1) Um especialista prevê que a bolha imobiliária chinesa irá estourar e terá longos efeitos negativos para a economia mundial.
2) A crise na Grécia e o estouro da bolha chinesa aumentarão o risco percebido pelos investidores, prejudicando países emergentes como o Brasil.
3) O especialista afirma que quando bolhas do tamanho da chinesa estoura, os efeitos são difíceis de controlar e tendem a se espalhar.
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
Há bolha na china
1. HÁ BOLHA NA CHINA, ELA VAI ESTOURAR E EFEITO SERÁ LONGO,
AFIRMA ESPECIALISTA
O estouro da bolha acionária chinesa e a crise na Grécia vão aumentar a
aversão a risco dos investidores internacionais, complicando ainda mais a
situação de países emergentes como o Brasil. Essa é a opinião de Stephen
Roach, professor da Universidade Yale e um dos maiores especialistas em
economia chinesa. Segundo ele, a recente recuperação das ações chinesas
não significa que a situação esteja sob controle. "Quando bolhas da magnitude
da chinesa estouram, elas assumem vida própria, é difícil detê-las", diz Roach,
que foi economista-chefe do Morgan Stanley por décadas.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/07/1654964-ha-bolha-na-
china-ela-vai-estourar-e-efeito-sera-longo-afirma-economista.shtml
ALERTA MUNDIAL: BOLHA CHINESA ESTOUROU! QUAL SERÁ A
CONSEQUÊNCIA DISSO?
A grande crise financeira de 2015 já começou, e ela só vai ficar muito, muito
pior. “O dia do julgamento está às portas “.A zona do Euro vai quebrar e ser
reconstituída em uma nova forma eventualmente. Vamos ver uma inflação
tremenda por todo o mundo. Então, o que vem a seguir?
O que Phoenix Capital Research está prevendo:
1) Numerosos países de mercado emergente indo para o calote e a maioria
das ações de mercados emergentes perdendo 50% de seu valor.
2) O Euro irá cair abaixo da paridade antes de a zona do euro ficar dividida
(eventualmente alguma nova versão do Euro irá introduzir e manter-se abaixo
da paridade com o dólar americano).
3) O Japão irá entrar em calote e muito provavelmente entrará em
hiperinflação.
4) As ações dos EUA perderão pelo menos 50% do seu valor e, possivelmente,
cairão tanto quanto 400 pontos no S&P 500.
Fonte: http://www.verdade.in/2015/07/bomba-bolha-chinesa-estourou-qual-
sera.html e http://dcvcorp.com.br/?p=1637
O RECENTE ESTOURO DA “BOLHA” CHINESA QUE AMEAÇA A ECONOMIA
MUNDIAL E LEVÁ-LA À DEPRESSÃO CONFIRMA O QUE ESTÁ CONTIDO
2. EM NOSSO ARTIGO ECONOMIA MUNDIAL RUMO À DEPRESSÃO EM 2015
PUBLICADO EM 15/12/2014 QUE ESTÁ APRESENTADO A SEGUIR:
ECONOMIA MUNDIAL RUMO À DEPRESSÃO EM 2015
Fernando Alcoforado*
No artigo, publicado no website <http://outraspalavras.net/posts/economia-global-rumo-
a-grande-tempestade/>, sob o título Economia global: rumo à grande tempestade? de
autoria de Jack Rasmus, Ph.D., professor de Economia Política do St. Mary’s College in
Moraga, Califórnia e de Economia do Trabalho e da História Econômica dos Estados
Unidos na Universidade da Califórnia em Berkeley, seu autor identifica três fases da
crise econômica global: A primeira fase da crise econômica global teve como centro a
economia dos Estados Unidos de 2007 a 2010. A segunda fase da crise econômica
global ficou centrada na Europa, acompanhando o forte declínio norte-americano em
2008-09 além de enfrentarem uma segunda recessão em 2011-12. A terceira fase da
crise econômica global teve início em 2014 com a instabilidade financeira e econômica
que está surgindo e avançando nos mercados emergentes como o Brasil, inclusive na
China cujo crescimento está desacelerando. Dessa forma, o epicentro da crise global,
que ocorreu pela primeira vez em 2008 nos Estados Unidos e mudou para a Europa
entre 2010 e 2013, agora está se concentrando nas economias dos mercados emergentes,
inclusive na China.
