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BRASIL -BR – ELUL DE 5771 (Setembro de 2011)
                        ANO II – 73ª Edição
     “ Tudo se ilumina para aquele que busca a luz” (Ben Rosh)




                    HA–LAPID
                     BRASIL
                      IDEALIZADOR: Elias José Lourenço
                  EDITOR:Tiago da Rocha Sales (Ia‟aqob Tsur)
        COLABORADOR: Rodolfo Luz Penteado (Yeshaiahu Zeev HaOr)
COMUNICADO:O presente periódico visa dar continuidade à missão iniciada pelo Capitão
       Barros Bastos Z”L, que com afinco criou o “Ha -Lapid” de Porto –Pt.
PARASHÁ HASHAVÚA – “ki tavô”




Parashat Ki Tavo (Devarim 26:1 - 29:8) inicia descrevendo a mitsvá anual aos fazendeiros de Israel para que
trouxessem seus bicurim, primeiros frutos, ao cohen no Templo, quando então o fazendeiro reconhece o
importante papel de D‟us na provisão de seu sustento.

Após novamente exortar o povo judeu a permanecer fiel a D‟us, que os elegeu especificamente como Seu povo
escolhido dentre todas as nações do mundo, Moshê ensina duas mitsvot especiais que eles deverão cumprir ao
entrar na Terra de Israel para reafirmar seu compromisso com a Torá. Primeiro deverão escrever toda a Torá
em doze grandes pedras, e então deverão recitar bênçãos e maldições no vale entre Monte Gerizim e Monte
Eival, as quais se aplicarão respectivamente àqueles que cumprem e àqueles que afrontam a Torá. Seguindo-
se uma recontagem das maravilhosas bênçãos que D‟us concederá ao povo judeu por permanecer fiel, Moshê
faz uma assustadora profecia do que se abaterá sobre o povo judeu por não cumprir a Torá. Conhecido como
admoestação, Moshê descreve com detalhes a horrível destruição que infelizmente acontecerá quando nos
desviarmos das mitsvot.

A Porção da Torá conclui quando Moshê contempla em retrospecto os maravilhosos milagres que D‟us
realizou pelos quarenta anos anteriores, lembrando o povo da enorme dívida de gratidão que tem com D‟us
por Seu carinhoso amor.
MENSAGEM DA PARASHÁ

Tudo no coração
por Kevin Rodbell

O único breve toque de seu relógio digital anunciando a hora, 4:30 da tarde, assustou e acordou Jon de seu
devaneio. O copo de coca-cola escorregou da bandeja e caiu direto no chão. Espatifou-se contra os ladrilhos
brancos e pretos, espalhando vidro em todas as direções. O líquido escuro correu rapidamente sobre onze
azulejos, formando uma poça escorregadia de refrigerante próximo à mesa onde Jon estava servindo.
"Desculpe-me, senhor, sinto muito – não sei onde estava com a cabeça."

Na verdade, Jon não estava se concentrando em equilibrar a bandeja. É claro que, enquanto seu rosto
enrubescia, concentrou-se totalmente na situação do momento. Seu emprego de verão como garçon
começava às 9 da manhã e terminava às 5 da tarde. Geralmente, às 4h30, já estava ansioso para sair; hoje
não era uma exceção. Embora suas mãos, olhos e ouvidos estivessem ocupados servindo suculentos
hambúrgueres, batatas fritas engorduradas e refrigerantes gelados, a mente de Jon estava constantemente
vagando até o jogo de futebol que aconteceria naquela noite. O passatempo favorito de Jon. Gostava tanto
do entusiasmo e camaradagem que visões de correr atrás de bolas altas enchiam sua mente sem cessar. Jon
concentrava-se nos lances do esporte, ao invés de servir refeições. Hoje ele enfrentava as conseqüências com
um esfregão, em vez de assistir ao seu time jogar.

Todos conhecem o sentimento de "minha mente está em outro lugar". Algumas coisas que consideramos
mais importantes – seja pagar a conta de luz ou tirar umas merecidas férias – tendem a desviar nossa
atenção do equilíbrio da bandeja ou seja o que for que estejamos fazendo. Em vez disso, as pessoas podem
passar a maior parte do dia realizando tarefas necessárias que não são de primordial importância, como
fica evidente quando devaneiam sobre outros assuntos. Jon, por exemplo, passa dois terços do tempo no
restaurante, mas sua principal ocupação em termos de horas não indica o verdadeiro interesse de seu
coração.
Da mesma forma, muitos judeus passam longas horas no trabalho, mas esta alocação de tempo dos
profissionais judeus não reflete o que deveria ser sua suprema aspiração na vida, a aspiração que
expressamos duas vezes ao dia quando lemos o Shemá. "Amarás D‟us com todo teu coração..." Apesar de
todo o tempo que passamos realizando atividades aparentemente mundanas, o coração de um judeu na
verdade anseia por crescer em Torá e construir um relacionamento com seu Criador.

Rabi Moshê Feinstein destaca este conceito em uma declaração intrigante que Moshê faz ao povo judeu na
porção desta semana da Torá: "Vocês viram tudo que D‟us fez perante seus olhos na terra do Egito…as
grandes provas que seus olhos viram, aqueles sinais, e grandes maravilhas. Porém o Eterno não lhes deu um
coração para conhecer as bondades de D‟us, e e olhos para ver, e ouvidos para ouvir, até os dias de hoje"
(Devarim 29:1-3).

Os judeus reclamaram em dez ocasiões diferentes sobre as condições inóspitas do deserto no qual D‟us os
colocara, mas jamais reconheceram todos os grandes milagres que D‟us realizou para eles no Egito e no
deserto durante os quarenta anos. D‟us provou constantemente Sua dedicação aos Filhos de Israel, mas eles
sempre responderam com rebelião e dissensão. Finalmente, naquele dia, ao final de sua jornada pelo deserto,
Moshê percebeu que os judeus eram definitivamente dedicados a D‟us.

Um acontecimento em particular alterou a opinião de Moshê sobre o povo judeu. No final de sua vida, Moshê
copiou toda a Torá e tentou dar o rolo à família de Levi; eles, mais que qualquer outra tribo, deviam dedicar
a vida a estudar e ensinar o precioso livro de D‟us ao povo judeu. Rashi relata que o restante do povo judeu
reuniu-se e disse a Moshê que eles também tinham estado presentes no Monte Sinai quando D‟us outorgou a
Torá. Eles afirmaram que presentear este rolo especial da Torá aos Levitas poderia algum dia fazê-los dizer
que a Torá fora dada exclusivamente a eles.
Rabi Moshê Feinstein explica que, na verdade, a família de levi jamais faria reivindicação tão audaciosa; é
claro que a Torá completa, mesmo as leis especificamente aplicadas aos levitas, foram dadas a todo o povo
judeu. Ao contrário, as outras tribos suspeitaram de algo mais sutil. Os não-levitas, que deviam passar longas
horas no trabalho para ganhar o sustento, temiam que os levitas, que tinham a oportunidade de passar o dia
inteiro mergulhados na Torá, exigiriam exclusividade nas áreas de ensinamento da Torá, e na resolução de
complicados problemas da Lei Judaica. Os não-levitas desejavam assegurar um lugar para si mesmos entre os
especialistas em Torá.

Ao exigir um papel ativo na perpetuação da Torá, o povo judeu mostrou o enfoque em seu coração, e
reassegurou a Moshê que tinham as corretas prioridades. Ter uma renda é certamente uma necessidade, mas
não importa quanto esforço devotem a outras atividades, os judeus devem lembrar-se que a Torá e o
relacionamento com D‟us permanecem sendo nosso verdadeiro objetivo de vida.

(www.chabad.org.br)
MIDRASHIM

A mitsvá de bicurim

Os primeiros frutos são trazidos das sete espécies pelas quais Êrets Yisrael é abençoada: trigo, cevada, uva,
figo, romã, azeitona e tâmara.

Quando o proprietário de um campo nota que o primeiro fruto (de qualquer um dos tipos acima
mencionados) começou a amadurecer em seu campo ou pomar, deve amarrar uma fita em volta dele para
marcá-lo como bicurim.

Um dos benefícios da mitsvá é a de fortalecer o autocontrole da pessoa. É tentador degustar o primeiro fruto
maduro de uma espécie que não estava disponível já há algum tempo. Em vez disso, nós somos obrigados a
nos refrearmos, e reservá-lo para D‟us.

O dono do campo espera até que as várias espécies de frutos tenham amadurecido para levá-los ao Bet
Hamicdash. Se ele calcula que as primeiras frutas irão apodrecer antes de começar sua jornada, ele deve
preservá-las. Por exemplo, transformando os figos em figos secos e as uvas em passas. Apesar de que ele só
precisa dar uma fruta como bicurim, quanto mais ele acrescentar, maior será sua mitsvá. Bicurim são
recebidos anualmente pelos cohanim entre Shavuot e Chanucá.

As frutas devem ser trazidas ao Bet Hamicdash em algum recipiente, como uma cesta, e preferivelmente, uma
espécie em cada recipiente. Se todas elas precisam ser colocadas no mesmo recipiente, deve-se proceder da
seguinte forma: a cevada por baixo, por cima dela o trigo, acima dele as azeitonas, as tâmaras, as romãs, e
finalmente os figos por cima de tudo. Entre cada camada de fruta deve haver uma divisória, como folhas, e a
camada de cima é circundada por cachos de uvas.
Como os bicurim eram trazidos para Yerushalayim

As cidades de Êrets Yisrael eram agrupadas em distritos. Os habitantes de cada cidade de um mesmo distrito
se reuniam em um lugar e viajavam juntos para Yerushalayim para trazer os seus bicurim.

