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VARIAÇÕES NA COMPOSIÇÃO PROTÉICA E
DIGESTIBILIDADE IN VITRO DOS CAPINS VAQUERO
E TIFTON 85 APÓS FENAÇÃO E PELETIZAÇÃO
Priscila Cristine Carraro, Deise Dalazen Castagnara, Marcela Abbado Neres, Tatiane Fernades, Diego Corazza,
Rodrigo Holz Krolow
¹ Curso de Medicina Veterinária, Campus Uruguaiana, UNIPAMPA
¹*e-mail: igor_113@hotmail.com

INTRODUÇÃO
A fenação é uma técnica de conservação de forragens na qual as forragens são desidratadas naturalmente
até atingirem o conteúdo de matéria seca mínimo de 85% para conservação. Entretanto, o feno ocupa grandes
volumes durante seu armazenamento. Uma das opções para minimização desse problema seria o
armazenamento desse alimento na forma peletizada, entretanto, as transformações que ocorrem durante a
conservação e processamento de forragens podem alterar a composição nutricional do alimento conservado ou
processado obtido. Dessa forma o presente trabalho teve como objetivo verificar as alterações no conteúdo
protéico e na digestibilidade in vitro da matéria seca das gramíneas do gênero Cynodon (Capim Vaquero e Tifton
85).

METODOLOGIA
Para o estudo foram coletadas amostras de cada espécie no momento do corte para a fenação, no momento
do enfardamento após a desidratação, e a após a trituração e peletização da forragem obtida. Todas as amostras
coletadas foram submetidas à secagem em estufa trituradas em moinho tipo Willey com facas e câmara de inox.
Para a determinação do teor de proteína bruta (PB) utilizou-se a digestão sulfúrica e a destilação em sistema
semimicro-kjeldal, enquanto a digestibilidade in vitro (DIV) foi determinada pela técnica de dois estágios adaptada
ao rúmen artificial. Os dados obtidos foram analisados sob o delineamento inteiramente casualizado em esquema
de parcelas subdivididas no tempo 2x3, com dois capins (Tifton 85 e Vaquero) e três tempos de amostragens
(fresco, fenado e peletizado) com quatro repetições. Quando constatada significância das fontes de variação por
meio da análise de variância as médias foram comparadas pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

RESULTADOS
Houve efeito da interação dos fatores para os teores de PB, enquanto a DIV diferiu somente entre os capins. A
proteína bruta do capim Vaquero foi superior nos três tempos de amostragem. Ao serem comparados os tempos
de amostragem não foram detectadas diferenças no Tifton 85, enquanto no capim Vaquero, a forragem fenada
apresentou conteúdo de PB inferior à forragem fresca, devido às perdas de constituintes celulares que ocorrem
durante a desidratação. No entanto, após a peletização, a forragem de Vaquero passou a apresentar teor de PB
superior, possivelmente devido à perda de compostos estruturais durante a peletização, fazendo com que
proporcionalmente a PB se elevasse na forragem. A DIV do capim Vaquero foi superior ao Tifton 85, sem diferenças
entre os tempos de amostragem.

Tabela 1. Variações na composição protéica e digestibilidade in vitro dos capins vaquero e tifton 85 após fenação
e peletização
Condições
Fresco
Feno
Peletizado
Média
CV (%)

Vaquero
19,95Aa
18,49Ab
19,82Aa
19,42

Proteína Bruta
Tifton 85
17,45Ba
17,33Ba
17,58Ba
17,45
3,92

Média
18,70
17,91
18,70

Vaquero
79,15
78,77
79,12
79,01A

Digestibilidade
Tifton 85
71,82
71,30
72,34
71,82B
5,71

Média
75,48a
75,04a
75,73a

*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna não diferem estatsiticamente pelo teste Tukey (5%).

CONCLUSÃO
O capim Vaquero possui conteúdo de PB superior ao Tifton 85, no entanto mais sensível ao processo de
conservação e processamento da forragem, enquanto a DIV do capim Vaquero é superior ao Tifton 85 mas
não se altera com a fenação e peletização da forragem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VAN SOEST, P.J. Nutritional Ecology of the Ruminant. Comstock Publ. Assoc. Ithaca, 476 p. 1994.
SILVA, D.J.; QUEIROZ, A.C. Análise de alimentos: métodos químicos e biológicos. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2006. 235p.

