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Mesoamérica
Olmecas
 
A  civilização  Olmeca  surgiu  numa  região  de  terras  baixas  e 
pantanosa, onde pequenas elevações se transformavam em ilhotas no 
período das cheias. Esta região do litoral do Golfo do México, que se 
estende  até  o  Pacífico  através  da  Guatemala,  Belize,  oeste  de 
Honduras,  El  Salvador,  Nicarágua  e  Costa  Rica,  ficou  conhecida 
como  parte  da  mesoamérica.  A  civilização  Olmeca  foi  a  matriz  de 
quatro civilizações mesoamericanas: Teotihuacan, Zapoteca, Tolteca 
e Maia. 
Antes  dos  Olmecas,  entre  os  anos  de  1.500  ªC  e  1.200  ªC, 
encontravam-se  apenas  uns  raros  núcleos  de  povoamento  agrícola 
capaz  de  sustentar  uma  economia  relativamente  estável.  O  sistema 
era  tribal,  relativamente  igualitário,  e  com  uma  religião  xamânica, 
que mal ultrapassava o culto dos mortos. Ultrapassado o estágio do 
simples  xamanismo,  os  Olmeca  criaram  uma  mitologia  poderosa, 
dominada  por  uma  deidade  semi-humana,  parte  homem  e  parte 
Jaguar.
Museu de Xalapa – Vera Cruz
Foram governados por uma hierarquia religiosa com uma
diferenciação social confirmada pelos túmulos e adornos
encontrados. Eram basicamente agricultores que utilizavam as
várzeas dos rios, fertilizadas pelas cheias, e aplicavam uma técnica
comum entre os índios, a coivara, ou seja, a queimada com a
finalidade de limpar e adubar com as cinzas a área para o próximo
plantio. Cultivavam milho, feijão, abóbora e pimenta chili. A caça e
a pesca complementavam sua dieta, além de da coleta sistemática de
frutas e tubérculos silvestres.
Os Olmecas não conheciam o metal, mas trabalharam pedras,
principalmente o basalto e o Jade além de produzirem uma
cerâmica rudimentar.
Não havia cidades, mas Centros Cerimoniais, e o principal Centro
Cerimonial e capital ficava na atual San Lorenzo, com uma
população dispersa na região próxima.
Os Centros Cerimoniais disseminaram sua influência tanto ao Norte
como ao Sul, por meios pacíficos e belicosos de 1.200 ªC a 900 ªC. Os
Olmecas conheciam a escrita, o calendário e conheciam o conceito do
zero. Cultuavam as montanhas e as cavernas por onde acreditavam
se chegaria ao mundo inferior.
Iniciaram a construção dos Centros Cerimoniais em platôs aterrados
constituindo o protótipo das pirâmides escalonadas.
Cultuaram a Serpente Emplumada como deidade associada à
agricultura e ao jogo ritual com bolas de borracha.
A simbologia religiosa do Jade e o próprio estilo artístico foi um de
seus legados aos demais povos. Procuravam eternizar as datas
importantes e seu conhecimento, através de ideogramas geralmente
esculpidos em madeira, mas raros são os que chegaram aos tempos
atuais, devido ao clima quente e úmido, desfavorável à conservação.
Os Centros Cerimoniais Olmecas necessitaram um gigantesco
esforço de terraplanagem, que às vezes modificavam profundamente
a topografia. A grandiosidade das construções demonstra esse
esforço de construção, pois para se obter esses efeitos não utilizaram
a roda, nem animais de tração, usando apenas a força humana na
busca das pedras em outras regiões. Além disso, construíam
reservatórios em pedra, para acumular água para as estações secas
que se comunicavam por uma rede de canais.
Enormes blocos de basalto eram arduamente extraídos das
pedreiras; depois transportados por meio de alavancas, toras e
cordas até as embarcações fluviais e marítimas.
No canteiro de obras eram entalhados e polidos sem auxílio de
qualquer instrumento metálico, pois sua tecnologia, jamais
ultrapassou o estágio “Neolítico”.
Foi em torno de 900 ªC que a luta interna destruiu a capital, San
Lorenzo, e seus enormes monumentos foram, em parte, aniquilados,
restando ainda as grandes cabeças. A civilização prosseguiu em uma
enorme planície na região da atual La Venta onde funcionou de 900
ªC a 400 ªC, com cerca de 350 mil pessoas morando em seus arredores.
As práticas comerciais tornaram a sociedade hierarquizada, com
sofisticada organização política e social. Além de integração, havia
migração entre os povos que habitavam os arredores dos Centros
Cerimoniais pela necessidade de escultores e lapidadores facilitando a
disseminação da cultura Olmeca na Mesoamérica.
Em 400 ªC, La Venta foi destruída da mesma forma que San Lorenzo
então os Olmecas migraram para o norte, para Três Zapotes onde
ficaram até 1.200 ªC, mas sem construírem suas obras colossais e
finalmente desapareceram como outras numerosas culturas da época.

