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IRAS em Neonatologia
              Diagnóstico e Prevenção
            Curso de noções básicas de Controle de
                     Infecção Hospitalar
                        Divisa/Necih
                            2011


                                      Enf. Fátima Nery
                                    Dra. Lorena Pastor
terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
          • Incidência                                         Mortalidade
          •    No Brasil, Unidades de Terapia          • No Brasil 60% da mortalidade
               Intensiva Neonatal (UTIN) de nível        infantil ocorra no período
               terciário possuem taxas de infecção       neonatal, sendo a sepse
               entre 18,9 a 57,7% (Rev Paul Pediatr      neonatal uma das principais
               2009;27(1):6-14.)                         causas.
          •    As IRAS afetam mais de 30% dos                            (J Hosp Infect, 2007)
               neonatos (SRIVASTAVAA & SHETTY, 2007)
          •    Alguns estudos regionais
               mostraram índice médio de
               25/1000 RN-dia. (Pessoa-Silva e
               cols.,2004)




terça-feira, 29 de janeiro de 13
Tabela 2- Prevalência de Neonatos com Infecção Hospitalar em Instituições de
                   Saúde. Salvador e Região Metropolitana. Outubro de 2001




                                                                       (FERNANDES,2004)

terça-feira, 29 de janeiro de 13
Gráfico 1- Prevalência de IH em neonatos das
             Instituições de Saúde. Salvador e Região
                 Metropolitana. Outubro de 2001




                                               (FERNANDES,2004)

terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS em Neonatologia
                                 Definição
         • Infecção Congênita ou por via
           transplacentária (IC)
         • IRAS Precoce ( provável
           origem materna): logo após o
           nascimento (até 48h)
         • IRAS Tardias: após 48 h




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                       Definição
      Condição                     Fator de Risco

           IRAS Precoce
           (< 48 horas)



            IRAS Tardia
            (> 48 horas)




terça-feira, 29 de janeiro de 13
MANUAL SOBRE DEFINIÇÃO DOS CRITÉRIOS NACIONAIS DE
            INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM
                            NEONATOLOGIA
                              ANVISA 2010




                                   Ex : Sepse por
                                   Estreptococus
                                   do Grupo B
                                                    http://www.anvisa.gov.br


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IRAS EM NEONATOLOGIA
                       Definição




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IRAS EM NEONATOLOGIA
                       Definição




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                       Definição
          • Após alta hospitalar

          Se RN retorna,
          observar período
          de incubação.




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                       Definição




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                  Vigilância epidemiológica




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                  Vigilância epidemiológica
          Vigilância em UTI neonatal
          • Ø Todos os RNs são monitorados em busca de IH em
                 todas as topografias;
          São divididos em quatro categorias de acordo com o
          peso de nascimento:
          • q< 750 g
          • q751 – 1000 g
          • q1001 – 1500
          • q1501 – 2500
          • q> 2500g.
           Avaliados diariamente quanto à presença de cateter
          • umbilical/cateter vascular central e VM.




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                  Vigilância epidemiológica
          • Anvisa prioriza vigilância dos RN de Alto
            Risco




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                  Vigilância epidemilógica
          • Anvisa prioriza vigilância dos RN de alto
            risco




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                                   Vigilância epidemiológica/ Indicadores
                  VII – IRAS EM RN DE ALTO RISCO (RN-AR)




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                                    Vigilância epidemiológica/ Indicadores
                    VII – IRAS EM RN DE ALTO RISCO (RN-AR)
                                    IRAS                                 Densidade
              RN-AR                                                         De
                                                     Densidade de
      IRAS        Com                                 incidência         incidência     Letalidade   DENOMINADOR
                  IRAS    precoce          tardia   (IRAS tardias)
                                                                          Por PN
                                                                     (PRÓXIMA TABELA)

                                                                                                                        RN-
      Unida N.º                                                                         Nº. de       TOTAL   Total de   AR/dia
                    %    N.º    %      N.º      %   N.º    P/1000                                %             iras      Ṭ
       de                                                                               Óbito        RN-AR
                                                                                                                          dia



      UTIN


       A.
      CONJ
      UNT
       O

      TOT
       AL




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                                   Vigilância epidemiológica/ Indicadores
              VIII – IRAS EM RN DE ALTO RISCO (RN-AR) POR PESO AO
                                   NASCER (PN)
                                                       Densidade de incidência (IRAS tardia)/PN


          IRAS
                             <750g                 750g-1000g               1001g-1500g       1501g-2500g            >2500g



                                                                                                   P/               P/
                                                                                                        Nº.
                                       Nº.                                     P/     Nº.         100               100
                                P/                   P/                                                 RN                Nº.RN
                                      RN                   Nº.RN              1000   RN           0R                0
         Unidade       N.º    1000R   DIA    N.º   1000R   DIA/PN     N.º     RN-    DIA    N.º   N-    DI    N.º         DIA/
                              N-DIA                N-DIA                                                A/          RN-    PN
                                      /PN                                     DIA    /PN          DI    PN          DIA
                                                                                                   A


