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FACULDADE FLAMINGO 
A LIDERANÇA COM ÊNFASE NA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL 
Turma 219GNAZA - Grupo 03 
CLEITON NOGUEIRA DA SILVA 
Benks90@hotmail.com 
FATIMA APARECIDA 
fati_ap@yahoo.com.br 
FERNANDO JOSÉ GARCIA 
fernandoaway@outlook.com 
GABRIELA SANTOS 
Conceição_gaby@ig.com.br 
GISELE RODRIGUES DE OLIVEIRA 
giselerodriguesoliveira@hotmail.com 
Categoria de Classificação: Pesquisa Bibliográfica 
Data: 08/05/2014 
1-RESUMO 
No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais conhecido 
como Relatório Brundtland. Para isso apresentou uma série de medidas que deve ser tomadas pelos 
Países, e entre elas estão à limitação do crescimento populacional, aumento da produção industrial 
nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas, controle da 
urbanização desordenada e integração entre campo e Metrópoles. O termo “sustentável” foi 
difundido pela primeira vez em 1987. 
Mais tarde, na ECO 92, quase todos os países do mundo firmaram um acordo no qual eles se 
comprometiam com a estabilização da concentração dos gases responsáveis pelo efeito estufa, 
entretanto nesse acordo não foram definidas metas de redução para cada País ou grupo de países. 
A chamada sustentabilidade baseia-se na tríade: Social: O quesito socialmente justo; 
Ambiental: Ser ambientalmente correto; Econômica: Quanto a ser economicamente viável. 
Para que as organizações possam contribuir para a sustentabilidade devem modificar seus 
processos produtivos. Isto implica em construir sistemas de produção que não causem impactos em 
áreas degradadas Para obter retorno, as organizações, utiliza-se de ferramentas disponíveis para 
estar à frente dos concorrentes, obtendo maiores margens e fatias de mercado. Mudanças em sentido 
global, além dos fatores econômicos e estruturais, outros começam a fazer parte da responsabilidade 
das empresas, que são as questões do meio ambiente natural e as questões sociais. 
É de suma importância que os Líderes corporativos incorporem os conceitos de 
sustentabilidade nos sistemas de planejamento e gestão corporativos. Sendo que liderança pode ser 
vista como liderança a atividade de influenciar as pessoas fazendo-as empenhar-se voluntariamente 
em objetivos de grupo. Recentemente foi proposto que o modelo de liderança transformacional, seja 
constituído por quatro elementos: influência idealizada, motivação inspiracional, estimulação 
intelectual e consideração individualizada. Também diz que a efetividade da liderança depende do 
ambiente e da organização entre outras variáveis situacionais. 
Nas organizações liderança é considerada um resultado de como é derivada de equipes, com 
uma função dos processos associados a pessoas trabalhando juntas, para cumprirem um trabalho. 
Também vista como uma propriedade de sistemas complexos, ao contrário de uma propriedade de 
indivíduos, a efetividade da liderança se torna mais um produto dessas conexões ou 
relacionamentos entre as partes do que o resultado de qualquer parte sozinha desse sistema. 
Com base no Pacto Global da ONU, chegamos a 20 atribuições para o líder em 
sustentabilidade, algumas delas são: Comandar a elaboração de uma estratégia consistente de 
sustentabilidade, buscando a cooperação entre as diferentes áreas e as questões mais relevantes para 
o negócio e o seu setor de atuação; fazer com que o conceito permeie a cultura organizacional,
transformando-o em um valor corporativo relevante para a definição da identidade da companhia; 
Identificar todos os impactos socioambientais causados pelas operações da empresa; cuidar para 
minimizá-los ou eliminá-los; Responsabilizar, pela execução da estratégia, áreas corporativas 
essenciais como Compras, Marketing, Recursos Humanos, Jurídico e Relações Institucionais, 
assegurando que nenhuma delas atue em conflito com os compromissos e objetivos de 
sustentabilidade. 
Mais amplamente a liderança não só deve prover visão, mas promover o pluralismo nas 
organizações e apesar do líder necessitar de atributos básicos, tais como uma visão de futuro, 
confiança em si mesmo e capacidade de alinhamento dos funcionários, também assume um papel 
central em busca de um balanço equilibrado de desempenho econômico, ambiental e social. A 
sustentabilidade empresarial torna-se muito frágil quando esta depende de um único líder 
visionário. 
Palavras chave: Sustentabilidade, liderança, sustentabilidade empresarial 
2- INTRODUÇÃO 
A Sustentabilidade é um assunto que a cada dia mais vem ocupando espaço em nosso dia a dia, 
mas qual seria sua importância, para Ser um assunto tão em foco ultimamente? Sabemos que o 
termo “sustentável” foi difundido ela primeira vez em 1987, no chamado “Relatório Brundtlan”. 
Em sua origem, a definição de sustentabilidade que veio a se tornar, popular sugeria que um padrão 
sustentável deveria garantir “as necessidades do presente sem comprometer as necessidades das 
gerações futuras’. 
Segundo Nunes (2004) o desenvolvimento humano pode ser entendido como um processo pelo 
qual as sociedades procuram melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos procurando satisfazer 
suas necessidades básicas e complementares, fundamentadas no respeito aos direitos humanos. 
Teria assim a sustentabilidade também certa origem econômica, capaz de impactar no processo de 
desenvolvimento humano no mundo corporativo? Alem de gerenciar custos as organizações 
precisam gerenciar comportamentos. Deste modo, “o desenvolvimento organizacional e as novas 
possibilidades decorrentes dele, estão intimamente ligados ao desenvolvimento humano, sobretudo 
porque são elas que programam as estratégias da organização” (DUTRA, 2002). 
Com grande frequência também vemos reuniões com os chamados “Líderes Mundiais”, que 
durante essas reuniões visam abordar assuntos sobre a sustentabilidade, e freqüente também é a 
participação dos Líderes empresariais em reuniões abordando esse tema, mas o que seria 
exatamente um Líder? 
E por falar em área empresarial, também é crescente a preocupação com a chamada 
Sustentabilidade Empresarial, sendo assim, qual seria o papel do Líder na colaboração da empresa 
com a sustentabilidade? As empresas mais envolvidas com esta inquietação criaram uma entidade 
voltada à sustentabilidade empresarial, ligada ao movimento internacional de empresários com este 
foco (ALTENFELDER, 2004). 
Para que isso entre em prática, é necessário construir sistemas de produção que não causem 
impactos, ou que reduzam gradativamente os impactos negativos, ou até mesmo contribuam para 
que areadas degradadas se recuperem, melhorando o ambiente e relação entre empresa, meio 
ambiente, cliente e consumidor (CORAL, 2002). 
Muitas atitudes simples podem colaborar em muito com a sustentabilidade. Elas podem partir 
dos governantes, dos lideres empresariais e ate mesmo de nós. Sendo assim, o que podemos fazer 
para contribuir com essa tal Sustentabilidade? 
