SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS – CAMPUS PALMEIRA DOS ÍNDIOS
GIOVANNA BRUNA DOS SANTOS
HANNA FRANCYELLY
MAYRA JÉSSICA
NOVOS MATERIAIS IMPERMEABILIZANTES COMO CORREÇÃO DE PATOLOGIAS
E PREVENÇÃO AO AEDES AEGYPTI
PALMEIRA DOS ÍNDIOS
2016
GIOVANNA BRUNA DOS SANTOS
HANNA FRANCYELLY
MAYRA JÉSSICA
NOVOS MATERIAIS IMPERMEABILIZANTES COMO CORREÇÃO DE PATOLOGIAS
E PREVENÇÃO AO AEDES AEGYPTI
Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de
Engenharia Civil do Instituto de Federal de Alagoas
como requisito quantitativo à disciplina de Materiais da
Construção Civil I requerido pela professora Doutora
Sheyla Karolina Justino Marques.
Professor Orientador: Prof. Dr. Israel Crescencio da
Costa
PALMEIRA DOS ÍNDIOS
2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
REFERENCIAL
JUSTIFICATIVAS
OBJETIVOS
METODOLOGIA
RESULTADOS ESPERADOS
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Características dos Polímeros Superabsorventes
A densidade de intercruzamento dos PSAs é muito baixa - cerca de 0,03 mol de
intercruzamento por litro de polímero seco. Por esse motivo, técnicas espectroscópicas como
RNM (ressonância nuclear magnética) e espectroscopia de IV (infravermelho), não são
suficientemente sensíveis para caracterização. Métodos gravimétricos são utilizados para
medidas da capacidade de expansão do PSA onde a densidade de intercruzamento pode ser
estimada por meio de modelos de aproximação matemática [2].
A concentração do monômero numa reação em solução é um fator que pode afetar
custos, propriedades e tempo de obtenção do polímero resultante. A polimerização é iniciada
por radicais-livres em fase aquosa, usando iniciadores por decomposição térmica, iniciadores
redox, ou a combinação deles. Os iniciadores redox mais comuns incluem a junção de
persulfato/bisulfito, persulfato/tiosulfato, persulfato/ascorbato e peróxido de
hidrogênio/ascorbato. Iniciadores térmicos: persulfatos, 2,2’azobis (4-ácido cianopentanóico)
e 2,2’azobis (2-amidinopropano)-dihidrocloridro [6]. Os monômeros e intercruzados são
dissolvidos em água até uma concentração desejada, usualmente entre 10 e 70%. O ácido
acrílico, particularmente, é neutralizado tão logo a polimerização é iniciada, mas os polímeros
intercruzados podem ser neutralizados depois que a polimerização se completa. O hidróxido
de sódio e o carbonato de sódio são bons exemplos de agentes utilizados na neutralização.
Quantidades relativamente pequenas de cadeias intercruzadas desempenham o melhor papel
na modificação das propriedades dos PSA. As cadeias intercruzadas geralmente usadas nos
PSA são: di- e tri- éster acrilato tais como 1,1,1- trimetilpropanotriacrilato ou etileno glicol
triacrilato. Industrialmente utilizados, os compostos N’N-metileno-bis-acrilamida (rede de
intercruzamento) e VA044 (iniciador redox) (Figura 3.6), apresentam efetivamente menor
custo de obtenção e melhor rendimento na produção dos polímeros superabsorventes [4, 7].
Figura 3.6- Estrutura da N’N-metileno-bis-acrilamida (rede de intercruzamento) e VA- 044 (agente
iniciador redox).
O fator responsável pela propriedade de superabsorvência é a grande força iônica no
interior da rede de intercruzamentos, que é diluída com a presença de água, ocasionando
expansão na rede proporcional à quantidade de água absorvida [4].
Figura 3.5- Estrutura da rede de intercruzamento de um polímero superabsorvente derivado do ácido
acrílico.
Teoria do Aedes aegypti
A origem do A. aegypti está ligada à África, mais especificamente ao Egito, do qual
foi disperso pelo mundo primeiramente da costa leste do continente para a América chegando
ao Brasil por volta do final do século XIX para o início do XX, onde a dispersão se deu
através, possivelmente, das embarcações para o tráfico negreiro que ancoravam em seu
território. Para a Ásia e Pacífico, onde houve também registro da doença, a propagação
ocorreu da costa oeste africana para essas regiões.
Regiões de alta força iônica,
diluída por difusão de água
na estrutura do polímero.
Sua primeira descrição científica ocorreu em 1762 com a denominação Culex
aegypti (do latim Culex que significa “mosquito” e aegypti, “egípcio”; mosquito egípcio).
Somente em 1818 foi estabelecido o nome Aedes aegypti quando se percebeu que a espécie
aegypti possuía atributos morfológicos e biológicos análogos às de espécies do gênero Aedes
e não aos do gênero Culex.
Para que o vetor se reproduza, a fêmea necessita sorver sangue para gerar ovos. Em
geral, tanto macho quanto fêmea se alimentam de substâncias que têm açúcar, como néctar e
seiva. Como o macho não produz ovos, apenas a outra é hematofágica, intensificando a
ingestão de sangue após a fecundação para o completo desenvolvimento dos ovos e maturação
nos ovários, período este que sucede em três dias preocupando-se, em seguida, com o local
que contenha água parada para a postura de ovos. Durante o processo, se a mesma estiver
infectiva, poderá então propagar o vírus da dengue, da Zika ou da Chikungunya, caso que é
ainda mais agravado pelo fato do mosquito deter a característica biológica chamada
“discordância gonotrófica” que dá ao A. aegypti a capacidade de colher sangue de mais de
uma pessoa por lote de ovos, o que não ocorre com a maioria dos mosquitos, fazendo com que
os portadores do vírus provoquem surtos que atinjam proporções alarmantes como acontece
atualmente. [8]
Definição, Características e Propriedades da Argamassa
A argamassa consiste numa mistura de um ou mais aglomerantes, água e agregados
miúdos na qual podem vir inseridos outros componentes a fim de atribuir ou melhorar certas