          UTIN


          USIN


         TOTAL




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                                   Vigilância epidemiológica/ Indicadores

                 IX – IRAS EM RN DE ALTO RISCO ASSOCIADA AOS
              DISPOSITIVOS INVASIVOS / CATETER VENOSO CENTRAL
                                                  Densidade de incidência IRAS associada aos dispositivos invasivos


                   IRAS
                                         <750g           750g-1000g            1001g-1500g         1501g-2500g          >2500g




                                            P/                                                           P/             P/
                                           100 nºR                                   P/ nºR             100             100
                                                            P/                                                nºR       0
                                            0                         nºRN          1000 N/             0R                    nºRN/
                  Unidade          N.º          N/
                                           RN- dia N.º   1000RN-       /dia   N.º   RN- dia      N.º    N-     N/ N.º          dia
                                                           DIA                                                dia       RN-
                                           DI                                       DIA                 DI              DI
                                            A                                                            A              A



                   UTIN


                   USIN


                  TOTAL




terça-feira, 29 de janeiro de 13
FATORES PREDISPONENTES
                   DE INFECÇÃO
              ASPECTOS PRÉ NATAIS / INTRA PARTO/ PÓS NATAIS




              Condições maternas :
                 ITU
                 Colonização por Streptococus agalactiae
                 Ruptura de membranas ( Tempo)
                 Corioamnionite
                 Febre materna



terça-feira, 29 de janeiro de 13
FATORES PREDISPONENTES
                         DE INFECÇÃO

     Considerações
                                      • Colonização do RN
     especiais dos RNs                   ó Sem colonização ao
     ó Ausência de flora endógena         nascimento
     protetora ao nascimento e
                                      Colonização influenciada por:
     aquisição de microrganismos na
     UTI                              ¡ Leite materno x fórmula
                                      ¡ Contato materno x profissional de
                                          saúde
                                      ¡ Uso de antimicrobianos: 30 x
                                          mais risco de sepse tardia
                                      ¡ Higienização das mãos da equipe
                                      :



terça-feira, 29 de janeiro de 13
FATORES PREDISPONENTES
                                   DE INFECÇÃO

                 Condições do neonato :

                 •   Imaturidade do sistema imunológico
                 •   Prematuridade ( IG < ou = 34 semanas )
                 •   Baixo peso ao nascer ( < 1500g)
                 •   Dispositivos invasivos ( CVC, VM, sondas)
                 •   Uso de antibióticos
                 •   Tempo prolongado de internamento
                 •   Manipulação excessiva por cuidadores
                 •   Aleitamento materno prejudicado



terça-feira, 29 de janeiro de 13
FATORES PREDISPONENTES
                                   DE INFECÇÃO
          Condições estruturais

          Superlotação das unidades neonatais
           ( inadequação da área física)




          Desproporção do número de RN/ PS
          ( aumenta risco de infecção cruzada)



terça-feira, 29 de janeiro de 13
FATORES PREDISPONENTES
                                   DE INFECÇÃO

          • Outros fatores de risco:

          Artigos e equipamentos
          Soluções parenterais e medicamentos e germicidas
          Profissionais de saúde ou visitantes com morbidade
            infecciosa




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
          CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

          •    IPCS ( SEPSE)
          •    IMPETIGO
          •    ONFALITE
          •    CONJUNTIVITE



terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                     DIAGNÓSTICO
                                   IPCS




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                     DIAGNÓSTICO
                        IPCS




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                     DIAGNÓSTICO
                        IPCS
                            Considerações importantes




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                     DIAGNÓSTICO
                       Conjuntivite




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                     DIAGNÓSTICO
                                   Impetigo




terça-feira, 29 de janeiro de 13
IRAS EM NEONATOLOGIA
                     DIAGNÓSTICO
                                   Onfalite




terça-feira, 29 de janeiro de 13
• IRAS em
                 neonatologia
                 Prevenir ...

                    Reduzir....

                    Tolerância
                    zero...
terça-feira, 29 de janeiro de 13
FONTES DE INFECÇÃO
                                    Mãos dos profissionais;
                                    Visitantes;
                                    Soluções parenterais e
                                     medicamentos e germicidas
                                    Catéteres venosos, tubos
                                     endotraqueais;
                                    Artigos e equipamentos;
                                    Ambiente (superlotação);
                                    Instalações físicas


terça-feira, 29 de janeiro de 13
Medidas preventivas gerais
          • Higiene das mãos;
          • Uso de anti-sépticos antes
            procedimentos invasivos;
          • Técnica asséptica na inserção de
            dispositivos e observar tempo de troca;
          • Realizar higiene e/ou desinfecção
            localizada de toda superfície fixa;
          • Reprocessar todos os artigos
            reutilizáveis de acordo c/ a Norma;
          • Afastar profissional c/ I.T.R., lesões de
            pele;
          • Estabelecer cuidados especiais em RN
            de risco

terça-feira, 29 de janeiro de 13
Medidas preventivas gerais
          • Higiene das mãos/ Considerações :
            Em UTIN proceder degermação com
            antisséptico na primeira higienização do dia.
            ( sugestão)
           Usar antisséptico (Clorexidina para higiene
            das mãos no caso de surtos e no cuidado
            com RN com bactéria MR)


terça-feira, 29 de janeiro de 13
Medidas preventivas
                                    Acesso Vascular

