SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
Oito Categorias para
Produção de Conteúdo
Audiovisual em Televisão
Digital e Multiplataformas
Alan César Belo Angeluci e Cosette
Castro.
O presente artigo propõe oito categorias de
análise para produções digitais do audiovisual
para televisão digital e multiplataformas.
• São aspectos significativos que alteram a maneira
das produções analógicas que passam para o
modelo de produção digital interativa. Além da
digitalização dos equipamentos, existe uma
alteração nos conceitos e práticas de produção
audiovisuais, não-linear, interativa e voltada para
múltiplas plataformas.
Brasil, vanguarda da implementação das
novas tecnologias de radiodifusão na
América Latina.
• Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre
(SBTVD-T):
• Interatividade + projetos transdisciplinares + diálogo
entre áreas = inovação na produção de conteúdo
PRODUÇÃO DE CONTEÚDO AUDIOVISUAL
DIGITAL: A EXPERIÊNCIA DO “ROTEIRO DO DIA”
• É um dos projetos desenvolvidos pelas
universidades brasileiras para a inovação da
produção digital.
• É a construção de um piloto de programa
audiovisual interativo utilizando a Nested Context
Language (NCL) a linguagem padrão do
middleware Ginga.
Middleware Ginga é o oque gerenciará as funções de interatividade na
televisão digital do Brasil e em quase toda a América Latina.
Middleware é um programa de computador que faz a mediação entre
software e demais aplicações. o Ginga é o responsável por dar suporte
à interatividade. Recomendação ITU-T para serviços IPTV e do Sistema
Nipo-Brasileiro de TV Digital Terrestre (ISDB-T).
As etapas de uma produção audiovisual são
descritas por RODRIGUES (2002):
• - Fase conceitual:
• 1 – Roteiro
• 2 – Projeto
• 3 – Captação
• - Fase operacional:
• 4 – Preparação
• 5 – Pré-produção
• 6 – Filmagem
• 7 – Finalização
A não-linearidade nas narrativas
audiovisuais
• Conteúdos audiovisuais que rompem com a
tradicional roteirização linear
(início, desenvolvimento, clímax e desfecho).
• Cria “módulos audiovisuais” (que tem sentido
sozinhos e/ou relacionados a outros módulos).
• O processo de digitalização transferiu a função
criadora da montagem, que era restrita ao criador
da obra para a audiência, em diversos níveis e a
partir de recursos tecnológicos.
fatores que criam a expressividade da
imagem. Esses fatores são, em uma ordem
que vai do estático ao dinâmico:
• 1) os enquadramentos;
• 2) os diversos tipos de planos;
• 3) os ângulos de filmagem;
• 4) os movimentos de câmera.
A linguagem NCL atua como uma linguagem de objetos
de mídia de vários tipos
(áudio, vídeo, imagens, texto, etc.), relacionando-os no
tempo e no espaço, criando uma apresentação
hipermídia.
Permite que a audiência altere o fluxo de conteúdo que está
sendo assistido, em determinados momentos.
• A Figura apresenta o programa “Roteiros do Dia” em execução. Em (a)
a tela de abertura onde o telespectador deve escolher se deseja
interagir ou não. Em (b) a vinheta do programa que ocorre logo após
a tela inicial. Em (c) a apresentadora chama o telespectador para
escolher o próximo passeio e as possibilidades de interação são
mostradas na tela, enquanto a apresentadora explica como interagir.
Em (d) outra possibilidade de escolha do próximo passeio.
OITO CATEGORIAS DE ANÁLISE
• 1) Interatividade – Possibilidade de interatividade local,
o evento interativo uma alternativa a audiência, e não
uma imposição;
• 2) Multiplataformas – A presença dos conteúdos em
variadas plataformas (como celular ou no computador
mediado pela internet), chamando a atenção para um
novo desafio aos produtores de conteúdo: adaptar o
• conteúdo às plataformas;
• 3) Não-linearidade – A possibilidade de organizar
conteúdos de áudio, vídeo e dados a partir das
linguagens de programação do middleware
• Ginga permite a criação de variadas histórias. É
importante se atentar para a relação de sincronismo,
caso contrário corre o risco de falhas de continuidade
narrativa.
• 4) Convergência entre mídias – As audiências cada vez mais acessando
conteúdos pela internet, pelo celular, por dispositivos móveis. É preciso
traçar estratégias de como um conteúdo pode ser apresentado, de
diferentes formas, nas diversas mídias.
• 5) Didática Televisiva – Diante das novidades, os produtores vão precisar
informar da forma mais clara possível, sobre as possibilidades interativas
que a audiência vai ter diante de cada conteúdo.
• 6) Estética Televisiva - Ângulos, enquadramentos e planos das imagens,
é fundamental um planejamento estético da relação entre os objetos de
mídia, de forma que a tela não fique poluída e que haja nitidez das
apresentações.
• 7) Mobilidade - A adaptação dos conteúdos de TV também ocorre nos
trens, ônibus e metrôs: mostram uma característica da TV Digital aberta
brasileira: a mobilidade. É rompida a relação espaço-tempo – passa a
acessar um conteúdo a partir de dispositivos móveis, e em vários lugares.
• 8) Transdisciplinaridade da produção - O produtor de conteúdo digital
interativo deve entender as funcionalidades do middleware Ginga, de
suas linguagens como a NCL e as possibilidades de
• interatividade. A chegada do programador, profissional da área de
informática, deve trabalhar em conjunto com o editor de imagens, no
processo de finalização. Uma terceira figura fundamental, o “designer de
interface.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Gestão de Serviços Elaborando o mix de comunicações para serviços
Gestão de Serviços Elaborando o mix de comunicações para serviçosGestão de Serviços Elaborando o mix de comunicações para serviços
Gestão de Serviços Elaborando o mix de comunicações para serviços
Professor Sérgio Duarte
 
