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O BRASIL MOSTRA
A SUA FORÇAA SUA FORÇA
Diálogo	federativo	fortalece	
os	municípios	e	melhora	
a	vida	dos	brasileiros
GOVERNO	FEDERAL
E	MUNICÍPIOS
MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 1 09.07.09 01:34:30
Municípios mais fortes fazem o Brasil mais forte
No	momento	em	que	a	economia	internacional	passa	por	um	contexto	difícil,	a	parceria	estabelecida	
pelo	Governo	Federal	com	os	governos	estaduais,	municipais	e	a	sociedade	civil	é	um	diferencial	na	
hora	de	minimizar	os	efeitos	desta	crise	sobre	o	dia-a-dia	dos	brasileiros	e	brasileiras.	
Essa	relação	é	resultado	de	um	longo	trabalho	de	fortalecimento	institucional	dos	municípios	e	da	
consolidação	de	espaços	de	diálogo	e	de	várias	formas	de	cooperação.	Esses	canais	possibilitam	
a	adoção	de	medidas	mais	efetivas	e	justas	para	que	os	municípios	estejam	mais	bem	preparados	
para	enfrentar	a	crise.	
Atendendo	a	antigas	demandas	dos	prefeitos	e	prefeitas	de	todo	o	país	que	vinham	a	Brasília	
solicitar	maior	espaço	para	cooperação	com	o	Governo	Federal,	em	2003,	durante	a	Marcha	dos	
Prefeitos,	foi	criado	um	espaço	permanente	para	ouvir	críticas	e	sugestões:	o	Comitê	de	Articulação	
Federativa	(CAF),	formado	pelas	três	entidades	municipalistas	nacionais	–	Associação	Brasileira	
de	Municípios	(ABM),	Confederação	Nacional	dos	Municípios	(CNM)	e	Frente	Nacional	de	Prefeitos	
(FNP)	–	e	por	19	ministérios.	
Por	meio	do	CAF,	são	discutidos	todos	os	pontos	de	interesse	dos	municípios	e	do	fortalecimento	da	
federação	que	compõem	a	agenda	nacional	de	desenvolvimento.	Ao	longo	dos	últimos	anos,	este	
canal	foi	essencial	para	ampliar	os	efeitos	positivos	das	iniciativas	federais	na	vida	dos	municípios.	
A	partir	do	diálogo	constante,	foram	construídas	medidas	como	a	ampliação	do	Fundo	de	Participação	
dos	Municípios	(FPM),	a	transferência	direta	dos	recursos	do	salário-educação,	a	delegação	da	cobrança	
e	fi	scalização	do	Imposto	sobre	a	Propriedade	Territorial	Rural	(ITR)	aos	municípios,	a	regulamentação	
dos	consórcios	públicos,	o	novo	marco	regulatório	do	saneamento,	a	nova	lei	do	Imposto	sobre	Serviços	
(ISS)	e	a	partilha	da	Contribuição	de	Intervenção	no	Domínio	Econômico	(CIDE).	
Os	governos	federal	e	municipais,	em	parceria	e	em	constante	diálogo,	inverteram	a	tendência	de	
centralização	de	recursos	públicos	na	União	em	detrimento	dos	municípios.	Além	de,	em	conjunto,	
terem	elaborado	a	Agenda	Nacional	de	Apoio	à	Gestão	dos	Municípios	que	propiciou	a	recepção	
dos	novos	gestores	e	gestoras	eleitas,	com	a	realização	do	Encontro	Nacional	com	Novos	Prefeitos	
e	Prefeitas,	em	fevereiro	de	2009,	e	diversas	ações	de	qualifi	cação	da	gestão,	como	o	Programa	de	
Modernização	da	Gestão	das	Administrações	Municipais	(PMAT),	Programa	Nacional	de	Apoio	à	
Modernização	Administrativa	e	Fiscal	(PNAFM)	e	o	Portal	de	Software	Público.	Este	relacionamento	
é	o	reconhecimento	de	que	cada	município	é	propulsor	do	desenvolvimento	e	que	a	consolidação	
do	Estado	passa	pela	capacidade	das	três	esferas	de	governo	poderem	executar	bem	aquilo	que	é	
seu	dever	junto	à	população.	
O	objetivo	desta	publicação	é	informar	sobre	as	diversas	medidas	que	estão	sendo	adotadas	
para	 tornar	 os	 municípios	 fortes	 para	 superação	 da	 crise	 econômica	 global	 e	 orientar	
os	gestores	municipais	sobre	os	mecanismos	de	acesso	a	estes	programas.	O	Portal	Federativo	
(www.portalfederativo.gov.br)	e	os	demais	canais	de	diálogo	com	os	municípios	–	veja	a	relação	
completa	nas	páginas	38	e	39	–	estão	abertos	a	sugestões	e	críticas	e	proporcionam	esclarecimentos	
sobre	a	ação	do	Governo	Federal.	A	participação	de	todos	é	fundamental	para	o	compromisso	com	a	
construção	de	um	país	mais	justo,	mais	forte	e	mais	democrático.
APRESENTAÇÃO
MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 2 09.07.09 01:34:35
4
28
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10
24
8
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MP	462	garante	recomposição	
de	perdas	do	FPM	de	2009	em	
relação	a	2008
Mudanças	na	legislação	e	
crescimento	na	economia	
elevam	capacidade	
de	arrecadação	dos	
municípios
Evolução	do	ISS
Fonte:	Secretaria	do	Tesouro	Nacional
Gestores	municipais	são	
estimulados	a	melhorar	
sua	administração
Rede	de	proteção	social	
mantém	pobreza	nas	regiões	
metropolitanas	em	queda
Territórios	da	
Cidadania	prevê	
atender	1.852	
municípios	
em	2009
Pacto	busca	redução	de	
desigualdades	sociais	na	
Amazônia	Legal	e	no	Nordeste
Minha	Casa,	Minha	
Vida	tem	meta	de	
construir	1	milhão	
de	casas	e	reduzir	o	
défi	cit	habitacional
Até	240	meses	de	prazo	
para	pagar	dívidas	das	
prefeituras	com	o	INSS
Saneamento	e	
habitação	somam	
R$	119,6	bilhões	
de	investimentos	
do	Programa	de	
Aceleração	do	
Crescimento
12
MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 3 09.07.09 01:34:58
FPM DE 2009 SERÁ PELO MENOS IGUAL AO DE 2008
O	cenário	de	queda	na	arrecadação	de	impostos	por	conta	da	crise	econômica	internacional	levou	o	Governo	Federal	
a	adotar	uma	série	de	medidas	para	auxiliar	os	municípios	a	manterem	suas	condições	de	custeio	e	investimento.	
Em	abril	de	2009,	foi	editada	a	Medida	Provisória	(MP)	462,	que	garante	que	ao	longo	deste	ano	nenhuma	prefeitura	
terá	perdas	no	recolhimento	do	Fundo	de	Participação	dos	Municípios	(FPM)	em	relação	a	2008.	
Pela	MP,	sempre	que	um	município	apurar	perda	de	receita	no	FPM	em	comparação	ao	acumulado	até	o	mesmo	mês	
do	ano	anterior,	a	União	reporá	a	diferença.	Até	o	fi	m	do	primeiro	semestre	de	2009,	já	haviam	sido	pagas	as	duas	
primeiras	parcelas,	que	repuseram	as	perdas	acumuladas	entre	janeiro	e	maio,	no	valor	total	de	R$	952,8	milhões.
A	medida	alcança	todos	os	municípios	brasileiros,	sem	distinção	de	porte,	região	ou	perfil	econômico.	O	
benefício,	contudo,	só	chega	para	aqueles	que,	de	fato,	tiveram	perdas	na	arrecadação.	Os	critérios	de	partilha	
do	FPM,	que	priorizam	municípios	mais	pobres	e	mais	dependentes,	possibilitam	que	mesmo	com	a	arrecadação	
do	Imposto	de	Renda	e	do	Imposto	sobre	Produtos	Industrializados	(IPI)	em	queda	–	componentes	do	bolo	de	
receitas	que	é	dividido	entre	União,	estados	e	municípios	–	o	repasse	de	algumas	cidades	aumente.
A importância do FPM para os municípios
PARTICIPAÇÃO DO FPM SOBRE A RECEITA TOTAL DO MUNICÍPIO
FAIXA POPULACIONAL BRASIL NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL
ATÉ 10 MIL HABITANTES 48% 43% 55% 44% 47% 46%
DE 10 MIL A 20 MIL 28% 35% 46% 29% 32% 34%
DE 20 MIL A 50 MIL 29% 30% 38% 25% 24% 25%
DE 50 MIL A 100 MIL 20% 19% 30% 18% 15% 20%
DE 100 MIL A 200 MIL 16% 27% 27% 17% 12% 14%
DE 200 MIL A 500 MIL 11% 36% 20% 13% 8% 9%
ACIMA DE 500 MIL 5% 13% 17% 8% 2% 4%
BRASIL 19% 27% 33% 22% 11% 21%
	Fonte:	Frente	Nacional	de	Prefeitos,	com	base	em	dados	de	2007
4
Evolução do FPM de 2003 até 2008
*Em	R$	milhões	–	Fonte:	Secretaria	do	Tesouro	Nacional	–	Sem	os	descontos	do	Fundeb
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O	cálculo	do	auxílio	financeiro	será	feito	pela	Secretaria	do	Tesouro	Nacional	(STN)	com	base	na	comparação	
entre	os	repasses	de	2008	e	2009,	confrontando	sempre	o	acumulado	até	o	mesmo	mês.	A	escolha	de	2008	
como	ano	de	referência	nivela	a	receita	do	FPM	com	o	melhor	desempenho	da	transferência	dos	fundos	desde	
a	sua	criação.	No	ano	passado,	os	recursos	oriundos	do	fundo	somaram	R$	51,3	bilhões,	26,3%	a	mais	que	os	
R$	40,6	bilhões	registrados	em	2007	e	126%	superiores	que	o	volume	de	2003,	que	ficou	em	R$	22,7	bilhões.
O	pagamento	do	recurso	adicional	é	feito	em	uma	conta	específi	ca,	aberta	no	Banco	do	Brasil.	Para	ter	mais	
detalhes	sobre	a	transferência,	as	prefeituras	devem	buscar	a	agência	do	BB	com	a	qual	têm	relacionamento.
Mantida	 pelo	 menos	 a	 receita	 do	 ano	 passado,	 criam-se	 condições	 para	 que	 os	 municípios	 executem	 seus	
orçamentos	com	maior	tranquilidade.	Conforme	determina	a	legislação	brasileira,	a	elaboração	das	previsões	
de	gastos	para	um	ano	é	feita	com	base	nas	projeções	das	receitas.	Durante	o	primeiro	semestre	do	ano	passado,	
o	bom	desempenho	da	economia	brasileira,	que	vinha	de	uma	série	de	sete	anos	de	crescimento	do	Produto	
Interno	Bruto	(PIB),	indicava	a	manutenção	do	ciclo	de	altas	na	arrecadação	de	impostos,	abrindo	espaço	para	a	
ampliação	do	investimento	público.
O	agravamento	da	crise	econômica	internacional	no	fim	de	2008	provocou	mudanças	neste	cenário:	apesar	de	
ser	reconhecidamente	um	dos	países	com	melhores	condições	para	enfrentar	a	desaceleração	da	economia	
internacional,	 o	 Brasil	 teve	 de	 rever	 suas	 projeções	 de	 expansão	 do	 PIB,	 repercutindo	 na	 arrecadação.	
A	manutenção	do	repasse	ameniza	o	efeito	desta	retração	sobre	as	contas	dos	municípios.
5
Reposição	do	FPM	auxilia	prefeituras	a	manterem	investimentos	essenciais,	como	em	educação
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01 RECURSO ESTÁ LIVRE DE VINCULAÇÕES
As	 prefeituras	 brasileiras	 já	 receberam	 as	 duas	
primeiras	 parcelas	 do	 auxílio	 financeiro	 que	
recompõe	 as	 perdas	 de	 receita	 decorrentes	 da	
queda	nos	repasses	do	Fundo	de	Participação	dos	
Municípios	 (FPM).	 Até	 junho	 de	 2009,	 já	 haviam	
sido	 liberados	 R$	 952,8	 milhões,	 referentes	 aos	
meses	de	janeiro	a	maio.
A	entrada	do	recurso	adicional	melhora	o	caixa	dos	
municípios,	mas	ainda	deixa	dúvidas	quanto	à	sua	
natureza	contábil	e	orçamentária.	Para	esclarecer	os	
gestores	municipais	quanto	à	natureza	do	repasse,	
a	 Secretaria	 do	 Tesouro	 Nacional	 (STN)	 divulgou	
uma	 nota	 técnica	 de	 orientação	 sobre	 o	 tema,	
disponível	para	consulta	no	Portal	Federativo	(www.
portalfederativo.gov.br).
Na	 nota,	 a	 STN	 enfatiza	 que	 a	 reposição	 é	 um	
auxílio	 financeiro	 voluntário,	 logo,	 se	 diferencia	
do	 FPM,	 que	 é	 uma	 transferência	 obrigatória	
definida	 na	 Constituição	 Federal.	 A	 natureza	 do	
recurso	 implica	 mudanças	 em	 seu	 tratamento	
contábil.	Como	não	é	FPM,	o	repasse	adicional	está	
livre	 das	 vinculações	 típicas	 do	 Fundo.	 O	 auxílio	
também	 está	 isento	 da	 retenção	 de	 20%	 para	
a	 composição	 do	 Fundo	 Nacional	 de	 Desenvolvi-
mento	da	Educação	Básica	(Fundeb).
A	transferência	de	recursos	para	o	FPM	é	regular	
e	está	prevista	na	Constituição;	o	apoio	financeiro	
é	 eventual	 e	 temporário	 e	 foi	 autorizado	 e	
regulamentado	por	Medida	Provisória.	Na	nota,	a	
STN	explica	que	a	MP	não	modificou	os	critérios	de	
partilha	do	bolo	do	Fundo	(veja	quadro	ao	lado).
Os	administradores	municipais	devem	ficar	atentos	
à	necessidade	de	que	o	recurso	seja	contabilizado	
no	Relatório	Resumido	da	Execução	Orçamentária,	
divulgado	 bimestralmente	 por	 todos	 os	 estados	
e	 municípios.	 Por	 seu	 perfil,	 a	 receita	 deverá	 ser	
contabilizada	 como	 transferência	 de	 recursos	 da	
União	aos	municípios,	sob	o	código	de	1721.99.00	
–	Outras	Transferências	da	União.
6
Entenda como funciona o
Fundo de Participação dos Municípios
1. Composição:
Como	determina	a	Constituição	Federal,	a	União	
arrecada	o	Imposto	de	Renda	(IR)	e	o	Imposto	
sobre	Produtos	Industrializados	(IPI),	mas	está	
obrigada	a	repassar	23,5%	da	receita	gerada	
aos	municípios.	Esses	recursos	compõem	o	FPM.
Desde	2007,	a	União	transfere	1%	do	IPI	e	do	IR	
arrecadados,	em	única	parcela	anual,	paga	no	
começo	de	dezembro	às	prefeituras.
2. Partilha:
As	regras	de	divisão	dos	recursos	do	FPM	estão	
previstas	no	Código	Tributário	Nacional	(CTN).	
O	 valor	 arrecadado	 é	 distribuído	 entre	 as	
capitais	(10%)	e	os	demais	municípios	(90%).
Entre	 as	 capitais,	 o	 rateio	 é	 feito	 com	 base	
na	 população	 de	 cada	 cidade	 em	 relação	 ao	
conjunto	deste	grupo	e	na	renda	per	capita	de	
seu	estado	–	quanto	mais	pobre	o	estado,	maior	
a	captação	junto	ao	Fundo.	
Dos	90%	atribuídos	aos	demais	municípios,	4%	
compõem	a	reserva	do	FPM.	Os	86%	restantes	
são	 distribuídos	 a	 cada	 município	 de	 acordo	
com	o	tamanho	de	sua	população.
MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 6 09.07.09 01:35:21
GANHO DE 1% ELEVOU FPM DE 2008 EM R$ 2,1 BI
A	elevação	em	um	ponto	percentual	na	parcela	da	arrecadação	do	Imposto	de	Renda	e	do	Imposto	sobre	Produtos	
Industrializados	(IPI)	destinada	aos	municípios,	de	22,5%	para	23,5%,	introduzida	pela	Emenda	Constitucional	
55,	de	2007,	também	serve	de	auxílio	para	que	os	municípios	enfrentem	a	crise	econômica.
Apesar	de	compreender	o	recolhimento	dos	dois	tributos	do	ano	inteiro,	o	recurso	é	repassado	em	uma	
única	parcela.	O	valor	é	calculado	pela	Secretaria	do	Tesouro	Nacional	(STN)	e	repassado	ao	Banco	do	Brasil,	
que,	com	base	nos	coeficientes	fixados	pelo	Tribunal	de	Contas	da	União	(TCU),	credita	na	conta	de	todos	
os	municípios.
Em	2007,	primeiro	ano	de	vigência	da	medida,	foram	depositados	R$	436	milhões	nas	contas	dos	municípios,	
referentes	ao	período	entre	setembro	e	novembro.	Já	em	2008,	quando	o	volume	de	repasses	foi	recorde	–	
R$	51,3	bilhões	–,	foi	levado	em	conta	integralmente,	somando	R$	2,167	bilhões.
DESONERAÇÕES MANTÊM ECONOMIA EM EXPANSÃO
Para	 manter	 a	 economia	 brasileira	 em	 funcionamento	 e	 assim	 amortecer	 os	 efeitos	 da	 crise	 econômica	
internacional,	o	Governo	Federal	lançou	mão	de	desonerações	fiscais	para	incentivar	o	consumo	e	sustentar	a	
demanda	de	setores	estratégicos.
No	Brasil,	o	segmento	de	veículos	foi	beneficiado	pela	desoneração	temporária	da	cobrança	do	Imposto	sobre	
Produtos	Industrializados	(IPI),	o	que	garantiu	vendas	recordes.	Segundo	dados	da	Associação	Nacional	dos	
Fabricantes	 de	 Veículos	 Automotores	 (Anfavea),	 o	 setor	 teve	 o	
melhor	junho	da	história,	ao	comercializar	300.174	unidades.	Os	
licenciamentos,	que	servem	como	indicador	de	vendas,	cresceram	
16,8%	em	junho	com	relação	a	maio	(256.978	veículos)	e	17,6%	
ante	 o	 mesmo	 período	 do	 ano	 passado	 (256.005).	 No	 primeiro	
semestre,	as	vendas	acumulam	1,45	milhão	de	unidades,	alta	de	
2,8%	frente	ao	1,41	milhão	do	mesmo	período	do	ano	passado.
Outro	setor	beneficiado	pela	redução	do	imposto	foi	o	da	construção	
civil,	 numa	 medida	 articulada	 com	 o	 lançamento	 do	 programa	
habitacional	 Minha	 Casa,	 Minha	 Vida.	 Segundo	 a	 Associação	
Nacional	dos	Comerciantes	de	Material	de	Construção	(Anamaco),	
as	vendas	dos	itens	contemplados	com	a	redução	de	alíquota	do	IPI	
tiveram	alta	de	10%	após	o	início	da	vigência	da	medida.
O	 conjunto	 de	 medidas	 colaborou	 decisivamente	 para	 que	 o	
mercado	de	trabalho	não	fosse	atingido	pela	crise	com	a	mesma	
intensidade	com	que	ocorre	em	outros	países.	De	acordo	com	o	Ministério	do	Trabalho	e	Emprego	(MTE),	no	
período	de	fevereiro	a	junho	deste	ano,	já	foram	criados	281,8	mil	novos	empregos.
Ao	conceder	as	desonerações,	o	Governo	Federal	fez	mudanças	em	um	dos	impostos	que	compõem	o	FPM,	o	que	
no	curto	prazo	reduziu	o	valor	dos	repasses.	O	desnível	foi	corrigido	pela	MP	462,	que	recompôs	as	perdas.
7
Governo Federal
reduziu impostos
para manter a
economia girando
e preservar a renda
e o emprego
da população
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DÉBITOS DE MUNICÍPIOS COM O INSS
PODERÃO SER PARCELADOS
Prefeituras	com	dívidas	junto	ao	Instituto	Nacional	de	Seguridade	Social	(INSS)	poderão	aderir	a	um	novo	modelo	
de	refinanciamento,	com	prazos	de	até	240	meses.	O	benefício	foi	concedido	pela	Medida	Provisória	(MP)	457,	
convertida	na	Lei	11.960/09.
O	 refinanciamento	 alcança	 dívidas	 vencidas	 até	 31	 de	 janeiro	 de	 2009	 e	 permite	 que	 os	 débitos	 sejam	
parcelados	em	qualquer	fase	de	execução.	O	prazo	para	adesão	vai	até	31	de	agosto,	quando	os	municípios	
poderão	 optar	 pelo	 parcelamento	 sem	 a	 necessidade	 de	 abrir	 mão	 de	 ações	 judiciais	 em	 que	 discutem	
seus	débitos.
Além	do	prazo	de	20	anos	para	a	regularização	dos	débitos,	a	MP	concede	redução	de	50%	sobre	os	juros	
acumulados	até	a	data	de	negociação	e	isenção	sobre	a	multa	de	mora.
Na	hora	de	levantar	o	montante	das	dívidas,	a	União	desconsiderará	aquelas	já	prescritas,	seguindo	resolução	do	
Supremo	Tribunal	Federal	(STF)	na	súmula	8.
Ao	aderir	ao	programa	de	refinanciamento	fiscal,	os	municípios	se	tornam	aptos	a	receber	quaisquer	transferências	
voluntárias	da	União.	Em	até	dois	dias	após	o	parcelamento	ser	solicitado,	será	emitida	uma	certidão	que	autoriza	
a	retomada	dos	convênios	com	o	Governo	Federal.
Municípios	com	até	50	mil	habitantes	terão	ainda	carência	de	seis	meses,	a	contar	do	pedido	de	negociação,	para	
pagar	a	primeira	parcela.	Já	as	cidades	com	mais	de	50	mil	habitantes	poderão	postergar	o	primeiro	pagamento	
em	até	três	meses.
Como pedir o parcelamento das dívidas com o INSS
O pedido do parcelamento
A	 prefeitura	 deve	 procurar	 a	
unidade	da	Secretaria	da	Receita	
Federal	 com	 quem	 mantém	
relacionamento	 e	 formalizar	 a	
opção.	O	prazo	vai	até	o	último	
dia	útil	do	segundo	mês	após	a	
publicação	da	lei.
O início do pagamento
Para	 cidades	 com	 até	 50	 mil	
habitantes,	 a	 carência	 para	
pagamento	da	primeira	parcela	
é	de	seis	meses.	Para	as	maiores,	
o	prazo	é	de	três	meses.
Acompensaçãoprevidenciária
A	 Receita	 Federal	 fará	 o	
levantamento	 dos	 débitos	 e	
dos	créditos	de	cada	município.	
Com	 as	 informações	 em	 mãos,	
a	 Receita	 realizará	 a	 correção	
previdenciária.
8
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9
PROJETO DA LDO REDUZ CONTRAPARTIDAS DE ESTADOS E MUNICÍPIOS
O	projeto	da	Lei	de	Diretrizes	Orçamentárias	(LDO),	que	já	tramita	no	Congresso	Nacional,	autoriza	a	redução	de	
contrapartidas	a	serem	pagas	por	estados	e	municípios	para	a	realização	de	obras	do	Programa	de	Aceleração	
do	Crescimento	(PAC),	para	ações	do	Plano	Amazônia	Sustentável	(PAS)	e	dos	Territórios	da	Cidadania,	além	de	
convênios	 que	 atuem	 nas	 áreas	
de	 assistência	 social,	 segurança	
alimentar,	 educação,	 segurança	
pública,	entre	outros.
Pela	proposta	do	Governo	Federal,	
as	 faixas	 de	 contribuição	 dos	
recursos	dos	governos	estaduais	e	
municipais	poderão	ser	reduzidas	
a	até	0,1%	do	valor	total	do	projeto.	
O	 benefício,	 que	 será	 concedido	
em	função	da	situação	financeira	
dos	 parceiros,	 melhora	 as	 contas	
de	 prefeitos	 e	 governadores,	
facilitando	a	execução	de	obras	e	
programas	realizados	por	meio	de	
convênios	com	a	União.
Redução	de	contrapartidas	facilitará	que	estados	e	municípios	executem	obras	em	parceria	com	a	União
1) Diminui as contrapartidas exigidas pela Lei
de Responsabilidade Fiscal no caso de obras do PAC,
PAS, Territórios da Cidadania, Consórcios Públicos,
entre outros.
2) Prevê a notificação prévia (prazo de 45 dias) como
condicionante à inscrição definitiva de pendência nos
sistemas próprios, cadastros ou bancos de dados de
controle utilizados para essa finalidade.
3) Além disso, permite a contrapartida não financeira
(em bens ou serviços) ou mesmo a não exigência de
contrapartida, em caso de destinação de recursos para
realização de ações de competência exclusiva da União.
PROJETO DA LDO PARA 2010
MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 9 09.07.09 01:36:12
CAPACIDADE DE ARRECADAÇÃO PRÓPRIA É AMPLIADA
As	mudanças	legislativas	pactuadas	com	os	municípios,	como	a	nova	lei	do	Imposto	sobre	Serviços	(ISS),	e	o	ciclo	
de	expansão	sustentável	no	Produto	Interno	Bruto	(PIB)	permitiram	que	os	municípios	brasileiros	ampliassem	
sua	capacidade	de	arrecadação	própria.	Para	a	população,	a	expansão	nas	receitas	municipais	se	traduz	em	
melhores	condições	para	investimento	e	prestação	de	serviços.	
O	recolhimento	do	ISS,	de	competência	municipal,	conforme	prevê	a	Constituição	Federal,	mais	que	dobrou	neste	
período,	passando	de	R$	9,6	bilhões	para	R$	22	bilhões.	
Segundo	 a	 Confederação	 Nacional	 dos	 Municípios	
(CNM),	a	partir	de	2004,	há	uma	reversão	da	tendência	
de	concentração	da	arrecadação	nas	mãos	da	União,	
o	 que	 implica	 ampliação	 da	 fatia	 do	 recolhimento	
dos	 tributos	 que	 cabe	 aos	 municípios.	 Na	 última	
reunião	do	Comitê	de	Articulação	Federativa	(CAF)	
–	 fórum	 consultivo	 do	 governo	 com	 as	 entidades	
municipalistas	 –,	 realizada	 em	 maio	 deste	 ano,	 a	
entidade	apontou	que	as	prefeituras	detêm	19%	de	
toda	a	receita	pública	captada	no	Brasil.	
De	acordo	com	a	entidade,	os	municípios	arrecadam	
com	seus	tributos	próprios	5%	da	arrecadação	pública	dísponível.	Com	as	transferências	feitas	pela	União	e	
pelos	estados,	esta	parcela	vai	a	19%	–	apesar	de	captarem	68%	dos	tributos,	os	cofres	federais	só	retêm	de	fato	
54%	destes.	
Mesmo	sendo	de	competência	da	União,	o	Imposto	sobre	a	Propriedade	Territorial	Rural	(ITR)	também	tem	
contribuído	para	ampliar	as	receitas	no	caixa	das	prefeituras	de	todo	o	país.	Isso	porque	as	prefeituras	podem,	ao	
assumir	a	cobrança	do	tributo,	reter	a	totalidade	da	receita	gerada	pela	sua	cobrança.	
A	delegação	da	cobrança	é	opcional	a	todos	os	municípios	e	depende	apenas	da	assinatura	de	um	convênio	com	
a	Secretaria	da	Receita	Federal.	Até	junho	deste	ano,	1.125	prefeituras	já	haviam	feito	acordo	com	o	fi	sco	federal	
para	gerenciar	e	recolher	o	imposto.	
Além	de	abrir	mão	da	arrecadação	gerada,	a	Receita	Federal	disponibilizará,	no	decorrer	do	segundo	semestre	
deste	 ano,	 os	 sistemas	 informatizados	
para	administração	e	controle	do	ITR	aos	
municípios	conveniados.	
Em	agosto,	terá	início	ainda	o	Programa	
de	Treinamento	do	ITR/2009,	oferecido	
pela	 Receita	 para	 capacitar	 os	
municípios	na	fi	scalização	e	na	cobrança	
do	 ITR.	 As	 medidas	 visam	 auxiliar	 as	
secretarias	 de	 fi	nanças	 municipais	 a	
ampliar	 a	 arrecadação,	 aperfeiçoar	 o	
gerenciamento	 e	 combater	 a	 evasão	
fi	scal.	
10
*	Reprodução	de	apresentação	da	CNM	em	reunião	do	CAF	–	26/05/2009
Evolução da arrecadação do ISS – 2003 / 2008
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional
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MAIS RECURSOS CHEGAM AOS MUNICÍPIOS
A	União	compartilhou	com	os	municípios	a	repercussão	favorável	do	crescimento	da	economia	brasileira	
sobre	a	arrecadação	ao	longo	dos	últimos	sete	anos.	De	2003	a	2008,	as	transferências	constitucionais	
saltaram	133%,	passando	de	R$	25	bilhões	para	R$	58,4	bilhões.
As	transferências	voluntárias,	feitas	por	meio	de	convênios	para	execução	de	obras	e	outros	investimentos,	
também	tiveram	crescimento	acelerado.	No	período,	o	valor	cresceu	118%,	ao	passar	de	R$	2,6	bilhões	para	
R$	5,6	bilhões.
O	incremento	nos	repasses	diretos	dá	mais	autonomia	para	a	execução	de	políticas	públicas	nos	municípios.	
Para	a	área	de	saúde,	por	exemplo,	a	destinação	de	recursos	às	cidades	brasileiras	passou	de	R$	10,3	
bilhões	em	2003	para	R$	18,6	bilhões	em	2007	–	alta	de	80,5%.
A	participação	da	União	na	composição	do	Fundo	Nacional	para	o	Desenvolvimento	da	Educação	Básica	
(Fundeb)	também	cresceu	no	período,	partindo	de	R$	4,3	bilhões	em	2003	para	R$	13,6	bilhões	em	2008,	
apurando	alta	de	216%.
Voltado	para	o	financiamento	de	programas,	projetos	e	ações	de	melhoria	da	educação	básica	pública,	o	
salário-educação	acumula	alta	de	88%	em	suas	transferências	da	União	para	os	municípios.	Em	2004,	
foram	pagos	R$	1,4	bilhão;	em	2008,	o	valor	chegou	a	R$	2,6	bilhões.	O	recurso	é	distribuído	entre	estados	
e	municípios,	de	forma	proporcional	ao	número	de	alunos	matriculados	na	educação	básica	das	respectivas	
redes	de	ensino	de	acordo	com	o	censo	escolar	apurado	no	exercício	anterior	ao	da	distribuição.
11
Evoluçãodastransferênciasaosmunicípios
Saúde
Salário-Educação
Fundeb
TransferênciasConstitucionais
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional
MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 11 09.07.09 01:37:08
12
PAC DESTINA INVESTIMENTOS DE R$ 119,6 BI
A SANEAMENTO E HABITAÇÃO
O	Programa	de	Aceleração	do	Crescimento	(PAC)	já	destinou,	desde	2007,	R$	119,6	bilhões	a	ações	de	
saneamento	 e	 habitação.	 O	 montante	 inclui	 recursos	 do	 Orçamento	 Geral	 da	 União,	 empréstimos	 a	
estados	e	municípios	e	financiamentos	com	recursos	da	poupança	e	do	Fundo	de	Garantia	do	Tempo	de	
Serviço	(FGTS).
Foram	selecionados	R$	28,4	bilhões	para	ações	de	saneamento	básico,	dos	quais	já	foram	contratados	
R$	24,8	bilhões,	com	governos	estaduais	e	municipais.
Para	capitais,	regiões	metropolitanas	e	municípios	com	mais	de	150	mil	habitantes,	já	foram	selecionados	
1.333	 projetos,	 distribuídos	 entre	 505	 municípios	 nos	 26	 estados	 e	 no	 Distrito	 Federal,	 que	 somam	
investimentos	de	R$	20,8	bilhões.	Em	22	estados,	207	cidades	de	médio	porte	–	com	população	entre	
50	mil	e	150	mil	habitantes	–	contam	com	281	ações,	envolvendo	recursos	de	R$	1,9	bilhão.	Companhias	
estaduais	 e	 operadoras	 privadas	 de	 saneamento	 irão	 executar	 R$	 2,2	 bilhões	 em	 operações	 de	
mercado.
As	cidades	menores	também	estão	contempladas	nas	ações	custeadas	pelo	PAC.	Foram	selecionados	
R$	3,5	bilhões	para	os	municípios	com	menos	de	50	mil	habitantes.	São	recursos	da	Fundação	Nacional	
de	Saúde	(Funasa)	direcionados	para	ações	de	abastecimento	de	água,	esgoto	e	áreas	onde	há	incidência	
de	doenças	como	malária	e	doença	de	Chagas.
Para	habitação,	são	R$	91,1	bilhões	em	investimentos,	dos	quais	R$	90,3	bilhões	já	foram	contratados,	
R$	13,5	bilhões	para	governos	estaduais	e	municipais.
	
