Resumo do estudo desenvolvido em uma parceria entre o ESALQ-LOG (Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial) e a FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná): INEFICIÊNCIAS LOGÍSTICAS DO AGRONEGÓCIO PARANAENSE.
Slides apresentados no 53° congresso da SOBER, em 2015.
O trabalho completo encontra-se disponível para download nos sites da FAEP e do ESALQ-LOG.
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Abstract:
THE MAIN GOAL OF THIS PAPER IS MEASURE THE IMPACT OF THE LOGISTICS
COSTS IN THE PROFITS OF THE PARANÁ STATE SOYBEAN FARMERS. THE ANALYSIS IS DIVIDED IN THREE PARTS: TRANSPORTATION COSTS, STORAGE COSTS AND PORT COSTS. THE LOGISTIC COST VARY BETWEEN 14.8% AND 18.9% OF THE PRICE IN THE INTERNATIONAL MARKET. THE TRANSPORTATION COST IS THE HIGHER COST IN THE LOGISTIC CHAIN. THE PAPER ALSO HIGHLIGHT THE MAIN BOTTLENECKS OF EACH STEP OF THE SOYBEAN CHAIN.
Fatores que afetam a decisão do produtor de investir em novos armazéns agrícolas
INEFICIÊNCIAS LOGÍSTICAS DO AGRONEGÓCIO PARANAENSE
1. 53º Congresso da SOBER
INEFICIÊNCIAS LOGÍSTICAS DO
AGRONEGÓCIO PARANAENSE
João Pessoa, 29 de julho de 2015
ROCHA, F.V.; PÉRA, T.G.; LOYOLA-JÚNIOR, P.A.M;
SILVA-NETO, S.; CAIXETA, J.V.
3. INTRODUÇÃO
• Agronegócio:
– 40% da receita gerada com exportação (MAPA, 2015);
– 37% dos empregos (FAMASUL, 2013);
– 22,54% do PIB em 2013 (CEPEA, 2015).
• Paraná:
– Segundo maior produtor de soja do país (CONAB,
2015);
– Área plantada: crescimento de 27% entre as safras
2008/2009 e 2014/2015 (CONAB, 2015);
– Terceiro maior exportador brasileiro (MDIC, 2014).
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5. INTRODUÇÃO
Logística no agronegócio:
• Impacto direto na remuneração dos produtores;
• Transporte rodoviário no Brasil:
– 61% da movimentações de carga (CNT, 2014);
– Mercado de concorrência perfeita (NUNES, 2010);
• Déficit de armazenagem: superior a 50 milhões
de toneladas (CONAB, 2014);
• Porto de Paranaguá: terceiro maior porto
brasileiro em exportação de soja (ALICEWEB,
2015), e o segundo maior porto em exportações
do complexo soja (ABIOVE, 2015).
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6. INTRODUÇÃO
Logística no agronegócio:
• Soja no Mato Grosso - representatividade do
transporte na receita dos produtores: até 30%
(SILVA-NETO, 2014);
Logística no Brasil:
• Custo anual da ineficiência logística: R$ 80
bilhões (FDC, 2014);
• Investimento em infraestrutura de transporte:
0,6% do PIB (FDC, 2014).
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7. OBJETIVOS
Objetivo geral: “Avaliar o impacto da logística
na receita dos produtores de soja do Paraná”
Objetivos específicos:
• Mensurar o impacto na receita dos
produtores para cada etapa da logística de
exportação;
• Identificação dos principais gargalos
existentes.
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8. METODOLOGIA
Pesquisa de campo:
• Aplicação de questionários (produtores rurais,
sindicatos, transportadoras rodoviárias,
terminais portuários, traders e empresas
armazenadoras).
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9. METODOLOGIA
Análise quantitativa:
• Dados:
– Frete (SIFRECA, 2014);
– Custo de armazenagem (34 entrevistas);
– Custo de elevação (3 entrevistas);
– Preço da soja no mercado internacional (CBOT);
– Câmbio (BCB, 2014);
– Prêmio do Porto de Paranaguá (CEPEA, 2014).
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12. RESULTADOS
Principais gargalos:
• Porto de Paranaguá:
– Operação portuária muito próxima da capacidade
estática;
– Tamanho dos navios;
– Necessidade de melhorias conjuntas na duas
pontas do fluxo de carga nas operações portuárias
(análise de cenários).
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Pátio de
Triagem
Terminais
Portuários
Carregamento
dos Navios
15. RESULTADOS
Principais gargalos:
• Armazenagem:
– Capacidade estática de armazenagem restrita;
– Comercialização do serviço via escambo;
– Ampla variabilidade entre as tarifas praticadas
pelas empresas armazenadoras.
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16. CONCLUSÕES
• Impacto da logística na receita dos produtores
paranaenses: 15 a 20% da receita potencial;
• Transporte:
– etapa logística mais custosa;
– necessidade da existência de modais alternativos;
• Armazenagem:
– regulamentação dos mecanismos de cobrança
pelo serviço (redução da assimetria de
informação);
– aumento da capacidade estática.
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17. CONCLUSÕES
• Porto de Paranaguá:
– ganhos operacionais = redução dos custos de
elevação;
– alternativa para a não interrupção do
carregamento em função da ocorrência de chuvas;
– investimentos prioritários: terminal de recepção
dos veículos, aumento da capacidade de recepção
de cargas e novos berços de atracação.
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18. CONCLUSÕES
• Limitações do trabalho:
– Análise com dados estáticos (dados médios);
– Cenários elaborados com 5 cidades;
– Não inclusão do impacto da demurrage;
• Sugestões para trabalhos futuros:
– Análises em periodicidade mensal;
– Inclusão de outros produtos agrícolas relevantes
para o agronegócio paranaense.
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