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APOSTILA 
ATENDENTE 
EM FARMÁCIA 
MÓDULO 3
Primeiros Socorros 
Definição: 
São os procedimentos de emergência que devem ser aplicados à uma 
pessoa em perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, 
até que ela receba assistência definitiva. 
Objetivos: 
➢ diminuir o sofrimento, 
➢ evitar complicações futuras, 
➢ salvar vidas. 
Aspectos fundamentais: 
➢ manter a calma, 
➢ ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a 
importância de cuidados de uma equipe de saúde treinada, 
➢ certificar-se de que há condições seguras o bastante para a prestação 
do socorro sem riscos para você, 
➢ não esqueçer que um atendimento de emergência mal feito pode 
comprometer ainda mais a saúde da vítima. 
O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: 
deixar de prestar socorro à vítima de acidentes ou pessoas em perigo 
eminente, podendo fazê-lo, é crime. 
Conceitos preliminares: 
➢ Deixar de prestar socorro significa não dar nenhuma assistência à 
vítima. 
➢ A pessoa que chama por socorro especializado já está prestando e 
providenciando socorro. 
➢ A omissão de socorro e a falta de atendimento eficiente de primeiros 
socorros são os principais motivos de mortes e danos irreversíveis nas vítimas de 
acidentes de trânsito. 
➢ Os momentos após um acidente, principalmente as duas primeiras horas 
são os mais importantes para se garantir a recuperação ou a sobrevivência das 
pessoas feridas. 
➢ Nos trágicos momentos, após os acidentes, muitas vezes entre a vida e 
a morte, as vítimas são totalmente dependentes do auxílio de terceiros.
➢ Somente o espírito de solidariedade não basta; para que possamos 
prestar um socorro de emergência correto e eficiente, precisamos dominar as 
técnicas de primeiros socorros. 
➢ Algumas pessoas pensam que na hora de emergência não terão 
coragem ou habilidade suficiente, mas isso não deve ser motivo para deixar de 
aprender as técnicas, porque nunca sabemos quando teremos que utilizá-las. 
➢ Atendimento especializado: na maioria das cidades e rodovias 
importantes é possível acionar o atendimento especializado, que chega ao local do 
acidente de trânsito em poucos minutos. 
Importante para um socorrista: 
➢ Tomar providências imediatas. 
➢ Pedir e aceitar a colaboração de outras pessoas, sempre se deixando 
liderar pela pessoa que apresentar maior conhecimento e experiência. 
➢ Agir com calma, evitando o pânico. 
➢ Transmitir confiança, tranqüilidade, alívio e segurança aos acidentados 
que estiverem conscientes, informando que o auxílio já está a caminho. 
➢ Afastar os curiosos. 
➢ Tomar decisões rapidamente, porém dentro dos seus limites. 
➢ Usar os conhecimentos básicos de primeiros socorros. 
➢ Saber improvisar. 
Telefones Úteis 
Polícia Civil -- 147 
Polícia Militar -- 190 
Pronto Socorro - Ambulância -- 192 
Bombeiros -- 193 
PARADA CÁRDIO RESPIRATÓRIA 
A parada cardíaca ocorre quando a vítima encontra-se: 
✔ Inconsciente. 
✔ Sem sinais de respiração. 
✔ Sem sinais de circulação. 
REANIMAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR (RCP) 
✔ A atuação deve ser imediata e eficiente uma vez que no 1º minuto após 
a parada cardíaca e ventilatória, as hipóteses de sobrevivência são de 98%. No 4º 
minuto são já de 50% e no 6º minuto, de 11 %. 
✔ Caso as células do cérebro forem privadas de sangue oxigenado por 
mais de 4 a 6 minutos, as lesões a nível cerebral podem tornar-se irreversíveis. 
✔ Estes valores mostram bem a importância de uma atuação rápida. 
✔ As manobras de RCP devem ser sempre iniciadas tão depressa quanto 
possível.
Etapas da RCP: 
1. Abertura das vias aéreas 
2. Ventilação artificial (insuflações) – Ventilação boca-a-boca 
Ventilação boca-a-nariz 
3. Circulação artificial (massagem cardíaca) 
1. Abertura das vias aéreas 
· Manter uma das 
mãos sobre a testa da vítima 
e os dedos indicador e médio 
da outra mão sob o maxilar 
inferior (extensão da cabeça). 
· Com os dedos da 
mão que estavam sobre a 
testa, apertar o nariz da vítima com o polegar e o indicador, continuando a 
pressionar a testa com a palma da mão. 
2. Ventilação artificial 
2.1. Ventilação boca-a-boca 
· Aplicar a manobra de abertura das vias aéreas. 
· Fazer uma inspiração profunda. 
· Abrir a boca e colocá-la sobre a boca da vítima e insuflar (soltar o ar 
inspirado), fazendo 2 insuflações profundas e pausadas, cada uma com a duração 
de 2 segundos. 
· Deixar que a vítima expire (solte o ar) passivamente, libertando o nariz e 
a boca.· 
Pesquisar novamente, durante 5 segundos, se a ventilação se 
restabeleceu. 
· Se a vítima continua sem ventilar por si, faz-se uma insuflação cada 5 
segundos, do modo já explicado. 
· Para avaliar se a ventilação artificial está sendo feita de um modo 
adequado, deve-se observar: 
1º- Se ao insuflar o ar, ocorre resistência nos pulmões da vítima à entrada 
do ar, à medida que estes se expandem; 
2º- Se o tórax se eleva e baixa; 
3º- Se ouve e sente o ar sair durante a expiração. 
2.2. Ventilação boca-a-nariz 
Deve ser recomendada quando: 
1º- É impossível abrir a boca da vítima. 
2º- É impossível ventilar através da boca devido a lesões graves da face.
3º- Existe dificuldade em adaptar bem a boca do socorrista à da vítima. 
· Aplicar a manobra de abertura das vias aéreas. 
· Fazer uma inspiração profunda, colocando a boca em volta do nariz da 
vítima. 
· Insuflar. 
· Quando retira a boca, a vítima expira por sua vez passivamente. 
· Quando se utiliza a ventilação boca-a-nariz, pode ser necessário abrir a 
boca da vítima para permitir a saída do ar durante a expiração. 
· O ciclo das insuflações é igual ao utilizado na ventilação boca-a-boca, ou 
seja, primeiro 2 insuflações profundas e pausadas, seguindo-se 1 insuflação em 
cada 5 segundos. 
3. Circulação artificial - compressões torácicas (massagem cardíaca) 
· Localizar o apêndice xifóide com o dedo indicador da mão esquerda. 
· Colocar dois dedos da mão direita ao lado do indicador da mão 
esquerda. 
· Após colocar os dois dedos, posicionar a palma da mão esquerda. 
· Posicionar a mão direita sobre a mão esquerda, cruzando os dedos. 
· Os ombros do socorrista devem estar paralelos ao osso esterno da 
vítima e os seus braços estendidos totalmente. 
· Somente a região da palma da mão toca o esterno da vítima, evitando-se, 
dessa forma, pressionar as costelas. 
· Em conseqüência da massagem, o externo, em vítima adultas, deverá 
ser deslocado para baixo entre 4 e 5 cm. 
· Em crianças, com idade entre 1 a 8 anos, a pressão deve ser exercida 
com apenas uma das mãos, e o esterno deve ser deslocado entre 2,5 a 4 cm. 
· Em bebês, com idade variando de 0 a 1 ano, a pressão é realizada com 
dois dedos, posicionando-os na interseção do osso esterno com uma linha 
imaginária ligando os mamilos, fazendo o esterno ser deslocado de 1 a 2,5 cm. 
· Independente do resultado, encaminhar rapidamente a vítima para um 
atendimento de emergência. 
# RCP com um socorrista: 
· 2 insuflações pausadas e profundas (cada uma com a duração de dois 
segundos). 
· 30 Compressões Torácicas, seguidas de 2 insuflações. 
# RCP com dois socorristas: 
· Um socorrista é responsável pelas insuflações e o outro pelas 
compressões torácicas. 
· Realizar ciclos de 1 insuflação seguida de 5 compressões torácicas (ao 
ritmo de 80 a 100/minuto).
CHOQUE ELÉTRICO 
➔ Desligue o aparelho da tomada ou a chave geral. 
➔ Se tiver que usar as mãos para remover uma pessoa, envolva-as em 
jornal ou um saco de papel. 
➔ Empurre a vítima para longe da fonte de eletricidade com um objeto 
seco, não-condutor de corrente, como um cabo de vassoura, tábua, corda seca, 
cadeira de madeira ou bastão de borracha. 
➔ Se houver parada cárdio respiratória, aplique a reanimação cárdio-pulmonar 
(RCP). 
➔ Cubra as queimaduras com uma gaze ou com um pano bem limpo. 
➔ Se a pessoa estiver consciente, deite-a de costas, com as pernas 
elevadas. 
➔ Se estiver inconsciente, deite-a de lado. 
➔ Se necessário, cubra a pessoa com um cobertor e mantenha-a calma. 
➔ Procure assistência especializada imediatamente. 
CORPO ESTRANHO NO ORGANISMO 
No ouvido 
➔ Não tente retirar objetos profundamente introduzidos, nem coloque 
nenhum instrumento no canal auditivo. 
➔ Não bata na cabeça para que o objeto saia, a não ser que se trate de um 
inseto vivo. 
➔ Pingue algumas gotas de óleo mineral morno (vire a cabeça para que o 
óleo e o objeto possam escorrer para fora). 
➔ Procure assistência especializada imediatamente. 
Nos olhos 
➔ Não deixe a vítima esfregar ou apertar os olhos. 
➔ Pingue algumas gotas de soro fisiológico ou de água morna no olho 
atingido. 
➔ Se isso não resolver, cubra os 2 olhos com compressas de gaze ou 
pano limpo, sem apertar. 
➔ Se o objeto estiver cravado no olho, não tente retirá-lo. 
➔ Se não for possível fechar os olhos, cubra-os com um cone de papel 
grosso (por exemplo um copo) e procure ajuda. 
➔ Procure assistência especializada imediatamente. 
No nariz 
➔ Instrua a vítima para respirar somente pela boca, orientando-a para 
assoar o nariz. 
➔ Não introduza nenhum instrumento nas narinas para retirar o objeto. 
➔ Se ele não sair, procure assistência especializada.
Objetos engolidos 
➔ Nunca tente puxar os objetos da garganta ou abrir a boca para examinar 
o seu interior. 
➔ Se o objeto tem arestas ou pontas e a pessoa reclamar de dor, procure 
assistência especializada imediatamente. 
➔ Se a pessoa não consegue tossir com força, falar ou chorar, é sinal de 
que o objeto está obstruindo as vias respiratórias, o que significa que há asfixia. 
➔ Aplique a chamada "manobra de Heimlich". 
Manobra de Heimlich 
Vítimas conscientes: 
· Caso a vítima não consiga falar ou respirar, a angústia é 
visível no rosto, com olhos muito abertos, boca aberta, sinais de exaustão e 
cianose. 
· Geralmente as mãos agarram o pescoço. 
· Esta situação tem risco eminente de asfixia e, como tal, 
de parada ventilatória. 
· Incline a vítima para a frente, coloque-se por trás 
dela e com a mão plana, dê cinco pancadas secas 
nas costas entre as omoplatas. 
· Verifique se o corpo estranho saiu. 
· Se as pancadas falharem, coloque a sua mão 
fechada em punho e com o polegar contra o 
abdome da vítima, entre o umbigo e o apêndice 
xifóide, na zona do epigastro. 
· Com a outra mão envolver o punho fechado e 
efetuar 5 compressões abdominais para dentro e 
para cima. 
· Devem ser pausadas, seguras e secas. 
· Verifique se o corpo saiu pela boca. 
· Repetir esta seqüência de pancadas nas 
costas e compressões as vezes que for necessário até à 
expulsão do próprio objeto. 
Vítimas inconscientes: 
Se a vítima estiver inconsciente e o socorrista não 
conseguir suportar o peso da vítima, deve colocar a vítima
deitada de costas e execute RCP, verificando se algum corpo estranho é expelido, 
removendo-o da boca se necessário. Repetir esta manobra até que seja eficaz. 
Situações onde as compressões abdominais não devem ser executadas: 
· Mulheres grávidas. 
· Vítimas obesas (nas quais o reanimador tem dificuldade em abranger o 
abdome da vítima). 
Nestes casos as compressões abdominais devem ser substituídas por 
compressões esternais (aplicadas no local de RCP). 
Manobra de desobstrução das vias aéreas em crianças menores de 1 ano: 
· Observe se a criança consegue chorar, tossir ou respirar. 
· Se a resposta é negativa, prossiga para o passo seguinte. 
· Coloque a criança de barriga para baixo (decúbito 
ventral) sobre o seu antebraço com a cabeça inclinada para 
baixo. 
· Efetue 5 pancadas nas costas, na linha média entre 
as omoplatas. 
· Utilize a base da mão, com força adequada ao 
tamanho da criança. 
· Alternadamente, coloque-a de costas 
(decúbito dorsal) e se necessário sobre uma superfície dura. 
· Execute 5 compressões sobre o esterno, com 
dois dedos, ou com os polegares ficando os restantes dedos 
a envolver o tórax da criança. 
· Verifique, entre cada passo, se o objeto que 
provoca a obstrução encontra-se na boca ou garganta e 
remova-o. 
· Se a criança ficar inconsciente inicie RCP. 
· Caso o corpo estranho ainda assim não saia, remova a vítima até um 
atendimento de emergência o mais rápido possível.
ENVENENAMENTO 
Medicamentos, plantas, produtos químicos e substâncias corrosivas são os 
principais causadores de envenenamentos ou intoxicação, especificamente em 
crianças. 
Os sinais e sintomas mais comuns são queimaduras nos lábios e na boca, 
hálito com cheiro da substância ingerida, vômitos, alteração da pulsação, perda de 
consciência, convulsões e, eventualmente, parada cárdio-respiratória. 
O que não fazer 
➔ Se a vítima estiver inconsciente, não provoque vômitos. 
➔ Não induza o vômito se a substância ingerida for corrosiva ou derivada 
de petróleo (removedor, gasolina, querosene, polidores, ceras, aguarrás, Thinner, 
graxas, amônia, soda cáustica, água sanitária). Estes produtos causam 
queimaduras quando ingeridos e podem provocar novas queimaduras durante o 
vômito ou liberar gases tóxicos para os pulmões. 
Providências 
➔ Se possível, identifique o tipo de veneno ingerido e a quantidade. 
➔ Se a vítima estiver consciente, induza vômitos se o agente tóxico for 
medicamentos, plantas, comida estragada, álcool, bebidas alcoólicas, cosméticos, 
tinta, fósforo, naftalina, veneno para ratos ou água oxigenada. 
➔ Se a pessoa estiver inconsciente ou tendo convulsões, não induza ao 
vômito. Aplique, se necessário, a respiração cárdiopulmonar e procure assistência 
especializada imediatamente. 
QUEIMADURAS 
n queimaduras de 1º grau : manifestam com vermelhidão, inchaço e dor. 
n queimaduras de 2º grau : a dor é mais intensa e normalmente aparecem 
bolhas ou umidade na região afetada. 
n queimaduras graves de 3º grau : a pele se apresenta esbranquiçada ou 
carbonizada e há pouca ou nenhuma dor. 
O que não fazer 
➔ Não toque a área afetada. 
➔ Nunca fure as bolhas. 
➔ Não tente retirar pedaços de roupa grudados na pele. Se necessário, 
recorte em volta da roupa que está sobre a região afetada. 
➔ Não use manteiga, pomada, creme dental ou qualquer outro produto 
doméstico sobre a queimadura. 
➔ Não cubra a queimadura com algodão. 
➔ Não use gelo ou água gelada para resfriar a região. 
Providências 
➔ Se a queimadura for de pouca extensão, resfrie o local com água fria 
imediatamente.
➔ Seque o local delicadamente e cubra-o com um pano limpo ou 
chumaços de gaze. 
➔ Em queimaduras de 2º grau, aplique água fria e cubra a área afetada 
com compressas de gaze ou pano limpo. 
➔ Mantenha a região queimada mais elevada do que o resto do corpo, 
para diminuir o inchaço. 
➔ Dê bastante líquido para a pessoa ingerir e, se houver muita dor, um 
analgésico. 
➔ Se a queimadura for extensa ou de 3º grau, procure auxílio 
especializado imediatamente. 
Queimaduras químicas – providências 
➔ Retire as roupas da vítima rapidamente, tendo o cuidado de não queimar 
as próprias mãos. 
➔ Lave o local com água corrente por 10 minutos (se forem os olhos, 15 
minutos). 
➔ Enxugue delicadamente e cubra com um pano limpo e seco. 
➔ Procure auxílio especializado imediatamente. 
Queimaduras solares – providências 
➔ Refresque a pele com compressas frias. 
➔ Faça a pessoa ingerir bastante líquido, mantendo-a na sombra, em local 
fresco e ventilado. 
➔ Procure auxílio especializado imediatamente. 
HEMORRAGIAS 
1, Hemorragia interna 
Sintomas 
➔ Pulso fraco e acelerado 
➔ Pele fria e pálida 
➔ Mucosas dos olhos e da boca brancas 
➔ Mãos e dedos arroxeados 
➔ Sede, tontura e inconsciência 
Procedimentos 
➔ Coloque a cabeça mais baixa que o corpo 
➔ Aplique gelo no local 
➔ Não deixe tomar líquidos 
➔ Observe a respiração e os batimentos para evitar estado de choque 
2. Hemorragia nasal 
Procedimentos 
➔ Afrouxar a roupa
➔ Se o pulso estiver forte, deixe sair um pouco de sangue 
➔ Respirar pela boca e não assoar o nariz 
➔ Comprima a narina por 5 a 10 minutos 
➔ Tampe a narina com algodão 
➔ Coloque compressa fria ou gelo 
3. Hemorragia externa 
Sintomas 
Perda de sangue por rompimento de veia ou artéria, quando abundante, pode matar 
a vítima num período de 3 a 5 minutos. 
Como saber o tipo de rompimento 
· Arterial: sangue vermelho vivo com jatos fortes 
· Venosa: há um escorrimento contínuo de sangue 
Procedimentos 
· Mantenha a vítima deitada e imóvel 
· Eleve a área ferida 
· Aplique gaze ou pano limpo e pressione 
· Amarre firme com atadura ou pano 
· Comprima a artéria na região acima do ferimento. 
FRATURAS 
Sintomas 
· Aspecto e posição anormal. 
· Muita dor no local 
· Alterações de cor 
· Articulações inchadas ou deformadas 
· Impossibilidade de movimento 
1. Fratura fechada 
Procedimentos 
· Não movimente a vítima, somente o necessário 
· Coloque o membro na posição mais natural possível 
· Imobilize imediatamente 
· Na dúvida aja como se fosse uma fratura 
2. Fratura aberta ou exposta 
Procedimentos 
· Aplique gaze ou pano limpo, sem tentar limpar 
· Fixar com uma bandagem, gravata ou cinto 
· Imobilize, mexendo o mínimo possível
3. Fratura na coluna vertebral 
Sintomas 
· Dores nas costas ou no pescoço 
· Aspecto anormal 
· Formigamentos e dormência 
· A vítima não sente ou não movimenta alguma parte do corpo. 
Procedimentos 
· Não mexa e não deixe ninguém tocar na vítima até a chegada do socorro. 
· Mantenha a vítima agasalhada e imóvel 
· Observe a respiração e se existe risco de parada cardio respiratória 
· Antes de mover a vítima, imobilize-a completamente. 
4. Fratura de crânio 
Sintomas 
· Lesões na cabeça 
· Perda de sangue pela boca, nariz ou ouvidos 
· Tontura e desmaios 
· Dor de cabeça 
· Enjôo e vômitos 
· Alterações no tamanho das pupilas 
Procedimentos 
· Mantenha a cabeça levantada 
· Afrouxe as roupas no pescoço 
· Apóie a cabeça em local macio. 
· Se houver ferimento, cubra com gaze sem pressionar. 
· Enfaixe a cabeça sem comprimir áreas moles ou deprimidas 
· Não dê nada para a vítima beber ou comer 
· Mantenha a abordagem primária. 
5. Fratura de Costela 
Sintomas 
· Dores no tórax, principalmente ao respirar. 
· Corpo torcido 
· Amolecimento, deformações e deslocamentos dos tecidos no local 
· Em caso de perfuração dos pulmões haverá sangramento pela boca. 
Procedimentos 
· Movimente a vítima o mínimo possível 
· Enfaixe o tórax com ataduras largas 
· Mantenha as vias aéreas desobstruídas 
· Atenção aos sinais vitais. 
6. Fratura de Bacia
Sintomas 
· Intensa dor no quadril 
· Impossibilidade de mover as pernas 
Procedimentos 
· Não mova a vítima e nem deixe que ela se mova 
· Imobilize completamente a vítima. 
CRISE CONVULSIVA 
É um quadro caracterizado pela contratura involuntária da musculatura com 
movimentos desordenados, generalizados ou localizados, acompanhada de perda 
dos sentidos. 
Sintomas 
· Movimentos musculares espásticos repetidos; 
· Lábios azulados; 
· Olhos virados para cima; 
· Perda dos sentidos; 
· Salivação abundante; 
· Eliminação de urina e fezes durante a crise; 
· Após o término da crise o paciente apresenta-se inconsciente e com 
perda do tônus muscular (musculatura flácida). 
Providências 
· A primeira medida é avaliar o cenário onde está o paciente; 
· Evitar toda e qualquer situação que possa colocar sua integridade em 
risco; 
· Colocar a pessoa deitada de costas em um local plano, confortável, 
afastada de toda fonte de risco (tomadas elétricas, fios, objetos perfurantes, locais 
ponteagudos); 
Desobstruir as vias aéreas conforme figura, permitindo melhor respiração; 
Não tente introduzir objetos entre os dentes; 
Afrouxe a roupa; 
Retire pulseiras, colares, relógios, óculos para evitar traumas; 
Observe se possui alguma placa de identificação (pulseira, medalha ou 
cartão) que possam identificá-lo ou estabeleçam diagnóstico da causa da crise; 
Não impeça os movimentos, apenas preocupe-se de que não ocorra 
traumatismos; 
Caso a vítima apresente grande quantidade de secreção na boca, não tente 
limpeza digital por poderá ter seu dedo traumatizado; Coloque-a de lado,
permitindo a saída deste material da boca; 
Quando a crise passar evite estimular demasiadamente a vítima, para 
impedir o desenvolvimento de novas crises; 
Nunca jogue água ou dê tapas na vítima; 
No caso de criança: se for detectado febre alta, colocá-la imediatamente em 
um banho morno em uma banheira, por mais ou menos 10 minutos. Deixá-la 
envolta em uma toalha; 
Encaminhe a vítima para um serviço de emergência. 
AFOGAMENTO 
Afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza 
que venha a inundar o aparelho respiratório. Haverá suspensão da troca ideal de 
oxigênio e gás carbônico pelo organismo. 
Prevenção 
· Para bebês: nunca devem ser deixados sozinhos no banho ou próximo a 
qualquer superfície líquida. 
· Para crianças: além dos cuidados anteriores deve-se estimulá-las a 
assumir responsabilidade por sua própria segurança. Elas devem aprender a 
nadar e a boiar e devem compreender que não devem entrar em águas perigosas. 
Saltos de trampolim são extremamente perigosos. 
· Para adultos: devem ter noção sobre as suas limitações principalmente 
quando suas funções normais estiverem comprometidas devido ao manuseio de 
drogas, sejam elas medicamentos ou bebidas; evitar nadar sozinho em áreas não 
supervisionadas ou em áreas onde as condições do meio líquido sejam 
desconhecidas; qualquer nadador deve estar apto a nadar diagonalmente a uma 
corrente que o pegou e não contra a mesma, se não conseguir escapar deve 
chamar por socorro. 