               • Minimizar tempo e número de venopunções



               • Minimizar tempo de permanência dos cateteres
                 centrais




terça-feira, 29 de janeiro de 13
Medidas preventivas específicas
           Tipo  Local  Troca do   Riscos
  A                                de         dispositivo
  C        Periféric               MMSS Sem troca                      Flebite,
                                   inserçã
  E
           o
           Periféric               Veia       programada, infiltração,
                                              Sem troca                Flebite,
  S
                                   o          exceto se
                                              programada, bacteremia
  S
  O        o                       axilar,                             infiltração,
  V        Central
           (                       femural complicações ( > )
                                   Veia       exceto se
                                              Sem troca                bacteremia
                                                                       Infecção,
  A
  S        dissecçã                e
                                   Jugular complicações ( <)
                                              programada, trombose,
  C        o)                      basílica exceto se
                                   e                                   pneumo e
  U        Central                 Veia ou Retirada:                   Infecção
  L
           (Umbili                 Subclávi complicações hemotórax
                                   artéria Veia (14dias) ( >)
  A
           cal)                    a
                                   umbilica Sem troca                  (>)
  R        PICC                    Fossa      Artéria (05 Menor        Trombose(
           ( Cateter               l
                                   cubital* programada, incidência
                                              dias)                    arterial)
           central                 Femuralcalibrosa, menorse
                                              exceto                   de todos
                                        *veia              colonização
           de                      Jugular complicações as
terça-feira, 29 de janeiro de 13
Padronização de soluções anti-sépticas em
                          neonato (ANVISA, 2006)




terça-feira, 29 de janeiro de 13
Medidas preventivas Acesso Vascular
             Guideline for Prevention of Intravascular Catheter-Related Infections – HICPAC –
                         CDC”, (CDC, 2002) relacionadas à pediatria e neonatologia



               •  Usar luvas estéreis para inserção de cateter vascular
                 central. (IA)
               • Usar luvas estéreis ou de procedimento não estéreis
                 (usando técnica asséptica) nas trocas de curativos (IC)
               • Não usar a inserção por flebotomia de rotina (IA)
               • Usar solução anti-séptica para inserção do CVC (dar
                 preferência às soluções de clorexidina) (IA) e usar
                 barreira máxima na inserção (IA)




terça-feira, 29 de janeiro de 13
Medidas preventivas Acesso Vascular
             Guideline for Prevention of Intravascular Catheter-Related Infections – HICPAC –
                         CDC”, (CDC, 2002) relacionadas à pediatria e neonatologia


          • Usar curativo estéril de gaze ou transparente para cobrir o
            local de inserção (IA)
          • Trocar o curativo sempre que o local estiver sujo, úmido
            ou solto (IB) E se gaze ( 02 dias) , se curativo transparente
            ( 07 dias) (IA)
          • Trocar o sistema de infusão, incluindo os outros
               dispositivos acoplados ao sistema em 72 h, exceto se
               suspeita ou comprovação de bacteremia relacionada ao
               CVC ou quando houver quebra de técnica, em situações
               de acúmulo de sangue ou mal funcionamento. (IA)



terça-feira, 29 de janeiro de 13
Medidas preventivas
                                    Acesso Vascular
          Pensar sempre:
          q Indicação para inserção

          q Cuidados com a manutenção

          q Avaliar possível retirada ( Diariamente)



terça-feira, 29 de janeiro de 13
Medidas preventivas
                                      Conjuntivite
         Cuidados com os olhos :
         Ao nascimento, remover secreções com gaze estéril
         Instilar 02 gotas do colírio de Nitrato de prata 1% p/ prevenção
            de inf. Gonocócica ( alternativa : pomadas em tubos de uso
            único de tetraciclina 1% ou eritromicina 0,5 %.)
         Utilizar o nitrato de prata em frascos individuais ou prover
            frascos com volume necessário para uso em 24 horas, com
            troca diária da solução.
         Durante o banho : começar a higienização por face e cabeça
         Durante a aspiração de secreções respiratórias : proteger (cobrir)
            a região dos olhos e não retirar a sonda pela face.



terça-feira, 29 de janeiro de 13
Medidas preventivas
                                      Conjuntivite
         No caso de conjuntivite:
         • Avaliar a possibilidade de Conjuntivite Química ( Reação ao
           nitrato de prata que ocorre em 24h e tem resolução
           espontânea em até 48 h)

         • Realizar coleta de material para gram/cultura . Colher
           material com swab ou cotonete estéril em saco conjuntival
           inferior após limpeza da região com sol. estéril.




