O documento discute o desemprego no município de Guarantã do Norte, MT. Apresenta dados sobre o clima, relevo, hidrografia e vegetação da região, além de taxas e fatores de desemprego no Brasil e na cidade entre 2011. Também aborda o trabalho formal e informal e as dificuldades de entrada dos jovens no mercado de trabalho.
2. Francieli Garcia
Fernanda Aline
Thais Zampieri
DESEMPREGO
Trabalho de Geografia
apresentado à Escola Estadual
Albert Einstein, para obtenção de
nota na disciplina de Geografia,
orientado pelo professor Sergio.
Guarantã do Norte – MT
2011
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3. SUMARIO
Guarantã do Norte – Aspectos Físicos...............................................................4
Desenvolvimento – Definição / Desemprego no Brasil.....................................6
Fatores / Desemprego em Guarantã do Norte....................................................9
Trabalho Formal e Informal...............................................................................10
Entrada do Jovem no Mercado de Trabalho......................................................11
Bibliografia........................................................................................................12
3
4. Guarantã do Norte – Aspectos Físicos
Relevo: Pela classificação de Jurandir Sanches Ross, o relevo do município possui duas
unidades, a Depressão Marginal Sul Amazônica e os Planaltos Residuais Sul Amazônicos,
com destaque ao norte a Serra do Cachimbo.
A Depressão Sul-Amazônica – Está delimitada pelo Planalto e Chapada dos Parecis, ao sul, e
pelo Planalto da Amazônia Oriental, ao norte. Portanto, essa depressão também faz parte da
região Centro-Oeste.
Planaltos Residuais Sul-Amazônicos – São planaltos cristalinos que se estendem desde o sul
do Pará até Rondônia.Têm o aspecto de uma vasta área plana com morros de topos
arredondados, distribuídos pelo espaço de forma descontínua. Ao lado desses morros
encontram-se áreas de coberturas sedimentares antigas, que apresentam topo plano e
correspondem às chapadas, como a do Cachimbo. Nessa formação, localiza-se a serra dos
Carajás, onde há grande ocorrência de minerais, como ferro, manganês, cobre e ouro.
A altitude média do município é de 260 metros.
Clima: Segundo a classificação climática de Straller, Guarantã do Norte esta na faixa de clima
equatorial úmido, clima que ocorre ao longo da Linha do Equador em regiões de baixa
latitudes da América do Sul, África e Ásia. Suas características são:
- Durante todo o ano é úmido, com alto índice de evaporação e altas temperaturas;
- A pluviosidade é alta (chuvas em grande quantidade), atingindo de 2.000 a 3.000 milímetros
por ano;
- A umidade relativa do ar nas regiões de clima equatorial é elevada (média anual de 90%);
- A temperatura média anual nestas regiões fica em torno de 26°C. Ocorre pouca variação de
temperatura (entre mínima e máxima) durante o ano.
No entanto a observação in loco, permite perceber a presença de duas estações bem definidas
com verões chuvosos e invernos secos, com pouca variação de temperaturas mas com
variações de umidades o que aproxima o clima das características do clima tropical típico, não
tendo no entanto o fenômeno das friagens. Essas características permite considerar então que
se trata de uma faixa de transição entre os climas tropical e equatorial.
A temperatura média anual é de 24º C.
A precipitação média anual é de 2750 mm, sendo que a maior intensidade é nos meses de
janeiro, fevereiro e março.
Hidrografia: Guarantã do Norte está localizado na Bacia Hidrográfica do rio Amazonas tendo
como principais rios de nosso município o Braço Norte, o Braço Sul e o rio Peixotinho.
Vegetação: A vegetação predominante no município é a Floresta Equatorial Amazônica, ou
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5. floresta latifoliada equatorial. Tendo como principal associação a chamada mata de terra
firme.
mata de terra firme: apresenta-se em áreas não inundadas, é a que apresenta árvores mais
altas. Nela são comuns a castanheira.
Em algumas áreas mais baixas próximas aos rios, sobretudo o Braço Norte é possível encontra
as matas de várzea.
mata de várzea: mais compacta, sofre inundações periódicas (cheias). Apresenta árvores
maiores, sobressaindo as seringueiras, por seu valor econômico;
Em áreas mais elevadas do município em especial na região do Complexo da Serra do
Cachimbo encontramos aspectos de vegetação de Cerrado com destaque para o ipê amarelo.
Comprovando a característica da região de ser uma faixa de transição morfoclimática entre o
domínio amazônico e do cerrado.
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6. 1.DESENVOLVIMENTO
1.1 DEFINIÇÃO
Pessoas com idade adulta e em condições saudáveis para exercer alguma atividade na
sociedade, que por circunstâncias devidas não estão podendo realizar sua função social. A
taxa de desemprego é uma porcentagem da População Economicamente Ativa (PEA) que
pode ser calculada com base em diferentes metodologias.
