SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
1
TEORIA DAS ESTRUTURAS II
FLAMBAGEM
2
TEORIA DAS ESTRUTURAS II- ESUCRI- Profº: Jorge Luiz Laureano- Msc
CONCEITO DE FLAMBAGEM
DEFINIÇÃO DE FLAMBAGEM
CURVA DE DEFORMAÇÃO DO LADO DE UM ELEMENTO ESTRUTURAL COMPRIMIDO
PELA CARGA PESADA.
Conceito de flambagem
Flambagem é um fenômeno de instabilidade elástica que pode ocorrer em elementos
comprimidos delgados, e que se manifesta pelo aparecimento de movimentos signi -
ficativos transversais à direção principal de compressão.
Em engenharia estrutural, o fenômeno aparece principalmente nos pilares e colunas e
traduz a aparência de um adicional de flexão no pilar quando ele é submetido à ação
de esforço axial de alguma importância.A ocorrência de deflexão por flambagem
severamente limitada resistência na compressão de um pilar ou qualquer pedaço
delgado., Eventualmente, do verdadeiro valor de uma carga axial de compressão,
chamado a carga crítica de flambagem, pode ocorrer instabilidade elástica e facilmente
deformação aumente produzindo tensões adicionais que excederem a tensão de
ruptura, causando a ruína do elemento estrutural.Além da flambagem flexional regular
há torsionalbuckling ou instabilidade elástica causada por um torque excessivo.
Há maneiras diferentes ou falha por flambagemmodos.Frequentemente lá verificar
vários deles e certifique-se de que as cargas estão longe de ser crítico carrega associa-
do com cada modo ou maneira de SAG, para um elemento estrutural.Modos típicos
são:
• Flexional flambagem.Buckling modo no qual um elemento de compressão são flecta
lateralmente semrotação ou mudanças na seção transversal.
• Torsionalbuckling.Modo de flambagem, em que um elemento de compressão gira
em torno de seu centro de corte.
• Flexo-torção flambagem.Buckling modo no qual um elemento de compressão são
flecta e gira simultaneamente semmudanças na seção transversal.
• Lateral torsionalbuckling.Modo de flambagem de um elemento à flexão envolvendo
deflexão normal ao plano de flexão e, simultaneamente, uma rotação em torno do
centro do Tribunal
Flambagem flexional
Os pilares e barras de treliça comprimida podem ter diferentes modos de falha com
base na sua magreza mecânica:
• Muito delgados pilares muitas vezes falharem por flambagem elástica e são sensíveis
a ambos o local flambagempróprio pilar quanto à flambagem global de toda a
estrutura.
• Pilares as esbeltez média imperfeições construtivas como heterogeneidades são
particularmente importantes, sendo capaz de apresentar flambagem de anelastico.
• Os pilares da esbeltez muito baixo falhar devido a compressão excessiva, até que os
efeitos de flambagem são importantes.
3
Comprimento de flambagem
Equação básica da flambagem elástica pressupõe que as extremidades da barra são
articuladas e só podem mover-se na direção do seu eixo. Essa é a situação padrão,
indicada em (d) da Figura 01.
Figura- 01
Obs: na figura mencionada, as retas tracejadas verticais indicam a barra no estado
inicial e as curvas contínuas indicam aproximações das deformações por flambagem
Para outras fixações, como (a), (b), (c), (e) e (f) da mesma figura, usam-
se comprimentos de flambagem específicos.
A tabela abaixo dá os valores teóricos e práticos para cada uma das situações
mencionadas.
Desde que os cálculos são baseados na força de Euler conforme tópico anterior, outras
fixações devem ter seus comprimentos convertidos.
4
Tipo (a) (b) (c) (d) (e) (f)
FLTeórico 0,5 L 0,7 L 1,0 L 1,0 L 2,0 L 2,0 L
FL Prático 0,65 L 0,8 L 1,2 L 1,0 L 2,1 L 2,0 L
Exemplo: uma coluna de 3 metros de altura está fixada como em (f) da figura.
Então, ela é equivalente a uma coluna do tipo padrão (d), com comprimento 2,0 x 3 = 6
metros.
É importante lembrar que, em casos práticos (estruturas, máquinas), extremidades de
colunas ou de barras comprimidas podem ter liberdade de movimento em
determinadas direções e não ter em outras. Portanto, todas as hipóteses devem ser
analisadas, dimensionando-se pela mais desfavorável.
Coeficiente de esbeltez
Considerando-se o conceito de comprimento de flambagem, pode-se reescrever a
igualdade da força de flambagem de Euler K, dado em #C.1# do tópico Equação básica
da flambagem elástica:
K = π2
E J / Lfl2
Se se deseja a tensão limite, os valores são divididos pela área da seção S
σfl = K/S = π2 E J / S Lfl2 = π2 E / [Lfl / √ (J/S)]2.
O valor Lfl / √ (J/S) é denominado coeficiente de esbeltez da barra. É comum o uso da
letra grega lambda minúsculo para simbolizá-lo. Assim,
λ = Lfl / √ (J/S)
5
A expressão √ (J/S) é o raio de giração ou raio de inércia (i) da seção. E, assim, o
coeficiente de esbeltez pode ser dado por:
λ = Lfl / i
Desde que i depende do momento de inércia J e que esse varia com a orientação do
eixo de referência, deve-se usar, em geral, o menor valor de J, isto é, J2 (eixo principal
com menor valor).
E a fórmula anterior da tensão pode ser escrita