propriedades sendo utilizada para assentamento de tijolos, blocos e revestimentos como
também para revestimento das paredes e tetos, e nos reparos de peças de concreto. De acordo
com a exigência da obra, a mesma necessita cumprir algumas condições como resistência
mecânica, compacidade, impermeabilidade, constância de volume, aderência e durabilidade.
Em sua constituição, os agregados adotados são a areia silicosa e quartzoza, areia
siltosa e argilosa e os pedriscos; em caso de argamassas especiais, utilizam-se carbetos de
sílico, micas, pó de pedra, pó de mármore e argilas refratárias; já os aglomerantes mais
manuseados são a cal aérea (cal hidratada ou a cal extinta), cimento Portland (comum,
branco), gesso, aditivos, impermeabilizantes de massa e adesividade.
Quanto às suas características, ela apresenta propriedades plásticas e adesivas no
momento de sua aplicação tornando-se rígidas e resistentes com o tempo, podendo ser
classificadas de acordo com o seu emprego em: argamassas para rejuntamento nas alvenarias,
para revestimentos, para pisos e para injeções; segundo o tipo de aglomerante: argamassas
aéreas (cal aérea e gesso), hidráulicas (cal hidráulica e cimento) e mistas (com um
aglomerante aéreo e um hidráulico); e conforme a sua dosagem em pobres ou magras, que
relaciona a insuficiência de aglomerante para preencher os vazios do agregado; cheias,
quando tais vazios são completamente ocupados pelo aglomerante; ricas ou gordas: quando há
excesso deste.
Das propriedades das argamassas, podem ser citadas a trabalhabilidade a qual é
favorável quando o material para revestimento se apresentar como uma massa homogênea; a
resistência mecânica com resistência média de 0,4 Mpa; a retração que é mais intensa nas
argamassas de cal quando há quantidades maiores de cal e água, gerando fissuras como
consequência da redução de volume; a resistência ao intemperismo no caso das argamassas de
cal hidráulica ou de cimento que são aplicadas em revestimentos externos em relação as de cal
aérea não resistem à água; e a resistência à ação do fogo das argamassas de cal que suportam
elevadas temperaturas, sendo útil como proteção dos elementos construtivos de madeira,
concreto, aço, entre outros.[9]
Patologias nas construções
As patologias nos elementos construtivos, em especial as infiltrações – sejam essas
oriundas das mais diversas situações – quando surge em uma edificação, torna-se o principal
incômodo dos profissionais e ainda deteriora em pouco tempo a construção a qual requer,
portanto, uma solução de alto custo na maioria das vezes. Tal problemática, segundo algumas
literaturas, não se trata apenas de uma patologia, mas sim de um meio para que outras
ocorram, como é o caso da ocasionada pela chuva, agente mais comum, que possui fatores
importantes: a direção e a velocidade do vento, a intensidade da precipitação, a umidade do ar
e fatores da própria construção. Outro impasse, não menos importante, ocasionado por ela é a
capilaridade, que faz alusão à umidade que emerge do solo úmido (umidade ascensional),
decorrente devido aos materiais que possuem canais capilares, por onde a água passará
atingindo, em fim, o interior da construção. Têm-se como exemplos destes materiais os blocos
cerâmicos, concreto, argamassas, madeiras, etc. Presentemente, a todo o momento se buscam
edificações que sejam executadas com economia minimizando assim a falta de segurança, em
função de uma ciência mais aperfeiçoada e aprofundada dos materiais e métodos construtivos.
[10] [11] [12]
REFERENCIAL
JUSTIFICATIVAS
A grande problemática em torno das patologias relacionadas à umidade dá-se pelo
imenso estrago que chega a causar podendo gerar corrosão na estrutura esqueleto da obra
dependendo do grau de infiltração. A exploração de documento e análises experimentais de
materiais alternativos como aditivos impermeabilizantes em argamassas de modo mais amplo,
tem valorosa relevância. Outro aspecto relevante é a prevenção da proliferação de mosquitos
como, por exemplo, o Aedes aegypti causador de várias doenças, dentre elas, a dengue. Tal
impasse pode ser usado como recurso paliativo, que se trata de um polímero superabsorvente
PSA com capacidade de retenção e armazenamento de água podendo ser utilizado como
aditivo a argamassas, permitindo a retenção de líquidos adicionados ao sistema. A
proficuidade desse material é de tamanha importância, pois se trata de um aparato puro,
evitando a presença de substâncias que afetem as propriedades macro e microscópica do
produto construtivo usado. Tal proposta tende a ser a solução para esse transtorno tanto no
âmbito construtivo quanto no ambiental.
OBJETIVOS
Com o objetivo de desenvolver novos materiais que podem ser empregados na
construção civil, serão estudadas algumas propriedades dos insumos empregados na
composição desses materiais. Propondo a aplicação dos mesmos como métodos alternativos
na resolução de alguns problemas construtivos, em especial os relacionados à
impermeabilização, pretende-se utilizar hidrogéis, que são polímeros superabsorventes (PSA),
de modo a aumentar a retenção de umidade, reduzindo o excesso de água na superfície
pavimentada ou edificação. O PSA, o qual é um derivado do ácido acrílico produzido
industrialmente e utilizado em larga escala principalmente em produtos de higiene pessoal,
devido a sua estrutura tridimensional e baixo grau de reticulação, permite a retenção de
grande quantidade de água em sua estrutura, razão pela qual os hidrogéis são misturados à
argamassa de modo a torná-la menos permeável e ocasionar uma maior absorção e retenção
de água de chuva, extinguindo a ação nas construções da patologia conhecida por lixiviação,