Transmedia storytelling
Transmedia storytellingTransmedia storytelling
Transmedia storytelling
Robin Low
 
Movie distribution
Movie distributionMovie distribution
Movie distribution
raktim_hatai
 

Mais procurados (20)

Television industry in india - Hindi General Entertainment Channel
Television industry in india  - Hindi General Entertainment Channel Television industry in india  - Hindi General Entertainment Channel
Television industry in india - Hindi General Entertainment Channel
 
Aula4 cultura da convergência
Aula4 cultura da convergênciaAula4 cultura da convergência
Aula4 cultura da convergência
 
Curso video
Curso videoCurso video
Curso video
 
Planejamento mídia
Planejamento mídiaPlanejamento mídia
Planejamento mídia
 
Ott video services
Ott video servicesOtt video services
Ott video services
 
Netflix
Netflix Netflix
Netflix
 
History of television
History of televisionHistory of television
History of television
 
IPTV Basics
IPTV BasicsIPTV Basics
IPTV Basics
 
Fontes audiovisuais
Fontes audiovisuaisFontes audiovisuais
Fontes audiovisuais
 
Iptv
IptvIptv
Iptv
 
Gestão de Serviços Elaborando o mix de comunicações para serviços
Gestão de Serviços Elaborando o mix de comunicações para serviçosGestão de Serviços Elaborando o mix de comunicações para serviços
Gestão de Serviços Elaborando o mix de comunicações para serviços
 
História da televisão, para apresentação
História da televisão, para apresentaçãoHistória da televisão, para apresentação
História da televisão, para apresentação
 
História da TV no Brasil
História da TV no BrasilHistória da TV no Brasil
História da TV no Brasil
 
Latest Technologies in Production & Broadcasting
Latest  Technologies in Production & BroadcastingLatest  Technologies in Production & Broadcasting
Latest Technologies in Production & Broadcasting
 
Transmedia storytelling
Transmedia storytellingTransmedia storytelling
Transmedia storytelling
 
Evolution of the television
Evolution of the televisionEvolution of the television
Evolution of the television
 
EVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS AUDIOVISUAIS
EVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS AUDIOVISUAISEVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS AUDIOVISUAIS
EVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS AUDIOVISUAIS
 
Pré produção audiovisual
Pré produção audiovisualPré produção audiovisual
Pré produção audiovisual
 
Movie distribution
Movie distributionMovie distribution
Movie distribution
 
Iptv
IptvIptv
Iptv
 

Destaque

Oito categorias para produção de conteúdo audiovisual em
Oito categorias para produção de conteúdo audiovisual emOito categorias para produção de conteúdo audiovisual em
Oito categorias para produção de conteúdo audiovisual em
Isabella Marimon
 