σfl = π2
E /λ2
Essa fórmula mostra que a tensão de flambagem depende apenas do módulo de
elasticidade E (característica do material) e do coeficiente de esbeltez λ (característica
geométrica da barra).
Para um mesmo material, E é constante e pode-se ter a tensão em função de λ. Por
exemplo: para o aço, E = 206 GPa. Assim,
σfl (MPa) = π2 206 103 / λ2.
Essa curva está representada na Figura 01. É denominada hipérbole de Euler para o
material (aço, no caso).
Notar, entretanto, que a curva é limitada pela região de proporcionalidade (elástica)
do material (hipótese assumida no desenvolvimento da equação básica).
Nesse caso do aço, para a tensão limite de proporcionalidade, σp = 226 MPa, há o
coeficiente de esbeltez correspondente, λp ≈ 96.
Esses valores estão indicados na figura.
Para coeficientes de esbeltez menores, a fórmula não é válida, pois não há mais
proporcionalidade entre tensão e deformação e/ou há deformações residuais
decorrentes da plasticidade.
Exemplo simples de cálculo
6
Uma plataforma metálica usa colunas de perfil comercial de aço tipo I 6", 18,5 kg/m. A
altura das colunas é 3,30 m e a montagem é conforme (c) da Figura 01 do tópico
Comprimento de flambagem. Verificar a carga máxima que cada coluna pode suportar
sem flambar.
Características do perfil I 6" 18,5 kg/m: área S = 23,6 cm2 e raio de giração r = 1,79 cm
(mínimo).
Conforme tabela do mesmo tópico, a montagem (c) tem comprimento de
flambagemLfl = 1,2 L = 1,23,30.
Portanto, Lfl = 3,96 m.
E, de acordo com do tópico Coeficiente de esbeltez,
λ = 3,96 / 1,79 10−2 = 221.
A tensão de flambagem é dada por #C.1# do mesmo tópico (considerando-se E =
206000 MPa):
σfl = π2 206000 / 2212 ≈ 42 MPa.
Portanto
F = σfl S = 42 103 kPa 23,6 10−4 m2 ≈ 99 kN.
O cálculo dessa carga não inclui os coeficientes de segurança, que devem ser
introduzidos de acordo com as condições de utilização, conforme visto nas primeiras
páginas desta série.
Esse é um cálculo simples, sem os critérios - em geral conservadores e a favor da
segurança - previstos em normas. Por exemplo: o coeficiente de esbeltez está alto. A
maioria das normas fixa um limite de 200 para prédios e 120 para pontes.
Outro exemplo de cálculo
Uma coluna de madeira, de seção retangular 5 x 10 cm, tem altura livre de 2,5 m. A
madeira tem as propriedades σe = 45 MPa e E = 13,1 GPa. A fixação das extremidades
é conforme (d) da Figura 01 do tópico Comprimento de flambagem. Determinar os
parâmetros para a flambagem elástica dessa coluna.
Para a seção retangular, área S = ab (= 5 10 = 50 10−4 m2), onde a e b são os lados.
O momento de inércia é J = ab3/12.
7
Visto que o raio de giração é r = √ (J/S) = √ [(ab3/12)/ab] = √ (b2/12). Desde que se
deseja saber a condição mais crítica, deve-se usar o menor raio de giração. Assim, o
lado de 5 cm deve ser considerado b.
r = √ (25 10−4 m2 / 12) ≈ 0,0144 m.
O coeficiente de esbeltez é λ = 2,5 / 0,0144 ≈ 174, segundo #B.2# do tópico Coeficiente
de esbeltez.
A tensão de flambagem conforme Euler é dada pela igualdade #C.1# do mesmo tópico:
σfl = π2 E / λ2 = π2 13,1 103 MPa / 1742 = 4,27 MPa.
Notar que a tensão de flambagem é apenas uma pequena fração da tensão de
escoamento considerada para o material. Outras observações conforme exemplo
anterior.
8
9
10
11
12
13
14
15
EXEMPLO:
16
EXEMPLO:
17
EXEMPLO
18
EXEMPLO
19
FLAMBAGEM
Quando uma peça fina e comprida é comprimida, isto é, recebe nas extremidades uma
força de compressão, a peça tende a flambar, isto é, a peça enverga e pode até
quebrar.
Se vai quebrar ou não vai depender da combinação de 3 fatores:
1 - A força aplicada. até um certo limite não há flambagem e apartir desse limite
ocorre a flambagem;
2 - A seção transversal da peça. Peças grossas não flambam. Na medida em que vai se
afinando a peça começa a surgir a tendência à flambagem que ocorre apartirde uma
certa seção transversal;
20
3 - O comprimento da peça. Peças curtas não flambam. Na medida em que se vai
encompridando a peça começa a surgir a tendência à flambagem que ocorre apartir de
um certo comprimento.
VERIFICAÇÃO DA FLAMBAGEM
A carga limite, isto é, abaixo daqual não ocorre a flambagem da barra é dada pela
fórmula conhecida como Fórmula de Euler (pronucia-seÓiler):
ONDE:
- Constante matemática (3,14159...);
E - Módulo de Elasticidade do material (em pascal);
J - Menor momento de inércia da barra (em m4);
L = Comprimento da barra (em metros);
21
EXEMPLO:
Para sedimentar os conceitos e a metodologia apresentados no capítulo, vamos ver
como se faz uma análise de verificação da flambagem de um caso real.
Tomemos uma barra de alumínio feita de um tubo (portanto ôco). A barra tem um
comprimento L de 1,20 metros.
O tubo usado é o tubo de 1 e 1/2 X 1,58 mm, isto é, ele tem 1,5 polegadas de
diâmetro e parede com 1,58 milímetros de espessura.
Como vimos no capítulo anterior, o Momento de Inércia é dado pela fórmula:
b = 2,54 +1,27 = 3,81 centímetros