Nosso objetivo geral é compreender a importância das lideranças com ênfase na 
sustentabilidade empresarial. Nossos objetivos específicos são demonstrar historia e conceitos da 
sustentabilidade, o Tripé da sustentabilidade e sustentabilidade empresarial. Também vamos 
apresentar velhos e novos conceitos de liderança. Por fim, conhecer o papel que o Líder assume na 
ênfase pela sustentabilidade empresarial. 
Justificativa- Esse artigo possui uma grande importância acadêmica na nossa obtenção de 
conhecimento.
3- METODOLOGIA 
Será feita uma pesquisa bibliográfica, utilizando livros e sites como referências. 
4-FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS 
1.1. HISTORIA E CONCEITOS DA SUSTENTABILIDADE 
Em 1968, políticos, físicos, industriais e cientistas juntaram-se numa pequena vila italiana para 
debater um vasto conjunto de assuntos relacionados à política, economia internacional e, sobretudo, 
ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Era o Clube de Roma, este foi o primeiro grupo 
a discutir sustentabilidade, meio ambiente e limites de desenvolvimento, tratar do desenvolvimento 
sustentável do planeta. 
Quatro anos mais tarde, em conjunto com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na 
sigla em inglês), os cientistas americanos Dennis Meadows e Donella Meadows (1941-2001) e o 
acadêmico norueguês Jorgen Randers, membros do clube, entrariam para a História ao utilizar 
sistemas de informática para simular a interação do homem com o meio ambiente, levando em 
consideração o número de habitantes e o esgotamento de recursos naturais. A conclusão do estudo: 
se a população mundial continuasse a consumir como na época, por conseqüência da 
industrialização, os recursos se esgotariam em menos de 100 anos. 
E, no mesmo ano em que a Organização das Nações Unidas realizava em Estocolmo, na 
Suécia, sua primeira conferência sobre o tema, em 1972, reunindo personalidades da ciência, da 
academia, da indústria, chefes de Estado e outros líderes, o grupo ganharia reconhecimento mundial 
com a publicação do relatório Os limites do crescimento (The limits to growth), que desde então já 
vendeu mais de 12 milhões de exemplares, em cerca de 30 idiomas. 
No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais, indicando, a 
primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, para chefiar a Comissão Mundial sobre o 
Meio Ambiente e Desenvolvimento. O documento final desses estudos chamou-se Nosso Futuro 
Comum, também conhecido como Relatório Brundtland. Apresentado em 1987, propõe o 
desenvolvimento sustentável, que é “aquele que atende às necessidades do presente sem 
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”. Para isso 
apresentou uma série de medidas que deve ser tomadas pelos Países, e entre elas estão à limitação 
do crescimento populacional, aumento da produção industrial nos países não-industrializados com 
base em tecnologias ecologicamente adaptadas, controle da urbanização desordenada e integração 
entre campo e Metrópoles. E algumas medidas internacionais são a adoção da estratégia de 
desenvolvimento sustentável pelos órgãos e instituições internacionais de financiamento, proteção 
dos ecossistemas supranacionais como a Antarctica, oceanos, etc. 
Mais tarde, num encontro chamado Cúpula da Terra, que ficou popularmente conhecida como 
ECO 92, quase todos os países do mundo firmaram um acordo no qual eles se comprometiam com a 
estabilização da concentração dos gases responsáveis pelo efeito estufa, entretanto nesse acordo não 
foram definidas metas de redução para cada País ou grupo de países. Seus principais resultados 
foram dois grandes documentos: A Carta da Terra (rebatizada de Declaração do Rio) e a Agenda 
21. Periodicamente o acordo é revisado, e a mais famosa revisão delas foi em 1997 com o Protocolo 
de Kyoto (OLIVEIRA, 2012, p. 70-82). 
A Agenda 21 se trata de documento contendo uma série de compromissos acordados pelos 170 
países presentes, que assumiram o desafio de incorporar, em suas públicas, princípios do 
desenvolvimento sustentável. No ano de 2002, aconteceu em Johanesburgo, na África do Sul, a 
maior conferência mundial sobre o tema Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, 
denominada Rio+10, nesse encontro foi elaborado um documento chamado Protocolo de Kioto 
onde se firma um compromisso em que países com maior nível de industrialização, 
conseqüentemente maiores utilizadores de recursos naturais geradores de resíduos poluentes devem 
ser tributados e responsabilizados de maneira maior no que diz respeito às responsabilidades da não 
preservação do planeta para gerações futuras. Num esforço gigantesco de compreensão e de síntese, 
a Cúpula Mundial do Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10, conseguiu encontrar um caminho ao 
dizer que o Desenvolvimento Sustentável tem uma base formada por três pilares - o econômico, o
social e o ambiental (triple-bottom line) - e um objetivo fundamental que é a erradicação da pobreza 
(OLIVEIRA FILHO, 2004). 
O conceito de sustentabilidade foi oficialmente apresentado na CMMAD (COMISSÃO..., 
1988), e apesar de ter sofrido algumas críticas a aprovação dos evolvidos foi praticamente unânime. 
O objetivo da Comissão Brundtland, foi propor uma agenda global, com propósitos de conduzir a 
humanidade frente aos principais problemas ambientais do planeta e ao progresso, sem 
comprometer os recursos para as futuras gerações. 
Posteriormente essa definição foi considerada imprecisa e carregada até mesmo utópica por 
Drummond (1999, p. 755-761) e posteriormente Rodriguez, Ricart e Sanchez (2002), sob o 
argumento de que, embora a grande maioria das empresas apresente uma visão de sustentabilidade, 
esta ainda é voltada, quase que exclusivamente para a questão econômica. Segundo Layrargues 
(1997), a questão ambiental só ganhou força quando se apresentava como um grave problema no 
meio produtivo, e só então se iniciou a discussão acerca de “eco eficiência” e do que seria 
“politicamente correto”. 
1.2. A TRÍADE DA SUSTENTABILIDADE. 
A sustentabilidade proposta nos dias de hoje tem a ver com um novo modelo de gestão 
empresarial. Neste novo modelo, o lucro e a competitividade continuam em primeiro plano, mas 
diferente do que vem sendo praticado pelo setor privado nas últimas décadas, o lucro a qualquer 
custo já não tem tanto espaço. Assim, a sustentabilidade sai de uma área periférica e entra no core 
business, modificando processos, transformando valores corporativos e, principalmente, valores 
pessoais (ANTUNES, 2011). 
A sustentabilidade baseia-se na tríade: Meio Ambiente, Sociedade e Economia, onde considera 
que é impossível achar um equilíbrio sem unir estes três interesses. De acordo com REBOUÇAS, o 
tripé de sustentabilidade foi criado em 1990, por John Elkington, inglês, fundador da ONG 
SustainAbility. Também conhecido como “Triple Botton Line”, linha de três pilastras, que são 
denominadas como Sustentabilidade Social, Ambiental e Econômica. 
