O documento discute medidas de higiene e biossegurança para a criação de suínos. Ele descreve a importância do isolamento do rebanho, controle de veículos, funcionários e visitantes, animais, fases de produção, limpeza constante e desinfecção, controle de roedores e insetos, qualidade da água e alimentos, destino adequado dos dejetos e monitoria sanitária periódica. O objetivo é manter a saúde dos animais e prevenir a disseminação de doenças.
1. Discentes:
Denise C. ParissotoDenise C. Parissoto
Giordani F. MaragnoGiordani F. Maragno
Lucas M. G. OliniLucas M. G. Olini
Matheus PagliariMatheus Pagliari
Nilton F. BalleriniNilton F. Ballerini
Tiago A. SimioniTiago A. Simioni
Universidade Federal de Mato Grosso
Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais
Campus Sinop
Higiene e Profilaxia
Criação de Suínos
5. Controle de veículos
Veículos que entram ou transitam nas cercanias podem
introduzir doenças.
Há necessidade de controle, devendo, obrigatoriamente, passar
pelo rodolúvio, sendo submetidos a desinfecção.
Os carregamentos de suínos devem ser numa instalação
separada e, de igual sorte, o local de carregamento (rampa)
devem estar vazios e desinfetados antes da chegada dos
animais para embarque.
O mesmo vale para os funcionários e o motorista que lidam
com os animais, de nada adianta estarem usando uniformes e
botas sujas, se tem a necessidade de estarem limpos.
6. Controle de acesso de funcionários e visitantes
Entrada de funcionários ou visitantes devem seguir rotina vigorosa de
bons procedimentos, como:
Acesso único com passagem pelo banheiro com banho obrigatório,
onde esses banheiros tenham lâmpadas ultravioletas para promover a
desinfecção das vestimentas e contaminantes carreados até a área suja.
Treinar e qualificar constantemente a equipe para ações de manejo e
de ordem sanitária.
Exames médicos na controle da saúde dos funcionários estarem em
dia, para evitar zoonoses, como, tuberculose, salmoneloses, etc.
Funcionários que têm acesso a áreas contaminadas não adentram em
áreas limpas e vice-versa.
É recomendado setorização e acesso dos funcionários restritamente
por essa área.
8. Controle de acesso de animais
A origem dos animais para o povoamento de um sistema de
produção deve ser considerada com rigor. A fonte fornecedora
de reprodutores para o povoamento e reposição deve ser
idônea, com classificação SPF (Specific Pathogen Free) mas,
mesmo assim, o quarentenário é indispensável.
Granjas avoseiras requerem procedimentos especiais, ainda
mais rigorosos, passando, inclusive, por histerectomia.
9. Isolamento das fases de produção
O sistema deve ser construído conforme as constantes de
instalações, ou seja, setoriadas, mantendo os animais em
ambientes apropriados em todas as fases.
10. Limpeza constante e desinfecção
Remover restos orgânicos adicionais para começar a eliminar
a contaminação nos materiais.
Estes restos orgânicos brutos contêm alto nível de
contaminação e interferem na limpeza e desinfecção.
Depois dessa remoção, se tem a pré-limpeza e sanitização.
Nesta fase todo equipamento móvel deve ser enxaguado ou
lavado com água quente ou agente sanitizante.
Usa-se produto de largo espectro de ação para reduzir a carga
residual infecciosa, ideal usar um produto com provada
atividade viricida.
11. Limpeza constante e desinfecção
Em um programa de desinfecção continuada possa ser efetivo, é
essencial prevenir ou reduzir patógenos introduzidos pelos
suínos que entram nas instalações, medida muito importante nas
salas de parto.
Contaminação em razão de animais transferidos é controlada
pelo monitoramento sanitário, observação clínica e sorológica
do rebanho.
Já a contaminação de germes ambientais, pode ser
drasticamente reduzida pelo banho do animal com água
sanitizada antes de adentrar na sala previamente
descontaminada.
12. Controle de roedores e insetos
O regular e uso de iscas pode proporcionar um bom controle,
mas acrescenta-se o design do estabelecimento e trabalhos
práticos que podem ser utilizados para redução do problema.
As moscas podem espalhar patógenos, de modo que seu
controle é feito por uma combinação de boa higiene, uso de
inseticidas e, possivelmente, agentes ativos de esterco.
13. Adoção do sistema all in, all out
Consiste na retirada total dos animais do alojamento e no
repovoamento com o próximo lote somente após a limpeza e
desinfecção completa, seguida de vazio sanitário de, no
mínimo, 48h.
O equipamento removível deve ser retirado e separadamente
limpo.
O movimento dentro da unidade deve ser controlado com
rigor.
14. Controle na qualidade das matérias
primas
A redução de vetores nutricionais é feita em duas fases:
Desinfecção de sistemas de água e de alimento;
Sanitização da água é necessária para prevenir qualquer
formação de patógenos.
O controle de doenças veiculadas por alimentos é mais
complexa. Deve-se comprar alimentos ou matérias primas de
fornecedor idôneo, e a origem desses materiais deve ser
monitorada regularmente para patógenos, especialmente
salmonela.
