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SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2011 2ª Edição São Paulo
AGNU discute
Declaração do Brasil defende o comércio
Milênio
A Assembléia Geral das Na-
de etanol
ções Unidas (AGNU) se reuniu Barreiras tarifárias, sociais e ambientais prejudicam a entrada do
nesta quinta-feira, 01, para ana- biocombustível nos Estados Unidos e na União Europeia
lisar a Declaração do Milênio. THAMIRES OLIVEIRA/ FOLHAPRESS
O documento apresenta oito
metas a serem cumpridas pelos
países signatários para o desen-
volvimento do planeta. PÁG. 3
Consilium
debate crise
O Conselho da União Euro-
peia (Consilium) se reuniu na
quinta-feira, 01, para tratar da
crise econômica na qual o con-
tinente se encontra. PÁG. 3
OPINIÃO
Organização
e serenidade
O Tribunal Arbitral da
OBSTÁCULOS. Sobretaxas impedem a popularização do etanol nos EUA e na UE
Organização Mundial do
Comércio apresenta em O tribunal arbitral da Orga- abrem mão das taxas aplicadas de concorrência entre produtos
sua estrutura duas par- nização Mundial do Comércio ao combustível, justificando
tes: a reclamante, Brasil e da indústria local e produtos de
(OMC) se reuniu quinta feira, sua posição pela necessidade de
Venezuela, e a reclamada, exportação tiveram como jus-
01, para discutir as barreiras proteger o mercado interno.
Estados Unidos e União impostas ao etanol brasileiro. As barreiras tarifárias infla- tificativa o protecionismo ao
Européia. PÁG. 2 PÁG. 3
Os EUA e a União Europeia não maram as discussões. Os fatores mercado interno.
Paciência e
decoro
Órgãos internacionais Fundo de combate ao narcotráfico
têm o difícil papel de con-
ciliar as mais diversas opi- Uma onda de ataques a sites oficiais do governo e estatais ressuscitou
niões e culturas visando o uma proposta que prevê a punição para crimes digitais PÁG. 2
bem-estar da população
mundial. É, portanto, um
trabalho árduo de paci-
ência, oratória e discus-
são. Visões de mundo tão
distintas podem provocar
Índia mantém tropas na Caxemira
atritos entre os excelentís- A delegação indiana recusou retirar suas tropas da região em conflito.
simos delegados. PÁG. 2 O motivo seria o receio de ataques nucleares do Paquistão PÁG. 4
2. 2 SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2011
UNASUL
Produção Folhapress
Editora-chefe Yohanna Pinheiro
Fundo de combate ao narcotráfico
Repórteres Cláudio Abreu, Pedro Bruno
Trigueiro, Thamires Oliveira Proposta prevê que países de economia mais estável ajudem os mais
Projeto Gráfico Yohanna Pinheiro fragilizados. A medida reforçaria a fiscalização nas fronteiras
Impressão Eurocópia JULLY LOURENÇO/ TAL CUAL
Fale conosco cii.sonu2011@gmail.com
issuu.com/ PEDRO BRUNO TRIGUEIRO
sonuimpresso @sonufortaleza DE QUITO
Os artigos publicados com assinatura não
traduzem a opinião do jornal. Sua publica- A criação de uma entidade
ção obedece ao propósito de estimular o responsável pela arrecadação
debate dos problemas brasileiros e mun- de fundos para o combate ao
diais e de refletir as diversas tendências
do pensamento contemporâneo. narcotráfico na América do Sul
foi sugerida pelo colombiano
EDITORIAL Ramón Rodrigues, quinta-fei-
ra, 01, na reunião da União das
Paciência e Nações Sul-Americanas (Una-
sul). A proposta prevê ainda
decoro que os países mais ricos ofere-
çam ajuda de custo aos menos
Órgãos internacionais têm favorecidos, com o objetivo de
o difícil papel de conciliar as manter um equilíbrio nas con-
mais diversas opiniões e cul- tribuições para o reforço da fis-
turas visando o bem-estar da calização nas divisas.