Social: O quesito socialmente justo falha na concepção de uma sociedade que se mantém no 
ciclo lucrativo da competição que deixa à margem cerca de 2 bilhões de pessoas na miséria no 
mundo e, principalmente, nos países mais pobres do mundo alheios a uma política social e 
institucional séria. 
Ambiental: Ser ambientalmente correto também é considerado utópico pelo ritmo 
desenfreado de ações extrativistas e destruidoras nos ecossistemas do planeta em prol da produção 
de serviços e produtos nãos-sustentáveis, ou sustentáveis em nível simbólico e marketista em 
algumas ações de comunicação empresarial. A humanidade e o seu ritmo produtivo pós-industrial 
ainda não conseguiu mitigar o avanço das poluições e do excesso de consumo de energia no 
planeta, havendo somente ações e projetos pontuais de relevância contra o aquecimento global e na 
defesa de biomas e espécies. 
Econômica: Quanto a ser economicamente viável, há um paradoxo, pois a economia atual, 
ainda preenchida de conceitos e ações do século XX em pleno início do século XXI, ainda é 
estimulada pela concorrência, pela contratação de mão-de-obra mais barata e busca do lucro pelos 
estímulos do consumismo que mantém o faturamento das empresas e do ritmo de geração de 
empregos. 
O Conceito do tripé da sustentabilidade tornou-se amplamente conhecido entre as empresas e 
os pesquisadores, sendo uma ferramenta conceitual útil para interpretar as interações extra-empresariais 
e especialmente para ilustrar a importância de uma visão da sustentabilidade mais 
ampla, além de uma mera sustentabilidade econômica. É importante salientar que dentro dos 
princípios de sustentabilidade, não se podem separar as questões sociais das questões ambientais. 
Por isso, quando uma organização é ecologicamente sustentável, ela também estará atuando de 
forma socialmente responsável, de forma a atender os interesses de todos os Stakeholders que 
afetam ou são afetados por suas atividades.
ALMEIDA (2002, p64) afirma que: 
“Há uma inequívoca sinalização, para políticos, 
empresários, profissionais, ativistas e para a 
população em geral, de que só haverá 
desenvolvimentos sólidos, permanentes e 
sustentáveis se os três pilares puderem ser 
articulados, tornando-se interdependentes. 
Superar a velha tradição do trabalho isolado, por 
segmentos, certamente não é tarefa das mais 
fáceis. Afinal, enquanto proliferam especialistas 
em meio ambiente formando um campo próprio 
de interesses, ecologistas de variados matizes 
esforçaram-se por criar uma não muito nítida 
onda verde de proteção, economistas 
continuaram ditando as cartas na política como 
se tudo dependesse do PIB e da taxa de inflação 
e defensores do social permaneceram restritos a 
suas especialidades (saúde, educação, nutrição, 
previdência, etc.). Avançamos bastante nas áreas 
específicas, mas pouco fizemos para que elas se 
tornassem mais solidárias. É freqüente ver os 
especialistas acusando-se mutuamente, quando 
deveriam concentrar seus esforços no encontro e 
no estímulo de ponto que possam levar a um 
relacionamento crescente.” 
Também referido como 3 P´s depende de questões políticas e culturais, de um alto nível de 
coerência para que as dúvidas e falhas relatadas anteriormente possam ser detectadas e superadas, 
sempre equilibrando o que é esperado de um projeto de desenvolvimento e o que está sendo 
verdadeiramente implementado. 
1.3. SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL. 
Primeiramente é preciso expor que hoje há uma discussão sobre o conceito de desenvolvimento 
sustentável e sustentabilidade, apresentam-se a seguir as duas visões: 
1- Quando se menciona desenvolvimento sustentável, uma vez que muitos utilizam o termo 
para designar a expectativa de que o país entre numa fase de crescimento que se mantenha ao longo 
do tempo, faz com que tal forma de desenvolvimento pressuponha a expansão econômica 
permanente, gerando melhoria nos indicadores sociais, além da preservação ambiental 
(ALTENFELDER, 2004). III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006. 
2 - Sustentabilidade é a capacidade de se auto-sustentar, de se auto manter. Uma Atividade 
sustentável qualquer é aquela que pode ser mantida por um longo período indeterminado de tempo, 
ou seja, para sempre, de forma a não se esgotar nunca, apesar dos imprevistos que podem vir a 
ocorrer durante este período. Pode-se ampliar o conceito de sustentabilidade, em se tratando de uma 
sociedade sustentável, que não coloca em risco os recursos naturais como o ar, a água, o solo e a 
vida vegetal e animal dos quais a vida (da sociedade) depende (PHILIPPI, 2001). 
Apesar de apresentarem similaridades, torna-se comum relacionar desenvolvimento sustentável 
a políticas públicas e sustentabilidade as demais ações. A partir desta explanação o termo a ser 
utilizado neste trabalho será sustentabilidade, pois relaciona o termo com as empresas e 
organizações. Na área empresarial a preocupação com a sustentabilidade tem se generalizado, e um 
grupo mais envolvido com esta inquietação criou uma entidade voltada à sustentabilidade 
empresarial, ligada ao movimento internacional de empresários com este foco (ALTENFELDER, 
2004). 
O objetivo fundamental de qualquer organização é obter o maior retorno possível sobre o 
capital investido. Para tanto, utiliza-se de ferramentas disponíveis para estar à frente dos 
concorrentes, obtendo maiores margens e fatias de mercado. No entanto, com as mudanças em 
sentido global, além dos fatores econômicos e estruturais, outros começam a fazer parte da 
responsabilidade das empresas, que são as questões do meio ambiente natural e as questões sociais.
Para que as organizações possam contribuir para a sustentabilidade devem modificar seus processos 
produtivos, quando for necessário, para se tornarem ecologicamente sustentáveis. Isto implica em 
construir sistemas de produção que não causem impactos negativos e mesmo estejam contribuindo 
para a recuperação de áreas degradadas ou oferecendo produtos e serviços que contribuam para a 
melhoria do desempenho ambiental dos consumidores e clientes de uma indústria (CORAL, 2002). 
CARREIRA (2011) esclarece que a geração de lucro não deixa de ser uma das 
responsabilidades de uma empresa sustentável, mas que para assim se intitular a empresa deve: 
a) gerar empregos, remunerar corretamente e garantir condições de saúde e segurança a seus 
funcionários; 
b) prover um ambiente organizacional de aprendizado e crescimento profissional, que valorize 
as diferenças e a inovação; 
c) oferecer produtos e serviços de qualidade; 
d) estabelecer o diálogo e ser transparente na relação com seus stakeholders; 
e) pagar os impostos que resultam em benefícios para a sociedade; e 
f) produzir sem degradar e recuperar o meio ambiente por ela impactado 
As transformações e inovações referentes a esses processos acompanham mudanças na própria 
cultura da empresa. 