A mitsvá era engrandecida quando realizada por toda a congregação. Os viajantes descansavam à noite em
céu aberto (evitando assim a possibilidade de ficarem impuros, pois alguém que estivesse numa casa que
contivesse um cadáver, suas primícias se tornariam impuras e portanto inaptas para serem trazidas ao Bet
Hamicdash). De manhã, o líder anunciava: "Levantem-se, e vamos a Tsiyon, à casa do nosso D‟us!"

Um boi, que mais tarde seria oferecido como oferenda, ia à frente da procissão; seus chifres cobertos com
ouro e uma grinalda de folhas de oliva enfeitava sua cabeça. Os viajantes recitavam (Salmos 122:1) "Eu
ficava feliz quando me diziam: „Vamos à Casa de D‟us.‟" Flautistas proviam acompanhamento musical até
que a procissão alcançasse Yerushalayim. Os viajantes paravam nos portões para arranjar e decorar seus
bicurim, enquanto avisavam que eles haviam chegado à cidade. Eles eram recebidos por vários cohanim
(sacerdotes), leviyim (levitas) e tesoureiros do Bet Hamicdash, que saíam para cumprimentá-los. Ao entrar na
cidade os viajantes proclamavam (Salmos 122:2) "Nossos pés estavam em seus portões, Yerushalayim.“

Os trabalhadores de Yerushalayim paravam seu trabalho, levantavam-se e cumprimentavam os recém-
chegados: "Nossos irmãos de tal cidade, sejam bem vindos!" (Eles assim honravam os cumpridores da mitsvá.
Para demonstrar nosso respeito àqueles que estão cumprindo uma mitsvá, nós costumamos nos levantar,
como por exemplo quando um bebê é trazido para o Berit Milá.)

Os flautistas continuavam a tocar e os viajantes continuavam a recitar os versos dos Salmos até chegarem ao
Monte do Templo. Aí todos, inclusive o próprio rei, colocavam suas cestas sobre os ombros e pessoalmente
apresentavam-nas ao cohen.
Quando a procissão entrava na Azará (o pátio do Bet Hamicdash) os leviyim cantavam: "Te louvarei, D‟us,
por ter me erguido e não ter deixado meus inimigos regozijarem-se em mim."(Salmos 30:2).

Os viajantes tinham anexado pombas aos lados de suas cestas e davam-nas para os cohanim, como oferenda.
Com as cestas ainda em seus ombros, cada judeu recitava o verso (Deuteronômio 26:3): "Eu declaro hoje a
D‟us, nosso D‟us, que eu vim à terra que D‟us prometeu aos nossos antepassados que a daria para nós." Ele
assim reconhecia que D‟us manteve a Sua promessa para com os nossos antepassados, e que ele trouxe para
o Bet Hamicdhash um presente de bicurim da sua porção de terra. Enquanto o proprietário segurava a alça
da cesta, o cohen colocava suas mão sob esta, e juntos, eles erguiam a oferenda.

Lendo a declaração de bicurim

A fruta era colocada em frente ao altar (os bicurim eram colocados próximos do altar para simbolizar que
eles não eram trazidos para o cohen, mas sim para D‟us, Que os dava de presente aos cohanim). E o
proprietário recitava em hebraico o capítulo referente aos bicurim (Deuteronômio 26: 5 -10).

Originalmente, aqueles que sabiam ler hebraico recitavam o texto sozinhos, e aqueles que não sabiam, um
leitor realizava a mitsvá. Quando os sábios perceberam que os judeus não letrados abstinham-se de trazer
bicurim ao Bet Hamicdash, pois tinham vergonha, eles instituíram que o texto fosse lido por um terceiro em
qualquer caso. (Similarmente, em tempos passados a Torá era lida na sinagoga por aqueles que eram
chamados para recitar a bênção. Já que algumas congregações não sabiam ler, foi instituído que a Torá deve
ser lida por um expert, comum a todos.)

A Torá ordena ao proprietário dos bicurim para ler justamente esta porção da Torá porque ela descreve a
bondade de D‟us para com os judeus. O proprietário reconhece sua gratidão por tudo que D‟us fez por ele.
O texto relata os sofrimentos e as aflições do nosso povo, pois para apreciar as bênçãos deve ter em mente os
infortúnios do passado. Isso é o que se lê, enquanto se segura os bicurim (versículos encontrados na nossa
parashá – Deuteronômio 26:5):

"E ele (Yaacov) desceu ao Egito com pouca gente e lá tornou-se um povo poderoso e numeroso. E os egípcios
nos maltrataram e nos afligiram e colocaram sobre nós trabalho duro. Nós gritamos para D‟us, D‟us dos
nossos pais, e D‟us ouviu nossa voz, e viu nossa miséria, nossa labuta e nossa aflição. E D‟us nos tirou do Egito
com mão forte e braço estendido e com grande temor, com sinais e maravilhas. E Ele nos trouxe para este
lugar, e nos deu esta terra, a terra onde jorram o leite e o mel."

Já que eu reconheço que tudo o que possuo é graças à bondade de D‟us:

"E agora, portanto, eu trouxe as primícias da terra que Tu, D‟us, me deste."

Completada a leitura, os bicurim são erguidos uma segunda vez, o proprietário coloca-os ao lado do altar,
prostra-se e deixa o Bet Hamicdash. Os bicurim eram distribuídos entre os cohanim que estavam em serviço
no Templo Sagrado.

Aquele que oferecia os bicurim deveria trazer oferendas e passar a noite em Yerushalayim antes de retornar a
sua casa. Esta mitsvá era chamada de liná, ou seja, pernoitar em Yerushalayim. Uma das razões para
pernoitar lá é que D‟us queria que aquele que oferecia os bicurim, depois de ter comparecido ao Bet
Hamicdash, absorvesse plenamente a santidade de Yerushalayim antes de retornar a seu lar, para que a
mitsvá tivesse um efeito duradouro sobre ele.

A mitsvá de bicurim, as primícias, é um exemplo impressionante dos esforços que os judeus fazem para
embelezar as mitsvot.
Somente um profundo amor para a mitsvá poderia converter o mandamento de "trazer os primeiros frutos
ao Bet Hamicdash" em um glorioso procedimento – uma festiva procissão até Yerushalayim, o recital das
escrituras acompanhado de música, e a apresentação de cestas de frutos cuidadosamente arranjadas e
decoradas para os cohanim.

O midrash nos conta:

A voz celestial

Depois de o judeu ter cumprido a mitsvá de bicurim, uma voz celestial podia ser ouvida no Bet Hamicdash:
"Que você tenha o mérito de trazer seus bicurim no próximo ano mais uma vez!"

Similarmente, nossos sábios nos contam que dois anjos acompanham o judeu da sinagoga para casa na noite
de Shabat – um anjo misericordioso e um anjo negativo. Se as velas de Shabat estão acesas, a mesa posta, e
a casa preparada para honrar o Shabat, o anjo bom clama: "Que seja a vontade de D‟us que no próximo
shabat seja a mesma coisa!" O anjo negativo vê-se obrigado a responder "Amen". Se, D‟us nos livre, a casa
não está preparada para o Shabat, o anjo negativo clama: "Espero que no Shabat que vem seja a mesma
coisa!" E o anjo bom vê-se obrigado e responder "Amen".

Sempre que um indivíduo cumpre uma mitsvá, ele cria um anjo que o ajuda a cumprir mais mitsvot.

Separação do Maasser e revisão da Torá

Os membros da tribo de Levi recebem alguns presentes de Benê Yisrael. Isso inclui terumá (doação) para o
cohen e maasser (dízimo) para o levi.
Todo judeu também deve separar o maasser sheni (o segundo dízimo), e comê-lo em Yerushalayim
(Parashat Reê). Em alguns anos, deve-se dar também o maasser ani, o dízimo para os pobres, no lugar do
maasser sheni.

Deve-se seguir algumas leis para cumprir a mitsvá adequadamente. Não se deve separar menos do que um
décimo da colheita da primavera, achando que poderá separar uma parte extra da colheita do outono. Não
se pode também comer o segundo dízimo quando se está enlutado por um parente morto que ainda não
tenha sido enterrado.

Quem é que verifica se o indivíduo separou a quantidade adequada de cada tipo de maasser?

Ninguém. A Torá ordena que a cada três anos, todo indivíduo deve verificar a si próprio, se ele separou as
quantidades certas de maasser do seu produto. Se perceber que não, ele deve separar o maasser naquela
hora e dá-lo para um levi.

Deve-se também separar terumá e chalá (uma parte da massa) para o cohen. Se não separou o segundo
dízimo, ele deve fazê-lo naquele momento e trazê-lo para Yerushalayim. Assim também, se não tirou o
dízimo dos pobres quando tinha de fazê-lo, deve dá-lo agora para os necessitados.