a = b - 2X0,158 =3,494 centímetros
J = 3,1416 X (0,03814-0,034944)/64
J = 3,025 X 10-8 m4
pela tabela apresentada na tabela acima, o Módulo de Elasticidade do
alumínio: E = 70 X 106
22
Aplicando a Fórmula de Euler:
P = 3,14162 X 70 X 106 X 3,025 X 10-8 / 1,22
P = 14,510 kNou 1.451 kgf
Isto significa que aplicando uma carga com valor infeiror a 1.451 kgf não ocorre a
flambagem na barra e aplicando-se uma carga superior a 1.451 kgf ocorrerá a
flambagem da barra.
Ao fazer o cálculo da força na barra, se o valor da força de compressão for maior que
1.451 kgf, esta barra não poderá ser usada na treliça (pelo menos nessa posição).
Então a alternativa será substituir essa barra por outra de maior espessura ou de maior
diâmetro.
Primeiro você deve tentar usar uma barra de maior espessura para tentar manter o
diâmetro. Esteticamente é mais bonito ver uma treliça com todas as barras iguais, isto
é, do mesmo diâmetro.
23
Lista de Exercícios -FLAMBAGEM
1) Determine a carga crítica para uma peça de madeira de 1 m de comprimento e
seção transversal retangular de 7 mm x 24 mm. Usar E = 12 GPa. Resp.: 81,2 N.
2) Determine a carga crítica para um tubo de alumínio com 1,5m de comprimento,
tendo diâmetro externo igual a 16 mm e espessura de parede igual a 1,25mm. Usar E
= 70 GPa. Resp.: 487 N.
3) A barra de alumínio AB tem seção retangular 16 x 30 mm estando articulada nos
extremos. Cadaextremo pode girar livremente em torno de um eixo horizontal, mas
não pode girar em torno de um eixo vertical. Usando E = 70 GPa, determine o
comprimento L para o qual a carga crítica da barra é P = 10 kN. Resp: 1,577m.
4) Um elemento estrutural sujeito à compressão, de comprimento efetivo à
flambagem igual a 1,5 m, é constituído por uma barra maciça de latão de 30 mm de
diâmetro. A fim de reduzir o peso desteelemento em 25%, ela foi substituída por outra
oca como mostrado na figura. Determine (a) apercentagem de redução na carga
crítica, (b) o valor da carga crítica para a barra oca. Usar E =105 GPa. Resp.: (a) 6,25%
e (b) 17,17 kN. 5) Uma coluna de comprimento à flambagem igual a 3,5m é
construída pregando-se quatro peças de madeira de 30 mm x 120 mm cada uma.
Usando E = 12,5 MPa, determine a carga crítica quando as peças de madeira são
pregadas em cada uma das formas mostradas na figura. Resp.: 174 kN e 370 kN. 6)
Uma coluna com 4m de comprimento à flambagem é construída pela soldagem de
duas cantoneiras de aço L 102 x 76 x 6,4 como mostrado na figura. Usando E = 200
GPa, determine o fator de segurança à flambagem para uma carga centrada de 75
kN. Resp.: 3,68. 7) Uma coluna de 4m de comprimento efetivo à flambagem é
construída pela soldagem de dois perfis de aço C 150 x 12,2. Usando E = 200 GPa,
determine para cada um dos arranjos mostrados a carga centrada admissível se um
fator de segurança igual a 3,2 é exigido. Resp.: 42,4 kN e 168,4 kN.
24
Compressão
EXEMPLOS DE MEMBROS COMPRIMIDOS
Dados:
1-Selecionar um perfil laminado tipo W ou HP de aço ASTM A572 Grau 50, para uma força
axial de compressão de 1600 kN , sendo 400kN de ações permanentes e 1200 kN de ações
variáveis. O elemento tem um comprimento de 6,0 m e ambas asextremidades rotuladas.
Perfil sugerido: HP 360 x 122,0
Ag = 155,3 cm2 d = 36,3 cm tw = 1,30 cm
Lx = 600 cm rx = 15,53 cm bf = 25,7 cm
tf = 2,17 cm Ly = 600 cm ry = 6,29 cm
h = d – 2.(tf+R) -> h = 36,3 – 2.(2,17+1,6) =
25
Solução:
26
27
2-
28
29
Exercício de Fixação
No caso de colunas com seção transversal quadrada ou circular, o momento deinércia
da seção transversal em relação a qualquer eixo baricêntrico é o mesmo, demodo que
a coluna pode flambar em qualquer plano. Para seções transversais deoutras formas, a
carga crítica deve ser calculada para I= Imin.
Se a flambagem ocorrer,ela acontecerá em um plano perpendicular ao eixo principal
de inércia correspondente.
Tensão Crítica
A tensão crítica é dada por:
30
Observações:
1.O raio de giração deve ser aquele correspondente ao momento de inérciamínimo.
2.O indice de esbeltes (λ) deve ser inferior a 200.
31
Exercícios:
1. Determinar a carg a crítica de flambag em de um pilar de 2 m
com extremidades articuladas s abendo-s e que o módulo
de elas ticidade do material é de 200.000kgf/cm². A seção transversal
mede 10 x 15 cm.
2. Supondo-se que a tensão crítica para o pilar da questão anterior é de 500
kgf/cm²,verifique se a peça está sujeita à flambagem.
3. Determine a carga crítica de flambagem para um pilar engastado com 2 m de altura.
O módulo de elasticidade é de 200.000 kgf/cm².
4. Supondo-se que a tensão crítica para o pilar da questão anterior é de 500
kgf/cm²,verifique se a peça está sujeita à flambagem.
5. Determine a carga crítica de flambagem para o pilar de seção transversal tipo Tdado
abaixo. O módulo de elasticidade é de 250.000 kgf/cm².
32
6. Determine a carga admissível para o pilar da questão anterior adotando
coeficientede segurança igual a 2.
33