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  • 1. VARIAÇÕES NA COMPOSIÇÃO PROTÉICA E DIGESTIBILIDADE IN VITRO DOS CAPINS VAQUERO E TIFTON 85 APÓS FENAÇÃO E PELETIZAÇÃO Priscila Cristine Carraro, Deise Dalazen Castagnara, Marcela Abbado Neres, Tatiane Fernades, Diego Corazza, Rodrigo Holz Krolow ¹ Curso de Medicina Veterinária, Campus Uruguaiana, UNIPAMPA ¹*e-mail: igor_113@hotmail.com INTRODUÇÃO A fenação é uma técnica de conservação de forragens na qual as forragens são desidratadas naturalmente até atingirem o conteúdo de matéria seca mínimo de 85% para conservação. Entretanto, o feno ocupa grandes volumes durante seu armazenamento. Uma das opções para minimização desse problema seria o armazenamento desse alimento na forma peletizada, entretanto, as transformações que ocorrem durante a conservação e processamento de forragens podem alterar a composição nutricional do alimento conservado ou processado obtido. Dessa forma o presente trabalho teve como objetivo verificar as alterações no conteúdo protéico e na digestibilidade in vitro da matéria seca das gramíneas do gênero Cynodon (Capim Vaquero e Tifton 85). METODOLOGIA Para o estudo foram coletadas amostras de cada espécie no momento do corte para a fenação, no momento do enfardamento após a desidratação, e a após a trituração e peletização da forragem obtida. Todas as amostras coletadas foram submetidas à secagem em estufa trituradas em moinho tipo Willey com facas e câmara de inox. Para a determinação do teor de proteína bruta (PB) utilizou-se a digestão sulfúrica e a destilação em sistema semimicro-kjeldal, enquanto a digestibilidade in vitro (DIV) foi determinada pela técnica de dois estágios adaptada ao rúmen artificial. Os dados obtidos foram analisados sob o delineamento inteiramente casualizado em esquema de parcelas subdivididas no tempo 2x3, com dois capins (Tifton 85 e Vaquero) e três tempos de amostragens (fresco, fenado e peletizado) com quatro repetições. Quando constatada significância das fontes de variação por meio da análise de variância as médias foram comparadas pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade. RESULTADOS Houve efeito da interação dos fatores para os teores de PB, enquanto a DIV diferiu somente entre os capins. A proteína bruta do capim Vaquero foi superior nos três tempos de amostragem. Ao serem comparados os tempos de amostragem não foram detectadas diferenças no Tifton 85, enquanto no capim Vaquero, a forragem fenada apresentou conteúdo de PB inferior à forragem fresca, devido às perdas de constituintes celulares que ocorrem durante a desidratação. No entanto, após a peletização, a forragem de Vaquero passou a apresentar teor de PB superior, possivelmente devido à perda de compostos estruturais durante a peletização, fazendo com que proporcionalmente a PB se elevasse na forragem. A DIV do capim Vaquero foi superior ao Tifton 85, sem diferenças entre os tempos de amostragem. Tabela 1. Variações na composição protéica e digestibilidade in vitro dos capins vaquero e tifton 85 após fenação e peletização Condições Fresco Feno Peletizado Média CV (%) Vaquero 19,95Aa 18,49Ab 19,82Aa 19,42 Proteína Bruta Tifton 85 17,45Ba 17,33Ba 17,58Ba 17,45 3,92 Média 18,70 17,91 18,70 Vaquero 79,15 78,77 79,12 79,01A Digestibilidade Tifton 85 71,82 71,30 72,34 71,82B 5,71 Média 75,48a 75,04a 75,73a *Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna não diferem estatsiticamente pelo teste Tukey (5%). CONCLUSÃO O capim Vaquero possui conteúdo de PB superior ao Tifton 85, no entanto mais sensível ao processo de conservação e processamento da forragem, enquanto a DIV do capim Vaquero é superior ao Tifton 85 mas não se altera com a fenação e peletização da forragem. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS VAN SOEST, P.J. Nutritional Ecology of the Ruminant. Comstock Publ. Assoc. Ithaca, 476 p. 1994. SILVA, D.J.; QUEIROZ, A.C. Análise de alimentos: métodos químicos e biológicos. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2006. 235p. BR 472 Km 592 - Caixa Postal 118; Uruguaiana, RS CEP 97500-970