No último dia de Pêssach do quarto e do sétimo ano de cada ciclo de shemitá (ano sabático), o judeu deve
proferir o vidui maasser (a confissão do dízimo), que atesta que ele cumpriu todas as leis de maasser. Isto o
ajuda a ser cuidadoso ao separar os dízimos corretamente. Depois da confissão, pede-se a D‟us que abençoe
Benê Yisrael com chuva e produtos deliciosos:

"Eu cumpri meus deveres; agora Tu, D‟us, cumpre a Tua parte: observe da residência da Tua santidade,
dos Céus, e abençoe o Teu povo, Israel, e a terra que Tu nos deste assim como prometeste para os nossos
pais, uma terra onde as frutas são gordas como o leite e doces como o mel."
Enquanto os judeus separassem os dízimos, as frutas teriam sabor e aroma deliciosos e seriam suculentas;
quando eles parassem, estas bênçãos cessariam. Por que esta declaração é chamada de "confissão", apesar de
não mencionar nenhum pecado?

Se Benê Yisrael não tivessem idolatrado o bezerro de ouro, o serviço Divino permaneceria como privilégio dos
primogênitos, e todas as casas judias poderiam ser um templo sagrado. Somente por causa da recaída
espiritual do povo tornou-se necessário retirar dízimos de casa para dá-los aos cohanim e leviyim. Por isso,
nós confessamos.

Revisão da Torá

Moshê completou a revisão da Torá e o ensinamento das mitsvot. (O resto das parashiyot do livro de Devarim
referem-se a fortificar a observância da Torá: escrever a Torá em pedras ao atravessar o rio Jordão; um novo
pacto com Benê Yisrael; predições sobre o futuro; e admoestação para retornar a D‟us em tempos de
angústia.

Agora Moshê exortou Benê Yisrael: "Vocês receberam a Torá há quarenta anos no Monte Sinai, porém seus
ensinamentos devem ser todo dia novos e frescos para vocês como se fosse o primeiro dia que vocês os
ouviram. O objetivo do estudo da Torá é para saber a vontade de D‟us e para cumpri-la de todo o coração (e
não mecanicamente).

"Vocês proclamam diariamente a unicidade de D‟us através do versículo „Shemá Yisrael – ouça Yisrael.‟ "Em
retorno, D‟us declara que vocês também são únicos: „E quem é como o teu povo, Israel, uma nação na Terra‟
(Shemuel II 7:23)! "Ele lhes prometeu na outorga da Torá que vocês são Sua preciosa nação. Já que vocês
estudam Sua Torá e são uma nação sagrada, vocês serão reconhecidos como supremos por todas as nações e
elas os louvarão.“ D‟us e o povo de Israel são inseparáveis.
Bênçãos e advertências

Na Parashá de Bechucotai, no livro de Vayikrá, D‟us prometeu bênçãos para Benê Yisrael por cumprirem a
Torá e punições – D‟us nos livre – por deixá-la.

Moshê estava muito preocupado. Ele temia que depois de sua morte o povo judia trangredisse a Torá! Por
isso, pediu a D‟us: "Posso dar aos judeus mais bênçãos e advertências?" D‟us concordou com o pedido de
Moshê. Quando Moshê expressou estas bênçãos e advertências adicionais, o Ruach Hakodesh (Espírito de
Profecia) pairou sobre ele. A maioria das punições que ele predisse ocorreram na época da destruição do
segundo Bet Hamicdash.

Assim como explicado anteriormente, as bênçãos não são a recompensa final pelo cumprimento da Torá,
assim como as maldições não são a punição final pela violação desta. Um pagamento completo pelas mitsvot
será dado somente no Mundo Vindouro. Até certo ponto, se o povo judeu cumpre a Torá plenamente, D‟us o
livra de preocupações materiais e o abençoa com abundância para lhes dar a oportunidade de cumprir mais
mitsvot. Por outro lado, se negligenciam a Torá e as mitsvot, D‟us os pune com sofrimentos, que limitam suas
oportunidades de cumprir mitsvot.

As bênçãos e as maldições, então, indicam para o povo judeu se eles estão ou não seguindo o caminho
correto. Se forem afligidos por uma ou mais maldições, eles devem reconhecer que o seu comportamento
possuí falhas e devem reparar seus caminhos.

Sucesso

D‟us nos promete sucesso em nossos negócios na cidade (pelo mérito das mitsvot que nós cumprimos como
moradores urbanos – mitsvot como viver em uma sucá em sucot, afixar mezuzot em nossas portas, e cercar
nossos terraços e tetos).
Igualmente, nossos campos serão abençoados (pelo mérito do cumprimento das mitsvot associadas à agricultura –
dando parte da colheita para os levitas e necessitados).

Ele abençoará nossas crianças, nossa produção e nossos animais.

"Abençoado serás em sua chegada, abençoado serás em sua saída!" Serás abençoado ao entrar na casa de estudos e
ao sair para os teus negócios. (D‟us promete abençoar o judeu que faz da sua "chegada à casa de estudos" i.e., o
estudo da Torá, como o principal objetivo de sua vida.)

Os Tefilin são como uma coroa

Os tefilin na cabeça são uma coroa especial de D‟us. Quando um tsadic coloca os tefilin, os não judeus o temem pois
ele está carregando o nome de D‟us.

Lemos na história de Purim que Mordechai tornou-se um ministro do rei. Deram-lhe cinco peças de roupa reais para
vestir, e uma coroa para colocar em sua cabeça. Sobre a coroa, Mordechai colocou os tefilin. Quando os gentios viram
os tefilin, tsentiram um temor e respeito intensos por Mordechai, dizendo um para o outro: "Ele está usando o
símbolo de D‟us!"

Nossos sábios nos contam sobre Rav Abin, que certa vez foi convocado para comparecer perante o imperador. Ao
final da audiência, Rav Abin deveria ter andado para trás, para não dar as suas costas para o imperador, como era o
costume naquele país. Em vez disso, Rav Abin virou-se e simplesmente foi andando. Ele não percebeu ter cometido
um crime imperdoável. O imperador estava para ordenar a execução do Rav Abin, quando de repente, viu duas
faixas de fogo saindo dos tefilin dele. "D‟us está com este homem!" – pensou o imperador, com um tremor. Ele nem
pensou em prendê-lo. O seguinte versículo havia se realizado com o Rav Abin: "As nações perceberão que vocês
carregam o nome de D‟us (nos tefilin), e elas os temerão.“ D‟us outorgará bênçãos extraordinárias sobre as suas
crianças, animais e produção. Ele abrirá os Portões Celestiais de abundância e os regará com extraordinária
bondade. Vocês serão capazes de emprestar dinheiro para os gentios, e não precisarão tomar nada emprestado. Vocês
serão altamente estimados pelas nações e não desprezados.
As acima citadas são dadas sob condição de estrita aderência às mitsvot de D‟us, para que as estude e as cumpra.
Alguns dos versículos acima mencionados fazem parte da oração semanal "Veyiten Lechá" recitada todo sábado à
noite após a Havdalá.
A repreensão Divina

Quando Moshê começou a citar as palavras de repreensão, a Terra foi sacudida, os Céus tremeram, o Sol e a
Lua escureceram, as estrelas perderam o seu brilho, os patriarcas choraram em seus túmulos, as criaturas
silenciaram, e os galhos das árvores não mais oscilavam.

Os patriarcas protestaram: "Como nossos filhos serão capazes de agüentar estas punições? Talvez eles
perecerão, pois não terão méritos suficientes para protegê-los e ninguém rezará por eles!"

Uma voz Celestial soou das Alturas: "Não temam, patriarcas dos judeus. O juramento que Eu fiz para vocês
não será violado, e Eu os protegerei".

Moshê explicou: "As maldições de D‟us só terão efeito se vocês não cumprirem Suas mitsvot (é sua escolha de
evitar que elas se tornem realidade)."

– A maldição pairará sobre os negócios, sobre a produção, sobre os filhos e os animais.

– Confusão e doença

– Seca e derrota

– Pavor de doenças de pele e confusão mental, falta de conselhos

A Torá prediz que se os judeus deixarem a Torá, eles serão como "cegos no escuro". Além de se sentirem
(espiritualmente) perdidos e confusos, eles sentirão falta de alguém que poderia ajudá-los e guiá-los.
– Fracasso e frustração

– Exílio: Se as desgraças que ocorrerem na sua própria terra não os direcionarem de volta para D‟us, vocês
serão por fim exilados.

– Desolação da terra e degradação daqueles que continuam em Êrets Yisrael. Moshê então explicou que D‟us
pune medida por medida:

"Já que vocês não serviram D‟us, seu D‟us, com alegria e com júbilo do coração ao aproveitar o grande
número das Suas bênçãos, vocês devem, portanto, servir seus inimigos, os quais D‟us mandará contra vocês,
com fome, sede, nus e com incontáveis necessidades."

* Se vocês não quiserem servir a D‟us, vocês terão que servir a não-judeus.
* Se vocês não quiserem contribuir para o Bet Hamicdash, terão que pagar tributos para o governo dos
inimigos.
* Se vocês não repararem as estradas para aqueles que viajam para o Bet Hamicdash, vocês terão que
reparar as estradas para os reis.
* Se vocês não servirem a D‟us com alegria em tempos de prosperidade, vocês terão que servi-Lo com fome e
necessidades.

– Um povo de um país distante sitiará Yerushalayim, e virão a fome e o sofrimento como resultado

– O destino dos exilados se eles não cumprirem a Torá
Que aqueles que estiverem exilados não acreditem que com a expulsão da terra, D‟us os livrou da obrigação
de cumprir a Torá!