Regiões	metropolitanas	e	cidades	com	mais	de	150	mil	habitantes	têm	306	projetos,	que	somam	R$	11,3	
bilhões	de	investimentos	do	Orçamento	e	R$	3,3	bilhões	em	financiamentos.
Ações	de	saneamento	básico	contaram	com	seleção	de	R$	28,4	bilhões
MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 12 09.07.09 01:37:14
Evolução das Contratações
RM, Capitais e Municípios com
mais de 150 mil habitantes
Municípios de até
50 mil habitantes
Municípios entre 50 e
150 mil habitantes
Financiamento Setor Privado
18
18,9 19.1
2.3 2,5 2,5
1,0
1,2 1,4 1,3 1,7 1,8
R$ bilhões
set/08 dez/08 abr/09
Evolução das Contratações
Urbanização de
Favelas – OGU
Financiamento
Caixa e BNDES
FNHIS – OGU Financiamento
Pessoa Física
Financiamento
SBPE
2,4
2,7
3,4
7,8
7,9 7,9
2.2 2,2 2,2
15,3
19,6
23,5
38,2
47,447,447
53,3
R$ bilhões
set/08 dez/08 abr/09
13
CONFIRA O ANDAMENTO DAS OBRAS
SANEAMENTO
Totaldosinvestimentosselecionados–R$28,4bilhões
Totaldosinvestimentoscontratados–R$24,8bilhões
Contratado - R$ bilhões
PAC HABITAÇÃO Governo Federal Contrapartida TOTAL
RM, Capitais e Municípios com mais de 150 mil habitantes 15,2 3,9 19,1
Municípios entre 50 e 150 mil hab. 1,2 0,2 1,4
Municípios até 50 mil habitantes - OGU 2,4 0,1 2,5
Financiamento Setor Privado 1,4 0,4 1,8
TOTAL 20,2 4,6 24,8
HABITAÇÃO
Totaldosinvestimentosselecionados–R$91,1bilhões
Totaldosinvestimentoscontratados–R$90,3bilhões
PAC HABITAÇÃO Governo Federal Contrapartida TOTAL
Urbanização de Favelas - OGU 5.479,4 2.422,1 7.901,5
Financiamento - Caixa e BNDES 2.836,4 519,4 3.355,8
FNHIS - OGU 1.847,5 398,4 2.245,9
Financiamento Habitacional - Pessoa Física 23.506,0 0,0 23.506,0
Financiamento Habitacional - SBPE 53.259,2 0,0 53.259,2
TOTAL 86.928,5 3.339,9 90.268,4
Fonte: 7º Balanço do PAC
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01
14
DRENAGEM TERÁ R$ 4,7 BILHÕES EM INVESTIMENTOS
Obras	de	drenagem	em	cidades	que	são	vítimas	de	enchentes	e	inundações	durante	o	período	chuvoso	deverão	contar	
com	investimentos	de	R$	4,7	bilhões	até	o	fi	m	do	ano	que	vem.	Os	recursos	fazem	parte	do	Plano	de	Aceleração	do	
Crescimento	(PAC)	Drenagem,	lançado	em	maio	deste	ano.
O	 programa	 atenderá	 a	 109	 municípios,	 distribuídos	
entre	18	estados.	Para	que	o	projeto	seja	efetivado,	o	
Governo	Federal	conta	com	a	participação	dos	gestores	
municipais	 e	 estaduais,	 responsáveis	 pela	 elaboração	
dos	projetos.
As	 obras	 são	 uma	 resposta	 aos	 problemas	 climáticos	
enfrentados	pelos	estados	e	municípios	brasileiros.
Cinco	 estados	 nordestinos	 atingidos	 pelas	 enchentes	
tiveram	projetos	selecionados.	No	total,	a	região	receberá	
investimentos	de	R$	827,5	milhões,	divididos	entre	Ceará	
(R$	355,5	milhões),	Pernambuco	(R$	156,4	milhões),	Bahia	
(R$	 152,5	 milhões),	 Maranhão	 (R$	 88	 milhões)	 e	 Piauí	
(R$	75	milhões).
Santa	Catarina,	que	também	sofreu	sérias	inundações	no	
fi	m	do	ano	passado,	receberá	investimentos	de	R$	525,5	
milhões,	que	custearão	obras	nos	municípios	de	Blumenau,	
Itajaí,	 Balneário	 Camboriú,	 Joinville,	 Brusque,	 Biguaçu	 e	
Ilhota,	entre	outros.
Os	recursos	irão	possibilitar	obras	de	drenagem	urbana	e	
manejo	de	águas	das	chuvas,	custeando	construção	de	redes	
e	galerias	de	águas	pluviais,	dragagem	e	canalização	de	
cursos	de	água,	implantação	de	parques	lineares	e	construção	
de	 reservatórios	 de	 amortecimento	 de	 cheias,	 também	
conhecidos	como	“piscinões”,	entre	outras	iniciativas.
A	seleção	priorizou	empreendimentos	em	estágio	avançado	
de	 planejamento	 para	 possibilitar	 o	 rápido	 início	 das	
intervenções.	Além	disso,	valorizou	os	de	grande	impacto	
para	a	população	local	e	em	consonância	com	as	diretrizes	do	
Programa	de	Drenagem	Urbana	Sustentável,	dos	ministérios	
das	Cidades	e	da	Integração	Nacional.
Está	prevista	para	agosto	a	divulgação	de	mais	uma	seleção	
do	PAC	Saneamento,	que	destinará	mais	R$	3	bilhões	para	
projetos	voltados	às	modalidades	de	água	e	esgoto.	A	seleção	
vai	priorizar	municípios	com	mais	de	50	mil	habitantes	e	aqueles	que	já	têm	empreendimentos	do	PAC	selecionados	e	
precisam	de	recursos	complementares	para	sua	execução.	Recursos	do	FGTS	e	do	FAT	irão	fi	nanciar	esses	projetos.
Obras	são	resposta	a	problemas	climáticos	como	as	enchentes	
MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 14 09.07.09 01:37:44
15
Até	o	fim	do	programa,	estão	previstos	investimentos	de	R$	19,7	bilhões
LUZ PARA TODOS LEVA ENERGIA A DEZ MILHÕES DE BRASILEIROS
O	programa	Luz	para	Todos,	que	leva	energia	elétrica	a	comunidades	que	não	dispunham	do	serviço	em	todo	o	
país,	chega	a	seu	quinto	ano	de	execução	com	benefícios	diretos	a	dois	milhões	de	lares	brasileiros.
Desde	2004,	quando	começou	a	ser	executado,	o	Luz	para	Todos	já	levou	o	serviço	a	cerca	de	dez	milhões	de	
brasileiros,	que	agora	podem	realizar	atividades	antes	inacessíveis,	como	assistir	à	tevê,	refrigerar	alimentos	
e	usar	o	ferro	elétrico.
Segundo	o	Ministério	de	Minas	e	Energia	(MME),	responsável	pela	gestão	e	execução	do	projeto,	1,57	milhão	
de	aparelhos	de	tevê	e	1,46	milhão	de	geladeiras	foram	comprados	pelos	benefi	ciários.	Além	disso,	quase	a	
metade	dos	atendidos	deixou	de	gastar	com	outras	fontes	de	energia,	mais	poluentes,	como	diesel,	gasolina,	
querosene,	gás	ou	pilhas.
O	ministério	contabiliza	ainda	que	quase	96	mil	famílias	que	haviam	abandonado	suas	terras	em	direção	às	
cidades	voltaram	aos	seus	locais	de	origem	após	a	realização	da	melhoria.
Pesquisa	realizada	pelo	MME,	de	fevereiro	a	abril	de	2009,	nas	comunidades	atendidas	pelo	programa	aponta	
que	 89,3%	 dos	 benefi	ciários	 sentiram	 melhorias	 em	 sua	 qualidade	 de	 vida	 e	 que	 86,2%	 têm	 melhores	
condições	de	moradia.	A	energia	possibilita	ainda	incremento	na	renda	familiar,	que	cresceu	em	38,8%	dos	
lares	atendidos,	e	na	capacidade	de	trabalho,	ampliada	em	35,3%.
Esse	incremento	na	renda	e	capacidade	de	trabalho	das	famílias	atendidas	pelo	Luz	para	Todos	refl	ete	o	efeito	
da	chegada	de	energia	no	desenvolvimento	da	economia	local.	As	comunidades	têm	agora	a	possibilidade	de	
conservar	refrigerado	o	pescado	e	o	leite.	As	mulheres	têm	formado	cooperativas	e	adquirido	equipamentos,	
como	máquinas	de	costura,	de	moer	grãos	e	de	descascar	alimentos,	entre	outros,	agregando	valor	à	produção	
e	criando	novas	perspectivas	de	aumento	da	qualidade	de	vida	para	milhões	de	brasileiros.
	
Até	o	fi	m	do	programa	estão	previstos	investimentos	de	R$	19,7	bilhões,	dos	quais	R$	14,3	bilhões	serão	repassados	
pelo	Governo	Federal.	Os	recursos	são	provenientes	da	Conta	de	Desenvolvimento	Energético	(CDE)	e	da	Reserva	
Global	de	Reversão	(RGR),	repassados	por	meio	de	subvenção	(fundo	perdido)	e	fi	nanciamento,	respectivamente.
MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 15 09.07.09 01:37:51
16
MINHA CASA, MINHA VIDA: CRÉDITO,
EMPREGO E BENEFÍCIO PARA OS BRASILEIROS
Com	a	meta	de	construir	um	milhão	de	moradias	para	famílias	com	renda	mensal	de	até	dez	salários	mínimos,	
o	programa	Minha	Casa,	Minha	Vida	contemplará	projetos	de	todas	as	cidades	brasileiras,	independentemente	
do	tamanho	de	sua	população.	O	plano	envolverá	investimentos	globais	de	R$	60	bilhões,	com	o	objetivo	de	
reduzir	o	défi	cit	habitacional	do	país	em	14%.
O	programa	funciona	da	seguinte	forma:	a	União	aloca	
recursos	 próprios,	 de	 seu	 Orçamento	 e	 do	 Fundo	 de	
Garantia	 do	 Tempo	 de	 Serviço	 (FGTS).	 Construtoras	 e	
incorporadoras	 são	 as	 responsáveis	 pela	 elaboração	
dos	 projetos	 dos	 empreendimentos,	 que	 devem	 ser	
apresentados	 às	 superintendências	 regionais	 da	 Caixa	
Econômica	 Federal.	 Com	 o	 aval	 da	 Caixa,	 a	 construtora	
poderá	 acessar	 o	 fi	nanciamento	 para	 a	 produção	
habitacional.
Durante	a	execução	das	obras,	os	recursos	são	liberados	
conforme	 cronograma	 fi	rmado	 na	 contratação	 do	
fi	nanciamento	e	monitorado	por	meio	de	vistorias	feitas	
pela	Caixa.
Com	atuação	sobre	todas	as	cidades	brasileiras,	inclusive	
as	 com	 menos	 de	 50	 mil	 habitantes,	 que	 terão	 reserva	
de	R$	1	bilhão	para	executar	os	projetos,	o	Minha	Casa,	
Minha	Vida	prevê	cooperação	com	governos	estaduais	e	
municipais.
Ao	 aderirem	 ao	 programa,	 eles	 poderão	 contribuir	 com	
doação	 de	 terrenos,	 oferecimento	 de	 infraestrutura,	
desonerações	 fi	scais	 e	 redução	 do	 tempo	 de	 concessão	
de	alvarás,	autorizações	e	licenças.	Os	municípios	serão	
responsáveis	por	montar	o	cadastro	de	benefi	ciários	para	
o	programa.
A	distribuição	das	moradias	do	Minha	Casa,	Minha	Vida	
será	 feita	 de	 acordo	 com	 o	 défi	cit	 habitacional,	 que,	
conforme	a	última	PNAD	(Pesquisa	Nacional	por	Amostra	
de	 Domicílios),	 do	 Instituto	 Brasileiro	 de	 Geografi	a	 e	
Estatística	(IBGE),	se	concentra	na	população	com	renda	
mensal	de	até	três	salários	mínimos	(90,9%).
A	 quantidade	 de	 unidades	 habitacionais	 por	
unidades	 da	 Federação	 (veja	 quadro	 ao	 lado)	 poderá	
ser	 alterada	 em	 função	 da	 contribuição	 de	 estados	
e	municípios.
UF TOTAL GERAL %
RO 8.495 0,8
AC 3.939 0,4
AM 22.238 2,2
RR 2.793 0,3
PA 50.667 5,1
AP 4.589 0,5
TO 10.297 1,0
NORTE 103.018 1 0,3
MA 72.756 7,3
PI 21.837 2,2
CE 51.644 5,2
RN 19.224 1,9
PB 21.306 2,1
PE 44.706 4,5
AL 19.679 2,0
SE 11.301 1,1
BA 80.744 8,1
NORDESTE 343.197 34,3
MG 88.485 8,8
ES 16.846 1,7
RJ 74.657 7,5
SP 183.995 18,4
SUDESTE 363.984 36,4
PR 44.172 4,4
SC 24.049 2,4
RS 51.795 5,2
SUL 120.016 12,0
MS 12.244 1,2
MT 13.390 1,3
GO 27.613 2,8
DF 16.538 1,7
CENTRO-OESTE 69.786 7,0
TOTAL BRASIL 1.000.000 100,0
DistribuiçãoporUnidadedaFederação
Fonte:CasaCivil/PR
MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 16 09.07.09 01:37:54
Nos	estados	e	municípios	que	já	possuem	programas	habitacionais,	os	benefícios	à	população	poderão	ser	
cumulativos,	com	a	possibilidade	ainda	de	que	os	recursos	da	União	subvencionem	a	atuação	estadual	e	municipal.
Uma	 das	 medidas	 para	 incentivar	 a	 participação	 das	 construtoras	 na	 execução	 dos	 projetos	 de	
moradias	 populares	 é	 a	 redução	 dos	 impostos	 cobrados	 sobre	 a	 operação.	 A	 lei	 que	 instituiu	 o	
programa	 autoriza	 o	 pagamento	 unifi	cado	 do	 Imposto	 de	 Renda,	 do	 PIS/Pasep,	 da	 Contribuição	 Social	
sobre	 o	 Lucro	 Líquido	 (CSLL)	 e	 a	 Contribuição	 para	 o	 Financiamento	 de	 Seguridade	 Social	 (Cofi	ns).	
A	alíquota	para	a	cesta	de	tributos	foi	reduzida	de	7%	para	1%	sobre	a	receita	obtida	com	o	contrato	de	construção	
e	o	prazo	de	pagamento	passou	do	10º	para	o	20º	dia	útil	do	mês	subsequente.
O CAMINHO PARA A CASA PRÓPRIA
17
FAIXA	DE	RENDA Até	3	salários	mínimos >	3	a	6	salários	mínimos >	6	a	10	salários	mínimos
QUANTIDADE	DE	IMÓVEIS 400	mil	unidades 400	mil	unidades 200	mil	unidades
PREÇO	DO	IMÓVEL
De	R$	37	a	R$	52	mil	em	
função	do	estado	e	do	
tipo	de	imóvel	(casa	ou	
apartamento)
Até	R$	130	mil	para	as	regiões	metropolitanas	de	SP,	
RJ	e	DF;	até	R$	100	mil	para	municípios	com	mais	
de	500	mil	habitantes;	até	R$	80	mil	para	os	demais	
municípios
SUBSÍDIO	PARA	
COMPLEMENTAR	
A	CAPACIDADE	DE	
PAGAMENTO	DA	FAMÍLIA
De	R$	10	mil	a	R$	23	mil
>	3	SM	a	4	SM	=	
R$	9	mil	a	R$	16	mil																																									
>	4	SM	a	6	SM	=	
R$	1	mil	a	R$	16	mil
R$	0,00
VALOR	DO	ENCARGO	
MENSAL
Entre	R$	50	e	10%	da	
renda	familiar
Até	30%	da	renda	familiar
CONDIÇÕES	DE	
FINANCIAMENTO
I)	Prazo	de	até	20	anos	=	quota	de	até	100%;	II)	Prazo	>	20	anos	e	até	25	anos	=	
quota	de	até	90%;	III)	Prazo	>	25	anos	e	até	30	anos	=	quota	de	até	80%
TAXA	DE	JUROS
Até	cinco	salários	mínimos:	I)	Quotista	do	FGTS	=	4,5%	
a.a.	+	TR;	II)	Não	quotista	do	FGTS	=	5,0%	a.a.	+	TR																					
>	Cinco	salários	mínimos	até	seis	salários	mínimos:	
I)	Quotista	do	FGTS	=	5,5%	a.a.	+	TR;	II)	Não	quotista	do	
FGTS	=	6,0%	a.a.	+	TR
I)	Quotista	do	FGTS	
=	7,66%	a.a.	+	TR;	
II)	Não	quotista	do	FGTS	
=	8,16%	a.a.	+	TR
CUSTO	DE	REGISTRO	DO	
CONTRATO	NO	CARTÓRIO	
Isento Desconto	de	90% Desconto	de	80%
PRESTAÇÕES	
ASSEGURADAS	PELO	
FUNDO	GARANTIDOR
36	prestações
>	3	SM	a	8	SM	=	24	prestações																																																							
>	8	SM	a	10	SM	=	12	prestações
%	DO	SEGURO	EM	
RELAÇÃO	AO	VALOR	DA	
PRESTAÇÃO
Variável	de	acordo	com	a	faixa	etária	do	mutuário:																					
Até	25	anos	=	1,50%																																																																																																																														
>	25	anos	até	30	anos	=	1,54%			–					>	30	anos	até	35	anos	=	1,64%																																																																																																												
>	35	anos	até	40	anos	=	1,82%			–					>	40	anos	até	45	anos	=	2,59%																																																																																																												
>	45	anos	até	50	anos	=	3,02%			–					>	50	anos	=	6,64%						
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18
TERRITÓRIOS DA CIDADANIA PREVÊ
ATENDER 1.852 MUNICÍPIOS
O	 programa	 Territórios	 da	 Cidadania,	 formado	 para	 dar	 apoio	 ao	 desenvolvimento	 e	 diminuir	 a	 pobreza	 no	
meio	rural,	completou,	em	março	de	2009,	um	ano	de	existência	com	praticamente	todas	as	metas	superadas.	
Este	ano,	o	programa	tem	como	meta	duplicar	o	número	de	municípios	atendidos	e	o	orçamento.	A	atuação	dos	
administradores	municipais	e	líderes	comunitários	é	essencial	para	defi	nir	as	ações	conjuntas	que	melhoram	a	vida	
das	comunidades	integradas	nesses	territórios.	A	intenção	do	Governo	Federal	é	distribuir	melhor	os	recursos	para	
atender	essas	populações,	atrair	investimentos	e	diminuir	as	desigualdades	regionais,	combatendo	o	êxodo	rural.
	
O	Territórios	da	Cidadania	prevê	investimentos	de	R$	23,5	bilhões	para	a	realização	de	ações	nos	120	territórios	
em	 2009.	 Em	 2008,	 foram	 destinados	 R$	 9,3	 bilhões	 para	 60	 territórios.	 Este	 ano,	 segundo	 o	 Ministério	 do	
Desenvolvimento	Agrário	(MDA),	o	programa	chegará	a	1.852	municípios,	quase	o	dobro	do	ano	anterior	(963	
municípios)	e	o	equivalente	a	33%	dos	municípios	brasileiros.	O	total	de	habitantes	atendidos	alcançará	este	ano	13	
milhões,	também	o	dobro	de	2008.	
	
Serão	desenvolvidas	181	ações	em	2009:	62	serão	de	apoio	às	atividades	produtivas,	com	investimentos	de	R$	5,5	
bilhões;	82	iniciativas	serão	voltadas	à	cidadania	e	acesso	a	direitos,	R$	13,8	bilhões,	e	37	tratarão	de	qualifi	cação	e	
infraestrutura,	R$	4,1	bilhões.	
	
E	 como	 foram	 mapeados	 os	 territórios	 da	 cidadania?	 São	 conjuntos	 de	 municípios	 organizados	 a	 partir	 de	
características	sociais,	econômicas,	ambientais	e	culturais	que	formam	uma	identidade.	Os	principais	critérios	de	
Agricultura	familiar	é	um	dos	principais	focos	do	programa
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19
mapeamento	incluem	índices	de	pobreza.	São	municípios	pequenos,	com	baixa	atividade	econômica	e	baixo	Índice	
de	Desenvolvimento	Humano	(IDH).	Têm	alta	concentração	de	agricultores,	benefi	ciários	do	programa	Bolsa	Família,	
trabalhadores	rurais,	populações	quilombolas	e	indígenas.
	
O	 Territórios	 da	 Cidadania	 tem	 como	 objetivo	 promover	 o	 desenvolvimento	 econômico,	 dotar	 as	 comunidades	
rurais	de	infraestrutura,	de	acesso	a	serviços	e	universalizar	programas	básicos	de	cidadania	por	meio	de	políticas	
públicas	integradas.	Os	territórios	são	desenvolvidos	em	conjunto	com	as	três	esferas	de	governo	(União,	estados
e	municípios).	
	
Os	 estados	 assinam	 um	 plano	 de	 cooperação	 federativa	 com	 o	 Governo	 Federal	 e	 são	 instalados	 comitês	
estaduais.	 Juntos	 em	 um	 Colegiado	 Territorial,	 seus	 representantes	 defi	nem	 um	 plano	 de	 desenvolvimento	
local	e	uma	agenda	de	ações.	Os	líderes	municipais	e	da	sociedade	podem	participar	do	colegiado,	levando	as	
principais	demandas	e	preocupações	da	comunidade	para	discutir	atividades	com	representantes	dos	governos	
federal	e	estaduais.	Os	debates	são	feitos	em	sedes	de	cooperativas,	
sindicatos	e	ginásios.	Depois,	são	elaborados	os	planos	de	ação	para	
cada	território.
	
Os	municípios	incluídos	no	Territórios	da	Cidadania	recebem	recursos	
e	 apoio	 do	 Governo	 Federal	 para	 projetos	 diversos:	 ampliação	 da	
infraestrutura	 de	 água	 e	 saneamento,	 fortalecimento	 da	 produção	
artesanal,	criação	de	animais,	incentivo	à	sustentabilidade	agrícola,	
investimento	em	escolas	rurais,	ampliação	da	cobertura	de	projetos	de	
saúde,	como	vacinação	e	saúde	bucal,	e	muitos	outros	exemplos.	
	