terça-feira, 29 de janeiro de 13
Medidas preventivas
                                   Cuidados com a pele
Considerações importantes ( especialmente nos RN < 34 semanas:
• Permeabilidade: inversamente proporcional com avanço
da IG, ocorrendo absorção de substâncias;
• Perda de água transcutânea (PAT): alta primeiros dias de
vida.
• Propriedade barreira diminuída: ruptura da pele (risco de
infecção), edema causa instabilidade dérmica, e é FR para
lesão isquêmica;
• Termo-regulação: RN < 1000 g tem pouca ou nenhuma
gordura, sendo vulnerável à instabilidade térmica




terça-feira, 29 de janeiro de 13
Medidas preventivas
                                   Cuidados com a pele
         Banho :
         Realizar após estabilização da temperatura corporal ( 02 a 04 h)
         Utilizar luvas ( proteção do profissional de saúde)
         Não é necessária remoção completa do vernix
         Utilizar água morna (38 graus) e sabonete neutro
         Nos Rn pré termo fazer asseio com água morna e bolas de
           algodão , evitar fricção para minimizar riscos de lesão de pele
           (considerar banho de imersão nos pré termos estáveis)
         Limpar e desinfetar a banheira após banho




terça-feira, 29 de janeiro de 13
Medidas preventivas
                                   Cuidados com a pele
         Outros :
         Avaliar a pele diariamente, principalmente no RN pré termo
           (verificar ressecamento, fissuras, eritemas, lesões infectadas e
           úlceras de pressão)

         Uso de emolientes à base de petrolato e miscíveis em água
         ( função protetora e de prevenção de perda de água)




terça-feira, 29 de janeiro de 13
Medidas preventivas
                                   Cuidados com a pele
         Outros :
         Observar lesão por : adesivos, CPAP nasal, cânula endotraqueal,
           sondas oro ou nasogástricas
         Limitar o uso de adesivo
         Evitar troca de curativo transparente
         Uso de protetores dos dispositivos ( Duoderm)
         Utilizar gel para eletrodos / Só remover quando uso não for
           mais necessário




terça-feira, 29 de janeiro de 13
CUIDADOS COM
                        MICROPÚSTULAS:
                – Intensificar higiene das mãos;
                – Usar luvas de procedimento;
                – Observar o aspecto;
                – Banho c/ Clorohexdina 2%;
                – Isolamento físico em incubadora ou tipo
                  coorte em enfermaria (isolamento de
                  contato até 24h da antibioticoterapia) ;
                – Colher material p/ cultura;
                – Seguir prescrição médica.



terça-feira, 29 de janeiro de 13
Medidas preventivas
                                     Coto umbilical
          •    Deve ser ligado e cortado com técnica asséptica;
          •    Manter limpo e seco;
          •    Não usar pomadas/cremes com antibiótico
          •    Soluções para limpeza:
                       Agua ésteril
                                          Usar recipientes de
                       Álcool à 70 %      uso único ou
                       Clorexidina        individual


          • Manter coto descoberto


terça-feira, 29 de janeiro de 13
MEDIDAS PREVENTIVAS
                           Ambiente
      • Adequar as instalações para
        facilitar prestação da
        assistência;
       Unidade intensiva: 9 m2/ RN ( 1,80
        m)
       Unid Semi-intensiva: 6 m2/ RN
        (1,20m)
       B. Observação: 3 m2/RN (1,00m)
       Nº de pias suficientes




terça-feira, 29 de janeiro de 13
MEDIDAS PREVENTIVAS
                           Ambiente
          • Pia ( RDC 50)




          • Preparações alcoólicas para higienização das mãos devem
            estar disponibilizadas na entrada da unidade, entre os leitos
            e em outros locais estratégicos definidos pela CCIH.
          • Limpeza e desinfecção de superfície de acordo com as
            normas e CCIH



terça-feira, 29 de janeiro de 13
MEDIDAS PREVENTIVAS
                       Profissionais de saúde
                 • Relação PS/ Paciente
                 RESOLUÇÃO - RDC Nº 7, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2010 ( UTI neonatal)
                 • Médicos plantonistas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, em cada
                    turno.
                 • Enfermeiros assistenciais: no mínimo 01 (um) para cada 08 (oito) leitos ou fração, em
                    cada turno.
                 • Técnicos de enfermagem: no mínimo 01 (um) para cada 02 (dois) leitos em cada turno,
                    além de 1 (um) técnico de enfermagem por UTI para serviços de apoio assistencial em
                    cada turno;
                 • Funcionários exclusivos para serviço de limpeza da unidade, em cada turno

                 Considerando a Portaria Gabinete do Ministro (GM)/MS nº 1.091, 25 de agosto de
                    1999, a unidade de cuidados intermediários deve obedecer à proporção
                    profissional por RN:
                    • RN em cuidados intermediários: 1 (um) técnico de enfermagem /5 (cinco) RN e 01 (um)
                      enfermeiro para no máximo 15 (quinze) RN;



terça-feira, 29 de janeiro de 13
MEDIDAS PREVENTIVAS
                       Profissionais de saúde




              Evitar exercer as atividades se portar doenças agudas
              transmissíveis ou lesões cutâneas infectadas




terça-feira, 29 de janeiro de 13
MEDIDAS PREVENTIVAS
                      Materiais /Equipamentos
                                       Se utilizar , proceder
                                       desinfecção adequada



