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A história da família Pontuação
 Vírgula     Ponto e Vírgula                     Ponto de
                                   Travessão
                                               Interrogação




                               Reticências

 Ponto de                                      Ponto Final
               Dois
Exclamação    Pontos
Era uma vez uma menina ajuizada. Chamava-se Menina Vírgula.
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as montras.
     Ora um dia nos seus passeios, apareceu um cavalheiro, muito
simpático e elegante no seu chapéu de coco: sempre que a Menina
Vírgula parava, ele parava também, tirava o chapéu e ficava a olhá-la
demoradamente.




    Foi numa dessas pausas que acabou por entabular conversa e pedir
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Claro que esta disse logo: “Não resolvo nada sem primeiro falar com
   meu pai, o Senhor Travessão”.
E o Senhor Ponto e Vírgula (era este o nome do cavalheiro) lá foi.
O pai da Menina Vírgula era um senhor muito respeitável e, como
   guarda que era do “Jardim das Palavras”, fez uma cara de poucos
   amigos. Mas quando ouviu o nome do cavalheiro disse:
- Ponto e Vírgula? É como se chama? Hum… Bem… Parece que foi
   feito para a minha filha! Realmente deve ser o marido ideal para
   ela.




E de facto, o Senhor Ponto e Vírgula acabou mesmo por casar com a,
Agora, Sr.ª D. Vírgula.
Tiveram então o seu primeiro filho, um menino rabino e muito curioso.




Imaginem que tinha o hábito de se pôr de pernas para o ar, para
   espreitar para debaixo dos móveis!
E puseram-lhe o nome de Ponto de Interrogação.
O segundo filho, como o primeiro, tinha um nome bastante
aristocrático: chamava-se Ponto de Exclamação!




Era muito mais sossegado que o seu irmão mais velho e ficava tão
admirado com as coisas que este descobria e as perguntas que fazia,
que levava o dia a soltar “ohs” e “ahs” de espanto.
E foi então que a Dona Vírgula deu à luz um lindo par de gémeos.




                   Andavam sempre a lutar um com o outro (ambos
               queriam ficar em cima) mas eram tão cómicos que
                toda a gente era unânime em afirmar: “Aquilo são
               mesmo Dois Pontos!...”
Mas a Dona Vírgula estava farta de ficar cansada com a turbulência
dos seus rapazes.
-“Se ao menos tivesse uma rapariga, sempre poderia ajudar-me na lida
da casa…”
E se bem o pensou, melhor o conseguiu: teve logo três gémeas duma
vez. Eram iguais como gotinhas de água, e muito sossegadinhas!
Como não se distinguiam umas das outras, receberam o nome de
“Manas Reticências”. Como eram tímidas, e um pouco indecisas, só
sabiam andar juntas.
Mas toda a gente gostava delas e , quando partiam, não eram facilmente
esquecidas: deixavam sempre um rasto na memória de todos…
Foi então que o Senhor Ponto e Vírgula disse para a mulher:
- A vida está difícil. Com esta crise e tudo tão caro, não se pode ter
muitos filhos. Agora, ponto final!
E foi assim que nasceu o menino mais novo, o último da família
Pontuação, o Ponto Final..
Ora este menino recebeu tanto mimo dos pais e dos irmãos mais velhos
que se tornou um pouco antipático: guloso (sempre a comer
guloseimas),   tornou-se redondo que nem uma bola, e um pouco
egoísta.
Assim, no meio dos amigos, acabava sempre por ficar sozinho: os
outros afastavam-se.




Pena que uma família tão simpática tenha educado tão mal o seu
último filho!

Mas enfim. Nós também não temos nada com isso. E também não
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A história da família Pontuação: os sinais de pontuação

  • 1. A história da família Pontuação Vírgula Ponto e Vírgula Ponto de Travessão Interrogação Reticências Ponto de Ponto Final Dois Exclamação Pontos
  • 2. Era uma vez uma menina ajuizada. Chamava-se Menina Vírgula. Gostava de passear, devagarinho e parar de vez em quando para ver as montras. Ora um dia nos seus passeios, apareceu um cavalheiro, muito simpático e elegante no seu chapéu de coco: sempre que a Menina Vírgula parava, ele parava também, tirava o chapéu e ficava a olhá-la demoradamente. Foi numa dessas pausas que acabou por entabular conversa e pedir ali mesmo a mão da Menina Vírgula!
  • 3. Claro que esta disse logo: “Não resolvo nada sem primeiro falar com meu pai, o Senhor Travessão”. E o Senhor Ponto e Vírgula (era este o nome do cavalheiro) lá foi. O pai da Menina Vírgula era um senhor muito respeitável e, como guarda que era do “Jardim das Palavras”, fez uma cara de poucos amigos. Mas quando ouviu o nome do cavalheiro disse: - Ponto e Vírgula? É como se chama? Hum… Bem… Parece que foi feito para a minha filha! Realmente deve ser o marido ideal para ela. E de facto, o Senhor Ponto e Vírgula acabou mesmo por casar com a, Agora, Sr.ª D. Vírgula.
  • 4. Tiveram então o seu primeiro filho, um menino rabino e muito curioso. Imaginem que tinha o hábito de se pôr de pernas para o ar, para espreitar para debaixo dos móveis! E puseram-lhe o nome de Ponto de Interrogação.
  • 5. O segundo filho, como o primeiro, tinha um nome bastante aristocrático: chamava-se Ponto de Exclamação! Era muito mais sossegado que o seu irmão mais velho e ficava tão admirado com as coisas que este descobria e as perguntas que fazia, que levava o dia a soltar “ohs” e “ahs” de espanto.
  • 6. E foi então que a Dona Vírgula deu à luz um lindo par de gémeos. Andavam sempre a lutar um com o outro (ambos queriam ficar em cima) mas eram tão cómicos que toda a gente era unânime em afirmar: “Aquilo são mesmo Dois Pontos!...”
  • 7. Mas a Dona Vírgula estava farta de ficar cansada com a turbulência dos seus rapazes. -“Se ao menos tivesse uma rapariga, sempre poderia ajudar-me na lida da casa…” E se bem o pensou, melhor o conseguiu: teve logo três gémeas duma vez. Eram iguais como gotinhas de água, e muito sossegadinhas!
  • 8. Como não se distinguiam umas das outras, receberam o nome de “Manas Reticências”. Como eram tímidas, e um pouco indecisas, só sabiam andar juntas. Mas toda a gente gostava delas e , quando partiam, não eram facilmente esquecidas: deixavam sempre um rasto na memória de todos…
  • 9. Foi então que o Senhor Ponto e Vírgula disse para a mulher: - A vida está difícil. Com esta crise e tudo tão caro, não se pode ter muitos filhos. Agora, ponto final!
  • 10. E foi assim que nasceu o menino mais novo, o último da família Pontuação, o Ponto Final.. Ora este menino recebeu tanto mimo dos pais e dos irmãos mais velhos que se tornou um pouco antipático: guloso (sempre a comer guloseimas), tornou-se redondo que nem uma bola, e um pouco egoísta.
  • 11. Assim, no meio dos amigos, acabava sempre por ficar sozinho: os outros afastavam-se. Pena que uma família tão simpática tenha educado tão mal o seu último filho! Mas enfim. Nós também não temos nada com isso. E também não queremos ser más-línguas… Portanto, Ponto Final no assunto.