A	 agricultura	 familiar	 é	 um	 dos	 principais	 focos	 do	 programa.	
Serão	 intensifi	cadas	 as	 medidas	 previstas	 no	 Programa	 Nacional	
de	 Fortalecimento	 da	 Agricultura	 Familiar	 (Pronaf)	 dentro	 dos	
territórios.	 Para	 o	 Plano	 Safra	 2008/2009,	 foram	 disponibilizados	
R$	13	bilhões,	inserindo	2	milhões	de	famílias	rurais	no	Pronaf.	O	Plano	Safra	2009/2010	será	ampliado	para	
R$	15	bilhões,	o	que	proporcionará	melhores	condições	de	acesso	ao	crédito	por	parte	de	agricultores	familiares.	
	
Um	exemplo	recente	da	ação	integrada	de	produção	é	a	cadeia	do	mel	de	Minas	Gerais.	Depois	de	um	investimento	
de	R$	1	milhão,	foi	inaugurado	em	maio	um	entreposto	para	comercialização	de	mel	e	cera	de	abelha	em	Turmalina	
(MG).	A	produção	envolve	500	famílias	e	benefi	cia	produtores	de	20	municípios	dos	Territórios	da	Cidadania	de	Alto	
Jequitinhonha	e	Médio	Jequitinhonha.	
	
No	fi	nal	de	junho,	foi	lançado	o	Territórios	da	Cidadania	Indígena	para	Raposa	Serra	do	Sol	e	São	Marcos,	em	
Roraima	(RR).	O	programa	visa	trabalhar	o	desenvolvimento	sustentável	por	meio,	principalmente,	da	agricultura,	
levando	em	conta	as	características	da	comunidade	indígena.	O	projeto	alcançará	uma	área	de	23	mil	quilômetros	
quadrados,	abrangendo	os	municípios	de	Normandia,	Pacaraima	e	Uiramutã.	
Em 2009,
o programa prevê
investimentos de
R$ 23,5 bilhões para a
realização de ações
em 120 territórios
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20
SIMPLES NACIONAL ESTIMULA
FORMALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Em	vigor	desde	2007,	o	regime	de	tributação	simplificada	para	micro	e	pequenas	empresas,	Simples	Nacional,	
possibilitou	um	ciclo	de	formalização	de	firmas	deste	porte.	Segundo	o	Comitê	Gestor	do	programa,	que	conta	
com	a	participação	das	entidades	municipalistas,	3,2	milhões	de	empresas	optaram	pelo	regime	simplificado.
Para	os	municípios	brasileiros,	a	mudança	na	legislação	representou	a	possibilidade	de	regularizar	a	situação	
de	boa	parte	da	força	de	trabalho	de	seu	município,	conhecer	a	pujança	de	seu	setor	produtivo	e	estimular	seu	
desenvolvimento.	A	implantação	de	leis	municipais	para	o	setor	permite	que	este	seja	priorizado	nas	compras	
governamentais,	além	de	autorizar	maior	velocidade	para	a	concessão	de	licenças,	alvarás	e	permissões.
Além	de	facilitar	o	desenvolvimento	econômico,	o	Simples	Nacional	implica	elevação	na	arrecadação	de	tributos.	
Entre	agosto	de	2007	e	maio	de	2009,	foram	transferidos	R$	2,9	bilhões	de	compensação	às	prefeituras	pela	
unifi	cação	do	recolhimento	de	impostos.	Este	valor	ainda	tem	grande	espaço	para	ampliação,	dependendo	apenas	
do	número	de	micro	e	pequenas	empresas	formalizadas.
A	 comunicação	 entre	 os	 entes	 federativos	 sobre	 as	 pequenas	 empresas,	 estimulada	 pelo	 Simples	 Nacional,	
possibilitou	um	melhor	controle	sobre	as	atividades	dos	contribuintes	nas	três	esferas	de	governo,	principalmente	
no	âmbito	municipal.
Para	a	Confederação	Nacional	dos	Municípios	(CNM),	em	
muitos	municípios	do	país	o	advento	do	Simples	Nacional	
levou	empresas	que	atuavam	sem	inscrição	municipal	a	
regularizar	suas	pendências	cadastrais	para	usufruir	os	
incentivos	fi	scais.
No	primeiro	mês	de	vigência	do	novo	modelo,	julho	de	
2007,	 mais	 de	 1,3	 milhão	 de	 empresas	 migraram	 do	
Simples	Federal	para	o	Simples	Nacional.	Atualmente,	
já	são	mais	de	3,2	milhões	de	empresas	participantes	do	
modelo.	Somente	em	2009	foram	277	mil	adesões.
Em	 julho	 de	 2009,	 entra	 em	 vigência	 o	 Sistema	 de	
Recolhimento	em	Valores	Fixos	Mensais	dos	Tributos	
Abrangidos	 pelo	 Simples	 Nacional	 (SIMEI)	 para	 o	
microempreendedor	 individual.	 O	 programa	 visa	
atender	 a	 um	 contingente	 de	 aproximadamente	
10	milhões	de	pessoas	que	atuam	na	informalidade.	
A	meta	para	os	primeiros	dezoito	meses	do	programa	
(de	 julho/2009	 a	 dezembro/2010)	 é	 de	 1	 milhão	
de	adesões.
Para	a	consecução	desse	objetivo,	e	com	a	participação	
efetiva	 do	 Comitê	 Gestor	 da	 Rede	 Nacional	 para	
Simplifi	cação	de	Registro	e	Legalização	de	Empresas	e	
Negócios	(Redesim),	haverá	uma	signifi	cativa	redução	da	burocracia	para	a	abertura	de	novas	empresas	visando	
acabar	com	a	informalidade,	desburocratizar,	racionalizar	processos,	eliminar	o	retrabalho,	aumentar	a	efetividade	
dos	órgãos	fi	scais	e	sensibilizar	e	envolver	todas	as	esferas	de	governo.
Pequenas	empresas	são	beneficiadas	com	redução	de	impostos
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21
PRONAF ESTIMULA AGRICULTURA FAMILIAR E GERA RENDA NO CAMPO
Presente	em	todos	os	municípios	do	país,	o	Programa	Nacional	de	Fortalecimento	da	Agricultura	Familiar	
(Pronaf)	 promove	 o	 desenvolvimento	 sustentável	 e	 gera	 renda	 no	 campo.	 Executado	 pelo	 Ministério	 do	
Desenvolvimento	Agrário	(MDA),	o	Pronaf	apoia	fi	nanceiramente	atividades	produtivas	desenvolvidas	por	
agricultores	familiares,	assentados	da	reforma	agrária,	quilombolas,	pescadores	artesanais,	aquicultores,	
extrativistas,	silvicultores,	ribeirinhos	e	indígenas.
As	linhas	de	crédito	do	Pronaf,	que	contemplam	custeio,	investimento	e	comercialização,	criam	condições	
para	a	expansão	da	pequena	produção	por	meio	da	melhoria	de	seus	produtos	e	processos	de	produção	
individuais	e	coletivos.	Este	conjunto	de	políticas	facilita	o	planejamento	das	atividades,	permite	o	acesso	a	
novas	tecnologias	e	contribui	para	a	geração	de	renda	e	melhoria	da	qualidade	de	vida	no	campo.
Lançado	em	2008,	o	programa	Mais	Alimentos	é	uma	ação	estruturante	que	busca	aumentar	a	produção	
e	 a	 produtividade	 da	 agricultura	 familiar.	 Para	 isso,	 o	 programa	 destina	 recursos	 para	 investimento	 em	
infraestrutura	da	propriedade	rural	familiar,	amplia	a	oferta	de	assistência	técnica	e	extensão	rural	e	aprimora	
a	política	geral	de	estoques	e	garantias	de	preços.
	
Uma	 das	 ações	 estruturantes	 do	 Mais	 Alimentos,	 a	 linha	 de	 crédito	 Pronaf	 Mais	 Alimentos,	 fi	nancia	 até	
R$	100	mil	por	agricultor,	que	podem	ser	pagos	em	dez	anos,	com	até	três	anos	de	carência	e	juros	de	2%	ao	ano.	
A	linha	de	crédito	contempla	ações	como	compra	de	tratores,	máquinas	e	implementos	agrícolas,	correção	de	
solos,	irrigação,	plasticultura,	armazenagem,	formação	de	pomares,	formação	de	sistemas	agrofl	orestais	e	
melhoria	genética.	A	estruturação	de	núcleos	municipais	de	assistência	técnica	é	um	fator	decisivo	para	atrair	
recursos	do	Pronaf	para	as	cidades.
Pronaf	alia	financiamento	e	assistência	técnica	para	aumentar	a	produtividade	no	campo
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01
22
CRÉDITO DE R$ 13 BILHÕES PARA EMPRESAS
QUE REALIZAM OBRAS PÚBLICAS
Empresas	envolvidas	na	execução	das	obras	do	Programa	de	Aceleração	do	Crescimento	(PAC)	podem	acessar	uma	
linha	de	recursos	específi	ca	criada	pelo	Banco	Nacional	de	Desenvolvimento	Econômico	e	Social	(BNDES).
	O	Programa	Especial	de	Crédito	(PEC),	que	fi	nancia	o	setor,	foi	ampliado	de	R$	6	bilhões	para	R$	13	bilhões,	dos	quais	
até	R$	3	bilhões	serão	destinados	às	empresas	da	indústria	de	construção	de	edifícios	e	serviços	especializados	para	
construção	contratadas	pela	administração	pública.
O	objetivo	da	linha	é	promover	a	competitividade	das	empresas	dos	setores	de	indústria,	comércio	e	serviços	por	meio	
do	fi	nanciamento	de	capital	de	giro.	A	expectativa	é	mantê-la	operante	até	o	fi	m	deste	ano,	respeitados	os	limites	
orçamentários.	
Empresas	que	aderirem	ao	PEC	podem	pedir	fi	nanciamentos	de	capital	de	giro	no	valor	de	até	R$	200	milhões.	O	teto	
do	empréstimo	é	limitado	a	20%	da	Receita	Operacional	Bruta	do	último	exercício	fi	scal.
As	taxas	de	juros	cobradas	variam	em	função	do	perfi	l	do	fi	nanciamento,	partindo	da	Taxa	de	Juros	de	Longo	Prazo	
(TJLP)	+	6,1%	ao	ano.	Além	do	BNDES,	o	Banco	do	Brasil	também	operacionaliza	a	linha	do	PEC.	Para	empresas	
de	micro,	pequeno	e	médio	porte,	o	custo	fi	nanceiro	é	de	TJLP	+	4%	ao	ano,	além	da	remuneração	da	instituição	
fi	nanceira	credenciada.
O	fi	nanciamento	pode	ser	feito	em	prazo	total	de	36	meses,	incluindo	até	um	ano	de	carência,	em	que	não	haverá	
pagamento	de	juros,	que	serão	capitalizados	mensalmente.	Durante	a	fase	de	amortização,	os	juros	serão	pagos	
juntamente	com	o	principal.
Empresas	contratadas	pela	administração	pública	podem	acessar	recursos	do	BNDES
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23
REPASSE A ESTADOS E MUNICÍPIOS PARA
EXECUÇÃO DE CONVÊNIOS É FACILITADO
Para	assegurar	a	continuidade	dos	programas	sociais	e	das	obras	financiadas	por	meio	de	convênios	da	
União	com	municípios,	foram	reduzidas	as	exigências	para	a	transferência	destes	recursos.
Com	 a	 conversão	 da	 Medida	 Provisória	 (MP)	 451	 em	 lei,	
entraram	 em	 vigor	 as	 novas	 regras	 que	 flexibilizam	 a	
verificação	da	regularidade	fiscal	de	estados	e	municípios.	
A	inadimplência	com	a	União	só	impedirá	a	assinatura	de	
novos	 convênios	 –	 antes	 da	 mudança,	 a	 irregularidade	
fiscal	interrompia	a	transferência	durante	sua	execução.
Com	 esta	 flexibilização,	 os	 órgãos	 federais	 só	 exigirão	
certidão	 negativa	 de	 débitos	 –	 que	 comprova	 não	 haver	
dívidas	 junto	 à	 União	 –	 no	 ato	 de	 assinatura	 de	 novos	
convênios.	 Depois	 que	 estes	 estiverem	 firmados	 e	 em	
execução,	 os	 documentos	 não	 serão	 mais	 exigidos.	
O	 repasse	 dos	 recursos,	 independentemente	 da	 situação	
fiscal	 do	 município,	 deverá	 obedecer	 ao	 cronograma	
preestabelecido	no	convênio.
A	nova	lei	determina	ainda	que	todos	os	órgãos	do	Governo	
Federal	devam	notificar	as	prefeituras	e	os	estados	sobre	
eventuais	irregularidades.	Não	havendo	prazo	específico,	
essa	 notificação	 será	 feita	 pelo	 menos	 45	 dias	 antes	 da	
inscrição	 definitiva	 da	 pendência	 no	 cadastro	 negativo.	
Durante	este	prazo,	o	ente	federado	poderá	questionar	a	
suposta	dívida	administrativamente.	Enquanto	estiver	em	
análise,	 a	 irregularidade	 não	 impede	 a	 participação	 em	
novos	convênios.
As	 alterações	 serão	 incorporadas	 ao	 Cadastro	 Único	 de	
Convênios	(CAUC)	e	aos	demais	sistemas	e	portais	de	consulta	
para	 informações	 sobre	 estados	 e	 municípios.	 Os	 órgãos	
federais	têm	até	um	ano	para	se	adaptar	às	novas	regras.
A	 lei	 também	 prevê	 incentivos	 às	 operações	 de	
crédito	 com	 instituições	 financeiras	 públicas.	
Pelos	próximos	seis	meses,	estados	e	municípios,	
independentemente	de	sua	situação	de	adimplência,	
poderão	contratar	operações	de	crédito,	incluídas	
as	 contratações	 e	 renegociações	 de	 dívidas.	 Os	
recursos	 contratados	 neste	 período	 poderão	 ser	
liberados	 por	 até	 18	 meses	 sem	 a	 verificação	 da	
adimplência.
Com esta flexibilização, os
órgãos federais só exigirão
certidão negativa de
débitos no ato de assinatura
de novos convênios
Por 6 meses, estados
e municípios,
independentemente de sua
situação fiscal, poderão
contratar operações
de crédito, inclusive
renegociações de dívidas
É o prazo de notificação para
que a prefeitura seja inscrita
no cadastro negativo
45 dias
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01 REGIÕES METROPOLITANAS:
POBREZA DIMINUI APESAR DA CRISE ECONÔMICA
A	economia	do	Brasil	sofreu	o	impacto	da	crise	econômica	internacional	a	partir	do	último	trimestre	de	2008.	
Ao	contrário	do	que	ocorreu	em	outros	momentos,	a	pobreza	da	população	continuou	a	diminuir.	É	o	que	
mostra	um	estudo	do	Instituto	de	Pesquisa	Econômica	Aplicada	(IPEA),	de	maio	de	2009,	intitulado	“Pobreza	
e	Crise	Econômica:	o	Que	Há	de	Novo	no	Brasil	Metropolitano”.	
O	trabalho	demonstra	que	políticas	públicas	capazes	de	garantir	a	renda	dos	mais	pobres	estão	por	trás	
do	fenômeno.	Atualmente,	segundo	o	instituto,	34%	da	população	do	Brasil	está	protegida	com	algum	
mecanismo	de	garantia	de	renda	como	o	Bolsa	Família,	algo	inédito	em	relação	a	outros	períodos	de	
forte	desaceleração	econômica.	O	estudo	foi	feito	nas	seis	principais	regiões	metropolitanas:	Rio	de	
Janeiro	(RJ),	São	Paulo	(SP),	Salvador	(BA),	Recife	(PE),	Belo	Horizonte	(MG)	e	Porto	Alegre	(RS),	tendo	
por	base	estatísticas	da	Pesquisa	de	Emprego	e	Desemprego	do	IBGE.	
De	acordo	com	o	IPEA,	desde	a	crise	da	dívida	externa	(1981-1983),	o	Brasil	não	tinha	registrado	um	
período	tão	longo	de	expansão	dos	investimentos	como	o	verifi	cado	nos	últimos	cinco	anos.	No	último	
trimestre	 de	 2008,	 os	 efeitos	 da	 crise	 internacional	 causaram	 uma	 queda	 na	 produção	 econômica,	
resultando	 na	 diminuição	 do	 Produto	 Interno	 Bruto	 (PIB)	 –	 conjunto	 de	 riquezas	 produzidas	 pelo	
país.	 Isso	 provocou	 diminuição	 nos	 investimentos	 e	 aumento	 do	 desemprego,	 entretanto,	 a	 pobreza	
não	cresceu.
Desde	outubro	de	2008	até	março	de	2009,	não	houve	interrupção	no	movimento	de	queda	da	taxa	de	
pobreza	nas	seis	principais	regiões	metropolitanas	do	país.	Em	março	deste	ano,	o	número	de	pobres	foi	
4,5%	menor	do	que	em	março	de	2008:	670	mil	pessoas	saíram	da	condição	de	pobreza	no	período.
O	mesmo	estudo	demonstra	que,	em	outros	momentos	históricos	de	crise	econômica,	a	taxa	de	pobreza	
aumentou	nas	seis	regiões	metropolitanas	mencionadas.	Entre	1982	e	1983,	o	número	de	pobres	cresceu,	
atingindo	6,684	milhões.	Entre	1989	e	1990,	a	pobreza	aumentou	também,	mas	não	chegou	ao	nível	agudo	
dos	anos	80:	atingiu	3,836	milhões	de	brasileiros.	Em	1998	e	1999,	a	desaceleração	econômica	também	
implicou	elevação	de	1,864	milhão	na	pobreza.	No	quarto	período	analisado	–	outubro	de	2008	a	março	de	
2009	–,	houve	uma	quebra	na	tendência:	315	mil	pessoas	saíram	da	condição	de	pobreza.
24
Brasil metropolitano – Evolução na taxa de pobreza no total da população desde março de 2002 (em %)
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25
A	 manutenção	 na	 renda	 foi	 outro	
item	levantado	pelos	economistas	do	
IPEA.	Durante	os	quatro	momentos	
de	 desaceleração	 econômica	
considerados	 no	 estudo,	 somente	
no	 período	 atual	 o	 valor	 real	 do	
salário	mínimo	subiu	(+	8%).	Entre	
os	 anos	 de	 1998	 e	 1999,	 o	 salário	
mínimo	perdeu	3,1%	do	seu	poder	
aquisitivo,	 Na	 recessão	 de	 1989	 e	
1990,	o	valor	real	do	salário	mínimo	
caiu	33,6%,	enquanto	entre	1982	e	
1983	 a	 perda	 no	 poder	 de	 compra	
do	mínimo	foi	de	8,2%.	
BOLSA FAMÍLIA É AMPLIADO E INCLUI MAIS 1,3 MILHÃO DE FAMÍLIAS
O	Bolsa	Família,	programa	de	transferência	de	renda	a	pessoas	carentes,	foi	ampliado	em	2009.	A	renda	per	
capita	familiar	dos	beneficiários,	critério	que	define	a	condição	de	pobreza,	passou	de	R$	120,00	para	R$	137,00.	
O	valor	de	extrema	pobreza	subiu	de	R$	60,00	para	R$	69,00.	Em	ambos	os	casos,	um	aumento	de	15%.
A	mudança	ocorreu	por	meio	do	Decreto	6.824,	de	16	de	abril	deste	ano.	Com	isso,	até	2010,	cerca	de	1,9	milhão	
de	 famílias	 serão	 incluídas	 no	 programa	 gradativamente.	 Atualmente,	 o	 projeto	 beneficia	 11,6	 milhões	 de	
famílias,	segundo	o	Ministério	de	Desenvolvimento	Social	(MDS).	Em	2009,	serão	investidos	R$	12,1	bilhões	
com	o	Bolsa	Família,	R$	300	milhões	a	mais	do	que	o	previsto	se	não	tivesse	ocorrido	o	aumento	da	renda	per	
capita	familiar.
Cadastro –	Para	fazer	parte	do	Bolsa	Família,	é	preciso	ingressar	no	Cadastro	Único	para	Programas	Sociais	
do	Governo	Federal	(CadÚnico),	feito	pelas	prefeituras.	Só	recebe	o	benefício	quem	cumprir	os	compromissos	
assumidos	nas	áreas	de	educação,	saúde	e	assistência	social.	A	ampliação	do	Bolsa	Família	depende	da	parceria	
do	Governo	Federal	com	os	municípios.	As	prefeituras	precisam	ter	assinado	o	Termo	de	Adesão	e	estar	habilitadas	
no	Sistema	Único	de	Assistência	Social	(SUAS).
É	preciso	identificar	e	cadastrar	as	famílias	vulneráreis	ainda	não	inscritas	no	CadÚnico	e	atualizar	os	dados	das	
já	cadastradas.	O	cadastramento	garante,	por	exemplo,	a	identificação	das	pessoas	que	não	estão	mais	dentro	
dos	critérios	de	atendimento	por	terem	melhorado	sua	condição	de	vida.	O	Governo	Federal	transfere	o	recurso	
diretamente	às	famílias,	mas	é	o	município	o	responsável	pelo	cadastramento.
Os	municípios	devem	elaborar	uma	agenda	de	trabalho	para	atualizar	os	dados	dos	beneficiários	até	31	de	
agosto	deste	ano.	Se	não	houver	regularização,	o	pagamento	será	bloqueado	em	setembro.	Mesmo	após	o	
bloqueio,	basta	que	a	família	procure	a	prefeitura	e	solicite	a	atualização	de	seu	cadastro	para	que	seu	benefício	
seja	reiniciado	–	desde	que	ela	ainda	esteja	dentro	dos	critérios	de	pobreza	definidos.	Os	pagamentos	dos	
beneficiários	que	continuarem	bloqueados	serão	cancelados	a	partir	de	janeiro	de	2010.	Mais	informações	
podem	ser	obtidas	no	portal	do	MDS	na	internet:	http://www.mds.gov.br/bolsafamilia.
Brasil metropolitano – Evolução do número de pobres em períodos de desaceleração econômica selecionados
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PDE ELEVA ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO
DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Melhorar	 o	 ensino	 básico	 no	 Brasil	 é	 a	 prioridade	 do	 Plano	
de	 Desenvolvimento	 da	 Educação	 (PDE),	 em	 execução	 pelo	
Ministério	 da	 Educação	 desde	 2007.	 O	 plano,	 que	 tem	 cerca	
de	40	ações	em	todos	os	níveis	e	modalidades	da	educação,	
colaborou	para	que	o	Índice	de	Desenvolvimento	da	Educação	
Básica	(IDEB)	saltasse	de	3,8	em	2005	para	4,2	em	2009,	nos	
primeiros	anos	do	ensino	fundamental.
O	MEC	concebe	o	programa	como	uma	conexão	entre	avaliação,	
fi	nanciamento	 e	 gestão.	 Com	 o	 plano,	 a	 intenção	 é	 envolver	
todos	–	pais,	alunos,	professores	e	gestores	–	em	iniciativas	que	
busquem	o	sucesso	e	a	permanência	do	aluno	na	escola.	O	PDE	
se	baseia	na	cooperação	entre	União,	municípios	e	estados.
Todas	 as	 unidades	 da	 Federação	 aderiram	 ao	 Compromisso	
Todos	pela	Educação.	Entre	as	diretrizes	do	compromisso	estão:	
foco	na	aprendizagem;	alfabetização	das	crianças	até	os	oito	
anos	de	idade;	piso	nacional	para	os	professores	e	combate	à	
repetência	e	à	evasão.	O	plano	inclui	metas	de	qualidade	para	
a	educação	básica	e	destina	apoio	aos	municípios	com	os	mais	
baixos	indicadores	de	ensino.
Apesar	de	focado	no	ensino	básico,	o	PDE	repercute	também	no	ensino	profi	ssional	e	superior.	Segundo	o	
MEC,	o	número	de	estudantes	matriculados	nas	universidades	federais	dobrou	em	relação	a	2003;	foi	de	
113	mil	para	227	mil.	O	piso	salarial	do	magistério,	atualmente,	é	de	R$	950,00	para	a	jornada	de	40	horas	
semanais.	Foram	criados	os	institutos	federais	de	educação,	ciência	e	tecnologia,	destinados	a	funcionar	como	
centros	de	excelência	na	formação	técnica	e	tecnológica.
PAGAMENTOS DA PREVIDÊNCIA SUPERAM REPASSES DO FPM NA
MAIORIA DOS MUNICÍPIOS
A	rede	de	proteção	social	formada	pelo	sistema	previdenciário	é	considerada	por	economistas	como	um	fator	
vital	para	a	garantia	de	renda	da	população	e	torna-se	ainda	mais	importante	em	momentos	de	crise	econômica	
internacional	como	a	que	o	mundo	enfrenta	hoje.	Em	2008,	os	pagamentos	da	Previdência	superaram	os	
repasses	do	Fundo	de	Participação	dos	Municípios	(FPM)	em	3.449	municípios	–	61,9%	de	um	total	de	5.564.	
As	transferências	da	Previdência	foram	maiores	do	que	as	do	FPM	em	1.166	cidades	do	Sudeste,	em	1.036	do	
Nordeste	e	em	827	do	Sul.
De	acordo	com	o	Ministério	da	Previdência	Social,	os	benefícios	fazem	girar	a	economia.	O	pagamento	
ocorre	entre	o	dia	25	do	mês	e	o	dia	5	do	mês	seguinte,	período	em	que	é	visível	o	aquecimento	no	
comércio	 local	 e	 nos	 serviços.	 Esses	 recursos	 provenientes	 de	 aposentadorias	 e	 pensões	 impediram	
que	mais	de	22	milhões	de	brasileiros	de	todas	as	faixas	etárias	ficassem	abaixo	da	linha	de	pobreza.	
Os	ganhos	reais	do	salário	mínimo	entre	2003	e	2009	beneficiaram	fortemente	os	segurados.	Durante	
este	período,	o	piso	previdenciário	teve	um	aumento	de	132,5%,	o	que	representou	um	ganho	de	44,9%	
26
Projeto	tem	mais	de	40	ações	em	todos	
os	níveis	e	modalidades	educacionais
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27
acima	 da	 inflação.	 Em	 maio	 de	
2009,	18,3	milhões	de	beneficiários	
recebiam	 o	 piso	 que	 corresponde	
ao	salário	mínimo.
A	Previdência	pagou	26,5	milhões	
de	benefícios	em	todo	o	Brasil	em	
maio	 deste	 ano.	 Deste	 total,	 15,2	
milhões	 foram	 pagos	 em	 área	
urbana	e	7,8	milhões	na	zona	rural.	
Há	ainda	nessa	conta	3,4	milhões	
de	 benefícios	 assistenciais.	
O	valor	médio	do	benefício	foi	de	
R$	 661,00	 superando,	 portanto,	 o	
salário	mínimo.
Desenvolvimento Local
Pagamentos da Previdência superam FPM em 3.449 municípios
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28
PACTO COM ESTADOS E MUNICÍPIOS BUSCA REDUÇÃO
DE DESIGUALDADES NA AMAZÔNIA E NO NORDESTE
O	 Governo	 Federal	 busca	 criar	 e	 fortalecer	 políticas	 públicas	 para	 combater	 a	 pobreza,	 melhorar	 a	 vida	
da	população	e	promover	a	cidadania.	Exemplo	disso	foi	o	lançamento	do	pacto	com	17	governadores	e	
presidentes	das	associações	de	prefeitos	dos	estados	do	Nordeste	e	da	Amazônia	Legal	com	o	objetivo	de	
reduzir	as	desigualdades	sociais	nessas	regiões.	
Os	 compromissos	 fi	rmados	 asseguram	 a	 participação	 dos	 estados,	 dos	 municípios	 e	 das	 entidades	
municipalistas.	 Estão	 previstas	 metas	 concretas	 em	 quatro	 frentes	 consideradas	 essenciais:	 reduzir	 a	
mortalidade	infantil,	diminuir	o	analfabetismo,	fortalecer	a	agricultura	familiar	e	garantir	o	registro	civil	
gratuito	a	todas	as	crianças	(veja	quadro	abaixo).	
Dos	17	estados	envolvidos,	nove	são	do	Norte	(Amazônia	Legal)	–	Amazonas,	Amapá,	Acre,	Mato	Grosso,	
Maranhão,	 Pará,	 Rondônia,	 Roraima	 e	 Tocantins	 –	 e	 oito	 do	 Nordeste	 –	 Alagoas,	 Bahia,	 Ceará,	 Piauí,	
Pernambuco,	Paraíba,	Rio	Grande	do	Norte	e	Sergipe.	
No	dia	24	de	março	deste	ano,	em	Salvador	(BA),	foi	assinado	o	Compromisso	Mais	Nordeste	pela	Cidadania	
com	as	entidades	municipalistas	e	os	governos	nordestinos.	Em	27	de	abril,	em	Manaus	(AM),	o	Compromisso	
Mais	Amazônia	pela	Cidadania	foi	pactuado	com	os	representantes	da	região	amazônica.	
As	ações	de	cooperação	com	estados	e	municípios	(entes	federados)	foram	articuladas	por	seis	ministérios:	
Casa	Civil,	Secretaria	de	Relações	Institucionais,	Educação,	Saúde,	Desenvolvimento	Agrário	e	Secretaria	
Especial	dos	Direitos	Humanos.	
As	metas	são	resultado	de	amplo	debate	com	os	agentes	estaduais	e	municipais,	que	aprovaram	uma	agenda	
de	trabalho	para	cumprir	o	pacto	até	2010.
REDUÇÃO DA
MORTALIDADE INFANTIL
COMBATE AO ANALFABETISMO
Tanto	 no	 Nordeste	 como	 no	 Norte,	 o	 Protocolo	
de	 Cooperação	 Federativa	 prevê	 reduzir	
gradativamente	 a	 mortalidade	 infantil	 em	
5%	 ao	 ano	 até	 2010	 nas	 duas	 regiões.	 Haverá	
ações	 integradas	 entre	 o	 Ministério	 da	 Saúde	
e	 as	 secretarias	 estaduais	 para	 a	 ampliação	 do	
atendimento	 médico	 para	 gestantes	 e	 recém-
nascidos,	além	de	qualifi	car	os	profi	ssionais	de	
saúde.	 A	 prioridade	 são	 os	 municípios	 com	 as	
maiores	taxas	de	mortalidade	infantil.
Com	o	objetivo	de	promover	a	alfabetização,	elevar	a	
escolaridade	e	despertar	o	interesse	pela	continuidade	
dos	 estudos,	 o	 Governo	 Federal	 fi	rmou	 com	 os	
governos	 locais	 um	 pacto	 para	 realizar	 três	 ciclos	
do	 Programa	 Brasil	 Alfabetizado,	 do	 Ministério	 da	
Educação,	em	apenas	dois	anos.	Assim,	no	Nordeste	
serão	atendidos	3,9	milhões	de	jovens,	adultos	e	idosos	
e	mais	de	meio	de	milhão	na	Amazônia	Legal	até	o	
fi	m	de	2010.
VEJA AS METAS PARA O NORDESTE E PARA A AMAZÔNIA LEGAL
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29
AGENDA INCENTIVA
ADESÃO ÀS METAS DO MILÊNIO
Prefeitos	 e	 prefeitas	 eleitos	 no	 ano	 passado	 receberam,	 em	
fevereiro	deste	ano,	a	Agenda	de	Compromissos	Governo	Federal	
e	Municípios	2009-2012.	A	agenda	incentiva	os	municípios,	por	
meio	de	seu	planejamento	de	governo,	a	estabelecerem	em	como	
prioridade	e	metas	de	gestão	a	execução	das	políticas	públicas,	
que	 contribuem	 para	 intensifi	car	 a	 melhoria	 dos	 indicadores	
sociais	de	sua	população.
Ao	aderir	aos	compromissos	propostos,	os	municípios	se	engajam	
no	esforço	nacional	de	promoção	do	desenvolvimento	sustentável	
com	redução	das	desigualdades	sociais.
A	participação	das	cidades	brasileiras	as	coloca	em	conjunto	
com	os	191	países	que	se	comprometeram	com	os	Objetivos	
de	 Desenvolvimento	 do	 Milênio	 (ODM),	 promovidos	 pela	
Organização	das	Nações	Unidas	(ONU).
Para	 participar,	 os	 gestores	 municipais	 devem	 registrar	 sua	 adesão	 por	 meio	 do	 Portal	 Federativo	
(www.portalfederativo.gov.br	)	ou	pelo	Portal	de	Convênios	(https://www.convenios.gov.br/siconv/	).	No	ato	da	
inscrição	e	a	cada	ano	subsequente,	o	município	terá	seu	esforço	reconhecido	por	meio	de	um	certifi	cado.	O	
exercício	de	levantar	e	repassar	estas	informações	é	um	estímulo	ao	aperfeiçoamento	da	gestão	pública,	na	
medida	em	que	os	indicadores	sociais	serão	conhecidos	com	maior	profundidade	pelos	agentes	locais.
ERRADICAÇÃO
DO SUBREGISTRO
O	Protocolo	de	Cooperação	Federativa	prevê	que,	até	
o	 fi	m	 de	 2010,	 toda	 e	 qualquer	 criança	 nascida	 no	
Nordeste	e	na	Amazônia	Legal	tenha	garantido	o	seu	
registro	de	nascimento.	Sem	o	documento,	a	criança	
fi	ca	invisível	para	o	Estado.	A	falta	de	dados	precisos	
difi	culta	o	acesso	aos	programas	sociais.	A	estratégia	
é	 fortalecer	 a	 Declaração	 de	 Nascido	 Vivo	 (DNV),	
documento	 expedido	 em	 qualquer	 hospital	 (público	
ou	particular).	Por	meio	de	um	sistema	de	ligação	da	
maternidade	 com	 os	 cartórios,	 fruto	 de	 articulação	
com	 atores	 locais,	 os	 bebês	 poderão	 deixar	 a	
maternidade	 já	 com	 a	 certidão	 de	 nascimento.	 Para	
atender	 os	 adultos	 que	 não	 têm	 o	 registro,	 serão	
realizados	mutirões	e	campanhas.
FORTALECIMENTO
DA AGRICULTURA FAMILIAR
Em	 atuação	 conjunta	 com	 os	 estados,	 será	 ofertada	
assistência	técnica	e	acompanhamento	nas	políticas	de	
desenvolvimento	rural,	especialmente	nos	Territórios	
da	 Cidadania.	 No	 Nordeste,	 a	 meta	 é	 qualifi	car,	 até	
2010,	 616	 mil	 agricultores	 familiares	 e	 levar	 crédito	
rural	a	outras	220	mil	famílias	nordestinas.	No	caso	
da	 Amazônia,	 o	 intuito	 é	 atender	 mais	 de	 600	 mil	
agricultores	 familiares	 e	 promover	 a	 regularização	
fundiária	em	436	municípios	amazônicos.
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PROGRAMAS ESTIMULAM APERFEIÇOAMENTO
DA GESTÃO MUNICIPAL
A	tarefa	de	governar	exige	determinação	e	empenho	dos	gestores	públicos,	aliados	ao	uso	de	técnicas	
de	gestão	adequadas	à	realidade	de	cada	município.	Para	pôr	em	prática	as	ideias	e	projetos	que	
visam	melhorar	as	condições	de	vida	da	população,	é	preciso	ajustar	a	máquina	municipal,	desde	o	
gabinete	do	prefeito	ou	da	prefeita	até	o	servidor	que	lida	diretamente	com	o	público.
Com	 o	 objetivo	 de	 ampliar	 a	 capacidade	 de	 ação	
dos	 municípios,	 o	 Governo	 Federal	 vem	 adotando	
uma	 série	 de	 medidas	 de	 estímulo	 à	 capacitação	 e	
ao	 aperfeiçoamento	 técnico	 e	 administrativo	 das	
prefeituras	 de	 todo	 o	 país.	 Com	 uma	 gestão	 eficaz,	
as	 prefeituras	 podem	 acelerar	 a	 execução	 dos	
investimentos	 públicos,	 fazer	 as	 políticas	 sociais	
chegarem	 a	 quem	 delas	 necessita,	 desenvolver	 a	
economia	local	e	qualificar	o	gasto	público.
Para	auxiliar	as	iniciativas	municipais	voltadas	para	a	melhoria	da	gestão	municipal,	foi	elaborada	a	
Agenda	Nacional	de	Apoio	à	Gestão	dos	Municípios.	O	programa	foi	resultado	dos	trabalhos	do	Grupo	
de	Trabalho	Interfederativo	de	Fortalecimento	Institucional	e	Qualificação	da	Gestão	dos	Municípios	
do	Comitê	de	Articulação	Federativa	(CAF).
Em	 março	 deste	 ano,	 o	 Encontro	 Nacional	 com	 Novos	 Prefeitos	 e	 Prefeitas	 apresentou	 aos	
representantes	 eleitos	 em	 2008	 informações	 técnicas,	 administrativas	 e	 financeiras	 sobre	 os	
municípios,	 com	 o	 intuito	 de	 colaborar	 com	 seu	 processo	 de	 transição.	 O	 evento	 reuniu	 15	 mil	
pessoas	que	participaram	de	38	painéis	simultâneos	sobre	programas	e	políticas	do	Governo	Federal.	
O	 encontro	 possibilitou	 que	 fossem	 firmados	 diversos	 contratos	 e	 convênios	 e	 contribuiu	 para	 a	
solução	de	pendências.
ÇÕES DE APOIO À GESTÃO MUNICIPAL
30
Programa Nacional de Apoio à Gestão Administrativa e
Fiscal dos Municípios Brasileiros – PNAFM:	 disponibiliza	
aos	 municípios,	 em	 seu	 segundo	 contrato	 com	 o	 Banco	
Interamericano	 de	 Desenvolvimento	 (BID),	 US$	 1,1	 bilhão	
de	 recursos	 externos,	 com	 previsão	 de	 fi	nanciamento	 aos	
municípios	a	partir	de	novembro	deste	ano.	Ofertará,	também,	
nesse	novo	contrato,	com	recursos	nacionais,	o	intercâmbio	e	a	
disseminação	de	boas	práticas	de	gestão.
ProgramadeModernizaçãodaGestãodasAdministrações
Municipais – PMAT/BNDES:	 executado	 pela	 Caixa	
Econômica	Federal	e	pelo	Banco	do	Brasil,	facilita	que	as	
prefeituras	 tenham	 acesso	 ao	 financiamento	 destinado	
a	 investimentos	 na	 modernização	 da	 administração	
tributária,	na	melhoria	da	qualidade	dos	gastos	públicos	
e	na	gestão	das	áreas	de:	educação,	saúde	e	assistência	
social.
OUTRAS AÇÕES DE APOIO À GESTÃO MUNICIPAL
Com uma gestão
eficaz, as prefeituras
podem acelerar os
investimentos e aperfeiçoar
as políticas sociais
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31
Plano Nacional de Banda Larga:	 prevê	 a	 universalização	 do	
acesso	à	internet	de	banda	larga	a	todos	os	municípios	até	o	fi	m	
de	2010.	O	plano	é	resultado	de	um	acordo	com	as	operadoras	
de	telefonia	pela	substituição	das	metas	de	instalação	de	postos	
telefônicos	 pela	 oferta	 de	 infraestrutura	 de	 acesso	 à	 banda	
larga.	Mais	de	três	mil	cidades	brasileiras	já	contam	o	serviço.
Índice de Gestão Descentralizada – IGD:	estimula	o	município	
a	 aperfeiçoar	 a	 gestão	 do	 programa	 Bolsa	 Família	 por	 meio	
do	 repasse	 de	 recursos	 para	 a	 atualização	 e	 gerenciamento	
dos	 dados	 do	 Cadastro	 Único,	 monitoramento	 nas	 áreas	
de	 educação	 e	 saúde	 e	 acompanhamento	 das	 famílias	
benefi	ciadas.	 De	 2006	 a	 2008,	 já	 foram	 repassados	 cerca	 de	
R$	620	milhões.
Projeto Brasil Municípios:	visa	fortalecer	a	capacidade	das	
administrações	 municipais	 selecionadas	 para	 a	 redução	
da	pobreza.	O	projeto	é	resultado	da	cooperação	técnica	
entre	o	Brasil	e	a	Comissão	Europeia	e	deve	ser	executado	
até	 o	 fim	 de	 2011.	 Até	 lá,	 serão	 investidos	 cerca	 de	
R$	 45	 milhões	 –	 R$	 22,5	 milhões	 de	 doação	 europeia	 e	
R$	22,5	milhões	de	contrapartida	nacional.
Encontro	apresentou	informações	técnicas	e	administrativas	a	prefeitos	e	prefeitas	eleitos	em	2008
GERENTES SÃO CAPACITADOS PARA MONITORAR CONVÊNIOS
Responsável	pela	operacionalização	de	mais	de	50	mil	convênios	e	por	disponibilizar	repasses	oriundos	de	17	
ministérios,	a	Caixa	Econômica	Federal	executa	um	ciclo	de	capacitação	para	agilizar	a	gestão	e	a	execução	
das	parcerias	do	Governo	Federal	com	os	municípios.	
A	ideia	do	programa	Gerente	Municipal	de	Convênios	e	Contratos	é	oferecer	treinamento	a	pelo	menos	um	
servidor	de	cada	prefeitura	sobre	o	gerenciamento	dos	recursos	federais	na	execução	de	obras	e	convênios,	
com	o	objetivo	de	garantir	a	execução	dos	projetos	com	maior	agilidade.
Os	participantes	terão	dois	dias	de	aula	com	instrutores	da	Universidade	Corporativa	da	Caixa,	sem	custo	para	
a	prefeitura,	exceto	o	de	deslocamento	e	hospedagem	do	servidor,	caso	necessário.
Para	tornar	a	estratégia	mais	efetiva	e	aproveitar	o	momento	da	capacitação	para	melhorar	o	relacionamento	
com	 as	 prefeituras,	 os	 instrutores	 escolhidos	 têm	 relacionamento	 direto	 com	 os	 municípios,	 logo,	 estão	
habituados	com	as	principais	difi	culdades.
O	treinamento	tem	duração	de	dois	dias	e	aborda	desde	o	panorama	geral	dos	convênios	do	Governo	Federal,	
com	destaque	para	o	Plano	de	Aceleração	do	Crescimento	(PAC),	até	o	Sistema	de	Gestão	de	Convênios	e	
Contratos	e	Repasse	(Siconv).	Para	participar	da	capacitação,	as	prefeituras	devem	procurar	a	agência	da	Caixa	
com	que	mantém	relacionamento.
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01 SOFTWARE PÚBLICO FACILITA ADMINISTRAÇÃO
As	novas	tecnologias,	que	revolucionaram	as	formas	de	relacionamento	entre	os	indivíduos,	trazem	também	
novas	possibilidades	de	aperfeiçoamento	para	a	gestão	pública.	Com	o	objetivo	de	baratear	e	agilizar	os	
procedimentos	internos	e	o	atendimento	à	população	nos	municípios,	a	Secretaria	de	Logística	e	Tecnologia	
da	Informação	(SLTI)	do	Ministério	do	Planejamento	desenvolveu	o	programa	Comunidade,	Conhecimento,	
Colaboração	e	Compartilhamento	dos	Municípios	Brasileiros	(4CMBr).
O	programa,	montado	em	parceria	com	o	Comitê	de	Articulação	Federativa	(CAF),	estimula	o	uso	de	software	
público	 nas	 prefeituras.	 Lançado	 em	 novembro	 de	 2008,	 o	 4CMBr	 oferece	 soluções	 de	 informática	 para	
a	 administração	 pública.	 Como	 todos	 os	 aplicativos	 podem	 ser	 copiados	 e,	 se	 necessário,	 adaptados,	 os	
municípios	podem	reduzir	sensivelmente	seus	custos	com	tecnologia	da	informação.	
	