que confere às paredes das edificações umidade devido ao efeito da capilaridade; em outras
palavras, a água da chuva se acumula nas fundações e sobe pela parede causando danos
estéticos e materiais. Uma outra frente de utilização está relacionada ao excesso de umidade
nas superfícies construtivas, esperando-se com esta técnica impedir o acúmulo de água que se
predispõe a ser fonte de proliferação do mosquito Aedes aegypti, procedimento este que
consiste não só da aplicação da argamassa contendo o PSA, mas também de uma forma
alternativa de escoamento da umidade por dentro do material construtivo.
Para uma melhor eficiência do processo, um estudo visando definir a melhor
composição e proporção do material a ser adicionado à argamassa será efetuado, além de
pesquisas voltadas para a dinâmica de absorção e liberação de água na matriz polimérica.
Pretende-se ainda aplicar os resultados em duas frentes, uma de modo a resolver problemas
construtivos e outra em superfícies expostas à chuva, de modo a se comparar o efeito da
absorção do material com e sem o hidrogel.
O estudo que aqui se inicia tem o objetivo de unir pesquisadores de áreas distintas de
nossa instituição, formando um grupo de visão multidisciplinar com atuação nos cursos de
graduação aqui oferecidos. Como é de conhecimento público, o mosquito Aedes aegypti tem
sido transmissor de diversas doenças como Dengue, Febre Amarela, Chikungunya e em
especial a Zika que pode causar a microcefalia.
METODOLOGIA
Será iniciado o projeto com o estudo bibliográfico com vistas a fomentar sua
execução, prosseguindo para a parte prática que consistirá em duas etapas:
• A primeira tratará da confecção do material incluindo composição ótima a ser aplicada
definindo-se proporções dos insumos que influenciarão nas propriedades desejadas sejam elas
com relação à resistência, ao tempo de cura, bem como à principal propriedade que consiste
na absorção de umidade.
• A segunda etapa estará relacionada à aplicação do material, que terá duas frentes: a
primeira relacionada a superfícies construtivas e, para isso, serão construídas estruturas como
planta piloto do projeto utilizando-se bandejas plásticas de dimensões 10x30x50cm. Cada
uma delas terá furos na parte inferior e será internamente revestida com papel manteiga. Em
seguida, será adicionada a argamassa sendo que em um dos recipientes a amostra terá em sua
composição a presença do hidrogel. Logo após o tempo de cura, será acrescida uma
quantidade de água previamente definida em ambas as bandejas esperando-se que naquela
contendo o polímero ocorra um fluxo descendente de água o qual será recolhido na parte
inferior da mesma estando esta apoiada por bases de madeira contidas em recipiente de
volume maior. A água recolhida terá sua quantidade medida após o processo. Na amostra cuja
composição será ausente de PSA, esperar-se-á que a ocorrência de certo volume de água na
superfície da estrutura não escoe para o interior da estrutura, sendo este recolhido e medido.
Na segunda frente, serão abordados problemas relacionados à patologia construtiva conhecida
como lixiviação. Para esse fim, serão construídas duas paredes de tijolos, que vão simular tal
patologia em que no rodapé de uma delas, será adicionada a argamassa contendo o PSA. Em
seguida, no solo próximo às mesmas, será acrescido água de modo a se comparar as estruturas
com e sem o PSA. Espera-se que, com essa técnica, se possa diminuir e até extinguir a
patologia da lixiviação, que causa problemas estéticos e respiratórios, de forma efetiva e
barata, pois a única alternativa de correção, em princípio, seria derrubar, edificar e
impermeabilizar o solo em sua fundação.
RESULTADOS ESPERADOS
Produção de tecnologias de impermeabilização em materiais construtivos, com vistas
à redução do grande índice de infiltração no âmbito construtivo e a prevenção contra a
proliferação do mosquito Aedes aegypti precursor da doenças: Dengue, Zika e Chikungunya.
Correção de patologia construtiva que causa danos estéticos e pode acarretar problemas
respiratórios.
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
[1] Leite, Joaquina Lacerda “Problemas-Chave do Meio Ambiente – Salvador; Instituto de
Geociências da UFBA: Espaço Cultural EXPOGEO, 1995 (2ª ed.).
[2] F.L. Buchholz and N.A. Peppas, “Superabsorbent Polymers” Amer. Chem. Soc.
(1994).
[3] E. B. Mano, “Introdução à Polímeros” – Edgard Blücher, Rio de Janeiro (1999).
[4] C.M. Garner, M. Nething, P. Nguyen, J. Chem. Educ. 74 (1997) 95-96
[5] O. Wichterle, Nature, 185 (1960) 117-118.
[6] B. G. Kabra, S.H. Gehrke, Polymer Commun, 32 (1991) 322-323.
[7] B. G. Kabra, S.H. Gehrke, M. K. Polymer, 33 (1991) 990-995.
[8] Instituto Oswaldo Cruz, Curiosidades sobre o A.aegypti. Disponível em:
<http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/curiosidades.html>. Acesso em 26 de maio de 2016.
[9] Alvenaria Estrutural, Propriedade das Argamassas. Disponível em:
<http://www.ufrgs.br/napead/repositorio/objetos/alvenaria-
estrutural/propriedades_de_argamassa.php>. Acesso em 26 de maio de 2016.
[10] BAUER, L. A. F. Materiais de Construção. Rio de Janeiro, Editora LTC, V. 1e 2, 2001.
980p.
[11] KLEIN, D. L. Apostila do Curso de Patologia das Construções. Porto Alegre, 1999 - 10°
Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias.
[12] VERÇOZA, E. J. Patologia das Edificações. Porto Alegre, Editora Sagra, 1991. 172p.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Sistemas impermeabilizantes
Sistemas impermeabilizantesSistemas impermeabilizantes
Sistemas impermeabilizantes
Orlando Diniz
 