Segundo Jack Rasmus, antes da crise financeira global e da recessão de 2008, a
economia da China estava crescendo a uma taxa anual de 14%. Hoje, a taxa é de 7,5%,
com uma forte possibilidade de uma taxa ainda menor de crescimento em 2014. Desde
2012, a China enfrenta um problema cada vez maior com bancos paralelos globais que
desestabilizam o mercado imobiliário e o mercado de dívida pública local. No lado
financeiro, a dívida total (pública e privada) na China subiu de 130% do PIB em 2008
para 230% do PIB, com a participação dos bancos paralelos globais subindo de 25% em
2008 para 90% do total em 2013. Assim, a participação dos bancos paralelos globais na
dívida total quase quadruplicou e representa praticamente todo o aumento da relação
entre dívida total pública e privada e o PIB, desde 2008. Como resultado, os bancos
paralelos globais são a força motriz por trás do problema crescente da dívida e da
fragilidade financeira chinesa.
Grande parte do aumento da dívida chinesa foi direcionada para uma bolha imobiliária,
acompanhada de uma bolha de dívida pública local, uma vez que os governos locais
levaram ao limite os projetos imobiliários, novos empréstimos empresariais e projetos
de infraestrutura. O aumento da dívida do setor privado está se aproximando de
proporções críticas na China. Um evento importante de instabilidade global pode
facilmente surgir, caso ocorra uma inadimplência de um banco ou produto financeiro.
De certa maneira, a situação atual da China parece, segundo Jack Rasmus, cada vez
mais com os mercados imobiliário e de dívida pública local e estadual americana de
2006. Em outras palavras, a China pode estar se aproximando de seu momento Lehman
Brothers.
Jack Rasmus afirma que a instabilidade financeira crescente dos mercados locais da
China é um possível problema grave, também para a economia global, uma vez que a
China e a economia mundial começaram a desacelerar em 2014. No início de 2014, a
3. bolha imobiliária pareceu ganhar força novamente, enquanto a economia real chinesa
mostrou sinais de desaceleração. Outros fatores que colaboram ainda mais com a
desaceleração da economia chinesa em 2014 é o setor industrial, fonte importante de seu
crescimento econômico, especificamente a indústria de exportação, que está
desacelerando. As causas da desaceleração da economia chinesa são as mudanças
internas de sua economia e o aumento de problemas nas economias da zona do euro e
dos mercados emergentes cuja demanda vem caindo. Além disso, a China está lidando
com um aumento geral de salários e uma taxa de câmbio cada vez mais
desfavorável para sua moeda, o Yuan. Esses dois fatores estão elevando os custos de
fabricação e, por sua vez, tornando suas exportações menos competitivas. Os custos
cada vez maiores de produção estão causando até um êxodo de corporações
multinacionais globais da China, rumo a economias com custos ainda menores, como
Vietnã, Tailândia e outros locais.
A maioria das exportações da China vai para a Europa e para os mercados emergentes,
não apenas para os Estados Unidos. E à medida que as economias dos mercados
emergentes desaceleram, a demanda por produtos fabricados pela China e as
exportações diminuem. Por outro lado, enquanto a própria China desacelera
economicamente, ela reduz suas importações de commodities, produtos semiacabados e
matérias-primas dos mercados emergentes (e também de mercados importantes, como
Austrália e Coreia). Agora, o fluxo maciço de capital barato que migrou para os
mercados emergentes como o Brasil após 2008 (fugindo de taxas de juros próximas de
zero no centro do sistema) está voltando rapidamente para os Estados Unidos, Europa,
Japão e para o Ocidente. À medida que o capital deixa os mercados emergentes, suas
moedas entram cada vez mais em risco de colapso. A partir do final de 2013, em
questão de meses, as principais moedas dos países emergentes se desvalorizaram de 10
a 20%. O cenário de declínio das moedas, fuga de capitais e desaceleração das
economias emergentes promete tornar-se uma espiral de degradação perigosa e
autoamplificadora para a economia mundial.