– Dispersão global, medo do futuro, retorno ao Egito.
(www.chabad.org.br)
Os primeiros a se arrependerem


De acordo com a tradição, foi em Rosh Hashaná que Cayin (Caim) assassinou seu irmão Hevel (Abel).
Abel jazia imóvel na grama. Cayin percebeu que havia matado seu irmão. "O que farei com o corpo?"
pensou ele, completamente perdido, pois jamais havia visto um cadáver antes, e não sabia o que fazer com
ele.
Sons de pios altos e ferozes fizeram-no erguer os olhos. Viu dois corvos lutando sofregamente. Por fim, um
deles caiu ao solo e lá ficou, sem vida como seu irmão Hevel. O pássaro vitorioso começou a cavar um
buraco no chão, com o bico e as garras. Rolou o corpo do pássaro morto até lá, cobrindo-o com terra e
afastou-se voando.
Cayin agora sabia o que fazer. Cavou um túmulo no solo e lá colocou o corpo do irmão, cobrindo-o com
terra. "Devo fugir daqui," pensou ele. Ouviu então uma voz celestial: "Acha que pode fugir de Mim? Onde
está seu irmão Hevel?"
Cayin amedrontou-se. "Não sei," replicou ele. "Por acaso sou o guardião de meu irmão?"
"Seu tolo filho do homem", disse D'us novamente. "Não pode esconder coisa alguma de Mim!"
O coração de Cayin estava repleto de remorso. Sentia-se profundamente triste pelo que fizera. "Meu pecado
é muito grave até mesmo para o perdão Divino?", gritou angustiado.
D'us olhou para dentro do coração de Cayin, e viu que ele estava verdadeiramente arrependido. D'us disse
então: "Como você se arrependeu honestamente, com todo seu coração, aliviarei o seu castigo. Pouparei sua
vida, mas será um andarilho errante e sem descanso até o fim de seus dias; então você, também, morrerá
pelas mãos de um homem."
Cayin iniciou sua caminhada. Seu pai Adam o viu. "Por que está tão triste, meu filho?", perguntou-lhe.
Cayin contou o que havia acontecido.
"O poder do arrependimento é tão grande?", exclamou Adam. "É uma pena que eu não o soubesse antes."
Adam então rezou a D'us para que o perdoasse pelo seu pecado de comer do fruto da árvore proibida.
Orou com todo seu coração, e D'us aceitou seu arrependimento sincero e o perdoou.
Cayin e Adam foram os primeiros a se arrepender, e foram perdoados - em Rosh Hashaná.
PEDIDOS –“refuát hanefesh urefuát hagúf”
Pedimos que rezem pelo pronto restabelecimento de:
ANUNCIE AQUI
VOCÊ DE CAMPINAS E REGIÃO QUE NÃO TEM ACESSO FÁCIL À ARTIGOS JUDAICOS TAIS COMO, LIVROS, TORÁ,
    VINHOS, VELAS, MEZUZÓT, PERGAMINHOS, CAMISETAS COM TEMAS JUDAICOS, E OUTROS ARTIGOS
  RELIGIOSOS, ESTÁ FUNCIONANDO EM CAMPINAS, NA RUA GENERAL OSÓRIO 698 1º PISO (PRÓXIMO AO
  MERCADÃO MUNICIPAL – REGIÃO CENTRAL DE CAMPINAS) A MAIS NOVA LOJA DE ARTIGOS JUDAICOS,
“MORASHÁ”. É DO NOSSO AMIGO E COMPANHEIRO NA CAUSA ANUSSIM Shimon Melachim (Alecsandro Reis).
         PREÇOS ACESSÍVEIS!! CONFIRAM!! CHAZAK U’BARUCH E MAZAL TOV PELA INICIATIVA!!!
                               CONTATOS: (19) 3232-8121 / 8154-2339
NOTÍCIAS
                                              O Artista e o Rabino
Saindo do Muro das Lamentações, esperava por Roberto Carlos o Rabino Shmuel Rabinovich, a mais importante
      autoridade judaica da Cidade Velha, responsável por quase todos os lugares sagrados de Israel. Fato raro o
       Rabino estar no domingo à tarde no local, o que causou comoção nos judeus que por ali passavam e não
    conheciam a pessoa merecedora de tal distinção. Mas o Rabino sabia quem era Roberto Carlos e por isso foi
   ali, saindo de sua rotina de livros, estudos e educação para participar de um mundo fora da religião. O Rabino
        agradeceu pela presença do artista estar no Muro das Lamentações e deu-lhe uma benção dizendo que
       esperava que todas as graças por ele pedidas e o para as pessoas que desejou, fossem atendidas. E ainda
     contou que quando o Rei Salomão construiu o primeiro templo pediu a Deus que todas as preces e todas as
   orações de qualquer pessoa, judeus ou não, fossem ouvidas. Mas o que levou Roberto Carlos a encher os olhos
    de lágrimas foi ouvir que “poucas pessoas têm o dom de cantar, e quem tem o dom de cantar tem uma alma
           muito forte e com isso a sua voz pode alcançar os mundos mais próximos de Deus”. (Rua Judaica)
NOTÍCIAS
                         Premiê de Israel comete gafe e dá Ariel Sharon como morto

 O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, cometeu uma gafe durante um discurso ao falar do ex-
    premiê Ariel Sharon, que está em coma desde 2006, como se ele já estivesse morto. Durante uma cerimônia
    para a filha do ministro do Interior, Eli Yishai, por ocasião de seu casamento, Netanyahu disse que o único
      líder israelense que conseguiu reformar a habitação nos últimos 50 anos foi Ariel Sharon, e completou:
                                        "Que sua memória seja abençoada".
Ao perceber seu erro, Netanyahu se desculpou e desejou "longa vida" a Sharon, que foi seu antecessor no cargo.
    Em 2010 o ex-premiê foi transferido de um hospital em Tel Aviv para sua fazenda no Negev, sul de Israel, a
      pedido da família. A esposa de Sharon foi enterrada no local. Na ocasião, médicos disseram que Sharon
                     permanecia em estado vegetativo mas em condição estável. (Rua Judaica)
- CULINÁRIA SEFARADI -
LEICKER

INGREDIENTES


13 ovos (separe as gemas e as claras)
3 copos (250 ml)de açúcar
¾ de copo (250 ml) de água morna
¾ de copo (250 ml) de óleo
3 copos (250 ml) de farinha de trigo
2 col. (chá) de vanilina
2 col. (chá) de fermento em pó
4 col. (sopa) de chocolate em pó



MODO DE PREPARO

Bata as gemas com o açúcar até ficar uma mistura esbranquiçada. Acrescente a água, o óleo e torne a bater.
Adicione a farinha e a vanilina.
Unte uma fôrma grande, de buraco no meio, e polvilhe de farinha de trigo.
Bata as claras em neve e acrescente-as à massa (sem bater).
Junte o fermento e misture delicadamente (com uma colher de pau) de cima para baixo, sem bater.
Despeje metade da massa na fôrma.
Adicione o chocolate em pó ao restante da massa, misture delicadamente e despeje na fôrma por cima da
massa branca.
Asse em forno moderado, preaquecido, até que, ao enfiar um palito, este saia seco e limpo.
A OBRA DO RESGATE PELO BRASIL
Possa Ha Kadosh Baruch Hu bendizer à todos vocês. SHABAT SHALOM PARA TODOS OS QUE
                   RECEBEM E PRESTIGIAM O HA-LAPID BRASIL.
A OBRA DO RESGATE PELO BRASIL
Foi realizado mais um Kabalat Shabat na residência dos queridos Iranildo Lopes (Iaaqob) e Ana Lopes.
   Desfrutamos de uma verdadeira festa, com um banquete preparado pela referida família e todos da
Associação Sefaradita Beit Melech de Campinas. Na ocasião recebemos a visita da família do Srº Macedo
 (Iaaqob Elbaz) e do Srº Matitiahu. Também nos reunirmos a na manhã de Shabat e realizamos juntos
Mincha de Shabat. Possa Ha Kadosh Baruch Hu dar Saúde, Força e União à todos nós. Shabat Shalom à
                                               todos.
ANÚNCIOS
      INFORMAMOS AOS LEITORES, QUE SE ENCONTRA DISPONÍVEL UMA ÓTIMA FONTE DE
    PESQUISA E ESTUDOS, O SITE MEMORIAL BRASIL SEFARAD. O Memorial Brasil Sefarad nasceu
    como uma organização dedicada à pesquisa, divulgação e preservação da memória dos judeus sefarditas
   (judeus ibéricos) e de seus descendentes no Brasil. Mantido com recursos próprios e trabalho voluntário, o
     Memorial atua em 4 campos de ação: 1) pesquisa direta; 2) fomento à pesquisa - bolsas de pesquisa; 3)
     divulgação - através do site e de material impresso; 4) auxílio a comunidades de descendentes. Maiores
                               informações no site: www.brasilsefarad.com/joomla/


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HA –LAPID
                      BRASIL

É um periódico semanal nascido na Associação Morashá Benei Ia‟aqob do Varjão, Brasília,
tendo como idealizador o Srº Elias José Lourenço de Israel. É distribuído entre as
comunidades judaicas, instituições e amigos desta causa.

