A arte sumiê é uma técnica de pintura em preto-e-branco originada na China e levada ao Japão, onde se desenvolveu com temas budistas e da natureza. O monge Sesshu foi um dos principais contribuidores do estilo puramente japonês no período Muramaki, pintando os "quatro nobres": orquídea selvagem, bambu, ameixeira e crisântemo.
1. SUMIÊ - A ARTE EM PRETO-E-BRANCO A palavra sumiê significa “pintura a tinta” em português, e consiste numa técnica de pintura em preto-e-branco originada em mosteiros budistas da China durante a dinastia Sung (960-1274). Levada pelos monges zen ao Japão a partir do século XIV, o sumiê tinha essencialmente temáticas religiosas que representavam elementos budistas, como o círculo, que indica o vazio interior, ou da natureza, como as rochas e a água. Sesshu Essa arte se estabeleceu como também típica japonesa, com grandes contribuições feitas pelo monge Toba-sojo, que desenhou “ChojuGiga”, no período Heyan (795-1185), e Sesshu, no período Muramaki (1333-1587), considerado o primeiro estilo puramente japonês de desenho sumie. Sesshu
2. A arte sumiê possui alguns temas recorrentes. Os mais importantes são os quatros nobres, ou shikunshi, em japonês, que evidenciam a profunda ligação com a natureza. São eles: a orquídea selvagem, o bambu, a ameixeira e o crisântemo Crisântemo, por sua perseverança e resignação, a flor representa qualidades como lealdade e modéstia. Devido à sua forma circular, é considerado o símbolo da vida familiar. O bambu é o pai da pintura sumiê. Caracteriza a simplicidade de vida e o espírito humilde, qualidades valorizadas no zen-budismo. Ele representa o inverno e é o tema mais pintado no Oriente. Seu tronco simboliza a força e as virtudes do sexo masculino, refletindo um senso de equilíbrio perfeito. orquídea selvagem representa o verão, um espírito jovial, símbolo da graça e das virtudes femininas a ameixeira floresce, trazendo com ela o símbolo da esperança e da tolerância. Expressa a renovação e a continuidade da vida.
3. São termos relacionados à arte: sumi (tinta), suzuri (bastão de tinta), bokusho (arte), kami (papel), e o fude (pincel, escova). Confeccionados de cabo de bambu nos mais variados tamanhos e modelos, os pincéis do sumiê têm basicamente três categorias: o grosso, para o desenho, o suave, para colorir, e um misto de ambos. Eles são caprichosamente entalhados, e os pêlos do pincel podem ser de texugo e até de crina de cavalo. O Japão é famoso pelo seu papel, o Washi. Feito de fibra de cascas de árvores como Mitsumata, Kozo e Gamp
4. Obras de EitokuKano, de SessonShoukei, de SoukeiOguri, do samurai NitenMiyamoto e de ShohakuSoga, as quais refletem uma arte inspirada no despojamento do zen-budismo e nos elementos da natureza
5. Nascido em 1420, o pintor japonês Sesshu aprendeu a arte sumiê no templo Shokokuji, em Kyoto. Em 1467, foi para a China, onde estudou, durante dois anos, os estilos das correntes Canção do Sul e Seppa (em chinês, zhepai). Após aprender estilos variados, passou a buscar uma linguagem própria. O grande mestre Fontes - madeinjapan.uol.com.br/ www.bugei.com.br/ fukushimakenjin.org/ japanese-arts.net