Providências 
· Promover o resgate imediato e apropriado, nunca gerando situação em 
que ambos (vítima e socorrista) possam se afogar, sabendo que a prioridade no 
resgate não é retirar a pessoa da água, mas fornecer-lhe um meio de apoio que 
poderá ser qualquer material que flutue, ou ainda, o seu transporte até um local 
em que esta possa ficar em pé. 
· O socorrista deve saber reconhecer uma apnéia, uma parada cárdio-respiratória 
(PCR) e saber prestar reanimação cárdio-pulmonar (RCP). 
· O resgate deve ser feito por fases consecutivas compreendendo as 
seguintes fases: 
1. Fase de observação: implica na observação do acidente, o socorrista deve 
verificar a profundidade do local, o número de vítimas envolvidas, o material 
disponível para o resgate, deve tentar o socorro sem a sua entrada na água, 
estendendo qualquer material a sua disposição que tenha a propriedade de boiar na 
água, não se deve atirar nada que possa vir a ferir a vítima. 
2. Fase de entrada na água: o socorrista deve certificar-se que a vítima está
visualizando-o. Ao ocorrer em uma piscina a entrada deve ser diagonal à vítima e 
deve ser feita da parte rasa para a parte funda. Sendo no mar ou rio a entrada deve 
ser diagonal à vítima e também diagonal à corrente ou à correnteza respectivamente. 
3. Fase de Abordagem: 
1. Abordagem verbal: ocorre a uma distância média de 3 metros da vítima. O 
socorrista vai identificar-se e tentar acalmar a vítima. Caso consiga, dar-lhe-á 
instruções para que posicione- se de costas habilitando uma aproximação sem riscos. 
2. Abordagem física: o socorrista deve fornecer algo em que a vítima possa se 
apoiar, só então se aproximará fisicamente e segurará a vítima fazendo do seguinte 
modo: O braço de dominância do socorrista deve ficar livre para ajudar no nado, já o 
outro braço será utilizado para segurar a vítima, sendo passado abaixo da axila da 
vítima e apoiando o peito da mesma, essa mão será usada para segurar o queixo do 
afogado de forma que este fique fora da água. 
4. Fase de reboque: o nado utilizado será o "Over arms" também conhecido 
como nado militar, ou nado de sapo. Quando em piscinas e lagos o objetivo sempre 
será conduzir a vítima para a porção mais rasa. No mar, será admitido o transporte 
até a praia, quando a vítima estiver consciente e quando o mar oferecer condições 
para tanto; será admitido o transporte para o alto mar (local profundo e de extrema 
calmaria), quando a vítima apresentar-se inconsciente e o mar estiver extremamente 
revolto (essa atitude dará condições ao socorrista de repensar o salvamento). Caso 
exista surfistas na área o socorrista, deve-se pedir ajuda. Quando o socorrista puder 
caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar. Deverá carregar a vítima de 
forma que o peito desta fique mais elevado do que a cabeça, diminuindo o perigo da 
ocorrência de vômito. 
5. Fase de atendimento: vale frisar que o líquido que costuma ser expelido 
após a retirada da água provêm do estômago e não dos pulmões por isso, sua saída 
deve ser natural, não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar novas 
complicações. Caso o acidente não tenha sido visto pelo socorrista, ele deve 
considerar que a vítima possui Traumatismo Raquimedular (TRM) e deverá tomar 
todos os cuidados pertinentes a este tipo de patologia. 
5.1. Acalmar a vítima, fazê-la repousar e aquecê-la através da substituição das 
roupas molhadas e fornecimento de roupas secas, casacos, cobertores e bebidas 
quentes. 
5.2. Manter a vítima deitada em decúbito dorsal procedendo com a 
lateralização da cabeça ou até da própria vítima afim de que não ocorra aspiração de 
líquidos. 
5.3. Caso o afogado inconsciente seja deixado sozinho, ele deve ser colocado 
na posição de recuperação que mantêm o corpo apoiado em posição segura e 
confortável, além de impedir que a língua bloqueie a garganta e facilitar a saída de 
líquidos. 
5.4. Fazer a desobstrução das vias aéreas através da extensão do pescoço. 
5.5. Em vítimas com parada respiratória, proceder com a respiração boca-a-boca 
objetivando manter a oxigenação cerebral. 
5.6. Em vítimas com PCR, efetuar a RCP em casos que o tempo de submersão 
seja desconhecido ou inferior a uma hora.
DESMAIO 
O desmaio consiste na perda transitória da consciência e da força muscular, 
fazendo com que o paciente caia no chão. 
Pode ser causado por vários fatores: 
- subnutrição, 
- cansaço, 
- excesso de sol, 
- estresse, 
- nervosismo, 
- angústia, 
- emoções fortes, 
- intercorrência de muitas outras doenças. 
Identificação 
· Tontura; 
· Sensação de mal-estar; 
· Pele fria, pálida e úmida; 
· Suor frio; 
· Perda da consciência. 
Providências 
- Arejar o ambiente; 
- Afrouxar as roupas da vítima; 
- Deixar a vítima deitada e, se possível, com as pernas elevadas; 
- Não permitir aglomeração; 
- Caso o desmaio dure mais do que dois minutos, encaminhar a 
vítima a um serviço de emergência. 
EXERCÍCIOS 
1. Qual o objetivo de se prestar os primeiros socorros? 
2. O que pode acontecer a uma pessoa que fica sem respirar de 
3 a 4 minutos?
3. Como se executa a respiração artificial? 
4. Como se procede a massagem cardíaca? 
5. Nos casos de queimadura, qual o procedimento? 
6. No caso de desmaio, qual o procedimento? 
7. O que não fazer no caso de hemorragias externas?
Medicina alternativa 
O termo Medicina Alternativa é comumente usado para descrever práticas 
médicas diversas da alopatia, ou medicina ocidental. 
Existem estudiosos do assunto que apontam que esta é uma definição 
inadequada, pois se deve considerar a medicina como constituída por métodos 
cientificamente validados de diagnóstico e tratamento, independente do fato de ser 
aplicada no oriente ou ocidente. Ainda, o termo alopatia foi criado pelo inventor da 
homeopatia como uma oposição ao princípio de "cura pelo semelhante" da 
homeopatia. Assim, o que estiver validado, mesmo que não convencional no meio, 
como fitoterapia, faz parte do arsenal de diagnose e terapia. 
Estes mesmos estudiosos indicam que uma definição mais adequada para a 
medicina alternativa seria o conjunto de práticas de diagnose e terapia sem a 
apropriada validação científica, ou que sejam consideradas inacessíveis ao método 
científico experimental, o que neste último caso pode ocorrer nas práticas de cura via 
métodos metafísicos e espirituais, diferentemente das práticas médicas 
convencionais. 
Medicina e Ciência 
A Medicina tem como princípio adotar novos tratamentos apenas quando estes 
tem eficácia, indicações e segurança comprovados cientificamente (no Brasil, esse 
princípio está descrito na Resolução CFM 1.499/98). O uso de terapias por médicos 
sem o reconhecimento científico adequado pelos órgãos competentes é proibido. 
A postura da Organização Mundial de Saúde frente a utilização de tratamentos 
alternativos é a de orientar no sentido de ter cautela, devido ao fato de existirem
muitos terapeutas despreparados seguindo teorias relacionadas a crenças, além de 
pessoas inescrupulósas que se valem da boa fé e falta de informação para ludibriar e 
obter benefícios próprios. Nos dias de hoje esta é uma recomendação válida na 
maioria das situações do cotidiano, e ocorre em todos os setores profissionais e 
comerciais. 
Reconhecimento científico 
O princípio da hierarquia das evidências postulado por Sackett em 1989 
estabelece as possíveis formas de verificar a validade de técnicas diagnósticas e 
terapêuticas: 
1. Revisão sistemática de experimentos aleatoriamente controlados 
(RCT – Randomized Control Trial). 
2. Experimentos controlados aleatoriamente. 
3. Estudos não controlados. 
4. Consenso médico baseado na experiência individual. 
5. Impressões Clínicas. 
Resultados semelhantes obtidos pela repetição de experimentos por outros 
pesquisadores, em qualquer desses níveis são imprescindíveis. Técnicas cujos 
resultados diferem em função do pesquisador, respeitada a igualdade de condições 
dos experimentos são consideradas sob avaliação, ou invalidadas. Apesar da 
validade dos relatos de caso no sentido de estimular novas hipóteses, a evidência 
anedótica não é considerada válida na medicina. 
Modalidades 
São consideradas, entre outras, práticas de Medicina Alternativa: 
· Acupuntura 
· Aromaterapia 
· Auriculoterapia 
· Cromoterapia 
· Fitoterapia 
· Florais de Bach 
· Homeopatia 
· Quiropraxia 
· Reflexologia 
· Reiki 
Acupuntura 
A acupuntura ou acupunctura (do latim acus - agulha e punctura - pontoada) é um 
ramo da Medicina Tradicional Chinesa e um método de tratamento considerado 
complementar de acordo com a nova terminologia da OMS - Organização Mundial da 
Saúde.
A acupuntura consiste na aplicação de agulhas, em pontos definidos do corpo, 
chamados de "Pontos de Acupuntura" ou "Acupontos", para obter efeito terapêutico 
em diversas condições. 
Atribui-se o nome "Acupuntura" a um jesuíta europeu que retornando da China, 
no século XVII, adaptou os termos chineses "Zhen" e "Jiu", juntando as palavras 
latinas "Acum" (agulha) e "Punctum" (picada ou punção), como visto. 
A tradução literal do termo chinês, no entanto, é bem diferente. O correto seria 
Zhen (agulha) e Jiu moxa ou seja "longo tempo de aplicação do fogo". 
A tradução causa a impressão de que o terapeuta só trabalha com agulhas. Os 
pontos e meridianos também podem ser estimulados por outros tipos de técnicas. Na 
verdade, os pontos de Acupuntura podem ser estimulados por: agulhas, dedos 
(acupressão) caracterizando distintas variantes da técnica de massagem chinesa (tui 
na, shiatsu, do-in); stiper (do inglês Stimulation and Permanency - Estimulação 
Permanente); ventosa ou pelo aquecimento promovido por moxa ou seja, longo tempo 
de aplicação do fogo", - um bastão de artemísia em brasa, que é aproximado da pele 
para aquecer o ponto de acupuntura. Há, também, o método de estimulação por laser, 
ainda em estudos. 
Aromaterapia 
Aromaterapia é um ramo da osmologia que consiste no uso de tratamento 
baseado no efeito que os aromas de plantas são capazes de provocar no indivíduo. 
De determinadas plantas aromáticas é extraído o óleo essencial a ser aplicado 
isoladamente ou em combinação com outros aromas, dependendo das enfermidades 
e do indivíduo. 
Óleos essenciais são substâncias voláteis extremamente concentradas, que 
possuem princípios ativos de acordo com suas composições químicas. Dependendo 
da planta, o óleo essencial terá características diferenciadas de aroma, cor e 
densidade. Os óleos essenciais podem ser usados diluídos em veículos carreadores 
sobre a pele, através de massagens, cremes, loções, gel ou puro, através da 
inalação. Dependendo da forma de uso provocará efeitos físicos, mentais e 
emocionais, alterando a respiração, os batimentos cardíacos, pressão arterial, 
estados de ânimo, concentração, etc. 
É considerada uma terapia alternativa ou complementar, embora seja um 
tratamento bastante antigo, que surgiu da fitoterapia e que é comumente usada em 
conjunto com esta. É utilizada no tratamento das mais variadas enfermidades e 
desequilíbrios, sendo considerada uma terapia holística. A Aromaterapia deve, 
mesmo assim, ser empregada com cautela e de preferência, guiada por um 
profissional especializado, que saberá verificar as contraindicações, além de 
dosagens melhores formas de uso. 
Auriculoterapia
A Auriculoterapia é uma forma de reflexoterapia que concentra sua ação na 
orelha. 
Auriculoterapia é uma técnica de diagnóstico e tratamento baseada no 
pavilhão auricular. Aurículo (orelha) + terapia (tratamento), ou seja, um tratamento 
através da orelha. O têrmo se refere a uma modalidade de reflexoterapia, não deve 
ser confundido com a Auriculopuntura, especialidade da acupuntura. 
Cromoterapia 
Cromoterapia é a prática da utilização das cores na cura de doenças. Vem 
sendo utilizada pelo homem desde as antigas civilizações — como Egito antigo, Índia, 
Grécia e China — com o objetivo de harmonizar o corpo, atuando do nível físico aos 
mais sutis. Para Hipócrates, saúde e doença dependem da harmonia entre meio 
ambiente, corpo e mente. 
Os adeptos da cromoterapia entendem que cada cor possui uma vibração 
específica e uma capacidade terapêutica. Isaac Newton no século XVII conseguiu 
descobrir as cores do arco-íris friccionando um prisma. O cientista alemão Johann 
Wolfgang von Goethe, no século XVIII, pesquisou durante cerca de 40 anos as cores 
e descobriu que o vermelho tem propriedade estimulante no organismo, o azul 
acalma, o amarelo provoca sensações de alegria, e o verde é repousante. Esses 
efeitos são mais ou menos intensos, dependendo da tonalidade usada 
Atualmente 
A cromoterapia do século XXI utiliza-se de tecnologia, e é baseada nas sete 
cores do espectro solar. Um pequeno bastão do tamanho de um lápis e com uma 
lâmpada de 25 watts é utilizado no tratamento. Ele é colocado a 5 centímetros da 
pele, e ali permanece por aproximadamente 3 minutos.
A cromoterapia consta da relação das principais terapias alternativas ou 
complementares reconhecidas pela OMS desde 1976, de acordo com a Conferência 
Internacional de Atendimentos Primários em Saúde de 1962, em Alma-Ata, no 
Cazaquistão. 
Não é reconhecida pela comunidade científica. Entretanto já existem alguns 
estudos sérios apontando a influência das cores na saúde humana, nomeadamente 
na área de biomidiologia. Um deles foi desenvolvido pelo Prof. Flávio Mario de 
Alcântara Calazans, baseado no episódio exibido em 1997 do Desenho Pókemon, em 
que uma alternância luminosa de cores de espectro oposto no círculo cromático na 
face de um dos personagens (Pikachu) causou episódios coletivos de epilepsia em 
crianças japonesas. As cores foram o azul, reconhecido por relaxar o ritmo cardíaco, 
e o vermelho, cor quente e estimulante. 
Ainda, de acordo com o professor: 
"1) Vermelho-610 a 760 nanômetros, ondas longas, de grande intensidade, 
tempo fisiológico de percepção = 0,02 de segundo; acelera o batimento cardíaco, 
eleva a pressão sanguínea, provoca tensão e agressividade. 2) Branco-sobreposição 
de todos os comprimentos de onda, sobrecarrega o nervo óptico e o córtex visual 
primário e secundário (na parte posterior do crânio, acima da vértebra Atlas, sob o 
osso occipital) saturando e cansando em curto intervalo de tempo e provocando 
ofuscamento e fadiga-stress. 3) Azul-450 a 500 nanômetros, ondas curtas de 
intensidade fraca, tempo fisiológico de percepção = 0,06 de segundo; equilibra o ritmo 
cardíaco, reduz a pressão sistólica, relaxa e acalma. " 
Por este episódio, fica relatado o efeito maléfico das variações luminosas 
intermitentes, numa doença conhecida como Epilepsia Sensitiva Cromática. 
Entretanto, estudos de duplo-cego refutando ou confirmando os efeitos benéficos da 
cromoterapia na saúde humana ainda são ausentes na Ciência médica. O efeito da 
cromoterapia segue sendo uma hipótese não falseável 
Ainda, na área de Teoria das Cores, Goethe, no século XIX, descobriu 
aspectos fisiológicos das cores posteriormente estudados por Paul Klee e Kandinsky, 
em seus tratados sobre a Gestalt. 
A Cromoterapia tambem é muito usada no Japão e é praticada pelo japones 
desde 1999. 
Fitoterapia 
Manual árabe de fitoterapia, cerca de 1334.
Fitoterapia (do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal) é o estudo 
das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças. Ela surgiu 
independentemente na maioria dos povos. Na China, surgiu por volta de 3000 a.C. 
quando o imperador Cho-Chin-Kei descreveu as propriedades do Ginseng e da 
Cânfora. 
Deve-se observar que a definição de medicamento fitoterápico é diferente de 
fitoterapia pois não engloba o uso popular das plantas em si, mas sim seus extratos. 
Os medicamentos fitoterápicos são preparações técnicas elaboradas por técnicas de 
farmácia, além de serem produtos industrializados 
Vantagens e riscos 
Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do 
mundo, utilizadas há milhares de anos para o tratamento de doenças, através de 
mecanismos na maioria das vezes desconhecidos. O estudo desses mecanismos e o 
isolamento do princípio ativo (a substância ou conjunto delas que é responsável pelos 
efeitos terapêuticos) da planta é uma das principais prioridades da farmacologia. 
Enquanto o princípio ativo não é isolado, as plantas medicinais são utilizadas 
de forma caseira, principalmente através de chás, ultradiluições, ou de forma 
industrializada, com extrato homogêneo da planta. 
Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de 
risco. Além do princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter outras 
substâncias tóxicas, a grande quantidade de substâncias diferentes pode induzir a 
reação alérgica, pode haver contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados e 
interação com outras medicações, levando a danos à saúde e até predisposição para 
o câncer. 
Além disso, todo princípio ativo terapêutico é benéfico dentro de um intervalo 
de quantidade - abaixo dessa quantidade, é inócuo e acima disso passa a ser tóxico. 
A variação de concentração do princípio ativo em chás pode ser muito grande, 
tornando praticamente impossível atingir a faixa terapêutica com segurança em 
algumas plantas aonde essa faixa é mais estreita. Na forma industrializada, o risco de 
contaminações pode ser reduzida através do controle de qualidade da matéria prima, 
mas mesmo assim a variação na concentração do princípio ativo em cápsulas pode 
variar até em 100%. Nas ultradiluições, como na homeopatia, aonde não há 
virtualmente o princípio ativo na apresentação final, não há nenhum desses riscos 
anteriores, mas a eficácia desse tratamento não foi comprovada cientificamente. 
À medida que os princípios ativos são descobertos, eles são isolados e 
refinados de modo a eliminar agentes tóxicos e contaminações, e as doses 
terapêutica e tóxica são bem estabelecidas, de modo a determinar de forma precisa a 
faixa terapêutica e as interações desse fármaco com os demais. 
No entanto, o isolamento e refino de princípios ativos também não é isento de 
riscos. Primeiro porque pretende substituir o conhecimento popular tradicional e livre, 
testado há milênios, por resultados provindos de algumas pesquisas analítico-científicas 
que muitas vezes são antagônicas. Segundo, porque a simples idéia de 
extrair princípios ativos despreza os muitos outros elementos existentes na planta 
que, em estado natural, mantêm suas exatas proporções. Assim sendo, o uso de 
fitoterápicos de laboratório poderia introduzir novos efeitos colaterais ou adversos
inesperados, devidos à ausência de sinergismo ou antagonismo parcial entre mais de 
um princípio ativo que apenas seriam encontrados na planta. 
EXEMPLOS DE PLANTAS 
Abaixo uma relação de plantas medicinais e as suas indicações: 
ALECRIM 
(Rosmarinus officinalis L.) 
Indicações: entorses, contusões e dores reumáticas. 
Modo de usar: prepare uma tintura com uma xícara de café de folhas secas e uma 
xícara de chá de álcool 700. Após 8 dias coe e utilize na forma de compressas ou 
fricções. 
Outras indicações: digestivo, alívio da sensação de empachamento, eliminação de 
gases. 
Modo de usar: em uma garrafa de vinho branco coloque meia xícara de chá de folhas 
frescas. Deixe descansar por 15 dias. Coe e tome uma pequena quantidade antes 
das refeições. 
ALFAVACA-DE-CABOCLO 
(Ocimum gratissimum L.) 
Indicações: digestivo, gases, vômitos. 
Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente coloque uma colher pequena 
de folhas secas. Abafe, deixe esfriar e coe. Beba uma xícara de chá 2 a 3 vezes ao 
dia. 
BOLDO 
(Peumus boldus Mol.) 
Indicações: falta de apetite, problemas do estômago e fígado. 
Modo de usar: em uma garrafa de vinho branco coloque 3 colheres de sopa de folhas 
picadas. Deixe descansar por 5 dias e coe. Tome um cálice antes das refeições. 
Outras indicações: cálculo na vesícula. 
Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente adicione uma colher de 
sobremesa de folhas picadas. Abafe, coe e beba depois de frio uma xícara 3 vezes ao 
dia, sendo a primeira em jejum.
CANELA 
(Cinnamomum zeylanicum Ness) 
Indicações: digestivo, gases. 
Modo de usar: cozinhe a entrecasca do caule em fogo baixo. Utilize 3 pedaços 
grandes para cada meio litro de água. Tome uma xícara de chá após as refeições. 
CAPIM-SANTO 
(Cymbopogon citratus (DC) Stapf.) 
Indicações: nervosismo, ansiedade, cólicas intestinais, gases, febre. 
Modo de usar: em uma xícara de chá de água fervente acrescente uma colher de 
sopa de folhas frescas. Abafe por 5 minutos e coe. Beba uma xícara de chá 1 a 3 
vezes ao dia. 
CHAMBÁ 
(Justicia pectoralis Jacq.) 
Indicações: tosse, bronquite. 
Modo de usar: leve ao fogo para ferver, rapidamente, uma xícara de chá de folhas de 
chambá e uma xícara de chá de água. Coe e acrescente 2 xícaras de chá d açúcar. 
Leve ao fogo baixo até que o açúcar dissolva completamente. Deixe esfriar. Tome 
uma colher de sopa de 2 a 3 vezes ao dia. Para crianças utilize apenas meia colher 
de sopa 2 a 3 vezes ao dia. 
COLÔNIA 
(Alpinia speciosa Schum.) 
Indicações: nervosismo, dores em geral. 
Modo de usar: em uma xícara de água fervente coloque uma colher de chá de raízes 
picadas. Abafe e depois de frio coe. Tome uma xícara de 1 a 2 vezes ao dia. 
CRAVO-DA-ÍNDIA 
(Syzygium aromaticum (L.) Merr. et Perry
Indicações: expectorante, bronquite. 
Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente acrescente 4 a 5 cravos. 
Abafe por 10 minutos e coe. Beba uma xícara após as principais refeições. 
ATENÇÃO: o consumo exagerado pode provocar problemas gástricos. 
ERVA CIDREIRA 
(Lippia alba (Mill.) Brown) 
Indicações: nervosismo, cólicas uterinas e intestinais. 
Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente acrescente 2 colheres de 
sopa de folhas picadas. Abafe por 10 minutos e cor. Beba 1 a 3 xícaras ao dia. 
Outras indicações: tosse, bronquite e asma. 
Modo de usar: leve ao fogo para ferver, rapidamente, uma xícara de chá de folhas e 
uma xícara de chá de água. Coe e acrescente 2 xícaras de chá de açúcar. Leve ao 
fogo baixo até que o açúcar dissolva completamente. Deixe esfriar. Tome uma colher 
de sopa de 3 a 6 vezes ao dia. Para crianças utilize apenas meia colher de sopa 2 a 3 
vezes ao dia. 
EUCALIPTO 
(Eucalyptus globulus Labill.) 
Indicações: bronquites, gripes e catarro. 
Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente acrescente uma colher de 
sobremesa de folhas picadas. Abafe por 5 minutos e coe. Tome uma xícara de chá 1 
a 2 vezes ao dia. ATENÇÃO: O consumo exagerado pode provocar vômitos e 
diarréia. 
