gera-se um gráfico de Pareto para melhor estratificação dos eventos, deste Pareto gera-se uma árvore de causa e efeitos a fim de identificar os eventos que mais impactam na produção e em cima deles e gerado os 5 Porquês juntamente com as ações que deverão ser tomadas para sanar ou reduzir estes eventos. Tais procedimentos não serão elucidados nesse trabalho, pois não é objetivo do mesmo. 5 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHO FUTUROS Este trabalho foi apenas um inicial para apuração de perdas, podendo ser utilizado para demais empresas que utilizam indicadores de desempenho. Um benefício que o mesmo trás é a flexibilização e exatidão no conhecimento das perdas, porém um cuidado tem que ser tomado pela lógica adotada, pois a sequência lógica da operação tem que ser identificada e coesa afim de não tornar os resultados obtidos falsos. Por ser um método baseado em indicadores torna-se bastante útil podendo ser personalizado de acordo com os indicadores utilizados, de fácil utilização e sendo assim possível melhorá-lo de acordo com as necessidadesapresentadas pela empresa. 26
  • 32. 6 CONCLUSÃO Conclui-se que as atividades de gestãode produção e qualidade alinhadas aos indicadores de desempenho e o planejamento estratégico,auxiliam as companhias nas tomadas de decisões para avaliar suas perdas e encontrar onde realmente devem-se concentrar esforços para solucionar problemas fazendo com que os volumes e qualidades de produções sejam exatamente produzidos a um custo competitivo e fazendo com que a empresa se torne mais conhecedora de seus gargalos a fim de saná-los e evoluir em tecnologias e métodos de produção. Este método apresentado tornou-se padrão homologado para toda diretoria de Ferrosos Sul, todas as unidades utilizam tal método a fim de apurar corretamente suas perdas além de conhecer mais afundo seus indicadores e processos produtivos sempre procurando aperfeiçoamentos para que os processos sejam levados sempre a uma melhoria continua. 27
  • 33. 7 BIBLIOGRAFIA BRINSON, JamesA. Contabilidade por atividades: uma abordagem de custeio baseado em atividades. São Paulo: Atlas, 1996. FERNANDES, Patrick. Apresentação Qualidade - Abordagem Mineração. Vale. Belo Horizonte 2011. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisasocial. 4. ed., 2. tir. São Paulo: Atlas, 1999. GCE CONSULTING, site, Perdasnoprocessoprodutivoem2012. CELSO FOELKEL – Disponível em:<http://www.celso- foelkel.com.br/artigos/outros/6_Producao%20sem%20perdas.pdf>.Acessado em 7 novembro. 2012. KAPLAN, RS. ENORTON, DP. A estratégia em ação. Riode Janeiro: Campus, 1997. KAYANO, Jorge; CALDAS, Eduardo de Lima. In: Indicadores para o Diálogo. Novos Contornos da Gestão Local. São Paulo: Polis, 2002. LJUNBERG, O. Measurementof overall equipmenteffectiveness as a bases for TPM activities. InternationalJournalofOperations&Production Management. V. 18, n.5, p. 495-507,1998. 28
  • 34. NAKAJIMA,S.Introdução ao TPM – Total Productive Maintenance. São Paulo: IMC, Internacional Sistemas Educativos Ltda., 1989. NAKAGLAWA, Masayuki. Gestão estratégica de custos: conceitos, sistemas eimplementação. São Paulo: Atlas, 1993 SANTOS, Ana Carolina Oliveira. Análise do indicador de eficiência global de equipamentos para elevação de restrições físicas em um ambiente de manufatura enxuta. Orientador: Carlos Eduardo Sanches da Silva. Itajubá: UNIFEI, 2009. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção). TEX REPORT, site, Iron Ore Manual 2010 - 2011 TEXREPORT– Disponível em: <http://www.texreport.co.jp/xenglish>. Acessado em: 07 mai. 2012. UNA. CENTRO UNIVERSITÁRIO. Manual para elaboração de trabalhosacadêmicos: normas da associação brasileira de normas técnicas (ABNT) metodologia científica. Belo Horizonte, 2011. 38 p. VALE, site,Relatório de Investimentos Vale 2011 Vale - Disponível em: <www.vale.com.br>. Acessado em: 17 novembro. 2012. VALE, site, Relatório de Produção Vale 2011 Vale - Disponível em: <www.vale.com.br>. Acessado em: 17novembro. 2012. WORLDSTEEL, site, World Crude Steel Production Worldsteel – Disponível em: <http://www.worldsteel.org/media-centre/press- releases/2012/2011-world-crude-steel-production.html>. Acessado em: 07 mai. 2012. 29