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Formação do Físico.
Migração da aula para a indústria.
Ponto de vista.
Armando Alaminos Bouza
Físico – Mevis Informática Médica LTDA.
Fiquei muito lisonjeado e surpreso pelo convite para expor minha experiência no ENFI-
2015. Pela primeira vez sou convidado para refletir sobre a intefaz entre física e mundo
empresarial.
Gostaria de iniciar a fala presentado minhas “condições de contorno”.
1. Dedico pouco “time slice” intelectual ao problema empresarial. Meu ponto de vista
nesta área não é sistemático.
2. Minhas fontes de motivação primarias são a física e algoritmos envolvidos na
criação de soluções.
3. A empresa foi criada para propiciar ambiente económico como suporte ao ponto
anterior. Ela é vista mais como um meio que como um fim.
4. Nossa empresa é extremamente enxuta. Isto limita muito os problemas gerenciais e
minha experiência.
5. Posso estar próximo de ser um “outlier point” no perfil do evento.
Valorizo a formação acadêmica do físico não pelo caráter
enciclopédico e sim pelo cultivo do pensamento criativo e
da capacidade de “problem solving” .
O pensamento criativo e a capacidade de “problem solving”
são portas de entrada do físico na atividade industrial e no
mundo não acadêmico em geral.
A largura do espectro de empregabilidade do formado em
Física sustentam a hipótese anterior, como ilustraremos a
continuação.
I received my B.S. in Physics in 1952, and did three years of graduate work, but no
Ph.D. It's the best education for any technical job I can imagine. I have worked on
lasers, built a better refrigerator, and developed and installed control programs for
hydroelectric dams. I'm now a ``development engineer'' working on
photovoltaics. The point is it's the background that physics education provides, not
the title. Morton Schiff, Sunwize Technologies, Inc., Kingston, New York,
mschiff@Besicorp.com
Cartas de físicos trabalhando na indústria.
from The Industrial Physicist. Copyright (1999), American Institute of Physics.
http://www.uregina.ca/science/physics/careers/letters-industry.html
We physicists do have greater freedom than our engineering peers, in that if we don't
like our chosen careers, we can always pursue another, since we are equally qualified
for any number of technical disciplines. James Smith, Rockville, Maryland.
http://jobs.monster.com/v-science-q-physicist-jobs.aspx , 7 de Agosto de 2015
http://jobs.monster.com/v-science-q-physicist-jobs.aspx , 7 de Agosto de 2015
Física Médica.
Subespecialidade
difundida por motivos
regulatórios em quase
todos os países.
Não se limita as áreas de
Radioterapia e Medicina
Nuclear.
No Brasil esta área é
muito ativa e com
demanda crescente.
Fonte ABFM
Agosto de 2015.
www.abfm.org.br
“Yet Wall Street continues to appreciate physicists’ facility –and imagination– with
numbers, says Gene Stanley, and there is both intellectual challenge to be had and money
to be made from finance.”…
…
“In other words, traders can shrug and say “shit happens”. If the Gaussian distribution
predicts 99 per cent of what happens, that may be plenty good enough for them. For the
rest of us, not so much.”
Como virar empreendedor com base na formação adquirida na escola de Física.
1. Definir em que área somos melhores (teórica, modelos matemáticos,
experimental, sólidos, semicondutores, etc. )
2. Identificar um problema que podemos resolver. Geralmente esta descoberta
decorre do contato com alguma rama da indústria.
3. Verificar o impacto econômico da nossa solução. Que potencial de mercado
tem? Pode sustentar uma empresa ?
4. Que investimento inicial demanda? Podemos autofinanciar o nascimento de
uma empresa para isto ?