Material ou recipiente que tenha estado em outra unidade de
suínos nunca deve ser utilizado.
15. Controle da qualidade da água
A água bebida deve ser monitorada considerando sua origem e
qualidades organolépticas. Não basta ser negativa para agentes
infecciosos, precisa ter qualidade físico-química.
A caixa d’água deve ser protegida de grandes variações térmicas e
periodicamente limpa e desinfetada.
Se necessário deve ser tratada de acordo com o problema apresentado
(contaminação, pH, etc).
As caixas internas das salas precisam passar pelo processo de limpeza
e desinfecção na troca de cada lote.
A ingestão de água em nível satisfatório depende de sua qualidade,
como também do tipo de bebedouros, vazão e altura destes.
É de grande importância a instalação de um hidrômetro em cada
pavilhão, para se avaliar com precisão o consumo diário dos suínos.
16. Destino Adequado dos dejetos
Segundo EMBRAPA – Concórdia;
A poluição causada por um suíno confinado equipara-se à três habitantes de uma
cidade.
Através de aplicações contínuas de dejetos como fertilizantes agrícolas é que
surgiram problemas com contaminações dos mananciais com microorganismos e
minerais contaminando qualidade de água, mortalidade de peixes e proliferação de
insetos.
Diante dessa situação, a sociedade demonstra descontentamento pela poluição
causada por dejetos, e o Poder Judiciário se organiza para cobrar dos criadores e do
Poder Executivo ações corretivas necessárias.
A questão de dejetos suínos tem inter-relações com atividades que afetam a
qualidade da natureza ao redor.
Essa questão deve ser tratada amplamente pela sociedade de maneira técnica,
visando à qualidade de vida de populações, o atendimento ao consumidor e o
desenvolvimento sustentável de nossa Agricultura.
17. Isolamento de animais doentes
Animais acometidos de qualquer doença infecciosa, sempre
são considerados de alto risco aos demais, devem ser isolados
dos demais do lote, em caso de individualidade.
Já em casos de doenças grupais, o lote todo é tratado, in loco
com medicação e medidas sanitárias específicas.
18. Utilização de agentes antimicrobianos
Devem ser respeitadas todas as normas de segurança vigente.
É necessário de que o produtor tenha noções de posologia
adequada, evitando subdosagem e resistência ao antibiótico
utilizado.
19. Monitoria sanitária periódica
CONCEITO:
Procedimento de grande valia para verificação de status,
fornecendo informações contundentes, que aliadas à inspeção
visual e feed back em frigoríficos, dão condições de
estabelecimento de procedimentos sanitários apropriados a
cada caso.
20. Cuidados no armazenamento e
manipulação de produtos biológicos
Devem ser monitorados desde a chegada, com verificação de
se o transporte foi adequado, prazo de validade e qualidade
das embalagens até o armazenamento nas condições ideais
para sua estabilidade.
Durante aplicação, manter o produto em temperatura
recomendada, com instrumento limpo e desinfetado.
Observar a dosagem, se está correta e se não há refluxo do
conteúdo.
Não reutilizar sobras de produtos.
Dar destinos correto aos frascos e sobras.
21. Assistência veterinária constante
Quanto mais próxima e qualificada a assistência técnica for,
mais rapidamente serão ajustados os manejos e procedimentos
profiláticos para o padrão sanitário.
Rebanho sadio é a condição primordial para obtenção de
resultados econômicos.
26. Nome científico: Taenia soliumTaenia solium
Denominada Cysticercus cellulosae (cisticerco).
É causada pela larva (fase jovem do parasita) de um verme
conhecido como "solitária", causador da teníase humana.
Esse parasita, em sua fase adulta, é muito freqüente como
agente de infecção intestinal de seres humanos,
principalmente, em áreas rurais podendo se tornar um risco
para a saúde de pessoas das áreas urbanas.
Cisticercose
30. Diagnóstico
Para o diagnóstico da cisticercose suína são realizados o exame da
língua in vivo e o exame post-mortem (necropsia).
A teníase é diagnosticada facilmente através de exames
coproparasitológicos e seu tratamento consiste basicamente em anti-
parasitários de baixo custo.
Já a cisticercose em humanos, possui um diagnóstico mais
detalhado, através de exames laboratoriais, principalmente
realização de provas sorológicas. No entanto pode haver variações
na sintomatologia, dependendo da quantidade e local em que se
alojará o Cysticercus celullosae (PINTO, 2004; CAMPOS, 1994).
34. Fonte de infecção
O homem e os animais (carnívoros e onívaros),
podem adquirir a toxoplasmose após o
nascimento, principalmente pelo consumo de carnes
ou seus derivados contendo cistos nas fibras
musculares, ou ainda hortaliças, frutas, águas até as
mãos, contaminadas pelos oocistos (SOUZA et al .
,1987; NAVARRO et al . , 1992) .
37. A primeira vacina comercial foi a Toxovax®, produzida
com a amostra S48 e utilizada em ovinos.
A S48 foi isolada de membranas fetais de um aborto ovino
e, após 3.000 passagens em camundongos, perdeu a sua
habilidade de desenvolver cistos teciduais. Seis semanas
após a inoculação subcutânea de taquizoítas vivos da
amostra S48, o T. gondii não é mais detectado nos tecidos
de ovinos.
