1) O documento descreve um estudo sobre a exposição ambiental ao asbesto em cinco cidades brasileiras e seus possíveis efeitos na saúde.
2) Foram avaliados 550 moradores dessas cidades clinicamente e por exames de imagem, e coletadas amostras de ar dentro e fora de residências.
3) As concentrações de fibras de asbesto encontradas tanto internamente quanto externamente às casas foram comparáveis às de grandes cidades mundiais e dentro dos limites de segurança segundo a OMS.
STF - Audiência Pública do Amianto - 24/08/2012 - Supremo Tribunal Federal
STF - Audiência Pública do Amianto - 24/08/2012 - Supremo Tribunal Federal
1. PESQUISADOR RESPONSÁVEL – Prof Dr. MARIO TERRA FILHO
Prof. Associado – INCOR/HC-FMUSP
PESQUISADOR EXECUTANTE – Prof Dr. ERICSON BAGATIN
Prof. Associado-Livre Docente – AST-DMPS-FCM-UNICAMP
2.
3. Mario Terra Filho
• Professor Associado do Departamento de Cardiopneumologia -
FMUSP
• Chefe do Grupo de Pneumopatias Ambientais e Ocupacionais
da Disciplina de Pneumologia – InCor – HCFMUSP
• Autor/co-autor de 9 artigos originais sobre asbestos publicados
em revistas internacionais na língua inglesa (agregadores de
conhecimento)
• Palestrante convidado pelo Governo dos EUA para fazer
conferência sobre ASBESTOS no NIOSH-Morgantown - 2006
6. APROVAÇÕES
Comitê de Ética HC-FMUSP - 2006
Relatório Final Técnico-Científico – CNPq 2010
7.
8. PROJETO ASBESTO AMBIENTAL
“Exposição Ambiental ao Asbesto:
Avaliação do Risco e Efeitos na Saúde”
Participantes:
Prof. Luiz Eduardo Nery
Prof. José Alberto Neder
Prof. Reynaldo Tavares Rodrigues
Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
Prof. Satoshi kitamura
Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
Prof. Ricardo Marques Dias
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO
Prof. Vera L. Capelozzi
Prof. Pedro K. Kiyohara
Universidade de São Paulo - USP
9. PROJETO ASBESTO AMBIENTAL
“Exposição Ambiental ao Asbesto:
Avaliação do Risco e Efeitos na Saúde”
Participantes:
Prof. Francisco Hora O. Fontes
Universidade Federal da Bahia – UFBA
Prof. Marcelo Fuad Rabahi
Prof. Kim-Ir-Sem S. Teixeira
Universidade Federal de Goiás – UFG
Prof. Mirian Cruxên Oliveira
Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT
Dr. Fernando L.C.Lundgren – Médico Pneumologista do
Hospital Otávio de Freitas – Recife – PE.
Dr. Eric J. Chatfield – Consultor Internacional
Chatfield Technical Consulting Limited - Canadá
11. JUSTIFICATIVAS:
Inexistência, em nosso meio, de estudos sobre a
exposição ambiental/doméstica ao asbesto e os
eventuais efeitos na saúde da população em geral
e de estudos longitudinais/prospectivos de
trabalhadores com exposição ocupacional ao
asbesto.
12.
13. INTRODUÇÃO
• Doenças relacionadas ao asbesto:
- Asbestose
- Placa Pleural / Espessamento Pleural Difuso
- Atelectasia redonda
- Câncer de pulmão
- Mesotelioma
- Outras
14. OBJETIVOS
• Avaliar os eventuais efeitos na saúde de
residente em moradias cobertas com telhas
de cimento-amianto;
• Medir as concentrações, urbanas e intra-
domiciliares, de fibras de asbesto, em
moradias de cinco capitais brasileiras.
15. 1- São Paulo
2- Goiânia
3- Rio de Janeiro
4- Salvador
5- Recife
16. MÉTODOS
População de Estudo
• 6.000 entrevistados (1.200 moradores em cada uma das 5
comunidades selecionadas – SP, RJ, Goiânia, Salvador,
Recife)
• 550 indivíduos selecionados (110 em cada comunidade)
20. MÉTODOS
• População de Estudo – Exposição Doméstica
• Caracterização da Amostra: “Pior Cenário”
- Faixa Etária (adulto)
- Tempo total moradia (> 15 anos)
- Telhas em mau estado de conservação
21. MÉTODOS
• Avaliação Clínica
• Radiológica
- Radiografia de Tórax
- Tomografia Computadorizada de Alta Resolução - TCAR
22. MÉTODOS
• Coleta e Análise das amostras de ar:
- Comunidades: Intra e Extra-Domiciliar
- Cidades: Pontos Cardeais e Externo (controle de poluição)
- Método ISO 10312/2005
- Análise por Microscopia Eletrônica de Transmissão
23. Coleta de ar no interior
das residências (indoor)
24. Coleta de ar nos pontos externos na comunidade
de Paraisópolis (outdoor).
26. RESULTADOS
- IDADE: 92% 31-70 anos
- SEXO: 420(76,4%) F; 130(23,6%) M
- TEMPO DE MORADIA: X = 35 anos 90% > 20
27. RESULTADOS
• Análise Clínica e Radiológica
- Não foram encontradas doenças relacionadas ao asbesto
- Predominaram achados radiológicos compatíveis com
outras doenças pulmonares pregressas
28. RESULTADOS
Número de Coletas
Locais
INDOOR OUTDOOR**
(Ambiente Interno) (Ambiente Externo)
São Paulo (Atibaia*) 30 22
Goiânia (Caldas Novas*) 14 12
Salvador (Praia do Forte*) 12 18
Recife (Porto de Galinhas*) 8 17
Rio de Janeiro (Recreio*) 8 19
Total 72 88
* Ambiente Externo – Ponto Controle;
** Pontos Cardeais, Central e Controle
30. DISCUSSÃO
Comparação gráfica entre concentrações de fibras de asbesto no meio ambiente
urbano de diversos países e aquelas encontradas no presente estudo (máxima em
verde, mínima em vermelho).
Krakoviak E, 2009
33. DISCUSSÃO
- As concentrações de fibra ≥ 5 µm da ordem de
0,00040 a 0,00080 f/cc são similares às
encontradas nas grandes metrópoles mundiais.
34.
35. - Entre os moradores avaliados não
foram observadas evidências de
acometimento clínico e radiológico
passíveis de atribuição à exposição
ambiental a fibras de asbesto.
36. - As concentrações de fibras de
asbesto (f/cc) foram semelhantes nos
ambientes intra e extra-domiciliar.
37. Com relação a concentração de fibras/cc de
asbesto encontrada na amostra deste estudo:
- Foi comparável ao já descrito em grandes
áreas urbanas de diversos países
desenvolvidos e;
- Esteve dentro dos limites aceitáveis de
acordo com a OMS e agências internacionais
de controle da exposição.