5. Se o ponto 4 resulta negativo: Podemos acudir a uma fonte de financiamento.
Como obter financiamento - segundo documento do SEBRAE, 2012
http://www.uniempre.org.br/user-files/files/Cartilha%20Startup.pdf
Como obter financiamento - segundo documento do SEBRAE, 2012
http://www.uniempre.org.br/user-files/files/Cartilha%20Startup.pdf
Existem no mercado brasileiro (e internacional) profissionais chamados de anjos
de negócios ou investidores-anjo (em inglês, “business angels” e “angel
investors”), que são especializados em apoiar projetos que estão em fase inicial,
no momento de testar a ideia, o produto, o modelo de negócio. Esses
profissionais geralmente são experientes, bem-sucedidos, confiantes e entendem
as tendências e oportunidades de algumas áreas do mercado. Além disso, eles
têm vontade e disposição de auxiliar na criação de novos produtos e empresas.
http://www.uniempre.org.br/user-files/files/Cartilha%20Startup.pdf
Situação que encontra o empreendedor no Brasil
“Em lugares como o Vale do Silício, nos Estados Unidos, isso é muito mais fácil, porque o apoio é
maior. Lá, 87% das startups têm financiamento externo, como o de investidores, fundos e
incubadoras. No Brasil, a estimativa é de que apenas 25% recebem aportes.
No Vale do Silício, o investimento de pessoas físicas, geralmente o primeiro que uma startup
recebe, é de US$ 25 bilhões por ano. No Brasil, não passa do equivalente a US$ 325 milhões, 75
vezes menor.”
(tomado de Renata Ribeiro – 2014)
MEVIS Informática Médica LTDA.
- Vários produtos desenvolvidos
antes da criação formal da MEVIS.
- Criada, formalmente, em 1999.
Mas nasce com produtos pré-
existentes e uma carteira de
clientes.
- Funcionamos por 2.5 anos em
escritório dentro do próprio
apartamento.
Produtos desenvolvidos total ou parcialmente na MEVIS
http://www.slideshare.net/alabouza/mnps-slides-presentation
MNPS. É um Sistema de planejamento para procedimentos
de neurocirurgia estereotáxica. Tem suporte para quase
todos os aparatos estereotáxicos presentes no Mercado
mundial.
MNPS executa sob Windows, desde a versão XP até o
Windows 10.
O MNPS tem uma longa historia de desenvolvimento. As
primeiras linhas do código foram criadas para um Sistema
Riechert-Mundinger em 1989.
O banner a esquerda foi presentado em congresso
Brasileiro de Neurocirurgia no ano de 2010.
CAT3D: Sistema para planejamento de radioterapia. Desenvolvido por MEVIS.
Presente na radioterapia de quase todos os países de América Latina.
Utilizado em 30% ou mais da radioterapia do Brasil.
TRACKER de MEVIS.
Em parceria com a fabrica BRAMSYS.
Criamos o sistema de neuronavegação
NavGuide
Este é um produto que MEVIS, isoladamente,
não poderia criar sem grandes alterações
estruturais e empresariais.
TRACKER NavGuide
Dos primeiros passos até a pratica
cirúrgica.
Longo percurso: custos, marcos
regulatórios, burocracia, marketing, etc.
MUVerify iDcalc PPFviewer StereoCheck
Produtos para plataformas mobiles. Na experiência da MEVIS, os aplicativos não geram aumento
direto significativo de receitas. Mas eles tem magnificado a visibilidade da marca MEVIS, atingindo
territórios que nunca conseguíamos por outras vias de marketing ao nosso alcance. Os aplicativos
tem gerado clientes para produtos de maior valor agregado (desktop). Hoje eu considero estes
produtos como nossa melhor ação de marketing internacional, superando de longe o efeito da página
WEB.
Considerações finais
1-Quando chegar na indústria fique atento a problemas com solução inexistente, ou passível de
otimização, ou de custos proibitivos para o setor.
2-Concentre sua capacidade de “problem solving” em torno ao caso selecionado. Pense no assunto
por meses ou anos, se for muito simples já estaria resolvido.
3-Caso consiga uma solução superior a existente, pense onde implementá-la:
-Dentro de uma empresa já existente (procure fazer valer o seu trabalho).
-O horizonte do problema justifica todos os riscos de criar uma empresa.
4-Fixar seu intelecto em uma área o faz conhecer profundamente os problemas afins e cria um
nome para você nesse mercado. Você pode virar referencia, mas isso custa anos de dedicação e
seriedade na área.
5-Recomendo ponderar com muito cuidado os custos e possíveis benefícios de cada investimento
ou expansão. No contexto do Brasil o porte da empresa gera aumento não-linear da complexidade
gerencial.
6-Alguns problemas podem enfrentar-se em parceria com outras empresas.
Muito obrigado !