GOIABA VERMELHA 
(Psidium guajava L.) 
Indicações: diarréia. 
Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente coloque 3 olhos da 
goiabeira. Abafe, e coe depois de frio. Beba uma xícara 2 a 3 vezes ao dia.
HORTELÃ DA FOLHA MIÚDA 
(Mentha x piperita L.) 
Indicações: má digestão, gases, náuseas. 
Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente acrescente 1 colher de sopa 
de folhas picadas. Abafe por 10 minutos e coe. Beba 1 xícara após as refeições. 
ATENÇÃO: Evite administrar a planta para crianças que estão mamando ou que são 
muito novas. 
HORTELÃ DA FOLHA GRAÚDA 
(Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng.) 
Indicações: tosse, bronquite, inflamação da boca e garganta. 
Modo de usar: Prepare um xarope alternando camadas de folhas e açúcar. Leve ao 
fogo baixo tendo o cuidado de não queimar. Deixe aquecer um pouco e desligue o 
fogo logo em seguida. Coloque para descansar por um dia em um utensílio tampado. 
Tome 1 a 2 colheres de sopa por dia. 
MANJERICÃO 
(Ocimum basilicum L.) 
Indicações: gases, cólicas, digestivo. 
Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente adicione uma colher de sopa 
de folhas picadas. Abafe por 10 minutos e coe. Beba 1 xícara antes das refeições. 
MARACUJÁ 
(Passiflora edulis Sims) 
Indicações: nervosismo, inquietação, insônia. 
Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente coloque 2 colheres de sopa 
de folhas picadas. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 a 2 xícaras por dia, 
principalmente antes de deitar. ATENÇÃO: pessoas que sofrem de pressão baixa não 
devem beber o chá de maracujá. 
MASTRUZ 
(Chenopodium ambrosioides L.) 
Indicações: vermes, lombrigas.
Modo de usar: em uma xícara de chá com leite fervente acrescente as seguintes 
medidas de folhas: uma colher de sobremesas para crianças de 10-20kg; uma de 
sopa para 20-40kg; jovens e adultos de 2 a 3 colheres de sopa. Abafe e tome uma 
xícara em jejum pela manhã. ATENÇÃO: Use somente como indicado, altas doses 
podem ser fatais. 
POEJO 
(Mentha pulegium L.) 
Indicações: gases, regulador da menstruação. 
Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente acrescente 2 colheres de 
sopa de folhas frescas picadas. Abafe por 10 minutos e coe. Beba 1 xícara antes das 
refeições. ATENÇÃO: Evite administrar a planta para crianças que estão mamando ou 
que são muito novas. 
CONTRA INDICAÇÕES DE PLANTA MEDICINAIS 
Como qualquer medicamento, as plantas medicinais são extremamente úteis para 
tratar determinadas doenças, mas ao mesmo tempo podem também ser contra-indicadas 
para outras. Algumas delas deverão também ser alvo de especial 
precaução, pois apesar de serem benéficas em pequenas quantidades, podem ser 
tóxicas ou mesmo mortais se não tomar os devidos cuidados. 
Não se deve assustar e muito menos perder o interesse nas plantas medicinais! Estas 
precauções são comuns a qualquer substância: utilizando-as da forma correcta 
apenas ficará a ganhar! 
Assim, sempre que seleccionar uma planta medicinal para uma qualquer doença, 
confira nesta lista se existem casos para os quais não é indicada. 
A 
· Abeto-branco – em doses excessivas, pode constituir perturbações 
nervosas, sobretudo nos mais jovens.
· Abrunheiro-bravo – não deverá comer nem mastigar os caroços dos frutos, 
pois estes são altamente tóxicos; a casca tem também as mesmas propriedades, 
devendo por isso limitar-se a folhas e aos frutos. 
· Absinto – aplicam-se os mesmos efeitos de intoxicação que a bebida tem: 
doses excessivas causam delírio, convulsões, tremores e vertigens. Não é 
recomendado em qualquer situação a mulheres grávidas ou lactantes. Também 
não é recomendado a quem possa sofrer de úlceras ou gastrites. 
· Acácia-bastarda – deve limitar o uso às flores e às folhas, pois os restantes 
componentes desta planta são tóxicos. 
· Açafrão – uma dose excessiva é altamente tóxica, com graves 
consequências a nível dos sistemas nervoso e renal. Deve ser evitada por 
grávidas. 
· Acónito – nunca deve ser utilizado sem acompanhamento médico, pois o 
acónito é das plantas mais venenosas do mundo! Apeas pode ser utilizado em 
fármacos próprios e controlados, dentro das quantidades prescritas. 
· Adónis-da-itália – é difícil quantificar a dose mais indicada, pelo que apenas 
deverá ser utilizado sob acompanhamento médico. O uso excessivo é tóxico, 
levando a vómitos, náuseas e diarreias. 
· Agrião – em grandes quantidades pode irritar o estômago; deve ainda ser 
evitado por grávidas, por constituir perigo para o feto. 
· Agripalma – actua sobretudo no coração, pelo que o uso excessivo pode 
sobrecarregar o músculo, levando a perturbações graves. 
· Aipo – não recomendado a grávidas. 
· Alcaçuz – devido à componente esteróide de que é dotado, o seu consumo 
prolongado (questão de meses) pode causar problemas nas articulações, dor de 
cabeça e hipertensão. Não se recomenda a utilização durante a gravidez e em 
casos de hipertensão. 
· Alfazema – doses altas em na forma de essência podem causar convulsões. 
· Alho – não deve ser utilizado em doses altas em casos de hemorragias, 
qualquer que seja a sua origem (mesmo traumática). Também não se recomenda 
o uso continuado de grandes doses durante a gravidez.
· Aloé-vera – deverá ter um cuidado especial com as alergias a esta planta, 
que são extremamente comuns. A evitar por parte de mulheres grávidas e 
menstruadas; não é recomendável em casos de hemorróidas nem a crianças em 
qualquer situação. 
· Amieiro-negro – não é recomendado o uso por parte de grávidas, lactantes, 
ou durante a menstruação. Pessoas com hemorróidas deverão igualmente evitar 
o amieiro-negro. 
· Anémona-hepática – apenas deve utilizar as folhas secas, pois a planta 
fresca é considerada tóxica. 
· Aristolóquia – apenas se deve usar a raiz seca, pois a fresca é bastante 
tóxica; dadas as suas propriedades delicadas, apenas deve ser utilizada com 
acompanhamento médico. A ser evitada em qualquer situação por mulheres 
grávidas. 
· Arnica – para uso exclusivamente externo, pois a sua ingestão é tóxica. 
· Arruda – deve ser evitada por grávidas; 
· Artemísia – não é recomendado a grávidas nem a lactantes; o tratamento 
prolongado (ou doses excessivas) pode causar perturbações nervosas. 
· Ásaro – apenas deverá recorrer à planta seca ou em pó, pois a fresca 
provoca perturbações digestivas; mesmo nesses casos, deverá controlar as 
quantidades usadas, pois o excesso causará uma gastroenterite grave e, 
eventualmente, hemorragias. 
· Asclépia – apenas deve ser utilizada seca, pois folhas e caule frescos são 
tóxicos. 
· Azedas – evitar o uso em caso de gota ou cálculos no rim. 
· Azevinho – é um facto bastante conhecido, mas nunca é demais lembrar: as 
bagas do azevinho são altamente venenosas, podendo causar fortes vómitos e 
convulsões (e consequências ainda mais graves). 
B 
· Bérberis – não deverá exceder as doses recomendadas pois a casca da raiz 
(a parte utilizada) é naturalmente tóxica. 
· Betónica – para uso exclusivamente externo; a ingestão de qualquer parte 
da planta causará vómitos e diarreia.
· Boldo – não é recomendada a sua utilização por grávidas ou lactantes, 
como medida de precaução; além disso, uma dose excessivamente alta terá 
efeitos soporíferos, com a consequente acção sobre o sistema nervoso. 
· Bolsa-de-pastor – não recomendado em casos de hipertensão. 
· Briónia – as bagas são altamente tóxicas, devendo evitá-las a todo o custo. 
Em casos extremos podem provocar a morte. 
· Buxo – o seu uso deve ser evitado por grávidas, lactantes, e em casos de 
hipotensão e fraqueza geral. Não é recomendado para crianças em qualquer 
circunstância. Doses excessivas poderão causar transtornos no sistema nervoso, 
assim como perturbações gástricas. 
C 
· Cacau – apesar de ser uma delícia, o cacau não é recomendado (mesmo 
sob a forma de chocolate ou outros variados) em casos de prisão de ventre, 
insónias e taquicardia. Também irá agravar a acne nos adolescentes. 
· Calumba – não deverá exceder as quantidades indicadas, pois em doses 
elevadas terá efeitos tóxicos graves, desde náuseas e vómitos até problemas 
respiratórios graves. 
· Cáscara-sagrada – deve ser evitado por mulher menstruadas, grávidas ou 
lactantes, e ainda por pessoas com hemorróidas. 
· Castanheiro-da-índia – apesar do aspecto semelhante ao castanheiro 
comum, não confunda os seus frutos, pois estes são tóxicos. 
· Celidónia – no que diz respeito ao uso externo, não a deve aplicar em 
ferimentos recentes ou por cicatrizar. 
· Cerejeira-da-virgínia – ainda que a casca seja perfeitamente saudável, as 
folhas são venenosas. 
· Cersefi-bastardo – as sementes e os frutos são tóxicos, pelo que não os 
deve comer; pode ficar descansado quanto ao resto da planta, pois é 
perfeitamente saudável. 
· Cicuta – se estudou filosofia, talvez já tenha ouvido falar desta planta: 
Sócrates usou-a para pôr termo à sua própria vida. Daí pode depreender o óbvio: 
trata-se de uma planta venenosa que por isso mesmo deve ser utilizada sempre 
dentro dos valores recomendados.
· Coentro – deverá apenas utilizar os frutos maduros, pois as partes verdes 
poderão causar convulsões (em doses altas). 
· Cólquito – apenas deve recorrer aos fármacos especializados: a planta é 
altamente venenosa na sua forma natural. 
· Cominho – a ser evitado para crianças (sob a forma de essência), pois tem 
efeitos convulsivos. 
· Condurango – doses altas desta planta podem ter efeitos tóxicos, causando 
convulsões e paragens respiratórias. 
· Consolda-maior – não é recomendado para doentes hepáticos e do sistema 
nervoso; em doses excessivas pode causar sérias perturbações no fígado e no 
sistema respiratório. 
· Copaíba – o tratamento não deverá ultrapassar semana e meia (seguida), 
pois ao fim desse período pode criar problemas digestivos. 
· Cravinho – não é recomendado a quem sofra de úlcera gastroduodenal e/ou 
gastrite, pois poderá provocar vómitos e dores. 
D 
· Dictamno – é contra-indicado na gravidez, pois em doses elevadas pode 
provocar hemorragias uterinas e abortos. 
· Doce-amarga – para uso exclusivamente externo; a ingestão de qualquer 
parte da planta causará vómitos e diarreia, assim como perturbações do sistema 
nervoso. 
· Dormideira – especial precaução com as doses recomendadas, pois 
excedê-las terá efeitos tóxicos; ingerir a decocção ou o óleo com bebidas 
alcoólicas aumenta-os ainda mais. 
E 
· Éfedra – não sendo fatal, é uma planta altamente tóxica, pelo que apenas 
deve ser receitada por um especialista. 
· Escrofulária – uso exclusivamente externo, pois é tóxica se ingerida. 
· Espargo – deve ser evitado (sobretudo em grandes quantidades) por 
doentes renais.
· Espinheiro-cerval – deverá sempre recorrer a doses reduzidas, pois o 
excesso facilmente provoca cólicas, vómitos ou mesmo hemorragias. 
· Estragão – a dose excessiva irá agitar o sistema nervoso. 
· Estramónio – planta tóxica que em altas concentrações provoca 
alucinações e estados de euforia. 
· Eucalipto – quando utilizado por via interna, o seu uso correcto é desprovido 
de qualquer tipo de sequelas negativas. Contudo, o uso excessivo pode causar 
gastroenterite ou sangue na urina. 
· Evónimo – deverá limitar o seu uso a aplicações externas, pois interno terá 
efeitos tóxicos graves. 
F 
· Feto-macho – é contra-indicado para um conjunto vasto de patologias: 
anemia, úlcera, cardiopatia e gastrite; durante o tratamento não poderá ingerir 
alcóol, azeites ou óleos, sob risco de intoxicação. É altamente recomendado o 
seu uso apenas sob acompanhamento médico. 
· Fitolaca – as bagas têm efeito tóxico, o que provoca diarreia e vómito. 
· Funcho – o excesso da sua essência pode provocar convulsões. 
G 
· Galega – a planta fresca tem efeitos de irritação; deverá recorrer apenas à 
seca. 
· Genciana – desaconselhada para lactantes, pois azeda o sabor do leite, e 
deve ser evitada por detentores de úlceras gástricas. 
· Gengibre – em doses altas causa gastrite. Em qualquer caso, não deverá 
usar gengibre caso tenha uma úlcera de qualquer tipo. 
· Giesta – não se recomenda em casos de hipertensão. 
· Ginseng – não deverá ser tomado em conjunto com café ou chá, devido às 
propriedades excitantes que as três substâncias têm; ginseng em excesso pode 
também causar crises de nervosismo. 
· Globulária – quantidades excessivas poderão induzir vómitos e diarreias 
fortes.
· Gracíola – em casos de sobredosagem pode provocar violentos vómitos e 
cólicas, e no extremo, paragem cardíaca. 
· Grindélia – em doses altas é tóxica. 
· Groselheira-espim – as bagas a utilizar devem ser maduras, pois verdes 
causam problemas digestivos. 
H 
· Hera – as suas bagas são altamente tóxicas, pelo que não as deve ingerir 
em qualquer situação. 
· Hipericão – durante o tratamento deve evitar a exposição ao sol o mais 
possível, uma vez que esta planta aumenta a sensibilidade aos raios solares. 
· Hissopo – deverá respeitar as doses recomendadas, pois o excesso pode 
causar convulsões. 
· Hortelã-pimenta – as doses excessivas são nocivas, quer por inalação 
(espasmos localizados), quer como essência (nervosismo, palpitações e 
insónias). 
I 
· Ipecacuanha – utiliza-se o pó da raiz, com o qual deverá ter um cuidado 
especial pois pode provocar graves irritações no contacto com a pele. O uso 
excessivo provoca vómitos violentos. 
J 
· Jaborandi – por ter um efeito intenso no sistema nervoso, o seu emprego 
apenas deve ser feito com acompanhamento médico. 
· Jalapa – deverá encontrar outra alternativa caso tenha uma inflamação 
intestinal; é também contra-indicada para grávidas. 
L 
· Laranja – não deve ser ingerida em jejum caso tenha problemas da vesícula 
biliar, pois provoca sensação de mal-estar. 
· Linho – a duração do óleo produzido pelas sementes é escassa, e 
estragado causa forte irritação no uso exterior. 
· Lírio-dos-vales – as suas bagas são tóxicas, pelo que não as deve ingerir. 
· Loendro – uso exclusivamente externo, já que a ingestão pode ser fatal.
· Lúpulo – o seu uso excessivo poderá causar náuseas. 
M 
· Malmequer-dos-brejos – recomenda-se apenas o uso externo 
· Manjericão-grande – apesar dos seus muitos usos, deverá ponderar a sua 
utilização, respeitando sempre as doses recomendadas: o uso excessivo pode 
causar irritabilidade e ter efeitos narcóticos. 
· Meimendro-negro – é uma planta narcótica e tóxica, que, em doses 
elevadas, pode causar alucinogénia. 
· Milefólio – não é recomendado em casos de úlceras gástricas; doses 
elevadas poderão causar fortes dores de cabeça. Um efeito secundário comum, 
mas pouco grave, é o aparecimento de pequenas alergias na pele, facilmente 
tratáveis. 
· Milho – não é recomendado a doentes da próstata. 
· Mostarda-negra – recomenda-se apenas uso externo, pois a sua ingestão é 
extremamente irritante para o aparelho digestivo. 
N 
· Norça-preta – deverá limitar o seu uso (externo) à raiz, não ingerindo 
qualquer parte da planta, pois é venenosa. 
· Noveleiro – as suas bagas são venenosas, pelo que as deverá evitar a todo 
o custo. 
P 
· Pilriteiro – apesar de não ter efeitos secundários dentro das doses normais, 
em doses bastante excessivas pode levar a perturbações cardíacas e 
respiratórias. 
· Pimenta – utilizada em excesso pode aumentar a pressão arterial e causar 
problemas no aparelho urinário. Não deverá usar pimenta em caso de gastrite, 
hipertensão, hemorróidas e úlceras. 
· Pimenta-de-água – doses excessivas aquando do uso interno podem 
causar mal-estar no aparelho digestivo. 
· Pinheiro – doses muito elevadas em crianças podem provocar alterações no 
sistema nervoso.
· Piri-piri – deve evitá-lo caso sofra de problemas do tracto digestivo, 
sobretudo úlceras (em todo o aparelho), gastrite, colite e hemorróidas. 
· Primavera – planta altamente alérgica. 
· Pulsatila – apesar de a planta seca (a que deverá usar nos tratamentos) não 
ter qualquer componente tóxica, já o mesmo não se aplica à planta fresca, que 
deve evitar a todo o custo. 
Q 
· Quássia – deve ser evitado por pessoas com úlceras e pelas mulheres 
durante a menstruação. O excesso de uso pode provocar vómitos. 
R 
· Rauvólfia – os seus componentes têm efeito altamente alcalino, pelo que 
apenas deve recorrer a esta planta com ajuda médica. 
· Rícino – a utilização excessiva é extremamente perigosa, podendo mesmo 
ser fatal. 
· Romãzeira – a casca da raiz, recomendada para infusões, não deve 
utilizada por crianças, pessoas enfraquecidas nem mulheres grávidas. 
· Ruibarbo – a utilização prolongada levará a colites. Além disso, não é 
recomendado em situações de gravidez, lactação, hemorróidas e problemas 
renais. 
S 
· Sabugueiro – ingerir grandes quantidades das bagas pode causar distúrbios 
digestivos, assim como mal-estar geral. 
· Salsa – o seu consumo deve ser moderado por parte de grávidas, pois pode 
potenciar o aborto em casos que já exista essa predisposição. 
· Salsaparrilha-bastarda – doses excessivas podem causar enjoos fortes e 
vómitos. 
· Salva – não é recomendado a grávidas que não estejam em final de 
gravidez, lactantes e pacientes com perturbações psicológicas. 
· Sanamunda – doses excessivas poderão causar forte mal-estar geral. 
· Santónico – não deverá ser utilizado em crianças com menos de 4 anos; 
uma dose excessiva poderá causar perturbações nervosas.
· Saponária – no que diz respeito ao uso interno, doses altas demais podem 
provocar intoxicações. 
· Sassafrás – doses excessivas poderão provocar convulsões. 
· Selo-de-salomão – doses excessivas do seu caule serão nocivas para o 
bem-estar geral; evite também as bagas e as folhas, que são altamente tóxicas. 
T 
· Tanaceto – a ser evitado por grávidas. Em doses elevadas pode causar 
convulsões. 
· Tasneirinha – deverá ser alvo de um cuidado especial com as quantidades 
utilizadas por parte de doentes hepáticos. 
· Teixo – uma planta bastante perigosa, já que toda ela é venenosa com a 
excepção da parte utilizada na fitoterapia. Use-a com precaução, pois pode 
causar graves distúrbios cardio-respiratórios, levando mesmo à morte. 
· Trevo-cervino – uma dose excessiva do trevo-cervino pode induzir vómitos. 
· Trevo-de-água – deve respeitar as doses recomendadas, pois um pequeno 
excesso provocará o vómito. 
· Tussilagem – o efeito tóxico das folhas cruas é facilmente contornável se 
optar por utilizá-las secas. 
U 
· Uva-ursina – não deverá realizar tratamentos à base desta plana durante 
mais de duas semanas seguidas, pois ao fim desse período cria-se problemas 
digestivos. 
V 
· Viburno – para uso exclusivamente externo, pois as bagas são tóxicas: 
provocam vómitos e diarreias. 
· Visco-branco – as bagas são tóxicas, pelo que não deve recorrer a elas. Em 
grandes quantidades podem provocar vómitos, hipotensa e problemas cardio-respiratórios 
graves. 
Z 
· Zimbro – não recomendado a grávidas ou em casos de inflamações dos 
rins.
Medicamento fitoterápico 
Um medicamento fitoterápico é aquele alcançado de plantas medicinais, 
onde utiliza-se exclusivamente derivados de droga vegetal tais como: suco, cera, 
exsudato, óleo, extrato, tintura, entre outros. O termo confunde-se com fitoterapia ou 
com planta medicinal que realmente envolve o vegetal como um todo no exercício 
curativo e/ou profilático. Os fitoterápicos são medicamentos industrializados, onde são 
tratados através de legislação específica. São uma mistura complexa de substâncias, 
onde, na maioria dos casos, o princípio ativo é desconhecido. 
O simples fato de coletar, secar, estabilizar e secar um vegetal não o torna 
medicamento fitoterápico. Deste modo, vegetais íntegros, rasurados, triturados ou 
pulverizados, não são considerados medicamentos fitoterápicos, em outras palavras, 
uma planta medicinal não é um fitoterápico. Também não são considerados 
fitoterápicos os chás, medicamentos homeopáticos e partes de plantas medicinais. 
Embora de difícil consenso, um fitoterápico pode ser definido como um 
medicamento (obtido pela tecnologia farmacêutica e industrializado) de origem 
vegetal (fitofármaco) caracterizado por apresentar várias substâncias qúimicas 
(fitoquímicos) responsáveis pelos efeitos terapêuticos eou colaterais (também). Esta 
definição se opõe à de um medicamento não-fitoterápico cuja origem do(s) 
princípio(s) ativo(s) não é(são) exclusivamente vegetal(is) além de ser variada (ex: 
anti-histamínicos, anti-térmicos e vitamina C todos juntos em comprimidos anti-gripais). 
Por exemplo (típico), o fitoterápico Ginkgo biloba tem cerca de 20 
substâncias ativas que respondem juntas pelo efeito terapêutico, sem a totalidade 
simultânea das quais, o mesmo efeito não se alcança na plenitude. 
Assim como outros medicamentos, os fitoterápicos quando utilizados de forma 
incorreta podem proporcionar problemas de saúde. 
Por isso, para regulamentar a comunicação ao usuário, uma resolução da 
Anvisa em vigor desde 10 de março de 2010 padroniza regras para comercialização. 
Cada produto deve indicar para o que serve e seus possíveis efeitos colaterais. Os 
dados devem estar em um folheto informativo na embalagem ou no invólucro da 
planta 
Definição de órgãos regulatórios 
Fitoterápico, segundo a RDC n°48 de 16 de março de 2004 da Anvisa é o 
medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. 
É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como 
pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é 
validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações 
tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera 
medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas 
isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais. 
Segundo a OMS, os medicamentos fitoterápicos são aqueles preparados com 
substâncias ativas presentes na planta como um todo, ou em parte dela, na forma de 
extrato total. 
Utilização na saúde pública
No Brasil, o Ministério da Saúde, torna disponível a utilização de medicamentos 
fitoterápicos na saúde pública. Desde 2007, as prefeituras brasileiras podem adquirir 
espinheira santa, utilizada no tratamento de úlceras e gastrites e guaco para sintomas 
da gripe, como a tosse, ambos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária. No final de 2009, foram incluídos à lista de fitoterápicos utilizados pelo SUS 
a alcachofra, aroeira, cáscara sagrada, garra do diabo, isoflavona da soja e unha de 
gato. 