população mundial. É, por- O Brasil se opôs à distribui-
tanto, um trabalho árduo de DESACORDO. Ministros brasileiros não querem distribuição proporcional de recursos
ção proporcional dos recur-
paciência, oratória e discussão. sos financeiros, pois teria de brasileira e paraguaia, quando nárias Colombiana, as FARC,
Visões de mundo tão distintas cumprir com a maior parcela Cabral afirmou que, para ob- como um grupo terrorista. O
podem provocar atritos entre do projeto – visto que tem a ter vantagens no Mercosul, o ministro argentino, Pedro Ví-
os excelentíssimos delegados. economia mais equilibrada do Paraguai teria omitido os re- tor de Rocha, atacou os envia-
É uma característica inerente continente. O ministro brasi- ais resultados de seu Produto dos do Brasil, insinuando que
ao diplomata, portanto, saber leiro, Arthur Cabral, justificou Interno Bruto, PIB. As repre- partidos políticos brasileiros
lidar com as diferenças e res- seu ponto de vista: “A distribui- sentantes paraguaias replica- manteriam relações com o gru-
peitá-las, sem correr o risco de ção participativa proporcional, ram que o Brasil sempre faz po armado.
quebrar o decoro. de acordo com as riquezas de uso de seu poderio econômico Depois de um dia de dis-
Em reuniões de alguns cada país, já acontece nas ou- para explorar as outras acusa- cussões, os países membros da
órgãos internacionais nesta tras organizações aduaneiras ções, usando como exemplo a Unasul decidiram que os deba-
semana, entretanto, foi vista na América do Sul. No Merco- repartição da energia da usina tes acerca das decisões finais
a quebra de decoro entre al- sul, por exemplo, há vários ti- de Itaipu, que é controlada em sobre os conflitos fronteiriços
gumas delegações. Coisas pe- pos de benefícios para os países conjunto com os dois países. do continente seriam retoma-
quenas, mas que deixam uma mais pobres”, destacou. Outra polêmica gerada na dosnum próximo encontro,
sensação de mal estar entre A sessão foi marcada pelo reunião foi a classificação das marcado para a manhã da sex-
os presentes. Destas pequenas embate entre as delegações Forças Armadas Revolucio- ta-feira, 02.
faltas como falar fora de hora
até as faltas mais graves, como
FRASES DO DIA
“
disputas que são levadas para o
“ Não é uma Nós sabemos que
“ Não podemos
lado pessoal, ofensas e indire-
tas, provocam constrangimen-
to e atrapalham o andamento questão econômica, tudo nos EUA tem um comparar as FARC
de reuniões que podem afetar não é uma questão preço, mas nós não com os grupos
futuro de toda a população política. É uma trabalhamos assim. terroristas do Oriente
humana.
Dessa forma, parece egoísta
questão humana.” Não estamos a venda.” Médio.”
que um temperamento mais PRISCILLA SARAIVA, delegada da *Delegada chinesa na UNSC *Ministro venezuelano na UNASUL
Índia na UNSC, sobre o conflito em
forte ou um lapso de paciência
“
Jammu e Caxemira
“
prevaleçam sobre a diploma-
Se nós dermos A criação de
cia, a disciplina e a civilidade.
“
Bem se sabe que a guerra só independência à um novo fundo
traz dor e prejuízos a ambos
O Brasil não tem seria apenas mais
moral para chamar Caxemira, não haverá
os lados envolvidos. A Folha
futuro. uma burocracia
de S. Paulo acredita no poder as FARC de grupo *Delegado da Nigéria na UNSC desnecessária.”
do diálogo, da diplomacia e na terrorista!” ARTHUR CABRAL, ministro do Brasil
boa convivência com as dife-
renças. Espera-se que as dele- PEDRO VÍTOR DE ROCHA, ministro na UNASUL, sobre a entidade para
argentino na Unasul arrecadar fundos para o combate
gações internacionais também do narcotráfico
acreditem e ajam como tal. * Não puderam ser identificados até o fechamento desta edição. Amanhã, as respectivas frases virão devidamente identificadas.
3. SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2011 3
OMC
OPINIÃO
Brasil defende o comércio de etanol Organização
Barreiras tarifárias, sociais e ambientais prejudicam a entrada do e serenidade
biocombustível nos Estados Unidos e na União Europeia
DÂMARIS OLIVEIRA
THAMIRES OLIVEIRA/ FOLHAPRESS Representante do Brasil na
THAMIRES OLIVEIRA Organização Mundial do Comércio
DE GENEBRA
O Tribunal Arbitral da
O tribunal arbitral da Orga- Organização Mundial do
nização Mundial do Comércio Comércio apresenta em
(OMC) se reuniu quinta feira, sua estrutura duas par-
01, para discutir as barreiras tes: a reclamante, Brasil e
impostas ao etanol brasileiro. Venezuela, e a reclamada,
Os EUA e a União Europeia não Estados Unidos e União
abrem mão das taxas aplicadas Européia. Primeiramente,
ao combustível, justificando serão explanadas as bar-
sua posição pela necessidade de reiras impostas ao etanol
proteger o mercado interno. brasileiro. Posteriormen-
As barreiras tarifárias infla- te, serão trabalhadas as
maram as discussões. Os fatores questões acerca da utili-
de concorrência entre produtos zação dos medicamentos
da indústria local e produtos de genéricos.
exportação tiveram como jus- RESISTÊNCIA. Estados Unidos e UE não abrem mão das taxas impostas ao etanol
A competência mos-
tificativa o protecionismo ao da cana-de-açúcar estiveram do mercado. “O Brasil está se trada pelas partes reflete a
mercado interno. A delegação em pauta e apontaram a pesqui- adequando àquilo que o cenário organização e serenidade
brasileira alegou que há so- sa e o desenvolvimento tecno- internacional precisa”, afirmou do órgão uma vez que os
bretaxação no valor do etanol, lógico como prioridades para o o delegado brasileiro Haylton advogados representantes
o que dificulta sua entrada no Brasil. A substituição do trans- de Souza. Segundo o perito e a mesa arbitral se esfor-
mercado internacional. A atua- porte rodoviário por um sistema Rogério César Siqueira Leite, çam para obter êxito má-
ção dos peritos foi crucial para de “Clusters”, ou álcooldutos, coordenador do projeto Etanol, ximo nas sessões. É válido
o desenvolvimento do debate faz parte dos projetos para di- a parceria do Brasil com em- ressaltar que, no início do
e gerou discussões acaloradas minuir os custos da produção. A presas estatais da Venezuela na debate do primeiro caso,
entre as partes. George Luckas mecanização do processo trans- produção de biocombustíveis o Tribunal da OMC rece-
Morais, delegado da Venezuela, forma as relações de trabalho na gera empregos qualificados e
beu a presença dos ilustres
disse não estar satisfeito com medida em que diminui a mão- favorece a indústria local de
peritos. O conhecimento
os argumentos do perito Prof. de-obra utilizada e capacita os ambos. Ele fala, ainda, do com-
mostrado pelos especia-
Dr. Igor Moreira, considerando trabalhadores rurais. promisso de finalizar as quei-
listas foi fundamental para
ofensivo o comportamento da A parceria com outros países madas e mecanizar a produção
esclarecer determinados
parte reclamante. que já têm estrutura, tecnologia até 2017, para que o etanol seja
A capacidade de produção, temas em pauta.
e conhecimento mais desenvol- produzido por mão-de-obra
os impactos ambientais e os be- vidos busca aumentar a produ- qualificada, sem prejudicar o Além disso, a forma
nefícios trazidos pela utilização tividade e satisfazer a demanda meio ambiente. simples e objetiva dos po-
sicionamentos dos estu-
diosos provou que o eta-
AGNU nol é a melhor alternativa
AGNU discute Declaração do Milênio para solucionar os pro-
blemas energéticos atuais.
No entanto, espera-se que
Metas são analisadas e novas soluções são propostas a parte reclamada elabore
argumentos válidos e con-
A Assembléia Geral das Na- ção para que os países tenham intercâmbio de experiências, solidado até o termino das
ções Unidas (AGNU) se reu- condições de se autogerir foi soluções e propostas. audiências.
niu nesta quinta-feira, 01, para sugerida pela delegação ale- Problemas e soluções fo- Observa-se que, no de-
analisar a Declaração do Milê- mã. A Suécia propôs a criação ram apresentados e a troca de senrolar do debate, pre-
nio. O documento, aprovado experiências entre países mos- valeceram à cortesia e o
de mais acordos econômicos
em 2000, apresenta oito metas trou ser fundamental para o respeito entre as partes,
entre países desenvolvidos e
a serem cumpridas pelos países desenvolvimento coletivo. As garantindo a eficácia do
países subdesenvolvidos e em
signatários para o desenvolvi- delegações participantes mos- Tribunal da OMC. Conse-
desenvolvimento. A Aids na quentemente, os árbitros
mento do planeta. traram seu comprometimento
Outras soluções que podem Angola e a escassez de água com a colaboração conjunta poderão, claramente, cap-
se tornar parte das resoluções na Índia foram temas conside- para o cumprimento das me- tar os fundamentos de fato
aprovadas pelo comitê foram rados tanto como problemas tas. mas também a um objetivo e de direito apresentados a
apresentadas. As privatizações graves, quanto como passiveis maior, o desenvolvimento da fim de dar um parecerfinal
que evitam a sobrecarga dos de solução. A delegação india- humanidade. justo.
