4. Tipos de Agricultura Agricultura Moderna Agricultura Tradicional
Objectivo: Assegurar a obtenção de lucro Garantir a subsistência do
agregado familiar
Destino da produção Mercado (nacional e/ou Autoconsumo
internacional)
Dimensão das Latifúndio Minifúndio
Explorações
Variedade de Culturas Monocultura Policultura
Técnicas Utilizadas Modernas (especializadas, Rudimentares (Rotação de
mecanizadas e de caráter Culturas, rega manual… ) e
científico) transmitidas de geração em
geração)
Aproveitamento do Solo Sistema Intensivo Sistema Extensivo
Instrumentos Agrícolas Mecanizados (tractores; Arcaicos (o arado puxado por
ceifeiras/ debulhadoras; animais; enxada, foice…)
avionetas, enfardadeiras …)
Tratamento do Solo Uso de grandes quantidades de Adubação natural com restos
produtos químicos de plantas e dejectos de
(fertilizantes; pesticidas e animais
herbicidas)
Produtividade e Elevados Baixos
rendimento
O trabalho é essencialmente O trabalho é essencialmente
Trabalho do Agricultor mecanizado, por isso existem manual e recorre
poucos activos na agricultura frequentemente aos animais
destes países. como força de trabalho.
17. TEXTO I - AGRICULTURA NORTE-
AMERICANA
“As quintas que produzem trigo são evidentemente enormes (de
2000 a 3000 hectares, em média) e tendem a aumentar ainda
mais. Sobre tão vastas superfícies é indispensável uma forte
mecanização, pelo que a dimensão das quintas é medida pelo
número de tratores (muitas vezes 3 ou 4) mais do que pelo número
de hectares. Aos tratores juntam-se camiões, charruas de discos,
cultipackers (grades de discos) e sobretudo combines, enormes
máquinas que cortam o trigo à frente e deixam para trás sacos de
grão sobre o campo ceifado. A indústria esforçou-se por fornecer à
agricultura máquinas simples e robustas que executassem em
simultâneo, várias tarefas agrícolas (por exemplo, ceifa, debulha e
ensaca; daí o seu nome de combines). Neste tipo de agricultura
existe uma especialização regional muito acentuada e também um
apoio estatal muito elevado.”
18. TEXTO II - A AGRICULTURA EUROPEIA
“Caracteriza-se por ser uma agricultura muito
intensiva, praticada em explorações de
pequena e média dimensão e em alguns
países europeus em sistema de policultura. É muito
mecanizada e recorre abundantemente ao
uso de fer tilizantes químicos, o que faz
desta agricultura uma das mais poluentes
do mundo. A agricultura europeia tem sofrido
várias transformações e caminhado para uma
especialização cada vez mais acentuada, tendo em
vista corrigir os excessos de produção em
determinados setores (o dos cereais, por exemplo)”.
19. Típica das regiões costeiras dos países tropicais com
história colonial (Brasil, Gana, Costa do Marfim,
Moçambique, etc..);
O café, o cacau, o algodão, a banana, a cana-de-
açúcar são plantadas em monocultura e destinam-se á
exportação para a Europa e América do Norte onde se
localizam as sedes das multinacionais que controlam
este comércio;
Ocupam grandes latifúndios;
Utilizam técnicas modernas com recurso a mão-de-
obra local barata.
22. TEXTO III - A AGRICULTURA ITINERANTE DE
QUEIMADA
“Em muitas regiões da savana e de floresta do mundo tropical, pratica-se a
agricultura mais primitiva do mundo: é a chamada agricultura itinerante. Os
homens derrubam as ár vores, cor tam os ramos, que espalham pelo
terreno, incendeiam todo o material – queimada -, embora possam deixar
uma ou outra árvore para recolha de frutos ou para fazer sombra. Abre-se deste
modo uma clareira, que constitui o solo a cultivar, aproveitando-se as cinzas como
fertilizante. Como a terra não é estrumada nem adubada, acaba por se
esgotar passados poucos anos, pelo que terá então de ser
simplesmente abandonada. A maior ou menor distância dela procede-se a
nova queimada, ou seja, a preparação de novo espaço agrícola. É vulgar que o
deslocamento dos campos de cultura se faça em círculo, rodeando a aldeia. Mas,
se tal não for possível e as distâncias a percorrer, em relação à nova terra arrotear
forem muito grandes, então também a aldeia se desloca. As técnicas são
extremamente simples e rudimentares e os instrumentos agrícolas resumem-se à
enxada, ao machado e a um pau endurecido pelo fogo para enterrar as sementes.