Através da Portaria interministerial (2.960/2008) assinada pelo Ministério da 
Saúde do Brasil e outros nove ministérios (Casa Civil; Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento; Cultura; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento Social e 
Combate à Fome; Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior; Integração 
Nacional; Meio Ambiente; e Ciência e Tecnologia) foi criado o Programa Nacional de 
Plantas Medicinais e Fitoterápicos com objetivo de ampliar a utilização deste tipo de 
medicamento pelo SUS.[13] 
Também em janeiro de 2009, o Ministério da Saúde do Brasil divulgou uma 
lista com 71 plantas que podem ser utilizadas como medicamento fitoterápico.[14] Eis a 
composição da lista: 
Nome científico Nome popular Uso 
Achillea millefolium Mil-folhas, 
Dipirona 
Combate úlceras, feridas, 
analgesica 
Allium sativum Alho Anti-séptico, Anti-inflamatório e 
Anti-hipertensivo 
Aloe spp (A. vera ou A. 
barbadensis) Babosa, áloes 
Combate caspa, calvície e é 
antisséptico, tira lêndea de piolhos e é 
cicatrizante 
Alpinia spp (A. zerumbet ou 
A. speciosa) Colônia Anti-hipertensivo 
Anacardium occidentale Caju Antisséptico e cicatrizante 
Ananas comosus Abacaxi Mucolítica e fluidificante das 
secreções e das vias aéreas superiores. 
Apuleia ferrea = Caesalpinia 
ferrea 
Jucá, pau-ferro- 
verdadeiro, ibirá-obi 
Infecção catarral, garganta, gota, 
cicatrizante 
Arrabidaea chica Crajirú, carajiru Afeções da pele em geral 
(impigens), feridas, Antimicrobiano 
Artemisia absinthium Artemísia Estômago, fígado, rins, verme 
(lombriga, oxiúro, giárdia e ameba) 
Baccharis trimera Carqueja, 
carqueja amargosa Combate feridas e estomáquico 
Bauhinia spp (B. affinis, B. 
forficata ou variegata) Pata de vaca 
Bidens pilosa Picão Combate úlceras 
Calendula officinalis 
Bonina, 
calêndula, flor-de-todos- 
os-males, 
malmequer 
Feridas, úlceras, micoses 
Carapa guianensis Andiroba, 
angiroba, nandiroba 
Combate úlceras, dermatoses e 
feridas 
Casearia sylvestris Guaçatonga, 
apiáacanoçu,bugre 
Combate úlceras, feridas, aftas, 
feridas na boca
branco, café-bravo 
Chamomilla recutita = 
Matricaria chamomilla = Matricaria 
recutita 
Camomila Combate dermatites, feridas 
banais 
Chenopodium ambrosioides 
Mastruz, erva-de- 
santa- maria, 
ambrosia, erva-de-bicho, 
mastruço, 
menstrus 
Corrimento vaginal, antisséptico 
local 
Copaifera spp Copaíba Anti-inflamatório 
Cordia spp (C. curassavica 
ou C. verbenacea) Erva baleeira Anti-inflamatório 
Costus spp (C. scaber ou C. 
Combate leucorreia e infecção 
spicatus) Cana-do-brejo renal 
Croton spp (C. cajucara ou 
C. zehntneri) 
Alcanforeira, 
erva-mular, pé-de-perdiz 
Combate feridas, úlceras 
Curcuma longa Açafrão 
Cynara scolymus Alcachofra Combate ácido úrico 
Dalbergia subcymosa Verônica Auxiliar no tratamento de 
inflamações uterinas e da.anemia 
Eleutherine plicata Marupa, 
palmeirinha Hemorroida, vermífugo 
Equisetum arvense Cavalinha Diurético 
Erythrina mulungu Mulungu Sistema nervoso em geral 
Eucalyptus globulus Eucalipto Combate leucorreia 
Eugenia uniflora ou Myrtus 
brasiliana Pitanga Diarreia 
Foeniculum vulgare Funcho Antisséptico 
Glycine max Soja Sintomas da menopausa, 
oesteoporose 
Harpagophytum 
procumbens Garra-do-diabo Artrite reumatoide 
Jatropha gossypiifolia Pião-roxo, 
jalapão, batata-de-téu Antisséptico, feridas 
Justicia pectoralis Anador Cortes, afecções nervosas, catarro 
bronquial 
Kalanchoe pinnata = 
Bryophyllum calycinum 
Folha-da-fortuna 
Furúnculos 
Lamium album Urtiga-branca Leucorreia 
Lippia sidoides 
Estrepa cavalo, 
alecrim, alecrim-pimenta 
Malva sylvestris Malva, malva-alta, 
malva-silvestre Furúnculos 
Maytenus spp (M. 
aquifolium ou M. ilicifolia) 
Concorosa, 
combra-de-touro, 
espinheira-santa, 
cancerosa 
Anti-séptica em feridas e úlceras
Mentha pulegium Poejo 
Mentha spp (M. crispa, M. 
piperita ou M. villosa) 
Hortelã-pimenta, 
hortelã, menta 
Mikania spp (M. glomerata 
ou M. laevigata) Guaco Broncodilatador 
Momordica charantia Melão de São 
Caetano 
Morus sp Amora 
Ocimum gratissimum Alfavacão, 
alfavaca-cravo 
Orbignya speciosa Babaçu 
Passiflora spp (P. alata, P. 
edulis ou P. incarnata) Maracujá Calmante 
Persea spp (P. gratissima 
Abacate Ácido úrico, prevenir queda de 
ou P. americana) cabelo, anticaspa 
Petroselinum sativum Falsa 
Phyllanthus spp (P. amarus, 
P.niruri, P. tenellus e P. urinaria) 
Erva-pombinha, 
quebra-pedra 
Plantago major Tanchagem, 
tanchás Feridas 
Plectranthus barbatus = 
Coleus barbatus Boldo 
Polygonum spp (P. acre ou 
P. hydropiperoides) Erva-de-bicho Corrimentos 
Portulaca pilosa Amor-crescido Feridas, úlceras 
Psidium guajava Goiaba Leucorreia, aftas, úlcera, irritação 
vaginal 
Punica granatum Romeira Leucorreia 
Rhamnus purshiana Cáscara 
sagrada 
Ruta graveolens Arruda 
Salix alba Salgueiro 
branco 
Schinus terebinthifolius = 
Schinus aroeira 
Araguaíba, 
aroeira, aroeira-do-rio-grande- 
do-sul 
Feridas e úlceras 
Solanum paniculatum Jurubeba 
Solidago microglossa Arnica Contusões 
Stryphnodendron 
adstringens = Stryphnodendron 
barbatimam 
Barbatimão, 
abaremotemo, casca-da- 
virgindade 
Leucorreia, feridas, úlceras, 
corrimento vaginal 
Syzygium spp (S. 
jambolanum ou S. cumini) Jambolão 
Tabebuia avellanedeae Ipê-roxo 
Tagetes minuta Cravo-de-defunto 
Trifolium pratense Trevo vermelho
Uncaria tomentosa Unha-de-gato Imunoestimulante, anti-inflamatório 
Vernonia condensata Boldo da Bahia 
Vernonia spp (V. ruficoma 
ou V. polyanthes) Assa-peixe 
Zingiber officinale Gengibre Tosse 
Essência floral 
Essência floral ou elixir floral é a denominação convencional para um 
preparado natural, geralmente elaborado a partir de flores maduras, plantas ou ainda 
arbustos ao qual se agrega brandy ou álcool natural como conservante. O resultado é 
uma solução hidroalcaólica diluida que não possui princípios ativos e que por este 
motivo não apresenta nenhum efeito fisiológico, biológico ou orgânico. Os preparados 
normalmente se administram via oral e não apresentam toxicidade para as doses 
habituais. 
Objetivo da essência floral 
É uma terapia criada, nos anos de 1928 a 1936, pelo Dr. Edward Bach, médico 
homeopata, bacteriologista e imunologista. O objetivo da terapia floral é o equilíbrio 
das emoções do paciente. Ou seja, procura diminuir ou eliminar a estresse, 
depressão, pânico, desespero, sentimentos de culpa, cansaço físico ou mental, 
solidão, tristeza, indecisão, sensibilidade excessiva, ciúmes, ódio, mágoas, todos os 
tipos de medos, ansiedades e preocupações que uma pessoa esteja sofrendo 
Homeopatia 
Homeopatia (do grego ὅμοιος + πάθος transliterado hómoios - + páthos = 
"semelhante" + "doença") é um termo criado por Christian Friedrich Samuel 
Hahnemann (1755-1843) para designar uma terapia alternativa que se baseia no 
princípio similia similibus curantur ("os semelhantes curam-se pelos semelhantes"). 
Confunde-se-a com a fitoterapia, por conta dos produtos usados em suas 
formulações, embora ambas tenham corpo ideológico e metodologia essencialmente 
distintos. 
De fato, o tratamento homeopático consiste em fornecer a um paciente 
sintomático doses extremamente pequenas dos agentes que produzem os mesmos 
sintomas em pessoas saudáveis, expostas a quantidades maiores. Desse modo, o 
sistema de cura natural da pessoa seria estimulado a estabelecer uma reação de 
restauração da saúde por suas próprias forças, de dentro para fora. O medicamento 
homeopático é preparado em um processo que consiste em diluição sucessiva da 
substância, sucussão e "dinamização" (ou "potencialização"), em uma série de 
passos. 
Homeopatia não se acha pacificamente inserida como especialidade médica 
em todos os países. Mesmo aqueles que lhe conferem alguma aceitação oferecem-lhe 
certas restrições, ou de natureza institucional (as comunidades científico-médicas, 
os conselhos ou as ordens médicas etc.) ou de cunho legal (as disposições
normativas pertinentes na ordem jurídico-política de cada país). Consideram-se 
questionáveis, sob a óptica da metodologia científica vigente, tanto o princípio como 
as técnicas, que deveriam ser provados e aprovados segundo os cânones do método 
científico moderno. Em particular, citam-se: 
1. Os altos níveis de diluição (variando de acordo com o 
medicamento), que conduziriam eventualmente à ineficácia por efetiva 
inexistência de princípio ativo (os homeopáticos são tão diluidos que, em doses 
comuns, chega a ser impossível haver uma única molécula do princípio ativo 
em toda a solução); 
2. A escassez de estudos acadêmico-científicos específicos, em 
particular os que comprovem a eficácia de tal método (sobretudo estudos de 
duplo-cego); 
3. O grande número de estudos científicos ortodoxos com resultados 
negativos — a concluirem pela ineficácia da homeopatia. 
No Brasil, é considerada especialidade médica desde 1980 e é utilizada pelo 
Sistema Único de Saúde desde 2006, além de ser uma das práticas alternativas 
recomendadas pela Organização Mundial de Saúde – OMS. 
Princípios da homeopatia 
Além da visão holística impressa em toda a obra de Hahnemann, ou seja, a 
visão do todo sobre as partes, há quatro princípios que orientam a prática 
homeopática, quais sejam: 
· Lei dos Semelhantes : Resultado de suas releituras dos Clássicos 
e, sobretudo, de suas próprias experiências, anuncia esta Lei universal da 
cura: similia similibus curantur. Exemplificando, um medicamento capaz de 
provocar, em uma pessoa sadia, angústia existencial que melhora após 
diarréia e febre, curaria uma pessoa cuja doença natural apresente essas 
características. 
· Experimentação na pessoa sadia : A fim de conhecerem as 
potencialidades terapêuticas dos medicamentos, os homeopatas realizam 
provas, chamadas patogenesias; em geral são eles mesmos os 
experimentadores. Tipicamente não se fazem experiências com animais. Uma 
condição básica para a escolha dos provandos é que sejam saudáveis. Esses 
medicamentos são capazes de alterar o estado de saúde da pessoa saudável 
e justamente o que se busca são os efeitos puros dessas substâncias. 
· Doses infinitesimais : A preparação homeopática dos 
medicamentos segue uma técnica própria que consiste em diluições 
infinitesimais seguidas de sucussões rítmicas, ou seja: mistura-se uma 
pequena quantidade de uma substância específica em muita água e/ou álcool 
e agita-se bastante. A tese é de que essa técnica "desperte" as propriedades 
latentes da substância. Isso é chamado de "dinamização" ou "potencialização" 
do medicamento. 
· Medicamento único : Primeiro o homeopata avalia se a natureza 
individual está a "pedir" intervenção com medicamento, pois esse é um dos 
meios que o médico tem para auxiliar a pessoa, não o único. Sendo o caso, 
usa-se um medicamento por vez, levando-se em conta a totalidade sintomática
do paciente. Só assim é possível ver seus efeitos, a resposta terapêutica e 
avaliar sua eficiência ou não. Após a primeira prescrição é que se pode fazer a 
leitura prognóstica, ver se é necessário repetir a dose, modificar o 
medicamento ou aguardar a evolução. 
É surpreendente que Hahnemann tenha enunciado os princípios da 
homeopatia no final do século XVIII, somente como resultado da observação, pois só 
no século XX (principalmente na segunda metade) é que a expressão integral desse 
preceito começou a ser notada por contemporâneos, com destaques para as 
pesquisas de George Vithoulkas, Masaru Emoto, Jacques Benveniste, Fritjof Capra, 
C.G.Jung, Lovelock, Lynn Margulis, Gregory Bateson, Humberto Maturana, Lorenz, 
Bohr dentre vários outros. É evidente que esta pequena lista mostra cientistas de 
ramos muito diferentes e que a relação de suas pesquisas com a homeopatia pode 
não ser direta. Mas todos têm algo muito forte em comum: a ruptura com a visão 
cartesiana-positivista de parte substancial da ciência ocidental. 
Depois de Hahnemann, a homeopatia expandiu-se, tendo seu desenvolvimento 
e sua aceitação atingido diferentes níveis nas várias regiões do mundo. Por exemplo, 
na Índia e no Brasil a homeopatia faz parte das políticas oficiais de saúde. Já na 
Argentina está banida das políticas públicas, chegando a ser praticamente proibida 
em algumas províncias. 
Quiropraxia 
De acordo com a Federação Mundial de Quiropraxia (WFC sigla em inglês) e a 
Organização Mundial da Saúde (WHO sigla em inglês), a Quiropraxia é uma 
profissão na área da saúde que se dedica ao diagnóstico, tratamento e prevenção das 
disfunções mecânicas no sistema neuro-músculo-esquelético e os efeitos dessas 
disfunções na função normal do sistema nervoso e na saúde geral. No Brasil, a 
profissão está em processo de regulamentação, ao contrário de diversos outros 
países onde já se encontra estabelecida, como EUA e Canadá. Ainda assim, existem 
dois cursos universitários de quiropraxia reconhecidos pelo MEC. Há uma ênfase no 
tratamento manual incluindo a manipulação articular ou "ajustamento" ou outro tipo de 
manipulação articular e terapia de tecidos moles. 
Área de Atuação e Pesquisas Científicas 
A atuação do quiropraxista está no sistema neuro-músculo-esquelético. Os 
principais acometimentos tratados pela Quiropraxia são: 
· Dores na coluna lombar 
· Hérnia de disco e dor ciática 
· Dores no pescoço 
· Dores e tensão muscular 
· Problemas nas articulações do ombro, cotovelo, punho, joelho, 
tornozelo 
· Restrições à movimentações 
· DORT/LER
Existem centenas de pesquisas que relatam o tratamento de Quiropraxia como 
uma das formas mais seguras para acometimentos articulares, especialmente a 
coluna vertebral. 
· Lombalgia- 
Um estudo conduzido pelo médico T.W. Meade, publicado no British Medical 
Journal, concluiu, após dois anos de acompanhamento dos pacientes, que "para 
pacientes com dor na coluna lombar, para os quais não haja contra-indicação quanto 
à manipulação articular, a Quiropraxia praticamente garante benefícios 
compensadores e de longa duração, em comparação aos tratamentos hospitalares 
ambulatoriais oferecidos a pacientes". 
· Cervicalgia - 
Médicos e Quiropraxistas da Corporação RAND e de várias outras institutições 
acadêmicas, realizaram uma revisão de literatura sobre o tratamentos para dor 
cervical. Os autores concluíram que a manipulação articular é mais eficaz de que a 
mobilização ou tratamento fisioterápico de alguns casos de dor cervical subaguda ou 
crônica e perceberam que "todos os três tratamentos são provavelmente superiores 
ao tratamento médico". 
· Dor de Cabeça - 
Boline e cols conduziram um estudo, no ano de 1995, randomizando, 
comparando a manipulação articular da coluna com a medicação para dor 
(amitriptilina) no tratamento de cefaléia tensional. Os autores concluíram que os 
analgésicos tem eficácia de curta duração e apresentam efeitos colaterais, enquanto 
"quatro semanas após a conclusão da intervenção, o grupo que sofreu manipulação 
da coluna demonstrou redução de 32% na intensidade da dor de cabeça, 30% no uso 
do medicamento simples, e 16% de melhora funcional da saúde, como um todo. O 
grupo que recebeu a terapia por amitriptilina não demonstrou melhora alguma, tendo 
apresentado, inclusive, uma piora sutil". 
· Satisfação ao Tratamento Quiroprático - 
Um estudo de 1998 relatou que a Quiropraxia é o tratamento não médico mais 
freqüentemente usado nos EUA e proporciona alta satisfação aos seus usuários: 
"Praticamente todos os pacientes tratados por um quiropraxista declaram-se satisfeito 
com o seu tratamento; três quartos (73%) declaram-se 'muito satisfeito' e 23% 
declaram-se 'razoavelmente satisfeito' ". 
Reflexoterapia 
Reflexoterapia é a utilização terapêutica da Reflexologia. É uma técnica de 
tratamento por meio de estímulos em uma área reflexa. Reflexologia é o estudo das 
delimitações destas áreas, assim como as suas funções e ações diante das 
patologias humanas. É um dos recursos da medicina natural, holística, ou medicina 
complementar, antigamente conhecida como medicina alternativa. 
O Do In, de origem japonesa, e o Tui Na, de origem chinesa, incluem princípios 
de Reflexoterapia como estes entre seus tratamentos
Áreas reflexas 
Mapa de zonas reflexas nos pés 
As principais áreas reflexas trabalhadas são: as mãos (reflexo palmar); os pés 
(reflexo podal); as orelhas (reflexo auricular); a coluna (reflexo vertebral); a face 
(reflexo facial); e o crânio (reflexo cranial). 
Nos pés 
Os praticantes desta técnica acreditam que existem pontos nos pés que 
refletem a situação da saúde do corpo humano por inteiro. Por isto, estimulam-se 
estas áreas para aliviar dores, distúrbios orgânicos, emocionais (leves) e de várias 
partes do corpo, gerando assim um grande equilíbrio corporal, da maneira mais 
simples possível. 
Sir William Osler (n. 12 de Julho, 1849 – f. 29 de Dezembro, 1919) médico 
canadense, sendo um dos ícones da medicina moderna, chamado por vezes de "pai" 
dela, era um conhecedor e defensor da Reflexologia Podal, tanto que certa vez disse: 
"Quando os nervos dos olhos e dos pés forem corretamente entendidos, haverá 
menos necessidade de intervenções cirúrgicas". 
Nas mãos
O mesmo princípio se aplicaria às mãos. Nas mãos e nos pés, a região mais 
próxima à ponta dos dedos corresponderia à cabeça e a região mais próxima ao pulso 
e ao tornozelo à região do quadril. 
Massagem 
Massagem é a prática de aplicar força ou vibração sobre tecidos macios do 
corpo, incluindo músculos, tecidos conectivos, tendões, ligamentos e articulações 
para estimular a circulação, a mobilidade, a elasticidade ou alívio de determinadas 
dores corporais. 
Por ser uma forma de terapia, também pode ser conhecida como 
massoterapia. Pode ser aplicada a partes do corpo ou continuamente a todo o corpo, 
para curar traumas físicos, aliviar stress psicológico, controlar a dor, melhorar a 
circulação e aliviar tensão. Quando a massagem é utilizada para benefícios físicos e 
mentais, ela pode ser chamada de “Terapia de Massagem Terapêutica 
Massagem terapêutica 
Apesar de haver muitos tipos particulares de massagem, existem apenas 
alguns tipos básicos e primordiais de massagem. Há dois grupos grandes que se 
destacam: as massagens com óleos e as massagens "secas". Depois começaram a 
bifurcar-se em centenas de correntes e estilos diferentes, fundindo-se e separando-se 
em outros tantos estilos. Hoje em dia existem massagens aplicadas para 
praticamente todos os fins. Desde massagens para bebês e idosos até massagens 
cosméticas, de rejuvenescimento localizado. As massagens hoje em dia estão cada 
vez mais enraizadas nas culturas chegando até mesmo às empresas. Cada vez mais, 
grandes organizações incorporam nos seus pacotes de incentivos, massagens 
inclusive no próprio local de trabalho. A massagem não é exclusividade de 
fisioterapeutas.
Reiki 
Os kanji rei e ki significam "espírito" e "energia"; desse modo, reiki pode ser traduzido como 
"energia espiritual". 
Reiki é uma terapia baseada na canalização da energia universal (rei) através 
da imposição de mãos com o objetivo de restabelecer o equilíbrio energético vital de 
quem a recebe e, assim, restaurar o estado de equilíbrio natural (seja ele emocional, 
físico ou espiritual); podendo eliminar doenças e promover saúde. 
Apesar de variados relatos sobre sua eficácia, a reiki é ainda pouco 
reconhecida pela medicina. Mas é reconhecido como terapia alternativa 
complementar pela OMS. Há diversos estudos que comprovam sua eficácia, sendo 
que muitos podem ser encontrados no site Pubmed. 
Já existe comprovação científica do Reiki. 
Teorias e práticas 
Algumas escolas ensinam que o Reiki entra nos seus praticantes através do 
sétimo chakras (a Coroa), preenche o sistema energético sutil do praticante, e após 
ser transubstanciada no chakra Cardíaco, flui através das suas mãos para o corpo de 
quem recebe. 
Outras escolas ensinam que a energia entra através do primeiro chakra (raiz), 
preenche a aura, torna-se centrada no quarto chakra (coração) e flui através das 
mãos do praticante. 
O Sistema de Reiki tradicional (Dr. Usui) ensina que a energia Reiki é uma 
energia inteligente, que "sabe o que fazer", ou seja, a energia sente a necessidade do 
paciente: muda de cor, e até de intensidade e segue para o local necessário. Também
afirmam que, por outro lado, o ser humano possui o livre arbítrio, e caso o paciente 
não esteja aberto ao tratamento (predisposto a enfrentar as causas de suas emoções, 
vivências, pensamentos, sentimentos, e ações) a energia não fluirá: não terá efeito 
duradouro no organismo, podendo até mesmo ser bloqueada pelo paciente. Nesse 
caso, o desequilíbrio energético persistirá, assim como a raiz do problema íntimo. 
Segundo a visão holística, as doenças são criadas antes no mundo sutil: se 
manifestam nas várias camadas da aura a terminar com a última manifestação física 
que é o corpo humano (denso). O Reiki atua nas camadas sutis da aura: age no 
mundo invisível, e quando remove o padrão energético do desequilíbrio em todas as 
camadas a manifestação física é a cura do paciente. 
Meridianos. 
O tratamento é tradicionalmente efetuado ao impor-se as mãos. O Reikiano 
solicita ao paciente para deitar. Em seguida há a imposição das mãos do reikiano 
sobre o paciente. O reikiano atua como um canal para a energia Reiki, a energia flui 
da palma de suas mãos (chakra das mãos) para o corpo sutil e físico do paciente. 
Normalmente, o Reikiano aplica as posições do reiki que utilizam um esquema 
semelhante à posição dos meridianos e chakras da Acupuntura. 