Esta vacina viva é amplamente utilizada no Reino Unido e
Nova Zelândia, prevenindo o abortamento ovino e
garantindo uma proteção durante 18 meses, mas se
recomenda a revacinação anual (BUXTON, 1993).
38. Controle
Práticas de manejo para os animais, controle
de roedores e felinos nas instalações,
educação sanitária e vacinação.
A vacinação dos animais domésticos
principalmente ovinos e suínos é uma das
estratégias para o controle do T. gondii.
39. Sarna
O suíno é sensível a dois tipos de sarna, sendo a sarcóptica mais
comumente detectada e a demodécica de rara ocorrência. Ambas
provocam descamação por formarem verdadeiras galerias embaixo da
pele e são causadas por um ectoparasita.
A sarna pode atingir animais de todas as idades e a transmissão ocorre
pelo contato entre os suínos. As fêmeas podem ser portadoras do
ectoparasita no conduto auditivo, infectando assim os leitões. A
doença também se espalha na criação através dos machos
reprodutores que podem contaminar as fêmeas durante a cobertura.
Os animais afetados ficam irrequietos, observando-se perda de peso,
retardo no crescimento e aumento de refugos. O tratamento pode ser
realizado através de injeções ou de banhos com sarnicidas.
40. Transmissão da doença
Através de moscas.
Através do próprio contato com outro animal.
Pelo ar.
As matrizes podem ser portadoras do
ectoparasita no conduto auditivo, infectando
assim os leitões.
A doença também se espalha na criação
através dos machos reprodutores que podem
contaminar as fêmeas durante a cobertura.
41. Controle e Tratamento
Os fatores mais significativos para o controle da doença
são os custos com medicamentos e mão-de-obra;
Sendo a melhor estratégia adotada a aplicação de
sarnicida pulverizando o animal, somente após o
diagnóstico laboratorial através da análise de amostras
de raspado de pele.
Tal medida apresenta-se com menor custo por animal
quando comparada ao uso do produto injetável em todo
o lote de animais.
42.
43. Principais doenças Virais
- Peste Suína Africana
- Peste Suína Clássica;
- Parvovirose Suína;
- Rotavirose suína;
- Febre Aftosa;
- Doença vesícular suína;
- Raiva em suínos;
- Doença de Aujesky;
- Pleuropneumonia Suína.
44. Situação Sanitária Brasileira:
A peste suína africana foi erradicada em todo território
nacional e a declaração de país livre de PSA foi feita em 1984,
por meio do Ato Administrativo da Secretaria de Defesa
Sanitária Animal.
45.
46. TRANSMISSÃO
Infecções em suínos domésticos
Contato indireto pelos carrapatos contaminados
Ingestão de alimentos não cozidos e contaminados
Animais constantemente infectados
Portadores definitivos
47.
48.
49.
50.
51. Peste Suína Clássica
Também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, é
uma enfermidade contagiosa e muitas vezes, fatal aos suínos,
causada por um vírus RNA envelopado pertencente a
família Flaviviridae.
Nos dias de hoje no Brasil, algumas das regiões mais
importantes na criação de suínos são livres da PSC, embora
permaneça endêmica e recorrente em outras áreas. Este é uma
das doenças mais importantes dos suínos domésticos, sendo
assim de notificação compulsória.
52. Contaminação
A contaminação geralmente se dá pela via oronasal e o
período de incubação varia de 7 a 10 dias, sendo menor em
casos de infecção experimental.
As células que o vírus ataca, são: células endoteliais,
células linfo-reticulares, macrófagos e algumas células
epiteliais específicas.
Quando a infecção é pré-natal o vírus afeta a diferenciação
dos órgãos, levando a más formações (aborto, natimortos,
mumificação fetal); quando a infecção é pós-natal, as
lesões relacionam-se com os danos sofridos pelas células
endoteliais e trombose.
53. Sinais clínicos
Dependem de fatores como a idade do animal e a virulência da cepa
envolvida. Em animais jovens, a taxa de mortalidade pode chegar a
90%, já em animais mais velhos, a enfermidade pode manifestar-se
discretamente ou até mesmo ser subclínica.
Inicialmente os animais apresentam depressão e febre alta, associados
com leucopenia severa (contagem de leucócitos abaixo do normal),
como o vírus ataca o sistema linfóide, há necrose das tonsilas;
observam-se também eritemas (regiões avermelhadas), hemorragia e
cianose em animais de pele branca, geralmente nas extremidades,
axilas, abdômen e face interna dos membros. Petéquias e Hemorragia
também são vistas nas mucosas. Observa-se também sinais nervosos,
como: letargia, convulsões ocasionalmente, ranger de dentes e
dificuldade de locomoção.
54.
55.
56. Diagnóstico
O método de diagnóstico mais utilizado é o isolamento do
vírus em cultivo celular. O material utilizado é o sangue, ou
suspensão de órgãos do sistema linfóide, como tonsilas,
baço, linfonodos, glândulas parótidas e rins.
