2. Agenda
Introdução
Histórico do Corpo
Histórico da Mulher E Mídia
Impressa
Anúncios de Propagandas/
femininos
Conclusão
Debate
3. Insatisfação com o corpo
Na maior parte dos países
desenvolvidos, uma grande proporção
da população sonha em ser magra, mas
vive gorda.
Na França, em 1979, uma pesquisa
indicava que 24% dos homens e 4a0%
das mulheres consideravam-se gordos.
Na Itália, em 1976, 47% das mulheres
e 33% dos homens queriam
emagrecer, em 2005, 47% das
mulheres e 42% dos homens idem.
4. Insatisfação com o corpo
uma Pesquisa realizada em 2005, pelo
Hospital das Clínicas, que entrevistou
700 alunos universitários de 17 a 25
anos, constatou alguns sintomas que
podem provocar anorexia e bulemia
nervosas.
Segundo essa consulta, três em cada
quatro estudantes não estão satisfeitos
com o próprio corpo e 80% deles
mudariam características físicas para
melhorar a aparência. Porém 65% dos
entrevistados tinham peso saudável
para suas idades e alturas e 25% eram
magros.
Além disso, 13% afirmaram provocar
vômitos ou tomar laxantes e diuréticos
após as refeições, para não engordar.
5. E as perguntas não param?
Como explicar a contradição entre
a simpatia aparentemente
evocada pelos mais cheios de
corpo e a recusa que parece se
manifestar, hoje, contra a
gordura?
Amamos os gordos,ou os odiamos?
Somos lipófilos ou lipófobos?
Denise B. Sant’anna, Políticas do Corpo,2005, p.70
6. Algumas respostas...
A imagem do corpo é
profundamente ambivalente.
Os homens gordos não são
percebidos de maneira unívoca.
Nosso corpo, em especial nossa
corpulência, passa significados
socais profundos.
O corpo fala para a sociedade a
parte da comida:
Simbolicamente: a parte que
tomamos para nós;
Legitimamente:a distribuição da
riqueza social.
7. Ambivalência do Gordo
Na década de 2000, na França ,
uma pesquisa apresenta a imagem
ambivalente do gordo;
Eles eram considerados “bons
vivants” – sinônimo de bom humo,
gosto pela boa mesa e pelo bom
convívio.
Facilmente sentia-se uma imagem
negativa do corpo gordo. Sua
jovialidade disfarça um sofrimento
ou uma tristeza
Claude Fischer in Denise B. Sant’anna, Políticas do Corpo, 2005, p. 71.
8. Ambivalência do Gordo
O primeiro: é de um homem roliço,
extrovertido, dotado de boas
relações sociais ( o brincalhão, o
contador de histórias ...). Um gordo
simpático.
O segundo: é um doente ou
depressivo, um egoística
desenfreado, um irresponsável sem
controle sobre si mesmo.
Um obeso suscita a reprovação,
quando não a aversão.
Claude Fischer in Denise B. Sant’anna, Políticas do Corpo, 2005, p. 71.
9. Ambivalência do Gordo
No universo das mitologias ou
da ficção, essa dupla
identidade é visível.
De um lado temos a série de
bons gordos bufões e e de
outro lado, gigantes obesos
parasitas e exploradores.
10. Duplas conhecidas
No universo da ficção, a dupla
faz parte da história:
1. O gordo e magro
2. Sancho Pancho e D. Quixote
3. Bolinha e Luluzinha
4. Marquês de Rabicó e Visconde
de Sabugosa
11. A medida da desmedida
Gordo = Riqueza, Saúde,Bondade,
Bem feito
Magro = Pobreza, Doença, Maldade.
Há um século, nos países ocidentais
desenvolvidos, os gordos eram
amados.
No tempo em que os ricos eram
gordos, uma rotundidade razoável ,
era bem vinda.
Hoje a sociedade ama os magros
12. Histórico do corpo feminino
(Ullmann (2004, p. 92-96 )
Grécia Antiga – A mulher helênica
cuidava da higiene interna e externa.
Jejum regular, banhos freqüentes e
exercícios físicos faziam parte da
rotina, assim como a escovação dos
dentes e a lavagem regular dos
cabelos.
Império Romano – No Império
Romano havia 300 tipos de estilo de
cabelo (anelar, encaracolar, ondular e
alisar). Também era usada a peruca,
feita com cabelos naturais.