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Resistência dos materiais r. c. hibbeler
Resistência dos materiais   r. c. hibbelerResistência dos materiais   r. c. hibbeler
Resistência dos materiais r. c. hibbelerMeireles01
 
Flexão normal simples e composta
Flexão normal simples e compostaFlexão normal simples e composta
Flexão normal simples e compostaEDER OLIVEIRA
 
Resistência dos Materiais - Torção
Resistência dos Materiais - TorçãoResistência dos Materiais - Torção
Resistência dos Materiais - TorçãoRodrigo Meireles
 
Soluções resistência dos materiais - beer & johnston - 3a ed
Soluções   resistência dos materiais - beer & johnston - 3a edSoluções   resistência dos materiais - beer & johnston - 3a ed
Soluções resistência dos materiais - beer & johnston - 3a edLeandroHFDiogenes
 
Resolução da lista de exercícios 1 complementos de rm-7
Resolução da lista de exercícios 1  complementos de rm-7Resolução da lista de exercícios 1  complementos de rm-7
Resolução da lista de exercícios 1 complementos de rm-7Eduardo Spech
 
111272491 exercicios-resolvidos-termo-ii
111272491 exercicios-resolvidos-termo-ii111272491 exercicios-resolvidos-termo-ii
111272491 exercicios-resolvidos-termo-iitwolipa
 
Aula 4 dimensionamento elementos comprimido
Aula 4   dimensionamento elementos comprimidoAula 4   dimensionamento elementos comprimido
Aula 4 dimensionamento elementos comprimidoGerson Justino
 
Resistencia dos-materiais-para-entender-
Resistencia dos-materiais-para-entender-Resistencia dos-materiais-para-entender-
Resistencia dos-materiais-para-entender-Ma Dos Anjos Pacheco
 
3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigasWillian De Sá
 
Exercicios resolvidos resmat
Exercicios resolvidos resmatExercicios resolvidos resmat
Exercicios resolvidos resmatMarinaldo Junior
 
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basic
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basicExercicios resolvidos -_hidraulica_basic
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basicGerson Justino
 
Nbr 14762 dimensionamento de estruturas de aço perfis formados a frio
Nbr 14762 dimensionamento de estruturas de aço perfis formados a frioNbr 14762 dimensionamento de estruturas de aço perfis formados a frio
Nbr 14762 dimensionamento de estruturas de aço perfis formados a frioejfelix
 
1 resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este
1   resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este1   resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este
1 resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar esteturmacivil51
 
Resistência dos materiais
Resistência dos materiais   Resistência dos materiais
Resistência dos materiais Willian De Sá
 
Tensoes em-vigas (1)
Tensoes em-vigas (1)Tensoes em-vigas (1)
Tensoes em-vigas (1)thiagolf7
 

Mais procurados (20)

Resistência dos materiais r. c. hibbeler
Resistência dos materiais   r. c. hibbelerResistência dos materiais   r. c. hibbeler
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
 
Flexão normal simples e composta
Flexão normal simples e compostaFlexão normal simples e composta
Flexão normal simples e composta
 
Aula18(3)
Aula18(3)Aula18(3)
Aula18(3)
 
Resistência dos Materiais - Torção
Resistência dos Materiais - TorçãoResistência dos Materiais - Torção
Resistência dos Materiais - Torção
 
Soluções resistência dos materiais - beer & johnston - 3a ed
Soluções   resistência dos materiais - beer & johnston - 3a edSoluções   resistência dos materiais - beer & johnston - 3a ed
Soluções resistência dos materiais - beer & johnston - 3a ed
 
Resolução da lista de exercícios 1 complementos de rm-7
Resolução da lista de exercícios 1  complementos de rm-7Resolução da lista de exercícios 1  complementos de rm-7
Resolução da lista de exercícios 1 complementos de rm-7
 
Flambagem
FlambagemFlambagem
Flambagem
 
111272491 exercicios-resolvidos-termo-ii
111272491 exercicios-resolvidos-termo-ii111272491 exercicios-resolvidos-termo-ii
111272491 exercicios-resolvidos-termo-ii
 
Aula 4 dimensionamento elementos comprimido
Aula 4   dimensionamento elementos comprimidoAula 4   dimensionamento elementos comprimido
Aula 4 dimensionamento elementos comprimido
 
Resistencia dos-materiais-para-entender-
Resistencia dos-materiais-para-entender-Resistencia dos-materiais-para-entender-
Resistencia dos-materiais-para-entender-
 
3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas
 
Exercicios resolvidos resmat
Exercicios resolvidos resmatExercicios resolvidos resmat
Exercicios resolvidos resmat
 
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basic
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basicExercicios resolvidos -_hidraulica_basic
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basic
 
Flexão pura i
Flexão pura iFlexão pura i
Flexão pura i
 
Nbr 14762 dimensionamento de estruturas de aço perfis formados a frio
Nbr 14762 dimensionamento de estruturas de aço perfis formados a frioNbr 14762 dimensionamento de estruturas de aço perfis formados a frio
Nbr 14762 dimensionamento de estruturas de aço perfis formados a frio
 
Notas de aulas_resistencia1
Notas de aulas_resistencia1Notas de aulas_resistencia1
Notas de aulas_resistencia1
 