Como este vírus não é citopatogênico, são
usados anticorpos específicos para a identificação do vírus em
cultivo celular. Esta é uma técnica muito lenta, podendo levar
até sete dias após submissão das amostras ao laboratório.
57. Controle
São utilizadas vacinas atenuadas, baseadas na amostra chinesa do
vírus da PSC. Elas induzem altos títulos de anticorpos neutralizantes e
é segura para fêmeas gestantes.
A desvantagem da utilização da vacinação é que não é possível a
diferenciação entre anticorpos vacinais e aqueles induzidos por
infecção natural.
Em áreas sem vacinação são utilizados os seguintes procedimentos
para controlar os surtos:
- Eliminação de toda a população suína de rebanhos infectados
- Investigação epidemiológica, clínicas e virológicas
- Restrição de movimentação de suínos vivos, da carne suína e de
outros vetores que possam transmitir a doença.
58.
59. Parvovirose Suína
Doença infecciosa do sistema linforreticular de
suínos adultos e generalizada de embriões e fetos. A
infecção ocorre por via nasal ou venérea, a partir de
ambiente contaminado, pelo macho, ou através de
fezes ou secreções vulvares de fêmeas doentes.
Os suínos se contaminam através da ingestão de
restos de placenta no momento do parto.
60. Parvovirose Suína
Virose que somente na espécie suína está relacionada com
transtornos reprodutivos. Quando uma fêmea em gestação é
infectada, o vírus atravessa a placenta e se multiplica
lentamente no útero. Assim sendo, nesta enfermidade é
comum se observar além do abortamento, fetos mumificados
em vários estágios.
Suspeita-se da circulação do vírus em uma criação, quando
além dos sinais clínicos descritos, existe a presença de
animais com diferentes níveis de anticorpos, detectados pelo
diagnóstico laboratorial.
61. Sintomas
A infecção cursa de forma clinicamente
inaparente, não afetando portanto a matriz. Por outro
lado, quando afeta fêmeas na fase inicial da gestação,
ocorre a multiplicação do vírus no tecido embrionário
e fetal, causando sua morte e o desenvolvimento do
principal sinal clínico da parvovirose em suínos, que é
o aumento na taxa de mumificação.
62. Controle
Adequada adaptação das nulíparas (leitoas, marrãs) antes de
introduzir no plantel de reprodução;
O controle da parvovirose suína é feito através da vacinação de
todo o plantel reprodutor antes da cobertura. Existem no
mercado vacinas polivalentes que protegem contra a
parvovirose e outras enfermidades.
Assim, orienta-se a vacinação a fim de que todos os suínos
apresentem níveis de anticorpos elevados e uniforme.
63. Rotavirose suína
É responsável por severas diarréias geralmente, de cor amarelada ou
esverdeada com presença de leite coagulado, principalmente, em
leitões de duas a seis semanas de vida.
Os leitões podem apresentar ainda, vômitos e falta de apetite.
O vírus se transmite aos leitões, principalmente, através das fezes.
Fêmeas adultas podem também ser portadoras eliminando o vírus e
contaminado a leitegada. Lembramos que por se tratar de uma
zoonose e por não existir vacina no mercado, resta como prevenção
medidas de limpeza e higiene.
64. Febre Aftosa
A Febre Aftosa é uma doença aguda e contagiosa que se
caracteriza por um estado febril inicial, seguido por uma
erupção vesicular localizada nas membranas mucosas e na
pele, coroa dos cascos, língua e focinho.
A doença é produzida por um vírus dos menores que se
conhece capaz de atravessar os poros das velas de filtração.
Existem sete vírus e cerca de 82 subtipos conhecidos da
Febre Aftosa que são os: A, O, C, Sat 1, Sat 2, Sat 3 e o
Ásia.
65. Patogenia
A Febre Aftosa dos suínos é uma enfermidade vesicular que
evolui esquematicamente em quatro fases:
- uma fase de incubação
- uma fase febril
- uma fase eruptiva e
- uma fase convalescente.
O vírus penetra por via respiratória ou digestiva e multiplica-
se nas células da faringe. Através da corrente sanguínea atinge
diferentes locais do organismo, provocando a formação de
vesículas (aftas) na mucosa da boca e no focinho (partes sem
pelo), causando lesões no epitélio.
66. Sintomas
O aparecimento súbito de vários suínos mancando
pode ser o primeiro sinal de Febre Aftosa.
Ocorre elevação da temperatura corporal e
aparecimento de aftas esbranquiçadas, que podem
romper-se formando úlceras.
Essas vesículas também podem ser encontradas nas
tetas, entre os cascos, na coroa do casco, fazendo
com que possa ocorrer a perda do mesmo.
67. Controle
A prevenção contra a Febre Aftosa baseia-se em dois pontos:
medidas sanitárias e uso de vacinas.
Medidas Sanitárias
• Estabelecimento de quarentenário nos pontos de entrada do
país e nas granjas;
• Inspecção sanitária dos animais que entram na propriedade;
• Interdição da propriedade com foco da doença até 30 dias
após o aparecimento do último caso;
• Desinfecção de pocilgas, utensílios e viaturas da propriedade
com foco da doença;
• Desinfectantes.
