O documento resume exercícios sobre fisiologia humana realizados por três alunos. Os exercícios abordam os principais objetivos do sistema cardiovascular, a definição de ciclo cardíaco e débito cardíaco, fatores que regulam a frequência cardíaca e volume sistólico durante o exercício, e como o exercício influencia o retorno venoso. O último exercício resume a estrutura do coração e porque ele é considerado "duas bombas em uma".
3. Exercícios de fisiologia
1. Quais os principais objetivos do sistema cardiovascular?
R=
Tem o objetivo de transportar gases os pulmões, responsáveis pela
obtenção de oxigênio e pela eliminação de dióxido de carbono,
comunicam-se com os demais tecidos do corpo por meio do sangue,
nutrientes no tubo digestores, os nutrientes resultantes da digestão
passam através de um fino epitélio e alcançam o sangue. Por essa
verdadeira "auto-estrada", os nutrientes são levados aos tecidos do
corpo, nos quais se difundem para o líquido intersticial que banha as
células. Transporte de resíduos metabólicos: a atividade metabólica das
células do corpo origina resíduos, mas apenas alguns órgãos podem
eliminá-los para o meio externo. O transporte dessas substâncias, de
onde são formadas até os órgãos de excreção é feito pelo sangue.
Transportar hormônios: hormônios são substâncias secretadas por
certos órgãos, distribuídas pelo sangue e capazes de modificar o
funcionamento de outros órgãos do corpo.
A colecistocinina, por exemplo, é produzida pelo duodeno,
durante a passagem do alimento, e lançada no sangue. Um de seus
efeitos é estimular a contração da vesícula biliar e a liberação da bile no
duodeno. Intercâmbio de materiais: algumas substâncias são produzidas
ou armazenadas em uma parte do corpo e utilizadas em outra parte.
Células do fígado, por exemplo, armazenam moléculas de glicogênio,
que, ao serem quebradas, liberam glicose, que o sangue leva para
outras células do corpo. Tem como função também de transportar
calor: o sangue também é utilizado na distribuição homogênea de calor
pelas diversas partes do organismo, colaborando na manutenção de
uma temperatura adequada em todas as regiões; permite ainda levar
calor até a superfície corporal, onde pode ser dissipado. Distribuição de
mecanismos de defesa: pelo sangue circulam anticorpos e células
fagocitárias, componentes da defesa contra agentes infecciosos.
Coagulação sanguínea: pelo sangue circulam as plaquetas, pedaços de
um tipo celular da medula óssea (megacariócito), com função na
coagulação sanguínea. O sangue contém ainda fatores de coagulação,
capazes de bloquear eventuais vazamentos em caso de rompimento de
um vaso sanguíneo.
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4. 2. Defina ciclo cardíaco e débito cardíaco:
R=
O débito cardíaco é a quantidade de sangue bombeada pelo coração
em um minuto, ele é o volume sistólico multiplicado pela freqüência
cardíaca. Durante o exercício as células necessitam de mais oxigênio e
para suprir essa demanda, o indivíduo precisa enviar mais sangue para os
tecidos. Para isso, ele não pode simplesmente aumentar a freqüência
cardíaca, pois isso faria com que o tempo de enchimento do ventrículo
diminuísse, provocando redução do volume sistólico e, conseqüentemente
do débito cardíaco. Portanto, ele deve treinar para que o volume sistólico
aumente. Com o aumento do volume sistólico, há o aumento do débito
cardíaco e não há mais a necessidade de aumentar exageradamente a
freqüência cardíaca para bombear mais sangue por minuto. O aumento do
número de capilares faz com que haja melhor perfusão de sangue no
tecido. Assim, todas as células receberem uma quantidade maior de sangue
contendo O2 e glicose para a obtenção de energia.
Com o aumento do número de mitocôndrias, e da concentração de enzimas
do ciclo do ácido cítrico (Krebs), há o aumento da produção de ATP
necessário para promover, entre outras coisas, a contração muscular.
Ciclo Cardíaco
Sabemos que o coração atua como uma bomba muscular, que gera
pressões variáveis enquanto seus átrios e ventrículos contraem e relaxam.