Já	estão	disponíveis	no	site	do	projeto	–	www.softwarepublico.gov.br/4cmbr	–	mais	de	20	soluções	da	apoio	
à	administração,	como	software	de	gestão	de	escolas,	protocolo	eletrônico	de	documentos,	sistema	de	gestão	
de	ativos,	gerenciamento	de	sites	institucionais	e	sistemas	para	administração	de	sistemas	de	abastecimento	
de	água	e	de	coleta	de	esgotos.
O	 acesso	 aos	 aplicativos	 é	 amplo	 e	
irrestrito,	podendo	ser	feito	até	mesmo	
por	quem	não	tem	vinculação	direta	com	
algum	município	mas	tem	interesse	nas	
temáticas.	No	quadro	das	prefeituras,	a	
possibilidade	é	de	participação	maciça,	
contemplando	 desde	 técnicos	 até	
gestores.	 Quanto	 mais	 intensa	 for	 a	
adesão	aos	sistemas,	mais	condições	a	
SLTI	terá	para	aperfeiçoar	os	produtos	
e	lançar	novos	com	base	nas	demandas	
apresentadas	pelos	usuários.
Além	 dos	 sistemas	 usados	 no	 dia-a-
dia	 das	 prefeituras,	 o	 4CMBr	 oferece	
ferramentas	 colaborativas	 para	
os	 sites	 municipais	 –	 como	 fóruns	
eletrônicos	 e	 chats	 –	 e	 publicações	
sobre	a	gestão	pública	brasileira.	Para	
a	SLTI,	alguns	dos	problemas	que	são	
enfrentados	para	desenvolver	projetos,	
principalmente	 pela	 difi	culdade	 de	
acesso	à	documentação	e	pela	distância	
das	 prefeituras	 dos	 órgãos	 federais,	
podem	ser	reduzidos	com	a	utilização	
do	 ambiente	 virtual	 oferecido	 pelo	
4CMBr.
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Portal	tem	mais	de	20	soluções	gratuitas	de	
apoio	à	administração	dos	municípios
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CARTA COMPROMISSO
Reforma Tributária:	já	está	no	Congresso	Nacional. Aumento de 1% no FPM	elevou	repasses	de	2008	em	R$	1,7	bilhão.	
Foi	editada	ainda	a	MP 462/2009,	que	compensa	perdas	no	FPM	de	2009.	
No fim de 2006, foi apresentado aos prefeitos e prefeitas um conjunto de compromissos com o objetivo de melhorar as
condições de vida dos brasileiros e fortalecer os municípios institucionalmente. O acordo deu origem às ações listadas abaixo,
que demonstram o aumento da capacidade da União, dos estados e dos municípios de executarem, em conjunto, as melhorias
que promovem o desenvolvimento do país, com inclusão social e redução das desigualdades regionais e sociais.
Bolsa Família: número	 de	 famílias	 atendidas	 chegará	 a	
12,4	milhões	em	2009.	Renda	de	ingresso	foi	corrigida	para	
R$	137,00	e	o	benefício	teve	recomposição	de	8%	em	2008.
Microcrédito Produtivo Orientado:	prevê	20	mil	operações	
para	benefi	ciários	do	Bolsa	Família.	Desde	2005,	já	são	3,7	
milhões	de	operações,	que	somam	R$	4,34	bilhões	–	200%	
maior	que	em	2005.
Ampliação da assistência:	como	do	Programa	de	Atenção	
Integral	 às	 Famílias	 (PAIF),	 da	 Rede	 de	 Centros	 de	
Referência	de	Assistência	Social	e	Centros	de	Referência	
Especializados	de	Assistência	Social	(CRAS	e	Creas).	Em	
2009,	investimentos	chegarão	a	mais	de	R$	6,4	bilhões.
Segurança alimentar:	 terá	 repasse	 de	 R$	 704	 milhões	
aos	municípios,	estados	e	entidades.	No	semiárido,	foram	
construídas	25	mil	cisternas,	envolvendo	R$	53	milhões.	
Territórios da Cidadania:	mobilizou	R$	9,3	bilhões	em	963	
municípios.	Para	2009,	a	meta	é	chegar	a	R$	23,5	bilhões	
em	1.830	municípios.
Agricultura Familiar:	recebeu,	via	Pronaf,	R$	40	bilhões	de	
fi	nanciamento	para	um	milhão	de	produtores.	
RegularizaçãoFundiária:	81	milhões	de	hectares	destinados	
a	 assentamento	 de	 unidades	 de	 conservação	 e	 terras	
indígenas.	Foi	aprovada	a	MP	458,	sobre	a	regularização	
fundiária	na	Amazônia	Legal.	Meta	é	legalizar	67	milhões	
de	hectares,	benefi	ciando	300	mil	posseiros.
Direitos da Cidadania:	terão	R$	54	milhões	até	2010	para	
erradicar	o	subregistro	civil.	Certidões	de	nascimento	serão	
padronizadas	em	todo	o	país.	Tramita	no	Congresso	PL	que	
valida	nacionalmente	a	Declaração.	
Crianças e adolescentes:	construção	e	reforma	de	unidades	
de	 internação,	 com	 investimento	 de	 R$	 65	 milhões	 em	
14	 estados.	 Execução	 de	
programas	 de	 atendimento	
socioeducativo	com	recursos	
do	 Sistema	 Único	 da	 Assis-
tência	 Social	 (SUAS)	 e	 de	
enfrentamento	da	exploração	
sexual	em	17	estados.
Pessoas com deficiência:	
atendimento	 à	 demanda	
por	 órteses	 e	 próteses,	 com	
meta	de	empregar	R$	670,2	
milhões	até	2011.	O	Benefício	
de	Prestação	Continuada	(BPC)	paga	salário	mínimo	a	1,8	
milhão	de	pessoas	com	defi	ciência	e	incapacidades	para	a	
vida	independente.
Idosos:	 terão	 prioridade	 na	 aquisição	 de	 imóveis	 nos	
programas	 habitacionais	 subsidiados	 ou	 com	 recursos	
públicos	 (reserva	 de	 3%).	 O	 BPC	 (um	 salário	 por	 mês)	
benefi	ciará	1,6	milhão	de	idosos	em	2009.	
Quilombolas:	 desde	 2005,	 732	 mil	 hectares	 foram	
destinados	a	mais	de	14	mil	famílias.
Mais Saúde:	já	são	quase	30	mil	equipes,	presentes	em	cerca	
de	95%	dos	municípios	brasileiros.	O	custeio	dos	agentes	
comunitários	de	saúde	passou	de	R$	532,00	para	R$	652,00	
por	mês.	De	2003	a	2008,	a	cobertura	populacional	da	saúde	
básica	 aumentou	 63,7%.	 Com	 o	 Brasil	 Sorridente,	 85,3	
milhões	de	brasileiros	têm	acesso	à	saúde	bucal	gratuita.	
A	rede	Farmácia	Popular	já	chegou	a	503	estabelecimentos	
de	397	cidades,	oferecendo	107	tipos	de	medicamentos.
Mais Cultura:	investe	em	mais	de	3	mil	iniciativas	culturais,	
mobilizando	R$	180	milhões.	O	crédito	para	o	segmento	
no	Banco	do	Brasil	teve	alta	de	44%,	chegando	a	R$	1,36	
bilhão	em	abril	de	2009.
MOBILIZAR ESFORÇOS PARA APROVAR A REFORMA
TRIBUTÁRIA E AMPLIAR O FPM EM UM PONTO PERCENTUAL1. FINANÇAS
2. PROTEÇÃO SOCIAL AMPLIAR AS POLÍTICAS DE COMBATE À FOME,
À POBREZA E À DESIGUALDADE
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Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar
Pública de Educação Infantil (Proinfância):	investiu	na	construção	de	
1.024	escolas	por	meio	de	989	convênios,	ultrapassando	R$	1,8	bilhão	
até	o	fi	m	de	2010.
Fundeb:	fi	nancia	a	educação	básica,	com	distribuição	maior	de	recursos	
para	áreas	rurais.	Municípios	que	não	conseguem	atingir	o	mínimo	de	
contribuição	recebem	complementação	da	União.	O	aporte	passou	de	
R$	2	bilhões	em	2007	a	R$	3	bilhões	em	2008.	Para	2009,	o	valor	é	de	
R$	5	bilhões.
Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar:	repassa	recursos	
suplementares	para	garantir	o	transporte	de	alunos	da	rede	pública	de	
áreas	rurais.	De	2004	a	2008,	foram	investidos	R$	301,2	milhões.	O	valor	
transferido	pelo	FNDE	por	estudante	foi	reajustado	em	8%.
Programa Caminho da Escola:	 destinado	 à	 aquisição	 de	 veículos	
padronizados	para	o	transporte	escolar,	auxiliou	1.300	municípios	na	
compra	de	2.487	ônibus.	É	previsto	o	uso	de	R$	1,15	bilhão	em	2009.
Programa Dinheiro Direto na Escola: escolas	 públicas	 e	 privadas	 de	
educação	especial	mantidas	por	entidades	sem	fi	ns	lucrativos	receberam	
R$	692,8	milhões	em	2008,	atendendo	26,9	milhões	de	alunos.	Em	2009,	
foi	 ampliado	 para	 toda	 a	 educação	 básica,	 com	 previsão	 de	 atender	
45,6	milhões	de	estudantes.
Merenda Escolar: teve	aumento	no	valor	per	capita	nos	diferentes	níveis	
de	ensino	e	para	grupos	específi	cos,	alcançando,	em	alguns	casos,	alta	
de	até	238%.	A	partir	de	2009,	chega	também	aos	alunos	do	ensino	
médio	e	profi	ssionalizante.
Brasil Alfabetizado:	 dos	 1.108	 Planos	 Plurianuais	 de	 Alfabetização	
iniciados	 pelos	 parceiros,	 996	 foram	 concluídos	 com	 107	 mil	 turmas	
ativas.	Serão	distribuídos	cerca	de	2,5	milhões	de	livros	didáticos	de	
alfabetização.
Rede Federal de Educação Profissional:	foi	ampliada,	com	a	criação	de	
150	unidades	em	todos	os	estados	e	no	Distrito	Federal,	com	investimento	
de	R$	1,1	bilhão	para	abrir	500	mil	vagas	de	ensino	profi	ssional.	O	Proeja	
leva	ensino	profi	ssional	a	oito	mil	jovens	e	adultos	de	100	municípios.
Habitação:	entre	2007	e	2009,	o	PAC	direcionou	
R$	 13,5	 bilhões	 a	 governos	 estaduais.	 Para	
ações	 de	 urbanização	 de	 favelas	 em	 regiões	
metropolitanas	e	em	municípios	com	mais	de	
150	mil	habitantes,	já	foram	contratados	140	
projetos,	no	valor	de	R$	3,3	milhões.	Das	83	
operações	 selecionadas	 pelo	 Pró-moradia,	
61	 foram	 contratadas	 em	 2008,	 totalizando	
R$	 758	 milhões.	 Foram	 escolhidas	 ainda	
46	 novas	 operações,	 no	 valor	 de	 R$	 1,1	
bilhão.	 Com	 o	 Minha	 Casa,	 Minha	 Vida,	 são	
R$	34	bilhões	para	construção	de	1	milhão	de	
moradias	 para	 famílias	 com	 renda	 de	 até	 10	
salários	 mínimos,	 em	 parceria	 com	 estados,	
municípios	e	iniciativa	privada.	
Saneamento:	por	meio	do	PAC,	foram	selecionados	
1.634	projetos	que	vão	benefi	ciar	782	municípios	
com	investimentos	de	R$	28,4	bilhões.	Apenas	
para	 drenagem,	 foram	 disponibilizados	
R$	4	bilhões	para	101	cidades	em	16	estados.	
Exe
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Em	2
Prog
(Pro
AgendadeApoioàGestãoMunicipal:	para	apoiar	os	
novos	prefeitos	e	prefeitas	eleitos	em	2008,	foi	criado	
um	grupo	de	trabalho	interministerial	que	elaborou	
produtos	como	o	Portal	Federativo,	o	Catálogo	de	
Programas	do	Governo	Federal	e	Orientações	para	
o	 Gestor	 Municipal	 em	 Início	 de	 Mandato,	 entre	
outros.	O Encontro Nacional com Novos Prefeitos e
Prefeitas reuniu	mais	de	15	mil	pessoas	e	viabilizou	
diversos	contratos	e	convênios.
Programa Nacional de Apoio à Gestão
Administrativa e Fiscal dos Municípios
Brasileiros (PNAFM):	 disponibiliza	 aos	
municípios,	em	segundo	contrato	com	o	Banco	
Interamericano	 de	 Desenvolvimento	 (BID),	
US$	1,1	bilhão	de	recursos	externos	para	aquisição	
de	equipamentos	e	sistemas	de	gestão.	
Programa de Modernização da Gestão das
Administrações Municipais (PMAT/BNDES):	
reduziu	suas	exigências	e	facilitou	o	acesso	dos	
municípios	 a	 crédito	 de	 mais	 R$	 300	 milhões.	
É	 oferecido	 ainda	 apoio	 em	 tecnologia	 da	
info
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2011
3. EDUCAÇÃO 4. DESENVOLVIMENTO
URBANO
5. GESTÃO
ENFRENTAR DESAFIOS COMO A IMPLANTAÇÃO DO FUNDEB
E A FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE PROFESSORES
MEL
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35
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dos	
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Execução facilitada:	 o	 projeto	 da	 LDO	 possibilita	 a	
redução	 da	 contrapartida	 exigida	 aos	 municípios	 para	
até	0,1%	do	total	do	projeto	para	firmar	os	convênios	de	
acesso	ao	PAC.	As	ações	poderão	ser	executadas	por	meio	
de	transferência	obrigatória.
Regularização Fundiária Urbana: a	 MP	 458/2009	 permite	
a	transferência	de	áreas	públicas	federais	em	cidades	para	
os	 municípios.	 O	 Minha	 Casa,	 Minha	 Vida	 dispõe	 sobre	
a	 regularização	 de	 assentamentos	 urbanos	 e	 autoriza	 os	
municípios	a	editar	regras	próprias.
TransporteeMobilidadeUrbana:	foi	criado	o	Grupo	de	Trabalho	
sobre	Barateamento	de	Tarifas.	O	PAC	destina	R$	2	bilhões	para	
obras	como	corredores	de	ônibus	e	ampliações	de	linhas	de	
metrô.	Por	meio	do	Pró-transportes,	é	ofertada	linha	de	crédito	
no	valor	de	R$	1	bilhão	para	a	renovação	das	frotas	urbanas.	
Em	2008,	o	BNDES	emprestou	R$	653	milhões	ao	setor.
Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania
(Pronasci):	desenvolve	ações	preventivas	de	enfrentamento	à	
violência	e	à	criminalidade	e	está	presente	em	21	estados
e	 no	 DF.	 Só	 em	 2008,	 foi	 investido	 R$	 1,026	 bilhão.	
A	 segurança	 pública	 recebeu	 R$	 2,82	 bilhões,	 maior	
montante	desde	2003.
Territórios de Paz:	 o	 Estado	 assegura	 o	 respeito	 aos	
direitos	fundamentais	em	locais	de	grande	incidência	de	
violência.
	os	
ado	
rou	
de	
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Sistema de Georeferenciamento (geoSUAS)	 do
Sistema	 Único	 da	 Assistência	 Social	 (SUAS): está	
direcionado	 para	 o	 planejamento	 das	 ações	 dos	
gestores;	 e	 o	 infoSUAS	 está	 aberto	 à	 população,	
disponibilizando	 informações	 sobre	 repasses	
fi	nanceiros	para	os	Fundos	de	Assistência	Social.
Cadastro Único – CadÚnico:	 identifi	ca	 quem	 são,	
onde	 estão	 e	 como	 vivem	 as	 populações	 pobres	
dos	 municípios.	 É	 acessível	 à	 população	 para	
conhecimento	da	relação	dos	benefi	ciários	do	Bolsa	
Família	e	para	planejamento	das	grandes	ações	do	
Governo	Federal	e	das	prefeituras.
Sistema Nacional de Informações das Cidades
(SNIC):	distribuição	de	kits	com	informações	geográfi	cas	
aos	gestores	inscritos	no	Encontro	Nacional	com	Novos	
Prefeitos	e	Prefeitas,	realizado	em	10	e	11/02,	em	Brasília.	
informação,	com	software	livre	e	universalização	do	acesso	à	
banda	larga	a	todos	os	municípios	até	o	fi	m	de	2010.	
Índice de Gestão Descentralizada do Bolsa Família (IGD):	 é	
usado	para	repassar	recursos	para	custear	a	atualização	dos	
dados	do	cadastro	e	gerenciamento	dos	dados	dos	benefi	ciados.	
Entre	2006	e	2008,	foram	transferidos	cerca	de	R$	626	milhões.
Transferências para Áreas em Estado de Calamidade Pública
ou Emergência:	 com	 o	 Decreto	 6.663/2008,	 tornam-se	
obrigatórias,	o	que	agiliza	sua	liberação.	
Rede Nacional para Simplificação de Registro e Legalização
de Empresas e Negócios (Redesim):	 torna	 mais	 simples	 a	
formalização	 de	 atividades	 econômicas	 nos	 três	 níveis	 de	
governo.
Programa Nacional de Capacitação das Cidades (PNCC):	
promoveu	a	capacitação	de	mais	de	50	mil	técnicos	e	agentes	
sociais	entre	2006	e	2008.
Projeto Brasil Municípios:	 fortalece	 as	 administrações	
municipais	para	o	planejamento	e	execução	de	programas	
e	 projetos	 governamentais.	 Em	 execução	 até	 dezembro	 de	
2011,	dispõe	de	15	milhões	de	euros	em	recursos.
NTO
6. INTERCÂMBIO
DE DADOS
MELHORAR A INFRAESTRUTURA DAS CIDADES, COM INVESTIMENTOS EM HABITAÇÃO,
MOBILIDADE URBANA, REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA E MEIO AMBIENTE.
ESTIMULAR O FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
E GERENCIAL DOS MUNICÍPIOS
DISPONIBILIZAR AOS MUNICÍPIOS DADOS SOBRE
INVESTIMENTOS E POLÍTICAS PÚBLICAS FEDERAIS
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36
Integração das Políticas da Juventude:
•		ProJovem Adolescente (15 a 17 anos):	 em	 2009,	 392	
mil	jovens	serão	atendidos,	a	um	custo	total	de	R$	81	
milhões	em	2.235	municípios	(MDS);
• Projovem Campo (18 a 29 anos):	 disponível	 em	 19	
estados	e	777	municípios.	Em	2009,	serão	atendidos	83	
mil	agricultores	jovens,	com	investimento	de	R$	111,2	
milhões	(MEC);
• Projovem Urbano (18 a 29 anos):	 disponível	 em	 106	
municípios	e	24	estados,	deve	atender	242	mil	jovens	em	
2009	(Secretaria	Geral	da	Presidência	da	República);	e
• Projovem Trabalhador (15 a 29 anos):	o	programa	está	
em	86	municípios	e	14	estados	(MTE).
ConselhoNacionaldeJuventude(Conjuve):	promove	a	criação	
de	conselhos	municipais,	secretarias	ou	coordenadorias	de	
juventude	nos	municípios.	
Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS):	
atinge	5.201	municípios	em	todos	os	estados	e	no	Distrito	
Federal.	 Destes,	 2.592	 municípios	 já	 estão	 com	 fundos	
municipais	de	habitação	e	conselhos	gestores	constituídos.
	