68. Vacinação:
Em zonas livres de Febre Aftosa, a vacina não pode ser utilizada como
auxiliar em programas de erradicação através do abate.
Essas devem ser utilizadas onde a doença é enzoótica e devem ser
polivalentes, contando com serotipos prevalentes na área.
No Brasil, está em uso uma vacina com vírus O,A e C inativos, emulsionada
em adjuvante oleoso, que desenvolve imunidade a partir do sétimo dia após
sua aplicação e a proteção se mantém em bom nível, durante quatro meses.
Leitões destinados ao abate necessitam ser vacinados apenas uma vez, aos
dois meses de idade, enquanto que reprodutores, devem ser revacinados a
cada quatro meses.
A vacinação das fêmeas no final do período de gestação deve ser evitada,
pois se usada, a vacina pode atuar sobre os fetos de tal forma que os leitões
nasçam com sua resistência diminuída.
69. Doença vesícular suína
Etiologia:
O vírus da doença vesicular suína é um membro do
gênero Enterovirus, família Picornaviridae.
O vírus da doença vesicular suína é um vírus RNA de cadeia
simples que é muito resistente ao meio ambiente.
Pode permanecer ativo quando passa por processos de
defumação e curação, e também pode persistir no salame e no
peperoni.
70. Transmissão
contato direto via lesão na pela e na mucosa
Ingestão de produtos de porcos infectados - o vírus é
muito resistente e pode persistir em produtos secos,
defumados ou carnes curadas
contaminação fecal é a maior fonte de disseminação
do vírus (diferente de outras doenças vesiculares
virais)
animais recuperados eliminam o vírus nas fezes por
14 dias a 3 meses.
71. Sinais Clínicos:
Febre e anorexia acompanhadas por vesículas na boca, focinho, faixas
coronárias, espaços interdigitais, e solas das patas, levando à
claudicação e ulcerações.
Algumas cepas podem também causar uma encefalite, resultando em
andar instável, tremores e coréia.
Além disto, animais podem estar sub-clinicamente infectados, sem
apresentarem sinais da doença.
Tratamento e controle:
O abate e o descarte adequado de animais infectados.
Desinfecção das instalações.
72. Raíva em Suínos
Causada por um vírus do gênero Lyssavirus pertencente à família
RhabdoviridaeCausada, um vírus estreitamente neurotóxico, acomete homens e
animais e se caracteriza por sintomas de paralisia e morte.
Transmissão
- Mordida de um animal possua o vírus na saliva.
- Picadura do morcego hematófogo portador do vírus
- Transplacentária
- Aerógena
- Lambedura, se existir uma solução de continuidade na pele
Susceptibilidade
- Todos os animais, sendo que os mais jovens são mais susceptíveis.
73. Fatores que influenciam a susceptibilidade
- Local da mordedura
- Quantidade e profundidade
- Espécie que mordeu
- Idade
78. Doença de Aujesky
Doença infecto-contagiosa causada por um herpes vírus, denominado
Herpesvírus Suídeo 1, também conhecida como pseudo-raiva.
Epidemiologia
Ruminantes, felinos, caninos e roedores são sensíveis, mas a doença raramente
ocorre e, em geral é fatal, com eliminação nula do vírus.
O vírus está presente nas secreções nasais e saliva dos animais doentes a partir
de 7 a 10 dias após a infecção.
Transmissão:
Via contacto direto entre animais, água e alimentos contaminados
A eliminação do vírus principalmente pelo aparelho respiratório, podendo ser
eliminado pelo leite.
81. Controle e Tratamento
Não há tratamento possível;
Os animais infectados devem ser sacrificados e
enterrados ou insinerados.
A vacinação controla a doença clínica,
eliminando os sintomas.
84. Sintomas
Se manifesta sob três formas:
• Subaguda - Em rebanhos previamente não infectados, a sintomatologia
se faz muito evidente, febre alta, dispnéia e morte rápida. Com grande
freqüência, há presença de sangue na boca e no nariz.
• Aguda - O suíno perde o apetite, perde peso, a respiração é
entrecortada por tosses freqüentes, manifesta-se também cianose nas
orelhas. A mortalidade é variável.
• Crônica - Redução do apetite e certa dificuldade de locomoção. Nesta
fase, os animais podem espalhar a doença pela granja, freqüentemente o
animal apresenta pequenas lesões pulmonares.
85. Tratamento e prevenção
O uso de antibióticos para o tratamento é indicado quando aparecem
os primeiros sintomas típicos.
Reduzindo as perdas por morte em infecções crônicas agudas.
A utilização de vacinas que combinem vários sorotipos é o melhor
método para controlar o vírus.
O microorganismo pode sobreviver até sete dias no meio exterior,
portanto a limpeza e desinfecção das instalações são medidas
preventivas extremamente válidas, a cada troca de lote.
92. Prevenção e Tratamento
Não existe tratamento para a brucelose. O controle é feito através de
testes serológicos e eliminação dos positivos. A reposição do plantel
deve ser feita com animais provenientes de granjas livres da doença.