Alguns autores como ATKINSON (2000 P 235, 252); HOFFMAN (2000 p22); 
SHRIVASTAVA (1995 p118-137) defendem a idéia que uma empresa só conseguirá ser 
sustentável se conseguir não agredir o meio ambiente. Eles detalham o conceito de organizações 
ecologicamente sustentáveis. Neste caso a sustentabilidade será alcançada, quando a extração de 
recursos naturais ocorrerem dentro da capacidade natural de reposição desses recursos, e quando os 
resíduos sólidos das indústrias forem transferidos para o sistema ecológico, sem ultrapassar a 
capacidade de absorção do mesmo. 
Seguindo a lógica de uma coexistência harmônica entre as entidades que habitam um 
subsistema, surge outra definição para a sustentabilidade ecológica, como sendo “habilidade de uma 
ou mais entidades, individualmente ou coletivamente, de existir e crescer por longos períodos de 
tempo, de tal forma que a existência e o crescimento de outras coletividades sejam permitidos em 
níveis relacionados e em sistemas relacionados” (STARIK & RANDAS, 1995 p908-935) 
As organizações têm um papel fundamental para o desenvolvimento sustentável do planeta. 
Mas para isso é de suma importância que os Líderes corporativos incorporem os conceitos de 
sustentabilidade nos sistemas de planejamento e gestão corporativos. 
2-CONHECER VELHOS E NOVOS CONCEITOS DE LÍDERANÇA 
2.1 AS ORIGENS DA LIDERANÇA. 
VERGARA (2007, p 62-65) conta que o mundo acadêmico buscou durante muito tempo, sem 
cessar, descobrir o que é liderança. Muitas teorias foram formuladas e talvez a mais antiga seja a 
dos traços de personalidade. Apenas conseguiria ser Líder, aquele que já nascesse com 
determinados traços físicos, intelectuais, sociais e relacionados com essa tarefa. Como exemplo, 
tomemos as seguintes características: ele deveria ter estatura alta, ter boa aparência, força física, 
entre outras características. Sendo assim, quem possuísse esses determinados traços, lideraria com o 
tempo todo e todos. Quem não os tivesse simplesmente estaria fadado a ser um eterno seguidor ou 
servente. Certamente que os estudos para entender o que é liderança, não pararam nessa na teoria 
dos traços. Vamos nos imaginar tentando enquadrar personagens como Napoleão, Rosa de 
Luxemburgo, Ghandi, e tantos outros Líderes de grande sucesso, que não possuíam tanta beleza 
externa, força física ou estatura elevada nessa teoria? O resultado seria decepcionante, mas nos 
mostraria que a liderança não é inata. 
O próximo passo nessa história foi dado exatamente por essa teoria, de que liderança não é 
inata, ou seja, ela pode ser aprendida. Depois dessa teoria, o foco passou a ser em como escolher e 
identificar o melhor estilo de liderar, e nisso foram identificados três estilos de liderança: o 
democrático, o autocrático e o liberal. Inicialmente a grande maioria considerava que, o melhor 
estilo era de liderar era o democrático. Entretanto as controversas situações que nos acontecem no 
demonstraram que essa concepção não estava certa. Dependendo da situação em que se encontrava,
o líder também deveria ser autocrático e até liberal. Houve então um entendimento, que foi então 
introduzido na teoria dos estilos de liderança, de que não há o melhor estilo, tudo depende de quem 
lidera, de quem o segue e por qual situação estão passando. 
De certa forma, não é difícil reconhecer que determinados traços da personalidade de alguém, 
podem em função das expectativas de seus seguidores, podem facilitar a sua liderança. Mas também 
podem dificultar, se houver desacordos entre aquele que se pretende influenciar e aquele que deve 
ser influenciado. 
A teoria dos estilos de liderança foi largamente utilizada em programas de desenvolvimento 
gerencial, com o objetivo de transformar pessoas seguidoras em líderes democráticos e, ao mesmo 
tempo, voltados para a produtividade. Quando posta em prática, a teoria mostrou certa debilidade, 
dando oportunidade para que outra teoria fosse desenvolvida e viesse à tona. Nessa nova teoria, a 
liderança é abordada como algo contingencial, para a qual a expressão “tudo depende” passou a 
valer. 
Para George Terry (1960), liderança é a atividade de influenciar as pessoas fazendo-as 
empenhar-se voluntariamente em objectivos de grupo. Esta definição parece ser válida para 
qualquer tipo de organização, porque em qualquer situação em que um individuo procure 
influenciar o comportamento de outro individuo, estamos perante o fenómeno da liderança. 
2.2 PRINCIPAIS CONCEITOS HISTÓRICOS. 
Desde os primórdios do surgimento do estudo da liderança, surgiram muitos autores que 
focaram esse tema. De acordo com Bergamini (1994, p. 88) o conceito de liderança pode variar de 
autores e dentro das organizações podem ter alguns significados diferentes, "constata-se que a 
maior parte dos autores conceitua liderança como “o processo de influência de um individuo sobre 
outro individuo ou grupo, com vistas à realização de objetivos em uma situação dada”". Vamos 
observar a seguir, o que alguns deles falaram sobre a definição de liderança: 
Segundo JANDA (1960, p.35) liderança é: 
“um tipo especial de relacionamento de poder 
caracterizado pela percepção dos membros do 
grupo no sentido de que outro membro do grupo 
tem o direto de prescrever padrões de 
comportamento na posição daquele que dirige no 
que diz respeito à sua atividade na qualidade de 
membro do grupo”. 
Liderança é ‘uma interação entre pessoas na qual uma apresenta informação de um tipo e de tal 
maneira que os outros se tornam convencidos de que seus resultados serão melhorados caso se 
comporte da maneira sugerida ou desejada’ (Jacobs, 1970, p.232). 
O líder vai adaptar seus estilos de liderança e seus valores de acordo com a situação ou o grupo. 
Fiedler (BERGAMINI, 1994, p.52) afirma que: 
“A liderança é, por definição, um relacionamento 
interpessoal, no qual poder e influencia são 
desigualmente distribuído de tal forma que uma 
pessoa seja capaz de dirigir e controlar os seus 
próprios. Em tal relacionamento, entre líder e 
seus membros, a personalidade do líder es tá 
pronta para determinar, em grande parte, à 
medida que ele pode influenciar o 
comportamento do seu grupo.” 
Stogdill (1974, p.411) estabelece que a liderança seja “o início e a manutenção da estrutura em 
termos de expectativa e interação.” 
Segundo Maximiano: (2008, p.277) 
“Liderança é o processo de conduzir as ações ou 
influenciar o comportamento e a mentalidade de 
outras pessoas. Liderança é a realização de metas 
por meio da direção de colaboradores. A pessoa 
que comanda com sucesso seus colaboradores 
para alcançar uma finalidade especifica é um 
líder.”
