1. Shinyashiki, Roberto e DUMÊT, Eliana Bittencourt. Amar pode dar certo. 148.ed., São Paulo:
Ed. Gente, 1988.
AMAR PODE DAR CERTO
Ciúme
O ciúme é cruel como sepultura
(Rei Salomão)
O ciúme pode ser projetado em uma pessoa quando a admiramos ou quando nos criticamos,
baixando nossa auto-estima. E, dessa forma, estabelecemos um relacionamento
inferior/superior com o parceiro.
O ciúme é a manifestação de uma pessoa que se sente inferior e quer controlar a pessoa
amada. Porém, principalmente, o ciumento é um preguiçoso, pois, em vez de evoluir, para
ficar à altura da pessoa querida, procura o caminho mais curto (para ele): diminuir o outro e,
assim, manipulá-lo.
O ciúme nasce da percepção de que não se é tudo para o outro. Existe é claro, o lado real da
história, uma realidade a ser aceita, de que ninguém pode mesmo preencher completamente
as necessidades do outro. Por outro lado, devemos ter o cuidado de não menosprezar a
relação pelo fato de ela não nos preencher totalmente.
O mais indicado é declarar-lhe à pessoa amada e pedir-lhe que não repita determinadas
condutas que o machucam tanto. Ao mesmo tempo, cuida de melhorar a sua auto-estima
para não ficar refém do comportamento do parceiro.
Descubra o que você precisa fazer para se desenvolver e ficar à altura da pessoa amada.
Procure respeitar a liberdade do outro.
Pare e analise sempre se as “verdades” que você considera não são somente meros
preconceitos e crendices, se os seus sonhos de amor são realmente realizáveis. Se forem
somente instrumentos de tortura, para você e para quem você ama, certamente criarão um
relacionamento hipócrita.
Muitas vezes o que sentimos como apatia ou até desinteresse são momentos de recarga da
paixão. A paixão consome muita energia.
O amor dá sempre prioridade ao que é vital no momento.
O seu par ideal é uma pessoa disposta a crescer junto com você.
O importante não é você se casar com a pessoa com que se apaixonou e sim se apaixonar
todos os dias pela pessoa com que se casou. ( Gilbert K. Chesterton)
Preciso de serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar. Coragem para mudar o
que posso e sabedoria, para conhecer a diferença. (R. Niebuhr)