Planos Locais de Habitação de Interesse Social:	de	2007	até	
hoje,	1.223	municípios	foram	selecionados	para	repasse	dos	
recursos	para	apoiar	os	planos	locais.
Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional:	 em	 2009,	
serão	 investidos	 R$	 704	 milhões	 na	 área	 da	 segurança	
alimentar	e	nutricional.	
7. POLÍTICAS FEDERATIVAS
CONSOLIDAR AS POLÍTICAS FEDERATIVAS
DE GESTÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Portal Licitações-e (www.licitacoes-e.com.br):	permite	
aos	entes	públicos	realizar	compras	e	contratar	serviços	
via	internet.	São	2,5	mil	compradores	cadastrados,	530	
municípios	 e	 120	 mil	 fornecedores.	 Estima-se	 que	 a	
economia	atingida	pelos	usuários	do	serviço	em	2008	foi	
de	R$	5	bilhões.
8. AGILIZAÇÃO DE
PROCEDIMENTOS
REVER A LEI DE LICITAÇÕES PARA DESBUROCRATIZAR
E AUMENTAR A TRANSPARÊNCIA E A EFICIÊNCIA
Lei	regulamentada	com	o	Decreto	6.017/07.
9. LEI DE CONSÓRCIOS
PÚBLICOS
REGULAMENTAR A LEI DE CONSÓRCIOS PÚBLICOS PARA
REALIZAR AÇÕES DE INTERESSE COMUM E A GESTÃO
ASSOCIADA DE SERVIÇOS PÚBLICOS
Portal de Convênios (www.convenios.gov.br):	 desde	
setembro	 de	 2008,	 todos	 os	 convênios	 estão	 sendo	
formalizados	apenas	por	meio	do	portal.
Criação da Comissão Gestora do Sistema de Gestão de
Convênios e Contratos de Repasse.
Capacitação:	foram	treinados	3.690	usuários	de	órgãos	
e	instituições	concedentes;	1.163	usuários	convenentes	
de	estados	e	municípios	e	formados	624	multiplicadores	
para	convenentes	(estados	e	municípios).
Manuais:	 elaboração	 de	 manuais	 tutoriais,	 interativos	 e	
jurídicos	sobre	o	sistema	de	convênios.	
Central de atendimento:	 implantação	 de	 central	 para	
orientação	aos	usuários.
10. PORTAL DE
CONVÊNIOS
FACILITA A GESTÃO DE CONVÊNIOS, REDUZINDO E
SIMPLIFICANDO OS PROCEDIMENTOS
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37
Sistema de Assessoria Federativa (SASF):	 desde	 a	 sua	
criação,	em	2007,	promove	reuniões	e	organiza	o	atendimento	
aos	prefeitos	em	cada	um	dos	órgãos	do	Governo	Federal.
Salas das Prefeituras:	 foram	 criadas	 71	 salas	 junto	
às	 Superintendências	 Regionais	 da	 Caixa	 em	 todos	
os	estados.
Mesas de Operações de Crédito com o Setor Público:	
o	 Banco	 do	 Brasil,	 em	 2008,	 criou	 as	 mesas	 para	
assessorar	os	municípios	a	trabalhar	com	as	propostas	
de	 fi	nanciamentos	 às	 linhas	 do	 Caminho	 da	 Escola	
(transporte	 escolar),	 do	 Programa	 de	 Intervenções	
Viárias	 (Provias)	 e	 do	 Programa	 de	 Modernização	 da	
Administração	Tributária	(PMAT).
11. ATENDIMENTO
AOS MUNICÍPIOS
O GOVERNO CRIOU NOS MINISTÉRIOS E AGÊNCIAS AS ASSESSORIAS
FEDERATIVAS, SOB A COORDENAÇÃO DA SECRETARIA DE RELAÇÕES
INSTITUCIONAIS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Supervisões de Assistência Técnica:	
implantação	de	24	supervisões	para	prestar	
apoio	técnico	e	operacional.
GerenteMunicipaldeConvênioseContratos:	
designação	de	um(a)	assessor(a)	do	Gabinete	
da	Prefeita	ou	do	Prefeito	para	acompanhar	
o	andamento	dos	convênios	e	contratos	de	
repasses	 e	 fi	nanciamentos	 junto	 à	 Caixa.	
Serão	capacitados,	no	primeiro	semestre	de	
2009,	cerca	de	3.400	gerentes.
Elaboração de Estudo da Dimensão Territorial para o
Planejamento:	o	Ministério	do	Planejamento	lançou	o	estudo,	
incluído	 no	 Decreto	 6.601/2008,	 que	 dispõe	 sobre	 o	 Plano	
Plurianual	e	sua	gestão	para	o	período	2008-2011	e	orienta	os	
entes	federados	na	elaboração	dos	PPAs.
Interação:	 a	 interação	 do	 Ministério	 do	 Planejamento,	
Orçamento	e	Gestão	com	as	Secretarias	Estaduais	e	o	Conselho	
Nacional	 de	 Secretários	 de	 Planejamento	 (Conseplan)	
fortalece	o	planejamento	territorial	como	meio	de	pactuação	
de	políticas	públicas	que	viabilizam	a	integração	dos	Planos	
Plurianuais	dos	entes	da	Federação.
12. ASSISTÊNCIA
TÉCNICA
13. ARTICULAÇÃO COM OS
PPAs ESTADUAIS
CAPACITAR OS MUNICÍPIOS A
ELABORAR PROJETOS PARA ACESSO
AO FINANCIAMENTO PÚBLICO, AOS
PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS E A
FINANCIAMENTOS INTERNACIONAIS
COMPARTILHAR A CONSTRUÇÃO DO PLANO PLURIANUAL
2008-2011 COM OS ESTADOS, ALINHANDO A ESTRATÉGIA DE
DESENVOLVIMENTO LOCAL COM O PROJETO NACIONAL
CONFIRA NO PORTAL FEDERATIVO
WWW.PORTALFEDERATIVO.GOV.BR
A ÍNTEGRA DA CARTA DE
COMPROMISSOS, COM TODOS
OS AVANÇOS DA AGENDA DE
DESENVOLVIMENTO DOS MUNICÍPIOS.
MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 37 09.07.09 01:40:17
Informações sobre programas e ações do Governo Federal
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI	
SBN Qd. 1, Bl. B, 14º andar, Ed. CNC
70041-902 – Brasília/DF
Tel.: 3962-8739 – Fax: 3962-8715
www.abdi.com.br
Advocacia Geral da União – AGU
SIG Qd. 6, Lote 800, 3º andar, Sala 303G – DECOR
70610-460 – Brasília/DF
Tel.: 4009-4520/4567 – Fax: 4009-4703	
www.agu.gov.br
Banco do Brasil	
Ed. Sede III BB, 11º andar
70073-901 – Brasília/DF
Tel.: 3310-3898/5627 – Fax: 3310-2456
www.bb.com.br
Banco Central do Brasil
SBS Qd. 3, Bl. B, 19º andar Ed. Sede do Banco Central
70074-900 – Brasília/DF
Tel.: 3414-1800 – Fax: 3414-2863	
www.bcb.gov.br
BancoNacionaldeDesenvolvimentoEconômicoeSustentável–BNDES
Av. República do Chile, 100 19º andar – Centro
21139-900 – Rio de Janeiro/RJ
Tel.: 21 2172-7399 – Fax: 21 2172-6278	
www.bndes.gov.br
Casa Civil
Palácio Planalto, Anexo III Superior, Sala 212
70150-900 – Brasília/DF	
Tel.: 3411-3854 – Fax: 3411-4301	
www.presidencia.gov.br/casacivil
Caixa Econômica Federal 	
SBS Qd. 4, Lote 3/4 – Ed. Matriz
1º andar – Sala das Prefeituras
70092-900 – Brasília/DF
Tel.: 3206-4375/4559 – Fax: 3206-4503 	
www.cef.gov.br
Controladoria Geral da União – CGU	
SAS Qd. 1, Bl. A – 9º andar – Ed. Darcy Ribeiro – Sala 924
70070-905 – Brasília/DF
Tel.: 3412-6700 – Fax: 3412-7265	
www.cgu.gov.br
Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB	
SGAS Qd. 901, Conjunto A, Lote 69 – 3º andar
70390-010 – Brasília/DF
Tel.: 3312-6312/6301 – Fax: 3226-9058	
www.conab.gov.br
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa	
Av. W3 Norte, Parque Estação Biológica
Edifício 7 – Sala 108
70770-901 – Brasília/DF	
Tel.: 3448-4178/4163/3273-2679 – Fax: 3347-1041	
www.embrapa.br
Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro	
W3 Norte 511, Ed. Bittar III – 4º andar
70750-542 – Brasília/DF
Tel.: 3340-2211 – Fax: 3347-3284	
www.inmetro.gov.br
Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI	
Rua Mayrink Veiga, nº 9 – 26º andar
20090-050 – Rio de Janeiro/RJ
Tel.: 21 2139-3229 – Fax: 21 2263-2539	
www.inpi.gov.br
Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento – MAPA
Esplanada dos Ministérios – Bloco D – 8º andar – Gabinete
70043-900 – Brasília/DF
Tel.: 3218-2150 – Fax: 3224-3777	
www.agricultura.gov.br
Ministério das Comunicações
Esplanada dos Ministérios
Bloco R – 8º andar – Sala 824
70054-900 – Brasília/DF	
Tel.: 3311-6564 – Fax: 3311-6696	
www.mc.gov.br
Ministério das Cidades	
Esplanada dos Ministérios – Bloco A – 1º andar – Sala 105
70054-900 – Brasília/DF	
Tel.: 2108-1608/1946/1698 – Fax: 2108-1420
www.cidades.gov.br
Ministério da Ciência e Tecnologia 	
Esplanada dos Ministérios – Bloco E – 4º andar – Sala 400
70067-900 – Brasília/DF
Tel.: 3317-7507/7504 – Fax: 3317-7769	
www.mct.gov.br
Ministério do Desenvolvimento Agrário
Esplanada dos Ministérios – Bloco A – 8º andar – Gabinete Ministro
70054-900 – Brasília/DF
Tel.: 2108-8044 – Fax: 2107-0058	
www.mda.gov.br
Ministério da Defesa	
Esplanada dos Ministérios – Bloco Q – 6º andar – Sala 652
70049-900 – Brasília/DF
Tel.: 3312-9017 – Fax: 3312-9051	
www.defesa.gov.br
Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior
Esplanada dos Ministérios – Bloco J – 6º andar – Sala 609
70056-900 – Brasília/DF
Tel.: 2109-7220/7221 – Fax: 2109-7334	
www.mdic.gov.br
Ministério do Desenvolvimento Social	
Esplanada dos Ministérios – Bloco A – 4º andar – Sala 448
70054-900 – Brasília/DF
Tel.: 3433-1088/9965-5021 – Fax: 3433-1668	
www.mds.gov.br
Ministério do Esporte	
Esplanada dos Ministérios – Bloco A – 7º andar – ASPAR
70054-900 – Brasília/DF
Tel.: 3217-1885 – Fax: 3217-1709	
www.esporte.gov.br
Ministério da Educação	
Esplanada dos Ministérios – Bloco L – 8º andar – Sala 803
70047-900 – Brasília/DF
Tel.: 2104-8920/ 9944-0006 – Fax: 2104-9233	
www.mec.gov.br
Ministério da Fazenda	
Esplanada dos Ministérios – Bloco P – 4º andar – Sala 423 – Ed. Sede
70048-900 – Brasília/DF
Tel.: 3412-2422 – Fax: 3412-1845	
www.fazenda.gov.br
Ministério da Integração Nacional	
Esplanada dos Ministérios – Bloco E – 8º andar – Sala 834
70062-900 – Brasília/DF
Tel.: 3414-5972 – Fax: 3414-5662	
www.integracao.gov.br
MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 38 09.07.09 01:40:19
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Governo Federal e Municípios -