Notícia add - celina medeiros
Notícia   add - celina medeirosNotícia   add - celina medeiros
Notícia add - celina medeiros
Celina Medeiros
 

Destaque (11)

PRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Etapas da Produção pdf
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Etapas da Produção pdfPRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Etapas da Produção pdf
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Etapas da Produção pdf
 
Oito categorias para produção de conteúdo audiovisual em
Oito categorias para produção de conteúdo audiovisual emOito categorias para produção de conteúdo audiovisual em
Oito categorias para produção de conteúdo audiovisual em
 
Notícia add - celina medeiros
Notícia   add - celina medeirosNotícia   add - celina medeiros
Notícia add - celina medeiros
 
Rtvc trabalho 1 nb
Rtvc trabalho 1 nbRtvc trabalho 1 nb
Rtvc trabalho 1 nb
 
Avanca 2011 (Versão em Português)
Avanca 2011 (Versão em Português)Avanca 2011 (Versão em Português)
Avanca 2011 (Versão em Português)
 
Pesquisa Jornalística
Pesquisa JornalísticaPesquisa Jornalística
Pesquisa Jornalística
 
Oficina colaborativa: Crie seu roteiro
Oficina colaborativa: Crie seu roteiroOficina colaborativa: Crie seu roteiro
Oficina colaborativa: Crie seu roteiro
 
Produtor de rtvc
Produtor de rtvcProdutor de rtvc
Produtor de rtvc
 
Direção e produção para televisão e vídeo.
Direção e produção para televisão e vídeo.Direção e produção para televisão e vídeo.
Direção e produção para televisão e vídeo.
 
Produção audiovisual para mídias digitais
Produção audiovisual para mídias digitaisProdução audiovisual para mídias digitais
Produção audiovisual para mídias digitais
 
Tema 1 Tecno Audiovisual
Tema 1 Tecno AudiovisualTema 1 Tecno Audiovisual
Tema 1 Tecno Audiovisual
 

Semelhante a Oito categorias para produção de conteúdo audiovisual em

Resumo 8 categorias Angeluci
Resumo 8 categorias AngeluciResumo 8 categorias Angeluci
Resumo 8 categorias Angeluci
Isabella Marimon
 
TV digital e interatividade
TV digital e interatividadeTV digital e interatividade
TV digital e interatividade
labmidiaufmg
 
Novos formatos para redes móveis e mídias digitais
Novos formatos para redes móveis e mídias digitaisNovos formatos para redes móveis e mídias digitais
Novos formatos para redes móveis e mídias digitais
labmidiaufmg
 
Atividade 9 grupo 5 (tv e video)
Atividade 9   grupo 5 (tv e video)Atividade 9   grupo 5 (tv e video)
Atividade 9 grupo 5 (tv e video)
Carlos Alberto Rosa
 
Tv interativa se faz com Ginga
Tv interativa se faz com GingaTv interativa se faz com Ginga
Tv interativa se faz com Ginga
labmidiaufmg
 
Apresentação oswaldo
Apresentação oswaldoApresentação oswaldo
Apresentação oswaldo
labmidiaufmg
 
Tv interativa se faz com Ginga
Tv interativa se faz com GingaTv interativa se faz com Ginga
Tv interativa se faz com Ginga
labmidiaufmg
 
Pesquisa cross media
Pesquisa   cross mediaPesquisa   cross media
Pesquisa cross media
ritaalves1123
 
Tv interativa se faz com Ginga
Tv interativa se faz com GingaTv interativa se faz com Ginga
Tv interativa se faz com Ginga
labmidiaufmg
 
InfoPI2013 - Minicurso - Desenvolvimento de Aplicações Interativas para TV Di...
InfoPI2013 - Minicurso - Desenvolvimento de Aplicações Interativas para TV Di...InfoPI2013 - Minicurso - Desenvolvimento de Aplicações Interativas para TV Di...
InfoPI2013 - Minicurso - Desenvolvimento de Aplicações Interativas para TV Di...
Carlos Carvalho
 

Semelhante a Oito categorias para produção de conteúdo audiovisual em (20)

