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A  velhinha  e  os  animais  amigos  do  Ambiente
Era uma vez, uma velhinha que morava numa casinha muito bonita, com muitas flores no meio do bosque. Certo dia, a filha mandou-lhe um convite para ir ao casamento da neta, pelo computador, através da Internet.
A velhinha arranjou a carroça e o cavalinho e preparou-se para ir ao casamento.
Foi andando, andando pelo bosque fora, até que encontrou um lobo. O lobo disse-lhe: —  Vou comer-te, porque estou muito zangado!  A velhinha respondeu-lhe: —  Não me comas, porque eu estou muito magrinha, quando voltar do casamento da minha neta já venho mais gordinha.
O lobo respondeu-lhe: —  Os homens deitaram esta garrafa de vidro para o chão, está a poluir o ambiente, porque o vidro não se desfaz.  O lobo tinha uma garrafa de vidro na pata e estava muito preocupado porque não sabia onde devia meter a garrafa de vidro. A velhinha então disse-lhe para pôr a garrafa no vidrão, que é o ecoponto verde. A garrafa vai transformar-se em vidro novo.  O lobo para lhe agradecer deixou-a passar.
A velhinha continuou o seu caminho, andou, andou, até que encontrou um urso que pulou para a frente da carroça e lhe disse: —  Vou comer-te, porque estou muito zangado! A velhinha respondeu-lhe: —  Não me comas, porque eu estou muito magrinha, quando voltar do casamento da minha neta já venho mais gordinha. O urso tinha uma revista na pata dianteira e disse: —  Os homens estão a poluir o ambiente, esta revista demora entre um e quatro meses a desfazer-se. Então pediu ajuda à velhinha porque não sabia o que lhe fazer.
A velhinha disse-lhe: —  O papel deve pôr-se no ecoponto azul, que se chama papelão e vai transformar-se em papel novo, assim não é preciso cortar mais árvores e todos vamos ter ar puro para respirar. O urso respondeu-lhe: —  Obrigado, podes passar.
A velhinha continuou andando, andando, andando até que encontrou um leão e uma pantera que estavam a discutir, porque não sabiam o que fazer com uma lata de salsichas e uma garrafa de iogurte, que tinham encontrado no chão da selva. —  Os homens deitaram o lixo para o chão e estão a poluir o ambiente, as latas demoram entre cem e quinhentos anos a desfazer-se, onde é que as vamos pôr?
A velhinha então resolveu ajudá-los e disse-lhes que deviam pôr a lata e a garrafa de plástico no ecoponto amarelo, porque senão iam ficar a poluir o ambiente e assim servem para fazer objectos novos: peças para automóveis, tachos, camisolas, sacos de plástico... O leão e a pantera agradeceram-lhe: —  Obrigado, podes passar.
Um bocadinho mais à frente a velhinha encontrou uma chita que estava muito zangada, porque encontrou duas pilhas no lago, que estavam a envenenar a água e a matar os amigos peixinhos. A chita estava furiosa porque os homens estavam a poluir a água e por isso disse à velhinha que ia comê-la.
A velhinha disse-lhe: —  Não me comas porque não fui eu. Vou ensinar-te o que deves fazer com as pilhas velhas, deves pô-las no pilhão, que é o ecoponto vermelho. A chita agradeceu-lhe: —  Obrigada, podes passar.
A velhinha continuou o seu caminho até que chegou ao casamento da neta.
O casamento foi muito bonito e divertido, a velhinha comeu e bebeu muitas coisas boas, dançou muito com o compadre e no dia seguinte a velhinha estava muito preocupada porque os animais da floresta estavam à espera dela para a comer, agora que estava mais gordinha.
A neta disse-lhe: —  Não te preocupes, toma lá esta cabacinha para ires para a tua casa e para que os animais da floresta e da selva não te comam. A velhinha abriu a cabacinha, pôs-se lá dentro, fechou-a e começou a rolar.