Armando Alaminos Bouza
www.mevis.com.br
Arquivo disponível para download em:
http://www.slideshare.net/alabouza/fomacao-do-fisicoaplicadanaindustria

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Formação do físico aplicada na industria

  • 1. Formação do Físico. Migração da aula para a indústria. Ponto de vista. Armando Alaminos Bouza Físico – Mevis Informática Médica LTDA.
  • 2. Fiquei muito lisonjeado e surpreso pelo convite para expor minha experiência no ENFI- 2015. Pela primeira vez sou convidado para refletir sobre a intefaz entre física e mundo empresarial. Gostaria de iniciar a fala presentado minhas “condições de contorno”. 1. Dedico pouco “time slice” intelectual ao problema empresarial. Meu ponto de vista nesta área não é sistemático. 2. Minhas fontes de motivação primarias são a física e algoritmos envolvidos na criação de soluções. 3. A empresa foi criada para propiciar ambiente económico como suporte ao ponto anterior. Ela é vista mais como um meio que como um fim. 4. Nossa empresa é extremamente enxuta. Isto limita muito os problemas gerenciais e minha experiência. 5. Posso estar próximo de ser um “outlier point” no perfil do evento.
  • 3. Valorizo a formação acadêmica do físico não pelo caráter enciclopédico e sim pelo cultivo do pensamento criativo e da capacidade de “problem solving” . O pensamento criativo e a capacidade de “problem solving” são portas de entrada do físico na atividade industrial e no mundo não acadêmico em geral. A largura do espectro de empregabilidade do formado em Física sustentam a hipótese anterior, como ilustraremos a continuação.
  • 4. I received my B.S. in Physics in 1952, and did three years of graduate work, but no Ph.D. It's the best education for any technical job I can imagine. I have worked on lasers, built a better refrigerator, and developed and installed control programs for hydroelectric dams. I'm now a ``development engineer'' working on photovoltaics. The point is it's the background that physics education provides, not the title. Morton Schiff, Sunwize Technologies, Inc., Kingston, New York, mschiff@Besicorp.com Cartas de físicos trabalhando na indústria. from The Industrial Physicist. Copyright (1999), American Institute of Physics. http://www.uregina.ca/science/physics/careers/letters-industry.html We physicists do have greater freedom than our engineering peers, in that if we don't like our chosen careers, we can always pursue another, since we are equally qualified for any number of technical disciplines. James Smith, Rockville, Maryland.
  • 7. Física Médica. Subespecialidade difundida por motivos regulatórios em quase todos os países. Não se limita as áreas de Radioterapia e Medicina Nuclear. No Brasil esta área é muito ativa e com demanda crescente. Fonte ABFM Agosto de 2015. www.abfm.org.br
  • 8. “Yet Wall Street continues to appreciate physicists’ facility –and imagination– with numbers, says Gene Stanley, and there is both intellectual challenge to be had and money to be made from finance.”… … “In other words, traders can shrug and say “shit happens”. If the Gaussian distribution predicts 99 per cent of what happens, that may be plenty good enough for them. For the rest of us, not so much.”
  • 9. Como virar empreendedor com base na formação adquirida na escola de Física. 1. Definir em que área somos melhores (teórica, modelos matemáticos, experimental, sólidos, semicondutores, etc. ) 2. Identificar um problema que podemos resolver. Geralmente esta descoberta decorre do contato com alguma rama da indústria. 3. Verificar o impacto econômico da nossa solução. Que potencial de mercado tem? Pode sustentar uma empresa ? 4. Que investimento inicial demanda? Podemos autofinanciar o nascimento de uma empresa para isto ? 5. Se o ponto 4 resulta negativo: Podemos acudir a uma fonte de financiamento.