Existem cinco tipos de desemprego:
Desemprego estrutural: característico dos países subdesenvolvidos, ligado às particularidades
intrínsecas de sua economia. Explica-se pelo excesso de mão-de-obra empregada na
agricultura e atividades correlatas e pela insuficiência dos equipamentos de base que levariam
à criação cumulativa de emprego.
Desemprego tecnológico: atinge sobretudo os países mais adiantados. Resulta da substituição
do homem pela máquina e é representado pela maior procura de técnicos e especialistas e pela
queda, em maior proporção, da procura dos trabalhos tidos como braçais.
Desemprego conjuntural: também chamado desemprego cíclico, característico da depressão,
quando os bancos retraem os créditos, desestimulando os investimentos, e o poder de compra
dos assalariados cai em conseqüência da elevação de preços.
Desemprego friccional: motivado pela mudança de emprego ou atividade dos indivíduos. É o
tipo de desemprego de menor significação econômica.
Desemprego temporário: forma de subemprego comum nas regiões agrícolas, motivado pelo
caráter sazonal do trabalho em certos setores agrícolas.
1.2.DESEMPREGO NO BRASIL
A taxa do desemprego no Brasil é determinada por uma pesquisa mensal realizada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que utiliza o critério de desemprego
aberto, no qual somente as pessoas que no período de referência estavam disponíveis para
trabalhar e realmente procuraram trabalho são consideradas desempregadas. O cálculo é feito
com base em dados de seis regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife. Além do IBGE, é utilizado a Fundação Sistema
Estadual de Análise de Dados (Seade) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudo
6
7. Sócio-Econômicos (Dieese), mas estes adotam o critério de desemprego total, que engloba
também o desemprego oculto. Nessa categoria estão aqueles que não procuraram emprego por
desalento ou porque estavam exercendo trabalhos precários.
Devido essa diferença, os resultados obtidos se tornam diferentes. Por exemplo, na região
metropolitana de São Paulo, enquanto o IBGE aponta em agosto de 2000 uma taxa de
desemprego aberto era de 7,55%, a Fundação Seade e o Dieese chegam a uma taxa de
desemprego total de 17,7%.
No Brasil os fatores que mais contribuem para o aumento do desemprego é o baixo ritmo de
crescimento econômico, gerado principalmente pelas crises externas.
Por ano
Ano Taxa de desemprego(%)
2002 12,6
2003 12,3
2004 11,4
2005 9,8
2006 9,9
7
8. 2007 9,3
2008 7,8
2009 8,1
2010 6,7
Ano Mês Taxa de desocupação (%)
Janeiro 7,2
Fevereiro 7,4
Março 7,6
Abril 7,3
Maio 7,5
2010 Junho 7,0
Julho 6,9
Agosto 6,7
Setembro 6,2
Outubro 6,1
Novembro 5,7
Dezembro 5,3
Ano Mês Taxa de desocupação (%)
Janeiro 6,1
Fevereiro 6,4
Março 6,5
2011
Abril 6,4
Maio 6,4
Junho 6,2
Julho 6,0
1.3. FATORES
8
9. A partir do século XVIII e XIX, houve uma crescente industrialização, gerada pela Revolução
Industrial, onde a mão-de-obra agrícola foi substituída por maquinas.
Os principais fatores que contribuíram para o aumento do desemprego são o desaquecimento
da economia mundial, o progresso tecnológico, a financeirização da riqueza como forma
privilegiada de acumulo de capital e uma crescente interligação dos mercados de capitais e de
bens e serviços.
1.4. DESEMPREGO EM GUARANTÃ DO NORTE
A partir de pesquisas realizadas pelo Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED),
foram estipulados os seguintes dados:
Período: Jan de 2011 a Ago de 2011
Município Micro Região
Movimentação
qtde % qtde
Admissões
1º Emprego 340 22.06 1.541
Reemprego 763 17.55 4.347
Reintegração 0 0 3
Contr. Trabalho Prazo Determ. 0 0 2
Transferência 0 - 0
Total 1.103 18.72 5.893
Desligamentos
Dispensados sem Justa Causa 488 19.39 2.517
Dispensados com Justa Causa 9 18.75 48
A Pedido 307 20.1 1.527
Término de Contrato 84 22.89 367
Aposentadoria 0 - 0
Morte 0 0 9
Término Contrato Prazo Determ. 0 0 28
Transferência 0 - 0
Total 888 19.75 4.496
9
10. Variação Absoluta 215 1.397
Variação Relativa 8.86 % 11.28 %
Número de empregos formais
1º Janeiro de 2011 2.427 19.6 12.383
Total de Estabelecimentos
Janeiro de 2011 1.193 24.79 4.812
1.5. TRABALHO FORMAL E INFORMAL
O trabalho formal é, no Brasil, o trabalho com benefícios e carteira profissional assinada.