Foi rolando, rolando até que encontrou a chita que lhe perguntou: —  Viste por aí uma velhinha muito gordinha? A velhinha dentro da cabacinha respondeu-lhe: —  Não vi velha nem velhinha, não vi velha nem velhão,  Corre corre cabacinha, corre corre cabação.
Foi rolando, rolando até que encontrou a pantera e o leão que lhe perguntaram: —  Ó cabacinha, não viste por aí uma velhinha muito gordinha? A velhinha dentro da cabacinha respondeu-lhe: —  Não vi velha nem velhinha, não vi velha nem velhão,  Corre corre cabacinha, corre corre cabação.
Continuou rolando, rolando até que encontrou o urso que lhe perguntou: —  Viste por aí uma velhinha muito gordinha? A velhinha dentro da cabacinha respondeu-lhe: —  Não vi velha nem velhinha, não vi velha nem velhão,  Corre corre cabacinha, corre corre cabação.
Continuou rolando, rolando até que encontrou o lobo que lhe perguntou: —  Ó cabacinha, não viste por aí uma velhinha muito gordinha? A velhinha dentro da cabacinha respondeu-lhe: —  Não vi velha nem velhinha, não vi velha nem velhão,  Corre corre cabacinha, corre corre cabação.
A velhinha continuou rolando a cabacinha até que chegou à sua casa, saiu de dentro da cabacinha, abriu a porta de casa, ligou o computador e mandou uma mensagem à filha e à neta a dizer que tinha chegado a casa sã e salva.
PIM  PERLIM  PIM  PIM  ESTA  HIST Ó RIA  CHEGOU  AO  FIM!
Texto e Ilustração : Crianças do Jardim de Infância de Campinho E Alexandre e José Paulo Edição de Imagem: Educadora de Infância  Paula Gil Junho  2009

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A velhinha ensina os amigos animais a proteger o ambiente

  • 1. A velhinha e os animais amigos do Ambiente
  • 2. Era uma vez, uma velhinha que morava numa casinha muito bonita, com muitas flores no meio do bosque. Certo dia, a filha mandou-lhe um convite para ir ao casamento da neta, pelo computador, através da Internet.
  • 3. A velhinha arranjou a carroça e o cavalinho e preparou-se para ir ao casamento.
  • 4. Foi andando, andando pelo bosque fora, até que encontrou um lobo. O lobo disse-lhe: — Vou comer-te, porque estou muito zangado! A velhinha respondeu-lhe: — Não me comas, porque eu estou muito magrinha, quando voltar do casamento da minha neta já venho mais gordinha.
  • 5. O lobo respondeu-lhe: — Os homens deitaram esta garrafa de vidro para o chão, está a poluir o ambiente, porque o vidro não se desfaz. O lobo tinha uma garrafa de vidro na pata e estava muito preocupado porque não sabia onde devia meter a garrafa de vidro. A velhinha então disse-lhe para pôr a garrafa no vidrão, que é o ecoponto verde. A garrafa vai transformar-se em vidro novo. O lobo para lhe agradecer deixou-a passar.
  • 6. A velhinha continuou o seu caminho, andou, andou, até que encontrou um urso que pulou para a frente da carroça e lhe disse: — Vou comer-te, porque estou muito zangado! A velhinha respondeu-lhe: — Não me comas, porque eu estou muito magrinha, quando voltar do casamento da minha neta já venho mais gordinha. O urso tinha uma revista na pata dianteira e disse: — Os homens estão a poluir o ambiente, esta revista demora entre um e quatro meses a desfazer-se. Então pediu ajuda à velhinha porque não sabia o que lhe fazer.
  • 7. A velhinha disse-lhe: — O papel deve pôr-se no ecoponto azul, que se chama papelão e vai transformar-se em papel novo, assim não é preciso cortar mais árvores e todos vamos ter ar puro para respirar. O urso respondeu-lhe: — Obrigado, podes passar.