Estados e o combate à corrup- na comentou a importância do (com assessoria)
4. 4 SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2011
UNSC CONSILIUM
Índia mantém tropas na Caxemira Consilium
A delegação indiana recusou retirar suas tropas da região em conflito.
O motivo seria o receio de ataques nucleares do Paquistão debate crise
ISABEL FILGUEIRAS/ASSESSORIA UNSC Dívidas, investimentos
CLÁUDIO ABREU
DE NOVA YORK
e prejuízos foram
discutidos
Durante as discussões da
quinta-feira, 01, no Conselho de O Conselho da União Euro-
Segurança das Nações Unidas peia (Consilium) se reuniu na
(CSNU), a delegação indiana quinta-feira, 01, para tratar da
declarou que manterá suas tro- crise econômica na qual o con-
pas no território da Caxemira, tinente se encontra.
com receio de ataques nuclea- Questões envolvendo dívi-
res paquistaneses. Em defesa, das, investimentos e prejuízos
os representantes do Paquistão foram discutidas. A criação
justificaram que suas armas de um Conselho Econômico
nucleares servem apenas para da Zona do Euro foi proposta,
proteção. juntamente com a adoção de
Na reunião, vários delegados uma “Regra de Ouro”, que con-
sugeriram um plebiscito sobre a trolaria as finanças públicas de
IMPASSE. Para realizar plebiscito, países querem desmilitarizar a área
região em conflito. A ação teria cada país.
como objetivo decidir as condi- inóspitas e não utilizadas pela O conflito continua Além disso, os ministros
ções geopolíticas da Caxemira, população local. O confronto entre Paquistão cobraram resultados concretos
de acordo com a vontade de Bósnia e Herzegovina, Ale- e Índia pela área caxemirense já quantos aos empréstimos ce-
seus habitantes. A China, pro- manha e Portugal concordaram dura mais de 63 anos. O conflito, didos a países em pior situação
prietária de 10% do território que, antes da votação popular, com bases religiosas, se dá pelo econômica.
caxemirense, afirmou que não a área conflituosa deve ser des- fato de que a Caxemira, territó- (com assessoria)
abrirá mão de suas terras. A de- militarizada. Em consenso com IRIN NEWS
rio indiano, é de maioria mu-
legação afirmou que as áreas são estes países, os Estados Unidos
sugeriram que tropas pacifi- çulmana, religião majoritária no
ISABEL FILGUEIRAS/ASSESSORIA UNSC
cadoras, sob sua liderança e Paquistão.
apoiadas pelo Conselho, sejam O governo paquistanês afir-
manejadas para Caxemira. Des- ma que, por causa da maioria
sa forma, a imparcialidade do muçulmana, a área deve perten-
plebiscito seria garantida. cer ao Paquistão. Já o governo
A delegação brasileira tam- indiano afirma que a apropria-
bém apoia a realização do ple- ção do território caxemirense é
biscito. Em declaração ao jornal ilegal, já que oficialmente o ter-
Folha de S. Paulo, o delegado ritório é da Índia.
brasileiro João Lucas Arcanjo Os conflitos, causados por
Carneiro disse que “a imple-
grupos separatistas e pró-inde-
mentação do plebiscito é para
pendentes, já deixaram milhares
saber o que a população daquela
região quer, e não para saber o de mortos. A situação atual é de
que os delegados do Paquistão cessar fogo, mas Conselho de
ÍNDIA. A delegada afirmou que o país querem, ou o que os delegados Segurança almeja uma solução CONSILIUM. “Regra de Ouro” contro-
tem receio de um ataque paquistanês da Índia querem”. definitiva para os conflitos. laria as finanças públicas de cada país.
PARCEIROS REALIZAÇÃO