Contatos, dúvidas e idéias: yaakovtsurbenovadiah@gmail.com ou yaakov@ha-
lapidbrasil.com.br
Web: www.ha-lapidbrasil.com.br

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Periodico Halapid Nº 73 ANO I

  • 1. BRASIL -BR – ELUL DE 5771 (Setembro de 2011) ANO II – 73ª Edição “ Tudo se ilumina para aquele que busca a luz” (Ben Rosh) HA–LAPID BRASIL IDEALIZADOR: Elias José Lourenço EDITOR:Tiago da Rocha Sales (Ia‟aqob Tsur) COLABORADOR: Rodolfo Luz Penteado (Yeshaiahu Zeev HaOr) COMUNICADO:O presente periódico visa dar continuidade à missão iniciada pelo Capitão Barros Bastos Z”L, que com afinco criou o “Ha -Lapid” de Porto –Pt.
  • 2. PARASHÁ HASHAVÚA – “ki tavô” Parashat Ki Tavo (Devarim 26:1 - 29:8) inicia descrevendo a mitsvá anual aos fazendeiros de Israel para que trouxessem seus bicurim, primeiros frutos, ao cohen no Templo, quando então o fazendeiro reconhece o importante papel de D‟us na provisão de seu sustento. Após novamente exortar o povo judeu a permanecer fiel a D‟us, que os elegeu especificamente como Seu povo escolhido dentre todas as nações do mundo, Moshê ensina duas mitsvot especiais que eles deverão cumprir ao entrar na Terra de Israel para reafirmar seu compromisso com a Torá. Primeiro deverão escrever toda a Torá em doze grandes pedras, e então deverão recitar bênçãos e maldições no vale entre Monte Gerizim e Monte Eival, as quais se aplicarão respectivamente àqueles que cumprem e àqueles que afrontam a Torá. Seguindo- se uma recontagem das maravilhosas bênçãos que D‟us concederá ao povo judeu por permanecer fiel, Moshê faz uma assustadora profecia do que se abaterá sobre o povo judeu por não cumprir a Torá. Conhecido como admoestação, Moshê descreve com detalhes a horrível destruição que infelizmente acontecerá quando nos desviarmos das mitsvot. A Porção da Torá conclui quando Moshê contempla em retrospecto os maravilhosos milagres que D‟us realizou pelos quarenta anos anteriores, lembrando o povo da enorme dívida de gratidão que tem com D‟us por Seu carinhoso amor.
  • 3. MENSAGEM DA PARASHÁ Tudo no coração por Kevin Rodbell O único breve toque de seu relógio digital anunciando a hora, 4:30 da tarde, assustou e acordou Jon de seu devaneio. O copo de coca-cola escorregou da bandeja e caiu direto no chão. Espatifou-se contra os ladrilhos brancos e pretos, espalhando vidro em todas as direções. O líquido escuro correu rapidamente sobre onze azulejos, formando uma poça escorregadia de refrigerante próximo à mesa onde Jon estava servindo. "Desculpe-me, senhor, sinto muito – não sei onde estava com a cabeça." Na verdade, Jon não estava se concentrando em equilibrar a bandeja. É claro que, enquanto seu rosto enrubescia, concentrou-se totalmente na situação do momento. Seu emprego de verão como garçon começava às 9 da manhã e terminava às 5 da tarde. Geralmente, às 4h30, já estava ansioso para sair; hoje não era uma exceção. Embora suas mãos, olhos e ouvidos estivessem ocupados servindo suculentos hambúrgueres, batatas fritas engorduradas e refrigerantes gelados, a mente de Jon estava constantemente vagando até o jogo de futebol que aconteceria naquela noite. O passatempo favorito de Jon. Gostava tanto do entusiasmo e camaradagem que visões de correr atrás de bolas altas enchiam sua mente sem cessar. Jon concentrava-se nos lances do esporte, ao invés de servir refeições. Hoje ele enfrentava as conseqüências com um esfregão, em vez de assistir ao seu time jogar. Todos conhecem o sentimento de "minha mente está em outro lugar". Algumas coisas que consideramos mais importantes – seja pagar a conta de luz ou tirar umas merecidas férias – tendem a desviar nossa atenção do equilíbrio da bandeja ou seja o que for que estejamos fazendo. Em vez disso, as pessoas podem passar a maior parte do dia realizando tarefas necessárias que não são de primordial importância, como fica evidente quando devaneiam sobre outros assuntos. Jon, por exemplo, passa dois terços do tempo no restaurante, mas sua principal ocupação em termos de horas não indica o verdadeiro interesse de seu coração.
  • 4. Da mesma forma, muitos judeus passam longas horas no trabalho, mas esta alocação de tempo dos profissionais judeus não reflete o que deveria ser sua suprema aspiração na vida, a aspiração que expressamos duas vezes ao dia quando lemos o Shemá. "Amarás D‟us com todo teu coração..." Apesar de todo o tempo que passamos realizando atividades aparentemente mundanas, o coração de um judeu na verdade anseia por crescer em Torá e construir um relacionamento com seu Criador. Rabi Moshê Feinstein destaca este conceito em uma declaração intrigante que Moshê faz ao povo judeu na porção desta semana da Torá: "Vocês viram tudo que D‟us fez perante seus olhos na terra do Egito…as grandes provas que seus olhos viram, aqueles sinais, e grandes maravilhas. Porém o Eterno não lhes deu um coração para conhecer as bondades de D‟us, e e olhos para ver, e ouvidos para ouvir, até os dias de hoje" (Devarim 29:1-3). Os judeus reclamaram em dez ocasiões diferentes sobre as condições inóspitas do deserto no qual D‟us os colocara, mas jamais reconheceram todos os grandes milagres que D‟us realizou para eles no Egito e no deserto durante os quarenta anos. D‟us provou constantemente Sua dedicação aos Filhos de Israel, mas eles sempre responderam com rebelião e dissensão. Finalmente, naquele dia, ao final de sua jornada pelo deserto, Moshê percebeu que os judeus eram definitivamente dedicados a D‟us. Um acontecimento em particular alterou a opinião de Moshê sobre o povo judeu. No final de sua vida, Moshê copiou toda a Torá e tentou dar o rolo à família de Levi; eles, mais que qualquer outra tribo, deviam dedicar a vida a estudar e ensinar o precioso livro de D‟us ao povo judeu. Rashi relata que o restante do povo judeu reuniu-se e disse a Moshê que eles também tinham estado presentes no Monte Sinai quando D‟us outorgou a Torá. Eles afirmaram que presentear este rolo especial da Torá aos Levitas poderia algum dia fazê-los dizer que a Torá fora dada exclusivamente a eles.
  • 5. Rabi Moshê Feinstein explica que, na verdade, a família de levi jamais faria reivindicação tão audaciosa; é claro que a Torá completa, mesmo as leis especificamente aplicadas aos levitas, foram dadas a todo o povo judeu. Ao contrário, as outras tribos suspeitaram de algo mais sutil. Os não-levitas, que deviam passar longas horas no trabalho para ganhar o sustento, temiam que os levitas, que tinham a oportunidade de passar o dia inteiro mergulhados na Torá, exigiriam exclusividade nas áreas de ensinamento da Torá, e na resolução de complicados problemas da Lei Judaica. Os não-levitas desejavam assegurar um lugar para si mesmos entre os especialistas em Torá. Ao exigir um papel ativo na perpetuação da Torá, o povo judeu mostrou o enfoque em seu coração, e reassegurou a Moshê que tinham as corretas prioridades. Ter uma renda é certamente uma necessidade, mas não importa quanto esforço devotem a outras atividades, os judeus devem lembrar-se que a Torá e o relacionamento com D‟us permanecem sendo nosso verdadeiro objetivo de vida. (www.chabad.org.br)
  • 6. MIDRASHIM A mitsvá de bicurim Os primeiros frutos são trazidos das sete espécies pelas quais Êrets Yisrael é abençoada: trigo, cevada, uva, figo, romã, azeitona e tâmara. Quando o proprietário de um campo nota que o primeiro fruto (de qualquer um dos tipos acima mencionados) começou a amadurecer em seu campo ou pomar, deve amarrar uma fita em volta dele para marcá-lo como bicurim. Um dos benefícios da mitsvá é a de fortalecer o autocontrole da pessoa. É tentador degustar o primeiro fruto maduro de uma espécie que não estava disponível já há algum tempo. Em vez disso, nós somos obrigados a nos refrearmos, e reservá-lo para D‟us. O dono do campo espera até que as várias espécies de frutos tenham amadurecido para levá-los ao Bet Hamicdash. Se ele calcula que as primeiras frutas irão apodrecer antes de começar sua jornada, ele deve preservá-las. Por exemplo, transformando os figos em figos secos e as uvas em passas. Apesar de que ele só precisa dar uma fruta como bicurim, quanto mais ele acrescentar, maior será sua mitsvá. Bicurim são recebidos anualmente pelos cohanim entre Shavuot e Chanucá. As frutas devem ser trazidas ao Bet Hamicdash em algum recipiente, como uma cesta, e preferivelmente, uma espécie em cada recipiente. Se todas elas precisam ser colocadas no mesmo recipiente, deve-se proceder da seguinte forma: a cevada por baixo, por cima dela o trigo, acima dele as azeitonas, as tâmaras, as romãs, e finalmente os figos por cima de tudo. Entre cada camada de fruta deve haver uma divisória, como folhas, e a camada de cima é circundada por cachos de uvas.