Intercorr2014 303 Corrosão de armadura de estruturas de concreto leve com a...
Intercorr2014 303   Corrosão de armadura de estruturas de concreto leve com a...Intercorr2014 303   Corrosão de armadura de estruturas de concreto leve com a...
Intercorr2014 303 Corrosão de armadura de estruturas de concreto leve com a...
Adriana de Araujo
 
Revestimento de proteção superficial das estruturas de concreto
Revestimento de proteção superficial das estruturas de concretoRevestimento de proteção superficial das estruturas de concreto
Revestimento de proteção superficial das estruturas de concreto
Adriana de Araujo
 
Impermeabilização na Construção Civil
Impermeabilização na Construção CivilImpermeabilização na Construção Civil
Impermeabilização na Construção Civil
Brehmer R. de Sá
 
Tecnhe 2014 210_tecnicas de medida da resistividade eletrica concreto
Tecnhe 2014 210_tecnicas de medida da resistividade eletrica concretoTecnhe 2014 210_tecnicas de medida da resistividade eletrica concreto
Tecnhe 2014 210_tecnicas de medida da resistividade eletrica concreto
Adriana de Araujo
 
GALVANIÇÃO E PINTURA EPOXÍDICA DE ARMADURAS DE ESTRUTURAS DE CONCRETO COMO PR...
GALVANIÇÃO E PINTURA EPOXÍDICA DE ARMADURAS DE ESTRUTURAS DE CONCRETO COMO PR...GALVANIÇÃO E PINTURA EPOXÍDICA DE ARMADURAS DE ESTRUTURAS DE CONCRETO COMO PR...
GALVANIÇÃO E PINTURA EPOXÍDICA DE ARMADURAS DE ESTRUTURAS DE CONCRETO COMO PR...
Adriana de Araujo
 

Mais procurados (19)

Sinduscon 2015 parte 1_reduzida
Sinduscon 2015 parte 1_reduzidaSinduscon 2015 parte 1_reduzida
Sinduscon 2015 parte 1_reduzida
 
Sistemas impermeabilizantes
Sistemas impermeabilizantesSistemas impermeabilizantes
Sistemas impermeabilizantes
 
Sinduscon 2015 parte 2_reduzido
Sinduscon 2015 parte 2_reduzidoSinduscon 2015 parte 2_reduzido
Sinduscon 2015 parte 2_reduzido
 
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho StorteImpermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
 
Intercorr2014 303 Corrosão de armadura de estruturas de concreto leve com a...
Intercorr2014 303   Corrosão de armadura de estruturas de concreto leve com a...Intercorr2014 303   Corrosão de armadura de estruturas de concreto leve com a...
Intercorr2014 303 Corrosão de armadura de estruturas de concreto leve com a...
 
Intercorr2014 304 - Armaduras de aço-carbono revestidas ou de aço inoxidável
Intercorr2014 304 - Armaduras de aço-carbono revestidas ou de aço inoxidávelIntercorr2014 304 - Armaduras de aço-carbono revestidas ou de aço inoxidável
Intercorr2014 304 - Armaduras de aço-carbono revestidas ou de aço inoxidável
 
Revestimento de proteção superficial das estruturas de concreto
Revestimento de proteção superficial das estruturas de concretoRevestimento de proteção superficial das estruturas de concreto
Revestimento de proteção superficial das estruturas de concreto
 
Sinduscon 2015 parte 3_reduzida
Sinduscon 2015 parte 3_reduzidaSinduscon 2015 parte 3_reduzida
Sinduscon 2015 parte 3_reduzida
 
Mecanismos de deterioracão do Concreto
Mecanismos de deterioracão do ConcretoMecanismos de deterioracão do Concreto
Mecanismos de deterioracão do Concreto
 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE INIBIDORES VOLÁTEIS DE CORROSÃO DE PROTEÇÃO EXTERNA...
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE INIBIDORES VOLÁTEIS DE CORROSÃO DE PROTEÇÃO EXTERNA...AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE INIBIDORES VOLÁTEIS DE CORROSÃO DE PROTEÇÃO EXTERNA...
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE INIBIDORES VOLÁTEIS DE CORROSÃO DE PROTEÇÃO EXTERNA...
 
Comportamento termico
Comportamento termicoComportamento termico
Comportamento termico
 
Patologia e terapia das estruturas reforço com concreto armado (1)
Patologia e terapia das estruturas   reforço com concreto armado (1)Patologia e terapia das estruturas   reforço com concreto armado (1)
Patologia e terapia das estruturas reforço com concreto armado (1)
 
Impermeabilização na Construção Civil
Impermeabilização na Construção CivilImpermeabilização na Construção Civil
Impermeabilização na Construção Civil
 
Artigo patologias geradas por vicios na construção civil
Artigo patologias geradas por vicios na construção civilArtigo patologias geradas por vicios na construção civil
Artigo patologias geradas por vicios na construção civil
 
Tecnhe 2014 210_tecnicas de medida da resistividade eletrica concreto
Tecnhe 2014 210_tecnicas de medida da resistividade eletrica concretoTecnhe 2014 210_tecnicas de medida da resistividade eletrica concreto
Tecnhe 2014 210_tecnicas de medida da resistividade eletrica concreto
 
Corrosão prematura em armadura de aço-carbono de paredes de concreto com ar i...
Corrosão prematura em armadura de aço-carbono de paredes de concreto com ar i...Corrosão prematura em armadura de aço-carbono de paredes de concreto com ar i...
Corrosão prematura em armadura de aço-carbono de paredes de concreto com ar i...
 
Pratica 03 - teste de carbonatação do concreto-
Pratica 03 -  teste de carbonatação do concreto-Pratica 03 -  teste de carbonatação do concreto-
Pratica 03 - teste de carbonatação do concreto-
 
GALVANIÇÃO E PINTURA EPOXÍDICA DE ARMADURAS DE ESTRUTURAS DE CONCRETO COMO PR...
GALVANIÇÃO E PINTURA EPOXÍDICA DE ARMADURAS DE ESTRUTURAS DE CONCRETO COMO PR...GALVANIÇÃO E PINTURA EPOXÍDICA DE ARMADURAS DE ESTRUTURAS DE CONCRETO COMO PR...
GALVANIÇÃO E PINTURA EPOXÍDICA DE ARMADURAS DE ESTRUTURAS DE CONCRETO COMO PR...
 