  • 10. Como obter financiamento - segundo documento do SEBRAE, 2012 http://www.uniempre.org.br/user-files/files/Cartilha%20Startup.pdf
  • 11. Como obter financiamento - segundo documento do SEBRAE, 2012 http://www.uniempre.org.br/user-files/files/Cartilha%20Startup.pdf
  • 12. Existem no mercado brasileiro (e internacional) profissionais chamados de anjos de negócios ou investidores-anjo (em inglês, “business angels” e “angel investors”), que são especializados em apoiar projetos que estão em fase inicial, no momento de testar a ideia, o produto, o modelo de negócio. Esses profissionais geralmente são experientes, bem-sucedidos, confiantes e entendem as tendências e oportunidades de algumas áreas do mercado. Além disso, eles têm vontade e disposição de auxiliar na criação de novos produtos e empresas. http://www.uniempre.org.br/user-files/files/Cartilha%20Startup.pdf
  • 13. Situação que encontra o empreendedor no Brasil “Em lugares como o Vale do Silício, nos Estados Unidos, isso é muito mais fácil, porque o apoio é maior. Lá, 87% das startups têm financiamento externo, como o de investidores, fundos e incubadoras. No Brasil, a estimativa é de que apenas 25% recebem aportes. No Vale do Silício, o investimento de pessoas físicas, geralmente o primeiro que uma startup recebe, é de US$ 25 bilhões por ano. No Brasil, não passa do equivalente a US$ 325 milhões, 75 vezes menor.” (tomado de Renata Ribeiro – 2014)
  • 14. MEVIS Informática Médica LTDA. - Vários produtos desenvolvidos antes da criação formal da MEVIS. - Criada, formalmente, em 1999. Mas nasce com produtos pré- existentes e uma carteira de clientes. - Funcionamos por 2.5 anos em escritório dentro do próprio apartamento.
  • 15. Produtos desenvolvidos total ou parcialmente na MEVIS
  • 16. http://www.slideshare.net/alabouza/mnps-slides-presentation MNPS. É um Sistema de planejamento para procedimentos de neurocirurgia estereotáxica. Tem suporte para quase todos os aparatos estereotáxicos presentes no Mercado mundial. MNPS executa sob Windows, desde a versão XP até o Windows 10. O MNPS tem uma longa historia de desenvolvimento. As primeiras linhas do código foram criadas para um Sistema Riechert-Mundinger em 1989. O banner a esquerda foi presentado em congresso Brasileiro de Neurocirurgia no ano de 2010.
  • 17. CAT3D: Sistema para planejamento de radioterapia. Desenvolvido por MEVIS. Presente na radioterapia de quase todos os países de América Latina. Utilizado em 30% ou mais da radioterapia do Brasil.
  • 18. TRACKER de MEVIS. Em parceria com a fabrica BRAMSYS. Criamos o sistema de neuronavegação NavGuide Este é um produto que MEVIS, isoladamente, não poderia criar sem grandes alterações estruturais e empresariais.
  • 19. TRACKER NavGuide Dos primeiros passos até a pratica cirúrgica. Longo percurso: custos, marcos regulatórios, burocracia, marketing, etc.
  • 20. MUVerify iDcalc PPFviewer StereoCheck Produtos para plataformas mobiles. Na experiência da MEVIS, os aplicativos não geram aumento direto significativo de receitas. Mas eles tem magnificado a visibilidade da marca MEVIS, atingindo territórios que nunca conseguíamos por outras vias de marketing ao nosso alcance. Os aplicativos tem gerado clientes para produtos de maior valor agregado (desktop). Hoje eu considero estes produtos como nossa melhor ação de marketing internacional, superando de longe o efeito da página WEB.
  • 21. Considerações finais 1-Quando chegar na indústria fique atento a problemas com solução inexistente, ou passível de otimização, ou de custos proibitivos para o setor. 2-Concentre sua capacidade de “problem solving” em torno ao caso selecionado. Pense no assunto por meses ou anos, se for muito simples já estaria resolvido. 3-Caso consiga uma solução superior a existente, pense onde implementá-la: -Dentro de uma empresa já existente (procure fazer valer o seu trabalho). -O horizonte do problema justifica todos os riscos de criar uma empresa. 4-Fixar seu intelecto em uma área o faz conhecer profundamente os problemas afins e cria um nome para você nesse mercado. Você pode virar referencia, mas isso custa anos de dedicação e seriedade na área. 5-Recomendo ponderar com muito cuidado os custos e possíveis benefícios de cada investimento ou expansão. No contexto do Brasil o porte da empresa gera aumento não-linear da complexidade gerencial. 6-Alguns problemas podem enfrentar-se em parceria com outras empresas.
  • 22. Muito obrigado ! Armando Alaminos Bouza www.mevis.com.br Arquivo disponível para download em: http://www.slideshare.net/alabouza/fomacao-do-fisicoaplicadanaindustria