Palestra ministrada na Axxiom em Belo Horizonte com o tema "Como tomar boas decisões em projetos?". Possuímos dois mecanismos para tomada de decisão, o intuitivo (fast) responsável por captar impressões imediatas e decidir sem se quer nos darmos conta e o racional (slow), responsável pelas decisões mais complexas (Kahneman). Os irmãos Heath através do seu livro "Decisive: how to make better choices in life and work" propõe uma técnica para tomada de decisões e essa técnica é discutida levando-se em consideração o ambiente de gerenciamento de projetos.
2. Como
tomar
boas
decisões
em
projetos?
Moisés
Luna,
PMP®
PMI-‐MG
2
3. 3
Dilemas
Por
que
eu
sempre
tomo
o
caminho
errado?
Sabia
que
eu
devia
ter
escolhido
a
outra
coisa.
Como
eu
posso
ter
certeza
de
que
essa
é
a
melhor
decisão?
4. 4
O
ser
humano
sempre
manifestou
preocupação
com
as
decisões
que
impactariam
o
futuro
7. 7
Vocês
devem
ter
notado
que
só
uso
ternos
escuros.
Estou
tentando
simplificar
as
decisões.
Não
quero
precisar
decidir
sobre
o
que
ves<r
ou
comer
porque
eu
tenho
decisões
demais
para
tomar.
Você
precisa
focar
sua
energia
para
tomada
de
decisão.
Você
precisa
se
´ro<nizar´,
não
pode
passar
o
dia
sendo
distraído
por
questões
triviais.
tradução:
Ivo
Michalick
Já
observaram
que
o
Obama
só
usa
ternos
escuros
e
camisas
claras?
"
"
8. 8
Definição
de
Tomada
de
decisão
“Capacidade
de
identificar
e
escolher
entre
as
diferentes
alternativas,
qual
é
a
melhor
opção
para
implementar
uma
ação
ou
resolver
uma
situação.”
(QUEIROZ,
2008)
9. 9
Por
que
pensar
sobre
tomada
de
decisão?
→ As
decisões
que
tomamos
hoje
podem
definir
nosso
futuro.
→ Mantém
os
nossos
projetos
em
curso.
→ Possibilitam
reduzir
stress,
tempo
e
dinheiro.
10. 10
Nossa
racionalidade
é
limitada
O
mundo
real
de
Hebert
Simon:
→ Nossa
racionalidade
é
limitada.
→ Não
é
possível
maximizar
as
escolhas,
pois
não
temos
conhecimento
de
todas
as
variáveis
que
envolvem
um
problema.
→ Além
disso,
a
realidade
vai
se
alterando
a
medida
que
as
decisões
vão
sendo
tomadas.
11. 11
O
pensamento
humano
em
duas
formas:
IntuiLvo
x
Racional
Intuitivo
→ Rápido,
criativo
e
emocional.
→ Responsável
por
captar
as
impressões
imediatas
de
uma
situação
e
fazer
uma
interpretação
prévia.
→ Com
a
rotina
nos
ajuda
a
tomar
decisões
sem
precisarmos
pensar
nelas.
→ O
problema
do
hábito
e
da
rotina
é
que
podemos
nos
tornar
prisioneiros
da
familiaridade,
pois
quanto
mais
fazemos
uma
coisa
da
mesma
maneira,
mais
difícil
é
fazê-‐la
de
qualquer
outra
maneira.
(Livro:
Rápido
e
Devagar
-‐
Daniel
Kahneman)
12. 12
O
pensamento
humano
em
duas
formas:
IntuiLvo
x
Racional
Racional
→ Lento,
analítico,
deliberativo
e
lógico.
→ Processa
com
maior
profundidade
e
detalhamento
as
informações
enviadas
pelo
sistema
intuitivo.
→ A
tomada
de
decisões
complexas
estão
sujeitas
a
fadiga
mental.
13. 13
Problemas
→ O
sistema
intuitivo
sugere
ao
racional
impressões
sobre
as
situações
que
nem
sempre
são
as
melhores
ou
mais
corretas.
→ Decisões
baseadas
apenas
na
intuição
fazem
com
que
as
pessoas
não
reflitam
com
maior
profundidade
e
acabem
errando.
O
pensamento
humano
em
duas
formas:
IntuiLvo
x
Racional
14. 14
Intuição
x
razão
“Quando
entra
na
escola,
a
criança
é
um
ponto
de
interrogação;
quando
sai,
é
um
ponto
final.”
Neil
Postman,
educador
“A
imaginação
é
mais
importante
que
o
conhecimento.
O
conhecimento
é
limitado.
A
imaginação
envolve
o
mundo.”
Albert
Einstein
→ Nosso
sistema
intuitivo
é
muito
importante,
pois
é
responsável
pela
geração
de
ideias
para
posterior
processamento
pelo
sistema
racional.
→ Aprendemos
a
ser
específicos,
mas
perdemos
grande
parte
da
força
de
nossa
imaginação.