Jack Rasmus sintetiza, no seu artigo Economia global: rumo à grande tempestade?,
afirmando haver três tendências econômicas globais significativas que começaram a se
intensificar e a convergir nos últimos meses: (1) uma desaceleração da economia da
China junto com uma instabilidade financeira crescente em seu sistema bancário
paralelo [shadow banking system]; (2) um colapso das moedas dos mercados
emergentes (Índia, Brasil, Turquia, África do Sul, Indonésia etc.) e suas respectivas
desacelerações econômicas; (3) um desvio contínuo rumo à deflação nas economias da
zona do euro, liderado pelo aumento de problemas na Itália e pela estagnação
econômica que atinge até a França, a segunda maior economia da zona do euro.
Este quadro descrito aponta no sentido de que, em 2015, a humanidade continuará a se
defrontar com a gigantesca ameaça representada pelo colapso da economia mundial se
nada for feito para reestruturar o sistema capitalista mundial. Quando está sujeito a
“flutuações”, como ocorreu após a crise que eclodiu em 2008 nos Estados Unidos, um
sistema dinâmico como o sistema capitalista mundial o leva inexoravelmente a um
ponto de bifurcação a partir do qual o sistema deve se reestruturar em busca de uma
nova estabilidade dinâmica ou entra em colapso. Em outras palavras, no ponto de
bifurcação, o sistema tem que ser reestruturado ou entrará em colapso. Esta é a situação
vivida pela economia mundial e a de muitos países, inclusive a do Brasil, que, após a
crise mundial eclodida em 2008, não houve reestruturação do sistema econômico
mundial e dos sistemas econômicos nacionais.
4. Immanuel Wallerstein, sociólogo e professor universitário norte-americano, afirma em
seu artigo Crise dos “emergentes” ou do Sistema?, publicado no website
<http://outraspalavras.net/posts/wallerstein-crise-dos-emergentes-ou-do-sistema/>, que
“poucos parecem admitir que a demanda efetiva global fosse o verdadeiro problema.
Mas é nítido que, abaixo da superfície, já o detectaram. É por isso que estão em pânico,
porque, então toda sua ênfase no “crescimento” – uma fé crucial – estará minada. Neste
caso, a crise deixa de ser cíclica e torna-se estrutural: não pode ser resolvida com
paliativos, mas com a invenção de um novo sistema. Esta é a famosa bifurcação, em que
há duas saídas possíveis – uma melhor e outra pior que o sistema existente. Um jogo em
que todos nós estaremos envolvidos”.
Ao invés da adoção de estratégias coordenadas nacionais e globais objetivando a
superação da crise econômica global com a reestruturação do sistema capitalista
mundial e de cada país, tudo foi feito para manter a falida estrutura econômica e as
políticas ultrapassadas que levaram à eclosão da crise de 2008. O modelo neoliberal que
regeu o mundo nos últimos 40 anos morreu e haverá depressão que terá a duração de
muitos anos. Diante da existência do caos que domina a economia mundial, é chegada a
hora de cada país e a humanidade se dotarem o mais urgentemente possível de
instrumentos necessários para terem o controle de seu destino. Para ter o controle de seu
destino, a humanidade precisa exercer a governabilidade de seus sistemas econômicos e
da economia mundial. Este é o único meio de sobrevivência da espécie humana.
* Fernando Alcoforado, 75, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em
Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor
universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento
regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São
Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo,
1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do
desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,
http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel,
São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era
Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social
Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG,
Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora,
Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e Os Fatores Condicionantes do
Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre outros.