Para Kwasnicka (1989, p.99) “A liderança estabelece objetivos, porém ao fazê-lo, leva em 
consideração o que já foi previamente determinado pela organização. 
Para Katz & Kahn (1978, p. 528) Liderança é “o incremento da influência sobre e acima de 
uma submissão mecânica com as diretrizes rotineiras da organização.” 
2.3. NOVAS ABORDAGENS E ALIDERANÇA HOJE. 
Na década de 80 surge a “nova liderança”, caracterizando abordagens referentes a temas 
comuns em alguns aspectos e diferentes em outros (VROOM; JAGO, 1988, p 82, 94). É nesse 
momento que aparecem os estudos sobre liderança transformacional, carismática e visionária. O 
foco da atuação desses líderes é a propriedade com que formulam a visão, a missão e os valores que 
orientam e articulam a ação das pessoas nas organizações. (ROBBINS, 2002, p 241). 
A liderança visionária refere-se visão de futuro que seja atrativa e possível de ser realizada, 
observando a situação presente e buscar a sua melhoria. Deve ser capaz de ser compreendida por 
toda a organização. Líderes visionários devem possuir as três habilidades: tornar a visão inteligível 
a todas as pessoas da organização; capacidade de expressar a visão através de ações e 
comportamentos e, finalmente, tornar a visão aplicável a múltiplas situações (ROBBINS, 2002). 
Bass (1985) propõe que o modelo de liderança transformacional, seja constituído por quatro 
elementos: influência idealizada, motivação inspiracional, estimulação intelectual e consideração 
individualizada. Também diz que a efetividade da liderança depende do ambiente e da organização 
entre outras variáveis situacionais. (BASS; RIGGIO, 2006). 
“estimulam e inspiram seguidores tanto para alcançar resultados extraordinários como, ao longo do 
processo, desenvolver sua própria capacidade de liderança”. 
O instrumento de avaliação da liderança transformacional é o MCQ (Multifactor Leadership 
Questionaire), focando na díade líder-seguidor como unidade de análise, não considerando as 
variáveis situacionais, e estas precisam ser inferidas da média das respostas dos seguidores. 
(AVOLIO, 1999; BASS; RIGGIO, 2006). 
Apesar de ser aplicável, seu instrumento de avaliação é limitado e, apresentam diversas 
inconsistências, quanto à posição dos líderes e às suas conquistas. 
A teoria da liderança carismática surge no final da década de 1970, e Yukl (2005) distinguiu 
quatro conjuntos de: carisma atribuído, teoria do autoconceito, psicodinâmica e contágio social. A 
unidade de análise “líder-seguidor”, na qual se considera o líder como aquele que possui ou exerce 
carisma sobre seguidores ou o seguidor que se identifica com o líder como portador de 
características “extraordinárias” e passam a depender dele. 
Isso pode ser resultado de uma “transferência psíquica”, entre o grupo e seu líder, 
permitindo vivenciarem seu desejo de onipotência (CHANLAT, 1996). 
A emergência do líder carismático pode ser destacada por crises, tarefas complexas e 
seguidores dependentes ou fracos. (YUKL, 2005). Existindo a possibilidade de manipulação por 
líderes antiéticos. 
Normalmente não há conciliação nas análises díades (líder-seguidor) com as análises de 
grupo, revelando dificuldades conceituais ou em relação às categorias de análise (GRONN, 2002. p. 
423-451). 
3. O PAPEL DO LÍDER NA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL. 
3.1. LIDERANÇA EM GRUPOS NAS ORGANIZAÇÕES 
(....) A noção de liderança ainda continua a atrair 
gerações de escritores, em grande parte porque se 
tende a ver a liderança como um importante 
aspecto do cotidiano e dos assuntos 
organizacionais. (BRYMAN, A. 2004, p. 729- 
769). 
As teorias da liderança estão reunidas em quatro grandes caracterizações:
• Centradas no indivíduo (líder) – são as abordagens com foco nas características ou 
comportamentos do líder. 
• Fundamentadas nos processos didáticos – essas abordagens enfatizam a díade líder-seguidor. 
• Fundamentadas no processo do grupo – nesta abordagem, o grupo é considerado unidade 
conceitual da liderança. 
• Fundamentadas no sistema – nesta abordagem o sistema é considerado a unidade 
conceitual da liderança. 
As abordagens que mais se enquadram nos objetivos da nossa pesquisa são as 
fundamentadas em processos do grupo ou liderança distribuída, porque nos processos de RSE as 
relações com diversos stakeholders têm um papel predominante. (GRONN, 2000, p. 317-338). 
As abordagens centradas no individuo dão especial relevância às características do líder, ou 
seja, aos traços de sua personalidade e ao seu estilo de atuação. 
Partindo do pressuposto que existem atributos universais e intrínsecos que distinguem 
líderes de liderados a chamada Teoria dos traços buscou identificar características comuns aos 
líderes. Importantes pesquisas foram publicadas com o objetivo de questionar sobre traços pessoais 
de liderança, impossibilitando conclusões de caráter mais científico tornando essas teorias pouco 
confiáveis para explicar características comuns aos líderes (GIBB, 1968, p. 205-83). 
A abordagem dos estilos ou dos comportamentos foi dominante na década de 1950 até o fim 
da década de 1960 (BRYMAN, 1996). A classificação dos comportamentos em categorias de tarefa 
e de relacionamento foi estabelecida por meio de análises das respostas dos seguidores sobre as 
ações dos líderes (YUKL, 1998). Por consideração, entende-se a preocupação dos líderes pelos 
subordinados como pessoas em um clima de confiança e co-responsabilidade, contribuindo para um 
ambiente amigável. 
Na década de 1960, foi considerada a preocupação com produção e preocupação com 
pessoas estabelecendo um modelo denominado “grid” da liderança. Essa abordagem sugere que os 
melhores líderes serão aqueles que forem orientados tanto para produção como para pessoas 
(YUKL, 1998; NORTHOUSE, 2004). 
Pesquisas recentes (LOCKE, 1991) se baseiam em evidências de comportamento de líderes 
reais bem-sucedidos, levando os estudiosos a pesquisarem o comportamento dos líderes em ação, 
tendo-se inferido que traços como forte desejo de comandar, motivação, integridade, honestidade, 
autoconfiança, são elementos constitutivos de sua personalidade. 
A noção de papéis compartilhados emerge quando membros do conjunto dão importância a 
suas oportunidades de depender dos outros devido a responsabilidades sobrepostas em ações 
conjuntas, quanto a seus próprios planos, os de seus colegas e seu senso de participação na unidade. 
A reciprocidade denota a influência de duas ou mais partes umas sobre as outras, e ocorre de 
maneira similar a um ciclo vicioso ou espiral em ziguezague (FONDAS; STEWART, 1994, p 31, 
83). 