95. Modo de transmissão
- Através de mucosas (ocular, digestiva, respiratória, genital);
- Pele escarificada e;
- Inclusive da pele íntegra, (permanência por tempo prolongado água
contaminada).
A eliminação da leptospira ocorre através da urina, de forma
intermitente, podendo persistir por períodos de tempo de longa
duração, variáveis com as espécies animais e a variante sorológica da
leptospira envolvida.
Nos roedores, a presença de leptospira pode ser registrada
permanentemente na urina. Devido a uretra constituir-se na via
comum para eliminação de urina e sêmen, é possível que este último
também venha a ser contaminado por leptospiras o que torna possível
a transmissão venérea por leptospirose animal, tanto pela monta
natural, como através da inseminação artificial.
100. Prevenção e controle
O controle da leptospirose apoia-se na aplicação integrada de ações nos
diversos elos da cadeia de transmissão:
- Fontes de infecção (diagnóstico/tratamento, combate aos reservatórios
sinantrópicos);
- Vias de transmissão (eliminação do excesso de água livre, higiene das
instalações e equipamentos, higiene da inseminação artificial);
- suscetíveis (imunoprofilaxia).
A recomendação mais aceita tem sido a de vacinações semestrais com dose
de reforço nas primo-vacinações (intervalo de 30 dias).
Em situações de epidemia, pode ser analisada a aplicação simultânea de
antibiótico e a vacinação de todo o plantel.
Em rebanhos que adotam a vacinação com regularidade, recomenda-se que
um monitoramento sorológico seja efetuado após ter transcorrido o prazo
mínimo de 120 dias após a última dose de vacina.
102. Área de necrose caseosa central com
deposição de cálcio.
Tuberculose. Presença de
células gigantes 1b.
103. Salmonelose
A Salmonelose ou paratifo dos leitões causa uma pneumonia
conhecida popularmente por batedeira.
Ocorre entre cinco semanas à quatro meses.
Forma aguda: onde se observa morte súbita ou acompanhada de
enfraquecimento, dificuldade de locomoção e manchas avermelhadas
na pele, principalmente orelha e barriga.
Forma crônica: o que mais chama atenção é a febre, dificuldade de
respiração, falta de apetite e diarréia líquida, esverdeada ou amarelada
ou sanguinolenta e com mau cheiro.
O suíno se infecta através de alimentos contaminados ou pela
introdução no plantel de outro suíno portador, que em situações de
stress, passa a eliminar a bactéria.
106. Controle da Salmonelose
Deve ser feito através de rigorosas medidas tais como:
- Vacinação nas fêmeas no último mês de gestação e, nos leitões, aos
sete dias de vida com revacinação no décimo quinto dia;
- Higiene e desinfecção das instalações;
- separação e tratamento dos animais doentes;
- evitar o excesso de animais numa mesma baia (estresse);
- evitar juntar animais de fora da propriedade com os de dentro sem
antes fazer uma quarentena.
109. Causas
Seu agente etiológico é o Streptococcus suis.
Já foram identificados 35 sorotipos do S. suis, sendo
que o sorotipo 2 é considerado o mais virulento.
Sua incidência é maior em granjas de produção
intensiva, com animais totalmente confinados e alta
densidade.
O stress pode precipitar a infecção causada por S.
suis.
110. Sintomas
Em leitões lactantes os sinais clínicos mais
freqüentes são: apatia, diarréia, febre, cerdas
arrepiadas, às vezes, vômito.
Pode-se observar o aparecimento de artrite, com
articulações inchadas e doloridas, tremores
musculares e hipersensibilidade ao tato. A forma
septicêmica pode ocorrer nesta fase, levando o
animal a morte.
111. Prevenção
Para prevenção, já que não existe vacina
disponível as boas práticas de manejo devem ser
adotadas.
Nesta enfermidade também é importante
conhecer a procedência dos animais que deve
ser de rebanhos livres. Também é aconselhável a
manutenção das fêmeas por um longo período
aumentando assim a imunidade do plantel.
112. Controle
O tratamento mais indicado é a utilização de antibióticos.
As drogas mais recomendadas são as:
- Penicilinas,
- Ampicilina,
- Amoxilina,
- Cefalosporinas,
- Fluorfenicol,
- Quinolonas,
- Sulfa-trimetropim.
Deve-se associar ao antibiótico um analgésico e um
antiinflamatório.
113. Pneumonia Enzoótica
A Pneumonia Enzoótica ou Pneumonia Micoplásmica Suína (MPS) é
doença crônica, muito contagiosa, caracterizada por uma
broncopneumonia catarral.
Se manifesta por tosse seca;
Atraso no ganho de peso;
Alta morbidade;
Baixa mortalidade e geralmente, cursa com complicações
broncopulmonares purulentas.
114. Etiologia
É causada pelo Mycoplasma hypnominiae.
Variáveis ambientais e de manejo favorecem sua ocorrência e
severidade.
Epidemiologia
A transmissão ocorre por contacto directo com as secreções do
aparelho respiratório e através de aerossóis, eliminados durante os
acessos de tosse.