  • 1. O BRASIL MOSTRA A SUA FORÇAA SUA FORÇA Diálogo federativo fortalece os municípios e melhora a vida dos brasileiros GOVERNO FEDERAL E MUNICÍPIOS MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 1 09.07.09 01:34:30
  • 2. Municípios mais fortes fazem o Brasil mais forte No momento em que a economia internacional passa por um contexto difícil, a parceria estabelecida pelo Governo Federal com os governos estaduais, municipais e a sociedade civil é um diferencial na hora de minimizar os efeitos desta crise sobre o dia-a-dia dos brasileiros e brasileiras. Essa relação é resultado de um longo trabalho de fortalecimento institucional dos municípios e da consolidação de espaços de diálogo e de várias formas de cooperação. Esses canais possibilitam a adoção de medidas mais efetivas e justas para que os municípios estejam mais bem preparados para enfrentar a crise. Atendendo a antigas demandas dos prefeitos e prefeitas de todo o país que vinham a Brasília solicitar maior espaço para cooperação com o Governo Federal, em 2003, durante a Marcha dos Prefeitos, foi criado um espaço permanente para ouvir críticas e sugestões: o Comitê de Articulação Federativa (CAF), formado pelas três entidades municipalistas nacionais – Associação Brasileira de Municípios (ABM), Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e Frente Nacional de Prefeitos (FNP) – e por 19 ministérios. Por meio do CAF, são discutidos todos os pontos de interesse dos municípios e do fortalecimento da federação que compõem a agenda nacional de desenvolvimento. Ao longo dos últimos anos, este canal foi essencial para ampliar os efeitos positivos das iniciativas federais na vida dos municípios. A partir do diálogo constante, foram construídas medidas como a ampliação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a transferência direta dos recursos do salário-educação, a delegação da cobrança e fi scalização do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) aos municípios, a regulamentação dos consórcios públicos, o novo marco regulatório do saneamento, a nova lei do Imposto sobre Serviços (ISS) e a partilha da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). Os governos federal e municipais, em parceria e em constante diálogo, inverteram a tendência de centralização de recursos públicos na União em detrimento dos municípios. Além de, em conjunto, terem elaborado a Agenda Nacional de Apoio à Gestão dos Municípios que propiciou a recepção dos novos gestores e gestoras eleitas, com a realização do Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, em fevereiro de 2009, e diversas ações de qualifi cação da gestão, como o Programa de Modernização da Gestão das Administrações Municipais (PMAT), Programa Nacional de Apoio à Modernização Administrativa e Fiscal (PNAFM) e o Portal de Software Público. Este relacionamento é o reconhecimento de que cada município é propulsor do desenvolvimento e que a consolidação do Estado passa pela capacidade das três esferas de governo poderem executar bem aquilo que é seu dever junto à população. O objetivo desta publicação é informar sobre as diversas medidas que estão sendo adotadas para tornar os municípios fortes para superação da crise econômica global e orientar os gestores municipais sobre os mecanismos de acesso a estes programas. O Portal Federativo (www.portalfederativo.gov.br) e os demais canais de diálogo com os municípios – veja a relação completa nas páginas 38 e 39 – estão abertos a sugestões e críticas e proporcionam esclarecimentos sobre a ação do Governo Federal. A participação de todos é fundamental para o compromisso com a construção de um país mais justo, mais forte e mais democrático. APRESENTAÇÃO MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 2 09.07.09 01:34:35
  • 3. 4 28 16 30 10 24 8 18 MP 462 garante recomposição de perdas do FPM de 2009 em relação a 2008 Mudanças na legislação e crescimento na economia elevam capacidade de arrecadação dos municípios Evolução do ISS Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional Gestores municipais são estimulados a melhorar sua administração Rede de proteção social mantém pobreza nas regiões metropolitanas em queda Territórios da Cidadania prevê atender 1.852 municípios em 2009 Pacto busca redução de desigualdades sociais na Amazônia Legal e no Nordeste Minha Casa, Minha Vida tem meta de construir 1 milhão de casas e reduzir o défi cit habitacional Até 240 meses de prazo para pagar dívidas das prefeituras com o INSS Saneamento e habitação somam R$ 119,6 bilhões de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento 12 MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 3 09.07.09 01:34:58
  • 4. FPM DE 2009 SERÁ PELO MENOS IGUAL AO DE 2008 O cenário de queda na arrecadação de impostos por conta da crise econômica internacional levou o Governo Federal a adotar uma série de medidas para auxiliar os municípios a manterem suas condições de custeio e investimento. Em abril de 2009, foi editada a Medida Provisória (MP) 462, que garante que ao longo deste ano nenhuma prefeitura terá perdas no recolhimento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em relação a 2008. Pela MP, sempre que um município apurar perda de receita no FPM em comparação ao acumulado até o mesmo mês do ano anterior, a União reporá a diferença. Até o fi m do primeiro semestre de 2009, já haviam sido pagas as duas primeiras parcelas, que repuseram as perdas acumuladas entre janeiro e maio, no valor total de R$ 952,8 milhões. A medida alcança todos os municípios brasileiros, sem distinção de porte, região ou perfil econômico. O benefício, contudo, só chega para aqueles que, de fato, tiveram perdas na arrecadação. Os critérios de partilha do FPM, que priorizam municípios mais pobres e mais dependentes, possibilitam que mesmo com a arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em queda – componentes do bolo de receitas que é dividido entre União, estados e municípios – o repasse de algumas cidades aumente. A importância do FPM para os municípios PARTICIPAÇÃO DO FPM SOBRE A RECEITA TOTAL DO MUNICÍPIO FAIXA POPULACIONAL BRASIL NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL ATÉ 10 MIL HABITANTES 48% 43% 55% 44% 47% 46% DE 10 MIL A 20 MIL 28% 35% 46% 29% 32% 34% DE 20 MIL A 50 MIL 29% 30% 38% 25% 24% 25% DE 50 MIL A 100 MIL 20% 19% 30% 18% 15% 20% DE 100 MIL A 200 MIL 16% 27% 27% 17% 12% 14% DE 200 MIL A 500 MIL 11% 36% 20% 13% 8% 9% ACIMA DE 500 MIL 5% 13% 17% 8% 2% 4% BRASIL 19% 27% 33% 22% 11% 21% Fonte: Frente Nacional de Prefeitos, com base em dados de 2007 4 Evolução do FPM de 2003 até 2008 *Em R$ milhões – Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional – Sem os descontos do Fundeb MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 4 09.07.09 01:35:10
  • 5. O cálculo do auxílio financeiro será feito pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) com base na comparação entre os repasses de 2008 e 2009, confrontando sempre o acumulado até o mesmo mês. A escolha de 2008 como ano de referência nivela a receita do FPM com o melhor desempenho da transferência dos fundos desde a sua criação. No ano passado, os recursos oriundos do fundo somaram R$ 51,3 bilhões, 26,3% a mais que os R$ 40,6 bilhões registrados em 2007 e 126% superiores que o volume de 2003, que ficou em R$ 22,7 bilhões. O pagamento do recurso adicional é feito em uma conta específi ca, aberta no Banco do Brasil. Para ter mais detalhes sobre a transferência, as prefeituras devem buscar a agência do BB com a qual têm relacionamento. Mantida pelo menos a receita do ano passado, criam-se condições para que os municípios executem seus orçamentos com maior tranquilidade. Conforme determina a legislação brasileira, a elaboração das previsões de gastos para um ano é feita com base nas projeções das receitas. Durante o primeiro semestre do ano passado, o bom desempenho da economia brasileira, que vinha de uma série de sete anos de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), indicava a manutenção do ciclo de altas na arrecadação de impostos, abrindo espaço para a ampliação do investimento público. O agravamento da crise econômica internacional no fim de 2008 provocou mudanças neste cenário: apesar de ser reconhecidamente um dos países com melhores condições para enfrentar a desaceleração da economia internacional, o Brasil teve de rever suas projeções de expansão do PIB, repercutindo na arrecadação. A manutenção do repasse ameniza o efeito desta retração sobre as contas dos municípios. 5 Reposição do FPM auxilia prefeituras a manterem investimentos essenciais, como em educação MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 5 09.07.09 01:35:18
  • 6. 01 RECURSO ESTÁ LIVRE DE VINCULAÇÕES As prefeituras brasileiras já receberam as duas primeiras parcelas do auxílio financeiro que recompõe as perdas de receita decorrentes da queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Até junho de 2009, já haviam sido liberados R$ 952,8 milhões, referentes aos meses de janeiro a maio. A entrada do recurso adicional melhora o caixa dos municípios, mas ainda deixa dúvidas quanto à sua natureza contábil e orçamentária. Para esclarecer os gestores municipais quanto à natureza do repasse, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) divulgou uma nota técnica de orientação sobre o tema, disponível para consulta no Portal Federativo (www. portalfederativo.gov.br). Na nota, a STN enfatiza que a reposição é um auxílio financeiro voluntário, logo, se diferencia do FPM, que é uma transferência obrigatória definida na Constituição Federal. A natureza do recurso implica mudanças em seu tratamento contábil. Como não é FPM, o repasse adicional está livre das vinculações típicas do Fundo. O auxílio também está isento da retenção de 20% para a composição do Fundo Nacional de Desenvolvi- mento da Educação Básica (Fundeb). A transferência de recursos para o FPM é regular e está prevista na Constituição; o apoio financeiro é eventual e temporário e foi autorizado e regulamentado por Medida Provisória. Na nota, a STN explica que a MP não modificou os critérios de partilha do bolo do Fundo (veja quadro ao lado). Os administradores municipais devem ficar atentos à necessidade de que o recurso seja contabilizado no Relatório Resumido da Execução Orçamentária, divulgado bimestralmente por todos os estados e municípios. Por seu perfil, a receita deverá ser contabilizada como transferência de recursos da União aos municípios, sob o código de 1721.99.00 – Outras Transferências da União. 6 Entenda como funciona o Fundo de Participação dos Municípios 1. Composição: Como determina a Constituição Federal, a União arrecada o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), mas está obrigada a repassar 23,5% da receita gerada aos municípios. Esses recursos compõem o FPM. Desde 2007, a União transfere 1% do IPI e do IR arrecadados, em única parcela anual, paga no começo de dezembro às prefeituras. 2. Partilha: As regras de divisão dos recursos do FPM estão previstas no Código Tributário Nacional (CTN). O valor arrecadado é distribuído entre as capitais (10%) e os demais municípios (90%). Entre as capitais, o rateio é feito com base na população de cada cidade em relação ao conjunto deste grupo e na renda per capita de seu estado – quanto mais pobre o estado, maior a captação junto ao Fundo. Dos 90% atribuídos aos demais municípios, 4% compõem a reserva do FPM. Os 86% restantes são distribuídos a cada município de acordo com o tamanho de sua população. MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 6 09.07.09 01:35:21
  • 7. GANHO DE 1% ELEVOU FPM DE 2008 EM R$ 2,1 BI A elevação em um ponto percentual na parcela da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) destinada aos municípios, de 22,5% para 23,5%, introduzida pela Emenda Constitucional 55, de 2007, também serve de auxílio para que os municípios enfrentem a crise econômica. Apesar de compreender o recolhimento dos dois tributos do ano inteiro, o recurso é repassado em uma única parcela. O valor é calculado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e repassado ao Banco do Brasil, que, com base nos coeficientes fixados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), credita na conta de todos os municípios. Em 2007, primeiro ano de vigência da medida, foram depositados R$ 436 milhões nas contas dos municípios, referentes ao período entre setembro e novembro. Já em 2008, quando o volume de repasses foi recorde – R$ 51,3 bilhões –, foi levado em conta integralmente, somando R$ 2,167 bilhões. DESONERAÇÕES MANTÊM ECONOMIA EM EXPANSÃO Para manter a economia brasileira em funcionamento e assim amortecer os efeitos da crise econômica internacional, o Governo Federal lançou mão de desonerações fiscais para incentivar o consumo e sustentar a demanda de setores estratégicos. No Brasil, o segmento de veículos foi beneficiado pela desoneração temporária da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o que garantiu vendas recordes. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o setor teve o melhor junho da história, ao comercializar 300.174 unidades. Os licenciamentos, que servem como indicador de vendas, cresceram 16,8% em junho com relação a maio (256.978 veículos) e 17,6% ante o mesmo período do ano passado (256.005). No primeiro semestre, as vendas acumulam 1,45 milhão de unidades, alta de 2,8% frente ao 1,41 milhão do mesmo período do ano passado. Outro setor beneficiado pela redução do imposto foi o da construção civil, numa medida articulada com o lançamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), as vendas dos itens contemplados com a redução de alíquota do IPI tiveram alta de 10% após o início da vigência da medida. O conjunto de medidas colaborou decisivamente para que o mercado de trabalho não fosse atingido pela crise com a mesma intensidade com que ocorre em outros países. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no período de fevereiro a junho deste ano, já foram criados 281,8 mil novos empregos. Ao conceder as desonerações, o Governo Federal fez mudanças em um dos impostos que compõem o FPM, o que no curto prazo reduziu o valor dos repasses. O desnível foi corrigido pela MP 462, que recompôs as perdas. 7 Governo Federal reduziu impostos para manter a economia girando e preservar a renda e o emprego da população MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 7 09.07.09 01:35:22
  • 8. $ $ $ $$ $$ $$$$$ $$ $ $ DÉBITOS DE MUNICÍPIOS COM O INSS PODERÃO SER PARCELADOS Prefeituras com dívidas junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) poderão aderir a um novo modelo de refinanciamento, com prazos de até 240 meses. O benefício foi concedido pela Medida Provisória (MP) 457, convertida na Lei 11.960/09. O refinanciamento alcança dívidas vencidas até 31 de janeiro de 2009 e permite que os débitos sejam parcelados em qualquer fase de execução. O prazo para adesão vai até 31 de agosto, quando os municípios poderão optar pelo parcelamento sem a necessidade de abrir mão de ações judiciais em que discutem seus débitos. Além do prazo de 20 anos para a regularização dos débitos, a MP concede redução de 50% sobre os juros acumulados até a data de negociação e isenção sobre a multa de mora. Na hora de levantar o montante das dívidas, a União desconsiderará aquelas já prescritas, seguindo resolução do Supremo Tribunal Federal (STF) na súmula 8. Ao aderir ao programa de refinanciamento fiscal, os municípios se tornam aptos a receber quaisquer transferências voluntárias da União. Em até dois dias após o parcelamento ser solicitado, será emitida uma certidão que autoriza a retomada dos convênios com o Governo Federal. Municípios com até 50 mil habitantes terão ainda carência de seis meses, a contar do pedido de negociação, para pagar a primeira parcela. Já as cidades com mais de 50 mil habitantes poderão postergar o primeiro pagamento em até três meses. Como pedir o parcelamento das dívidas com o INSS O pedido do parcelamento A prefeitura deve procurar a unidade da Secretaria da Receita Federal com quem mantém relacionamento e formalizar a opção. O prazo vai até o último dia útil do segundo mês após a publicação da lei. O início do pagamento Para cidades com até 50 mil habitantes, a carência para pagamento da primeira parcela é de seis meses. Para as maiores, o prazo é de três meses. Acompensaçãoprevidenciária A Receita Federal fará o levantamento dos débitos e dos créditos de cada município. Com as informações em mãos, a Receita realizará a correção previdenciária. 8 MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 8 09.07.09 01:35:59
  • 9. 9 PROJETO DA LDO REDUZ CONTRAPARTIDAS DE ESTADOS E MUNICÍPIOS O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que já tramita no Congresso Nacional, autoriza a redução de contrapartidas a serem pagas por estados e municípios para a realização de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para ações do Plano Amazônia Sustentável (PAS) e dos Territórios da Cidadania, além de convênios que atuem nas áreas de assistência social, segurança alimentar, educação, segurança pública, entre outros. Pela proposta do Governo Federal, as faixas de contribuição dos recursos dos governos estaduais e municipais poderão ser reduzidas a até 0,1% do valor total do projeto. O benefício, que será concedido em função da situação financeira dos parceiros, melhora as contas de prefeitos e governadores, facilitando a execução de obras e programas realizados por meio de convênios com a União. Redução de contrapartidas facilitará que estados e municípios executem obras em parceria com a União 1) Diminui as contrapartidas exigidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal no caso de obras do PAC, PAS, Territórios da Cidadania, Consórcios Públicos, entre outros. 2) Prevê a notificação prévia (prazo de 45 dias) como condicionante à inscrição definitiva de pendência nos sistemas próprios, cadastros ou bancos de dados de controle utilizados para essa finalidade. 3) Além disso, permite a contrapartida não financeira (em bens ou serviços) ou mesmo a não exigência de contrapartida, em caso de destinação de recursos para realização de ações de competência exclusiva da União. PROJETO DA LDO PARA 2010 MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 9 09.07.09 01:36:12
  • 10. CAPACIDADE DE ARRECADAÇÃO PRÓPRIA É AMPLIADA As mudanças legislativas pactuadas com os municípios, como a nova lei do Imposto sobre Serviços (ISS), e o ciclo de expansão sustentável no Produto Interno Bruto (PIB) permitiram que os municípios brasileiros ampliassem sua capacidade de arrecadação própria. Para a população, a expansão nas receitas municipais se traduz em melhores condições para investimento e prestação de serviços. O recolhimento do ISS, de competência municipal, conforme prevê a Constituição Federal, mais que dobrou neste período, passando de R$ 9,6 bilhões para R$ 22 bilhões. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a partir de 2004, há uma reversão da tendência de concentração da arrecadação nas mãos da União, o que implica ampliação da fatia do recolhimento dos tributos que cabe aos municípios. Na última reunião do Comitê de Articulação Federativa (CAF) – fórum consultivo do governo com as entidades municipalistas –, realizada em maio deste ano, a entidade apontou que as prefeituras detêm 19% de toda a receita pública captada no Brasil. De acordo com a entidade, os municípios arrecadam com seus tributos próprios 5% da arrecadação pública dísponível. Com as transferências feitas pela União e pelos estados, esta parcela vai a 19% – apesar de captarem 68% dos tributos, os cofres federais só retêm de fato 54% destes. Mesmo sendo de competência da União, o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) também tem contribuído para ampliar as receitas no caixa das prefeituras de todo o país. Isso porque as prefeituras podem, ao assumir a cobrança do tributo, reter a totalidade da receita gerada pela sua cobrança. A delegação da cobrança é opcional a todos os municípios e depende apenas da assinatura de um convênio com a Secretaria da Receita Federal. Até junho deste ano, 1.125 prefeituras já haviam feito acordo com o fi sco federal para gerenciar e recolher o imposto. Além de abrir mão da arrecadação gerada, a Receita Federal disponibilizará, no decorrer do segundo semestre deste ano, os sistemas informatizados para administração e controle do ITR aos municípios conveniados. Em agosto, terá início ainda o Programa de Treinamento do ITR/2009, oferecido pela Receita para capacitar os municípios na fi scalização e na cobrança do ITR. As medidas visam auxiliar as secretarias de fi nanças municipais a ampliar a arrecadação, aperfeiçoar o gerenciamento e combater a evasão fi scal. 10 * Reprodução de apresentação da CNM em reunião do CAF – 26/05/2009 Evolução da arrecadação do ISS – 2003 / 2008 Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 10 09.07.09 01:36:24
  • 11. MAIS RECURSOS CHEGAM AOS MUNICÍPIOS A União compartilhou com os municípios a repercussão favorável do crescimento da economia brasileira sobre a arrecadação ao longo dos últimos sete anos. De 2003 a 2008, as transferências constitucionais saltaram 133%, passando de R$ 25 bilhões para R$ 58,4 bilhões. As transferências voluntárias, feitas por meio de convênios para execução de obras e outros investimentos, também tiveram crescimento acelerado. No período, o valor cresceu 118%, ao passar de R$ 2,6 bilhões para R$ 5,6 bilhões. O incremento nos repasses diretos dá mais autonomia para a execução de políticas públicas nos municípios. Para a área de saúde, por exemplo, a destinação de recursos às cidades brasileiras passou de R$ 10,3 bilhões em 2003 para R$ 18,6 bilhões em 2007 – alta de 80,5%. A participação da União na composição do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) também cresceu no período, partindo de R$ 4,3 bilhões em 2003 para R$ 13,6 bilhões em 2008, apurando alta de 216%. Voltado para o financiamento de programas, projetos e ações de melhoria da educação básica pública, o salário-educação acumula alta de 88% em suas transferências da União para os municípios. Em 2004, foram pagos R$ 1,4 bilhão; em 2008, o valor chegou a R$ 2,6 bilhões. O recurso é distribuído entre estados e municípios, de forma proporcional ao número de alunos matriculados na educação básica das respectivas redes de ensino de acordo com o censo escolar apurado no exercício anterior ao da distribuição. 11 Evoluçãodastransferênciasaosmunicípios Saúde Salário-Educação Fundeb TransferênciasConstitucionais Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 11 09.07.09 01:37:08
  • 12. 12 PAC DESTINA INVESTIMENTOS DE R$ 119,6 BI A SANEAMENTO E HABITAÇÃO O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já destinou, desde 2007, R$ 119,6 bilhões a ações de saneamento e habitação. O montante inclui recursos do Orçamento Geral da União, empréstimos a estados e municípios e financiamentos com recursos da poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Foram selecionados R$ 28,4 bilhões para ações de saneamento básico, dos quais já foram contratados R$ 24,8 bilhões, com governos estaduais e municipais. Para capitais, regiões metropolitanas e municípios com mais de 150 mil habitantes, já foram selecionados 1.333 projetos, distribuídos entre 505 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal, que somam investimentos de R$ 20,8 bilhões. Em 22 estados, 207 cidades de médio porte – com população entre 50 mil e 150 mil habitantes – contam com 281 ações, envolvendo recursos de R$ 1,9 bilhão. Companhias estaduais e operadoras privadas de saneamento irão executar R$ 2,2 bilhões em operações de mercado. As cidades menores também estão contempladas nas ações custeadas pelo PAC. Foram selecionados R$ 3,5 bilhões para os municípios com menos de 50 mil habitantes. São recursos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) direcionados para ações de abastecimento de água, esgoto e áreas onde há incidência de doenças como malária e doença de Chagas. Para habitação, são R$ 91,1 bilhões em investimentos, dos quais R$ 90,3 bilhões já foram contratados, R$ 13,5 bilhões para governos estaduais e municipais. Regiões metropolitanas e cidades com mais de 150 mil habitantes têm 306 projetos, que somam R$ 11,3 bilhões de investimentos do Orçamento e R$ 3,3 bilhões em financiamentos. Ações de saneamento básico contaram com seleção de R$ 28,4 bilhões MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 12 09.07.09 01:37:14
  • 13. Evolução das Contratações RM, Capitais e Municípios com mais de 150 mil habitantes Municípios de até 50 mil habitantes Municípios entre 50 e 150 mil habitantes Financiamento Setor Privado 18 18,9 19.1 2.3 2,5 2,5 1,0 1,2 1,4 1,3 1,7 1,8 R$ bilhões set/08 dez/08 abr/09 Evolução das Contratações Urbanização de Favelas – OGU Financiamento Caixa e BNDES FNHIS – OGU Financiamento Pessoa Física Financiamento SBPE 2,4 2,7 3,4 7,8 7,9 7,9 2.2 2,2 2,2 15,3 19,6 23,5 38,2 47,447,447 53,3 R$ bilhões set/08 dez/08 abr/09 13 CONFIRA O ANDAMENTO DAS OBRAS SANEAMENTO Totaldosinvestimentosselecionados–R$28,4bilhões Totaldosinvestimentoscontratados–R$24,8bilhões Contratado - R$ bilhões PAC HABITAÇÃO Governo Federal Contrapartida TOTAL RM, Capitais e Municípios com mais de 150 mil habitantes 15,2 3,9 19,1 Municípios entre 50 e 150 mil hab. 1,2 0,2 1,4 Municípios até 50 mil habitantes - OGU 2,4 0,1 2,5 Financiamento Setor Privado 1,4 0,4 1,8 TOTAL 20,2 4,6 24,8 HABITAÇÃO Totaldosinvestimentosselecionados–R$91,1bilhões Totaldosinvestimentoscontratados–R$90,3bilhões PAC HABITAÇÃO Governo Federal Contrapartida TOTAL Urbanização de Favelas - OGU 5.479,4 2.422,1 7.901,5 Financiamento - Caixa e BNDES 2.836,4 519,4 3.355,8 FNHIS - OGU 1.847,5 398,4 2.245,9 Financiamento Habitacional - Pessoa Física 23.506,0 0,0 23.506,0 Financiamento Habitacional - SBPE 53.259,2 0,0 53.259,2 TOTAL 86.928,5 3.339,9 90.268,4 Fonte: 7º Balanço do PAC MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 13 09.07.09 01:37:40
  • 14. 01 14 DRENAGEM TERÁ R$ 4,7 BILHÕES EM INVESTIMENTOS Obras de drenagem em cidades que são vítimas de enchentes e inundações durante o período chuvoso deverão contar com investimentos de R$ 4,7 bilhões até o fi m do ano que vem. Os recursos fazem parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) Drenagem, lançado em maio deste ano. O programa atenderá a 109 municípios, distribuídos entre 18 estados. Para que o projeto seja efetivado, o Governo Federal conta com a participação dos gestores municipais e estaduais, responsáveis pela elaboração dos projetos. As obras são uma resposta aos problemas climáticos enfrentados pelos estados e municípios brasileiros. Cinco estados nordestinos atingidos pelas enchentes tiveram projetos selecionados. No total, a região receberá investimentos de R$ 827,5 milhões, divididos entre Ceará (R$ 355,5 milhões), Pernambuco (R$ 156,4 milhões), Bahia (R$ 152,5 milhões), Maranhão (R$ 88 milhões) e Piauí (R$ 75 milhões). Santa Catarina, que também sofreu sérias inundações no fi m do ano passado, receberá investimentos de R$ 525,5 milhões, que custearão obras nos municípios de Blumenau, Itajaí, Balneário Camboriú, Joinville, Brusque, Biguaçu e Ilhota, entre outros. Os recursos irão possibilitar obras de drenagem urbana e manejo de águas das chuvas, custeando construção de redes e galerias de águas pluviais, dragagem e canalização de cursos de água, implantação de parques lineares e construção de reservatórios de amortecimento de cheias, também conhecidos como “piscinões”, entre outras iniciativas. A seleção priorizou empreendimentos em estágio avançado de planejamento para possibilitar o rápido início das intervenções. Além disso, valorizou os de grande impacto para a população local e em consonância com as diretrizes do Programa de Drenagem Urbana Sustentável, dos ministérios das Cidades e da Integração Nacional. Está prevista para agosto a divulgação de mais uma seleção do PAC Saneamento, que destinará mais R$ 3 bilhões para projetos voltados às modalidades de água e esgoto. A seleção vai priorizar municípios com mais de 50 mil habitantes e aqueles que já têm empreendimentos do PAC selecionados e precisam de recursos complementares para sua execução. Recursos do FGTS e do FAT irão fi nanciar esses projetos. Obras são resposta a problemas climáticos como as enchentes MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 14 09.07.09 01:37:44
  • 15. 15 Até o fim do programa, estão previstos investimentos de R$ 19,7 bilhões LUZ PARA TODOS LEVA ENERGIA A DEZ MILHÕES DE BRASILEIROS O programa Luz para Todos, que leva energia elétrica a comunidades que não dispunham do serviço em todo o país, chega a seu quinto ano de execução com benefícios diretos a dois milhões de lares brasileiros. Desde 2004, quando começou a ser executado, o Luz para Todos já levou o serviço a cerca de dez milhões de brasileiros, que agora podem realizar atividades antes inacessíveis, como assistir à tevê, refrigerar alimentos e usar o ferro elétrico. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), responsável pela gestão e execução do projeto, 1,57 milhão de aparelhos de tevê e 1,46 milhão de geladeiras foram comprados pelos benefi ciários. Além disso, quase a metade dos atendidos deixou de gastar com outras fontes de energia, mais poluentes, como diesel, gasolina, querosene, gás ou pilhas. O ministério contabiliza ainda que quase 96 mil famílias que haviam abandonado suas terras em direção às cidades voltaram aos seus locais de origem após a realização da melhoria. Pesquisa realizada pelo MME, de fevereiro a abril de 2009, nas comunidades atendidas pelo programa aponta que 89,3% dos benefi ciários sentiram melhorias em sua qualidade de vida e que 86,2% têm melhores condições de moradia. A energia possibilita ainda incremento na renda familiar, que cresceu em 38,8% dos lares atendidos, e na capacidade de trabalho, ampliada em 35,3%. Esse incremento na renda e capacidade de trabalho das famílias atendidas pelo Luz para Todos refl ete o efeito da chegada de energia no desenvolvimento da economia local. As comunidades têm agora a possibilidade de conservar refrigerado o pescado e o leite. As mulheres têm formado cooperativas e adquirido equipamentos, como máquinas de costura, de moer grãos e de descascar alimentos, entre outros, agregando valor à produção e criando novas perspectivas de aumento da qualidade de vida para milhões de brasileiros. Até o fi m do programa estão previstos investimentos de R$ 19,7 bilhões, dos quais R$ 14,3 bilhões serão repassados pelo Governo Federal. Os recursos são provenientes da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e da Reserva Global de Reversão (RGR), repassados por meio de subvenção (fundo perdido) e fi nanciamento, respectivamente. MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 15 09.07.09 01:37:51