Tal sistema encontra-se em franca regressão, embora actualmente ainda surja
com alguma frequência na Floresta Amazónica, em certa áreas da Cordilheira dos
Andes e da América Central, na África a sul do Sara, na Malásia e na Índia”.
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24. TEXTO IV - AGRICULTURA SEDENTÁRIA DE
SEQUEIRO
“Este tipo de agricultura é praticado, essencialmente, nas
regiões de clima tropical seco entre a savana e o deserto,
onde o período de chuvas se apresenta curto e os meses
secos ocupam a quase totalidade do ano. Nestes climas, a
escassez de água conduz a uma agricultura não irrigada,
mas os povos que a praticam estabelecem-se em grandes
aldeias próximas de um pequeno lago, que lhes fornece
água.
A actividade agrícola está, normalmente, associada à criação
de gado, cujas fezes constituem o único fertilizante utilizado.
A área de cultivo é dividida em três partes separadas por
sebes de arbustos espinhosos, onde se pratica um
afolhamento com rotação trienal das culturas e pousio.”
25. TEXTO V - A RIZICULTURA
“A cultura do arroz (cultura alagada), que requer temperaturas elevadas e abundância
de água (excepto na fase de maturação), está em grande equilíbrio com as condições
naturais desta região (quente e húmida). Também as elevadas densidades
populacionais existentes proporcionam mão-de-obra disponível para esta actividade. O
arroz é produzido em sistema de monocultura através de técnicas agrícolas simples,
muito minuciosas e intensivas.
A técnica de produção do arroz, principal e quase único alimento, apresenta-se como a
actividade agrícola em maior equilíbrio com a Natureza. Para tal contribuem a quase
ausência de recurso aos produtos químicos e a utilização de dejectos humanos,
estrume dos animais, algas e as próprias raízes apodrecidas para fertilização dos
campos, factores que, aliados ao permanente alagamento dos campos e ausência de
declives, protegem os terrenos da erosão.
É um sistema muito intensivo em mão-de-obra e que exige um conjunto de técnicas
agrícolas minuciosas, não existindo mecanização.
Para garantir maiores produções recorre-se à técnica da repicagem, que consiste em
fazer uma cultura em tabuleiros, enquanto outra se encontra no solo em fase de
desenvolvimento. Depois da primeira colheita, transplantam-se as dos tabuleiros para
os campos, assegurando assim mais do que uma colheita por ano.”
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27. OS IMPACTOS ECONÓMICOS E SOCIAIS DA ACTIVIDADE AGRÍCOLA
Nos PD a mecanização permite uma elevada
produtividade e rendimento, originando
excedentes.
A agricultura moderna dispensa o trabalho manual,
provocando desemprego .
Nos países em desenvolvimento a agricultura
tradicional com baixo rendimento e produtividade
não permite a subsistência dos agricultores
e família e por isso abandonam os campos
para viverem na cidade . Esta situação pode
contribuir para o aumento da desertificação.
28. OS IMPACTOS AMBIENTAIS DA ACTIVIDADE AGRÍCOLA
Os produtos químicos poluem os solos, as
águas superficiais e subterrâneas.
A mecanização excessiva e a monocultura
intensiva provocam o esgotamento dos
solos, tornando-os menos produtivos.
Nos países em desenvolvimento a
desflorestação e a agricultura de queimada
destroem a cobertura vegetal, ficando o solo
mais exposto à erosão.