A VI Reunião Anual do SciELO dará seguimento à disseminação e avaliação dos avanços alcançados das linhas prioritárias de ação em prol da profissionalização, internacionalização e sustentabilidade financeira dos periódicos e da coleção SciELO como um todo que o programa vem promovendo nos últimos anos.
Estas linhas de ação envolvem o aperfeiçoamento das políticas e da gestão editorial com ênfase na transparência, controle de qualidade, eficiência e eficácia dos processos que envolvem a comunicação da pesquisa. Os Critérios SciELO de Indexação, atualizados há dois anos, em setembro de 2014, incorporaram na avaliação para ingresso e permanência dos periódicos na coleção o controle e seguimento sistemáticos da adoção das recomendações das linhas prioritárias de ação.
Uma dimensão importante das linhas prioritárias de ação e, portanto, dos Critérios SciELO Brasil é a sintonia com os avanços e inovações internacionais como um fator essencial para aumentar de forma sustentável a relevância e presença internacional dos periódicos de qualidade publicados no Brasil.
O programa da VI Reunião Anual do SciELO combinará a discussão dos avanços e desafios que enfrentam a profissionalização, internacionalização e sustentabilidade financeira dos periódicos e da coleção com a discussão das tendências internacionais de renovação da comunicação científica, com destaque para a celeridade na publicação dos artigos.
Iniciativas de história, ciências, saúde – manguinhos frente aos desafios da publicação científica no século XXI - André Felipe C da Silva
1.
2. Como História, Ciências, Saúde – Manguinhos tem reagido aos
desafios e inovações propostas à publicação científica no século XXI?
• Aspecto Geral: sustentabilidade como requisito para profissionalização e
internacionalização.
• Especificidade do nosso periódico: apoio da Fundação Oswaldo Cruz
(FIOCRUZ). Profissionalização – concursos para postos específicos ligados à
publicação científica.
• Desafio atual: estrangulamento financeiro. Como responder de forma
criativa, coordenada e sustentável a um cenário de restrição financeira –
sem respostas definitivas, compartilhamento de algumas experiências
bem-sucedidas e outras de resultado ainda incerto.
3. Estratégias
• Captação de recursos com fontes alternativas – convênios internacionais (Fundação
Wellcome Trust e British Academy) e nacionais (convênio IPEA para investimento nas
mídias sociais)
• Acompanhamento dos editais de agências de fomento.
• Colaboração de autores para arcar com custos de versão de artigos para o inglês.
• Ação coordenada de publicações por meio de iniciativas institucionais (Fórum de
Periódicos da FIOCRUZ, criado em 2014 – tentativa de coordenação e otimização de
processos editoriais, intercâmbio de experiências e racionalização de custos.
• Investimento nas redes sociais: índices alternativos, estreitamento de laços com o
público leigo e especializado.
• Incremento da internacionalização: versão de artigos para o inglês, corpo editorial e
pareceristas estrangeiros, convênios e parcerias internacionais. Também como
resultado da internacionalização efetiva da comunidade acadêmica que publica na
revista.
• Agilização do processo editorial: publicação de Ahead of Prints (AHOPS), sistema de
submissão online ScholarOne, aumento do porcentual de rejeição, sempre que
possível, na porta de entrada.
4. • Tentativa de criação de espaços comuns de trocas de
experiência entre editores e de discussão de pontos
como profissionalização, financiamento, divulgação
científica e internacionalização.
• Workshop “Desafios de revistas interdisciplinares:
experiências do Reino Unido, Brasil e América Latina
em história, ciências sociais e humanidades” em 22,
23 e 24 de junho de 2016, resultado de convênio de
História, Ciências, Saúde — Manguinhos com o
periódico britânico Journal of Latin American
Studies e financiamento da British Academy.
• Participação em fóruns nacionais e internacionais em
debates sobre publicações científicas (ABEC 2016,
SBHC, 2016, LASA 2017, Congresso Internacional de
História das Ciências, 2017).
HISTÓRIA, CIÊNCIAS, SAÚDE — MANGUINHOS
5. HISTÓRIA, CIÊNCIAS, SAÚDE
— MANGUINHOS, vol. 23
Cenário futuro: desafios e estratégias
• Tarefa de convencimento institucional, político e
cultural sobre a relevância das publicações científicas.
• Criação de redes de editores: ação articulada e
intervenção junto às agências de fomento e
instituições.
• Internacionalmente: importância da qualidade da
produção científica de países em desenvolvimento e,
por extensão, de suas publicações.
Contraposição à lógica privatista que avança nas
instâncias de produção acadêmica pela defesa de um
compromisso ético, cultural e político com a ciência
pública, acessível aos segmentos sociais que a
financiam e de qualidade.