15. 15
Equilíbrio
racional
x
intuiLvo
→ Um
grande
número
das
decisões
atuais
envolvem
questões
econômico
financeiras,
tendo
como
base
fundamental
aspectos
estritamente
quantitativos
(matemáticos
e
estatísticos).
Mas
todas
as
decisões
podem
ser
tomadas
somente
com
base
em
critérios
matemáticos/lógicos?
16. 16
Equilíbrio
racional
x
intuiLvo
No
caso
de
uma
usina
hidrelétrica
que
para
ser
construída
exigiria
a
inundação
de
uma
reserva
indígena:
→ Quanto
custa
a
mata?
→ Qual
o
valor
deve
ser
dado
aos
animais?
→ Como
precificá-‐los
para
inserir
em
fluxos
de
caixa?
→ Como
quantificar
a
repulsa
dos
funcionários
por
uma
determinada
alternativa?
O
que
se
procura
hoje
é
equilibrar
as
dimensões
da
racionalidade
com
a
razão
e
intuição.
17. 17
Decisão
reaLva
e
proaLva
Reativa
→ O
problema
já
existe.
→ Pode
requerer
uma
decisão
mais
imediata.
→ Pelo
caráter
de
urgência,
pode
conduzir
à
precipitação.
18. 18
Decisão
reaLva
e
proaLva
Proativa
→ A
decisão
é
para
evitar
um
problema
ou
provocar
uma
mudança
desejada.
→ Dispõe-‐se
de
mais
prazo
para
avaliar
opções.
→ Pela
ausência
de
urgência,
podemos
procrastinar
a
ação.
19. 19
Fases
da
tomada
de
decisão
(Simon)
→ Preparação
da
situação
→ Análise
e
definição
do
problema
→ Definição
dos
objetivos
→ Procura
de
alternativas
de
solução
→ Avaliação
e
comparação
de
alternativas
→ Escolha
da
alternativa
mais
adequada
→ Implementação
da
alternativa
escolhida
20. 20
Técnica
WRAP
para
tomada
de
decisão
(Heath)
1. Widen
your
options
(Amplie
suas
opções).
2. Reality-‐test
your
assumptions
(Avalie
suas
premissas).
3. Attain
distance
before
deciding
(Avalie
as
decisões
de
forma
imparcial).
4. Prepare
to
be
wrong
(Prepare-‐se
para
estar
errado).
21. 21
1.
Widen
your
opLons
(Amplie
suas
opções)
→ Somos
educados
a
sempre
ter
uma
única
resposta
certa,
o
que
funciona
bem
na
matemática.
Porém,
a
vida
é
ambígua
e
podemos
ter
várias
respostas
certas
para
o
mesmo
problema.
→ Elimine
a
crença
de
que
existe
apenas
duas
possíveis
escolhas.
→ Na
análise
decisória,
substitua
o
“ou”
por
“e”?
→ Consulte
pessoas
que
tenham
tomado
decisão
semelhante
a
sua.
→ A
melhor
maneira
para
se
fazer
uma
boa
escolha
é
ter
muitas
opções
de
escolhas.
22. 22
→ A
“porrada
mental”
provoca
amadurecimento,
pois
nos
obriga
a
pensar
em
OUTRAS
RESPOSTAS
CERTAS.
→ Perder
um
fornecedor
importante
e
ter
que
buscar
outro
e
você
descobre
que
o
novo
é
melhor
que
o
antigo.
→ Ser
convidado
para
apresentar
um
case
do
seu
projeto.
→ Descobrir
uma
forma
de
realizar
o
mesmo
trabalho
porém
de
forma
mais
rápida.
Aproveite
as
oportunidades
para
ampliar
suas
opções
23. 23
Amplie
suas
opções
para
enxergar
a
resposta
além
do
óbvio
“Se
alguém
um
dia
descobriu
a
água,
esse
alguém
não
foi
o
peixe.”
“O
meu
“esquecimento”
tem
sido
tão
importante
para
o
meu
êxito
quanto
minha
memória.”
Henry
Miller
25. 25
Mude
o
foco
das
perguntas
Mudar
o
foco
da
pergunta
pode
nos
ajudar
a
encontrar
outras
opções
para
os
nossos
problemas.
26. 26
Tenha
em
mente
que
suas
decisões
podem
ter
amplitude
maior
do
que
você
imagina
→ Grandes
decisões
podem
nos
levar
a
grandes
descobertas
e
oportunidades.
27. 27
Amplie
suas
opções
→ Problema:
O
projeto
está
atrasado.
Ações
comuns:
Usar
técnicas
de
paralelismo
e
compresão.
28. 28
Amplie
suas
opções
Terceirização
de
parte
do
serviço,
reestruturação
do
processo,
programa
de
incentivo
de
melhoria
da
produção,
contratação
de
uma
empresa
chinesa
ou
indiana,
etc.
29. 29
2.
Reality-‐test
your
assumpLons
(Avalie
suas
premissas)
→ Uma
premissa
falsa
compromete
nossa
motivação
devido
ao
impacto
em
tempo
e
dinheiro.
→ Não
acredite
em
tudo
que
vê.