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Mesoamerica II de IX - Olmecas

  • 2. Olmecas   A  civilização  Olmeca  surgiu  numa  região  de  terras  baixas  e  pantanosa, onde pequenas elevações se transformavam em ilhotas no  período das cheias. Esta região do litoral do Golfo do México, que se  estende  até  o  Pacífico  através  da  Guatemala,  Belize,  oeste  de  Honduras,  El  Salvador,  Nicarágua  e  Costa  Rica,  ficou  conhecida  como  parte  da  mesoamérica.  A  civilização  Olmeca  foi  a  matriz  de  quatro civilizações mesoamericanas: Teotihuacan, Zapoteca, Tolteca  e Maia.  Antes  dos  Olmecas,  entre  os  anos  de  1.500  ªC  e  1.200  ªC,  encontravam-se  apenas  uns  raros  núcleos  de  povoamento  agrícola  capaz  de  sustentar  uma  economia  relativamente  estável.  O  sistema  era  tribal,  relativamente  igualitário,  e  com  uma  religião  xamânica,  que mal ultrapassava o culto dos mortos. Ultrapassado o estágio do  simples  xamanismo,  os  Olmeca  criaram  uma  mitologia  poderosa,  dominada  por  uma  deidade  semi-humana,  parte  homem  e  parte  Jaguar.
  • 3. Museu de Xalapa – Vera Cruz
  • 4. Foram governados por uma hierarquia religiosa com uma diferenciação social confirmada pelos túmulos e adornos encontrados. Eram basicamente agricultores que utilizavam as várzeas dos rios, fertilizadas pelas cheias, e aplicavam uma técnica comum entre os índios, a coivara, ou seja, a queimada com a finalidade de limpar e adubar com as cinzas a área para o próximo plantio. Cultivavam milho, feijão, abóbora e pimenta chili. A caça e a pesca complementavam sua dieta, além de da coleta sistemática de frutas e tubérculos silvestres. Os Olmecas não conheciam o metal, mas trabalharam pedras, principalmente o basalto e o Jade além de produzirem uma cerâmica rudimentar. Não havia cidades, mas Centros Cerimoniais, e o principal Centro Cerimonial e capital ficava na atual San Lorenzo, com uma população dispersa na região próxima.
  • 5. Os Centros Cerimoniais disseminaram sua influência tanto ao Norte como ao Sul, por meios pacíficos e belicosos de 1.200 ªC a 900 ªC. Os Olmecas conheciam a escrita, o calendário e conheciam o conceito do zero. Cultuavam as montanhas e as cavernas por onde acreditavam se chegaria ao mundo inferior. Iniciaram a construção dos Centros Cerimoniais em platôs aterrados constituindo o protótipo das pirâmides escalonadas. Cultuaram a Serpente Emplumada como deidade associada à agricultura e ao jogo ritual com bolas de borracha. A simbologia religiosa do Jade e o próprio estilo artístico foi um de seus legados aos demais povos. Procuravam eternizar as datas importantes e seu conhecimento, através de ideogramas geralmente esculpidos em madeira, mas raros são os que chegaram aos tempos atuais, devido ao clima quente e úmido, desfavorável à conservação.
  • 6.
  • 7. Os Centros Cerimoniais Olmecas necessitaram um gigantesco esforço de terraplanagem, que às vezes modificavam profundamente a topografia. A grandiosidade das construções demonstra esse esforço de construção, pois para se obter esses efeitos não utilizaram a roda, nem animais de tração, usando apenas a força humana na busca das pedras em outras regiões. Além disso, construíam reservatórios em pedra, para acumular água para as estações secas que se comunicavam por uma rede de canais. Enormes blocos de basalto eram arduamente extraídos das pedreiras; depois transportados por meio de alavancas, toras e cordas até as embarcações fluviais e marítimas. No canteiro de obras eram entalhados e polidos sem auxílio de qualquer instrumento metálico, pois sua tecnologia, jamais ultrapassou o estágio “Neolítico”.
  • 8. Foi em torno de 900 ªC que a luta interna destruiu a capital, San Lorenzo, e seus enormes monumentos foram, em parte, aniquilados, restando ainda as grandes cabeças. A civilização prosseguiu em uma enorme planície na região da atual La Venta onde funcionou de 900 ªC a 400 ªC, com cerca de 350 mil pessoas morando em seus arredores. As práticas comerciais tornaram a sociedade hierarquizada, com sofisticada organização política e social. Além de integração, havia migração entre os povos que habitavam os arredores dos Centros Cerimoniais pela necessidade de escultores e lapidadores facilitando a disseminação da cultura Olmeca na Mesoamérica. Em 400 ªC, La Venta foi destruída da mesma forma que San Lorenzo então os Olmecas migraram para o norte, para Três Zapotes onde ficaram até 1.200 ªC, mas sem construírem suas obras colossais e finalmente desapareceram como outras numerosas culturas da época.