  • 16. 16 MINHA CASA, MINHA VIDA: CRÉDITO, EMPREGO E BENEFÍCIO PARA OS BRASILEIROS Com a meta de construir um milhão de moradias para famílias com renda mensal de até dez salários mínimos, o programa Minha Casa, Minha Vida contemplará projetos de todas as cidades brasileiras, independentemente do tamanho de sua população. O plano envolverá investimentos globais de R$ 60 bilhões, com o objetivo de reduzir o défi cit habitacional do país em 14%. O programa funciona da seguinte forma: a União aloca recursos próprios, de seu Orçamento e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Construtoras e incorporadoras são as responsáveis pela elaboração dos projetos dos empreendimentos, que devem ser apresentados às superintendências regionais da Caixa Econômica Federal. Com o aval da Caixa, a construtora poderá acessar o fi nanciamento para a produção habitacional. Durante a execução das obras, os recursos são liberados conforme cronograma fi rmado na contratação do fi nanciamento e monitorado por meio de vistorias feitas pela Caixa. Com atuação sobre todas as cidades brasileiras, inclusive as com menos de 50 mil habitantes, que terão reserva de R$ 1 bilhão para executar os projetos, o Minha Casa, Minha Vida prevê cooperação com governos estaduais e municipais. Ao aderirem ao programa, eles poderão contribuir com doação de terrenos, oferecimento de infraestrutura, desonerações fi scais e redução do tempo de concessão de alvarás, autorizações e licenças. Os municípios serão responsáveis por montar o cadastro de benefi ciários para o programa. A distribuição das moradias do Minha Casa, Minha Vida será feita de acordo com o défi cit habitacional, que, conforme a última PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), se concentra na população com renda mensal de até três salários mínimos (90,9%). A quantidade de unidades habitacionais por unidades da Federação (veja quadro ao lado) poderá ser alterada em função da contribuição de estados e municípios. UF TOTAL GERAL % RO 8.495 0,8 AC 3.939 0,4 AM 22.238 2,2 RR 2.793 0,3 PA 50.667 5,1 AP 4.589 0,5 TO 10.297 1,0 NORTE 103.018 1 0,3 MA 72.756 7,3 PI 21.837 2,2 CE 51.644 5,2 RN 19.224 1,9 PB 21.306 2,1 PE 44.706 4,5 AL 19.679 2,0 SE 11.301 1,1 BA 80.744 8,1 NORDESTE 343.197 34,3 MG 88.485 8,8 ES 16.846 1,7 RJ 74.657 7,5 SP 183.995 18,4 SUDESTE 363.984 36,4 PR 44.172 4,4 SC 24.049 2,4 RS 51.795 5,2 SUL 120.016 12,0 MS 12.244 1,2 MT 13.390 1,3 GO 27.613 2,8 DF 16.538 1,7 CENTRO-OESTE 69.786 7,0 TOTAL BRASIL 1.000.000 100,0 DistribuiçãoporUnidadedaFederação Fonte:CasaCivil/PR MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 16 09.07.09 01:37:54
  • 17. Nos estados e municípios que já possuem programas habitacionais, os benefícios à população poderão ser cumulativos, com a possibilidade ainda de que os recursos da União subvencionem a atuação estadual e municipal. Uma das medidas para incentivar a participação das construtoras na execução dos projetos de moradias populares é a redução dos impostos cobrados sobre a operação. A lei que instituiu o programa autoriza o pagamento unifi cado do Imposto de Renda, do PIS/Pasep, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e a Contribuição para o Financiamento de Seguridade Social (Cofi ns). A alíquota para a cesta de tributos foi reduzida de 7% para 1% sobre a receita obtida com o contrato de construção e o prazo de pagamento passou do 10º para o 20º dia útil do mês subsequente. O CAMINHO PARA A CASA PRÓPRIA 17 FAIXA DE RENDA Até 3 salários mínimos > 3 a 6 salários mínimos > 6 a 10 salários mínimos QUANTIDADE DE IMÓVEIS 400 mil unidades 400 mil unidades 200 mil unidades PREÇO DO IMÓVEL De R$ 37 a R$ 52 mil em função do estado e do tipo de imóvel (casa ou apartamento) Até R$ 130 mil para as regiões metropolitanas de SP, RJ e DF; até R$ 100 mil para municípios com mais de 500 mil habitantes; até R$ 80 mil para os demais municípios SUBSÍDIO PARA COMPLEMENTAR A CAPACIDADE DE PAGAMENTO DA FAMÍLIA De R$ 10 mil a R$ 23 mil > 3 SM a 4 SM = R$ 9 mil a R$ 16 mil > 4 SM a 6 SM = R$ 1 mil a R$ 16 mil R$ 0,00 VALOR DO ENCARGO MENSAL Entre R$ 50 e 10% da renda familiar Até 30% da renda familiar CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO I) Prazo de até 20 anos = quota de até 100%; II) Prazo > 20 anos e até 25 anos = quota de até 90%; III) Prazo > 25 anos e até 30 anos = quota de até 80% TAXA DE JUROS Até cinco salários mínimos: I) Quotista do FGTS = 4,5% a.a. + TR; II) Não quotista do FGTS = 5,0% a.a. + TR > Cinco salários mínimos até seis salários mínimos: I) Quotista do FGTS = 5,5% a.a. + TR; II) Não quotista do FGTS = 6,0% a.a. + TR I) Quotista do FGTS = 7,66% a.a. + TR; II) Não quotista do FGTS = 8,16% a.a. + TR CUSTO DE REGISTRO DO CONTRATO NO CARTÓRIO Isento Desconto de 90% Desconto de 80% PRESTAÇÕES ASSEGURADAS PELO FUNDO GARANTIDOR 36 prestações > 3 SM a 8 SM = 24 prestações > 8 SM a 10 SM = 12 prestações % DO SEGURO EM RELAÇÃO AO VALOR DA PRESTAÇÃO Variável de acordo com a faixa etária do mutuário: Até 25 anos = 1,50% > 25 anos até 30 anos = 1,54% – > 30 anos até 35 anos = 1,64% > 35 anos até 40 anos = 1,82% – > 40 anos até 45 anos = 2,59% > 45 anos até 50 anos = 3,02% – > 50 anos = 6,64% MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 17 09.07.09 01:37:55
  • 18. 18 TERRITÓRIOS DA CIDADANIA PREVÊ ATENDER 1.852 MUNICÍPIOS O programa Territórios da Cidadania, formado para dar apoio ao desenvolvimento e diminuir a pobreza no meio rural, completou, em março de 2009, um ano de existência com praticamente todas as metas superadas. Este ano, o programa tem como meta duplicar o número de municípios atendidos e o orçamento. A atuação dos administradores municipais e líderes comunitários é essencial para defi nir as ações conjuntas que melhoram a vida das comunidades integradas nesses territórios. A intenção do Governo Federal é distribuir melhor os recursos para atender essas populações, atrair investimentos e diminuir as desigualdades regionais, combatendo o êxodo rural. O Territórios da Cidadania prevê investimentos de R$ 23,5 bilhões para a realização de ações nos 120 territórios em 2009. Em 2008, foram destinados R$ 9,3 bilhões para 60 territórios. Este ano, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o programa chegará a 1.852 municípios, quase o dobro do ano anterior (963 municípios) e o equivalente a 33% dos municípios brasileiros. O total de habitantes atendidos alcançará este ano 13 milhões, também o dobro de 2008. Serão desenvolvidas 181 ações em 2009: 62 serão de apoio às atividades produtivas, com investimentos de R$ 5,5 bilhões; 82 iniciativas serão voltadas à cidadania e acesso a direitos, R$ 13,8 bilhões, e 37 tratarão de qualifi cação e infraestrutura, R$ 4,1 bilhões. E como foram mapeados os territórios da cidadania? São conjuntos de municípios organizados a partir de características sociais, econômicas, ambientais e culturais que formam uma identidade. Os principais critérios de Agricultura familiar é um dos principais focos do programa MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 18 09.07.09 01:38:03
  • 19. 19 mapeamento incluem índices de pobreza. São municípios pequenos, com baixa atividade econômica e baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Têm alta concentração de agricultores, benefi ciários do programa Bolsa Família, trabalhadores rurais, populações quilombolas e indígenas. O Territórios da Cidadania tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico, dotar as comunidades rurais de infraestrutura, de acesso a serviços e universalizar programas básicos de cidadania por meio de políticas públicas integradas. Os territórios são desenvolvidos em conjunto com as três esferas de governo (União, estados e municípios). Os estados assinam um plano de cooperação federativa com o Governo Federal e são instalados comitês estaduais. Juntos em um Colegiado Territorial, seus representantes defi nem um plano de desenvolvimento local e uma agenda de ações. Os líderes municipais e da sociedade podem participar do colegiado, levando as principais demandas e preocupações da comunidade para discutir atividades com representantes dos governos federal e estaduais. Os debates são feitos em sedes de cooperativas, sindicatos e ginásios. Depois, são elaborados os planos de ação para cada território. Os municípios incluídos no Territórios da Cidadania recebem recursos e apoio do Governo Federal para projetos diversos: ampliação da infraestrutura de água e saneamento, fortalecimento da produção artesanal, criação de animais, incentivo à sustentabilidade agrícola, investimento em escolas rurais, ampliação da cobertura de projetos de saúde, como vacinação e saúde bucal, e muitos outros exemplos. A agricultura familiar é um dos principais focos do programa. Serão intensifi cadas as medidas previstas no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) dentro dos territórios. Para o Plano Safra 2008/2009, foram disponibilizados R$ 13 bilhões, inserindo 2 milhões de famílias rurais no Pronaf. O Plano Safra 2009/2010 será ampliado para R$ 15 bilhões, o que proporcionará melhores condições de acesso ao crédito por parte de agricultores familiares. Um exemplo recente da ação integrada de produção é a cadeia do mel de Minas Gerais. Depois de um investimento de R$ 1 milhão, foi inaugurado em maio um entreposto para comercialização de mel e cera de abelha em Turmalina (MG). A produção envolve 500 famílias e benefi cia produtores de 20 municípios dos Territórios da Cidadania de Alto Jequitinhonha e Médio Jequitinhonha. No fi nal de junho, foi lançado o Territórios da Cidadania Indígena para Raposa Serra do Sol e São Marcos, em Roraima (RR). O programa visa trabalhar o desenvolvimento sustentável por meio, principalmente, da agricultura, levando em conta as características da comunidade indígena. O projeto alcançará uma área de 23 mil quilômetros quadrados, abrangendo os municípios de Normandia, Pacaraima e Uiramutã. Em 2009, o programa prevê investimentos de R$ 23,5 bilhões para a realização de ações em 120 territórios MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 19 09.07.09 01:38:04
  • 20. 20 SIMPLES NACIONAL ESTIMULA FORMALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Em vigor desde 2007, o regime de tributação simplificada para micro e pequenas empresas, Simples Nacional, possibilitou um ciclo de formalização de firmas deste porte. Segundo o Comitê Gestor do programa, que conta com a participação das entidades municipalistas, 3,2 milhões de empresas optaram pelo regime simplificado. Para os municípios brasileiros, a mudança na legislação representou a possibilidade de regularizar a situação de boa parte da força de trabalho de seu município, conhecer a pujança de seu setor produtivo e estimular seu desenvolvimento. A implantação de leis municipais para o setor permite que este seja priorizado nas compras governamentais, além de autorizar maior velocidade para a concessão de licenças, alvarás e permissões. Além de facilitar o desenvolvimento econômico, o Simples Nacional implica elevação na arrecadação de tributos. Entre agosto de 2007 e maio de 2009, foram transferidos R$ 2,9 bilhões de compensação às prefeituras pela unifi cação do recolhimento de impostos. Este valor ainda tem grande espaço para ampliação, dependendo apenas do número de micro e pequenas empresas formalizadas. A comunicação entre os entes federativos sobre as pequenas empresas, estimulada pelo Simples Nacional, possibilitou um melhor controle sobre as atividades dos contribuintes nas três esferas de governo, principalmente no âmbito municipal. Para a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), em muitos municípios do país o advento do Simples Nacional levou empresas que atuavam sem inscrição municipal a regularizar suas pendências cadastrais para usufruir os incentivos fi scais. No primeiro mês de vigência do novo modelo, julho de 2007, mais de 1,3 milhão de empresas migraram do Simples Federal para o Simples Nacional. Atualmente, já são mais de 3,2 milhões de empresas participantes do modelo. Somente em 2009 foram 277 mil adesões. Em julho de 2009, entra em vigência o Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (SIMEI) para o microempreendedor individual. O programa visa atender a um contingente de aproximadamente 10 milhões de pessoas que atuam na informalidade. A meta para os primeiros dezoito meses do programa (de julho/2009 a dezembro/2010) é de 1 milhão de adesões. Para a consecução desse objetivo, e com a participação efetiva do Comitê Gestor da Rede Nacional para Simplifi cação de Registro e Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), haverá uma signifi cativa redução da burocracia para a abertura de novas empresas visando acabar com a informalidade, desburocratizar, racionalizar processos, eliminar o retrabalho, aumentar a efetividade dos órgãos fi scais e sensibilizar e envolver todas as esferas de governo. Pequenas empresas são beneficiadas com redução de impostos MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 20 09.07.09 01:38:08
  • 21. 21 PRONAF ESTIMULA AGRICULTURA FAMILIAR E GERA RENDA NO CAMPO Presente em todos os municípios do país, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) promove o desenvolvimento sustentável e gera renda no campo. Executado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Pronaf apoia fi nanceiramente atividades produtivas desenvolvidas por agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas, pescadores artesanais, aquicultores, extrativistas, silvicultores, ribeirinhos e indígenas. As linhas de crédito do Pronaf, que contemplam custeio, investimento e comercialização, criam condições para a expansão da pequena produção por meio da melhoria de seus produtos e processos de produção individuais e coletivos. Este conjunto de políticas facilita o planejamento das atividades, permite o acesso a novas tecnologias e contribui para a geração de renda e melhoria da qualidade de vida no campo. Lançado em 2008, o programa Mais Alimentos é uma ação estruturante que busca aumentar a produção e a produtividade da agricultura familiar. Para isso, o programa destina recursos para investimento em infraestrutura da propriedade rural familiar, amplia a oferta de assistência técnica e extensão rural e aprimora a política geral de estoques e garantias de preços. Uma das ações estruturantes do Mais Alimentos, a linha de crédito Pronaf Mais Alimentos, fi nancia até R$ 100 mil por agricultor, que podem ser pagos em dez anos, com até três anos de carência e juros de 2% ao ano. A linha de crédito contempla ações como compra de tratores, máquinas e implementos agrícolas, correção de solos, irrigação, plasticultura, armazenagem, formação de pomares, formação de sistemas agrofl orestais e melhoria genética. A estruturação de núcleos municipais de assistência técnica é um fator decisivo para atrair recursos do Pronaf para as cidades. Pronaf alia financiamento e assistência técnica para aumentar a produtividade no campo MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 21 09.07.09 01:38:14
  • 22. 01 22 CRÉDITO DE R$ 13 BILHÕES PARA EMPRESAS QUE REALIZAM OBRAS PÚBLICAS Empresas envolvidas na execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) podem acessar uma linha de recursos específi ca criada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Programa Especial de Crédito (PEC), que fi nancia o setor, foi ampliado de R$ 6 bilhões para R$ 13 bilhões, dos quais até R$ 3 bilhões serão destinados às empresas da indústria de construção de edifícios e serviços especializados para construção contratadas pela administração pública. O objetivo da linha é promover a competitividade das empresas dos setores de indústria, comércio e serviços por meio do fi nanciamento de capital de giro. A expectativa é mantê-la operante até o fi m deste ano, respeitados os limites orçamentários. Empresas que aderirem ao PEC podem pedir fi nanciamentos de capital de giro no valor de até R$ 200 milhões. O teto do empréstimo é limitado a 20% da Receita Operacional Bruta do último exercício fi scal. As taxas de juros cobradas variam em função do perfi l do fi nanciamento, partindo da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) + 6,1% ao ano. Além do BNDES, o Banco do Brasil também operacionaliza a linha do PEC. Para empresas de micro, pequeno e médio porte, o custo fi nanceiro é de TJLP + 4% ao ano, além da remuneração da instituição fi nanceira credenciada. O fi nanciamento pode ser feito em prazo total de 36 meses, incluindo até um ano de carência, em que não haverá pagamento de juros, que serão capitalizados mensalmente. Durante a fase de amortização, os juros serão pagos juntamente com o principal. Empresas contratadas pela administração pública podem acessar recursos do BNDES MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 22 09.07.09 01:38:21
  • 23. 23 REPASSE A ESTADOS E MUNICÍPIOS PARA EXECUÇÃO DE CONVÊNIOS É FACILITADO Para assegurar a continuidade dos programas sociais e das obras financiadas por meio de convênios da União com municípios, foram reduzidas as exigências para a transferência destes recursos. Com a conversão da Medida Provisória (MP) 451 em lei, entraram em vigor as novas regras que flexibilizam a verificação da regularidade fiscal de estados e municípios. A inadimplência com a União só impedirá a assinatura de novos convênios – antes da mudança, a irregularidade fiscal interrompia a transferência durante sua execução. Com esta flexibilização, os órgãos federais só exigirão certidão negativa de débitos – que comprova não haver dívidas junto à União – no ato de assinatura de novos convênios. Depois que estes estiverem firmados e em execução, os documentos não serão mais exigidos. O repasse dos recursos, independentemente da situação fiscal do município, deverá obedecer ao cronograma preestabelecido no convênio. A nova lei determina ainda que todos os órgãos do Governo Federal devam notificar as prefeituras e os estados sobre eventuais irregularidades. Não havendo prazo específico, essa notificação será feita pelo menos 45 dias antes da inscrição definitiva da pendência no cadastro negativo. Durante este prazo, o ente federado poderá questionar a suposta dívida administrativamente. Enquanto estiver em análise, a irregularidade não impede a participação em novos convênios. As alterações serão incorporadas ao Cadastro Único de Convênios (CAUC) e aos demais sistemas e portais de consulta para informações sobre estados e municípios. Os órgãos federais têm até um ano para se adaptar às novas regras. A lei também prevê incentivos às operações de crédito com instituições financeiras públicas. Pelos próximos seis meses, estados e municípios, independentemente de sua situação de adimplência, poderão contratar operações de crédito, incluídas as contratações e renegociações de dívidas. Os recursos contratados neste período poderão ser liberados por até 18 meses sem a verificação da adimplência. Com esta flexibilização, os órgãos federais só exigirão certidão negativa de débitos no ato de assinatura de novos convênios Por 6 meses, estados e municípios, independentemente de sua situação fiscal, poderão contratar operações de crédito, inclusive renegociações de dívidas É o prazo de notificação para que a prefeitura seja inscrita no cadastro negativo 45 dias MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 23 09.07.09 01:38:24
  • 24. 01 REGIÕES METROPOLITANAS: POBREZA DIMINUI APESAR DA CRISE ECONÔMICA A economia do Brasil sofreu o impacto da crise econômica internacional a partir do último trimestre de 2008. Ao contrário do que ocorreu em outros momentos, a pobreza da população continuou a diminuir. É o que mostra um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), de maio de 2009, intitulado “Pobreza e Crise Econômica: o Que Há de Novo no Brasil Metropolitano”. O trabalho demonstra que políticas públicas capazes de garantir a renda dos mais pobres estão por trás do fenômeno. Atualmente, segundo o instituto, 34% da população do Brasil está protegida com algum mecanismo de garantia de renda como o Bolsa Família, algo inédito em relação a outros períodos de forte desaceleração econômica. O estudo foi feito nas seis principais regiões metropolitanas: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA), Recife (PE), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS), tendo por base estatísticas da Pesquisa de Emprego e Desemprego do IBGE. De acordo com o IPEA, desde a crise da dívida externa (1981-1983), o Brasil não tinha registrado um período tão longo de expansão dos investimentos como o verifi cado nos últimos cinco anos. No último trimestre de 2008, os efeitos da crise internacional causaram uma queda na produção econômica, resultando na diminuição do Produto Interno Bruto (PIB) – conjunto de riquezas produzidas pelo país. Isso provocou diminuição nos investimentos e aumento do desemprego, entretanto, a pobreza não cresceu. Desde outubro de 2008 até março de 2009, não houve interrupção no movimento de queda da taxa de pobreza nas seis principais regiões metropolitanas do país. Em março deste ano, o número de pobres foi 4,5% menor do que em março de 2008: 670 mil pessoas saíram da condição de pobreza no período. O mesmo estudo demonstra que, em outros momentos históricos de crise econômica, a taxa de pobreza aumentou nas seis regiões metropolitanas mencionadas. Entre 1982 e 1983, o número de pobres cresceu, atingindo 6,684 milhões. Entre 1989 e 1990, a pobreza aumentou também, mas não chegou ao nível agudo dos anos 80: atingiu 3,836 milhões de brasileiros. Em 1998 e 1999, a desaceleração econômica também implicou elevação de 1,864 milhão na pobreza. No quarto período analisado – outubro de 2008 a março de 2009 –, houve uma quebra na tendência: 315 mil pessoas saíram da condição de pobreza. 24 Brasil metropolitano – Evolução na taxa de pobreza no total da população desde março de 2002 (em %) MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 24 09.07.09 01:39:01
  • 25. 25 A manutenção na renda foi outro item levantado pelos economistas do IPEA. Durante os quatro momentos de desaceleração econômica considerados no estudo, somente no período atual o valor real do salário mínimo subiu (+ 8%). Entre os anos de 1998 e 1999, o salário mínimo perdeu 3,1% do seu poder aquisitivo, Na recessão de 1989 e 1990, o valor real do salário mínimo caiu 33,6%, enquanto entre 1982 e 1983 a perda no poder de compra do mínimo foi de 8,2%. BOLSA FAMÍLIA É AMPLIADO E INCLUI MAIS 1,3 MILHÃO DE FAMÍLIAS O Bolsa Família, programa de transferência de renda a pessoas carentes, foi ampliado em 2009. A renda per capita familiar dos beneficiários, critério que define a condição de pobreza, passou de R$ 120,00 para R$ 137,00. O valor de extrema pobreza subiu de R$ 60,00 para R$ 69,00. Em ambos os casos, um aumento de 15%. A mudança ocorreu por meio do Decreto 6.824, de 16 de abril deste ano. Com isso, até 2010, cerca de 1,9 milhão de famílias serão incluídas no programa gradativamente. Atualmente, o projeto beneficia 11,6 milhões de famílias, segundo o Ministério de Desenvolvimento Social (MDS). Em 2009, serão investidos R$ 12,1 bilhões com o Bolsa Família, R$ 300 milhões a mais do que o previsto se não tivesse ocorrido o aumento da renda per capita familiar. Cadastro – Para fazer parte do Bolsa Família, é preciso ingressar no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), feito pelas prefeituras. Só recebe o benefício quem cumprir os compromissos assumidos nas áreas de educação, saúde e assistência social. A ampliação do Bolsa Família depende da parceria do Governo Federal com os municípios. As prefeituras precisam ter assinado o Termo de Adesão e estar habilitadas no Sistema Único de Assistência Social (SUAS). É preciso identificar e cadastrar as famílias vulneráreis ainda não inscritas no CadÚnico e atualizar os dados das já cadastradas. O cadastramento garante, por exemplo, a identificação das pessoas que não estão mais dentro dos critérios de atendimento por terem melhorado sua condição de vida. O Governo Federal transfere o recurso diretamente às famílias, mas é o município o responsável pelo cadastramento. Os municípios devem elaborar uma agenda de trabalho para atualizar os dados dos beneficiários até 31 de agosto deste ano. Se não houver regularização, o pagamento será bloqueado em setembro. Mesmo após o bloqueio, basta que a família procure a prefeitura e solicite a atualização de seu cadastro para que seu benefício seja reiniciado – desde que ela ainda esteja dentro dos critérios de pobreza definidos. Os pagamentos dos beneficiários que continuarem bloqueados serão cancelados a partir de janeiro de 2010. Mais informações podem ser obtidas no portal do MDS na internet: http://www.mds.gov.br/bolsafamilia. Brasil metropolitano – Evolução do número de pobres em períodos de desaceleração econômica selecionados MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 25 09.07.09 01:39:06
  • 26. PDE ELEVA ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Melhorar o ensino básico no Brasil é a prioridade do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), em execução pelo Ministério da Educação desde 2007. O plano, que tem cerca de 40 ações em todos os níveis e modalidades da educação, colaborou para que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) saltasse de 3,8 em 2005 para 4,2 em 2009, nos primeiros anos do ensino fundamental. O MEC concebe o programa como uma conexão entre avaliação, fi nanciamento e gestão. Com o plano, a intenção é envolver todos – pais, alunos, professores e gestores – em iniciativas que busquem o sucesso e a permanência do aluno na escola. O PDE se baseia na cooperação entre União, municípios e estados. Todas as unidades da Federação aderiram ao Compromisso Todos pela Educação. Entre as diretrizes do compromisso estão: foco na aprendizagem; alfabetização das crianças até os oito anos de idade; piso nacional para os professores e combate à repetência e à evasão. O plano inclui metas de qualidade para a educação básica e destina apoio aos municípios com os mais baixos indicadores de ensino. Apesar de focado no ensino básico, o PDE repercute também no ensino profi ssional e superior. Segundo o MEC, o número de estudantes matriculados nas universidades federais dobrou em relação a 2003; foi de 113 mil para 227 mil. O piso salarial do magistério, atualmente, é de R$ 950,00 para a jornada de 40 horas semanais. Foram criados os institutos federais de educação, ciência e tecnologia, destinados a funcionar como centros de excelência na formação técnica e tecnológica. PAGAMENTOS DA PREVIDÊNCIA SUPERAM REPASSES DO FPM NA MAIORIA DOS MUNICÍPIOS A rede de proteção social formada pelo sistema previdenciário é considerada por economistas como um fator vital para a garantia de renda da população e torna-se ainda mais importante em momentos de crise econômica internacional como a que o mundo enfrenta hoje. Em 2008, os pagamentos da Previdência superaram os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em 3.449 municípios – 61,9% de um total de 5.564. As transferências da Previdência foram maiores do que as do FPM em 1.166 cidades do Sudeste, em 1.036 do Nordeste e em 827 do Sul. De acordo com o Ministério da Previdência Social, os benefícios fazem girar a economia. O pagamento ocorre entre o dia 25 do mês e o dia 5 do mês seguinte, período em que é visível o aquecimento no comércio local e nos serviços. Esses recursos provenientes de aposentadorias e pensões impediram que mais de 22 milhões de brasileiros de todas as faixas etárias ficassem abaixo da linha de pobreza. Os ganhos reais do salário mínimo entre 2003 e 2009 beneficiaram fortemente os segurados. Durante este período, o piso previdenciário teve um aumento de 132,5%, o que representou um ganho de 44,9% 26 Projeto tem mais de 40 ações em todos os níveis e modalidades educacionais MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 26 09.07.09 01:39:12
  • 27. 27 acima da inflação. Em maio de 2009, 18,3 milhões de beneficiários recebiam o piso que corresponde ao salário mínimo. A Previdência pagou 26,5 milhões de benefícios em todo o Brasil em maio deste ano. Deste total, 15,2 milhões foram pagos em área urbana e 7,8 milhões na zona rural. Há ainda nessa conta 3,4 milhões de benefícios assistenciais. O valor médio do benefício foi de R$ 661,00 superando, portanto, o salário mínimo. Desenvolvimento Local Pagamentos da Previdência superam FPM em 3.449 municípios MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 27 09.07.09 01:39:17
  • 28. 28 PACTO COM ESTADOS E MUNICÍPIOS BUSCA REDUÇÃO DE DESIGUALDADES NA AMAZÔNIA E NO NORDESTE O Governo Federal busca criar e fortalecer políticas públicas para combater a pobreza, melhorar a vida da população e promover a cidadania. Exemplo disso foi o lançamento do pacto com 17 governadores e presidentes das associações de prefeitos dos estados do Nordeste e da Amazônia Legal com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais nessas regiões. Os compromissos fi rmados asseguram a participação dos estados, dos municípios e das entidades municipalistas. Estão previstas metas concretas em quatro frentes consideradas essenciais: reduzir a mortalidade infantil, diminuir o analfabetismo, fortalecer a agricultura familiar e garantir o registro civil gratuito a todas as crianças (veja quadro abaixo). Dos 17 estados envolvidos, nove são do Norte (Amazônia Legal) – Amazonas, Amapá, Acre, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins – e oito do Nordeste – Alagoas, Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. No dia 24 de março deste ano, em Salvador (BA), foi assinado o Compromisso Mais Nordeste pela Cidadania com as entidades municipalistas e os governos nordestinos. Em 27 de abril, em Manaus (AM), o Compromisso Mais Amazônia pela Cidadania foi pactuado com os representantes da região amazônica. As ações de cooperação com estados e municípios (entes federados) foram articuladas por seis ministérios: Casa Civil, Secretaria de Relações Institucionais, Educação, Saúde, Desenvolvimento Agrário e Secretaria Especial dos Direitos Humanos. As metas são resultado de amplo debate com os agentes estaduais e municipais, que aprovaram uma agenda de trabalho para cumprir o pacto até 2010. REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL COMBATE AO ANALFABETISMO Tanto no Nordeste como no Norte, o Protocolo de Cooperação Federativa prevê reduzir gradativamente a mortalidade infantil em 5% ao ano até 2010 nas duas regiões. Haverá ações integradas entre o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais para a ampliação do atendimento médico para gestantes e recém- nascidos, além de qualifi car os profi ssionais de saúde. A prioridade são os municípios com as maiores taxas de mortalidade infantil. Com o objetivo de promover a alfabetização, elevar a escolaridade e despertar o interesse pela continuidade dos estudos, o Governo Federal fi rmou com os governos locais um pacto para realizar três ciclos do Programa Brasil Alfabetizado, do Ministério da Educação, em apenas dois anos. Assim, no Nordeste serão atendidos 3,9 milhões de jovens, adultos e idosos e mais de meio de milhão na Amazônia Legal até o fi m de 2010. VEJA AS METAS PARA O NORDESTE E PARA A AMAZÔNIA LEGAL MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 28 09.07.09 01:39:23