13. Histórico do corpo feminino
(Ullmann (2004, p. 92-96 )
1299 : Foi usado o primeiro
espartilho na corte do Rei Eduardo
I. Espécie de dois em um, afinava a
cintura e levantava o seio. Os
quadris eram enfurnados com
enchimento, estofos, anáguas,
armações de arame chamadas
anquinhas. Algumas alargavam a
mulher nos lados outros a
envolviam como um cone e outros,
ainda, estufavam apenas a parte
traseira do corpo.
14. História do Corpo Feminino
1600: Na Idade Moderna,
valoriza a razão.
A fé é substitui pela razão e
pela ciência. O corpo passa a
ser funcional e técnico.
15. Histórico do corpo feminino
(Ullmann (2004, p. 92-96 )
1800 : Desejando emanar um
perfume agradável, as damas da
sociedade francesa – que raríssimas
vezes tomavam um banho completo
- costuravam sachês recheados com
flores secas na roupa. Os mais
apreciados eram os de lavanda e
pétalas de rosas.
Corpos rechonchudos eram belos.
Inspiravam artistas como Matisse e
Renoir.
16. Histórico do corpo feminino
(Ullmann (2004, p. 92-96 )
Década de 1910 : Pela alva, olhos
profundos, esfumaçados de negro
e pequenos corações vermelhos no
lugar da boca, as musas dessa
época eram miúdas e roliças como
bonecas de louça. As mais sensuais
eram chamadas vamps, uma
versão reduzida da palavra
vampiras.
17. Histórico do corpo feminino
(Ullmann (2004, p. 92-96 )
Década de 1920: Transgressora e
atrevida, a mulher imitou pela
primeira vez a atitude do homem.
Cortou o cabelo, passou a fumar
em público e exibiu uma silhueta
sem curvas em vestidos de corte
reto e folgado.
No cinema, Rodolfo Valentino
passa a representar o ideal
masculino, com seus traços
andrógenos. E Mata Hari, com um
corpo sensual, com formas
magras e arredondadas.
18. Histórico do corpo feminino
(Ullmann (2004, p. 92-96 )
Década de 1950:A beleza comportada
do começo da década cedeu espaço a
uma sensualidade explícita mas algo
inocente ao final. Grace Kelly e Audrey
Hepburn, as duas bonequinhas de luxo,
abriram alas as estonteantes Marilyn
Monroe e Brigite Bardot, com suas bocas
de fruta madura e a ousada atitude de
mostrar o corpo nu.
As formas mignons se avolumaram, mas
as cinturinhas de pilão se mantiveram
intactas, cingidas por cintas elásticas.
19. Histórico do corpo feminino
(Ullmann (2004, p. 92-96 )
Década de 1960 : A beleza
esquálida conquista
definitivamente as passarelas,
personificada na modelo inglesa
Lesley Hornby, rebatizada
Twiggy,, que significa galho frágil.
Com a aparência de órfã
desnutrida, ela inaugurou o
padrão andrógino e adolescente
de beleza. A magreza e a extrema
juventude sobrevivem até hoje.
20. Histórico do corpo feminino
(Ullmann (2004, p. 92-96 )
Década de 1970 : Os ares da
liberdade que varreram a sociedade
ocidental se refletiram na imagem
ideal das mulheres. Corpos
bronzeados, cabelos ao vento,
energia pulsando nas veias. O culto
aos corpos modelados por
exercícios ainda não está
consolidado, mas se insinua na
aparência saudável de quem vive
em contato com a natureza.
21. Histórico do corpo feminino
(Ullmann (2004, p. 92-96 )
Década de 19 80: Nasce a mulher-
maravilha, poderosa, alta (quem
não for que se equilibre como
puder em um salto 10), ombros
largos recheados pelas ombreiras,
músculos modelados pelos
exercícios com peso praticados
nas academias. Cirurgias plásticas,
cosméticos, quase milagrosos e
tratamentos estéticos de alta
tecnologia roubam a cena e as
dietas tornam-se rotineiras.
22. Histórico do corpo feminino
(Ullmann (2004, p. 92-96 )
Década de 1990 – Versões modernizadas das
divas Hollywood, as supermodelos, viram
ideal de beleza, Kate Moss, menos
exuberante que as demais, ressuscitou a
fragilidade física de Twiggy, desta vez com
causa identificada: anorexia.
A doença se alastra pelas passarelas, entre as
bailarinas e adolescentes, assim como a
bulimia.
Segundo os médicos, essas disfunções têm
relação direta com a compulsão estética de
um corpo magro estipulado às mulheres da
virada do século.
23. Histórico do corpo feminino
(Ullmann (2004, p. 92-96 )
Excessiva preocupação com o
corpo.
Era do Hedonismos.
Consumo exagerado.
Cirurgias plásticas, academias
de musculação, estéticas.