Suínos de todas as idades são susceptíveis à doença, porém os mais
velhos desenvolvem uma certa imunidade. Assim, a forma clínica da
doença é mais comum nos animais em crescimento e terminação, mas
em varas sem imunidade, a doença pode afectar leitões já a partir de
duas semanas de idade, bem como em animais em fase de
reprodução.
115. Sintomas
Suínos de todas as idades podem adoecer, dependendo da
imunidade do rebanho em relação, ao agente, mas nos rebanhos
onde a doença é endémica, os sinais clínicos são vistos,
principalmente, nos animais em crescimento-terminação.
Primeiro sinal é a tosse seca e crônica, facilmente observada
quando os animais são forçados a exercitar-se.
Em alguns casos ocorre corrimento nasal mucoso.
Observa-se animais com pouco desenvolvimento, pêlos arrepiados
e sem brilho.
O quadro clínico geral da vara é influenciado pela presença de
outras infecções respiratórias e pelos fatores de risco existentes no
rebanho.
116. Controle
É praticamente impossível eliminar a infecção por Mycoplasma
hypnominiae de uma vara, mas pode-se conviver com a doença,
reduzindo a sua gravidade a níveis economicamente satisfatórios, pela
aplicação de medidas terapêuticas, imunoprofiláticas e,
principalmente, pela correção dos fatores de risco.
Existem no mercado brasileiro várias marcas de vacinas contra a
Pneumonia Enzoótica Suína.
Pode ser recomendada a vacinação das leitoas com duas doses e das
porcas.
Como a imunidade passiva pode interferir na imunidade dativa,
leitões filhos de mães vacinados devem ser vacinados mais tarde, no
final da fase de creche.
117. Rinite Atrófica dos Suínos
A Rinite Atrófica (RA) é uma doença infecto-contagiosa
do trato respiratório superior, de evolução progressiva e
crônica, caracterizada por atrofia dos cornetos nasais,
desvio do septo nasal e deformidade do focinho.
Tem um grande impacto econômico, devido à redução no
ganho de peso e piora na conversão alimentar.
Trata-se de uma enfermidade insidiosa, que não produz
sinais clínicos evidentes e nem mortalidade.
118. Bactérias Envolvidas
Embora a RA seja considerada uma doença
multifatorial, a Bordetella bronchiseptica, a
Pasteurella multocida tipo D e, mais raramente, a
tipo A, produtoras de toxina dermonecróticas,
são incriminadas como agentes primários.
119. Idade de Infecção
Os leitões podem se infectar em idade precoce
ainda na maternidade ou creche, e as lesões
geralmente são progressivas e com pouca
possibilidade de resolução;
Compromete animais na faixa de três a oito
semanas de idade (SOBESTIANSKY et al., 1999;
MORÉS et al., 2001).
120. Transmissão
A transmissão primária da RA ocorre por contato, de suíno para
suíno ou através de aerossóis, por via aerógena;
Porcas, cronicamente infectadas, transmitem a doença às suas
leitegadas, por contato nasal, durante o período de
amamentação;
Os leitões infectados se constituem em fonte ativa de infecção
para outros suínos susceptíveis e disseminam a infecção nos
reagrupamentos realizados no desmame e no início do
crescimento;
Nas primeiras semanas de vida, desenvolvem lesões severas e
tornam-se disseminadores da infecção;
Outros possíveis transmissores da RA são gatos, ratos e coelhos.
121. Sintomas
A deformação das estruturas nasais modifica o
fluxo de ar inspirado por meio das fossas nasais,
a qual elimina a barreira protetora física e
permite que as partículas suspensas no ar
entrem no aparelho respiratório, causando sérios
problemas (SILVA, 2005; DALLA COSTA et
al., 1999).
122. Diagnóstico
O diagnóstico clínico é realizado mais facilmente
em leitões a partir de cinco semanas de idade.
O definitivo deve ser feito pelo exame das
conchas nasais de leitões, com cinco a dez
semanas de idade, ou de animais enviados aos
frigoríficos.
É aconselhável o exame de, pelo menos, 20
animais, provenientes de várias leitegadas
(BRITO et al., 1993).
123. Profilaxia
Provavelmente a melhor forma de evitar
problemas respiratórios graves é manter o
ambiente onde os suínos são criados o mais livre
possível de estresse imunológico, social e
nutricional, relacionados com as transferências
dos leitões de uma instalação para outra
(desmame – creche – crescimento – terminação),
que propicia o aparecimento dos sintomas
respiratórios (SILVA, 2005).
124. Profilaxia
Como prevenção pode-se utilizar dos
medicamentos nas porcas, por 7 dias antes e 15
após o parto dos leitões, por um período de 35
dias. Já o esquema de vacinação tem dado bons
resultados. Há o programa de vacinas das leitoas
(duas doses: aos 60 e aos 90 dias de gestação) e
porcas (uma dose: uma dose aos 100 dias de
gestação) e dos leitões, aos 7 e 28 dias de idade
(SILVA, 2005).
125. Colibacilose
Doença entérica (colibacilose entérica) e/ou
septicêmica (septicemia colibacilar) causada por
uma enterobactéria, que acomete todas as espécies
de animais, principalmente os mais jovens,
causando elevada morbidade e mortalidade.