                                       De preferência,
                                       utilizar almotolias
                                       descartáveis




terça-feira, 29 de janeiro de 13
MEDIDAS PREVENTIVAS
                     PRECAUÇÕES DE ISOLAMENTO
     • PRECAUÇÕES DE ISOLAMENTO




terça-feira, 29 de janeiro de 13
MEDIDAS DE CONTROLE DE SURTOS
              • Intensificar lavagem das
                mãos c/ uso Álcool 70%;
              • Realizar culturas do RN;
              • Isolar geograficamente o
                infectado/colonizado;
              • Instituir precauções de
                transmissão;
              • Avaliar novas admissões;
              • Utilizar sol. Clorohexidina
                2% no banho do RN;
              • Restringir uso de
                antimicrobianos

terça-feira, 29 de janeiro de 13
ARTIGOS UTILIZADOS
               Avaliar a aquisição, indicação e utilização
   • LUVAS: No contato direto ou
     indireto
   • AVENTAL: No contato corporal
     c/ RN
   • CPAP OU PRONGA NASAL:
     Troca a cada 48 horas

   • OXY HOOD/ HALO OU
     CAPACETE: Troca a cada 48
     horas
   • FILTRO DE INCUBADORA:
     Troca a cada 30 a 60 dias


terça-feira, 29 de janeiro de 13
Para os profissionais de Controle
                de Infecção Hospitalar
          “Não importa se teremos tempo suficiente
            para vermos mudadas as coisas e as pessoas
            pelas quais lutamos, mas sim que façamos a
            nossa parte, de modo que tudo se transforme
            ao seu tempo”
                                   Autor desconhecido




terça-feira, 29 de janeiro de 13
Cuida de mim! Vê
                                   se lava as mãos !!!




                                           Obrigada

terça-feira, 29 de janeiro de 13

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IRAS em Neonatologia: Diagnóstico e Prevenção