Concreto marcos
Concreto marcosConcreto marcos
Concreto marcos
 

Destaque (15)

Edital
EditalEdital
Edital
 
Coletânea de exercícios
Coletânea de exercíciosColetânea de exercícios
Coletânea de exercícios
 
Alfacon mayra curso_de_ciencias_da_natureza_e_suas_tecnologias_pre_enem_cienc...
Alfacon mayra curso_de_ciencias_da_natureza_e_suas_tecnologias_pre_enem_cienc...Alfacon mayra curso_de_ciencias_da_natureza_e_suas_tecnologias_pre_enem_cienc...
Alfacon mayra curso_de_ciencias_da_natureza_e_suas_tecnologias_pre_enem_cienc...
 
Concurso peixoto azevedo_cad_professor_educacao_infantil
Concurso peixoto azevedo_cad_professor_educacao_infantilConcurso peixoto azevedo_cad_professor_educacao_infantil
Concurso peixoto azevedo_cad_professor_educacao_infantil
 
Downloads 523 2013050718055273fe
Downloads 523 2013050718055273feDownloads 523 2013050718055273fe
Downloads 523 2013050718055273fe
 
Folha redacao
Folha redacaoFolha redacao
Folha redacao
 
Folha de Redação - EM
Folha de Redação - EMFolha de Redação - EM
Folha de Redação - EM
 
Folha de redação
Folha de redaçãoFolha de redação
Folha de redação
 
Modelo folha de respostas
Modelo folha de respostasModelo folha de respostas
Modelo folha de respostas
 
Folha para trabalhos manuscritos
Folha para trabalhos manuscritosFolha para trabalhos manuscritos
Folha para trabalhos manuscritos
 
0571 13 folha redao enem critrios-2014
0571 13 folha redao enem  critrios-20140571 13 folha redao enem  critrios-2014
0571 13 folha redao enem critrios-2014
 
modelos - folhas de redação
modelos - folhas de redaçãomodelos - folhas de redação
modelos - folhas de redação
 
Folha de-redação-enem
Folha de-redação-enemFolha de-redação-enem
Folha de-redação-enem
 
Redação 2014 agente-pf
Redação 2014   agente-pfRedação 2014   agente-pf
Redação 2014 agente-pf
 
Edital(1)
Edital(1)Edital(1)
Edital(1)
 

Semelhante a Defesa materiais

ECOLOPAVI PORTFOLIO
ECOLOPAVI PORTFOLIOECOLOPAVI PORTFOLIO
ECOLOPAVI PORTFOLIO
Jary Maciel
 
Corros prot mater_vol32_n1_2013
Corros prot mater_vol32_n1_2013Corros prot mater_vol32_n1_2013
Corros prot mater_vol32_n1_2013
Profjorge Silva
 
Aplicação de técnicas não destrutivas na determinação do teor de umidade inte...
Aplicação de técnicas não destrutivas na determinação do teor de umidade inte...Aplicação de técnicas não destrutivas na determinação do teor de umidade inte...
Aplicação de técnicas não destrutivas na determinação do teor de umidade inte...
Adriana de Araujo
 

Semelhante a Defesa materiais (20)

Proteção Superficial das Estruturas de Concreto
Proteção Superficial das Estruturas de ConcretoProteção Superficial das Estruturas de Concreto
Proteção Superficial das Estruturas de Concreto
 
PRINCIPAIS-CAUSAS-DAS-PATOLOGIAS-CONCRETO.pptx
PRINCIPAIS-CAUSAS-DAS-PATOLOGIAS-CONCRETO.pptxPRINCIPAIS-CAUSAS-DAS-PATOLOGIAS-CONCRETO.pptx
PRINCIPAIS-CAUSAS-DAS-PATOLOGIAS-CONCRETO.pptx
 
Patologias do concreto 1
Patologias do concreto 1Patologias do concreto 1
Patologias do concreto 1
 
Concreto de alta resistencia car
Concreto de alta resistencia carConcreto de alta resistencia car
Concreto de alta resistencia car
 
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptx
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptxUGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptx
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptx
 
Pratica 04 - teste de carbonatação do concreto-
Pratica 04 -  teste de carbonatação do concreto-Pratica 04 -  teste de carbonatação do concreto-
Pratica 04 - teste de carbonatação do concreto-
 
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptx
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptxUGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptx
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptx
 
Agua construção civil
Agua construção civilAgua construção civil
Agua construção civil
 
5º e 6º aula concreto - patologia e aditivos
5º e 6º aula   concreto - patologia e aditivos5º e 6º aula   concreto - patologia e aditivos
5º e 6º aula concreto - patologia e aditivos
 
Patologiastraba
PatologiastrabaPatologiastraba
Patologiastraba
 
Materiais Construção ll
Materiais Construção llMateriais Construção ll
Materiais Construção ll
 
ECOLOPAVI PORTFOLIO
ECOLOPAVI PORTFOLIOECOLOPAVI PORTFOLIO
ECOLOPAVI PORTFOLIO
 
Artigo cobertura de aterro.pdf
Artigo cobertura de aterro.pdfArtigo cobertura de aterro.pdf
Artigo cobertura de aterro.pdf
 
Psi analise corrego do aeroporto e grota criminosa
Psi   analise corrego do aeroporto e grota criminosaPsi   analise corrego do aeroporto e grota criminosa
Psi analise corrego do aeroporto e grota criminosa
 
Argamassas de cal
Argamassas de calArgamassas de cal
Argamassas de cal
 
10 ipt- fibrocimento-pt
10 ipt- fibrocimento-pt10 ipt- fibrocimento-pt
10 ipt- fibrocimento-pt
 
Corros prot mater_vol32_n1_2013
Corros prot mater_vol32_n1_2013Corros prot mater_vol32_n1_2013
Corros prot mater_vol32_n1_2013
 
1º check do paper materiais
1º check do paper   materiais1º check do paper   materiais
1º check do paper materiais
 
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptxCARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
 
Aplicação de técnicas não destrutivas na determinação do teor de umidade inte...
Aplicação de técnicas não destrutivas na determinação do teor de umidade inte...Aplicação de técnicas não destrutivas na determinação do teor de umidade inte...
Aplicação de técnicas não destrutivas na determinação do teor de umidade inte...
 

