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BARÔMETROS

Na atmosfera há bilhões e bilhões de moléculas e de átomos que se deslocam a grande
velocidade e colidem entre si, com a superfície do globo, com os seres humanos e com
qualquer objeto que surja no seu caminho. Todos estamos sujeitos à pressão exercida pelo
peso dos gases que compõem a atmosfera. O instrumento utilizado para medir a pressão
atmosférica exercida por esses gases é conhecido por barômetro. A palavra barômetro deriva
de duas palavras gregas, "baros" (peso) e "metron" (medida).




Tipos de barômetros

           Há dois tipos de barômetros de uso corrente: os barômetros de mercúrio e os
barômetros aneróides.




Barômetro Aneróide

          A palavra aneróide deriva do grego "a neros" (não líquido) e do sufixo "oid"
(semelhante). O barómetro aneróide, portanto, não contém qualquer líquido, ao contrário do
barômetro de mercúrio, que utiliza um líquido: o mercúrio.

           O barômetro aneróide é constituído por uma cápsula estanque de metal flexível,
conforme figura I. No seu interior foi provocado o vácuo total ou parcial e a distância entre
os centros das paredes opostas altera-se com a pressão atmosférica. Por exemplo, quando a
pressão atmosférica aumenta obriga as paredes opostas a se aproximarem. Um sistema de
molas fortes evita que a caixa fique danificada devido à pressão atmosférica exterior.
Qualquer que seja o valor da pressão, haverá uma posição de equilíbrio em que a força
exercida pela mola contrabalança a da pressão exterior.
Figura I (barômetro aneróide)




            Uma das paredes da cápsula é fixa, enquanto que a outra está ligada a um ponteiro
que se desloca diante de um mostrador em que estão marcados valores de pressão. Esta
ligação amplifica o movimento do ponteiro.

            Um barômetro aneróide deve ser calibrado tendo como referência um barômetro de
mercúrio. No entanto, tem uma grande vantagem sobre o barômetro de mercúrio, pelo fato de
ser compacto e portátil.

            As causas de erro dos barômetros aneróides são devidas à compensação
incompleta da temperatura. Com o aumento da temperatura pode dar-se um enfraquecimento
da mola, que terá como resultado o fato de o instrumento indicar uma pressão demasiada
elevada.

           Verificam-se também erros de elasticidade. Quando um barômetro aneróide é
submetido a uma intensa e rápida variação da pressão, o instrumento não indica
imediatamente a pressão real. Este atraso é conhecido por histerese e pode decorrer um
período considerável antes que esta diferença seja desprezível.

           Também se produzem lentas alterações do metal da caixa do barômetro aneróide.
Estas alterações são conhecidas por alterações seculares e só podem ser notadas através de
comparações periódicas com um barômetro padrão.
Barômetro de mercúrio




              É conhecido com barômetro de Torricelli e consiste de um tubo de vidro de 80
cm, conforme figura II. Este tubo, completamente cheio de mercúrio, é emborcado numa tina,
também contendo mercúrio. Parte do mercúrio passa do tubo para a tina, deixando uma
câmara de vácuo na parte superior.

            Na pressão atmosférica média, ao nível do mar, a coluna de mercúrio neste tubo
de vidro fica a 76cm acima do nível do mercúrio da tina. Quando a pressão atmosférica
aumenta, mais mercúrio do recipiente penetra no tubo, ou seja, o nível de mercúrio no tubo
aumenta três quartos popularmente se diz que o barômetro sobe. Se a pressão diminui, uma
certa quantidade do mercúrio volta ao recipiente, ou seja, o nível de mercúrio no tubo diminui
três quartos o barômetro desce.

         A altura da coluna de mercúrio (ou seja, a pressão atmosférica do momento) neste
tubo de vidro é legível numa escala graduada em milímetros




                               Figura II (barômetro de mercúrio)
Barógrafo

          Um barógrafo é um barômetro registador, que dá um registro contínuo de
medições de pressão durante um certo período, utilizando geralmente um dispositivo
aneróide. É constituído por uma pilha de cápsulas aneróides fixas umas às outras, de modo a
provocar um movimento vigoroso do ponteiro, conforme figura III.

            A expansão ou contração das cápsulas é amplificada por um sistema de alavancas
apropriado e este movimento é transmitido ao ponteiro, que descreve um arco sobre um
gráfico enrolado em volta de um tambor cilíndrico. O tambor roda à razão de uma volta por
dia ou por semana, por meio de um mecanismo de relógio, conseguindo-se assim um registro
contínuo da pressão atmosférica numa estação meteorológica.




                                  Figura III (barógrafo)
Este simples instrumento, o barômetro, nos previne de qualquer mudança de
pressão. De fato, o peso do ar não é constante. Se, por exemplo, subirmos uma montanha, a
coluna de ar que está sobre nós diminui, e, então, seu peso, é menor; o mercúrio contido no
tubo do barômetro então baixará, até que seu peso seja igual ao diminuto peso do ar.

           O peso do ar varia também em relação à umidade, às correntes de ar, a cada
mudança verificada na atmosfera. Por esta razão, do abaixamento e do levantamento do
mercúrio do barômetro, podemos prever as mudanças do tempo.

         Hoje, são construídos barômetros bem mais práticos do que aquele de Torricelli,
mas o simplicíssimo instrumento do cientista de Faenza é, ainda, usado profusamene, e é o
mais preciso.