  • 1. IRAS em Neonatologia Diagnóstico e Prevenção Curso de noções básicas de Controle de Infecção Hospitalar Divisa/Necih 2011 Enf. Fátima Nery Dra. Lorena Pastor terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 2. IRAS EM NEONATOLOGIA • Incidência Mortalidade • No Brasil, Unidades de Terapia • No Brasil 60% da mortalidade Intensiva Neonatal (UTIN) de nível infantil ocorra no período terciário possuem taxas de infecção neonatal, sendo a sepse entre 18,9 a 57,7% (Rev Paul Pediatr neonatal uma das principais 2009;27(1):6-14.) causas. • As IRAS afetam mais de 30% dos (J Hosp Infect, 2007) neonatos (SRIVASTAVAA & SHETTY, 2007) • Alguns estudos regionais mostraram índice médio de 25/1000 RN-dia. (Pessoa-Silva e cols.,2004) terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 3. Tabela 2- Prevalência de Neonatos com Infecção Hospitalar em Instituições de Saúde. Salvador e Região Metropolitana. Outubro de 2001 (FERNANDES,2004) terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 4. Gráfico 1- Prevalência de IH em neonatos das Instituições de Saúde. Salvador e Região Metropolitana. Outubro de 2001 (FERNANDES,2004) terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 5. IRAS em Neonatologia Definição • Infecção Congênita ou por via transplacentária (IC) • IRAS Precoce ( provável origem materna): logo após o nascimento (até 48h) • IRAS Tardias: após 48 h terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 6. IRAS EM NEONATOLOGIA Definição Condição Fator de Risco IRAS Precoce (< 48 horas) IRAS Tardia (> 48 horas) terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 7. MANUAL SOBRE DEFINIÇÃO DOS CRITÉRIOS NACIONAIS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM NEONATOLOGIA ANVISA 2010 Ex : Sepse por Estreptococus do Grupo B http://www.anvisa.gov.br terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 8. IRAS EM NEONATOLOGIA Definição terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 9. IRAS EM NEONATOLOGIA Definição terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 10. IRAS EM NEONATOLOGIA Definição • Após alta hospitalar Se RN retorna, observar período de incubação. terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 11. IRAS EM NEONATOLOGIA Definição terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 12. IRAS EM NEONATOLOGIA Vigilância epidemiológica terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 13. IRAS EM NEONATOLOGIA Vigilância epidemiológica Vigilância em UTI neonatal • Ø Todos os RNs são monitorados em busca de IH em todas as topografias; São divididos em quatro categorias de acordo com o peso de nascimento: • q< 750 g • q751 – 1000 g • q1001 – 1500 • q1501 – 2500 • q> 2500g. Avaliados diariamente quanto à presença de cateter • umbilical/cateter vascular central e VM. terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 14. IRAS EM NEONATOLOGIA Vigilância epidemiológica • Anvisa prioriza vigilância dos RN de Alto Risco terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 15. IRAS EM NEONATOLOGIA Vigilância epidemilógica • Anvisa prioriza vigilância dos RN de alto risco terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 16. IRAS EM NEONATOLOGIA Vigilância epidemiológica/ Indicadores VII – IRAS EM RN DE ALTO RISCO (RN-AR) terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 17. IRAS EM NEONATOLOGIA Vigilância epidemiológica/ Indicadores VII – IRAS EM RN DE ALTO RISCO (RN-AR) IRAS Densidade RN-AR De Densidade de IRAS Com incidência incidência Letalidade DENOMINADOR IRAS precoce tardia (IRAS tardias) Por PN (PRÓXIMA TABELA) RN- Unida N.º Nº. de TOTAL Total de AR/dia % N.º % N.º % N.º P/1000 % iras Ṭ de Óbito RN-AR dia UTIN A. CONJ UNT O TOT AL terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 18. IRAS EM NEONATOLOGIA Vigilância epidemiológica/ Indicadores VIII – IRAS EM RN DE ALTO RISCO (RN-AR) POR PESO AO NASCER (PN) Densidade de incidência (IRAS tardia)/PN IRAS <750g 750g-1000g 1001g-1500g 1501g-2500g >2500g P/ P/ Nº. Nº. P/ Nº. 100 100 P/ P/ RN Nº.RN RN Nº.RN 1000 RN 0R 0 Unidade N.º 1000R DIA N.º 1000R DIA/PN N.º RN- DIA N.º N- DI N.º DIA/ N-DIA N-DIA A/ RN- PN /PN DIA /PN DI PN DIA A UTIN USIN TOTAL terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 19. IRAS EM NEONATOLOGIA Vigilância epidemiológica/ Indicadores IX – IRAS EM RN DE ALTO RISCO ASSOCIADA AOS DISPOSITIVOS INVASIVOS / CATETER VENOSO CENTRAL Densidade de incidência IRAS associada aos dispositivos invasivos IRAS <750g 750g-1000g 1001g-1500g 1501g-2500g >2500g P/ P/ P/ 100 nºR P/ nºR 100 100 P/ nºR 0 0 nºRN 1000 N/ 0R nºRN/ Unidade N.º N/ RN- dia N.º 1000RN- /dia N.º RN- dia N.º N- N/ N.º dia DIA dia RN- DI DIA DI DI A A A UTIN USIN TOTAL terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 20. FATORES PREDISPONENTES DE INFECÇÃO ASPECTOS PRÉ NATAIS / INTRA PARTO/ PÓS NATAIS Condições maternas : ITU Colonização por Streptococus agalactiae Ruptura de membranas ( Tempo) Corioamnionite Febre materna terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 21. FATORES PREDISPONENTES DE INFECÇÃO Considerações • Colonização do RN especiais dos RNs ó Sem colonização ao ó Ausência de flora endógena nascimento protetora ao nascimento e Colonização influenciada por: aquisição de microrganismos na UTI ¡ Leite materno x fórmula ¡ Contato materno x profissional de saúde ¡ Uso de antimicrobianos: 30 x mais risco de sepse tardia ¡ Higienização das mãos da equipe : terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 22. FATORES PREDISPONENTES DE INFECÇÃO Condições do neonato : • Imaturidade do sistema imunológico • Prematuridade ( IG < ou = 34 semanas ) • Baixo peso ao nascer ( < 1500g) • Dispositivos invasivos ( CVC, VM, sondas) • Uso de antibióticos • Tempo prolongado de internamento • Manipulação excessiva por cuidadores • Aleitamento materno prejudicado terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 23. FATORES PREDISPONENTES DE INFECÇÃO Condições estruturais Superlotação das unidades neonatais ( inadequação da área