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Flecha – Estrada – Nova caminhada...

(Por Carmen Ligia).



“Flecha...

Pausa!

Pedra.

Estrada...



Espinhos,

E flores;

Descaminhos,

Horrores.



Sol e sol e tanta chuva...

Música sem letra e som!

Norte que anuncia lua...

Sul que me dará, o tom.



Medos, disfarces.

Rua, escarlate...

Frios, e febres.

Sonhos me emudecem...



Milhas-fantasias,

Rio é regresso ao eu!

Nunca em dois banhos sou a mesma

Mas o rio, sempre rio, e vou pra Deus!
Mutante! Andarilha...

Cubro o mundo de poesias.

Corte, no pulso esquerdo

É que sangra coração-devaneio!



Feita de fina carne

Alma azul.

Céu é cinza...

Pinto meu calafrio, descortino meu vazio...



Sinto, e temo

Choro, e gemo.

Ando, vacilo

Vôo no infinito...



Terra molhada

Em ínfimas esperanças;

Danço, em transe

Transo romances...



Quem sou eu, se sou só eu?

Quem é mar, se busco o oceano meu?

Quem de disfarces, não diz pra que veio

Eu só vim, pra ser devaneio...



Parto, e fico
Passagem; é bonito

Ver mutações,

Meu ser clama revoluções.



Corte o frio do medo

Seja você!

Largue teu preconceito,

Não conceitue quem tu és... Pra quê?



Somos tantos, em um

Somos infinito no cósmico blue...

Somos pequenos, e tão imensos

Grão de areia, poeira ao vento.



Amor... O amor pode nos elevar,

Descobrir quem somos pra não vegetar.

Se exalte, seja quem tu és!

O mundo não é teu espelho, mas seu mundo pode ser exemplo:



Exemplo de dignidade

Mesmo com covardia,

Exemplo de moralidade,

Realizando fantasias;



Exemplo de preservação

Mas não de omissão,

Exemplo de superação,
Não de negação!



Seja você, custe o custar!

Derrube suas muralhas

Mergulhe no seu mar!

Seja quem és, autêntico e sonhador; não se perca, no torpor...



Estradas, esta é só mais uma

Eternidade, de cada dia.

Blasfeme a incongruência, mas ajoelhe no seu altar

Você em Deus, este pode nos libertar...



O Deus de seu entendimento, um Deus que nos eleva

Aceita nossos erros, e mostra a estrada certa.

Não importa o caminho, importante é caminhar,

Nossos desvios, só servem para nos revelar:



Olhe sua alma, com espelhos verdadeiros,

Quebre orgulho, vença seus próprios medos.

Atravesse a ponte, existem rosas em todo lugar,

Se fira em espinhos, sangrando a gente ressuscitará!



Não seja fantoche, a terra está em transe!

Ande, ande, por favor, se levante.

Olhe o mundo, ele é tão imenso...

Não é cor do dinheiro, queira desfrutar o mesmo.
Ajude a si, e estenda a mão pra seu irmão,

Aceitando quem tu és, viveremos em comunhão.

Não atire pedras, distribua sorrisos

Olhe o mar, e venha ser feliz comigo.



Somos amigos, quem é você?

Este poema é só pra nos enaltecer...

Não sangre, apenas por sangrar,

A ferida está cicatrizando, aprenda a se valorizar...



Minha amiga, tu és flor de maio, quer viver a vida;

A vida é tudo, é submundo, idílio profundo:

Noites de dores, muitos dias de amor,

Cresça com a vida, a lição nunca se acabou!



Voltemos crianças, é tempo de esperança,

Voltemos crianças, é tempo de olhar o céu.

Dancemos crianças, tirem logo este véu,

Sejam sinceros, respeite o outro dando amor sincero, sem fel...



Amemos a nós, com defeitos e qualidades,

Realizem sonhos, fantasiando com quem lhe for amor...

Não se prendam as regras, convivamos com elas

Ética é viver, buscando flores em cada alvorecer.



Tristes caminhos, espinhos e flechas...

Balas perdidas, fome e tanta miséria...
Sonho, quais sonhos, poderemos juntos realizar?

Sejamos um consciente coletivo, vamos ver o mar! AMAR...”



(Carmen Ligia Vila Nova Santos, em 26/04/2011; terminei agora, 16h36min).

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  • 2. Mutante! Andarilha... Cubro o mundo de poesias. Corte, no pulso esquerdo É que sangra coração-devaneio! Feita de fina carne Alma azul. Céu é cinza... Pinto meu calafrio, descortino meu vazio... Sinto, e temo Choro, e gemo. Ando, vacilo Vôo no infinito... Terra molhada Em ínfimas esperanças; Danço, em transe Transo romances... Quem sou eu, se sou só eu? Quem é mar, se busco o oceano meu? Quem de disfarces, não diz pra que veio Eu só vim, pra ser devaneio... Parto, e fico
  • 3. Passagem; é bonito Ver mutações, Meu ser clama revoluções. Corte o frio do medo Seja você! Largue teu preconceito, Não conceitue quem tu és... Pra quê? Somos tantos, em um Somos infinito no cósmico blue... Somos pequenos, e tão imensos Grão de areia, poeira ao vento. Amor... O amor pode nos elevar, Descobrir quem somos pra não vegetar. Se exalte, seja quem tu és! O mundo não é teu espelho, mas seu mundo pode ser exemplo: Exemplo de dignidade Mesmo com covardia, Exemplo de moralidade, Realizando fantasias; Exemplo de preservação Mas não de omissão, Exemplo de superação,
  • 4. Não de negação! Seja você, custe o custar! Derrube suas muralhas Mergulhe no seu mar! Seja quem és, autêntico e sonhador; não se perca, no torpor... Estradas, esta é só mais uma Eternidade, de cada dia. Blasfeme a incongruência, mas ajoelhe no seu altar Você em Deus, este pode nos libertar... O Deus de seu entendimento, um Deus que nos eleva Aceita nossos erros, e mostra a estrada certa. Não importa o caminho, importante é caminhar, Nossos desvios, só servem para nos revelar: Olhe sua alma, com espelhos verdadeiros, Quebre orgulho, vença seus próprios medos. Atravesse a ponte, existem rosas em todo lugar, Se fira em espinhos, sangrando a gente ressuscitará! Não seja fantoche, a terra está em transe! Ande, ande, por favor, se levante. Olhe o mundo, ele é tão imenso... Não é cor do dinheiro, queira desfrutar o mesmo.
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  • 6. Sonho, quais sonhos, poderemos juntos realizar? Sejamos um consciente coletivo, vamos ver o mar! AMAR...” (Carmen Ligia Vila Nova Santos, em 26/04/2011; terminei agora, 16h36min).