Outro aspecto a ser apresentado é sua interface com o trabalho e aprendizado em equipe. A 
liderança é considerada um resultado no nível de análise da equipe, de como é derivada de equipes 
com uma função dos processos associados a pessoas trabalhando juntas para cumprirem um 
trabalho compartilhado. Quando a liderança é vista como uma propriedade de sistemas complexos, 
ao contrário de uma propriedade de indivíduos, a efetividade da liderança se torna mais um produto 
dessas conexões ou relacionamentos entre as partes do que o resultado de qualquer parte sozinha 
desse sistema (O’CONNOR; QUINN, 2004 p. 417-437). 
3.2. PAPÉIS DO LÍDER NAS EMPRESAS DA ATUALIDADE 
Na literatura mais recente sobre liderança, surgem papéis relacionados com 
Responsabilidade Social Empresarial. Os papéis aqui apresentados podem estar relacionados mais 
especificamente a papéis de mudança, pelo fato de que RSE está associada a uma mudança 
paradigmática da gestão. 
Visando aos resultados sociais e ambientais, os líderes terão o papel de ativistas sociais, 
estabelecendo a agenda social de suas organizações, e serão conhecidos pelo que representam e
pelos resultados sociais produzidos nas empresas, na vida das pessoas, para o meio ambiente e a 
comunidade em geral (PARSTON, 2000, cap 35). 
O líder sabe que não pode fazer tudo sozinho e isso requer mais delegação em um novo desenho do 
sistema social em todos os níveis. Isso faz parte das estratégias e das metas da empresa; é o elo 
entre aspirações e resultados; é um processo sistemático de discussão exaustiva dos “comos” e 
“quês”, questionando, levando adiante o que foi decidido, assegurando que as pessoas terão sua 
responsabilidade pela execução. Cabe ao líder o papel de gerenciar o envolvimento das pessoas e o 
papel de pensador do sistema, de “observador-projetista do futuro”. (MANGA; HOLLENHORST, 
2004). 
Ao conduzir as organizações na implantação da RSE, cabe às lideranças prover 
suficientemente os recursos, estabelecer esquemas de reconhecimento e recompensa, captar 
conhecimentos e repassar informações, coletivizando-as. O papel de organizador de informações 
proposto por Coope (2005) é um comportamento de liderança crucial, uma vez que os líderes 
comandam um conjunto de informações que precisam ser disseminadas e que contribuem para sua 
credibilidade. 
Desses muitos modelos de gestão, o que mais ganhou adeptos foi o Balanced Scoredcard – 
BSC, proposto por Kaplan e Norton (1996). Segundo os autores, cabe ao líder o papel consultivo e 
integrativo entre as diferentes áreas da organização, e editorial de comunicar diretamente aos seus 
seguidores as estratégias, trazendo mais efetividade à comunicação. Alinhado a isso, Rochlin (2005) 
propõe o papel da liderança como gestor de riscos, buscando convergência entre os sistemas de 
governança e de desempenho da organização. 
Porter e Kramer (2006) apresentam outros dois importantes papéis da liderança. O primeiro 
é o de “vinculador de dentro para fora”, no qual o líder vai traduzir internamente todas as 
oportunidades para o negócio afetar de forma positiva a sociedade. O segundo papel é o do 
“vinculador de fora para dentro”, identificando como as condições sociais podem exercer influência 
sobre a empresa. Muitos líderes de empresas e da sociedade civil dão demasiada atenção ao atrito 
que os divide e cuidam insuficientemente dos pontos de intersecção e do princípio do valor 
compartilhado (PORTER; KRAMER, 2006 p. 52-66). 
Alguns autores dão ênfase no papel ético do líder, no gerenciamento da autenticidade pela 
prática de valores e princípios. (GOFFE; JONES, 2005 p. 77-84). 
O líder sabe que não é perfeito e, por isso, concentra suas energias em encontrar outros que 
podem ajudá-lo a superar as suas limitações. (ANCONA p. 92-100). 
Ainda na literatura, encontram-se os papéis de Coach e Mentoring. Coach é o papel que 
ajuda os liderados a se desenvolverem na carreira: melhorar desempenho, sistematizar idéias, fazer 
suas escolhas cuidadosas, comprometer-se com a empresa e expandir a visão de mundo. Mentoring 
é um papel especial que orienta, sugere, aconselha, provoca no liderado a possibilidade de um olhar 
diferente sobre o mesmo problema, estimulando-o a entrar em contato consigo mesmo, e não 
somente com o que faz (VERGARA, 2007, p 62-65). 
Conforme Driscoll e Mckee (2007 p 73: p 205-217), contar histórias tem sido importante no 
ambiente organizacional O líder, com suas histórias, evidencia valores, favorece a formação de um 
senso de conexão, de direção e transcendência, possibilitando um contexto psicológico entre 
organização e empregados. 
Outros autores entendem que o papel modelador do líder é determinante da cultura ética, 
uma vez que os seguidores tendem a imitar seus líderes. (HOOD, 2003 p. 263-273). Conforme 
Gardner (2006 p. 36-42), a efetividade do líder tem estreita ligação com as histórias que ele conta 
aos liderados sobre quem são, de onde vêm e para onde vão. 
Percebem-se diversas coincidências na forma como os autores nomeiam os mesmos 
comportamentos já apresentados na taxonomia de Yukl (1998). Outros papéis, no entanto, são 
específicos dos contextos complexos atuais: sensemaking, gestor de atratores de confiança, gestor 
de riscos, guardião da ética, gestor da autenticidade, entre outros. O que se identifica são os mesmos 
papéis com um script ampliado, ou um mix de papéis para suportar uma ação de Tríple Bottom 
Line. 
3.3 O LÍDER EM SUSTENTABILIDADE E SUAS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES
Em meados de 2012, a Revista Brasileira de Administração Científica publicou uma matéria 
em que diz que o Pacto Global da ONU lançou, em 24 de junho de 2010, um Plano para Liderança 
em Sustentabilidade. Sua intenção foi criar uma espécie de modelo de atuação para as empresas 
signatárias, contribuindo assim para desenvolver capacidades, habilidades e recursos. O conceito 
ainda “não penetrou na maioria das empresas que operam nos mercados em todo o mundo” 
(PACTO GLOBAL DA ONU. 2010). 
Objeto de longas discussões entre as empresas signatárias, órgãos das Nações Unidas e 
especialistas, o plano se estrutura em: Paz e Segurança, Ecossistemas Sustentáveis e 
Biodiversidade, Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas, Segurança Hídrica e Saneamento; 
e engajamento ao Pacto Global, por meio da formação de redes, grupos de trabalho locais e globais, 
e iniciativas setoriais e temáticas. 
Nessa intersecção, o Pacto Global identificou quatro, do que classifica como “componentes 
transversais”. O compromisso dos líderes empresariais abre a lista. De acordo com o modelo 
proposto, o principal executivo deve “fazer declarações públicas claras e demonstrar liderança 
pessoal em sustentabilidade”. É seu papel também promover iniciativas para ampliar o debate do 
conceito no setor de atuação, além de comandar o desenvolvimento de normas setoriais específicas. 