física) Desproporção do número de RN/ PS ( aumenta risco de infecção cruzada) terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 24. FATORES PREDISPONENTES DE INFECÇÃO • Outros fatores de risco: Artigos e equipamentos Soluções parenterais e medicamentos e germicidas Profissionais de saúde ou visitantes com morbidade infecciosa terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 25. IRAS EM NEONATOLOGIA CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS • IPCS ( SEPSE) • IMPETIGO • ONFALITE • CONJUNTIVITE terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 26. IRAS EM NEONATOLOGIA DIAGNÓSTICO IPCS terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 27. IRAS EM NEONATOLOGIA DIAGNÓSTICO IPCS terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 28. IRAS EM NEONATOLOGIA DIAGNÓSTICO IPCS Considerações importantes terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 29. IRAS EM NEONATOLOGIA DIAGNÓSTICO Conjuntivite terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 30. IRAS EM NEONATOLOGIA DIAGNÓSTICO Impetigo terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 31. IRAS EM NEONATOLOGIA DIAGNÓSTICO Onfalite terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 32. • IRAS em neonatologia Prevenir ... Reduzir.... Tolerância zero... terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 33. FONTES DE INFECÇÃO  Mãos dos profissionais;  Visitantes;  Soluções parenterais e medicamentos e germicidas  Catéteres venosos, tubos endotraqueais;  Artigos e equipamentos;  Ambiente (superlotação);  Instalações físicas terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 34. Medidas preventivas gerais • Higiene das mãos; • Uso de anti-sépticos antes procedimentos invasivos; • Técnica asséptica na inserção de dispositivos e observar tempo de troca; • Realizar higiene e/ou desinfecção localizada de toda superfície fixa; • Reprocessar todos os artigos reutilizáveis de acordo c/ a Norma; • Afastar profissional c/ I.T.R., lesões de pele; • Estabelecer cuidados especiais em RN de risco terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 35. Medidas preventivas gerais • Higiene das mãos/ Considerações : Em UTIN proceder degermação com antisséptico na primeira higienização do dia. ( sugestão) Usar antisséptico (Clorexidina para higiene das mãos no caso de surtos e no cuidado com RN com bactéria MR) terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 36. Medidas preventivas Acesso Vascular • Minimizar tempo e número de venopunções • Minimizar tempo de permanência dos cateteres centrais terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 37. Medidas preventivas específicas Tipo Local Troca do Riscos A de dispositivo C Periféric MMSS Sem troca Flebite, inserçã E o Periféric Veia programada, infiltração, Sem troca Flebite, S o exceto se programada, bacteremia S O o axilar, infiltração, V Central ( femural complicações ( > ) Veia exceto se Sem troca bacteremia Infecção, A S dissecçã e Jugular complicações ( <) programada, trombose, C o) basílica exceto se e pneumo e U Central Veia ou Retirada: Infecção L (Umbili Subclávi complicações hemotórax artéria Veia (14dias) ( >) A cal) a umbilica Sem troca (>) R PICC Fossa Artéria (05 Menor Trombose( ( Cateter l cubital* programada, incidência dias) arterial) central Femuralcalibrosa, menorse exceto de todos *veia colonização de Jugular complicações as terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 38. Padronização de soluções anti-sépticas em neonato (ANVISA, 2006) terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 39. Medidas preventivas Acesso Vascular Guideline for Prevention of Intravascular Catheter-Related Infections – HICPAC – CDC”, (CDC, 2002) relacionadas à pediatria e neonatologia • Usar luvas estéreis para inserção de cateter vascular central. (IA) • Usar luvas estéreis ou de procedimento não estéreis (usando técnica asséptica) nas trocas de curativos (IC) • Não usar a inserção por flebotomia de rotina (IA) • Usar solução anti-séptica para inserção do CVC (dar preferência às soluções de clorexidina) (IA) e usar barreira máxima na inserção (IA) terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 40. Medidas preventivas Acesso Vascular Guideline for Prevention of Intravascular Catheter-Related Infections – HICPAC – CDC”, (CDC, 2002) relacionadas à pediatria e neonatologia • Usar curativo estéril de gaze ou transparente para cobrir o local de inserção (IA) • Trocar o curativo sempre que o local estiver sujo, úmido ou solto (IB) E se gaze ( 02 dias) , se curativo transparente ( 07 dias) (IA) • Trocar o sistema de infusão, incluindo os outros dispositivos acoplados ao sistema em 72 h, exceto se suspeita ou comprovação de bacteremia relacionada ao CVC ou quando houver quebra de técnica, em situações de acúmulo de sangue ou mal funcionamento. (IA) terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 41. Medidas preventivas Acesso Vascular Pensar sempre: q Indicação para inserção q Cuidados com a manutenção q Avaliar possível retirada ( Diariamente) terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 42. Medidas preventivas Conjuntivite Cuidados com os olhos : Ao nascimento, remover secreções com gaze estéril Instilar 02 gotas do colírio de Nitrato de prata 1% p/ prevenção de inf. Gonocócica ( alternativa : pomadas em tubos de uso único de tetraciclina 1% ou eritromicina 0,5 %.) Utilizar o nitrato de prata em frascos individuais ou prover frascos com volume necessário para uso em 24 horas, com troca diária da solução. Durante o banho : começar a higienização por face e cabeça Durante a aspiração de secreções respiratórias : proteger (cobrir) a região dos olhos e não retirar a sonda pela face. terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 43. Medidas preventivas Conjuntivite No caso de conjuntivite: • Avaliar a possibilidade de Conjuntivite Química ( Reação ao nitrato de prata que ocorre em 24h e tem resolução espontânea em até 48 h) • Realizar coleta de material para