  • 8. A velhinha continuou andando, andando, andando até que encontrou um leão e uma pantera que estavam a discutir, porque não sabiam o que fazer com uma lata de salsichas e uma garrafa de iogurte, que tinham encontrado no chão da selva. — Os homens deitaram o lixo para o chão e estão a poluir o ambiente, as latas demoram entre cem e quinhentos anos a desfazer-se, onde é que as vamos pôr?
  • 9. A velhinha então resolveu ajudá-los e disse-lhes que deviam pôr a lata e a garrafa de plástico no ecoponto amarelo, porque senão iam ficar a poluir o ambiente e assim servem para fazer objectos novos: peças para automóveis, tachos, camisolas, sacos de plástico... O leão e a pantera agradeceram-lhe: — Obrigado, podes passar.
  • 10. Um bocadinho mais à frente a velhinha encontrou uma chita que estava muito zangada, porque encontrou duas pilhas no lago, que estavam a envenenar a água e a matar os amigos peixinhos. A chita estava furiosa porque os homens estavam a poluir a água e por isso disse à velhinha que ia comê-la.
  • 11. A velhinha disse-lhe: — Não me comas porque não fui eu. Vou ensinar-te o que deves fazer com as pilhas velhas, deves pô-las no pilhão, que é o ecoponto vermelho. A chita agradeceu-lhe: — Obrigada, podes passar.
  • 12. A velhinha continuou o seu caminho até que chegou ao casamento da neta.
  • 13. O casamento foi muito bonito e divertido, a velhinha comeu e bebeu muitas coisas boas, dançou muito com o compadre e no dia seguinte a velhinha estava muito preocupada porque os animais da floresta estavam à espera dela para a comer, agora que estava mais gordinha.
  • 14. A neta disse-lhe: — Não te preocupes, toma lá esta cabacinha para ires para a tua casa e para que os animais da floresta e da selva não te comam. A velhinha abriu a cabacinha, pôs-se lá dentro, fechou-a e começou a rolar.
  • 15. Foi rolando, rolando até que encontrou a chita que lhe perguntou: — Viste por aí uma velhinha muito gordinha? A velhinha dentro da cabacinha respondeu-lhe: — Não vi velha nem velhinha, não vi velha nem velhão, Corre corre cabacinha, corre corre cabação.
  • 16. Foi rolando, rolando até que encontrou a pantera e o leão que lhe perguntaram: — Ó cabacinha, não viste por aí uma velhinha muito gordinha? A velhinha dentro da cabacinha respondeu-lhe: — Não vi velha nem velhinha, não vi velha nem velhão, Corre corre cabacinha, corre corre cabação.
  • 17. Continuou rolando, rolando até que encontrou o urso que lhe perguntou: — Viste por aí uma velhinha muito gordinha? A velhinha dentro da cabacinha respondeu-lhe: — Não vi velha nem velhinha, não vi velha nem velhão, Corre corre cabacinha, corre corre cabação.
  • 18. Continuou rolando, rolando até que encontrou o lobo que lhe perguntou: — Ó cabacinha, não viste por aí uma velhinha muito gordinha? A velhinha dentro da cabacinha respondeu-lhe: — Não vi velha nem velhinha, não vi velha nem velhão, Corre corre cabacinha, corre corre cabação.
  • 19. A velhinha continuou rolando a cabacinha até que chegou à sua casa, saiu de dentro da cabacinha, abriu a porta de casa, ligou o computador e mandou uma mensagem à filha e à neta a dizer que tinha chegado a casa sã e salva.
  • 20. PIM PERLIM PIM PIM ESTA HIST Ó RIA CHEGOU AO FIM!
  • 21. Texto e Ilustração : Crianças do Jardim de Infância de Campinho E Alexandre e José Paulo Edição de Imagem: Educadora de Infância Paula Gil Junho 2009