  • 7. Como os bicurim eram trazidos para Yerushalayim As cidades de Êrets Yisrael eram agrupadas em distritos. Os habitantes de cada cidade de um mesmo distrito se reuniam em um lugar e viajavam juntos para Yerushalayim para trazer os seus bicurim. A mitsvá era engrandecida quando realizada por toda a congregação. Os viajantes descansavam à noite em céu aberto (evitando assim a possibilidade de ficarem impuros, pois alguém que estivesse numa casa que contivesse um cadáver, suas primícias se tornariam impuras e portanto inaptas para serem trazidas ao Bet Hamicdash). De manhã, o líder anunciava: "Levantem-se, e vamos a Tsiyon, à casa do nosso D‟us!" Um boi, que mais tarde seria oferecido como oferenda, ia à frente da procissão; seus chifres cobertos com ouro e uma grinalda de folhas de oliva enfeitava sua cabeça. Os viajantes recitavam (Salmos 122:1) "Eu ficava feliz quando me diziam: „Vamos à Casa de D‟us.‟" Flautistas proviam acompanhamento musical até que a procissão alcançasse Yerushalayim. Os viajantes paravam nos portões para arranjar e decorar seus bicurim, enquanto avisavam que eles haviam chegado à cidade. Eles eram recebidos por vários cohanim (sacerdotes), leviyim (levitas) e tesoureiros do Bet Hamicdash, que saíam para cumprimentá-los. Ao entrar na cidade os viajantes proclamavam (Salmos 122:2) "Nossos pés estavam em seus portões, Yerushalayim.“ Os trabalhadores de Yerushalayim paravam seu trabalho, levantavam-se e cumprimentavam os recém- chegados: "Nossos irmãos de tal cidade, sejam bem vindos!" (Eles assim honravam os cumpridores da mitsvá. Para demonstrar nosso respeito àqueles que estão cumprindo uma mitsvá, nós costumamos nos levantar, como por exemplo quando um bebê é trazido para o Berit Milá.) Os flautistas continuavam a tocar e os viajantes continuavam a recitar os versos dos Salmos até chegarem ao Monte do Templo. Aí todos, inclusive o próprio rei, colocavam suas cestas sobre os ombros e pessoalmente apresentavam-nas ao cohen.
  • 8. Quando a procissão entrava na Azará (o pátio do Bet Hamicdash) os leviyim cantavam: "Te louvarei, D‟us, por ter me erguido e não ter deixado meus inimigos regozijarem-se em mim."(Salmos 30:2). Os viajantes tinham anexado pombas aos lados de suas cestas e davam-nas para os cohanim, como oferenda. Com as cestas ainda em seus ombros, cada judeu recitava o verso (Deuteronômio 26:3): "Eu declaro hoje a D‟us, nosso D‟us, que eu vim à terra que D‟us prometeu aos nossos antepassados que a daria para nós." Ele assim reconhecia que D‟us manteve a Sua promessa para com os nossos antepassados, e que ele trouxe para o Bet Hamicdhash um presente de bicurim da sua porção de terra. Enquanto o proprietário segurava a alça da cesta, o cohen colocava suas mão sob esta, e juntos, eles erguiam a oferenda. Lendo a declaração de bicurim A fruta era colocada em frente ao altar (os bicurim eram colocados próximos do altar para simbolizar que eles não eram trazidos para o cohen, mas sim para D‟us, Que os dava de presente aos cohanim). E o proprietário recitava em hebraico o capítulo referente aos bicurim (Deuteronômio 26: 5 -10). Originalmente, aqueles que sabiam ler hebraico recitavam o texto sozinhos, e aqueles que não sabiam, um leitor realizava a mitsvá. Quando os sábios perceberam que os judeus não letrados abstinham-se de trazer bicurim ao Bet Hamicdash, pois tinham vergonha, eles instituíram que o texto fosse lido por um terceiro em qualquer caso. (Similarmente, em tempos passados a Torá era lida na sinagoga por aqueles que eram chamados para recitar a bênção. Já que algumas congregações não sabiam ler, foi instituído que a Torá deve ser lida por um expert, comum a todos.) A Torá ordena ao proprietário dos bicurim para ler justamente esta porção da Torá porque ela descreve a bondade de D‟us para com os judeus. O proprietário reconhece sua gratidão por tudo que D‟us fez por ele.
  • 9. O texto relata os sofrimentos e as aflições do nosso povo, pois para apreciar as bênçãos deve ter em mente os infortúnios do passado. Isso é o que se lê, enquanto se segura os bicurim (versículos encontrados na nossa parashá – Deuteronômio 26:5): "E ele (Yaacov) desceu ao Egito com pouca gente e lá tornou-se um povo poderoso e numeroso. E os egípcios nos maltrataram e nos afligiram e colocaram sobre nós trabalho duro. Nós gritamos para D‟us, D‟us dos nossos pais, e D‟us ouviu nossa voz, e viu nossa miséria, nossa labuta e nossa aflição. E D‟us nos tirou do Egito com mão forte e braço estendido e com grande temor, com sinais e maravilhas. E Ele nos trouxe para este lugar, e nos deu esta terra, a terra onde jorram o leite e o mel." Já que eu reconheço que tudo o que possuo é graças à bondade de D‟us: "E agora, portanto, eu trouxe as primícias da terra que Tu, D‟us, me deste." Completada a leitura, os bicurim são erguidos uma segunda vez, o proprietário coloca-os ao lado do altar, prostra-se e deixa o Bet Hamicdash. Os bicurim eram distribuídos entre os cohanim que estavam em serviço no Templo Sagrado. Aquele que oferecia os bicurim deveria trazer oferendas e passar a noite em Yerushalayim antes de retornar a sua casa. Esta mitsvá era chamada de liná, ou seja, pernoitar em Yerushalayim. Uma das razões para pernoitar lá é que D‟us queria que aquele que oferecia os bicurim, depois de ter comparecido ao Bet Hamicdash, absorvesse plenamente a santidade de Yerushalayim antes de retornar a seu lar, para que a mitsvá tivesse um efeito duradouro sobre ele. A mitsvá de bicurim, as primícias, é um exemplo impressionante dos esforços que os judeus fazem para embelezar as mitsvot.
  • 10. Somente um profundo amor para a mitsvá poderia converter o mandamento de "trazer os primeiros frutos ao Bet Hamicdash" em um glorioso procedimento – uma festiva procissão até Yerushalayim, o recital das escrituras acompanhado de música, e a apresentação de cestas de frutos cuidadosamente arranjadas e decoradas para os cohanim. O midrash nos conta: A voz celestial Depois de o judeu ter cumprido a mitsvá de bicurim, uma voz celestial podia ser ouvida no Bet Hamicdash: "Que você tenha o mérito de trazer seus bicurim no próximo ano mais uma vez!" Similarmente, nossos sábios nos contam que dois anjos acompanham o judeu da sinagoga para casa na noite de Shabat – um anjo misericordioso e um anjo negativo. Se as velas de Shabat estão acesas, a mesa posta, e a casa preparada para honrar o Shabat, o anjo bom clama: "Que seja a vontade de D‟us que no próximo shabat seja a mesma coisa!" O anjo negativo vê-se obrigado a responder "Amen". Se, D‟us nos livre, a casa não está preparada para o Shabat, o anjo negativo clama: "Espero que no Shabat que vem seja a mesma coisa!" E o anjo bom vê-se obrigado e responder "Amen". Sempre que um indivíduo cumpre uma mitsvá, ele cria um anjo que o ajuda a cumprir mais mitsvot. Separação do Maasser e revisão da Torá Os membros da tribo de Levi recebem alguns presentes de Benê Yisrael. Isso inclui terumá (doação) para o cohen e maasser (dízimo) para o levi.
  • 11. Todo judeu também deve separar o maasser sheni (o segundo dízimo), e comê-lo em Yerushalayim (Parashat Reê). Em alguns anos, deve-se dar também o maasser ani, o dízimo para os pobres, no lugar do maasser sheni. Deve-se seguir algumas leis para cumprir a mitsvá adequadamente. Não se deve separar menos do que um décimo da colheita da primavera, achando que poderá separar uma parte extra da colheita do outono. Não se pode também comer o segundo dízimo quando se está enlutado por um parente morto que ainda não tenha sido enterrado. Quem é que verifica se o indivíduo separou a quantidade adequada de cada tipo de maasser? Ninguém. A Torá ordena que a cada três anos, todo indivíduo deve verificar a si próprio, se ele separou as quantidades certas de maasser do seu produto. Se perceber que não, ele deve separar o maasser naquela hora e dá-lo para um levi. Deve-se também separar terumá e chalá (uma parte da massa) para o cohen. Se não separou o segundo dízimo, ele deve fazê-lo naquele momento e trazê-lo para Yerushalayim. Assim também, se não tirou o dízimo dos pobres quando tinha de fazê-lo, deve dá-lo agora para os necessitados. No último dia de Pêssach do quarto e do sétimo ano de cada ciclo de shemitá (ano sabático), o judeu deve proferir o vidui maasser (a confissão do dízimo), que atesta que ele cumpriu todas as leis de maasser. Isto o ajuda a ser cuidadoso ao separar os dízimos corretamente. Depois da confissão, pede-se a D‟us que abençoe Benê Yisrael com chuva e produtos deliciosos: "Eu cumpri meus deveres; agora Tu, D‟us, cumpre a Tua parte: observe da residência da Tua santidade, dos Céus, e abençoe o Teu povo, Israel, e a terra que Tu nos deste assim como prometeste para os nossos pais, uma terra onde as frutas são gordas como o leite e doces como o mel."