1 resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este
1   resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este1   resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este
1 resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este
 
Resistência dos materiais
Resistência dos materiais   Resistência dos materiais
Resistência dos materiais
 
Tensoes em-vigas (1)
Tensoes em-vigas (1)Tensoes em-vigas (1)
Tensoes em-vigas (1)
 
Cisalhamento
CisalhamentoCisalhamento
Cisalhamento
 

Semelhante a 1 flambagem _teoria_das_estruturas_ii (1) (1)

Dimensionamento vigas
Dimensionamento vigasDimensionamento vigas
Dimensionamento vigasaanobile
 
Resumo concreto usp
Resumo concreto uspResumo concreto usp
Resumo concreto uspDaniele029
 
Resumo concreto usp otimo
Resumo concreto usp otimoResumo concreto usp otimo
Resumo concreto usp otimoLuciana Costa
 
Resumo concreto usp
Resumo concreto uspResumo concreto usp
Resumo concreto uspruanni2805
 
18 torcao
18 torcao18 torcao
18 torcaogabioa
 
2 propriedades mecanicas fundamentais
2 propriedades mecanicas fundamentais2 propriedades mecanicas fundamentais
2 propriedades mecanicas fundamentaisAnselmo Fabris
 
Aula 08 dobramento e flexão
Aula 08   dobramento e flexãoAula 08   dobramento e flexão
Aula 08 dobramento e flexãoRenaldo Adriano
 
resistencia-dos-materiais-ii-6-ciclo-eem-6na-profa-ms-grace-kelly-quarteiro-g...
resistencia-dos-materiais-ii-6-ciclo-eem-6na-profa-ms-grace-kelly-quarteiro-g...resistencia-dos-materiais-ii-6-ciclo-eem-6na-profa-ms-grace-kelly-quarteiro-g...
resistencia-dos-materiais-ii-6-ciclo-eem-6na-profa-ms-grace-kelly-quarteiro-g...CamilaCamposGomezFam
 
Aula 06 ensaio de compressão
Aula 06   ensaio de compressãoAula 06   ensaio de compressão
Aula 06 ensaio de compressãoRenaldo Adriano
 
Resistencia dos materiais tensão e deformação
Resistencia dos materiais   tensão e deformaçãoResistencia dos materiais   tensão e deformação
Resistencia dos materiais tensão e deformaçãoDouglas Mota
 
Capítulo 2 mecânica da conformação
Capítulo 2 mecânica da conformaçãoCapítulo 2 mecânica da conformação
Capítulo 2 mecânica da conformaçãoMaria Adrina Silva
 

Semelhante a 1 flambagem _teoria_das_estruturas_ii (1) (1) (20)

Apostila molas 1
Apostila molas 1Apostila molas 1
Apostila molas 1
 
Apostila molas
Apostila molas Apostila molas
Apostila molas
 
Dimensionamento vigas
Dimensionamento vigasDimensionamento vigas
Dimensionamento vigas
 
Roteiro DIMENSIONAMENTO DE AÇOS
Roteiro DIMENSIONAMENTO DE AÇOSRoteiro DIMENSIONAMENTO DE AÇOS
Roteiro DIMENSIONAMENTO DE AÇOS
 
Resumo concreto usp
Resumo concreto uspResumo concreto usp
Resumo concreto usp
 
Resumo concreto usp otimo
Resumo concreto usp otimoResumo concreto usp otimo
Resumo concreto usp otimo
 
Resumo concreto usp
Resumo concreto uspResumo concreto usp
Resumo concreto usp
 
18 torcao
18 torcao18 torcao
18 torcao
 
Lei de-hooke
Lei de-hookeLei de-hooke
Lei de-hooke
 
Equipamento estáticos
Equipamento estáticosEquipamento estáticos
Equipamento estáticos
 
2 propriedades mecanicas fundamentais
2 propriedades mecanicas fundamentais2 propriedades mecanicas fundamentais
2 propriedades mecanicas fundamentais
 
Aula 08 dobramento e flexão
Aula 08   dobramento e flexãoAula 08   dobramento e flexão
Aula 08 dobramento e flexão
 
resistencia-dos-materiais-ii-6-ciclo-eem-6na-profa-ms-grace-kelly-quarteiro-g...
resistencia-dos-materiais-ii-6-ciclo-eem-6na-profa-ms-grace-kelly-quarteiro-g...resistencia-dos-materiais-ii-6-ciclo-eem-6na-profa-ms-grace-kelly-quarteiro-g...
resistencia-dos-materiais-ii-6-ciclo-eem-6na-profa-ms-grace-kelly-quarteiro-g...
 
Aula 06 ensaio de compressão
Aula 06   ensaio de compressãoAula 06   ensaio de compressão
Aula 06 ensaio de compressão
 
Resistencia dos materiais tensão e deformação
Resistencia dos materiais   tensão e deformaçãoResistencia dos materiais   tensão e deformação
Resistencia dos materiais tensão e deformação
 
Cap 3
Cap 3Cap 3
Cap 3
 
172023544 vigas
172023544 vigas172023544 vigas
172023544 vigas
 
Apostila molas
Apostila molasApostila molas
Apostila molas
 
Capítulo 2 mecânica da conformação
Capítulo 2 mecânica da conformaçãoCapítulo 2 mecânica da conformação
Capítulo 2 mecânica da conformação
 
Flambagem
FlambagemFlambagem
Flambagem
 

1 flambagem _teoria_das_estruturas_ii (1) (1)