Resumo 8 categorias Angeluci
Resumo 8 categorias AngeluciResumo 8 categorias Angeluci
Resumo 8 categorias Angeluci
 
Resumo
ResumoResumo
Resumo
 
TV digital e interatividade
TV digital e interatividadeTV digital e interatividade
TV digital e interatividade
 
Introdução à TV digital interativa
Introdução à TV digital interativaIntrodução à TV digital interativa
Introdução à TV digital interativa
 
Novos formatos para redes móveis e mídias digitais
Novos formatos para redes móveis e mídias digitaisNovos formatos para redes móveis e mídias digitais
Novos formatos para redes móveis e mídias digitais
 
Interop
InteropInterop
Interop
 
Design de Interação e Televisão Digital
Design de Interação e Televisão DigitalDesign de Interação e Televisão Digital
Design de Interação e Televisão Digital
 
Televisão Digital Interativa: contextos e perspectivas em design
Televisão Digital Interativa: contextos e perspectivas em designTelevisão Digital Interativa: contextos e perspectivas em design
Televisão Digital Interativa: contextos e perspectivas em design
 
I Semada de educação e artes digitais
I Semada de educação e artes digitaisI Semada de educação e artes digitais
I Semada de educação e artes digitais
 
O que é ncl
O que é nclO que é ncl
O que é ncl
 
Atividade 9 grupo 5 (tv e video)
Atividade 9   grupo 5 (tv e video)Atividade 9   grupo 5 (tv e video)
Atividade 9 grupo 5 (tv e video)
 
Organizações Virtuais - 2º sem. 2012
Organizações Virtuais - 2º sem. 2012Organizações Virtuais - 2º sem. 2012
Organizações Virtuais - 2º sem. 2012
 
Organizações Virtuais
Organizações Virtuais Organizações Virtuais
Organizações Virtuais
 
Tv interativa se faz com Ginga
Tv interativa se faz com GingaTv interativa se faz com Ginga
Tv interativa se faz com Ginga
 
Apresentação oswaldo
Apresentação oswaldoApresentação oswaldo
Apresentação oswaldo
 
Tv interativa se faz com Ginga
Tv interativa se faz com GingaTv interativa se faz com Ginga
Tv interativa se faz com Ginga
 
Pesquisa cross media
Pesquisa   cross mediaPesquisa   cross media
Pesquisa cross media
 
Tv interativa se faz com Ginga
Tv interativa se faz com GingaTv interativa se faz com Ginga
Tv interativa se faz com Ginga
 
Produção e distribuição de conteúdos digitais
Produção e distribuição de conteúdos digitaisProdução e distribuição de conteúdos digitais
Produção e distribuição de conteúdos digitais
 
InfoPI2013 - Minicurso - Desenvolvimento de Aplicações Interativas para TV Di...
InfoPI2013 - Minicurso - Desenvolvimento de Aplicações Interativas para TV Di...InfoPI2013 - Minicurso - Desenvolvimento de Aplicações Interativas para TV Di...
InfoPI2013 - Minicurso - Desenvolvimento de Aplicações Interativas para TV Di...
 