Defesa materiais

  • 1. INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS – CAMPUS PALMEIRA DOS ÍNDIOS GIOVANNA BRUNA DOS SANTOS HANNA FRANCYELLY MAYRA JÉSSICA NOVOS MATERIAIS IMPERMEABILIZANTES COMO CORREÇÃO DE PATOLOGIAS E PREVENÇÃO AO AEDES AEGYPTI PALMEIRA DOS ÍNDIOS 2016
  • 2. GIOVANNA BRUNA DOS SANTOS HANNA FRANCYELLY MAYRA JÉSSICA NOVOS MATERIAIS IMPERMEABILIZANTES COMO CORREÇÃO DE PATOLOGIAS E PREVENÇÃO AO AEDES AEGYPTI Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Engenharia Civil do Instituto de Federal de Alagoas como requisito quantitativo à disciplina de Materiais da Construção Civil I requerido pela professora Doutora Sheyla Karolina Justino Marques. Professor Orientador: Prof. Dr. Israel Crescencio da Costa PALMEIRA DOS ÍNDIOS 2016
  • 4. INTRODUÇÃO Características dos Polímeros Superabsorventes A densidade de intercruzamento dos PSAs é muito baixa - cerca de 0,03 mol de intercruzamento por litro de polímero seco. Por esse motivo, técnicas espectroscópicas como RNM (ressonância nuclear magnética) e espectroscopia de IV (infravermelho), não são suficientemente sensíveis para caracterização. Métodos gravimétricos são utilizados para medidas da capacidade de expansão do PSA onde a densidade de intercruzamento pode ser estimada por meio de modelos de aproximação matemática [2]. A concentração do monômero numa reação em solução é um fator que pode afetar custos, propriedades e tempo de obtenção do polímero resultante. A polimerização é iniciada por radicais-livres em fase aquosa, usando iniciadores por decomposição térmica, iniciadores redox, ou a combinação deles. Os iniciadores redox mais comuns incluem a junção de persulfato/bisulfito, persulfato/tiosulfato, persulfato/ascorbato e peróxido de hidrogênio/ascorbato. Iniciadores térmicos: persulfatos, 2,2’azobis (4-ácido cianopentanóico) e 2,2’azobis (2-amidinopropano)-dihidrocloridro [6]. Os monômeros e intercruzados são dissolvidos em água até uma concentração desejada, usualmente entre 10 e 70%. O ácido acrílico, particularmente, é neutralizado tão logo a polimerização é iniciada, mas os polímeros intercruzados podem ser neutralizados depois que a polimerização se completa. O hidróxido de sódio e o carbonato de sódio são bons exemplos de agentes utilizados na neutralização. Quantidades relativamente pequenas de cadeias intercruzadas desempenham o melhor papel na modificação das propriedades dos PSA. As cadeias intercruzadas geralmente usadas nos PSA são: di- e tri- éster acrilato tais como 1,1,1- trimetilpropanotriacrilato ou etileno glicol triacrilato. Industrialmente utilizados, os compostos N’N-metileno-bis-acrilamida (rede de intercruzamento) e VA044 (iniciador redox) (Figura 3.6), apresentam efetivamente menor custo de obtenção e melhor rendimento na produção dos polímeros superabsorventes [4, 7].
  • 5. Figura 3.6- Estrutura da N’N-metileno-bis-acrilamida (rede de intercruzamento) e VA- 044 (agente iniciador redox). O fator responsável pela propriedade de superabsorvência é a grande força iônica no interior da rede de intercruzamentos, que é diluída com a presença de água, ocasionando expansão na rede proporcional à quantidade de água absorvida [4]. Figura 3.5- Estrutura da rede de intercruzamento de um polímero superabsorvente derivado do ácido acrílico. Teoria do Aedes aegypti A origem do A. aegypti está ligada à África, mais especificamente ao Egito, do qual foi disperso pelo mundo primeiramente da costa leste do continente para a América chegando ao Brasil por volta do final do século XIX para o início do XX, onde a dispersão se deu através, possivelmente, das embarcações para o tráfico negreiro que ancoravam em seu território. Para a Ásia e Pacífico, onde houve também registro da doença, a propagação ocorreu da costa oeste africana para essas regiões. Regiões de alta força iônica, diluída por difusão de água na estrutura do polímero.
  • 6. Sua primeira descrição científica ocorreu em 1762 com a denominação Culex aegypti (do latim Culex que significa “mosquito” e aegypti, “egípcio”; mosquito egípcio). Somente em 1818 foi estabelecido o nome Aedes aegypti quando se percebeu que a espécie aegypti possuía atributos morfológicos e biológicos análogos às de espécies do gênero Aedes e não aos do gênero Culex. Para que o vetor se reproduza, a fêmea necessita sorver sangue para gerar ovos. Em geral, tanto macho quanto fêmea se alimentam de substâncias que têm açúcar, como néctar e seiva. Como o macho não produz ovos, apenas a outra é hematofágica, intensificando a ingestão de sangue após a fecundação para o completo desenvolvimento dos ovos e maturação nos ovários, período este que sucede em três dias preocupando-se, em seguida, com o local que contenha água parada para a postura de ovos. Durante o processo, se a mesma estiver infectiva, poderá então propagar o vírus da dengue, da Zika ou da Chikungunya, caso que é ainda mais agravado pelo fato do mosquito deter a característica biológica chamada “discordância gonotrófica” que dá ao A. aegypti a capacidade de colher sangue de mais de uma pessoa por lote de ovos, o que não ocorre com a maioria dos mosquitos, fazendo com que os portadores do vírus provoquem surtos que atinjam proporções alarmantes como acontece atualmente. [8] Definição, Características e Propriedades da Argamassa A argamassa consiste numa mistura de um ou mais aglomerantes, água e agregados miúdos na qual podem vir inseridos outros componentes a fim de atribuir ou melhorar certas propriedades sendo utilizada para assentamento de tijolos, blocos e revestimentos como também para revestimento das paredes e tetos, e nos reparos de peças de concreto. De acordo com a exigência da obra, a mesma necessita cumprir algumas condições como resistência mecânica, compacidade, impermeabilidade, constância de volume, aderência e durabilidade. Em sua constituição, os agregados adotados são a areia silicosa e quartzoza, areia siltosa e argilosa e os pedriscos; em caso de argamassas especiais, utilizam-se carbetos de sílico, micas, pó de pedra, pó de mármore e argilas refratárias; já os aglomerantes mais manuseados são a cal aérea (cal hidratada ou a cal extinta), cimento Portland (comum, branco), gesso, aditivos, impermeabilizantes de massa e adesividade.