Alguns praticantes tocam no corpo, outros mantêm as mãos próximas (10 a 20 
cm) do local a ser tratado. A energia reiki não possui barreira física: pode transpassar 
a barreira do tempo ( ser enviada ao passado, ao futuro ou no presente à distância- 
Técnicas ensinadas aos reikianos de maior graduação- e através de barreiras físicas: 
pode promover limpezas do ambiente. Ela é usada com muita eficácia nos animais de 
estimação posto que, as barreiras mentais à cura são menores que na maioria dos 
seres humanos. 
Alguns pacientes relatam sentir várias sensações subjetivas e objetivas: calor, 
frio, pressão, sonolência, vibrações, etc. Os praticantes de Reiki atribuem estas 
sensações à energia Reiki chegando ao corpo e à aura de quem a recebe. É normal 
no início do tratamento o paciente sentir a reação de limpeza que consiste num 
agravamento do estado negativo do paciente, que cessa logo que o bloqueio seja 
totalmente retirado. Durante esse período- variável para cada paciente- é comum os 
sentimentos que estavam guardados como rancor, raiva, sonhos, medo, ou outros 
serem revividos- até afastamentos de amigos, namorados (as) ou pessoas 
perniciosas que prejudicavam a vida do paciente. Durante essa chamada 
desintoxicação energética é comum durante essa fase de alguns dias ou meses, a
desistência de pacientes que não estejam preparados para liberar-se completamente 
dos problemas energéticos. Depois de passada essa fase, o paciente pode 
experimentar(dentro de suas permissões) livre dos bloqueios e o reiki é sentido como 
uma energia sublime do puro amor de Deus. 
O reiki repara necessidades energéticas: desbloqueia nós dos canais 
energéticos, traz mais energia onde o fluxo era menor ou redistribui energia presa em 
algum local para o restante do corpo através do desbloqueio. Alguns pacientes nada 
sentem, outros relatam sentir muito pouca ou nenhuma alteração, mas é comum para 
a maioria a sensação de relaxamento ou sono. 
Os cinco princípios do Reiki 
O que é considerado como princípios do Reiki, na verdade para os japoneses e 
antigos praticantes do Reiki é um Kotodama, ou conjunto de preceitos que devem ser 
repetidos pela manhã e pela noite por possuir uma alma e por isso possuir energias 
curativas. São eles: 
Só por hoje: 
· Não se preocupe 
· Não se aborreça 
· Honre pais e mestres 
· Trabalhe honestamente 
· Seja gentil com todos os seres 
Para Usui Sensei, estes ensinamentos deveriam ser tratados como mantras e 
por isso sempre recitados para que se possa alcançar paz e iluminação. 
O Reiki como terapia 
O Reiki é considerado{Reiki Sem Fronteiras} como terapia alternativa e 
complementar aos tratamentos convencionais. O Reiki não é controlado pelos 
pensamentos do reikiano. O reikiano, não deve, segundo o Reiki Tradicional (Dr. 
Usui) manifestar sua energia pessoal em favor do paciente. A energia pessoal do 
reikiano (o Ki para os japoneses ou Chi para chineses) não deve envolver o paciente. 
O Reiki é que deve ser usado por ser Apolar e inteligente. Embora não se acredite 
que seja possível causar mal com o Reiki, exceto em aplicações em fraturas que 
causam maior fluxo sanguíneo) é importante que reikiano reserve momentos para
proteção energética que protegem seu sistema energético dos pacientes ou 
ambientes. Por isso, apenas é aconselhável para o reikiano atender ao público caso 
ele já tenha uma maior graduação no reiki e estágio com Mestre experiente. 
EXERCÍCIOS 
1. O que é homeopatia? 
2. Qual a diferença entre a homeopatia e a fitoterapia? 
3. Cite 3 exemplos de plantas utilizadas na terapia de doenças. 
4. Quais as vantagens de massoterapia? 
5. Quais os preceitos do Reiki? 
6. Quais são as áreas de atuação da Quiropraxia?

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Primeiros socorros farmácia

  • 1. APOSTILA ATENDENTE EM FARMÁCIA MÓDULO 3
  • 2. Primeiros Socorros Definição: São os procedimentos de emergência que devem ser aplicados à uma pessoa em perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até que ela receba assistência definitiva. Objetivos: ➢ diminuir o sofrimento, ➢ evitar complicações futuras, ➢ salvar vidas. Aspectos fundamentais: ➢ manter a calma, ➢ ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de cuidados de uma equipe de saúde treinada, ➢ certificar-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro sem riscos para você, ➢ não esqueçer que um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima. O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: deixar de prestar socorro à vítima de acidentes ou pessoas em perigo eminente, podendo fazê-lo, é crime. Conceitos preliminares: ➢ Deixar de prestar socorro significa não dar nenhuma assistência à vítima. ➢ A pessoa que chama por socorro especializado já está prestando e providenciando socorro. ➢ A omissão de socorro e a falta de atendimento eficiente de primeiros socorros são os principais motivos de mortes e danos irreversíveis nas vítimas de acidentes de trânsito. ➢ Os momentos após um acidente, principalmente as duas primeiras horas são os mais importantes para se garantir a recuperação ou a sobrevivência das pessoas feridas. ➢ Nos trágicos momentos, após os acidentes, muitas vezes entre a vida e a morte, as vítimas são totalmente dependentes do auxílio de terceiros.
  • 3. ➢ Somente o espírito de solidariedade não basta; para que possamos prestar um socorro de emergência correto e eficiente, precisamos dominar as técnicas de primeiros socorros. ➢ Algumas pessoas pensam que na hora de emergência não terão coragem ou habilidade suficiente, mas isso não deve ser motivo para deixar de aprender as técnicas, porque nunca sabemos quando teremos que utilizá-las. ➢ Atendimento especializado: na maioria das cidades e rodovias importantes é possível acionar o atendimento especializado, que chega ao local do acidente de trânsito em poucos minutos. Importante para um socorrista: ➢ Tomar providências imediatas. ➢ Pedir e aceitar a colaboração de outras pessoas, sempre se deixando liderar pela pessoa que apresentar maior conhecimento e experiência. ➢ Agir com calma, evitando o pânico. ➢ Transmitir confiança, tranqüilidade, alívio e segurança aos acidentados que estiverem conscientes, informando que o auxílio já está a caminho. ➢ Afastar os curiosos. ➢ Tomar decisões rapidamente, porém dentro dos seus limites. ➢ Usar os conhecimentos básicos de primeiros socorros. ➢ Saber improvisar. Telefones Úteis Polícia Civil -- 147 Polícia Militar -- 190 Pronto Socorro - Ambulância -- 192 Bombeiros -- 193 PARADA CÁRDIO RESPIRATÓRIA A parada cardíaca ocorre quando a vítima encontra-se: ✔ Inconsciente. ✔ Sem sinais de respiração. ✔ Sem sinais de circulação. REANIMAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR (RCP) ✔ A atuação deve ser imediata e eficiente uma vez que no 1º minuto após a parada cardíaca e ventilatória, as hipóteses de sobrevivência são de 98%. No 4º minuto são já de 50% e no 6º minuto, de 11 %. ✔ Caso as células do cérebro forem privadas de sangue oxigenado por mais de 4 a 6 minutos, as lesões a nível cerebral podem tornar-se irreversíveis. ✔ Estes valores mostram bem a importância de uma atuação rápida. ✔ As manobras de RCP devem ser sempre iniciadas tão depressa quanto possível.
  • 4. Etapas da RCP: 1. Abertura das vias aéreas 2. Ventilação artificial (insuflações) – Ventilação boca-a-boca Ventilação boca-a-nariz 3. Circulação artificial (massagem cardíaca) 1. Abertura das vias aéreas · Manter uma das mãos sobre a testa da vítima e os dedos indicador e médio da outra mão sob o maxilar inferior (extensão da cabeça). · Com os dedos da mão que estavam sobre a testa, apertar o nariz da vítima com o polegar e o indicador, continuando a pressionar a testa com a palma da mão. 2. Ventilação artificial 2.1. Ventilação boca-a-boca · Aplicar a manobra de abertura das vias aéreas. · Fazer uma inspiração profunda. · Abrir a boca e colocá-la sobre a boca da vítima e insuflar (soltar o ar inspirado), fazendo 2 insuflações profundas e pausadas, cada uma com a duração de 2 segundos. · Deixar que a vítima expire (solte o ar) passivamente, libertando o nariz e a boca.· Pesquisar novamente, durante 5 segundos, se a ventilação se restabeleceu. · Se a vítima continua sem ventilar por si, faz-se uma insuflação cada 5 segundos, do modo já explicado. · Para avaliar se a ventilação artificial está sendo feita de um modo adequado, deve-se observar: 1º- Se ao insuflar o ar, ocorre resistência nos pulmões da vítima à entrada do ar, à medida que estes se expandem; 2º- Se o tórax se eleva e baixa; 3º- Se ouve e sente o ar sair durante a expiração. 2.2. Ventilação boca-a-nariz Deve ser recomendada quando: 1º- É impossível abrir a boca da vítima. 2º- É impossível ventilar através da boca devido a lesões graves da face.
  • 5. 3º- Existe dificuldade em adaptar bem a boca do socorrista à da vítima. · Aplicar a manobra de abertura das vias aéreas. · Fazer uma inspiração profunda, colocando a boca em volta do nariz da vítima. · Insuflar. · Quando retira a boca, a vítima expira por sua vez passivamente. · Quando se utiliza a ventilação boca-a-nariz, pode ser necessário abrir a boca da vítima para permitir a saída do ar durante a expiração. · O ciclo das insuflações é igual ao utilizado na ventilação boca-a-boca, ou seja, primeiro 2 insuflações profundas e pausadas, seguindo-se 1 insuflação em cada 5 segundos. 3. Circulação artificial - compressões torácicas (massagem cardíaca) · Localizar o apêndice xifóide com o dedo indicador da mão esquerda. · Colocar dois dedos da mão direita ao lado do indicador da mão esquerda. · Após colocar os dois dedos, posicionar a palma da mão esquerda. · Posicionar a mão direita sobre a mão esquerda, cruzando os dedos. · Os ombros do socorrista devem estar paralelos ao osso esterno da vítima e os seus braços estendidos totalmente. · Somente a região da palma da mão toca o esterno da vítima, evitando-se, dessa forma, pressionar as costelas. · Em conseqüência da massagem, o externo, em vítima adultas, deverá ser deslocado para baixo entre 4 e 5 cm. · Em crianças, com idade entre 1 a 8 anos, a pressão deve ser exercida com apenas uma das mãos, e o esterno deve ser deslocado entre 2,5 a 4 cm. · Em bebês, com idade variando de 0 a 1 ano, a pressão é realizada com dois dedos, posicionando-os na interseção do osso esterno com uma linha imaginária ligando os mamilos, fazendo o esterno ser deslocado de 1 a 2,5 cm. · Independente do resultado, encaminhar rapidamente a vítima para um atendimento de emergência. # RCP com um socorrista: · 2 insuflações pausadas e profundas (cada uma com a duração de dois segundos). · 30 Compressões Torácicas, seguidas de 2 insuflações. # RCP com dois socorristas: · Um socorrista é responsável pelas insuflações e o outro pelas compressões torácicas. · Realizar ciclos de 1 insuflação seguida de 5 compressões torácicas (ao ritmo de 80 a 100/minuto).
  • 6. CHOQUE ELÉTRICO ➔ Desligue o aparelho da tomada ou a chave geral. ➔ Se tiver que usar as mãos para remover uma pessoa, envolva-as em jornal ou um saco de papel. ➔ Empurre a vítima para longe da fonte de eletricidade com um objeto seco, não-condutor de corrente, como um cabo de vassoura, tábua, corda seca, cadeira de madeira ou bastão de borracha. ➔ Se houver parada cárdio respiratória, aplique a reanimação cárdio-pulmonar (RCP). ➔ Cubra as queimaduras com uma gaze ou com um pano bem limpo. ➔ Se a pessoa estiver consciente, deite-a de costas, com as pernas elevadas. ➔ Se estiver inconsciente, deite-a de lado. ➔ Se necessário, cubra a pessoa com um cobertor e mantenha-a calma. ➔ Procure assistência especializada imediatamente. CORPO ESTRANHO NO ORGANISMO No ouvido ➔ Não tente retirar objetos profundamente introduzidos, nem coloque nenhum instrumento no canal auditivo. ➔ Não bata na cabeça para que o objeto saia, a não ser que se trate de um inseto vivo. ➔ Pingue algumas gotas de óleo mineral morno (vire a cabeça para que o óleo e o objeto possam escorrer para fora). ➔ Procure assistência especializada imediatamente. Nos olhos ➔ Não deixe a vítima esfregar ou apertar os olhos. ➔ Pingue algumas gotas de soro fisiológico ou de água morna no olho atingido. ➔ Se isso não resolver, cubra os 2 olhos com compressas de gaze ou pano limpo, sem apertar. ➔ Se o objeto estiver cravado no olho, não tente retirá-lo. ➔ Se não for possível fechar os olhos, cubra-os com um cone de papel grosso (por exemplo um copo) e procure ajuda. ➔ Procure assistência especializada imediatamente. No nariz ➔ Instrua a vítima para respirar somente pela boca, orientando-a para assoar o nariz. ➔ Não introduza nenhum instrumento nas narinas para retirar o objeto. ➔ Se ele não sair, procure assistência especializada.
  • 7. Objetos engolidos ➔ Nunca tente puxar os objetos da garganta ou abrir a boca para examinar o seu interior. ➔ Se o objeto tem arestas ou pontas e a pessoa reclamar de dor, procure assistência especializada imediatamente. ➔ Se a pessoa não consegue tossir com força, falar ou chorar, é sinal de que o objeto está obstruindo as vias respiratórias, o que significa que há asfixia. ➔ Aplique a chamada "manobra de Heimlich". Manobra de Heimlich Vítimas conscientes: · Caso a vítima não consiga falar ou respirar, a angústia é visível no rosto, com olhos muito abertos, boca aberta, sinais de exaustão e cianose. · Geralmente as mãos agarram o pescoço. · Esta situação tem risco eminente de asfixia e, como tal, de parada ventilatória. · Incline a vítima para a frente, coloque-se por trás dela e com a mão plana, dê cinco pancadas secas nas costas entre as omoplatas. · Verifique se o corpo estranho saiu. · Se as pancadas falharem, coloque a sua mão fechada em punho e com o polegar contra o abdome da vítima, entre o umbigo e o apêndice xifóide, na zona do epigastro. · Com a outra mão envolver o punho fechado e efetuar 5 compressões abdominais para dentro e para cima. · Devem ser pausadas, seguras e secas. · Verifique se o corpo saiu pela boca. · Repetir esta seqüência de pancadas nas costas e compressões as vezes que for necessário até à expulsão do próprio objeto. Vítimas inconscientes: Se a vítima estiver inconsciente e o socorrista não conseguir suportar o peso da vítima, deve colocar a vítima
  • 8. deitada de costas e execute RCP, verificando se algum corpo estranho é expelido, removendo-o da boca se necessário. Repetir esta manobra até que seja eficaz. Situações onde as compressões abdominais não devem ser executadas: · Mulheres grávidas. · Vítimas obesas (nas quais o reanimador tem dificuldade em abranger o abdome da vítima). Nestes casos as compressões abdominais devem ser substituídas por compressões esternais (aplicadas no local de RCP). Manobra de desobstrução das vias aéreas em crianças menores de 1 ano: · Observe se a criança consegue chorar, tossir ou respirar. · Se a resposta é negativa, prossiga para o passo seguinte. · Coloque a criança de barriga para baixo (decúbito ventral) sobre o seu antebraço com a cabeça inclinada para baixo. · Efetue 5 pancadas nas costas, na linha média entre as omoplatas. · Utilize a base da mão, com força adequada ao tamanho da criança. · Alternadamente, coloque-a de costas (decúbito dorsal) e se necessário sobre uma superfície dura. · Execute 5 compressões sobre o esterno, com dois dedos, ou com os polegares ficando os restantes dedos a envolver o tórax da criança. · Verifique, entre cada passo, se o objeto que provoca a obstrução encontra-se na boca ou garganta e remova-o. · Se a criança ficar inconsciente inicie RCP. · Caso o corpo estranho ainda assim não saia, remova a vítima até um atendimento de emergência o mais rápido possível.
  • 9. ENVENENAMENTO Medicamentos, plantas, produtos químicos e substâncias corrosivas são os principais causadores de envenenamentos ou intoxicação, especificamente em crianças. Os sinais e sintomas mais comuns são queimaduras nos lábios e na boca, hálito com cheiro da substância ingerida, vômitos, alteração da pulsação, perda de consciência, convulsões e, eventualmente, parada cárdio-respiratória. O que não fazer ➔ Se a vítima estiver inconsciente, não provoque vômitos. ➔ Não induza o vômito se a substância ingerida for corrosiva ou derivada de petróleo (removedor, gasolina, querosene, polidores, ceras, aguarrás, Thinner, graxas, amônia, soda cáustica, água sanitária). Estes produtos causam queimaduras quando ingeridos e podem provocar novas queimaduras durante o vômito ou liberar gases tóxicos para os pulmões. Providências ➔ Se possível, identifique o tipo de veneno ingerido e a quantidade. ➔ Se a vítima estiver consciente, induza vômitos se o agente tóxico for medicamentos, plantas, comida estragada, álcool, bebidas alcoólicas, cosméticos, tinta, fósforo, naftalina, veneno para ratos ou água oxigenada. ➔ Se a pessoa estiver inconsciente ou tendo convulsões, não induza ao vômito. Aplique, se necessário, a respiração cárdiopulmonar e procure assistência especializada imediatamente. QUEIMADURAS n queimaduras de 1º grau : manifestam com vermelhidão, inchaço e dor. n queimaduras de 2º grau : a dor é mais intensa e normalmente aparecem bolhas ou umidade na região afetada. n queimaduras graves de 3º grau : a pele se apresenta esbranquiçada ou carbonizada e há pouca ou nenhuma dor. O que não fazer ➔ Não toque a área afetada. ➔ Nunca fure as bolhas. ➔ Não tente retirar pedaços de roupa grudados na pele. Se necessário, recorte em volta da roupa que está sobre a região afetada. ➔ Não use manteiga, pomada, creme dental ou qualquer outro produto doméstico sobre a queimadura. ➔ Não cubra a queimadura com algodão. ➔ Não use gelo ou água gelada para resfriar a região. Providências ➔ Se a queimadura for de pouca extensão, resfrie o local com água fria imediatamente.