  • 1. 1 TEORIA DAS ESTRUTURAS II FLAMBAGEM
  • 2. 2 TEORIA DAS ESTRUTURAS II- ESUCRI- Profº: Jorge Luiz Laureano- Msc CONCEITO DE FLAMBAGEM DEFINIÇÃO DE FLAMBAGEM CURVA DE DEFORMAÇÃO DO LADO DE UM ELEMENTO ESTRUTURAL COMPRIMIDO PELA CARGA PESADA. Conceito de flambagem Flambagem é um fenômeno de instabilidade elástica que pode ocorrer em elementos comprimidos delgados, e que se manifesta pelo aparecimento de movimentos signi - ficativos transversais à direção principal de compressão. Em engenharia estrutural, o fenômeno aparece principalmente nos pilares e colunas e traduz a aparência de um adicional de flexão no pilar quando ele é submetido à ação de esforço axial de alguma importância.A ocorrência de deflexão por flambagem severamente limitada resistência na compressão de um pilar ou qualquer pedaço delgado., Eventualmente, do verdadeiro valor de uma carga axial de compressão, chamado a carga crítica de flambagem, pode ocorrer instabilidade elástica e facilmente deformação aumente produzindo tensões adicionais que excederem a tensão de ruptura, causando a ruína do elemento estrutural.Além da flambagem flexional regular há torsionalbuckling ou instabilidade elástica causada por um torque excessivo. Há maneiras diferentes ou falha por flambagemmodos.Frequentemente lá verificar vários deles e certifique-se de que as cargas estão longe de ser crítico carrega associa- do com cada modo ou maneira de SAG, para um elemento estrutural.Modos típicos são: • Flexional flambagem.Buckling modo no qual um elemento de compressão são flecta lateralmente semrotação ou mudanças na seção transversal. • Torsionalbuckling.Modo de flambagem, em que um elemento de compressão gira em torno de seu centro de corte. • Flexo-torção flambagem.Buckling modo no qual um elemento de compressão são flecta e gira simultaneamente semmudanças na seção transversal. • Lateral torsionalbuckling.Modo de flambagem de um elemento à flexão envolvendo deflexão normal ao plano de flexão e, simultaneamente, uma rotação em torno do centro do Tribunal Flambagem flexional Os pilares e barras de treliça comprimida podem ter diferentes modos de falha com base na sua magreza mecânica: • Muito delgados pilares muitas vezes falharem por flambagem elástica e são sensíveis a ambos o local flambagempróprio pilar quanto à flambagem global de toda a estrutura. • Pilares as esbeltez média imperfeições construtivas como heterogeneidades são particularmente importantes, sendo capaz de apresentar flambagem de anelastico. • Os pilares da esbeltez muito baixo falhar devido a compressão excessiva, até que os efeitos de flambagem são importantes.
  • 3. 3 Comprimento de flambagem Equação básica da flambagem elástica pressupõe que as extremidades da barra são articuladas e só podem mover-se na direção do seu eixo. Essa é a situação padrão, indicada em (d) da Figura 01. Figura- 01 Obs: na figura mencionada, as retas tracejadas verticais indicam a barra no estado inicial e as curvas contínuas indicam aproximações das deformações por flambagem Para outras fixações, como (a), (b), (c), (e) e (f) da mesma figura, usam- se comprimentos de flambagem específicos. A tabela abaixo dá os valores teóricos e práticos para cada uma das situações mencionadas. Desde que os cálculos são baseados na força de Euler conforme tópico anterior, outras fixações devem ter seus comprimentos convertidos.
  • 4. 4 Tipo (a) (b) (c) (d) (e) (f) FLTeórico 0,5 L 0,7 L 1,0 L 1,0 L 2,0 L 2,0 L FL Prático 0,65 L 0,8 L 1,2 L 1,0 L 2,1 L 2,0 L Exemplo: uma coluna de 3 metros de altura está fixada como em (f) da figura. Então, ela é equivalente a uma coluna do tipo padrão (d), com comprimento 2,0 x 3 = 6 metros. É importante lembrar que, em casos práticos (estruturas, máquinas), extremidades de colunas ou de barras comprimidas podem ter liberdade de movimento em determinadas direções e não ter em outras. Portanto, todas as hipóteses devem ser analisadas, dimensionando-se pela mais desfavorável. Coeficiente de esbeltez Considerando-se o conceito de comprimento de flambagem, pode-se reescrever a igualdade da força de flambagem de Euler K, dado em #C.1# do tópico Equação básica da flambagem elástica: K = π2 E J / Lfl2 Se se deseja a tensão limite, os valores são divididos pela área da seção S σfl = K/S = π2 E J / S Lfl2 = π2 E / [Lfl / √ (J/S)]2. O valor Lfl / √ (J/S) é denominado coeficiente de esbeltez da barra. É comum o uso da letra grega lambda minúsculo para simbolizá-lo. Assim, λ = Lfl / √ (J/S)