A contração do coração inicia-se em uma região do átrio direito, no nó
sinoatrial, e estende-se a ambos os átrios, daí aos ventrículos e, finalmente,
à base da aorta. Produz-se, assim, uma verdadeira onda de contração, que
se propaga por todo o corpo ele divide-se em dois períodos. O período
sistólico e o período diastólico.
No período sistólico,
Os ventrículos se contraem forçando a passagem do sangue
para os pulmões, para oxigenação, e pela aorta, para os tecidos do
corpo.
No período diastólico
Os átrios direito e esquerdo se contraem forçando a passagem do
sangue para os ventrículos, que ainda estão relaxados.
5. Cada um destes períodos subdivide-se em diversas fases. O período
sistólico apresenta as fases de: Contração Isovolumétrica, Ejeção Ventricular
Rápida e Ejeção Ventricular Lenta. As fases do período diastólico podem ser
descritas como: Relaxamento Ventricular Isovolumétrico, Enchimento
Ventricular Rápido, Enchimento Ventricular Lento e Contração Atrial
www.virtual.epm.br/material/tis/curbio/trab2002
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3. Quais fatores regulam a frequência cardíaca e o volume sistólico
durante o exercício?
R=
A frequência cardíaca é regulada pelo sistema simpático,
Durante o exercício, a demanda de oxigênio nos músculos em atividade
aumenta de forma acentuada. São também utilizados mais nutrientes e, com
isso os processos metabólicos são acelerados produzindo também uma maior
quantidade de metabólitos (POWERS & HOWLEY, 1994; WILMORE &
COSTILL, 2001). Pode-se também observar durante o exercício , uma
elevação da temperatura corporal, principalmente se o mesmo estiver sendo
realizado por um período de tempo prolongado ou sob condições de
temperatura ambiente elevada (SOARES, 1993). Em exercícios intensos, nos
quais há um aumento da concentração de íons hidrogênio, verifica-se uma
redução do pH sanguíneo e tecidual, tornando o meio mais ácido (McARDLE,
KATCH & KATCH, 2003).
A freqüência cardíaca reflete a quantidade de trabalho que o coração deve
realizar para atender as demandas aumentadas do organismo quando em
atividade física (McARDLE, KATCH & KATCH, 1994). Isto torna-se bastante
claro, quando comparamos a FC durante o repouso e durante o exercício.
A FC de repouso varia em média de 60 a 80 bpm sofrendo influências da
idade, do nível de condicionamento físico e também das condições ambientais.
A FC de repouso sofre reduções com o avançar da idade, é menor em
indivíduos melhor condicionados aerobiamente e é aumentada em ambientes
com temperaturas e altitudes elevadas.
Antes mesmo de iniciar uma sessão de exercícios físicos, a FC pré-exercício já
se eleva para níveis significativamente mais altos do que os de repouso. Isto é
chamado de resposta antecipatória ou pré-alimentação. Esta resposta é
mediada pelo neurotransmissor noradrenalina liberado pelo sistema nervoso
simpático e pela adrenalina liberada pelas glândulas supra-renais. Há também
uma diminuição no tônus parassimpático (BERNE & LEVY,1992; WILMORE &
COSTILL, 2001).
www.uff.br/fisio6/PDF/sistema_cardiovascular/debito cardíaco
6. 4. Como o exercício influencia o retorno venoso?