  • 12. Enquanto os judeus separassem os dízimos, as frutas teriam sabor e aroma deliciosos e seriam suculentas; quando eles parassem, estas bênçãos cessariam. Por que esta declaração é chamada de "confissão", apesar de não mencionar nenhum pecado? Se Benê Yisrael não tivessem idolatrado o bezerro de ouro, o serviço Divino permaneceria como privilégio dos primogênitos, e todas as casas judias poderiam ser um templo sagrado. Somente por causa da recaída espiritual do povo tornou-se necessário retirar dízimos de casa para dá-los aos cohanim e leviyim. Por isso, nós confessamos. Revisão da Torá Moshê completou a revisão da Torá e o ensinamento das mitsvot. (O resto das parashiyot do livro de Devarim referem-se a fortificar a observância da Torá: escrever a Torá em pedras ao atravessar o rio Jordão; um novo pacto com Benê Yisrael; predições sobre o futuro; e admoestação para retornar a D‟us em tempos de angústia. Agora Moshê exortou Benê Yisrael: "Vocês receberam a Torá há quarenta anos no Monte Sinai, porém seus ensinamentos devem ser todo dia novos e frescos para vocês como se fosse o primeiro dia que vocês os ouviram. O objetivo do estudo da Torá é para saber a vontade de D‟us e para cumpri-la de todo o coração (e não mecanicamente). "Vocês proclamam diariamente a unicidade de D‟us através do versículo „Shemá Yisrael – ouça Yisrael.‟ "Em retorno, D‟us declara que vocês também são únicos: „E quem é como o teu povo, Israel, uma nação na Terra‟ (Shemuel II 7:23)! "Ele lhes prometeu na outorga da Torá que vocês são Sua preciosa nação. Já que vocês estudam Sua Torá e são uma nação sagrada, vocês serão reconhecidos como supremos por todas as nações e elas os louvarão.“ D‟us e o povo de Israel são inseparáveis.
  • 13. Bênçãos e advertências Na Parashá de Bechucotai, no livro de Vayikrá, D‟us prometeu bênçãos para Benê Yisrael por cumprirem a Torá e punições – D‟us nos livre – por deixá-la. Moshê estava muito preocupado. Ele temia que depois de sua morte o povo judia trangredisse a Torá! Por isso, pediu a D‟us: "Posso dar aos judeus mais bênçãos e advertências?" D‟us concordou com o pedido de Moshê. Quando Moshê expressou estas bênçãos e advertências adicionais, o Ruach Hakodesh (Espírito de Profecia) pairou sobre ele. A maioria das punições que ele predisse ocorreram na época da destruição do segundo Bet Hamicdash. Assim como explicado anteriormente, as bênçãos não são a recompensa final pelo cumprimento da Torá, assim como as maldições não são a punição final pela violação desta. Um pagamento completo pelas mitsvot será dado somente no Mundo Vindouro. Até certo ponto, se o povo judeu cumpre a Torá plenamente, D‟us o livra de preocupações materiais e o abençoa com abundância para lhes dar a oportunidade de cumprir mais mitsvot. Por outro lado, se negligenciam a Torá e as mitsvot, D‟us os pune com sofrimentos, que limitam suas oportunidades de cumprir mitsvot. As bênçãos e as maldições, então, indicam para o povo judeu se eles estão ou não seguindo o caminho correto. Se forem afligidos por uma ou mais maldições, eles devem reconhecer que o seu comportamento possuí falhas e devem reparar seus caminhos. Sucesso D‟us nos promete sucesso em nossos negócios na cidade (pelo mérito das mitsvot que nós cumprimos como moradores urbanos – mitsvot como viver em uma sucá em sucot, afixar mezuzot em nossas portas, e cercar nossos terraços e tetos).
  • 14. Igualmente, nossos campos serão abençoados (pelo mérito do cumprimento das mitsvot associadas à agricultura – dando parte da colheita para os levitas e necessitados). Ele abençoará nossas crianças, nossa produção e nossos animais. "Abençoado serás em sua chegada, abençoado serás em sua saída!" Serás abençoado ao entrar na casa de estudos e ao sair para os teus negócios. (D‟us promete abençoar o judeu que faz da sua "chegada à casa de estudos" i.e., o estudo da Torá, como o principal objetivo de sua vida.) Os Tefilin são como uma coroa Os tefilin na cabeça são uma coroa especial de D‟us. Quando um tsadic coloca os tefilin, os não judeus o temem pois ele está carregando o nome de D‟us. Lemos na história de Purim que Mordechai tornou-se um ministro do rei. Deram-lhe cinco peças de roupa reais para vestir, e uma coroa para colocar em sua cabeça. Sobre a coroa, Mordechai colocou os tefilin. Quando os gentios viram os tefilin, tsentiram um temor e respeito intensos por Mordechai, dizendo um para o outro: "Ele está usando o símbolo de D‟us!" Nossos sábios nos contam sobre Rav Abin, que certa vez foi convocado para comparecer perante o imperador. Ao final da audiência, Rav Abin deveria ter andado para trás, para não dar as suas costas para o imperador, como era o costume naquele país. Em vez disso, Rav Abin virou-se e simplesmente foi andando. Ele não percebeu ter cometido um crime imperdoável. O imperador estava para ordenar a execução do Rav Abin, quando de repente, viu duas faixas de fogo saindo dos tefilin dele. "D‟us está com este homem!" – pensou o imperador, com um tremor. Ele nem pensou em prendê-lo. O seguinte versículo havia se realizado com o Rav Abin: "As nações perceberão que vocês carregam o nome de D‟us (nos tefilin), e elas os temerão.“ D‟us outorgará bênçãos extraordinárias sobre as suas crianças, animais e produção. Ele abrirá os Portões Celestiais de abundância e os regará com extraordinária bondade. Vocês serão capazes de emprestar dinheiro para os gentios, e não precisarão tomar nada emprestado. Vocês serão altamente estimados pelas nações e não desprezados. As acima citadas são dadas sob condição de estrita aderência às mitsvot de D‟us, para que as estude e as cumpra. Alguns dos versículos acima mencionados fazem parte da oração semanal "Veyiten Lechá" recitada todo sábado à noite após a Havdalá.
  • 15. A repreensão Divina Quando Moshê começou a citar as palavras de repreensão, a Terra foi sacudida, os Céus tremeram, o Sol e a Lua escureceram, as estrelas perderam o seu brilho, os patriarcas choraram em seus túmulos, as criaturas silenciaram, e os galhos das árvores não mais oscilavam. Os patriarcas protestaram: "Como nossos filhos serão capazes de agüentar estas punições? Talvez eles perecerão, pois não terão méritos suficientes para protegê-los e ninguém rezará por eles!" Uma voz Celestial soou das Alturas: "Não temam, patriarcas dos judeus. O juramento que Eu fiz para vocês não será violado, e Eu os protegerei". Moshê explicou: "As maldições de D‟us só terão efeito se vocês não cumprirem Suas mitsvot (é sua escolha de evitar que elas se tornem realidade)." – A maldição pairará sobre os negócios, sobre a produção, sobre os filhos e os animais. – Confusão e doença – Seca e derrota – Pavor de doenças de pele e confusão mental, falta de conselhos A Torá prediz que se os judeus deixarem a Torá, eles serão como "cegos no escuro". Além de se sentirem (espiritualmente) perdidos e confusos, eles sentirão falta de alguém que poderia ajudá-los e guiá-los.
  • 16. – Fracasso e frustração – Exílio: Se as desgraças que ocorrerem na sua própria terra não os direcionarem de volta para D‟us, vocês serão por fim exilados. – Desolação da terra e degradação daqueles que continuam em Êrets Yisrael. Moshê então explicou que D‟us pune medida por medida: "Já que vocês não serviram D‟us, seu D‟us, com alegria e com júbilo do coração ao aproveitar o grande número das Suas bênçãos, vocês devem, portanto, servir seus inimigos, os quais D‟us mandará contra vocês, com fome, sede, nus e com incontáveis necessidades." * Se vocês não quiserem servir a D‟us, vocês terão que servir a não-judeus. * Se vocês não quiserem contribuir para o Bet Hamicdash, terão que pagar tributos para o governo dos inimigos. * Se vocês não repararem as estradas para aqueles que viajam para o Bet Hamicdash, vocês terão que reparar as estradas para os reis. * Se vocês não servirem a D‟us com alegria em tempos de prosperidade, vocês terão que servi-Lo com fome e necessidades. – Um povo de um país distante sitiará Yerushalayim, e virão a fome e o sofrimento como resultado – O destino dos exilados se eles não cumprirem a Torá Que aqueles que estiverem exilados não acreditem que com a expulsão da terra, D‟us os livrou da obrigação de cumprir a Torá! – Dispersão global, medo do futuro, retorno ao Egito. (www.chabad.org.br)