  • 5. 5 A expressão √ (J/S) é o raio de giração ou raio de inércia (i) da seção. E, assim, o coeficiente de esbeltez pode ser dado por: λ = Lfl / i Desde que i depende do momento de inércia J e que esse varia com a orientação do eixo de referência, deve-se usar, em geral, o menor valor de J, isto é, J2 (eixo principal com menor valor). E a fórmula anterior da tensão pode ser escrita σfl = π2 E /λ2 Essa fórmula mostra que a tensão de flambagem depende apenas do módulo de elasticidade E (característica do material) e do coeficiente de esbeltez λ (característica geométrica da barra). Para um mesmo material, E é constante e pode-se ter a tensão em função de λ. Por exemplo: para o aço, E = 206 GPa. Assim, σfl (MPa) = π2 206 103 / λ2. Essa curva está representada na Figura 01. É denominada hipérbole de Euler para o material (aço, no caso). Notar, entretanto, que a curva é limitada pela região de proporcionalidade (elástica) do material (hipótese assumida no desenvolvimento da equação básica). Nesse caso do aço, para a tensão limite de proporcionalidade, σp = 226 MPa, há o coeficiente de esbeltez correspondente, λp ≈ 96. Esses valores estão indicados na figura. Para coeficientes de esbeltez menores, a fórmula não é válida, pois não há mais proporcionalidade entre tensão e deformação e/ou há deformações residuais decorrentes da plasticidade. Exemplo simples de cálculo
  • 6. 6 Uma plataforma metálica usa colunas de perfil comercial de aço tipo I 6", 18,5 kg/m. A altura das colunas é 3,30 m e a montagem é conforme (c) da Figura 01 do tópico Comprimento de flambagem. Verificar a carga máxima que cada coluna pode suportar sem flambar. Características do perfil I 6" 18,5 kg/m: área S = 23,6 cm2 e raio de giração r = 1,79 cm (mínimo). Conforme tabela do mesmo tópico, a montagem (c) tem comprimento de flambagemLfl = 1,2 L = 1,23,30. Portanto, Lfl = 3,96 m. E, de acordo com do tópico Coeficiente de esbeltez, λ = 3,96 / 1,79 10−2 = 221. A tensão de flambagem é dada por #C.1# do mesmo tópico (considerando-se E = 206000 MPa): σfl = π2 206000 / 2212 ≈ 42 MPa. Portanto F = σfl S = 42 103 kPa 23,6 10−4 m2 ≈ 99 kN. O cálculo dessa carga não inclui os coeficientes de segurança, que devem ser introduzidos de acordo com as condições de utilização, conforme visto nas primeiras páginas desta série. Esse é um cálculo simples, sem os critérios - em geral conservadores e a favor da segurança - previstos em normas. Por exemplo: o coeficiente de esbeltez está alto. A maioria das normas fixa um limite de 200 para prédios e 120 para pontes. Outro exemplo de cálculo Uma coluna de madeira, de seção retangular 5 x 10 cm, tem altura livre de 2,5 m. A madeira tem as propriedades σe = 45 MPa e E = 13,1 GPa. A fixação das extremidades é conforme (d) da Figura 01 do tópico Comprimento de flambagem. Determinar os parâmetros para a flambagem elástica dessa coluna. Para a seção retangular, área S = ab (= 5 10 = 50 10−4 m2), onde a e b são os lados. O momento de inércia é J = ab3/12.
  • 7. 7 Visto que o raio de giração é r = √ (J/S) = √ [(ab3/12)/ab] = √ (b2/12). Desde que se deseja saber a condição mais crítica, deve-se usar o menor raio de giração. Assim, o lado de 5 cm deve ser considerado b. r = √ (25 10−4 m2 / 12) ≈ 0,0144 m. O coeficiente de esbeltez é λ = 2,5 / 0,0144 ≈ 174, segundo #B.2# do tópico Coeficiente de esbeltez. A tensão de flambagem conforme Euler é dada pela igualdade #C.1# do mesmo tópico: σfl = π2 E / λ2 = π2 13,1 103 MPa / 1742 = 4,27 MPa. Notar que a tensão de flambagem é apenas uma pequena fração da tensão de escoamento considerada para o material. Outras observações conforme exemplo anterior.
  • 8. 8
  • 9. 9
  • 10. 10
  • 11. 11
  • 12. 12
  • 13. 13
  • 14. 14
  • 19. 19 FLAMBAGEM Quando uma peça fina e comprida é comprimida, isto é, recebe nas extremidades uma força de compressão, a peça tende a flambar, isto é, a peça enverga e pode até quebrar. Se vai quebrar ou não vai depender da combinação de 3 fatores: 1 - A força aplicada. até um certo limite não há flambagem e apartir desse limite ocorre a flambagem; 2 - A seção transversal da peça. Peças grossas não flambam. Na medida em que vai se afinando a peça começa a surgir a tendência à flambagem que ocorre apartirde uma certa seção transversal;
  • 20. 20 3 - O comprimento da peça. Peças curtas não flambam. Na medida em que se vai encompridando a peça começa a surgir a tendência à flambagem que ocorre apartir de um certo comprimento. VERIFICAÇÃO DA FLAMBAGEM A carga limite, isto é, abaixo daqual não ocorre a flambagem da barra é dada pela fórmula conhecida como Fórmula de Euler (pronucia-seÓiler): ONDE: - Constante matemática (3,14159...); E - Módulo de Elasticidade do material (em pascal); J - Menor momento de inércia da barra (em m4); L = Comprimento da barra (em metros);
  • 21. 21 EXEMPLO: Para sedimentar os conceitos e a metodologia apresentados no capítulo, vamos ver como se faz uma análise de verificação da flambagem de um caso real. Tomemos uma barra de alumínio feita de um tubo (portanto ôco). A barra tem um comprimento L de 1,20 metros. O tubo usado é o tubo de 1 e 1/2 X 1,58 mm, isto é, ele tem 1,5 polegadas de diâmetro e parede com 1,58 milímetros de espessura. Como vimos no capítulo anterior, o Momento de Inércia é dado pela fórmula: b = 2,54 +1,27 = 3,81 centímetros a = b - 2X0,158 =3,494 centímetros J = 3,1416 X (0,03814-0,034944)/64 J = 3,025 X 10-8 m4 pela tabela apresentada na tabela acima, o Módulo de Elasticidade do alumínio: E = 70 X 106