  • 7. Quanto às suas características, ela apresenta propriedades plásticas e adesivas no momento de sua aplicação tornando-se rígidas e resistentes com o tempo, podendo ser classificadas de acordo com o seu emprego em: argamassas para rejuntamento nas alvenarias, para revestimentos, para pisos e para injeções; segundo o tipo de aglomerante: argamassas aéreas (cal aérea e gesso), hidráulicas (cal hidráulica e cimento) e mistas (com um aglomerante aéreo e um hidráulico); e conforme a sua dosagem em pobres ou magras, que relaciona a insuficiência de aglomerante para preencher os vazios do agregado; cheias, quando tais vazios são completamente ocupados pelo aglomerante; ricas ou gordas: quando há excesso deste. Das propriedades das argamassas, podem ser citadas a trabalhabilidade a qual é favorável quando o material para revestimento se apresentar como uma massa homogênea; a resistência mecânica com resistência média de 0,4 Mpa; a retração que é mais intensa nas argamassas de cal quando há quantidades maiores de cal e água, gerando fissuras como consequência da redução de volume; a resistência ao intemperismo no caso das argamassas de cal hidráulica ou de cimento que são aplicadas em revestimentos externos em relação as de cal aérea não resistem à água; e a resistência à ação do fogo das argamassas de cal que suportam elevadas temperaturas, sendo útil como proteção dos elementos construtivos de madeira, concreto, aço, entre outros.[9] Patologias nas construções As patologias nos elementos construtivos, em especial as infiltrações – sejam essas oriundas das mais diversas situações – quando surge em uma edificação, torna-se o principal incômodo dos profissionais e ainda deteriora em pouco tempo a construção a qual requer, portanto, uma solução de alto custo na maioria das vezes. Tal problemática, segundo algumas literaturas, não se trata apenas de uma patologia, mas sim de um meio para que outras ocorram, como é o caso da ocasionada pela chuva, agente mais comum, que possui fatores importantes: a direção e a velocidade do vento, a intensidade da precipitação, a umidade do ar e fatores da própria construção. Outro impasse, não menos importante, ocasionado por ela é a capilaridade, que faz alusão à umidade que emerge do solo úmido (umidade ascensional), decorrente devido aos materiais que possuem canais capilares, por onde a água passará atingindo, em fim, o interior da construção. Têm-se como exemplos destes materiais os blocos cerâmicos, concreto, argamassas, madeiras, etc. Presentemente, a todo o momento se buscam
  • 8. edificações que sejam executadas com economia minimizando assim a falta de segurança, em função de uma ciência mais aperfeiçoada e aprofundada dos materiais e métodos construtivos. [10] [11] [12]
  • 10. JUSTIFICATIVAS A grande problemática em torno das patologias relacionadas à umidade dá-se pelo imenso estrago que chega a causar podendo gerar corrosão na estrutura esqueleto da obra dependendo do grau de infiltração. A exploração de documento e análises experimentais de materiais alternativos como aditivos impermeabilizantes em argamassas de modo mais amplo, tem valorosa relevância. Outro aspecto relevante é a prevenção da proliferação de mosquitos como, por exemplo, o Aedes aegypti causador de várias doenças, dentre elas, a dengue. Tal impasse pode ser usado como recurso paliativo, que se trata de um polímero superabsorvente PSA com capacidade de retenção e armazenamento de água podendo ser utilizado como aditivo a argamassas, permitindo a retenção de líquidos adicionados ao sistema. A proficuidade desse material é de tamanha importância, pois se trata de um aparato puro, evitando a presença de substâncias que afetem as propriedades macro e microscópica do produto construtivo usado. Tal proposta tende a ser a solução para esse transtorno tanto no âmbito construtivo quanto no ambiental.
  • 11. OBJETIVOS Com o objetivo de desenvolver novos materiais que podem ser empregados na construção civil, serão estudadas algumas propriedades dos insumos empregados na composição desses materiais. Propondo a aplicação dos mesmos como métodos alternativos na resolução de alguns problemas construtivos, em especial os relacionados à impermeabilização, pretende-se utilizar hidrogéis, que são polímeros superabsorventes (PSA), de modo a aumentar a retenção de umidade, reduzindo o excesso de água na superfície pavimentada ou edificação. O PSA, o qual é um derivado do ácido acrílico produzido industrialmente e utilizado em larga escala principalmente em produtos de higiene pessoal, devido a sua estrutura tridimensional e baixo grau de reticulação, permite a retenção de grande quantidade de água em sua estrutura, razão pela qual os hidrogéis são misturados à argamassa de modo a torná-la menos permeável e