  • 17. Os primeiros a se arrependerem De acordo com a tradição, foi em Rosh Hashaná que Cayin (Caim) assassinou seu irmão Hevel (Abel). Abel jazia imóvel na grama. Cayin percebeu que havia matado seu irmão. "O que farei com o corpo?" pensou ele, completamente perdido, pois jamais havia visto um cadáver antes, e não sabia o que fazer com ele. Sons de pios altos e ferozes fizeram-no erguer os olhos. Viu dois corvos lutando sofregamente. Por fim, um deles caiu ao solo e lá ficou, sem vida como seu irmão Hevel. O pássaro vitorioso começou a cavar um buraco no chão, com o bico e as garras. Rolou o corpo do pássaro morto até lá, cobrindo-o com terra e afastou-se voando. Cayin agora sabia o que fazer. Cavou um túmulo no solo e lá colocou o corpo do irmão, cobrindo-o com terra. "Devo fugir daqui," pensou ele. Ouviu então uma voz celestial: "Acha que pode fugir de Mim? Onde está seu irmão Hevel?" Cayin amedrontou-se. "Não sei," replicou ele. "Por acaso sou o guardião de meu irmão?" "Seu tolo filho do homem", disse D'us novamente. "Não pode esconder coisa alguma de Mim!" O coração de Cayin estava repleto de remorso. Sentia-se profundamente triste pelo que fizera. "Meu pecado é muito grave até mesmo para o perdão Divino?", gritou angustiado. D'us olhou para dentro do coração de Cayin, e viu que ele estava verdadeiramente arrependido. D'us disse então: "Como você se arrependeu honestamente, com todo seu coração, aliviarei o seu castigo. Pouparei sua vida, mas será um andarilho errante e sem descanso até o fim de seus dias; então você, também, morrerá pelas mãos de um homem." Cayin iniciou sua caminhada. Seu pai Adam o viu. "Por que está tão triste, meu filho?", perguntou-lhe. Cayin contou o que havia acontecido.
  • 18. "O poder do arrependimento é tão grande?", exclamou Adam. "É uma pena que eu não o soubesse antes." Adam então rezou a D'us para que o perdoasse pelo seu pecado de comer do fruto da árvore proibida. Orou com todo seu coração, e D'us aceitou seu arrependimento sincero e o perdoou. Cayin e Adam foram os primeiros a se arrepender, e foram perdoados - em Rosh Hashaná.
  • 19. PEDIDOS –“refuát hanefesh urefuát hagúf” Pedimos que rezem pelo pronto restabelecimento de:
  • 20. ANUNCIE AQUI VOCÊ DE CAMPINAS E REGIÃO QUE NÃO TEM ACESSO FÁCIL À ARTIGOS JUDAICOS TAIS COMO, LIVROS, TORÁ, VINHOS, VELAS, MEZUZÓT, PERGAMINHOS, CAMISETAS COM TEMAS JUDAICOS, E OUTROS ARTIGOS RELIGIOSOS, ESTÁ FUNCIONANDO EM CAMPINAS, NA RUA GENERAL OSÓRIO 698 1º PISO (PRÓXIMO AO MERCADÃO MUNICIPAL – REGIÃO CENTRAL DE CAMPINAS) A MAIS NOVA LOJA DE ARTIGOS JUDAICOS, “MORASHÁ”. É DO NOSSO AMIGO E COMPANHEIRO NA CAUSA ANUSSIM Shimon Melachim (Alecsandro Reis). PREÇOS ACESSÍVEIS!! CONFIRAM!! CHAZAK U’BARUCH E MAZAL TOV PELA INICIATIVA!!! CONTATOS: (19) 3232-8121 / 8154-2339
  • 21. NOTÍCIAS O Artista e o Rabino Saindo do Muro das Lamentações, esperava por Roberto Carlos o Rabino Shmuel Rabinovich, a mais importante autoridade judaica da Cidade Velha, responsável por quase todos os lugares sagrados de Israel. Fato raro o Rabino estar no domingo à tarde no local, o que causou comoção nos judeus que por ali passavam e não conheciam a pessoa merecedora de tal distinção. Mas o Rabino sabia quem era Roberto Carlos e por isso foi ali, saindo de sua rotina de livros, estudos e educação para participar de um mundo fora da religião. O Rabino agradeceu pela presença do artista estar no Muro das Lamentações e deu-lhe uma benção dizendo que esperava que todas as graças por ele pedidas e o para as pessoas que desejou, fossem atendidas. E ainda contou que quando o Rei Salomão construiu o primeiro templo pediu a Deus que todas as preces e todas as orações de qualquer pessoa, judeus ou não, fossem ouvidas. Mas o que levou Roberto Carlos a encher os olhos de lágrimas foi ouvir que “poucas pessoas têm o dom de cantar, e quem tem o dom de cantar tem uma alma muito forte e com isso a sua voz pode alcançar os mundos mais próximos de Deus”. (Rua Judaica)
  • 22. NOTÍCIAS Premiê de Israel comete gafe e dá Ariel Sharon como morto O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, cometeu uma gafe durante um discurso ao falar do ex- premiê Ariel Sharon, que está em coma desde 2006, como se ele já estivesse morto. Durante uma cerimônia para a filha do ministro do Interior, Eli Yishai, por ocasião de seu casamento, Netanyahu disse que o único líder israelense que conseguiu reformar a habitação nos últimos 50 anos foi Ariel Sharon, e completou: "Que sua memória seja abençoada". Ao perceber seu erro, Netanyahu se desculpou e desejou "longa vida" a Sharon, que foi seu antecessor no cargo. Em 2010 o ex-premiê foi transferido de um hospital em Tel Aviv para sua fazenda no Negev, sul de Israel, a pedido da família. A esposa de Sharon foi enterrada no local. Na ocasião, médicos disseram que Sharon permanecia em estado vegetativo mas em condição estável. (Rua Judaica)
  • 23. - CULINÁRIA SEFARADI - LEICKER INGREDIENTES 13 ovos (separe as gemas e as claras) 3 copos (250 ml)de açúcar ¾ de copo (250 ml) de água morna ¾ de copo (250 ml) de óleo 3 copos (250 ml) de farinha de trigo 2 col. (chá) de vanilina 2 col. (chá) de fermento em pó 4 col. (sopa) de chocolate em pó MODO DE PREPARO Bata as gemas com o açúcar até ficar uma mistura esbranquiçada. Acrescente a água, o óleo e torne a bater. Adicione a farinha e a vanilina. Unte uma fôrma grande, de buraco no meio, e polvilhe de farinha de trigo. Bata as claras em neve e acrescente-as à massa (sem bater). Junte o fermento e misture delicadamente (com uma colher de pau) de cima para baixo, sem bater. Despeje metade da massa na fôrma. Adicione o chocolate em pó ao restante da massa, misture delicadamente e despeje na fôrma por cima da massa branca. Asse em forno moderado, preaquecido, até que, ao enfiar um palito, este saia seco e limpo.
  • 24. A OBRA DO RESGATE PELO BRASIL Possa Ha Kadosh Baruch Hu bendizer à todos vocês. SHABAT SHALOM PARA TODOS OS QUE RECEBEM E PRESTIGIAM O HA-LAPID BRASIL.
  • 25. A OBRA DO RESGATE PELO BRASIL Foi realizado mais um Kabalat Shabat na residência dos queridos Iranildo Lopes (Iaaqob) e Ana Lopes. Desfrutamos de uma verdadeira festa, com um banquete preparado pela referida família e todos da Associação Sefaradita Beit Melech de Campinas. Na ocasião recebemos a visita da família do Srº Macedo (Iaaqob Elbaz) e do Srº Matitiahu. Também nos reunirmos a na manhã de Shabat e realizamos juntos Mincha de Shabat. Possa Ha Kadosh Baruch Hu dar Saúde, Força e União à todos nós. Shabat Shalom à todos.
  • 26. ANÚNCIOS INFORMAMOS AOS LEITORES, QUE SE ENCONTRA DISPONÍVEL UMA ÓTIMA FONTE DE PESQUISA E ESTUDOS, O SITE MEMORIAL BRASIL SEFARAD. O Memorial Brasil Sefarad nasceu como uma organização dedicada à pesquisa, divulgação e preservação da memória dos judeus sefarditas (judeus ibéricos) e de seus descendentes no Brasil. Mantido com recursos próprios e trabalho voluntário, o Memorial atua em 4 campos de ação: 1) pesquisa direta; 2) fomento à pesquisa - bolsas de pesquisa; 3) divulgação - através do site e de material impresso; 4) auxílio a comunidades de descendentes. Maiores informações no site: www.brasilsefarad.com/joomla/ JÁ DEVERIA TER POSTADO HÁ MAIS TEMPO, MAS NUNCA É TARDE. SEGUE UM IMPORTANTÍSSIMO SITE ONDE ENCONTRAMOS TODOS OS PRODUTOS QUE SÃO AUTORIZADOS AO NOSSO CONSUMO E USO, COM AUTORIZAÇÃO DO BEIT DIN . http://www.bdk.com.br/default.aspx O PORTAL AMAZÔNIA JUDAICA ESTÁ DE VOLTA!!! NOVO SITE, NOVO VISUAL, MUITAS NOVIDADES, VENHA CONHECER E DESFRUTAR!!! ACESSEM: www.amazoniajudaica.org PRESENTEI AMIGOS E PARENTES COM A MAIS NOVA HAGADÁ DE PESSACH SEFARADI. ENTRE AGORA NO SITE!!!
  • 27. HA –LAPID BRASIL É um periódico semanal nascido na Associação Morashá Benei Ia‟aqob do Varjão, Brasília, tendo como idealizador o Srº Elias José Lourenço de Israel. É distribuído entre as comunidades judaicas, instituições e amigos desta causa. Contatos, dúvidas e idéias: yaakovtsurbenovadiah@gmail.com ou yaakov@ha- lapidbrasil.com.br Web: www.ha-lapidbrasil.com.br