gram/cultura . Colher material com swab ou cotonete estéril em saco conjuntival inferior após limpeza da região com sol. estéril. terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 44. Medidas preventivas Cuidados com a pele Considerações importantes ( especialmente nos RN < 34 semanas: • Permeabilidade: inversamente proporcional com avanço da IG, ocorrendo absorção de substâncias; • Perda de água transcutânea (PAT): alta primeiros dias de vida. • Propriedade barreira diminuída: ruptura da pele (risco de infecção), edema causa instabilidade dérmica, e é FR para lesão isquêmica; • Termo-regulação: RN < 1000 g tem pouca ou nenhuma gordura, sendo vulnerável à instabilidade térmica terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 45. Medidas preventivas Cuidados com a pele Banho : Realizar após estabilização da temperatura corporal ( 02 a 04 h) Utilizar luvas ( proteção do profissional de saúde) Não é necessária remoção completa do vernix Utilizar água morna (38 graus) e sabonete neutro Nos Rn pré termo fazer asseio com água morna e bolas de algodão , evitar fricção para minimizar riscos de lesão de pele (considerar banho de imersão nos pré termos estáveis) Limpar e desinfetar a banheira após banho terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 46. Medidas preventivas Cuidados com a pele Outros : Avaliar a pele diariamente, principalmente no RN pré termo (verificar ressecamento, fissuras, eritemas, lesões infectadas e úlceras de pressão) Uso de emolientes à base de petrolato e miscíveis em água ( função protetora e de prevenção de perda de água) terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 47. Medidas preventivas Cuidados com a pele Outros : Observar lesão por : adesivos, CPAP nasal, cânula endotraqueal, sondas oro ou nasogástricas Limitar o uso de adesivo Evitar troca de curativo transparente Uso de protetores dos dispositivos ( Duoderm) Utilizar gel para eletrodos / Só remover quando uso não for mais necessário terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 48. CUIDADOS COM MICROPÚSTULAS: – Intensificar higiene das mãos; – Usar luvas de procedimento; – Observar o aspecto; – Banho c/ Clorohexdina 2%; – Isolamento físico em incubadora ou tipo coorte em enfermaria (isolamento de contato até 24h da antibioticoterapia) ; – Colher material p/ cultura; – Seguir prescrição médica. terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 49. Medidas preventivas Coto umbilical • Deve ser ligado e cortado com técnica asséptica; • Manter limpo e seco; • Não usar pomadas/cremes com antibiótico • Soluções para limpeza: Agua ésteril Usar recipientes de Álcool à 70 % uso único ou Clorexidina individual • Manter coto descoberto terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 50. MEDIDAS PREVENTIVAS Ambiente • Adequar as instalações para facilitar prestação da assistência;  Unidade intensiva: 9 m2/ RN ( 1,80 m)  Unid Semi-intensiva: 6 m2/ RN (1,20m)  B. Observação: 3 m2/RN (1,00m)  Nº de pias suficientes terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 51. MEDIDAS PREVENTIVAS Ambiente • Pia ( RDC 50) • Preparações alcoólicas para higienização das mãos devem estar disponibilizadas na entrada da unidade, entre os leitos e em outros locais estratégicos definidos pela CCIH. • Limpeza e desinfecção de superfície de acordo com as normas e CCIH terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 52. MEDIDAS PREVENTIVAS Profissionais de saúde • Relação PS/ Paciente RESOLUÇÃO - RDC Nº 7, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2010 ( UTI neonatal) • Médicos plantonistas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, em cada turno. • Enfermeiros assistenciais: no mínimo 01 (um) para cada 08 (oito) leitos ou fração, em cada turno. • Técnicos de enfermagem: no mínimo 01 (um) para cada 02 (dois) leitos em cada turno, além de 1 (um) técnico de enfermagem por UTI para serviços de apoio assistencial em cada turno; • Funcionários exclusivos para serviço de limpeza da unidade, em cada turno Considerando a Portaria Gabinete do Ministro (GM)/MS nº 1.091, 25 de agosto de 1999, a unidade de cuidados intermediários deve obedecer à proporção profissional por RN: • RN em cuidados intermediários: 1 (um) técnico de enfermagem /5 (cinco) RN e 01 (um) enfermeiro para no máximo 15 (quinze) RN; terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 53. MEDIDAS PREVENTIVAS Profissionais de saúde Evitar exercer as atividades se portar doenças agudas transmissíveis ou lesões cutâneas infectadas terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 54. MEDIDAS PREVENTIVAS Materiais /Equipamentos Se utilizar , proceder desinfecção adequada De preferência, utilizar almotolias descartáveis terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 55. MEDIDAS PREVENTIVAS PRECAUÇÕES DE ISOLAMENTO • PRECAUÇÕES DE ISOLAMENTO terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 56. MEDIDAS DE CONTROLE DE SURTOS • Intensificar lavagem das mãos c/ uso Álcool 70%; • Realizar culturas do RN; • Isolar geograficamente o infectado/colonizado; • Instituir precauções de transmissão; • Avaliar novas admissões; • Utilizar sol. Clorohexidina 2% no banho do RN; • Restringir uso de antimicrobianos terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 57. ARTIGOS UTILIZADOS Avaliar a aquisição, indicação e utilização • LUVAS: No contato direto ou indireto • AVENTAL: No contato corporal c/ RN • CPAP OU PRONGA NASAL: Troca a cada 48 horas • OXY HOOD/ HALO OU CAPACETE: Troca a cada 48 horas • FILTRO DE INCUBADORA: Troca a cada 30 a 60 dias terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 58. Para os profissionais de Controle de Infecção Hospitalar “Não importa se teremos tempo suficiente para vermos mudadas as coisas e as pessoas pelas quais lutamos, mas sim que façamos a nossa parte, de modo que tudo se transforme ao seu tempo” Autor desconhecido terça-feira, 29 de janeiro de 13
  • 59. Cuida de mim! Vê se lava as mãos !!! Obrigada terça-feira, 29 de janeiro de 13