  • 10. ➔ Seque o local delicadamente e cubra-o com um pano limpo ou chumaços de gaze. ➔ Em queimaduras de 2º grau, aplique água fria e cubra a área afetada com compressas de gaze ou pano limpo. ➔ Mantenha a região queimada mais elevada do que o resto do corpo, para diminuir o inchaço. ➔ Dê bastante líquido para a pessoa ingerir e, se houver muita dor, um analgésico. ➔ Se a queimadura for extensa ou de 3º grau, procure auxílio especializado imediatamente. Queimaduras químicas – providências ➔ Retire as roupas da vítima rapidamente, tendo o cuidado de não queimar as próprias mãos. ➔ Lave o local com água corrente por 10 minutos (se forem os olhos, 15 minutos). ➔ Enxugue delicadamente e cubra com um pano limpo e seco. ➔ Procure auxílio especializado imediatamente. Queimaduras solares – providências ➔ Refresque a pele com compressas frias. ➔ Faça a pessoa ingerir bastante líquido, mantendo-a na sombra, em local fresco e ventilado. ➔ Procure auxílio especializado imediatamente. HEMORRAGIAS 1, Hemorragia interna Sintomas ➔ Pulso fraco e acelerado ➔ Pele fria e pálida ➔ Mucosas dos olhos e da boca brancas ➔ Mãos e dedos arroxeados ➔ Sede, tontura e inconsciência Procedimentos ➔ Coloque a cabeça mais baixa que o corpo ➔ Aplique gelo no local ➔ Não deixe tomar líquidos ➔ Observe a respiração e os batimentos para evitar estado de choque 2. Hemorragia nasal Procedimentos ➔ Afrouxar a roupa
  • 11. ➔ Se o pulso estiver forte, deixe sair um pouco de sangue ➔ Respirar pela boca e não assoar o nariz ➔ Comprima a narina por 5 a 10 minutos ➔ Tampe a narina com algodão ➔ Coloque compressa fria ou gelo 3. Hemorragia externa Sintomas Perda de sangue por rompimento de veia ou artéria, quando abundante, pode matar a vítima num período de 3 a 5 minutos. Como saber o tipo de rompimento · Arterial: sangue vermelho vivo com jatos fortes · Venosa: há um escorrimento contínuo de sangue Procedimentos · Mantenha a vítima deitada e imóvel · Eleve a área ferida · Aplique gaze ou pano limpo e pressione · Amarre firme com atadura ou pano · Comprima a artéria na região acima do ferimento. FRATURAS Sintomas · Aspecto e posição anormal. · Muita dor no local · Alterações de cor · Articulações inchadas ou deformadas · Impossibilidade de movimento 1. Fratura fechada Procedimentos · Não movimente a vítima, somente o necessário · Coloque o membro na posição mais natural possível · Imobilize imediatamente · Na dúvida aja como se fosse uma fratura 2. Fratura aberta ou exposta Procedimentos · Aplique gaze ou pano limpo, sem tentar limpar · Fixar com uma bandagem, gravata ou cinto · Imobilize, mexendo o mínimo possível
  • 12. 3. Fratura na coluna vertebral Sintomas · Dores nas costas ou no pescoço · Aspecto anormal · Formigamentos e dormência · A vítima não sente ou não movimenta alguma parte do corpo. Procedimentos · Não mexa e não deixe ninguém tocar na vítima até a chegada do socorro. · Mantenha a vítima agasalhada e imóvel · Observe a respiração e se existe risco de parada cardio respiratória · Antes de mover a vítima, imobilize-a completamente. 4. Fratura de crânio Sintomas · Lesões na cabeça · Perda de sangue pela boca, nariz ou ouvidos · Tontura e desmaios · Dor de cabeça · Enjôo e vômitos · Alterações no tamanho das pupilas Procedimentos · Mantenha a cabeça levantada · Afrouxe as roupas no pescoço · Apóie a cabeça em local macio. · Se houver ferimento, cubra com gaze sem pressionar. · Enfaixe a cabeça sem comprimir áreas moles ou deprimidas · Não dê nada para a vítima beber ou comer · Mantenha a abordagem primária. 5. Fratura de Costela Sintomas · Dores no tórax, principalmente ao respirar. · Corpo torcido · Amolecimento, deformações e deslocamentos dos tecidos no local · Em caso de perfuração dos pulmões haverá sangramento pela boca. Procedimentos · Movimente a vítima o mínimo possível · Enfaixe o tórax com ataduras largas · Mantenha as vias aéreas desobstruídas · Atenção aos sinais vitais. 6. Fratura de Bacia
  • 13. Sintomas · Intensa dor no quadril · Impossibilidade de mover as pernas Procedimentos · Não mova a vítima e nem deixe que ela se mova · Imobilize completamente a vítima. CRISE CONVULSIVA É um quadro caracterizado pela contratura involuntária da musculatura com movimentos desordenados, generalizados ou localizados, acompanhada de perda dos sentidos. Sintomas · Movimentos musculares espásticos repetidos; · Lábios azulados; · Olhos virados para cima; · Perda dos sentidos; · Salivação abundante; · Eliminação de urina e fezes durante a crise; · Após o término da crise o paciente apresenta-se inconsciente e com perda do tônus muscular (musculatura flácida). Providências · A primeira medida é avaliar o cenário onde está o paciente; · Evitar toda e qualquer situação que possa colocar sua integridade em risco; · Colocar a pessoa deitada de costas em um local plano, confortável, afastada de toda fonte de risco (tomadas elétricas, fios, objetos perfurantes, locais ponteagudos); Desobstruir as vias aéreas conforme figura, permitindo melhor respiração; Não tente introduzir objetos entre os dentes; Afrouxe a roupa; Retire pulseiras, colares, relógios, óculos para evitar traumas; Observe se possui alguma placa de identificação (pulseira, medalha ou cartão) que possam identificá-lo ou estabeleçam diagnóstico da causa da crise; Não impeça os movimentos, apenas preocupe-se de que não ocorra traumatismos; Caso a vítima apresente grande quantidade de secreção na boca, não tente limpeza digital por poderá ter seu dedo traumatizado; Coloque-a de lado,
  • 14. permitindo a saída deste material da boca; Quando a crise passar evite estimular demasiadamente a vítima, para impedir o desenvolvimento de novas crises; Nunca jogue água ou dê tapas na vítima; No caso de criança: se for detectado febre alta, colocá-la imediatamente em um banho morno em uma banheira, por mais ou menos 10 minutos. Deixá-la envolta em uma toalha; Encaminhe a vítima para um serviço de emergência. AFOGAMENTO Afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar o aparelho respiratório. Haverá suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo organismo. Prevenção · Para bebês: nunca devem ser deixados sozinhos no banho ou próximo a qualquer superfície líquida. · Para crianças: além dos cuidados anteriores deve-se estimulá-las a assumir responsabilidade por sua própria segurança. Elas devem aprender a nadar e a boiar e devem compreender que não devem entrar em águas perigosas. Saltos de trampolim são extremamente perigosos. · Para adultos: devem ter noção sobre as suas limitações principalmente quando suas funções normais estiverem comprometidas devido ao manuseio de drogas, sejam elas medicamentos ou bebidas; evitar nadar sozinho em áreas não supervisionadas ou em áreas onde as condições do meio líquido sejam desconhecidas; qualquer nadador deve estar apto a nadar diagonalmente a uma corrente que o pegou e não contra a mesma, se não conseguir escapar deve chamar por socorro. Providências · Promover o resgate imediato e apropriado, nunca gerando situação em que ambos (vítima e socorrista) possam se afogar, sabendo que a prioridade no resgate não é retirar a pessoa da água, mas fornecer-lhe um meio de apoio que poderá ser qualquer material que flutue, ou ainda, o seu transporte até um local em que esta possa ficar em pé. · O socorrista deve saber reconhecer uma apnéia, uma parada cárdio-respiratória (PCR) e saber prestar reanimação cárdio-pulmonar (RCP). · O resgate deve ser feito por fases consecutivas compreendendo as seguintes fases: 1. Fase de observação: implica na observação do acidente, o socorrista deve verificar a profundidade do local, o número de vítimas envolvidas, o material disponível para o resgate, deve tentar o socorro sem a sua entrada na água, estendendo qualquer material a sua disposição que tenha a propriedade de boiar na água, não se deve atirar nada que possa vir a ferir a vítima. 2. Fase de entrada na água: o socorrista deve certificar-se que a vítima está
  • 15. visualizando-o. Ao ocorrer em uma piscina a entrada deve ser diagonal à vítima e deve ser feita da parte rasa para a parte funda. Sendo no mar ou rio a entrada deve ser diagonal à vítima e também diagonal à corrente ou à correnteza respectivamente. 3. Fase de Abordagem: 1. Abordagem verbal: ocorre a uma distância média de 3 metros da vítima. O socorrista vai identificar-se e tentar acalmar a vítima. Caso consiga, dar-lhe-á instruções para que posicione- se de costas habilitando uma aproximação sem riscos. 2. Abordagem física: o socorrista deve fornecer algo em que a vítima possa se apoiar, só então se aproximará fisicamente e segurará a vítima fazendo do seguinte modo: O braço de dominância do socorrista deve ficar livre para ajudar no nado, já o outro braço será utilizado para segurar a vítima, sendo passado abaixo da axila da vítima e apoiando o peito da mesma, essa mão será usada para segurar o queixo do afogado de forma que este fique fora da água. 4. Fase de reboque: o nado utilizado será o "Over arms" também conhecido como nado militar, ou nado de sapo. Quando em piscinas e lagos o objetivo sempre será conduzir a vítima para a porção mais rasa. No mar, será admitido o transporte até a praia, quando a vítima estiver consciente e quando o mar oferecer condições para tanto; será admitido o transporte para o alto mar (local profundo e de extrema calmaria), quando a vítima apresentar-se inconsciente e o mar estiver extremamente revolto (essa atitude dará condições ao socorrista de repensar o salvamento). Caso exista surfistas na área o socorrista, deve-se pedir ajuda. Quando o socorrista puder caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar. Deverá carregar a vítima de forma que o peito desta fique mais elevado do que a cabeça, diminuindo o perigo da ocorrência de vômito. 5. Fase de atendimento: vale frisar que o líquido que costuma ser expelido após a retirada da água provêm do estômago e não dos pulmões por isso, sua saída deve ser natural, não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar novas complicações. Caso o acidente não tenha sido visto pelo socorrista, ele deve considerar que a vítima possui Traumatismo Raquimedular (TRM) e deverá tomar todos os cuidados pertinentes a este tipo de patologia. 5.1. Acalmar a vítima, fazê-la repousar e aquecê-la através da substituição das roupas molhadas e fornecimento de roupas secas, casacos, cobertores e bebidas quentes. 5.2. Manter a vítima deitada em decúbito dorsal procedendo com a lateralização da cabeça ou até da própria vítima afim de que não ocorra aspiração de líquidos. 5.3. Caso o afogado inconsciente seja deixado sozinho, ele deve ser colocado na posição de recuperação que mantêm o corpo apoiado em posição segura e confortável, além de impedir que a língua bloqueie a garganta e facilitar a saída de líquidos. 5.4. Fazer a desobstrução das vias aéreas através da extensão do pescoço. 5.5. Em vítimas com parada respiratória, proceder com a respiração boca-a-boca objetivando manter a oxigenação cerebral. 5.6. Em vítimas com PCR, efetuar a RCP em casos que o tempo de submersão seja desconhecido ou inferior a uma hora.
  • 16. DESMAIO O desmaio consiste na perda transitória da consciência e da força muscular, fazendo com que o paciente caia no chão. Pode ser causado por vários fatores: - subnutrição, - cansaço, - excesso de sol, - estresse, - nervosismo, - angústia, - emoções fortes, - intercorrência de muitas outras doenças. Identificação · Tontura; · Sensação de mal-estar; · Pele fria, pálida e úmida; · Suor frio; · Perda da consciência. Providências - Arejar o ambiente; - Afrouxar as roupas da vítima; - Deixar a vítima deitada e, se possível, com as pernas elevadas; - Não permitir aglomeração; - Caso o desmaio dure mais do que dois minutos, encaminhar a vítima a um serviço de emergência. EXERCÍCIOS 1. Qual o objetivo de se prestar os primeiros socorros? 2. O que pode acontecer a uma pessoa que fica sem respirar de 3 a 4 minutos?
  • 17. 3. Como se executa a respiração artificial? 4. Como se procede a massagem cardíaca? 5. Nos casos de queimadura, qual o procedimento? 6. No caso de desmaio, qual o procedimento? 7. O que não fazer no caso de hemorragias externas?
  • 18. Medicina alternativa O termo Medicina Alternativa é comumente usado para descrever práticas médicas diversas da alopatia, ou medicina ocidental. Existem estudiosos do assunto que apontam que esta é uma definição inadequada, pois se deve considerar a medicina como constituída por métodos cientificamente validados de diagnóstico e tratamento, independente do fato de ser aplicada no oriente ou ocidente. Ainda, o termo alopatia foi criado pelo inventor da homeopatia como uma oposição ao princípio de "cura pelo semelhante" da homeopatia. Assim, o que estiver validado, mesmo que não convencional no meio, como fitoterapia, faz parte do arsenal de diagnose e terapia. Estes mesmos estudiosos indicam que uma definição mais adequada para a medicina alternativa seria o conjunto de práticas de diagnose e terapia sem a apropriada validação científica, ou que sejam consideradas inacessíveis ao método científico experimental, o que neste último caso pode ocorrer nas práticas de cura via métodos metafísicos e espirituais, diferentemente das práticas médicas convencionais. Medicina e Ciência A Medicina tem como princípio adotar novos tratamentos apenas quando estes tem eficácia, indicações e segurança comprovados cientificamente (no Brasil, esse princípio está descrito na Resolução CFM 1.499/98). O uso de terapias por médicos sem o reconhecimento científico adequado pelos órgãos competentes é proibido. A postura da Organização Mundial de Saúde frente a utilização de tratamentos alternativos é a de orientar no sentido de ter cautela, devido ao fato de existirem
  • 19. muitos terapeutas despreparados seguindo teorias relacionadas a crenças, além de pessoas inescrupulósas que se valem da boa fé e falta de informação para ludibriar e obter benefícios próprios. Nos dias de hoje esta é uma recomendação válida na maioria das situações do cotidiano, e ocorre em todos os setores profissionais e comerciais. Reconhecimento científico O princípio da hierarquia das evidências postulado por Sackett em 1989 estabelece as possíveis formas de verificar a validade de técnicas diagnósticas e terapêuticas: 1. Revisão sistemática de experimentos aleatoriamente controlados (RCT – Randomized Control Trial). 2. Experimentos controlados aleatoriamente. 3. Estudos não controlados. 4. Consenso médico baseado na experiência individual. 5. Impressões Clínicas. Resultados semelhantes obtidos pela repetição de experimentos por outros pesquisadores, em qualquer desses níveis são imprescindíveis. Técnicas cujos resultados diferem em função do pesquisador, respeitada a igualdade de condições dos experimentos são consideradas sob avaliação, ou invalidadas. Apesar da validade dos relatos de caso no sentido de estimular novas hipóteses, a evidência anedótica não é considerada válida na medicina. Modalidades São consideradas, entre outras, práticas de Medicina Alternativa: · Acupuntura · Aromaterapia · Auriculoterapia · Cromoterapia · Fitoterapia · Florais de Bach · Homeopatia · Quiropraxia · Reflexologia · Reiki Acupuntura A acupuntura ou acupunctura (do latim acus - agulha e punctura - pontoada) é um ramo da Medicina Tradicional Chinesa e um método de tratamento considerado complementar de acordo com a nova terminologia da OMS - Organização Mundial da Saúde.
  • 20. A acupuntura consiste na aplicação de agulhas, em pontos definidos do corpo, chamados de "Pontos de Acupuntura" ou "Acupontos", para obter efeito terapêutico em diversas condições. Atribui-se o nome "Acupuntura" a um jesuíta europeu que retornando da China, no século XVII, adaptou os termos chineses "Zhen" e "Jiu", juntando as palavras latinas "Acum" (agulha) e "Punctum" (picada ou punção), como visto. A tradução literal do termo chinês, no entanto, é bem diferente. O correto seria Zhen (agulha) e Jiu moxa ou seja "longo tempo de aplicação do fogo". A tradução causa a impressão de que o terapeuta só trabalha com agulhas. Os pontos e meridianos também podem ser estimulados por outros tipos de técnicas. Na verdade, os pontos de Acupuntura podem ser estimulados por: agulhas, dedos (acupressão) caracterizando distintas variantes da técnica de massagem chinesa (tui na, shiatsu, do-in); stiper (do inglês Stimulation and Permanency - Estimulação Permanente); ventosa ou pelo aquecimento promovido por moxa ou seja, longo tempo de aplicação do fogo", - um bastão de artemísia em brasa, que é aproximado da pele para aquecer o ponto de acupuntura. Há, também, o método de estimulação por laser, ainda em estudos. Aromaterapia Aromaterapia é um ramo da osmologia que consiste no uso de tratamento baseado no efeito que os aromas de plantas são capazes de provocar no indivíduo. De determinadas plantas aromáticas é extraído o óleo essencial a ser aplicado isoladamente ou em combinação com outros aromas, dependendo das enfermidades e do indivíduo. Óleos essenciais são substâncias voláteis extremamente concentradas, que possuem princípios ativos de acordo com suas composições químicas. Dependendo da planta, o óleo essencial terá características diferenciadas de aroma, cor e densidade. Os óleos essenciais podem ser usados diluídos em veículos carreadores sobre a pele, através de massagens, cremes, loções, gel ou puro, através da inalação. Dependendo da forma de uso provocará efeitos físicos, mentais e emocionais, alterando a respiração, os batimentos cardíacos, pressão arterial, estados de ânimo, concentração, etc. É considerada uma terapia alternativa ou complementar, embora seja um tratamento bastante antigo, que surgiu da fitoterapia e que é comumente usada em conjunto com esta. É utilizada no tratamento das mais variadas enfermidades e desequilíbrios, sendo considerada uma terapia holística. A Aromaterapia deve, mesmo assim, ser empregada com cautela e de preferência, guiada por um profissional especializado, que saberá verificar as contraindicações, além de dosagens melhores formas de uso. Auriculoterapia
  • 21. A Auriculoterapia é uma forma de reflexoterapia que concentra sua ação na orelha. Auriculoterapia é uma técnica de diagnóstico e tratamento baseada no pavilhão auricular. Aurículo (orelha) + terapia (tratamento), ou seja, um tratamento através da orelha. O têrmo se refere a uma modalidade de reflexoterapia, não deve ser confundido com a Auriculopuntura, especialidade da acupuntura. Cromoterapia Cromoterapia é a prática da utilização das cores na cura de doenças. Vem sendo utilizada pelo homem desde as antigas civilizações — como Egito antigo, Índia, Grécia e China — com o objetivo de harmonizar o corpo, atuando do nível físico aos mais sutis. Para Hipócrates, saúde e doença dependem da harmonia entre meio ambiente, corpo e mente. Os adeptos da cromoterapia entendem que cada cor possui uma vibração específica e uma capacidade terapêutica. Isaac Newton no século XVII conseguiu descobrir as cores do arco-íris friccionando um prisma. O cientista alemão Johann Wolfgang von Goethe, no século XVIII, pesquisou durante cerca de 40 anos as cores e descobriu que o vermelho tem propriedade estimulante no organismo, o azul acalma, o amarelo provoca sensações de alegria, e o verde é repousante. Esses efeitos são mais ou menos intensos, dependendo da tonalidade usada Atualmente A cromoterapia do século XXI utiliza-se de tecnologia, e é baseada nas sete cores do espectro solar. Um pequeno bastão do tamanho de um lápis e com uma lâmpada de 25 watts é utilizado no tratamento. Ele é colocado a 5 centímetros da pele, e ali permanece por aproximadamente 3 minutos.
  • 22. A cromoterapia consta da relação das principais terapias alternativas ou complementares reconhecidas pela OMS desde 1976, de acordo com a Conferência Internacional de Atendimentos Primários em Saúde de 1962, em Alma-Ata, no Cazaquistão. Não é reconhecida pela comunidade científica. Entretanto já existem alguns estudos sérios apontando a influência das cores na saúde humana, nomeadamente na área de biomidiologia. Um deles foi desenvolvido pelo Prof. Flávio Mario de Alcântara Calazans, baseado no episódio exibido em 1997 do Desenho Pókemon, em que uma alternância luminosa de cores de espectro oposto no círculo cromático na face de um dos personagens (Pikachu) causou episódios coletivos de epilepsia em crianças japonesas. As cores foram o azul, reconhecido por relaxar o ritmo cardíaco, e o vermelho, cor quente e estimulante. Ainda, de acordo com o professor: "1) Vermelho-610 a 760 nanômetros, ondas longas, de grande intensidade, tempo fisiológico de percepção = 0,02 de segundo; acelera o batimento cardíaco, eleva a pressão sanguínea, provoca tensão e agressividade. 2) Branco-sobreposição de todos os comprimentos de onda, sobrecarrega o nervo óptico e o córtex visual primário e secundário (na parte posterior do crânio, acima da vértebra Atlas, sob o osso occipital) saturando e cansando em curto intervalo de tempo e provocando ofuscamento e fadiga-stress. 3) Azul-450 a 500 nanômetros, ondas curtas de intensidade fraca, tempo fisiológico de percepção = 0,06 de segundo; equilibra o ritmo cardíaco, reduz a pressão sistólica, relaxa e acalma. " Por este episódio, fica relatado o efeito maléfico das variações luminosas intermitentes, numa doença conhecida como Epilepsia Sensitiva Cromática. Entretanto, estudos de duplo-cego refutando ou confirmando os efeitos benéficos da cromoterapia na saúde humana ainda são ausentes na Ciência médica. O efeito da cromoterapia segue sendo uma hipótese não falseável Ainda, na área de Teoria das Cores, Goethe, no século XIX, descobriu aspectos fisiológicos das cores posteriormente estudados por Paul Klee e Kandinsky, em seus tratados sobre a Gestalt. A Cromoterapia tambem é muito usada no Japão e é praticada pelo japones desde 1999. Fitoterapia Manual árabe de fitoterapia, cerca de 1334.
  • 23. Fitoterapia (do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal) é o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças. Ela surgiu independentemente na maioria dos povos. Na China, surgiu por volta de 3000 a.C. quando o imperador Cho-Chin-Kei descreveu as propriedades do Ginseng e da Cânfora. Deve-se observar que a definição de medicamento fitoterápico é diferente de fitoterapia pois não engloba o uso popular das plantas em si, mas sim seus extratos. Os medicamentos fitoterápicos são preparações técnicas elaboradas por técnicas de farmácia, além de serem produtos industrializados Vantagens e riscos Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas há milhares de anos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na maioria das vezes desconhecidos. O estudo desses mecanismos e o isolamento do princípio ativo (a substância ou conjunto delas que é responsável pelos efeitos terapêuticos) da planta é uma das principais prioridades da farmacologia. Enquanto o princípio ativo não é isolado, as plantas medicinais são utilizadas de forma caseira, principalmente através de chás, ultradiluições, ou de forma industrializada, com extrato homogêneo da planta. Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco. Além do princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas, a grande quantidade de substâncias diferentes pode induzir a reação alérgica, pode haver contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados e interação com outras medicações, levando a danos à saúde e até predisposição para o câncer. Além disso, todo princípio ativo terapêutico é benéfico dentro de um intervalo de quantidade - abaixo dessa quantidade, é inócuo e acima disso passa a ser tóxico. A variação de concentração do princípio ativo em chás pode ser muito grande, tornando praticamente impossível atingir a faixa terapêutica com segurança em algumas plantas aonde essa faixa é mais estreita. Na forma industrializada, o risco de contaminações pode ser reduzida através do controle de qualidade da matéria prima, mas mesmo assim a variação na concentração do princípio ativo em cápsulas pode variar até em 100%. Nas ultradiluições, como na homeopatia, aonde não há virtualmente o princípio ativo na apresentação final, não há nenhum desses riscos anteriores, mas a eficácia desse tratamento não foi comprovada cientificamente. À medida que os princípios ativos são descobertos, eles são isolados e refinados de modo a eliminar agentes tóxicos e contaminações, e as doses terapêutica e tóxica são bem estabelecidas, de modo a determinar de forma precisa a faixa terapêutica e as interações desse fármaco com os demais. No entanto, o isolamento e refino de princípios ativos também não é isento de riscos. Primeiro porque pretende substituir o conhecimento popular tradicional e livre, testado há milênios, por resultados provindos de algumas pesquisas analítico-científicas que muitas vezes são antagônicas. Segundo, porque a simples idéia de extrair princípios ativos despreza os muitos outros elementos existentes na planta que, em estado natural, mantêm suas exatas proporções. Assim sendo, o uso de fitoterápicos de laboratório poderia introduzir novos efeitos colaterais ou adversos
  • 24. inesperados, devidos à ausência de sinergismo ou antagonismo parcial entre mais de um princípio ativo que apenas seriam encontrados na planta. EXEMPLOS DE PLANTAS Abaixo uma relação de plantas medicinais e as suas indicações: ALECRIM (Rosmarinus officinalis L.) Indicações: entorses, contusões e dores reumáticas. Modo de usar: prepare uma tintura com uma xícara de café de folhas secas e uma xícara de chá de álcool 700. Após 8 dias coe e utilize na forma de compressas ou fricções. Outras indicações: digestivo, alívio da sensação de empachamento, eliminação de gases. Modo de usar: em uma garrafa de vinho branco coloque meia xícara de chá de folhas frescas. Deixe descansar por 15 dias. Coe e tome uma pequena quantidade antes das refeições. ALFAVACA-DE-CABOCLO (Ocimum gratissimum L.) Indicações: digestivo, gases, vômitos. Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente coloque uma colher pequena de folhas secas. Abafe, deixe esfriar e coe. Beba uma xícara de chá 2 a 3 vezes ao dia. BOLDO (Peumus boldus Mol.) Indicações: falta de apetite, problemas do estômago e fígado. Modo de usar: em uma garrafa de vinho branco coloque 3 colheres de sopa de folhas picadas. Deixe descansar por 5 dias e coe. Tome um cálice antes das refeições. Outras indicações: cálculo na vesícula. Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente adicione uma colher de sobremesa de folhas picadas. Abafe, coe e beba depois de frio uma xícara 3 vezes ao dia, sendo a primeira em jejum.
  • 25. CANELA (Cinnamomum zeylanicum Ness) Indicações: digestivo, gases. Modo de usar: cozinhe a entrecasca do caule em fogo baixo. Utilize 3 pedaços grandes para cada meio litro de água. Tome uma xícara de chá após as refeições. CAPIM-SANTO (Cymbopogon citratus (DC) Stapf.) Indicações: nervosismo, ansiedade, cólicas intestinais, gases, febre. Modo de usar: em uma xícara de chá de água fervente acrescente uma colher de sopa de folhas frescas. Abafe por 5 minutos e coe. Beba uma xícara de chá 1 a 3 vezes ao dia. CHAMBÁ (Justicia pectoralis Jacq.) Indicações: tosse, bronquite. Modo de usar: leve ao fogo para ferver, rapidamente, uma xícara de chá de folhas de chambá e uma xícara de chá de água. Coe e acrescente 2 xícaras de chá d açúcar. Leve ao fogo baixo até que o açúcar dissolva completamente. Deixe esfriar. Tome uma colher de sopa de 2 a 3 vezes ao dia. Para crianças utilize apenas meia colher de sopa 2 a 3 vezes ao dia. COLÔNIA (Alpinia speciosa Schum.) Indicações: nervosismo, dores em geral. Modo de usar: em uma xícara de água fervente coloque uma colher de chá de raízes picadas. Abafe e depois de frio coe. Tome uma xícara de 1 a 2 vezes ao dia. CRAVO-DA-ÍNDIA (Syzygium aromaticum (L.) Merr. et Perry
  • 26. Indicações: expectorante, bronquite. Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente acrescente 4 a 5 cravos. Abafe por 10 minutos e coe. Beba uma xícara após as principais refeições. ATENÇÃO: o consumo exagerado pode provocar problemas gástricos. ERVA CIDREIRA (Lippia alba (Mill.) Brown) Indicações: nervosismo, cólicas uterinas e intestinais. Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente acrescente 2 colheres de sopa de folhas picadas. Abafe por 10 minutos e cor. Beba 1 a 3 xícaras ao dia. Outras indicações: tosse, bronquite e asma. Modo de usar: leve ao fogo para ferver, rapidamente, uma xícara de chá de folhas e uma xícara de chá de água. Coe e acrescente 2 xícaras de chá de açúcar. Leve ao fogo baixo até que o açúcar dissolva completamente. Deixe esfriar. Tome uma colher de sopa de 3 a 6 vezes ao dia. Para crianças utilize apenas meia colher de sopa 2 a 3 vezes ao dia. EUCALIPTO (Eucalyptus globulus Labill.) Indicações: bronquites, gripes e catarro. Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente acrescente uma colher de sobremesa de folhas picadas. Abafe por 5 minutos e coe. Tome uma xícara de chá 1 a 2 vezes ao dia. ATENÇÃO: O consumo exagerado pode provocar vômitos e diarréia. GOIABA VERMELHA (Psidium guajava L.) Indicações: diarréia. Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente coloque 3 olhos da goiabeira. Abafe, e coe depois de frio. Beba uma xícara 2 a 3 vezes ao dia.