Agente etiológico:
Escherichia coli
126. Fatores predisponentes:
Idade dos animais (atinge animais até os quatro dias de vida);
Precário saneamento (das instalações e do meio ambiente);
Manejo intensivo, deficiente recolhimento de dejetos,
manutenção de animais infectados na propriedade
principalmente portadores (adultos);
Introdução de novos animais oriundos de propriedades com
colibacilose endêmica; deficiente esquema de imunização
passiva ou ativa (vacinações)
127. Patogenia
Penetra no organismo do suscetível pela mucosa oral e/ou
nasofaringe, se instala na mucosa intestinal.
São várias as formas de colibacilose, segundo a estirpe de E. coli
envolvida:
* Colibacilose entérica: a E. coli enteropatogênica prolifera
intensamente no intestino, alcançando concentrações da ordem de
dezenas de milhares de vezes superior à dose infectante, e causa
diarréia.
* Colibacilose septicêmica ou Colissepticemia: causada pela E. coli
(O78;K80), que ingressa no organismo do suscetível por via oral e
pela nasofaringe, chegando diretamente ao intestino, atingindo a
circulação sanguínea, distribuindo-se a quase todos os órgãos,
principalmente os rins.
129. Erisipela suína
Também conhecida como ruiva;
É uma enfermidade do tipo hemorrágica, causada pela
bactéria Erysipelothrix rhusiopathiae,um bacilo gram-
positivo, que provoca septicemia aguda ou subaguda e
lesões crônicas proliferativas;
As bactérias resistem várias semanas na água e no solo
em pH alcalino, sobrevivem vários meses em matéria
orgânica em putrefação;
A sobrevivência é mais longa em temperatura ambiente
mais baixa.
130. SINAIS CLÍNICOS
Ocorrem sob as formas: hiperaguda, aguda, subaguda e crônica.
Na forma hiperaguda ocorre morte súbita.
A forma aguda é observada febre elevada (até 42ºC), prostração,
anorexia, conjuntivite e andar cambaleante.(Podem ocorrer mortes).
Na forma subaguda ocorrem poucas lesões na pele, febre
moderada e passageira, o apetite é normal. Alguns casos
subagudos podem não ser percebidos, como ocorre em plantéis
com imunidade vacinal.
A forma crônica caracteriza-se pela ocorrência de artrites e
insuficiência cardíaca. Suínos apresentam engrossamento das
articulações dos membros locomotores, em alguns casos já a partir
da terceira semana após a infecção e sentem dor ao
movimentarem-se.
131.
132. Contágio
A penetração do agente ocorre pela ingestão de alimentos ou água
contaminados, bem como através de ferimentos na pele.
Em suínos, a doença é caracterizada por lesões cutâneas
freqüentemente no formato de diamante, septicemia, artrite crônica e
claudicação, cardíacas, pode ocorrer aborto e lesões de células
espermiogênicas.
É caracterizada como uma doença ocupacional, infectando pessoas
que trabalham com manipulação ou processamento de carne,
agricultores, veterinários, trabalhadores de curtumes e laboratoristas
(ACHA & SZYFRES, 1986).
A infecção ocorre através de ferimentos na pele, sendo muito
resistente a outras vias de penetração (STRAW et al., 1999).
133. Controle
Em casos de granjas onde a ocorrência de erisipela persiste deve
ser usado o esquema de vacinação de leitões de seis a 10
semanas de idade e revacinação um mês após.
Leitoas e porcas devem ser vacinadas antes da cobertura.
O controle através do uso de vacina tem sido eficiente contra a
ocorrência de surtos de erisipela na forma aguda.
São recomendados desinfetantes fenólicos ou cresóis, por
apresentarem boa ação residual e atividade em presença de
matéria orgânica.
Fatores estressantes, como mudanças na alimentação,
temperatura ambiente, superlotação e transporte, podem
predispor à erisipela suína.
134. Programa Nacional de sanidade
dos Suídeos
ATRIBUIÇÕES
Controlar e avaliar a execução do programa quanto à
vigilância, profilaxia, controle e erradicação das
principais doenças que afetam o plantel nacional de
suídeos;
Fiscalizar e realizar supervisões técnicas nos
estabelecimentos de produção e reprodução de suínos
para credenciar e certificá-los como livres da doença, e
nos serviços oficiais de defesa sanitária animal dos
estados;
135. ATRIBUIÇÕES
Propor e acompanhar estudos epidemiológicos
com vistas à criação e manutenção de zonas
livres;
Monitoramento das atividades nas barreiras
sanitárias e no controle de portos e aeroportos.
137. DOENÇAS EXÓTICAS
Peste suína africana
Encefalite por vírus de Nipah
Síndrome reprodutiva e respiratória suína
Doença vesicular dos suínos
Gastroenterite transmissível
Encefalite japonesa
Triquinelose
138. VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Controle de importações de animais vivos, seus
produtos, subprodutos e produtos biológicos e
patológicos possíveis veiculadores dos agentes.
Mantém e amplia as zonas livres de doenças, certifica
e monitora GRSC
2 exames negativos PSC, DA, brucelose, leptospirose
e sarna.
Intervalo de 2 a 3 meses.