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Barômetros

  • 1. BARÔMETROS Na atmosfera há bilhões e bilhões de moléculas e de átomos que se deslocam a grande velocidade e colidem entre si, com a superfície do globo, com os seres humanos e com qualquer objeto que surja no seu caminho. Todos estamos sujeitos à pressão exercida pelo peso dos gases que compõem a atmosfera. O instrumento utilizado para medir a pressão atmosférica exercida por esses gases é conhecido por barômetro. A palavra barômetro deriva de duas palavras gregas, "baros" (peso) e "metron" (medida). Tipos de barômetros Há dois tipos de barômetros de uso corrente: os barômetros de mercúrio e os barômetros aneróides. Barômetro Aneróide A palavra aneróide deriva do grego "a neros" (não líquido) e do sufixo "oid" (semelhante). O barómetro aneróide, portanto, não contém qualquer líquido, ao contrário do barômetro de mercúrio, que utiliza um líquido: o mercúrio. O barômetro aneróide é constituído por uma cápsula estanque de metal flexível, conforme figura I. No seu interior foi provocado o vácuo total ou parcial e a distância entre os centros das paredes opostas altera-se com a pressão atmosférica. Por exemplo, quando a pressão atmosférica aumenta obriga as paredes opostas a se aproximarem. Um sistema de molas fortes evita que a caixa fique danificada devido à pressão atmosférica exterior. Qualquer que seja o valor da pressão, haverá uma posição de equilíbrio em que a força exercida pela mola contrabalança a da pressão exterior.
  • 2. Figura I (barômetro aneróide) Uma das paredes da cápsula é fixa, enquanto que a outra está ligada a um ponteiro que se desloca diante de um mostrador em que estão marcados valores de pressão. Esta ligação amplifica o movimento do ponteiro. Um barômetro aneróide deve ser calibrado tendo como referência um barômetro de mercúrio. No entanto, tem uma grande vantagem sobre o barômetro de mercúrio, pelo fato de ser compacto e portátil. As causas de erro dos barômetros aneróides são devidas à compensação incompleta da temperatura. Com o aumento da temperatura pode dar-se um enfraquecimento da mola, que terá como resultado o fato de o instrumento indicar uma pressão demasiada elevada. Verificam-se também erros de elasticidade. Quando um barômetro aneróide é submetido a uma intensa e rápida variação da pressão, o instrumento não indica imediatamente a pressão real. Este atraso é conhecido por histerese e pode decorrer um período considerável antes que esta diferença seja desprezível. Também se produzem lentas alterações do metal da caixa do barômetro aneróide. Estas alterações são conhecidas por alterações seculares e só podem ser notadas através de comparações periódicas com um barômetro padrão.
  • 3. Barômetro de mercúrio É conhecido com barômetro de Torricelli e consiste de um tubo de vidro de 80 cm, conforme figura II. Este tubo, completamente cheio de mercúrio, é emborcado numa tina, também contendo mercúrio. Parte do mercúrio passa do tubo para a tina, deixando uma câmara de vácuo na parte superior. Na pressão atmosférica média, ao nível do mar, a coluna de mercúrio neste tubo de vidro fica a 76cm acima do nível do mercúrio da tina. Quando a pressão atmosférica aumenta, mais mercúrio do recipiente penetra no tubo, ou seja, o nível de mercúrio no tubo aumenta três quartos popularmente se diz que o barômetro sobe. Se a pressão diminui, uma certa quantidade do mercúrio volta ao recipiente, ou seja, o nível de mercúrio no tubo diminui três quartos o barômetro desce. A altura da coluna de mercúrio (ou seja, a pressão atmosférica do momento) neste tubo de vidro é legível numa escala graduada em milímetros Figura II (barômetro de mercúrio)
  • 4. Barógrafo Um barógrafo é um barômetro registador, que dá um registro contínuo de medições de pressão durante um certo período, utilizando geralmente um dispositivo aneróide. É constituído por uma pilha de cápsulas aneróides fixas umas às outras, de modo a provocar um movimento vigoroso do ponteiro, conforme figura III. A expansão ou contração das cápsulas é amplificada por um sistema de alavancas apropriado e este movimento é transmitido ao ponteiro, que descreve um arco sobre um gráfico enrolado em volta de um tambor cilíndrico. O tambor roda à razão de uma volta por dia ou por semana, por meio de um mecanismo de relógio, conseguindo-se assim um registro contínuo da pressão atmosférica numa estação meteorológica. Figura III (barógrafo)
  • 5. Este simples instrumento, o barômetro, nos previne de qualquer mudança de pressão. De fato, o peso do ar não é constante. Se, por exemplo, subirmos uma montanha, a coluna de ar que está sobre nós diminui, e, então, seu peso, é menor; o mercúrio contido no tubo do barômetro então baixará, até que seu peso seja igual ao diminuto peso do ar. O peso do ar varia também em relação à umidade, às correntes de ar, a cada mudança verificada na atmosfera. Por esta razão, do abaixamento e do levantamento do mercúrio do barômetro, podemos prever as mudanças do tempo. Hoje, são construídos barômetros bem mais práticos do que aquele de Torricelli, mas o simplicíssimo instrumento do cientista de Faenza é, ainda, usado profusamene, e é o mais preciso.