Oito categorias para produção de conteúdo audiovisual em

  • 1. Oito Categorias para Produção de Conteúdo Audiovisual em Televisão Digital e Multiplataformas Alan César Belo Angeluci e Cosette Castro.
  • 2. O presente artigo propõe oito categorias de análise para produções digitais do audiovisual para televisão digital e multiplataformas. • São aspectos significativos que alteram a maneira das produções analógicas que passam para o modelo de produção digital interativa. Além da digitalização dos equipamentos, existe uma alteração nos conceitos e práticas de produção audiovisuais, não-linear, interativa e voltada para múltiplas plataformas.
  • 3. Brasil, vanguarda da implementação das novas tecnologias de radiodifusão na América Latina. • Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-T): • Interatividade + projetos transdisciplinares + diálogo entre áreas = inovação na produção de conteúdo
  • 4. PRODUÇÃO DE CONTEÚDO AUDIOVISUAL DIGITAL: A EXPERIÊNCIA DO “ROTEIRO DO DIA” • É um dos projetos desenvolvidos pelas universidades brasileiras para a inovação da produção digital. • É a construção de um piloto de programa audiovisual interativo utilizando a Nested Context Language (NCL) a linguagem padrão do middleware Ginga. Middleware Ginga é o oque gerenciará as funções de interatividade na televisão digital do Brasil e em quase toda a América Latina. Middleware é um programa de computador que faz a mediação entre software e demais aplicações. o Ginga é o responsável por dar suporte à interatividade. Recomendação ITU-T para serviços IPTV e do Sistema Nipo-Brasileiro de TV Digital Terrestre (ISDB-T).
  • 5. As etapas de uma produção audiovisual são descritas por RODRIGUES (2002): • - Fase conceitual: • 1 – Roteiro • 2 – Projeto • 3 – Captação • - Fase operacional: • 4 – Preparação • 5 – Pré-produção • 6 – Filmagem • 7 – Finalização
  • 6. A não-linearidade nas narrativas audiovisuais • Conteúdos audiovisuais que rompem com a tradicional roteirização linear (início, desenvolvimento, clímax e desfecho). • Cria “módulos audiovisuais” (que tem sentido sozinhos e/ou relacionados a outros módulos). • O processo de digitalização transferiu a função criadora da montagem, que era restrita ao criador da obra para a audiência, em diversos níveis e a partir de recursos tecnológicos.
  • 7. fatores que criam a expressividade da imagem. Esses fatores são, em uma ordem que vai do estático ao dinâmico: • 1) os enquadramentos; • 2) os diversos tipos de planos; • 3) os ângulos de filmagem; • 4) os movimentos de câmera. A linguagem NCL atua como uma linguagem de objetos de mídia de vários tipos (áudio, vídeo, imagens, texto, etc.), relacionando-os no tempo e no espaço, criando uma apresentação hipermídia.
  • 8. Permite que a audiência altere o fluxo de conteúdo que está sendo assistido, em determinados momentos. • A Figura apresenta o programa “Roteiros do Dia” em execução. Em (a) a tela de abertura onde o telespectador deve escolher se deseja interagir ou não. Em (b) a vinheta do programa que ocorre logo após a tela inicial. Em (c) a apresentadora chama o telespectador para escolher o próximo passeio e as possibilidades de interação são mostradas na tela, enquanto a apresentadora explica como interagir. Em (d) outra possibilidade de escolha do próximo passeio.
  • 9. OITO CATEGORIAS DE ANÁLISE • 1) Interatividade – Possibilidade de interatividade local, o evento interativo uma alternativa a audiência, e não uma imposição; • 2) Multiplataformas – A presença dos conteúdos em variadas plataformas (como celular ou no computador mediado pela internet), chamando a atenção para um novo desafio aos produtores de conteúdo: adaptar o • conteúdo às plataformas; • 3) Não-linearidade – A possibilidade de organizar conteúdos de áudio, vídeo e dados a partir das linguagens de programação do middleware • Ginga permite a criação de variadas histórias. É importante se atentar para a relação de sincronismo, caso contrário corre o risco de falhas de continuidade narrativa.
  • 10. • 4) Convergência entre mídias – As audiências cada vez mais acessando conteúdos pela internet, pelo celular, por dispositivos móveis. É preciso traçar estratégias de como um conteúdo pode ser apresentado, de diferentes formas, nas diversas mídias. • 5) Didática Televisiva – Diante das novidades, os produtores vão precisar informar da forma mais clara possível, sobre as possibilidades interativas que a audiência vai ter diante de cada conteúdo. • 6) Estética Televisiva - Ângulos, enquadramentos e planos das imagens, é fundamental um planejamento estético da relação entre os objetos de mídia, de forma que a tela não fique poluída e que haja nitidez das apresentações. • 7) Mobilidade - A adaptação dos conteúdos de TV também ocorre nos trens, ônibus e metrôs: mostram uma característica da TV Digital aberta brasileira: a mobilidade. É rompida a relação espaço-tempo – passa a acessar um conteúdo a partir de dispositivos móveis, e em vários lugares. • 8) Transdisciplinaridade da produção - O produtor de conteúdo digital interativo deve entender as funcionalidades do middleware Ginga, de suas linguagens como a NCL e as possibilidades de • interatividade. A chegada do programador, profissional da área de informática, deve trabalhar em conjunto com o editor de imagens, no processo de finalização. Uma terceira figura fundamental, o “designer de interface.