Espera-se ainda que ele lidere uma diretoria ou um grupo de executivos na condução da estratégia 
de sustentabilidade empresarial, estabelecendo objetivos firmes e cuidando pessoalmente de sua 
implementação. Recomenda, por último, que o líder número 1 inclua os critérios de nos grandes 
objetivos e nos sistemas de incentivo para a presidência e a diretoria. 
Com base no modelo proposto pelo Pacto Global da ONU, Voltolini (2012), extraí as 
principais atribuições para o líder em sustentabilidade: 
1) Comandar a elaboração de uma estratégia consistente de sustentabilidade, buscando a 
cooperação entre as diferentes áreas e as questões mais relevantes para o negócio e o seu setor de 
atuação; fazer com que o conceito permeie a cultura organizacional, transformando-o em um valor 
corporativo relevante para a definição da identidade da companhia; 
2) Garantir a coordenação entre os diversos departamentos da empresa, com o objetivo de 
maximizar o desempenho em sustentabilidade; 
3) Avaliar riscos e oportunidades relacionados a questões de sustentabilidade para a empresa 
e o setor; 
4) Identificar todos os impactos socioambientais causados pelas operações da empresa; 
cuidar para minimizá- los ou eliminá- los; 
5) Definir políticas e cenários para o futuro, estabelecendo metas mensuráveis; 
6) Envolver e educar funcionários e colaboradores, adotando programas de 
desenvolvimento, e também sistemas de incentivo; 
7) Monitorar e mensurar desempenho com base em métricas para, por exemplo, gestão de 
água, energia, emissões de gases de efeito estufa, poluição, efluentes e biodiversidade; 
8) Responsabilizar, pela execução da estratégia, áreas corporativas essenciais como 
Compras, Marketing, Recursos Humanos, Jurídico e Relações Institucionais, assegurando que 
nenhuma delas atue em conflito com os compromissos e objetivos de sustentabilidade; 
9) Alinhar estratégias, metas e estruturas de incentivo de todos os departamentos e unidades 
com os objetivos e compromissos de sustentabilidade da empresa; 
10) Analisar cada elo da cadeia de valor, mapeando impactos, riscos e oportunidades; 
11) Envolver fornecedores na estratégia de sustentabilidade; sensibilizar, treinar e capacitar 
parceiros de negócio; monitorar o quanto estão alinhados com os compromissos e práticas da 
empresa; 
12) Desenvolver produtos e serviços ou conceber modelos de negócio que contribuam para 
promover a sustentabilidade; 
13) Realizar investimento social alinhado com as competências da empresa e o contexto 
operacional de seu negócio; 
14) Integrar campanhas e iniciativas públicas, assumindo, em suas comunicações, 
compromissos com as questões mais relevantes de sustentabilidade;
15) Coordenar esforços com outras organizações para potencializar investimentos, e não se 
sobrepor a iniciativas de desenvolvimento sustentável; 
16) Cooperar com organizações do mesmo setor em ações que ajudem a encontrar respostas 
para desafios comuns; 
17) Fazer o papel de mentor para empresas do mesmo ou de outro setor que ainda se 
encontrem em estágio inicial de implantação de práticas sustentáveis; na condição de referência em 
liderança em sustentabilidade, facilitar o acesso a informações por parte daqueles que desejam 
conhecer a política da empresa; 
18) Comunicar os resultados e a evolução de suas práticas de sustentabilidade, visando 
prestar contas às partes interessadas e à sociedade; 
19) Envolver e educar os stakeholders para que eles conheçam as políticas da empresa e 
participem delas; 
20) Capitanear o processo de mudança, inserir as dimensões social e ambiental na noção de 
sucesso empresarial, estabelecer uma visão e uma missão de sustentabilidade. 
Tais enfoques tocam em importantes atributos do que a liderança pode envolver na prática 
do dia-a-dia, particularmente, em termos de requisitos de ação, bem como na identificação de 
práticas que requerem ações em diferentes contextos e ambientes. 
Kotter (1988) pontua que não é fácil lidar com os desafios típicos da liderança criados pela 
intensidade competitiva, pois isto sempre significa produzir mudanças e essas criam incertezas e 
ansiedades a vencedores e perdedores. Este autor adota um processo de liderança baseado em três 
etapas: criação de uma visão, alinhamento desta visão junto aos seguidores e inspirar e motivar as 
equipes para realizar a visão. No entanto, Jones (2000 p.378-389) ressalta que o propósito mais 
amplo da liderança não é somente prover visão, mas sim promover o pluralismo nas organizações. 
Segundo Drucker (2000, p.21), o novo pluralismo requer o que se pode chamar de 
"responsabilidade cívica": ser generoso com a comunidade na busca do próprio interesse ou na 
realização da tarefa que lhe cabe. Assim, apesar do líder necessitar de atributos básicos, tais como 
uma visão de futuro, confiança em si mesmo e capacidade de alinhamento dos funcionários, o líder 
deverá, concomitantemente, ser capaz de trabalhar com novas parcerias, obtendo sucesso por uma 
rede de relações, assumindo não só o desempenho por suas instituições, como também sendo 
responsável pela comunidade como um todo, o que requer comprometimento, convicção e 
dedicação ao bem comum. 
O processo de liderança assume um papel central em busca de um balanço equilibrado de 
desempenho econômico, ambiental e social. Alguns artigos apresentados na conferência 
sustainability ways of knowing/ways of acting (ROSSI, p 273-286) apontaram que as estratégias 
voltadas ao desenvolvimento sustentável foram conduzidas, especialmente, por líderes visionários. 
No entanto, ressalta-se a fragilidade do comprometimento das organizações para com os objetivos 
da sustentabilidade, quando esta depende de um único líder visionário. 
5- CONCLUSÕES FINAIS 
A Sustentabilidade é um assunto que a cada dia mais vem ocupando espaço em nosso dia a dia, 
mas qual seria sua importância, para Ser um assunto tão em foco ultimamente? Sustentabilidade 
ganha mais espaço no dia-a-dia continuamente, pois a cada dia que passa os nossos recursos 
naturais ficam mais escassos. Temos que rapidamente buscar novas maneiras de utilizar recursos 
totalmente renováveis como matéria prima para nossos incontáveis bens de consumo. Talvez até 
mesmo uma ligeira retenção ao consumismo exagerado, pode ser uma alternativa válida, na 
colaboração com a sustentabilidade. 
O fato de estarmos sempre buscando novos produtos “da moda”, através do consumismo 
supérfluo, nos faz descartar os produtos eu já próximos, e às vezes são novos e em perfeito estado 
de uso. Isso também remete a preocupação das grandes empresas com a sustentabilidade. Tanto dos 
recursos novos para produção de seus produtos, quanto ao recolhimento e reciclagem de seus 
produtos mais antigos ou descartados. Empresas com visão sustentável fazem questão de recolher 
os seus produtos descartados como baterias, celulares, óleo, entre outros.