  • 29. 29 AGENDA INCENTIVA ADESÃO ÀS METAS DO MILÊNIO Prefeitos e prefeitas eleitos no ano passado receberam, em fevereiro deste ano, a Agenda de Compromissos Governo Federal e Municípios 2009-2012. A agenda incentiva os municípios, por meio de seu planejamento de governo, a estabelecerem em como prioridade e metas de gestão a execução das políticas públicas, que contribuem para intensifi car a melhoria dos indicadores sociais de sua população. Ao aderir aos compromissos propostos, os municípios se engajam no esforço nacional de promoção do desenvolvimento sustentável com redução das desigualdades sociais. A participação das cidades brasileiras as coloca em conjunto com os 191 países que se comprometeram com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Para participar, os gestores municipais devem registrar sua adesão por meio do Portal Federativo (www.portalfederativo.gov.br ) ou pelo Portal de Convênios (https://www.convenios.gov.br/siconv/ ). No ato da inscrição e a cada ano subsequente, o município terá seu esforço reconhecido por meio de um certifi cado. O exercício de levantar e repassar estas informações é um estímulo ao aperfeiçoamento da gestão pública, na medida em que os indicadores sociais serão conhecidos com maior profundidade pelos agentes locais. ERRADICAÇÃO DO SUBREGISTRO O Protocolo de Cooperação Federativa prevê que, até o fi m de 2010, toda e qualquer criança nascida no Nordeste e na Amazônia Legal tenha garantido o seu registro de nascimento. Sem o documento, a criança fi ca invisível para o Estado. A falta de dados precisos difi culta o acesso aos programas sociais. A estratégia é fortalecer a Declaração de Nascido Vivo (DNV), documento expedido em qualquer hospital (público ou particular). Por meio de um sistema de ligação da maternidade com os cartórios, fruto de articulação com atores locais, os bebês poderão deixar a maternidade já com a certidão de nascimento. Para atender os adultos que não têm o registro, serão realizados mutirões e campanhas. FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR Em atuação conjunta com os estados, será ofertada assistência técnica e acompanhamento nas políticas de desenvolvimento rural, especialmente nos Territórios da Cidadania. No Nordeste, a meta é qualifi car, até 2010, 616 mil agricultores familiares e levar crédito rural a outras 220 mil famílias nordestinas. No caso da Amazônia, o intuito é atender mais de 600 mil agricultores familiares e promover a regularização fundiária em 436 municípios amazônicos. MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 29 09.07.09 01:39:31
  • 30. PROGRAMAS ESTIMULAM APERFEIÇOAMENTO DA GESTÃO MUNICIPAL A tarefa de governar exige determinação e empenho dos gestores públicos, aliados ao uso de técnicas de gestão adequadas à realidade de cada município. Para pôr em prática as ideias e projetos que visam melhorar as condições de vida da população, é preciso ajustar a máquina municipal, desde o gabinete do prefeito ou da prefeita até o servidor que lida diretamente com o público. Com o objetivo de ampliar a capacidade de ação dos municípios, o Governo Federal vem adotando uma série de medidas de estímulo à capacitação e ao aperfeiçoamento técnico e administrativo das prefeituras de todo o país. Com uma gestão eficaz, as prefeituras podem acelerar a execução dos investimentos públicos, fazer as políticas sociais chegarem a quem delas necessita, desenvolver a economia local e qualificar o gasto público. Para auxiliar as iniciativas municipais voltadas para a melhoria da gestão municipal, foi elaborada a Agenda Nacional de Apoio à Gestão dos Municípios. O programa foi resultado dos trabalhos do Grupo de Trabalho Interfederativo de Fortalecimento Institucional e Qualificação da Gestão dos Municípios do Comitê de Articulação Federativa (CAF). Em março deste ano, o Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas apresentou aos representantes eleitos em 2008 informações técnicas, administrativas e financeiras sobre os municípios, com o intuito de colaborar com seu processo de transição. O evento reuniu 15 mil pessoas que participaram de 38 painéis simultâneos sobre programas e políticas do Governo Federal. O encontro possibilitou que fossem firmados diversos contratos e convênios e contribuiu para a solução de pendências. ÇÕES DE APOIO À GESTÃO MUNICIPAL 30 Programa Nacional de Apoio à Gestão Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros – PNAFM: disponibiliza aos municípios, em seu segundo contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), US$ 1,1 bilhão de recursos externos, com previsão de fi nanciamento aos municípios a partir de novembro deste ano. Ofertará, também, nesse novo contrato, com recursos nacionais, o intercâmbio e a disseminação de boas práticas de gestão. ProgramadeModernizaçãodaGestãodasAdministrações Municipais – PMAT/BNDES: executado pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil, facilita que as prefeituras tenham acesso ao financiamento destinado a investimentos na modernização da administração tributária, na melhoria da qualidade dos gastos públicos e na gestão das áreas de: educação, saúde e assistência social. OUTRAS AÇÕES DE APOIO À GESTÃO MUNICIPAL Com uma gestão eficaz, as prefeituras podem acelerar os investimentos e aperfeiçoar as políticas sociais MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 30 09.07.09 01:39:32
  • 31. 31 Plano Nacional de Banda Larga: prevê a universalização do acesso à internet de banda larga a todos os municípios até o fi m de 2010. O plano é resultado de um acordo com as operadoras de telefonia pela substituição das metas de instalação de postos telefônicos pela oferta de infraestrutura de acesso à banda larga. Mais de três mil cidades brasileiras já contam o serviço. Índice de Gestão Descentralizada – IGD: estimula o município a aperfeiçoar a gestão do programa Bolsa Família por meio do repasse de recursos para a atualização e gerenciamento dos dados do Cadastro Único, monitoramento nas áreas de educação e saúde e acompanhamento das famílias benefi ciadas. De 2006 a 2008, já foram repassados cerca de R$ 620 milhões. Projeto Brasil Municípios: visa fortalecer a capacidade das administrações municipais selecionadas para a redução da pobreza. O projeto é resultado da cooperação técnica entre o Brasil e a Comissão Europeia e deve ser executado até o fim de 2011. Até lá, serão investidos cerca de R$ 45 milhões – R$ 22,5 milhões de doação europeia e R$ 22,5 milhões de contrapartida nacional. Encontro apresentou informações técnicas e administrativas a prefeitos e prefeitas eleitos em 2008 GERENTES SÃO CAPACITADOS PARA MONITORAR CONVÊNIOS Responsável pela operacionalização de mais de 50 mil convênios e por disponibilizar repasses oriundos de 17 ministérios, a Caixa Econômica Federal executa um ciclo de capacitação para agilizar a gestão e a execução das parcerias do Governo Federal com os municípios. A ideia do programa Gerente Municipal de Convênios e Contratos é oferecer treinamento a pelo menos um servidor de cada prefeitura sobre o gerenciamento dos recursos federais na execução de obras e convênios, com o objetivo de garantir a execução dos projetos com maior agilidade. Os participantes terão dois dias de aula com instrutores da Universidade Corporativa da Caixa, sem custo para a prefeitura, exceto o de deslocamento e hospedagem do servidor, caso necessário. Para tornar a estratégia mais efetiva e aproveitar o momento da capacitação para melhorar o relacionamento com as prefeituras, os instrutores escolhidos têm relacionamento direto com os municípios, logo, estão habituados com as principais difi culdades. O treinamento tem duração de dois dias e aborda desde o panorama geral dos convênios do Governo Federal, com destaque para o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), até o Sistema de Gestão de Convênios e Contratos e Repasse (Siconv). Para participar da capacitação, as prefeituras devem procurar a agência da Caixa com que mantém relacionamento. MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 31 09.07.09 01:39:39
  • 32. 01 SOFTWARE PÚBLICO FACILITA ADMINISTRAÇÃO As novas tecnologias, que revolucionaram as formas de relacionamento entre os indivíduos, trazem também novas possibilidades de aperfeiçoamento para a gestão pública. Com o objetivo de baratear e agilizar os procedimentos internos e o atendimento à população nos municípios, a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento desenvolveu o programa Comunidade, Conhecimento, Colaboração e Compartilhamento dos Municípios Brasileiros (4CMBr). O programa, montado em parceria com o Comitê de Articulação Federativa (CAF), estimula o uso de software público nas prefeituras. Lançado em novembro de 2008, o 4CMBr oferece soluções de informática para a administração pública. Como todos os aplicativos podem ser copiados e, se necessário, adaptados, os municípios podem reduzir sensivelmente seus custos com tecnologia da informação. Já estão disponíveis no site do projeto – www.softwarepublico.gov.br/4cmbr – mais de 20 soluções da apoio à administração, como software de gestão de escolas, protocolo eletrônico de documentos, sistema de gestão de ativos, gerenciamento de sites institucionais e sistemas para administração de sistemas de abastecimento de água e de coleta de esgotos. O acesso aos aplicativos é amplo e irrestrito, podendo ser feito até mesmo por quem não tem vinculação direta com algum município mas tem interesse nas temáticas. No quadro das prefeituras, a possibilidade é de participação maciça, contemplando desde técnicos até gestores. Quanto mais intensa for a adesão aos sistemas, mais condições a SLTI terá para aperfeiçoar os produtos e lançar novos com base nas demandas apresentadas pelos usuários. Além dos sistemas usados no dia-a- dia das prefeituras, o 4CMBr oferece ferramentas colaborativas para os sites municipais – como fóruns eletrônicos e chats – e publicações sobre a gestão pública brasileira. Para a SLTI, alguns dos problemas que são enfrentados para desenvolver projetos, principalmente pela difi culdade de acesso à documentação e pela distância das prefeituras dos órgãos federais, podem ser reduzidos com a utilização do ambiente virtual oferecido pelo 4CMBr. 32 Portal tem mais de 20 soluções gratuitas de apoio à administração dos municípios MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 32 09.07.09 01:39:44
  • 33. CARTA COMPROMISSO Reforma Tributária: já está no Congresso Nacional. Aumento de 1% no FPM elevou repasses de 2008 em R$ 1,7 bilhão. Foi editada ainda a MP 462/2009, que compensa perdas no FPM de 2009. No fim de 2006, foi apresentado aos prefeitos e prefeitas um conjunto de compromissos com o objetivo de melhorar as condições de vida dos brasileiros e fortalecer os municípios institucionalmente. O acordo deu origem às ações listadas abaixo, que demonstram o aumento da capacidade da União, dos estados e dos municípios de executarem, em conjunto, as melhorias que promovem o desenvolvimento do país, com inclusão social e redução das desigualdades regionais e sociais. Bolsa Família: número de famílias atendidas chegará a 12,4 milhões em 2009. Renda de ingresso foi corrigida para R$ 137,00 e o benefício teve recomposição de 8% em 2008. Microcrédito Produtivo Orientado: prevê 20 mil operações para benefi ciários do Bolsa Família. Desde 2005, já são 3,7 milhões de operações, que somam R$ 4,34 bilhões – 200% maior que em 2005. Ampliação da assistência: como do Programa de Atenção Integral às Famílias (PAIF), da Rede de Centros de Referência de Assistência Social e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CRAS e Creas). Em 2009, investimentos chegarão a mais de R$ 6,4 bilhões. Segurança alimentar: terá repasse de R$ 704 milhões aos municípios, estados e entidades. No semiárido, foram construídas 25 mil cisternas, envolvendo R$ 53 milhões. Territórios da Cidadania: mobilizou R$ 9,3 bilhões em 963 municípios. Para 2009, a meta é chegar a R$ 23,5 bilhões em 1.830 municípios. Agricultura Familiar: recebeu, via Pronaf, R$ 40 bilhões de fi nanciamento para um milhão de produtores. RegularizaçãoFundiária: 81 milhões de hectares destinados a assentamento de unidades de conservação e terras indígenas. Foi aprovada a MP 458, sobre a regularização fundiária na Amazônia Legal. Meta é legalizar 67 milhões de hectares, benefi ciando 300 mil posseiros. Direitos da Cidadania: terão R$ 54 milhões até 2010 para erradicar o subregistro civil. Certidões de nascimento serão padronizadas em todo o país. Tramita no Congresso PL que valida nacionalmente a Declaração. Crianças e adolescentes: construção e reforma de unidades de internação, com investimento de R$ 65 milhões em 14 estados. Execução de programas de atendimento socioeducativo com recursos do Sistema Único da Assis- tência Social (SUAS) e de enfrentamento da exploração sexual em 17 estados. Pessoas com deficiência: atendimento à demanda por órteses e próteses, com meta de empregar R$ 670,2 milhões até 2011. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) paga salário mínimo a 1,8 milhão de pessoas com defi ciência e incapacidades para a vida independente. Idosos: terão prioridade na aquisição de imóveis nos programas habitacionais subsidiados ou com recursos públicos (reserva de 3%). O BPC (um salário por mês) benefi ciará 1,6 milhão de idosos em 2009. Quilombolas: desde 2005, 732 mil hectares foram destinados a mais de 14 mil famílias. Mais Saúde: já são quase 30 mil equipes, presentes em cerca de 95% dos municípios brasileiros. O custeio dos agentes comunitários de saúde passou de R$ 532,00 para R$ 652,00 por mês. De 2003 a 2008, a cobertura populacional da saúde básica aumentou 63,7%. Com o Brasil Sorridente, 85,3 milhões de brasileiros têm acesso à saúde bucal gratuita. A rede Farmácia Popular já chegou a 503 estabelecimentos de 397 cidades, oferecendo 107 tipos de medicamentos. Mais Cultura: investe em mais de 3 mil iniciativas culturais, mobilizando R$ 180 milhões. O crédito para o segmento no Banco do Brasil teve alta de 44%, chegando a R$ 1,36 bilhão em abril de 2009. MOBILIZAR ESFORÇOS PARA APROVAR A REFORMA TRIBUTÁRIA E AMPLIAR O FPM EM UM PONTO PERCENTUAL1. FINANÇAS 2. PROTEÇÃO SOCIAL AMPLIAR AS POLÍTICAS DE COMBATE À FOME, À POBREZA E À DESIGUALDADE 33 MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 33 09.07.09 01:39:51
  • 34. 34 Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância): investiu na construção de 1.024 escolas por meio de 989 convênios, ultrapassando R$ 1,8 bilhão até o fi m de 2010. Fundeb: fi nancia a educação básica, com distribuição maior de recursos para áreas rurais. Municípios que não conseguem atingir o mínimo de contribuição recebem complementação da União. O aporte passou de R$ 2 bilhões em 2007 a R$ 3 bilhões em 2008. Para 2009, o valor é de R$ 5 bilhões. Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar: repassa recursos suplementares para garantir o transporte de alunos da rede pública de áreas rurais. De 2004 a 2008, foram investidos R$ 301,2 milhões. O valor transferido pelo FNDE por estudante foi reajustado em 8%. Programa Caminho da Escola: destinado à aquisição de veículos padronizados para o transporte escolar, auxiliou 1.300 municípios na compra de 2.487 ônibus. É previsto o uso de R$ 1,15 bilhão em 2009. Programa Dinheiro Direto na Escola: escolas públicas e privadas de educação especial mantidas por entidades sem fi ns lucrativos receberam R$ 692,8 milhões em 2008, atendendo 26,9 milhões de alunos. Em 2009, foi ampliado para toda a educação básica, com previsão de atender 45,6 milhões de estudantes. Merenda Escolar: teve aumento no valor per capita nos diferentes níveis de ensino e para grupos específi cos, alcançando, em alguns casos, alta de até 238%. A partir de 2009, chega também aos alunos do ensino médio e profi ssionalizante. Brasil Alfabetizado: dos 1.108 Planos Plurianuais de Alfabetização iniciados pelos parceiros, 996 foram concluídos com 107 mil turmas ativas. Serão distribuídos cerca de 2,5 milhões de livros didáticos de alfabetização. Rede Federal de Educação Profissional: foi ampliada, com a criação de 150 unidades em todos os estados e no Distrito Federal, com investimento de R$ 1,1 bilhão para abrir 500 mil vagas de ensino profi ssional. O Proeja leva ensino profi ssional a oito mil jovens e adultos de 100 municípios. Habitação: entre 2007 e 2009, o PAC direcionou R$ 13,5 bilhões a governos estaduais. Para ações de urbanização de favelas em regiões metropolitanas e em municípios com mais de 150 mil habitantes, já foram contratados 140 projetos, no valor de R$ 3,3 milhões. Das 83 operações selecionadas pelo Pró-moradia, 61 foram contratadas em 2008, totalizando R$ 758 milhões. Foram escolhidas ainda 46 novas operações, no valor de R$ 1,1 bilhão. Com o Minha Casa, Minha Vida, são R$ 34 bilhões para construção de 1 milhão de moradias para famílias com renda de até 10 salários mínimos, em parceria com estados, municípios e iniciativa privada. Saneamento: por meio do PAC, foram selecionados 1.634 projetos que vão benefi ciar 782 municípios com investimentos de R$ 28,4 bilhões. Apenas para drenagem, foram disponibilizados R$ 4 bilhões para 101 cidades em 16 estados. Exe redu até aces de t Reg a tra os m a re mun Tran sobr obra metr no v Em 2 Prog (Pro AgendadeApoioàGestãoMunicipal: para apoiar os novos prefeitos e prefeitas eleitos em 2008, foi criado um grupo de trabalho interministerial que elaborou produtos como o Portal Federativo, o Catálogo de Programas do Governo Federal e Orientações para o Gestor Municipal em Início de Mandato, entre outros. O Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas reuniu mais de 15 mil pessoas e viabilizou diversos contratos e convênios. Programa Nacional de Apoio à Gestão Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros (PNAFM): disponibiliza aos municípios, em segundo contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), US$ 1,1 bilhão de recursos externos para aquisição de equipamentos e sistemas de gestão. Programa de Modernização da Gestão das Administrações Municipais (PMAT/BNDES): reduziu suas exigências e facilitou o acesso dos municípios a crédito de mais R$ 300 milhões. É oferecido ainda apoio em tecnologia da info band Índic usad dado Entr Tran ou obri Red de E form gove Prog prom soci Proj mun e pr 2011 3. EDUCAÇÃO 4. DESENVOLVIMENTO URBANO 5. GESTÃO ENFRENTAR DESAFIOS COMO A IMPLANTAÇÃO DO FUNDEB E A FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE PROFESSORES MEL MOB ESTI E GE MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 34 09.07.09 01:39:59
  • 35. 35 ou ara ões de 40 83 ia, do da 1,1 ão de 10 os, dos ios nas dos Execução facilitada: o projeto da LDO possibilita a redução da contrapartida exigida aos municípios para até 0,1% do total do projeto para firmar os convênios de acesso ao PAC. As ações poderão ser executadas por meio de transferência obrigatória. Regularização Fundiária Urbana: a MP 458/2009 permite a transferência de áreas públicas federais em cidades para os municípios. O Minha Casa, Minha Vida dispõe sobre a regularização de assentamentos urbanos e autoriza os municípios a editar regras próprias. TransporteeMobilidadeUrbana: foi criado o Grupo de Trabalho sobre Barateamento de Tarifas. O PAC destina R$ 2 bilhões para obras como corredores de ônibus e ampliações de linhas de metrô. Por meio do Pró-transportes, é ofertada linha de crédito no valor de R$ 1 bilhão para a renovação das frotas urbanas. Em 2008, o BNDES emprestou R$ 653 milhões ao setor. Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci): desenvolve ações preventivas de enfrentamento à violência e à criminalidade e está presente em 21 estados e no DF. Só em 2008, foi investido R$ 1,026 bilhão. A segurança pública recebeu R$ 2,82 bilhões, maior montante desde 2003. Territórios de Paz: o Estado assegura o respeito aos direitos fundamentais em locais de grande incidência de violência. os ado rou de ara tre s e zou ão ios aos nco D), ção das S): dos es. da Sistema de Georeferenciamento (geoSUAS) do Sistema Único da Assistência Social (SUAS): está direcionado para o planejamento das ações dos gestores; e o infoSUAS está aberto à população, disponibilizando informações sobre repasses fi nanceiros para os Fundos de Assistência Social. Cadastro Único – CadÚnico: identifi ca quem são, onde estão e como vivem as populações pobres dos municípios. É acessível à população para conhecimento da relação dos benefi ciários do Bolsa Família e para planejamento das grandes ações do Governo Federal e das prefeituras. Sistema Nacional de Informações das Cidades (SNIC): distribuição de kits com informações geográfi cas aos gestores inscritos no Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, realizado em 10 e 11/02, em Brasília. informação, com software livre e universalização do acesso à banda larga a todos os municípios até o fi m de 2010. Índice de Gestão Descentralizada do Bolsa Família (IGD): é usado para repassar recursos para custear a atualização dos dados do cadastro e gerenciamento dos dados dos benefi ciados. Entre 2006 e 2008, foram transferidos cerca de R$ 626 milhões. Transferências para Áreas em Estado de Calamidade Pública ou Emergência: com o Decreto 6.663/2008, tornam-se obrigatórias, o que agiliza sua liberação. Rede Nacional para Simplificação de Registro e Legalização de Empresas e Negócios (Redesim): torna mais simples a formalização de atividades econômicas nos três níveis de governo. Programa Nacional de Capacitação das Cidades (PNCC): promoveu a capacitação de mais de 50 mil técnicos e agentes sociais entre 2006 e 2008. Projeto Brasil Municípios: fortalece as administrações municipais para o planejamento e execução de programas e projetos governamentais. Em execução até dezembro de 2011, dispõe de 15 milhões de euros em recursos. NTO 6. INTERCÂMBIO DE DADOS MELHORAR A INFRAESTRUTURA DAS CIDADES, COM INVESTIMENTOS EM HABITAÇÃO, MOBILIDADE URBANA, REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA E MEIO AMBIENTE. ESTIMULAR O FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL E GERENCIAL DOS MUNICÍPIOS DISPONIBILIZAR AOS MUNICÍPIOS DADOS SOBRE INVESTIMENTOS E POLÍTICAS PÚBLICAS FEDERAIS MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 35 09.07.09 01:40:06
  • 36. 36 Integração das Políticas da Juventude: • ProJovem Adolescente (15 a 17 anos): em 2009, 392 mil jovens serão atendidos, a um custo total de R$ 81 milhões em 2.235 municípios (MDS); • Projovem Campo (18 a 29 anos): disponível em 19 estados e 777 municípios. Em 2009, serão atendidos 83 mil agricultores jovens, com investimento de R$ 111,2 milhões (MEC); • Projovem Urbano (18 a 29 anos): disponível em 106 municípios e 24 estados, deve atender 242 mil jovens em 2009 (Secretaria Geral da Presidência da República); e • Projovem Trabalhador (15 a 29 anos): o programa está em 86 municípios e 14 estados (MTE). ConselhoNacionaldeJuventude(Conjuve): promove a criação de conselhos municipais, secretarias ou coordenadorias de juventude nos municípios. Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS): atinge 5.201 municípios em todos os estados e no Distrito Federal. Destes, 2.592 municípios já estão com fundos municipais de habitação e conselhos gestores constituídos. Planos Locais de Habitação de Interesse Social: de 2007 até hoje, 1.223 municípios foram selecionados para repasse dos recursos para apoiar os planos locais. Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional: em 2009, serão investidos R$ 704 milhões na área da segurança alimentar e nutricional. 7. POLÍTICAS FEDERATIVAS CONSOLIDAR AS POLÍTICAS FEDERATIVAS DE GESTÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS Portal Licitações-e (www.licitacoes-e.com.br): permite aos entes públicos realizar compras e contratar serviços via internet. São 2,5 mil compradores cadastrados, 530 municípios e 120 mil fornecedores. Estima-se que a economia atingida pelos usuários do serviço em 2008 foi de R$ 5 bilhões. 8. AGILIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS REVER A LEI DE LICITAÇÕES PARA DESBUROCRATIZAR E AUMENTAR A TRANSPARÊNCIA E A EFICIÊNCIA Lei regulamentada com o Decreto 6.017/07. 9. LEI DE CONSÓRCIOS PÚBLICOS REGULAMENTAR A LEI DE CONSÓRCIOS PÚBLICOS PARA REALIZAR AÇÕES DE INTERESSE COMUM E A GESTÃO ASSOCIADA DE SERVIÇOS PÚBLICOS Portal de Convênios (www.convenios.gov.br): desde setembro de 2008, todos os convênios estão sendo formalizados apenas por meio do portal. Criação da Comissão Gestora do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse. Capacitação: foram treinados 3.690 usuários de órgãos e instituições concedentes; 1.163 usuários convenentes de estados e municípios e formados 624 multiplicadores para convenentes (estados e municípios). Manuais: elaboração de manuais tutoriais, interativos e jurídicos sobre o sistema de convênios. Central de atendimento: implantação de central para orientação aos usuários. 10. PORTAL DE CONVÊNIOS FACILITA A GESTÃO DE CONVÊNIOS, REDUZINDO E SIMPLIFICANDO OS PROCEDIMENTOS MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 36 09.07.09 01:40:12
  • 37. 37 Sistema de Assessoria Federativa (SASF): desde a sua criação, em 2007, promove reuniões e organiza o atendimento aos prefeitos em cada um dos órgãos do Governo Federal. Salas das Prefeituras: foram criadas 71 salas junto às Superintendências Regionais da Caixa em todos os estados. Mesas de Operações de Crédito com o Setor Público: o Banco do Brasil, em 2008, criou as mesas para assessorar os municípios a trabalhar com as propostas de fi nanciamentos às linhas do Caminho da Escola (transporte escolar), do Programa de Intervenções Viárias (Provias) e do Programa de Modernização da Administração Tributária (PMAT). 11. ATENDIMENTO AOS MUNICÍPIOS O GOVERNO CRIOU NOS MINISTÉRIOS E AGÊNCIAS AS ASSESSORIAS FEDERATIVAS, SOB A COORDENAÇÃO DA SECRETARIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Supervisões de Assistência Técnica: implantação de 24 supervisões para prestar apoio técnico e operacional. GerenteMunicipaldeConvênioseContratos: designação de um(a) assessor(a) do Gabinete da Prefeita ou do Prefeito para acompanhar o andamento dos convênios e contratos de repasses e fi nanciamentos junto à Caixa. Serão capacitados, no primeiro semestre de 2009, cerca de 3.400 gerentes. Elaboração de Estudo da Dimensão Territorial para o Planejamento: o Ministério do Planejamento lançou o estudo, incluído no Decreto 6.601/2008, que dispõe sobre o Plano Plurianual e sua gestão para o período 2008-2011 e orienta os entes federados na elaboração dos PPAs. Interação: a interação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão com as Secretarias Estaduais e o Conselho Nacional de Secretários de Planejamento (Conseplan) fortalece o planejamento territorial como meio de pactuação de políticas públicas que viabilizam a integração dos Planos Plurianuais dos entes da Federação. 12. ASSISTÊNCIA TÉCNICA 13. ARTICULAÇÃO COM OS PPAs ESTADUAIS CAPACITAR OS MUNICÍPIOS A ELABORAR PROJETOS PARA ACESSO AO FINANCIAMENTO PÚBLICO, AOS PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS E A FINANCIAMENTOS INTERNACIONAIS COMPARTILHAR A CONSTRUÇÃO DO PLANO PLURIANUAL 2008-2011 COM OS ESTADOS, ALINHANDO A ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO LOCAL COM O PROJETO NACIONAL CONFIRA NO PORTAL FEDERATIVO WWW.PORTALFEDERATIVO.GOV.BR A ÍNTEGRA DA CARTA DE COMPROMISSOS, COM TODOS OS AVANÇOS DA AGENDA DE DESENVOLVIMENTO DOS MUNICÍPIOS. MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 37 09.07.09 01:40:17
  • 38. Informações sobre programas e ações do Governo Federal Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI SBN Qd. 1, Bl. B, 14º andar, Ed. CNC 70041-902 – Brasília/DF Tel.: 3962-8739 – Fax: 3962-8715 www.abdi.com.br Advocacia Geral da União – AGU SIG Qd. 6, Lote 800, 3º andar, Sala 303G – DECOR 70610-460 – Brasília/DF Tel.: 4009-4520/4567 – Fax: 4009-4703 www.agu.gov.br Banco do Brasil Ed. Sede III BB, 11º andar 70073-901 – Brasília/DF Tel.: 3310-3898/5627 – Fax: 3310-2456 www.bb.com.br Banco Central do Brasil SBS Qd. 3, Bl. B, 19º andar Ed. Sede do Banco Central 70074-900 – Brasília/DF Tel.: 3414-1800 – Fax: 3414-2863 www.bcb.gov.br BancoNacionaldeDesenvolvimentoEconômicoeSustentável–BNDES Av. República do Chile, 100 19º andar – Centro 21139-900 – Rio de Janeiro/RJ Tel.: 21 2172-7399 – Fax: 21 2172-6278 www.bndes.gov.br Casa Civil Palácio Planalto, Anexo III Superior, Sala 212 70150-900 – Brasília/DF Tel.: 3411-3854 – Fax: 3411-4301 www.presidencia.gov.br/casacivil Caixa Econômica Federal SBS Qd. 4, Lote 3/4 – Ed. Matriz 1º andar – Sala das Prefeituras 70092-900 – Brasília/DF Tel.: 3206-4375/4559 – Fax: 3206-4503 www.cef.gov.br Controladoria Geral da União – CGU SAS Qd. 1, Bl. A – 9º andar – Ed. Darcy Ribeiro – Sala 924 70070-905 – Brasília/DF Tel.: 3412-6700 – Fax: 3412-7265 www.cgu.gov.br Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB SGAS Qd. 901, Conjunto A, Lote 69 – 3º andar 70390-010 – Brasília/DF Tel.: 3312-6312/6301 – Fax: 3226-9058 www.conab.gov.br Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Av. W3 Norte, Parque Estação Biológica Edifício 7 – Sala 108 70770-901 – Brasília/DF Tel.: 3448-4178/4163/3273-2679 – Fax: 3347-1041 www.embrapa.br Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro W3 Norte 511, Ed. Bittar III – 4º andar 70750-542 – Brasília/DF Tel.: 3340-2211 – Fax: 3347-3284 www.inmetro.gov.br Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI Rua Mayrink Veiga, nº 9 – 26º andar 20090-050 – Rio de Janeiro/RJ Tel.: 21 2139-3229 – Fax: 21 2263-2539 www.inpi.gov.br Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA Esplanada dos Ministérios – Bloco D – 8º andar – Gabinete 70043-900 – Brasília/DF Tel.: 3218-2150 – Fax: 3224-3777 www.agricultura.gov.br Ministério das Comunicações Esplanada dos Ministérios Bloco R – 8º andar – Sala 824 70054-900 – Brasília/DF Tel.: 3311-6564 – Fax: 3311-6696 www.mc.gov.br Ministério das Cidades Esplanada dos Ministérios – Bloco A – 1º andar – Sala 105 70054-900 – Brasília/DF Tel.: 2108-1608/1946/1698 – Fax: 2108-1420 www.cidades.gov.br Ministério da Ciência e Tecnologia Esplanada dos Ministérios – Bloco E – 4º andar – Sala 400 70067-900 – Brasília/DF Tel.: 3317-7507/7504 – Fax: 3317-7769 www.mct.gov.br Ministério do Desenvolvimento Agrário Esplanada dos Ministérios – Bloco A – 8º andar – Gabinete Ministro 70054-900 – Brasília/DF Tel.: 2108-8044 – Fax: 2107-0058 www.mda.gov.br Ministério da Defesa Esplanada dos Ministérios – Bloco Q – 6º andar – Sala 652 70049-900 – Brasília/DF Tel.: 3312-9017 – Fax: 3312-9051 www.defesa.gov.br Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Esplanada dos Ministérios – Bloco J – 6º andar – Sala 609 70056-900 – Brasília/DF Tel.: 2109-7220/7221 – Fax: 2109-7334 www.mdic.gov.br Ministério do Desenvolvimento Social Esplanada dos Ministérios – Bloco A – 4º andar – Sala 448 70054-900 – Brasília/DF Tel.: 3433-1088/9965-5021 – Fax: 3433-1668 www.mds.gov.br Ministério do Esporte Esplanada dos Ministérios – Bloco A – 7º andar – ASPAR 70054-900 – Brasília/DF Tel.: 3217-1885 – Fax: 3217-1709 www.esporte.gov.br Ministério da Educação Esplanada dos Ministérios – Bloco L – 8º andar – Sala 803 70047-900 – Brasília/DF Tel.: 2104-8920/ 9944-0006 – Fax: 2104-9233 www.mec.gov.br Ministério da Fazenda Esplanada dos Ministérios – Bloco P – 4º andar – Sala 423 – Ed. Sede 70048-900 – Brasília/DF Tel.: 3412-2422 – Fax: 3412-1845 www.fazenda.gov.br Ministério da Integração Nacional Esplanada dos Ministérios – Bloco E – 8º andar – Sala 834 70062-900 – Brasília/DF Tel.: 3414-5972 – Fax: 3414-5662 www.integracao.gov.br MarchaPrefeitos_210x297mm_FINAL.indd 38 09.07.09 01:40:19