  • 27. HORTELÃ DA FOLHA MIÚDA (Mentha x piperita L.) Indicações: má digestão, gases, náuseas. Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente acrescente 1 colher de sopa de folhas picadas. Abafe por 10 minutos e coe. Beba 1 xícara após as refeições. ATENÇÃO: Evite administrar a planta para crianças que estão mamando ou que são muito novas. HORTELÃ DA FOLHA GRAÚDA (Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng.) Indicações: tosse, bronquite, inflamação da boca e garganta. Modo de usar: Prepare um xarope alternando camadas de folhas e açúcar. Leve ao fogo baixo tendo o cuidado de não queimar. Deixe aquecer um pouco e desligue o fogo logo em seguida. Coloque para descansar por um dia em um utensílio tampado. Tome 1 a 2 colheres de sopa por dia. MANJERICÃO (Ocimum basilicum L.) Indicações: gases, cólicas, digestivo. Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente adicione uma colher de sopa de folhas picadas. Abafe por 10 minutos e coe. Beba 1 xícara antes das refeições. MARACUJÁ (Passiflora edulis Sims) Indicações: nervosismo, inquietação, insônia. Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente coloque 2 colheres de sopa de folhas picadas. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 a 2 xícaras por dia, principalmente antes de deitar. ATENÇÃO: pessoas que sofrem de pressão baixa não devem beber o chá de maracujá. MASTRUZ (Chenopodium ambrosioides L.) Indicações: vermes, lombrigas.
  • 28. Modo de usar: em uma xícara de chá com leite fervente acrescente as seguintes medidas de folhas: uma colher de sobremesas para crianças de 10-20kg; uma de sopa para 20-40kg; jovens e adultos de 2 a 3 colheres de sopa. Abafe e tome uma xícara em jejum pela manhã. ATENÇÃO: Use somente como indicado, altas doses podem ser fatais. POEJO (Mentha pulegium L.) Indicações: gases, regulador da menstruação. Modo de usar: em uma xícara de chá com água fervente acrescente 2 colheres de sopa de folhas frescas picadas. Abafe por 10 minutos e coe. Beba 1 xícara antes das refeições. ATENÇÃO: Evite administrar a planta para crianças que estão mamando ou que são muito novas. CONTRA INDICAÇÕES DE PLANTA MEDICINAIS Como qualquer medicamento, as plantas medicinais são extremamente úteis para tratar determinadas doenças, mas ao mesmo tempo podem também ser contra-indicadas para outras. Algumas delas deverão também ser alvo de especial precaução, pois apesar de serem benéficas em pequenas quantidades, podem ser tóxicas ou mesmo mortais se não tomar os devidos cuidados. Não se deve assustar e muito menos perder o interesse nas plantas medicinais! Estas precauções são comuns a qualquer substância: utilizando-as da forma correcta apenas ficará a ganhar! Assim, sempre que seleccionar uma planta medicinal para uma qualquer doença, confira nesta lista se existem casos para os quais não é indicada. A · Abeto-branco – em doses excessivas, pode constituir perturbações nervosas, sobretudo nos mais jovens.
  • 29. · Abrunheiro-bravo – não deverá comer nem mastigar os caroços dos frutos, pois estes são altamente tóxicos; a casca tem também as mesmas propriedades, devendo por isso limitar-se a folhas e aos frutos. · Absinto – aplicam-se os mesmos efeitos de intoxicação que a bebida tem: doses excessivas causam delírio, convulsões, tremores e vertigens. Não é recomendado em qualquer situação a mulheres grávidas ou lactantes. Também não é recomendado a quem possa sofrer de úlceras ou gastrites. · Acácia-bastarda – deve limitar o uso às flores e às folhas, pois os restantes componentes desta planta são tóxicos. · Açafrão – uma dose excessiva é altamente tóxica, com graves consequências a nível dos sistemas nervoso e renal. Deve ser evitada por grávidas. · Acónito – nunca deve ser utilizado sem acompanhamento médico, pois o acónito é das plantas mais venenosas do mundo! Apeas pode ser utilizado em fármacos próprios e controlados, dentro das quantidades prescritas. · Adónis-da-itália – é difícil quantificar a dose mais indicada, pelo que apenas deverá ser utilizado sob acompanhamento médico. O uso excessivo é tóxico, levando a vómitos, náuseas e diarreias. · Agrião – em grandes quantidades pode irritar o estômago; deve ainda ser evitado por grávidas, por constituir perigo para o feto. · Agripalma – actua sobretudo no coração, pelo que o uso excessivo pode sobrecarregar o músculo, levando a perturbações graves. · Aipo – não recomendado a grávidas. · Alcaçuz – devido à componente esteróide de que é dotado, o seu consumo prolongado (questão de meses) pode causar problemas nas articulações, dor de cabeça e hipertensão. Não se recomenda a utilização durante a gravidez e em casos de hipertensão. · Alfazema – doses altas em na forma de essência podem causar convulsões. · Alho – não deve ser utilizado em doses altas em casos de hemorragias, qualquer que seja a sua origem (mesmo traumática). Também não se recomenda o uso continuado de grandes doses durante a gravidez.
  • 30. · Aloé-vera – deverá ter um cuidado especial com as alergias a esta planta, que são extremamente comuns. A evitar por parte de mulheres grávidas e menstruadas; não é recomendável em casos de hemorróidas nem a crianças em qualquer situação. · Amieiro-negro – não é recomendado o uso por parte de grávidas, lactantes, ou durante a menstruação. Pessoas com hemorróidas deverão igualmente evitar o amieiro-negro. · Anémona-hepática – apenas deve utilizar as folhas secas, pois a planta fresca é considerada tóxica. · Aristolóquia – apenas se deve usar a raiz seca, pois a fresca é bastante tóxica; dadas as suas propriedades delicadas, apenas deve ser utilizada com acompanhamento médico. A ser evitada em qualquer situação por mulheres grávidas. · Arnica – para uso exclusivamente externo, pois a sua ingestão é tóxica. · Arruda – deve ser evitada por grávidas; · Artemísia – não é recomendado a grávidas nem a lactantes; o tratamento prolongado (ou doses excessivas) pode causar perturbações nervosas. · Ásaro – apenas deverá recorrer à planta seca ou em pó, pois a fresca provoca perturbações digestivas; mesmo nesses casos, deverá controlar as quantidades usadas, pois o excesso causará uma gastroenterite grave e, eventualmente, hemorragias. · Asclépia – apenas deve ser utilizada seca, pois folhas e caule frescos são tóxicos. · Azedas – evitar o uso em caso de gota ou cálculos no rim. · Azevinho – é um facto bastante conhecido, mas nunca é demais lembrar: as bagas do azevinho são altamente venenosas, podendo causar fortes vómitos e convulsões (e consequências ainda mais graves). B · Bérberis – não deverá exceder as doses recomendadas pois a casca da raiz (a parte utilizada) é naturalmente tóxica. · Betónica – para uso exclusivamente externo; a ingestão de qualquer parte da planta causará vómitos e diarreia.
  • 31. · Boldo – não é recomendada a sua utilização por grávidas ou lactantes, como medida de precaução; além disso, uma dose excessivamente alta terá efeitos soporíferos, com a consequente acção sobre o sistema nervoso. · Bolsa-de-pastor – não recomendado em casos de hipertensão. · Briónia – as bagas são altamente tóxicas, devendo evitá-las a todo o custo. Em casos extremos podem provocar a morte. · Buxo – o seu uso deve ser evitado por grávidas, lactantes, e em casos de hipotensão e fraqueza geral. Não é recomendado para crianças em qualquer circunstância. Doses excessivas poderão causar transtornos no sistema nervoso, assim como perturbações gástricas. C · Cacau – apesar de ser uma delícia, o cacau não é recomendado (mesmo sob a forma de chocolate ou outros variados) em casos de prisão de ventre, insónias e taquicardia. Também irá agravar a acne nos adolescentes. · Calumba – não deverá exceder as quantidades indicadas, pois em doses elevadas terá efeitos tóxicos graves, desde náuseas e vómitos até problemas respiratórios graves. · Cáscara-sagrada – deve ser evitado por mulher menstruadas, grávidas ou lactantes, e ainda por pessoas com hemorróidas. · Castanheiro-da-índia – apesar do aspecto semelhante ao castanheiro comum, não confunda os seus frutos, pois estes são tóxicos. · Celidónia – no que diz respeito ao uso externo, não a deve aplicar em ferimentos recentes ou por cicatrizar. · Cerejeira-da-virgínia – ainda que a casca seja perfeitamente saudável, as folhas são venenosas. · Cersefi-bastardo – as sementes e os frutos são tóxicos, pelo que não os deve comer; pode ficar descansado quanto ao resto da planta, pois é perfeitamente saudável. · Cicuta – se estudou filosofia, talvez já tenha ouvido falar desta planta: Sócrates usou-a para pôr termo à sua própria vida. Daí pode depreender o óbvio: trata-se de uma planta venenosa que por isso mesmo deve ser utilizada sempre dentro dos valores recomendados.
  • 32. · Coentro – deverá apenas utilizar os frutos maduros, pois as partes verdes poderão causar convulsões (em doses altas). · Cólquito – apenas deve recorrer aos fármacos especializados: a planta é altamente venenosa na sua forma natural. · Cominho – a ser evitado para crianças (sob a forma de essência), pois tem efeitos convulsivos. · Condurango – doses altas desta planta podem ter efeitos tóxicos, causando convulsões e paragens respiratórias. · Consolda-maior – não é recomendado para doentes hepáticos e do sistema nervoso; em doses excessivas pode causar sérias perturbações no fígado e no sistema respiratório. · Copaíba – o tratamento não deverá ultrapassar semana e meia (seguida), pois ao fim desse período pode criar problemas digestivos. · Cravinho – não é recomendado a quem sofra de úlcera gastroduodenal e/ou gastrite, pois poderá provocar vómitos e dores. D · Dictamno – é contra-indicado na gravidez, pois em doses elevadas pode provocar hemorragias uterinas e abortos. · Doce-amarga – para uso exclusivamente externo; a ingestão de qualquer parte da planta causará vómitos e diarreia, assim como perturbações do sistema nervoso. · Dormideira – especial precaução com as doses recomendadas, pois excedê-las terá efeitos tóxicos; ingerir a decocção ou o óleo com bebidas alcoólicas aumenta-os ainda mais. E · Éfedra – não sendo fatal, é uma planta altamente tóxica, pelo que apenas deve ser receitada por um especialista. · Escrofulária – uso exclusivamente externo, pois é tóxica se ingerida. · Espargo – deve ser evitado (sobretudo em grandes quantidades) por doentes renais.
  • 33. · Espinheiro-cerval – deverá sempre recorrer a doses reduzidas, pois o excesso facilmente provoca cólicas, vómitos ou mesmo hemorragias. · Estragão – a dose excessiva irá agitar o sistema nervoso. · Estramónio – planta tóxica que em altas concentrações provoca alucinações e estados de euforia. · Eucalipto – quando utilizado por via interna, o seu uso correcto é desprovido de qualquer tipo de sequelas negativas. Contudo, o uso excessivo pode causar gastroenterite ou sangue na urina. · Evónimo – deverá limitar o seu uso a aplicações externas, pois interno terá efeitos tóxicos graves. F · Feto-macho – é contra-indicado para um conjunto vasto de patologias: anemia, úlcera, cardiopatia e gastrite; durante o tratamento não poderá ingerir alcóol, azeites ou óleos, sob risco de intoxicação. É altamente recomendado o seu uso apenas sob acompanhamento médico. · Fitolaca – as bagas têm efeito tóxico, o que provoca diarreia e vómito. · Funcho – o excesso da sua essência pode provocar convulsões. G · Galega – a planta fresca tem efeitos de irritação; deverá recorrer apenas à seca. · Genciana – desaconselhada para lactantes, pois azeda o sabor do leite, e deve ser evitada por detentores de úlceras gástricas. · Gengibre – em doses altas causa gastrite. Em qualquer caso, não deverá usar gengibre caso tenha uma úlcera de qualquer tipo. · Giesta – não se recomenda em casos de hipertensão. · Ginseng – não deverá ser tomado em conjunto com café ou chá, devido às propriedades excitantes que as três substâncias têm; ginseng em excesso pode também causar crises de nervosismo. · Globulária – quantidades excessivas poderão induzir vómitos e diarreias fortes.
  • 34. · Gracíola – em casos de sobredosagem pode provocar violentos vómitos e cólicas, e no extremo, paragem cardíaca. · Grindélia – em doses altas é tóxica. · Groselheira-espim – as bagas a utilizar devem ser maduras, pois verdes causam problemas digestivos. H · Hera – as suas bagas são altamente tóxicas, pelo que não as deve ingerir em qualquer situação. · Hipericão – durante o tratamento deve evitar a exposição ao sol o mais possível, uma vez que esta planta aumenta a sensibilidade aos raios solares. · Hissopo – deverá respeitar as doses recomendadas, pois o excesso pode causar convulsões. · Hortelã-pimenta – as doses excessivas são nocivas, quer por inalação (espasmos localizados), quer como essência (nervosismo, palpitações e insónias). I · Ipecacuanha – utiliza-se o pó da raiz, com o qual deverá ter um cuidado especial pois pode provocar graves irritações no contacto com a pele. O uso excessivo provoca vómitos violentos. J · Jaborandi – por ter um efeito intenso no sistema nervoso, o seu emprego apenas deve ser feito com acompanhamento médico. · Jalapa – deverá encontrar outra alternativa caso tenha uma inflamação intestinal; é também contra-indicada para grávidas. L · Laranja – não deve ser ingerida em jejum caso tenha problemas da vesícula biliar, pois provoca sensação de mal-estar. · Linho – a duração do óleo produzido pelas sementes é escassa, e estragado causa forte irritação no uso exterior. · Lírio-dos-vales – as suas bagas são tóxicas, pelo que não as deve ingerir. · Loendro – uso exclusivamente externo, já que a ingestão pode ser fatal.
  • 35. · Lúpulo – o seu uso excessivo poderá causar náuseas. M · Malmequer-dos-brejos – recomenda-se apenas o uso externo · Manjericão-grande – apesar dos seus muitos usos, deverá ponderar a sua utilização, respeitando sempre as doses recomendadas: o uso excessivo pode causar irritabilidade e ter efeitos narcóticos. · Meimendro-negro – é uma planta narcótica e tóxica, que, em doses elevadas, pode causar alucinogénia. · Milefólio – não é recomendado em casos de úlceras gástricas; doses elevadas poderão causar fortes dores de cabeça. Um efeito secundário comum, mas pouco grave, é o aparecimento de pequenas alergias na pele, facilmente tratáveis. · Milho – não é recomendado a doentes da próstata. · Mostarda-negra – recomenda-se apenas uso externo, pois a sua ingestão é extremamente irritante para o aparelho digestivo. N · Norça-preta – deverá limitar o seu uso (externo) à raiz, não ingerindo qualquer parte da planta, pois é venenosa. · Noveleiro – as suas bagas são venenosas, pelo que as deverá evitar a todo o custo. P · Pilriteiro – apesar de não ter efeitos secundários dentro das doses normais, em doses bastante excessivas pode levar a perturbações cardíacas e respiratórias. · Pimenta – utilizada em excesso pode aumentar a pressão arterial e causar problemas no aparelho urinário. Não deverá usar pimenta em caso de gastrite, hipertensão, hemorróidas e úlceras. · Pimenta-de-água – doses excessivas aquando do uso interno podem causar mal-estar no aparelho digestivo. · Pinheiro – doses muito elevadas em crianças podem provocar alterações no sistema nervoso.
  • 36. · Piri-piri – deve evitá-lo caso sofra de problemas do tracto digestivo, sobretudo úlceras (em todo o aparelho), gastrite, colite e hemorróidas. · Primavera – planta altamente alérgica. · Pulsatila – apesar de a planta seca (a que deverá usar nos tratamentos) não ter qualquer componente tóxica, já o mesmo não se aplica à planta fresca, que deve evitar a todo o custo. Q · Quássia – deve ser evitado por pessoas com úlceras e pelas mulheres durante a menstruação. O excesso de uso pode provocar vómitos. R · Rauvólfia – os seus componentes têm efeito altamente alcalino, pelo que apenas deve recorrer a esta planta com ajuda médica. · Rícino – a utilização excessiva é extremamente perigosa, podendo mesmo ser fatal. · Romãzeira – a casca da raiz, recomendada para infusões, não deve utilizada por crianças, pessoas enfraquecidas nem mulheres grávidas. · Ruibarbo – a utilização prolongada levará a colites. Além disso, não é recomendado em situações de gravidez, lactação, hemorróidas e problemas renais. S · Sabugueiro – ingerir grandes quantidades das bagas pode causar distúrbios digestivos, assim como mal-estar geral. · Salsa – o seu consumo deve ser moderado por parte de grávidas, pois pode potenciar o aborto em casos que já exista essa predisposição. · Salsaparrilha-bastarda – doses excessivas podem causar enjoos fortes e vómitos. · Salva – não é recomendado a grávidas que não estejam em final de gravidez, lactantes e pacientes com perturbações psicológicas. · Sanamunda – doses excessivas poderão causar forte mal-estar geral. · Santónico – não deverá ser utilizado em crianças com menos de 4 anos; uma dose excessiva poderá causar perturbações nervosas.
  • 37. · Saponária – no que diz respeito ao uso interno, doses altas demais podem provocar intoxicações. · Sassafrás – doses excessivas poderão provocar convulsões. · Selo-de-salomão – doses excessivas do seu caule serão nocivas para o bem-estar geral; evite também as bagas e as folhas, que são altamente tóxicas. T · Tanaceto – a ser evitado por grávidas. Em doses elevadas pode causar convulsões. · Tasneirinha – deverá ser alvo de um cuidado especial com as quantidades utilizadas por parte de doentes hepáticos. · Teixo – uma planta bastante perigosa, já que toda ela é venenosa com a excepção da parte utilizada na fitoterapia. Use-a com precaução, pois pode causar graves distúrbios cardio-respiratórios, levando mesmo à morte. · Trevo-cervino – uma dose excessiva do trevo-cervino pode induzir vómitos. · Trevo-de-água – deve respeitar as doses recomendadas, pois um pequeno excesso provocará o vómito. · Tussilagem – o efeito tóxico das folhas cruas é facilmente contornável se optar por utilizá-las secas. U · Uva-ursina – não deverá realizar tratamentos à base desta plana durante mais de duas semanas seguidas, pois ao fim desse período cria-se problemas digestivos. V · Viburno – para uso exclusivamente externo, pois as bagas são tóxicas: provocam vómitos e diarreias. · Visco-branco – as bagas são tóxicas, pelo que não deve recorrer a elas. Em grandes quantidades podem provocar vómitos, hipotensa e problemas cardio-respiratórios graves. Z · Zimbro – não recomendado a grávidas ou em casos de inflamações dos rins.