  • 22. 22 Aplicando a Fórmula de Euler: P = 3,14162 X 70 X 106 X 3,025 X 10-8 / 1,22 P = 14,510 kNou 1.451 kgf Isto significa que aplicando uma carga com valor infeiror a 1.451 kgf não ocorre a flambagem na barra e aplicando-se uma carga superior a 1.451 kgf ocorrerá a flambagem da barra. Ao fazer o cálculo da força na barra, se o valor da força de compressão for maior que 1.451 kgf, esta barra não poderá ser usada na treliça (pelo menos nessa posição). Então a alternativa será substituir essa barra por outra de maior espessura ou de maior diâmetro. Primeiro você deve tentar usar uma barra de maior espessura para tentar manter o diâmetro. Esteticamente é mais bonito ver uma treliça com todas as barras iguais, isto é, do mesmo diâmetro.
  • 23. 23 Lista de Exercícios -FLAMBAGEM 1) Determine a carga crítica para uma peça de madeira de 1 m de comprimento e seção transversal retangular de 7 mm x 24 mm. Usar E = 12 GPa. Resp.: 81,2 N. 2) Determine a carga crítica para um tubo de alumínio com 1,5m de comprimento, tendo diâmetro externo igual a 16 mm e espessura de parede igual a 1,25mm. Usar E = 70 GPa. Resp.: 487 N. 3) A barra de alumínio AB tem seção retangular 16 x 30 mm estando articulada nos extremos. Cadaextremo pode girar livremente em torno de um eixo horizontal, mas não pode girar em torno de um eixo vertical. Usando E = 70 GPa, determine o comprimento L para o qual a carga crítica da barra é P = 10 kN. Resp: 1,577m. 4) Um elemento estrutural sujeito à compressão, de comprimento efetivo à flambagem igual a 1,5 m, é constituído por uma barra maciça de latão de 30 mm de diâmetro. A fim de reduzir o peso desteelemento em 25%, ela foi substituída por outra oca como mostrado na figura. Determine (a) apercentagem de redução na carga crítica, (b) o valor da carga crítica para a barra oca. Usar E =105 GPa. Resp.: (a) 6,25% e (b) 17,17 kN. 5) Uma coluna de comprimento à flambagem igual a 3,5m é construída pregando-se quatro peças de madeira de 30 mm x 120 mm cada uma. Usando E = 12,5 MPa, determine a carga crítica quando as peças de madeira são pregadas em cada uma das formas mostradas na figura. Resp.: 174 kN e 370 kN. 6) Uma coluna com 4m de comprimento à flambagem é construída pela soldagem de duas cantoneiras de aço L 102 x 76 x 6,4 como mostrado na figura. Usando E = 200 GPa, determine o fator de segurança à flambagem para uma carga centrada de 75 kN. Resp.: 3,68. 7) Uma coluna de 4m de comprimento efetivo à flambagem é construída pela soldagem de dois perfis de aço C 150 x 12,2. Usando E = 200 GPa, determine para cada um dos arranjos mostrados a carga centrada admissível se um fator de segurança igual a 3,2 é exigido. Resp.: 42,4 kN e 168,4 kN.
  • 24. 24 Compressão EXEMPLOS DE MEMBROS COMPRIMIDOS Dados: 1-Selecionar um perfil laminado tipo W ou HP de aço ASTM A572 Grau 50, para uma força axial de compressão de 1600 kN , sendo 400kN de ações permanentes e 1200 kN de ações variáveis. O elemento tem um comprimento de 6,0 m e ambas asextremidades rotuladas. Perfil sugerido: HP 360 x 122,0 Ag = 155,3 cm2 d = 36,3 cm tw = 1,30 cm Lx = 600 cm rx = 15,53 cm bf = 25,7 cm tf = 2,17 cm Ly = 600 cm ry = 6,29 cm h = d – 2.(tf+R) -> h = 36,3 – 2.(2,17+1,6) =
  • 26. 26
  • 27. 27 2-
  • 28. 28
  • 29. 29 Exercício de Fixação No caso de colunas com seção transversal quadrada ou circular, o momento deinércia da seção transversal em relação a qualquer eixo baricêntrico é o mesmo, demodo que a coluna pode flambar em qualquer plano. Para seções transversais deoutras formas, a carga crítica deve ser calculada para I= Imin. Se a flambagem ocorrer,ela acontecerá em um plano perpendicular ao eixo principal de inércia correspondente. Tensão Crítica A tensão crítica é dada por:
  • 30. 30 Observações: 1.O raio de giração deve ser aquele correspondente ao momento de inérciamínimo. 2.O indice de esbeltes (λ) deve ser inferior a 200.
  • 31. 31 Exercícios: 1. Determinar a carg a crítica de flambag em de um pilar de 2 m com extremidades articuladas s abendo-s e que o módulo de elas ticidade do material é de 200.000kgf/cm². A seção transversal mede 10 x 15 cm. 2. Supondo-se que a tensão crítica para o pilar da questão anterior é de 500 kgf/cm²,verifique se a peça está sujeita à flambagem. 3. Determine a carga crítica de flambagem para um pilar engastado com 2 m de altura. O módulo de elasticidade é de 200.000 kgf/cm². 4. Supondo-se que a tensão crítica para o pilar da questão anterior é de 500 kgf/cm²,verifique se a peça está sujeita à flambagem. 5. Determine a carga crítica de flambagem para o pilar de seção transversal tipo Tdado abaixo. O módulo de elasticidade é de 250.000 kgf/cm².
  • 32. 32 6. Determine a carga admissível para o pilar da questão anterior adotando coeficientede segurança igual a 2.
  • 33. 33