→ Faça
um
teste
sobre
suas
principais
premissas.
30. 30
Não
acredite
em
tudo
o
que
vê,
observe
os
detalhes
As
coisas
adoram
ocultar
sua
verdadeira
natureza.
31. 31
→ As
perspectivas
e
expectativas
que
envolvem
o
decisor
também
influenciam
sua
análise.
→ O
piso
pode
perder
a
impressão
de
desnível
se
olhado
de
outro
ponto.
Olhe
de
outra
perspecLva
33. 33
3.
A`ain
distance
before
deciding
(Avalie
suas
decisões
de
forma
imparcial)
→ Consiste
em
separar
emoção
da
razão.
→ Experimente
ser
a
sua
“voz
da
razão”.
→ Pense
nos
impactos
em:
10
minutos,
10
meses,
10
anos.
34.
35. 35
Avalie
suas
decisões
de
forma
imparcial
Evite
escolher
uma
alternativa
que
irá
agradar
a
somente
uma
das
partes.
Pense
no
impacto
nos
stakeholders
de
um
modo
geral.
36. 36
4.
Prepare
to
be
wrong
(Prepare-‐se
para
estar
errado)
→ Estabeleça
cenários
do
tipo
“e
se...”.
→ Tenha
um
plano
de
contingência.
37. 37
Pense
no
resultado
de
outras
possíveis
decisões
Quando
deparamos
com
situações
semelhantes
às
que
já
vivemos,
presumimos
que
elas
terão
resultado
semelhante.
38. 38
Avalie
se
voce
está
atacando
o
problema
certo
A
maioria
das
pessoas
não
gostam
de
problemas,
e
quando
os
encontra,
costumam
reagir
escolhendo
a
primeira
saída
que
encontram,
mesmo
que
resolvam
o
problema
errado.
39. 39
Prepare-‐se
para
estar
errado
Cláusulas
de
proteção
à
parte
contratante,
uma
segunda
ou
terceira
opção
“na
manga”
caso
a
primeira
apresente
sinais
de
que
não
cumprirá
os
resultados
nos
prazos
combinados.
40. 40
Tomada
de
decisão
em
projetos
→ Norte:
Objetivos
dos
projetos,
interesses
e
expectativas
dos
stakeholders.
→ Decisões
podem
ter
prazo
de
validade.
→ Devemos
estar
dispostos
a
correr
riscos.
→ Envolve
assumir
responsabilidades.
→ Nem
sempre
o
consenso
será
atingido.
41. 41
Decisões
adiadas
ou
mal
tomadas
podem
ter
como
consequência:
→ Atraso
no
cronograma.
→ Aumento
de
custo.
→ Impacto
na
qualidade.
→ Impacto
na
motivação
do
time.
42. 42
Fatores
importantes
para
melhorar
as
decisões
em
nossos
projetos
→ Definir
um
processo
decisório
desde
o
Project
Charter.
→ Identificar
as
pessoas
que
tomam
decisões
e
em
quais
níveis
cada
uma
é
responsável.
→ Definir
deadlines
para
as
decisões.
→ Estar
familiarizado
e
confortável
com
as
políticas
da
organização.
→ Conhecer
bem
o
projeto.
43. 43
Tomando
uma
boa
decisão
1.
Analise
o
problema
de
forma
imparcial
2.
Estime
a
urgência
da
tomada
de
decisão
e
aja
de
acordo
3.
Faça
seus
sistemas
intuitivo
e
racional
trabalharem
juntos
Use
a
criatividade
para
elaborar
soluções
e
repensar
o
problema
por
outros
ângulos
Crie
uma
matriz
e
pontue
cada
solução,
envolvendo
riscos,
oportunidades
e
relação
com
seus
objetivos
Use
seu
raciocínio
lógico
para
identificar
o
custo
benefício
de
cada
solução
4.
Escolha
uma
opção
e
assuma
a
responsabilidade
pela
decisão
6.Fique
atento
aos
possíveis
problemas
e
oportunidades
7.
Se
encontrar:
problemas,
corrija;
oportunidades
agarre
8.
Aprenda
com
a
decisão
tomada
e
esteja
preparado
para
decidir
novamente!
44. 44
DUALIBI,
R.
SIMONSEN
Jr.,
H.
Criatividade
&
Marketing.
São
Paulo:
Makron
Books,
2000.
VON
OECH,
R.
Tenho
uma
ideia:
Como
ser
mais
criativo
e
ter
seus
melhores
insights.
Trad.:
J.
S.
Rio
de
Janeiro:
Bestseller,
2011.
KAHNEMAN,
D.
Rápido
e
devagar:
Duas
formas
de
pensar.
Trad.:
Cássio
de
A.
Leite.
Rio
de
Janeiro:
Objetiva,
2012.
HEATH,
C.
HEATH,
D.
Decisive:
How
to
make
better
choices
in
life
and
work.
New
York:
Random
House,
2013.
QUEIROZ,
C.
As
competências
das
pessoas:
potencializando
seus
talentos.
São
Paulo:
DVS
Editora,
2008.
Referências