ocasionar uma maior absorção e retenção de água de chuva, extinguindo a ação nas construções da patologia conhecida por lixiviação, que confere às paredes das edificações umidade devido ao efeito da capilaridade; em outras palavras, a água da chuva se acumula nas fundações e sobe pela parede causando danos estéticos e materiais. Uma outra frente de utilização está relacionada ao excesso de umidade nas superfícies construtivas, esperando-se com esta técnica impedir o acúmulo de água que se predispõe a ser fonte de proliferação do mosquito Aedes aegypti, procedimento este que consiste não só da aplicação da argamassa contendo o PSA, mas também de uma forma alternativa de escoamento da umidade por dentro do material construtivo. Para uma melhor eficiência do processo, um estudo visando definir a melhor composição e proporção do material a ser adicionado à argamassa será efetuado, além de pesquisas voltadas para a dinâmica de absorção e liberação de água na matriz polimérica. Pretende-se ainda aplicar os resultados em duas frentes, uma de modo a resolver problemas construtivos e outra em superfícies expostas à chuva, de modo a se comparar o efeito da absorção do material com e sem o hidrogel. O estudo que aqui se inicia tem o objetivo de unir pesquisadores de áreas distintas de nossa instituição, formando um grupo de visão multidisciplinar com atuação nos cursos de graduação aqui oferecidos. Como é de conhecimento público, o mosquito Aedes aegypti tem sido transmissor de diversas doenças como Dengue, Febre Amarela, Chikungunya e em especial a Zika que pode causar a microcefalia.
  • 12. METODOLOGIA Será iniciado o projeto com o estudo bibliográfico com vistas a fomentar sua execução, prosseguindo para a parte prática que consistirá em duas etapas: • A primeira tratará da confecção do material incluindo composição ótima a ser aplicada definindo-se proporções dos insumos que influenciarão nas propriedades desejadas sejam elas com relação à resistência, ao tempo de cura, bem como à principal propriedade que consiste na absorção de umidade. • A segunda etapa estará relacionada à aplicação do material, que terá duas frentes: a primeira relacionada a superfícies construtivas e, para isso, serão construídas estruturas como planta piloto do projeto utilizando-se bandejas plásticas de dimensões 10x30x50cm. Cada uma delas terá furos na parte inferior e será internamente revestida com papel manteiga. Em seguida, será adicionada a argamassa sendo que em um dos recipientes a amostra terá em sua composição a presença do hidrogel. Logo após o tempo de cura, será acrescida uma quantidade de água previamente definida em ambas as bandejas esperando-se que naquela contendo o polímero ocorra um fluxo descendente de água o qual será recolhido na parte inferior da mesma estando esta apoiada por bases de madeira contidas em recipiente de volume maior. A água recolhida terá sua quantidade medida após o processo. Na amostra cuja composição será ausente de PSA, esperar-se-á que a ocorrência de certo volume de água na superfície da estrutura não escoe para o interior da estrutura, sendo este recolhido e medido. Na segunda frente, serão abordados problemas relacionados à patologia construtiva conhecida como lixiviação. Para esse fim, serão construídas duas paredes de tijolos, que vão simular tal patologia em que no rodapé de uma delas, será adicionada a argamassa contendo o PSA. Em seguida, no solo próximo às mesmas, será acrescido água de modo a se comparar as estruturas com e sem o PSA. Espera-se que, com essa técnica, se possa diminuir e até extinguir a patologia da lixiviação, que causa problemas estéticos e respiratórios, de forma efetiva e barata, pois a única alternativa de correção, em princípio, seria derrubar, edificar e impermeabilizar o solo em sua fundação.
  • 13. RESULTADOS ESPERADOS Produção de tecnologias de impermeabilização em materiais construtivos, com vistas à redução do grande índice de infiltração no âmbito construtivo e a prevenção contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti precursor da doenças: Dengue, Zika e Chikungunya. Correção de patologia construtiva que causa danos estéticos e pode acarretar problemas respiratórios.
  • 15. REFERÊNCIAS [1] Leite, Joaquina Lacerda “Problemas-Chave do Meio Ambiente – Salvador; Instituto de Geociências da UFBA: Espaço Cultural EXPOGEO, 1995 (2ª ed.). [2] F.L. Buchholz and N.A. Peppas, “Superabsorbent Polymers” Amer. Chem. Soc. (1994). [3] E. B. Mano, “Introdução à Polímeros” – Edgard Blücher, Rio de Janeiro (1999). [4] C.M. Garner, M. Nething, P. Nguyen, J. Chem. Educ. 74 (1997) 95-96 [5] O. Wichterle, Nature, 185 (1960) 117-118. [6] B. G. Kabra, S.H. Gehrke, Polymer Commun, 32 (1991) 322-323. [7] B. G. Kabra, S.H. Gehrke, M. K. Polymer, 33 (1991) 990-995. [8] Instituto Oswaldo Cruz, Curiosidades sobre o A.aegypti. Disponível em: <http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/curiosidades.html>. Acesso em 26 de maio de 2016. [9] Alvenaria Estrutural, Propriedade das Argamassas. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/napead/repositorio/objetos/alvenaria- estrutural/propriedades_de_argamassa.php>. Acesso em 26 de maio de 2016. [10] BAUER, L. A. F. Materiais de Construção. Rio de Janeiro, Editora LTC, V. 1e 2, 2001. 980p. [11] KLEIN, D. L. Apostila do Curso de Patologia das Construções. Porto Alegre, 1999 - 10° Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias. [12] VERÇOZA, E. J. Patologia das Edificações. Porto Alegre, Editora Sagra, 1991. 172p.