  • 38. Medicamento fitoterápico Um medicamento fitoterápico é aquele alcançado de plantas medicinais, onde utiliza-se exclusivamente derivados de droga vegetal tais como: suco, cera, exsudato, óleo, extrato, tintura, entre outros. O termo confunde-se com fitoterapia ou com planta medicinal que realmente envolve o vegetal como um todo no exercício curativo e/ou profilático. Os fitoterápicos são medicamentos industrializados, onde são tratados através de legislação específica. São uma mistura complexa de substâncias, onde, na maioria dos casos, o princípio ativo é desconhecido. O simples fato de coletar, secar, estabilizar e secar um vegetal não o torna medicamento fitoterápico. Deste modo, vegetais íntegros, rasurados, triturados ou pulverizados, não são considerados medicamentos fitoterápicos, em outras palavras, uma planta medicinal não é um fitoterápico. Também não são considerados fitoterápicos os chás, medicamentos homeopáticos e partes de plantas medicinais. Embora de difícil consenso, um fitoterápico pode ser definido como um medicamento (obtido pela tecnologia farmacêutica e industrializado) de origem vegetal (fitofármaco) caracterizado por apresentar várias substâncias qúimicas (fitoquímicos) responsáveis pelos efeitos terapêuticos eou colaterais (também). Esta definição se opõe à de um medicamento não-fitoterápico cuja origem do(s) princípio(s) ativo(s) não é(são) exclusivamente vegetal(is) além de ser variada (ex: anti-histamínicos, anti-térmicos e vitamina C todos juntos em comprimidos anti-gripais). Por exemplo (típico), o fitoterápico Ginkgo biloba tem cerca de 20 substâncias ativas que respondem juntas pelo efeito terapêutico, sem a totalidade simultânea das quais, o mesmo efeito não se alcança na plenitude. Assim como outros medicamentos, os fitoterápicos quando utilizados de forma incorreta podem proporcionar problemas de saúde. Por isso, para regulamentar a comunicação ao usuário, uma resolução da Anvisa em vigor desde 10 de março de 2010 padroniza regras para comercialização. Cada produto deve indicar para o que serve e seus possíveis efeitos colaterais. Os dados devem estar em um folheto informativo na embalagem ou no invólucro da planta Definição de órgãos regulatórios Fitoterápico, segundo a RDC n°48 de 16 de março de 2004 da Anvisa é o medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais. Segundo a OMS, os medicamentos fitoterápicos são aqueles preparados com substâncias ativas presentes na planta como um todo, ou em parte dela, na forma de extrato total. Utilização na saúde pública
  • 39. No Brasil, o Ministério da Saúde, torna disponível a utilização de medicamentos fitoterápicos na saúde pública. Desde 2007, as prefeituras brasileiras podem adquirir espinheira santa, utilizada no tratamento de úlceras e gastrites e guaco para sintomas da gripe, como a tosse, ambos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. No final de 2009, foram incluídos à lista de fitoterápicos utilizados pelo SUS a alcachofra, aroeira, cáscara sagrada, garra do diabo, isoflavona da soja e unha de gato. Através da Portaria interministerial (2.960/2008) assinada pelo Ministério da Saúde do Brasil e outros nove ministérios (Casa Civil; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Cultura; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior; Integração Nacional; Meio Ambiente; e Ciência e Tecnologia) foi criado o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos com objetivo de ampliar a utilização deste tipo de medicamento pelo SUS.[13] Também em janeiro de 2009, o Ministério da Saúde do Brasil divulgou uma lista com 71 plantas que podem ser utilizadas como medicamento fitoterápico.[14] Eis a composição da lista: Nome científico Nome popular Uso Achillea millefolium Mil-folhas, Dipirona Combate úlceras, feridas, analgesica Allium sativum Alho Anti-séptico, Anti-inflamatório e Anti-hipertensivo Aloe spp (A. vera ou A. barbadensis) Babosa, áloes Combate caspa, calvície e é antisséptico, tira lêndea de piolhos e é cicatrizante Alpinia spp (A. zerumbet ou A. speciosa) Colônia Anti-hipertensivo Anacardium occidentale Caju Antisséptico e cicatrizante Ananas comosus Abacaxi Mucolítica e fluidificante das secreções e das vias aéreas superiores. Apuleia ferrea = Caesalpinia ferrea Jucá, pau-ferro- verdadeiro, ibirá-obi Infecção catarral, garganta, gota, cicatrizante Arrabidaea chica Crajirú, carajiru Afeções da pele em geral (impigens), feridas, Antimicrobiano Artemisia absinthium Artemísia Estômago, fígado, rins, verme (lombriga, oxiúro, giárdia e ameba) Baccharis trimera Carqueja, carqueja amargosa Combate feridas e estomáquico Bauhinia spp (B. affinis, B. forficata ou variegata) Pata de vaca Bidens pilosa Picão Combate úlceras Calendula officinalis Bonina, calêndula, flor-de-todos- os-males, malmequer Feridas, úlceras, micoses Carapa guianensis Andiroba, angiroba, nandiroba Combate úlceras, dermatoses e feridas Casearia sylvestris Guaçatonga, apiáacanoçu,bugre Combate úlceras, feridas, aftas, feridas na boca
  • 40. branco, café-bravo Chamomilla recutita = Matricaria chamomilla = Matricaria recutita Camomila Combate dermatites, feridas banais Chenopodium ambrosioides Mastruz, erva-de- santa- maria, ambrosia, erva-de-bicho, mastruço, menstrus Corrimento vaginal, antisséptico local Copaifera spp Copaíba Anti-inflamatório Cordia spp (C. curassavica ou C. verbenacea) Erva baleeira Anti-inflamatório Costus spp (C. scaber ou C. Combate leucorreia e infecção spicatus) Cana-do-brejo renal Croton spp (C. cajucara ou C. zehntneri) Alcanforeira, erva-mular, pé-de-perdiz Combate feridas, úlceras Curcuma longa Açafrão Cynara scolymus Alcachofra Combate ácido úrico Dalbergia subcymosa Verônica Auxiliar no tratamento de inflamações uterinas e da.anemia Eleutherine plicata Marupa, palmeirinha Hemorroida, vermífugo Equisetum arvense Cavalinha Diurético Erythrina mulungu Mulungu Sistema nervoso em geral Eucalyptus globulus Eucalipto Combate leucorreia Eugenia uniflora ou Myrtus brasiliana Pitanga Diarreia Foeniculum vulgare Funcho Antisséptico Glycine max Soja Sintomas da menopausa, oesteoporose Harpagophytum procumbens Garra-do-diabo Artrite reumatoide Jatropha gossypiifolia Pião-roxo, jalapão, batata-de-téu Antisséptico, feridas Justicia pectoralis Anador Cortes, afecções nervosas, catarro bronquial Kalanchoe pinnata = Bryophyllum calycinum Folha-da-fortuna Furúnculos Lamium album Urtiga-branca Leucorreia Lippia sidoides Estrepa cavalo, alecrim, alecrim-pimenta Malva sylvestris Malva, malva-alta, malva-silvestre Furúnculos Maytenus spp (M. aquifolium ou M. ilicifolia) Concorosa, combra-de-touro, espinheira-santa, cancerosa Anti-séptica em feridas e úlceras
  • 41. Mentha pulegium Poejo Mentha spp (M. crispa, M. piperita ou M. villosa) Hortelã-pimenta, hortelã, menta Mikania spp (M. glomerata ou M. laevigata) Guaco Broncodilatador Momordica charantia Melão de São Caetano Morus sp Amora Ocimum gratissimum Alfavacão, alfavaca-cravo Orbignya speciosa Babaçu Passiflora spp (P. alata, P. edulis ou P. incarnata) Maracujá Calmante Persea spp (P. gratissima Abacate Ácido úrico, prevenir queda de ou P. americana) cabelo, anticaspa Petroselinum sativum Falsa Phyllanthus spp (P. amarus, P.niruri, P. tenellus e P. urinaria) Erva-pombinha, quebra-pedra Plantago major Tanchagem, tanchás Feridas Plectranthus barbatus = Coleus barbatus Boldo Polygonum spp (P. acre ou P. hydropiperoides) Erva-de-bicho Corrimentos Portulaca pilosa Amor-crescido Feridas, úlceras Psidium guajava Goiaba Leucorreia, aftas, úlcera, irritação vaginal Punica granatum Romeira Leucorreia Rhamnus purshiana Cáscara sagrada Ruta graveolens Arruda Salix alba Salgueiro branco Schinus terebinthifolius = Schinus aroeira Araguaíba, aroeira, aroeira-do-rio-grande- do-sul Feridas e úlceras Solanum paniculatum Jurubeba Solidago microglossa Arnica Contusões Stryphnodendron adstringens = Stryphnodendron barbatimam Barbatimão, abaremotemo, casca-da- virgindade Leucorreia, feridas, úlceras, corrimento vaginal Syzygium spp (S. jambolanum ou S. cumini) Jambolão Tabebuia avellanedeae Ipê-roxo Tagetes minuta Cravo-de-defunto Trifolium pratense Trevo vermelho
  • 42. Uncaria tomentosa Unha-de-gato Imunoestimulante, anti-inflamatório Vernonia condensata Boldo da Bahia Vernonia spp (V. ruficoma ou V. polyanthes) Assa-peixe Zingiber officinale Gengibre Tosse Essência floral Essência floral ou elixir floral é a denominação convencional para um preparado natural, geralmente elaborado a partir de flores maduras, plantas ou ainda arbustos ao qual se agrega brandy ou álcool natural como conservante. O resultado é uma solução hidroalcaólica diluida que não possui princípios ativos e que por este motivo não apresenta nenhum efeito fisiológico, biológico ou orgânico. Os preparados normalmente se administram via oral e não apresentam toxicidade para as doses habituais. Objetivo da essência floral É uma terapia criada, nos anos de 1928 a 1936, pelo Dr. Edward Bach, médico homeopata, bacteriologista e imunologista. O objetivo da terapia floral é o equilíbrio das emoções do paciente. Ou seja, procura diminuir ou eliminar a estresse, depressão, pânico, desespero, sentimentos de culpa, cansaço físico ou mental, solidão, tristeza, indecisão, sensibilidade excessiva, ciúmes, ódio, mágoas, todos os tipos de medos, ansiedades e preocupações que uma pessoa esteja sofrendo Homeopatia Homeopatia (do grego ὅμοιος + πάθος transliterado hómoios - + páthos = "semelhante" + "doença") é um termo criado por Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843) para designar uma terapia alternativa que se baseia no princípio similia similibus curantur ("os semelhantes curam-se pelos semelhantes"). Confunde-se-a com a fitoterapia, por conta dos produtos usados em suas formulações, embora ambas tenham corpo ideológico e metodologia essencialmente distintos. De fato, o tratamento homeopático consiste em fornecer a um paciente sintomático doses extremamente pequenas dos agentes que produzem os mesmos sintomas em pessoas saudáveis, expostas a quantidades maiores. Desse modo, o sistema de cura natural da pessoa seria estimulado a estabelecer uma reação de restauração da saúde por suas próprias forças, de dentro para fora. O medicamento homeopático é preparado em um processo que consiste em diluição sucessiva da substância, sucussão e "dinamização" (ou "potencialização"), em uma série de passos. Homeopatia não se acha pacificamente inserida como especialidade médica em todos os países. Mesmo aqueles que lhe conferem alguma aceitação oferecem-lhe certas restrições, ou de natureza institucional (as comunidades científico-médicas, os conselhos ou as ordens médicas etc.) ou de cunho legal (as disposições
  • 43. normativas pertinentes na ordem jurídico-política de cada país). Consideram-se questionáveis, sob a óptica da metodologia científica vigente, tanto o princípio como as técnicas, que deveriam ser provados e aprovados segundo os cânones do método científico moderno. Em particular, citam-se: 1. Os altos níveis de diluição (variando de acordo com o medicamento), que conduziriam eventualmente à ineficácia por efetiva inexistência de princípio ativo (os homeopáticos são tão diluidos que, em doses comuns, chega a ser impossível haver uma única molécula do princípio ativo em toda a solução); 2. A escassez de estudos acadêmico-científicos específicos, em particular os que comprovem a eficácia de tal método (sobretudo estudos de duplo-cego); 3. O grande número de estudos científicos ortodoxos com resultados negativos — a concluirem pela ineficácia da homeopatia. No Brasil, é considerada especialidade médica desde 1980 e é utilizada pelo Sistema Único de Saúde desde 2006, além de ser uma das práticas alternativas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde – OMS. Princípios da homeopatia Além da visão holística impressa em toda a obra de Hahnemann, ou seja, a visão do todo sobre as partes, há quatro princípios que orientam a prática homeopática, quais sejam: · Lei dos Semelhantes : Resultado de suas releituras dos Clássicos e, sobretudo, de suas próprias experiências, anuncia esta Lei universal da cura: similia similibus curantur. Exemplificando, um medicamento capaz de provocar, em uma pessoa sadia, angústia existencial que melhora após diarréia e febre, curaria uma pessoa cuja doença natural apresente essas características. · Experimentação na pessoa sadia : A fim de conhecerem as potencialidades terapêuticas dos medicamentos, os homeopatas realizam provas, chamadas patogenesias; em geral são eles mesmos os experimentadores. Tipicamente não se fazem experiências com animais. Uma condição básica para a escolha dos provandos é que sejam saudáveis. Esses medicamentos são capazes de alterar o estado de saúde da pessoa saudável e justamente o que se busca são os efeitos puros dessas substâncias. · Doses infinitesimais : A preparação homeopática dos medicamentos segue uma técnica própria que consiste em diluições infinitesimais seguidas de sucussões rítmicas, ou seja: mistura-se uma pequena quantidade de uma substância específica em muita água e/ou álcool e agita-se bastante. A tese é de que essa técnica "desperte" as propriedades latentes da substância. Isso é chamado de "dinamização" ou "potencialização" do medicamento. · Medicamento único : Primeiro o homeopata avalia se a natureza individual está a "pedir" intervenção com medicamento, pois esse é um dos meios que o médico tem para auxiliar a pessoa, não o único. Sendo o caso, usa-se um medicamento por vez, levando-se em conta a totalidade sintomática
  • 44. do paciente. Só assim é possível ver seus efeitos, a resposta terapêutica e avaliar sua eficiência ou não. Após a primeira prescrição é que se pode fazer a leitura prognóstica, ver se é necessário repetir a dose, modificar o medicamento ou aguardar a evolução. É surpreendente que Hahnemann tenha enunciado os princípios da homeopatia no final do século XVIII, somente como resultado da observação, pois só no século XX (principalmente na segunda metade) é que a expressão integral desse preceito começou a ser notada por contemporâneos, com destaques para as pesquisas de George Vithoulkas, Masaru Emoto, Jacques Benveniste, Fritjof Capra, C.G.Jung, Lovelock, Lynn Margulis, Gregory Bateson, Humberto Maturana, Lorenz, Bohr dentre vários outros. É evidente que esta pequena lista mostra cientistas de ramos muito diferentes e que a relação de suas pesquisas com a homeopatia pode não ser direta. Mas todos têm algo muito forte em comum: a ruptura com a visão cartesiana-positivista de parte substancial da ciência ocidental. Depois de Hahnemann, a homeopatia expandiu-se, tendo seu desenvolvimento e sua aceitação atingido diferentes níveis nas várias regiões do mundo. Por exemplo, na Índia e no Brasil a homeopatia faz parte das políticas oficiais de saúde. Já na Argentina está banida das políticas públicas, chegando a ser praticamente proibida em algumas províncias. Quiropraxia De acordo com a Federação Mundial de Quiropraxia (WFC sigla em inglês) e a Organização Mundial da Saúde (WHO sigla em inglês), a Quiropraxia é uma profissão na área da saúde que se dedica ao diagnóstico, tratamento e prevenção das disfunções mecânicas no sistema neuro-músculo-esquelético e os efeitos dessas disfunções na função normal do sistema nervoso e na saúde geral. No Brasil, a profissão está em processo de regulamentação, ao contrário de diversos outros países onde já se encontra estabelecida, como EUA e Canadá. Ainda assim, existem dois cursos universitários de quiropraxia reconhecidos pelo MEC. Há uma ênfase no tratamento manual incluindo a manipulação articular ou "ajustamento" ou outro tipo de manipulação articular e terapia de tecidos moles. Área de Atuação e Pesquisas Científicas A atuação do quiropraxista está no sistema neuro-músculo-esquelético. Os principais acometimentos tratados pela Quiropraxia são: · Dores na coluna lombar · Hérnia de disco e dor ciática · Dores no pescoço · Dores e tensão muscular · Problemas nas articulações do ombro, cotovelo, punho, joelho, tornozelo · Restrições à movimentações · DORT/LER
  • 45. Existem centenas de pesquisas que relatam o tratamento de Quiropraxia como uma das formas mais seguras para acometimentos articulares, especialmente a coluna vertebral. · Lombalgia- Um estudo conduzido pelo médico T.W. Meade, publicado no British Medical Journal, concluiu, após dois anos de acompanhamento dos pacientes, que "para pacientes com dor na coluna lombar, para os quais não haja contra-indicação quanto à manipulação articular, a Quiropraxia praticamente garante benefícios compensadores e de longa duração, em comparação aos tratamentos hospitalares ambulatoriais oferecidos a pacientes". · Cervicalgia - Médicos e Quiropraxistas da Corporação RAND e de várias outras institutições acadêmicas, realizaram uma revisão de literatura sobre o tratamentos para dor cervical. Os autores concluíram que a manipulação articular é mais eficaz de que a mobilização ou tratamento fisioterápico de alguns casos de dor cervical subaguda ou crônica e perceberam que "todos os três tratamentos são provavelmente superiores ao tratamento médico". · Dor de Cabeça - Boline e cols conduziram um estudo, no ano de 1995, randomizando, comparando a manipulação articular da coluna com a medicação para dor (amitriptilina) no tratamento de cefaléia tensional. Os autores concluíram que os analgésicos tem eficácia de curta duração e apresentam efeitos colaterais, enquanto "quatro semanas após a conclusão da intervenção, o grupo que sofreu manipulação da coluna demonstrou redução de 32% na intensidade da dor de cabeça, 30% no uso do medicamento simples, e 16% de melhora funcional da saúde, como um todo. O grupo que recebeu a terapia por amitriptilina não demonstrou melhora alguma, tendo apresentado, inclusive, uma piora sutil". · Satisfação ao Tratamento Quiroprático - Um estudo de 1998 relatou que a Quiropraxia é o tratamento não médico mais freqüentemente usado nos EUA e proporciona alta satisfação aos seus usuários: "Praticamente todos os pacientes tratados por um quiropraxista declaram-se satisfeito com o seu tratamento; três quartos (73%) declaram-se 'muito satisfeito' e 23% declaram-se 'razoavelmente satisfeito' ". Reflexoterapia Reflexoterapia é a utilização terapêutica da Reflexologia. É uma técnica de tratamento por meio de estímulos em uma área reflexa. Reflexologia é o estudo das delimitações destas áreas, assim como as suas funções e ações diante das patologias humanas. É um dos recursos da medicina natural, holística, ou medicina complementar, antigamente conhecida como medicina alternativa. O Do In, de origem japonesa, e o Tui Na, de origem chinesa, incluem princípios de Reflexoterapia como estes entre seus tratamentos
  • 46. Áreas reflexas Mapa de zonas reflexas nos pés As principais áreas reflexas trabalhadas são: as mãos (reflexo palmar); os pés (reflexo podal); as orelhas (reflexo auricular); a coluna (reflexo vertebral); a face (reflexo facial); e o crânio (reflexo cranial). Nos pés Os praticantes desta técnica acreditam que existem pontos nos pés que refletem a situação da saúde do corpo humano por inteiro. Por isto, estimulam-se estas áreas para aliviar dores, distúrbios orgânicos, emocionais (leves) e de várias partes do corpo, gerando assim um grande equilíbrio corporal, da maneira mais simples possível. Sir William Osler (n. 12 de Julho, 1849 – f. 29 de Dezembro, 1919) médico canadense, sendo um dos ícones da medicina moderna, chamado por vezes de "pai" dela, era um conhecedor e defensor da Reflexologia Podal, tanto que certa vez disse: "Quando os nervos dos olhos e dos pés forem corretamente entendidos, haverá menos necessidade de intervenções cirúrgicas". Nas mãos
  • 47. O mesmo princípio se aplicaria às mãos. Nas mãos e nos pés, a região mais próxima à ponta dos dedos corresponderia à cabeça e a região mais próxima ao pulso e ao tornozelo à região do quadril. Massagem Massagem é a prática de aplicar força ou vibração sobre tecidos macios do corpo, incluindo músculos, tecidos conectivos, tendões, ligamentos e articulações para estimular a circulação, a mobilidade, a elasticidade ou alívio de determinadas dores corporais. Por ser uma forma de terapia, também pode ser conhecida como massoterapia. Pode ser aplicada a partes do corpo ou continuamente a todo o corpo, para curar traumas físicos, aliviar stress psicológico, controlar a dor, melhorar a circulação e aliviar tensão. Quando a massagem é utilizada para benefícios físicos e mentais, ela pode ser chamada de “Terapia de Massagem Terapêutica Massagem terapêutica Apesar de haver muitos tipos particulares de massagem, existem apenas alguns tipos básicos e primordiais de massagem. Há dois grupos grandes que se destacam: as massagens com óleos e as massagens "secas". Depois começaram a bifurcar-se em centenas de correntes e estilos diferentes, fundindo-se e separando-se em outros tantos estilos. Hoje em dia existem massagens aplicadas para praticamente todos os fins. Desde massagens para bebês e idosos até massagens cosméticas, de rejuvenescimento localizado. As massagens hoje em dia estão cada vez mais enraizadas nas culturas chegando até mesmo às empresas. Cada vez mais, grandes organizações incorporam nos seus pacotes de incentivos, massagens inclusive no próprio local de trabalho. A massagem não é exclusividade de fisioterapeutas.
  • 48. Reiki Os kanji rei e ki significam "espírito" e "energia"; desse modo, reiki pode ser traduzido como "energia espiritual". Reiki é uma terapia baseada na canalização da energia universal (rei) através da imposição de mãos com o objetivo de restabelecer o equilíbrio energético vital de quem a recebe e, assim, restaurar o estado de equilíbrio natural (seja ele emocional, físico ou espiritual); podendo eliminar doenças e promover saúde. Apesar de variados relatos sobre sua eficácia, a reiki é ainda pouco reconhecida pela medicina. Mas é reconhecido como terapia alternativa complementar pela OMS. Há diversos estudos que comprovam sua eficácia, sendo que muitos podem ser encontrados no site Pubmed. Já existe comprovação científica do Reiki. Teorias e práticas Algumas escolas ensinam que o Reiki entra nos seus praticantes através do sétimo chakras (a Coroa), preenche o sistema energético sutil do praticante, e após ser transubstanciada no chakra Cardíaco, flui através das suas mãos para o corpo de quem recebe. Outras escolas ensinam que a energia entra através do primeiro chakra (raiz), preenche a aura, torna-se centrada no quarto chakra (coração) e flui através das mãos do praticante. O Sistema de Reiki tradicional (Dr. Usui) ensina que a energia Reiki é uma energia inteligente, que "sabe o que fazer", ou seja, a energia sente a necessidade do paciente: muda de cor, e até de intensidade e segue para o local necessário. Também
  • 49. afirmam que, por outro lado, o ser humano possui o livre arbítrio, e caso o paciente não esteja aberto ao tratamento (predisposto a enfrentar as causas de suas emoções, vivências, pensamentos, sentimentos, e ações) a energia não fluirá: não terá efeito duradouro no organismo, podendo até mesmo ser bloqueada pelo paciente. Nesse caso, o desequilíbrio energético persistirá, assim como a raiz do problema íntimo. Segundo a visão holística, as doenças são criadas antes no mundo sutil: se manifestam nas várias camadas da aura a terminar com a última manifestação física que é o corpo humano (denso). O Reiki atua nas camadas sutis da aura: age no mundo invisível, e quando remove o padrão energético do desequilíbrio em todas as camadas a manifestação física é a cura do paciente. Meridianos. O tratamento é tradicionalmente efetuado ao impor-se as mãos. O Reikiano solicita ao paciente para deitar. Em seguida há a imposição das mãos do reikiano sobre o paciente. O reikiano atua como um canal para a energia Reiki, a energia flui da palma de suas mãos (chakra das mãos) para o corpo sutil e físico do paciente. Normalmente, o Reikiano aplica as posições do reiki que utilizam um esquema semelhante à posição dos meridianos e chakras da Acupuntura. Alguns praticantes tocam no corpo, outros mantêm as mãos próximas (10 a 20 cm) do local a ser tratado. A energia reiki não possui barreira física: pode transpassar a barreira do tempo ( ser enviada ao passado, ao futuro ou no presente à distância- Técnicas ensinadas aos reikianos de maior graduação- e através de barreiras físicas: pode promover limpezas do ambiente. Ela é usada com muita eficácia nos animais de estimação posto que, as barreiras mentais à cura são menores que na maioria dos seres humanos. Alguns pacientes relatam sentir várias sensações subjetivas e objetivas: calor, frio, pressão, sonolência, vibrações, etc. Os praticantes de Reiki atribuem estas sensações à energia Reiki chegando ao corpo e à aura de quem a recebe. É normal no início do tratamento o paciente sentir a reação de limpeza que consiste num agravamento do estado negativo do paciente, que cessa logo que o bloqueio seja totalmente retirado. Durante esse período- variável para cada paciente- é comum os sentimentos que estavam guardados como rancor, raiva, sonhos, medo, ou outros serem revividos- até afastamentos de amigos, namorados (as) ou pessoas perniciosas que prejudicavam a vida do paciente. Durante essa chamada desintoxicação energética é comum durante essa fase de alguns dias ou meses, a
  • 50. desistência de pacientes que não estejam preparados para liberar-se completamente dos problemas energéticos. Depois de passada essa fase, o paciente pode experimentar(dentro de suas permissões) livre dos bloqueios e o reiki é sentido como uma energia sublime do puro amor de Deus. O reiki repara necessidades energéticas: desbloqueia nós dos canais energéticos, traz mais energia onde o fluxo era menor ou redistribui energia presa em algum local para o restante do corpo através do desbloqueio. Alguns pacientes nada sentem, outros relatam sentir muito pouca ou nenhuma alteração, mas é comum para a maioria a sensação de relaxamento ou sono. Os cinco princípios do Reiki O que é considerado como princípios do Reiki, na verdade para os japoneses e antigos praticantes do Reiki é um Kotodama, ou conjunto de preceitos que devem ser repetidos pela manhã e pela noite por possuir uma alma e por isso possuir energias curativas. São eles: Só por hoje: · Não se preocupe · Não se aborreça · Honre pais e mestres · Trabalhe honestamente · Seja gentil com todos os seres Para Usui Sensei, estes ensinamentos deveriam ser tratados como mantras e por isso sempre recitados para que se possa alcançar paz e iluminação. O Reiki como terapia O Reiki é considerado{Reiki Sem Fronteiras} como terapia alternativa e complementar aos tratamentos convencionais. O Reiki não é controlado pelos pensamentos do reikiano. O reikiano, não deve, segundo o Reiki Tradicional (Dr. Usui) manifestar sua energia pessoal em favor do paciente. A energia pessoal do reikiano (o Ki para os japoneses ou Chi para chineses) não deve envolver o paciente. O Reiki é que deve ser usado por ser Apolar e inteligente. Embora não se acredite que seja possível causar mal com o Reiki, exceto em aplicações em fraturas que causam maior fluxo sanguíneo) é importante que reikiano reserve momentos para
  • 51. proteção energética que protegem seu sistema energético dos pacientes ou ambientes. Por isso, apenas é aconselhável para o reikiano atender ao público caso ele já tenha uma maior graduação no reiki e estágio com Mestre experiente. EXERCÍCIOS 1. O que é homeopatia? 2. Qual a diferença entre a homeopatia e a fitoterapia? 3. Cite 3 exemplos de plantas utilizadas na terapia de doenças. 4. Quais as vantagens de massoterapia? 5. Quais os preceitos do Reiki? 6. Quais são as áreas de atuação da Quiropraxia?