R=
Quando o indivíduo encontra-se em posição ortostática, a força da
gravidade dificulta o retorno venoso, fazendo com que o enchimento
ventricular seja naturalmente menor. Como o débito cardíaco deve ser
mantido e há um menor volume diastólico final, deve ser aumentada a
freqüência cardíaca. É por isso que, na posição ortostática, a freqüência
cardíaca é maior, quando comparada à freqüência de cardíaca de um
indivíduo deitado. Desta forma, na posição ortostática, o retorno venoso
diminui, porém, como é preciso manter o débito cardíaco num
determinado valor, para que possa ser mantida a pressão arterial, o
débito cardíaco vai apresentar as seguintes características e no
exercício físico, o mecanismo metabólico produz uma grande vaso
dilatação na musculatura em atividade. Conseqüentemente, há uma
tendência natural de queda de pressão, uma vez que há uma menor
resistência vascular, provocada pelo mecanismo metabólico. Os
barorreceptores integram então uma alça de retro-alimentação negativa,
corrigindo a pressão. É curioso notar que, enquanto o mecanismo
metabólico promove vaso dilatação, a alça reflexa barorreceptora
promove vaso constrição. Porém, enquanto o mecanismo metabólico
atua apenas nos músculos submetidos ao exercício, a alça reflexa,
desencadeada pelos barorreceptores, promove um vaso constrição no
restante do organismo. Ou seja, enquanto nos demais músculos que
não se encontram em atividade e nas vísceras, em geral, são promovida
uma vaso constrição, nos músculos em exercício, que também sofrem a
influência simpática, ocorre o contrário, ou seja, o mecanismo
metabólico patrocina uma vaso dilatação. Durante o exercício dinâmico,
a resistência vascular periférica total, de um modo geral, cai, ou seja,
descontando-se todos os vasos que sofrem constrição e todos aqueles
que sofrem dilatação. Sendo assim, a vaso dilatação metabólica ocorrida
durante o exercício é maior que a estimulação simpático
www.vetorial.net/~coriolis/fisio2.html
5. Resuma a estrutura do coração. Porque o coração é denominado
duas bombas em uma?
R=
A base do coração é formada pelos átrios D/E que ficam separados dos
ventrículos por um sulco coronário circundante, que contém os principais
troncos dos vasos coronários. Os átrios unem-se em uma formação em U que
7. envolve a origem da Aorta, a formação é interrompida onde cada átrio termina
em um apêndice livre, a aurícula.
Os ventrículos constituem uma parte muito maior do coração e possuem as
paredes mais firmes devido a sua maior espessura, possuem sulcos internos
que seguem em direção ao ápice (sulco paraconal e sulco subsinuoso), ambos
conduzem vasos que acompanham as bordas do septo interventricular.
Os vasos coronários estendem-se por uma certa distância sobre a superfície
ventricular.
A atividade do coração consiste na alternância da contração (sístole) e do
relaxamento (diástole) das paredes musculares das aurículas e ventrículos.
Durante o período de relaxamento, o sangue flui das veias para as duas
aurículas, dilatando-as de forma gradual. Ao final deste período, suas paredes
se contraem e impulsionam todo o seu conteúdo para os ventrículos.
A sístole ventricular segue-se imediatamente a sístole auricular. A contração
ventricular é mais lenta e mais energética. As cavidades ventriculares se
esvaziam quase que por completo com cada sístole, depois, o coração fica em
um completo repouso durante um breve espaço de tempo. A frequência
cardíaca normal é de 72 batimentos por minuto, em situação de repouso.
Para evitar que o sangue, impulsionado dos ventrículos durante a sístole, reflua
durante a diástole, há válvulas localizadas junto aos orifícios de abertura da
artéria aorta e da artéria pulmonar, chamadas válvulas semilunares. Outras
válvulas que impedem o refluxo do sangue são a válvula tricúspide, situada
entre a aurícula e o ventrículo direito, e a válvula bicúspide ou mitral, entre a
aurícula e o ventrículo esquerdo.
A frequência das batidas do coração é controlada pelo sistema nervoso
vegetativo, de modo que o simpático acelera e o sistema parassimpático a
retarda.
O coração é formado por duas bombas distintas, uma que tem como função o
bombeamento do sangue para o pulmão, atividade desempenhada pelo lado
direito do coração, e a outra envolvida no bombeamento do sangue para
circulação sistêmica função desempenhada pelo lado esquerdo do coração
cada lado é formado por duas bombas distintas, um átrio e um ventrículo.
Os átrios funcionam como bombas de escorva, auxiliando na
movimentação do sangue aos ventrículos. Os ventrículos são os principais
responsáveis pela propulsão do sangue tanto para os pulmões, quanto para a
circulação sistêmica.
www.uff.br/fisio6/aulas/aula_07/topico_01.htm