Consiste em trabalho fornecido por uma empresa, com todos os direitos trabalhistas
garantidos. O papel ocupado ou a função que a pessoa desempenha em alguma atividade
econômica lhe confere uma remuneração. Em Guarantã do Norte, o número de empregos
formais em primeiro de janeiro de 2011 é de 2427.
O trabalho informal é o tipo de trabalho desvinculado a qualquer empresa, ou seja, é o
trabalho indireto onde não há vínculo empregatício por meio de documentação legalizada.
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11. 1.6. ENTRADA DO JOVEM NO MERCADO DE TRABALHO
Nos últimos seis anos, cerca de 425 mil jovens de 18 a 24 anos, ocupados ou em busca de
ocupação, deixaram de pressionar o mercado de trabalho nas seis principais regiões
metropolitanas do Brasil. A grosso modo, se a quantidade semelhante de jovens estivesse no
mercado, a taxa de desemprego metropolitano, hoje em 7,5% da população economicamente
ativa (PEA), poderia ficar próxima de 10%. Um dos motivos é o aumento da presença dos
jovens na escola. Em apenas dez anos, o número de matriculados no ensino superior cresceu
150% em todo o país.
Esse movimento é facilitado pelo cenário econômico mais favorável dos últimos anos. O
aumento do emprego e renda tem permitido que um número crescente de jovens continue a
estudar ou volte a freqüentar salas de aula, em vez de procurar uma ocupação para reforçar o
orçamento familiar.
Outro fator que reduz a pressão dos jovens no mercado de trabalho é que o ritmo de
crescimento da população brasileira está diminuindo a uma velocidade maior que a esperada.
Enquanto a participação dos mais jovens na força de trabalho encolhe, a da população de mais
de 50 anos é a que mais cresce, refletindo a forte expansão demográfica do passado. A
população está envelhecendo porque a taxa de natalidade tem caído num ritmo maior que o da
mortalidade.
A falta de experiência é um dos grandes obstáculos encontrado pelos jovens ao tentarem
ingressar no mercado de trabalho, uma vez que as grandes maiorias das empresas buscam
contratar pessoas com experiência profissional.
Pesquisa realizada no dia 23 de setembro de 2011, nos patrimônios da Escola Estadual Albert
Einstein, no município de Guarantã do Norte - MT, com vinte e cinco alunos dos terceiros
anos noturnos, onde foram propostas as seguintes perguntas: 1)Idade em que ingressou no
mercado de trabalho? 2) Maior dificuldade encontrada neste primeiro momento? 3) Os
motivos que lhe motivou a trabalhar? 4) Houve queda no rendimento escolar?
11
12. Idade
1
18; 4% 11; 8%
12; 8% 2
17; 16% 3
4
5
13; 12%
6
16; 16% 14; 12% 7
15; 24% 8
Podemos observar que a maioria dos jovens ingressam no mercado de trabalho aos quinze
(24%), dezesseis (16%) ou dezessete (16%) anos.
Dificuldades
4% 8%
Falta de experiência
8%
Não saber o que fazer
Preguiça
Adaptação
12%
60% Mercado concorrido
8% Trabalho X Escola
A maior e explicita dificuldade que encontraram foi a falta de experiência (60%), já que as
empresas procuram contratar pessoas experientes.
Motivos
8%
40%
Experiência
Independencia
Financeiros
52%
Os principais motivos que levaram estes jovens ao mercado de trabalho foram: a busca pela
independência financeira (52%); e por questões financeiras (40%), onde os mesmos tem a
responsabilidade de ajudar com as despesas da casa.
12
13. Queda no Rendimento Escolar
3%
33%
sim
não
mais ou menos
64%
Mota – se claramente que o rendimento escolar dos entrevistados tiveram uma queda, cerca de
64% dos mesmos notaram diferença. Conciliar trabalho com escola não é tarefa fácil. O
cansaço do trabalho de uma certa forma interfere no gral de aprendizagem, e
conseqüentemente causa uma queda no rendimento escolar
2 BIBLIOGRAFIA
http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/desemprego-um-problema-mundial.htm
http://www.ufv.br/pdv/desemprego.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_desemprego_no_Brasil
http://www.guarantadonorte.mt.gov.br/site/news.asp?cod=2592
http://www.youtube.com/watch?v=tTwy1HsVtbs
http://www.mteseusmunicipios.com.br/
http://www.colegioweb.com.br/geografia/planaltos-antigos.html
http://www.suapesquisa.com/clima/clima_equatorial.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vegeta%C3%A7%C3%A3o_do_Brasil
http://perfildomunicipio.caged.gov.br/Frame_Consultando.asp?uf_sel=MT&codmun=
510410&codmicro=51003&competenciaIni=01_2011&competenciaFim=08_2011&q
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o=
http://perfildomunicipio.caged.gov.br/result_perfil.asp?cst=geodesagr&uf=mt&mun=5
1.0410&ano=2011&anomax=2011&mun_sel=%20Guarant%E3%20do%20Norte&mi
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