Economicamente falando, empresas sustentáveis são melhores vistas pelos clientes, e as que 
têm seus recursos de produção facilmente renováveis, também tem economia na hora da aquisição 
de suas matérias primas. Sendo assim há uma redução ou até anulação da degradação do meio em 
que a empresa busca suas matérias primas, isso contribui com o desenvolvimento da sociedade a 
seu redor. As atitudes das empresas com alta responsabilidade social empresarial contribuem 
também para o desenvolvimento humano de seus colaboradores. 
Por trás de toda grande empresa, empreendimento ou afins, sempre há um grande Líder. Uma 
pessoa que pode servir de espelho para desenvolver o comportamento de seus liderados através de 
suas ações. Essas ações ou comportamentos servem como estimulo e inspiração para os seus 
seguidores, Isso faz com que busquem conseguir altos índices de resultado em grupo nos processos 
da empresa que fazem parte e também serve ao longo prazo, para desenvolver a capacidade de 
liderança pessoal, presente em cada liderado. 
Líderes devem demonstrar preocupação com o desempenho social e sustentável do ambiente, 
pois é seguindo o seu exemplo e suas atitudes, que os demais representantes da empresa decidirão 
de irão se juntar a causa da empresa ou não. Líderes que não demonstram esse tipo de preocupação 
tendem a deixar seus liderados rebeldes e pouco preocupados com o rumo que a empresa toma. 
Qualquer que seja o caminho escolhido rumo a sustentabilidade, seja ambiental, empresarial, 
etc. É um longo caminho a ser percorrido e depende de cada um de nós. Mesmo que pareçam 
insignificantes, hábitos deploráveis como cuspir chicletes nas vias, jogar lixo, pontas de cigarro, 
entre outros, se forem evitados, já contribuiriam e muito. Podemos também separar o lixo em nossas 
casas e depositar nos locais adequados. Imaginem um mundo sem lixo nas ruas e chicletes colados 
nas calçadas? Lindo, não? E isso é mais fácil do que podemos imaginar, bastando apenas que cada 
um de nós façamos a nossa parte. 
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Hall, 2005.

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A LIDERANÇA COM ÊNFASE NA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

  • 1. FACULDADE FLAMINGO A LIDERANÇA COM ÊNFASE NA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL Turma 219GNAZA - Grupo 03 CLEITON NOGUEIRA DA SILVA Benks90@hotmail.com FATIMA APARECIDA fati_ap@yahoo.com.br FERNANDO JOSÉ GARCIA fernandoaway@outlook.com GABRIELA SANTOS Conceição_gaby@ig.com.br GISELE RODRIGUES DE OLIVEIRA giselerodriguesoliveira@hotmail.com Categoria de Classificação: Pesquisa Bibliográfica Data: 08/05/2014 1-RESUMO No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais conhecido como Relatório Brundtland. Para isso apresentou uma série de medidas que deve ser tomadas pelos Países, e entre elas estão à limitação do crescimento populacional, aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas, controle da urbanização desordenada e integração entre campo e Metrópoles. O termo “sustentável” foi difundido pela primeira vez em 1987. Mais tarde, na ECO 92, quase todos os países do mundo firmaram um acordo no qual eles se comprometiam com a estabilização da concentração dos gases responsáveis pelo efeito estufa, entretanto nesse acordo não foram definidas metas de redução para cada País ou grupo de países. A chamada sustentabilidade baseia-se na tríade: Social: O quesito socialmente justo; Ambiental: Ser ambientalmente correto; Econômica: Quanto a ser economicamente viável. Para que as organizações possam contribuir para a sustentabilidade devem modificar seus processos produtivos. Isto implica em construir sistemas de produção que não causem impactos em áreas degradadas Para obter retorno, as organizações, utiliza-se de ferramentas disponíveis para estar à frente dos concorrentes, obtendo maiores margens e fatias de mercado. Mudanças em sentido global, além dos fatores econômicos e estruturais, outros começam a fazer parte da responsabilidade das empresas, que são as questões do meio ambiente natural e as questões sociais. É de suma importância que os Líderes corporativos incorporem os conceitos de sustentabilidade nos sistemas de planejamento e gestão corporativos. Sendo que liderança pode ser vista como liderança a atividade de influenciar as pessoas fazendo-as empenhar-se voluntariamente em objetivos de grupo. Recentemente foi proposto que o modelo de liderança transformacional, seja constituído por quatro elementos: influência idealizada, motivação inspiracional, estimulação intelectual e consideração individualizada. Também diz que a efetividade da liderança depende do ambiente e da organização entre outras variáveis situacionais. Nas organizações liderança é considerada um resultado de como é derivada de equipes, com uma função dos processos associados a pessoas trabalhando juntas, para cumprirem um trabalho. Também vista como uma propriedade de sistemas complexos, ao contrário de uma propriedade de indivíduos, a efetividade da liderança se torna mais um produto dessas conexões ou relacionamentos entre as partes do que o resultado de qualquer parte sozinha desse sistema. Com base no Pacto Global da ONU, chegamos a 20 atribuições para o líder em sustentabilidade, algumas delas são: Comandar a elaboração de uma estratégia consistente de sustentabilidade, buscando a cooperação entre as diferentes áreas e as questões mais relevantes para o negócio e o seu setor de atuação; fazer com que o conceito permeie a cultura organizacional,
  • 2. transformando-o em um valor corporativo relevante para a definição da identidade da companhia; Identificar todos os impactos socioambientais causados pelas operações da empresa; cuidar para minimizá-los ou eliminá-los; Responsabilizar, pela execução da estratégia, áreas corporativas essenciais como Compras, Marketing, Recursos Humanos, Jurídico e Relações Institucionais, assegurando que nenhuma delas atue em conflito com os compromissos e objetivos de sustentabilidade. Mais amplamente a liderança não só deve prover visão, mas promover o pluralismo nas organizações e apesar do líder necessitar de atributos básicos, tais como uma visão de futuro, confiança em si mesmo e capacidade de alinhamento dos funcionários, também assume um papel central em busca de um balanço equilibrado de desempenho econômico, ambiental e social. A sustentabilidade empresarial torna-se muito frágil quando esta depende de um único líder visionário. Palavras chave: Sustentabilidade, liderança, sustentabilidade empresarial 2- INTRODUÇÃO A Sustentabilidade é um assunto que a cada dia mais vem ocupando espaço em nosso dia a dia, mas qual seria sua importância, para Ser um assunto tão em foco ultimamente? Sabemos que o termo “sustentável” foi difundido ela primeira vez em 1987, no chamado “Relatório Brundtlan”. Em sua origem, a definição de sustentabilidade que veio a se tornar, popular sugeria que um padrão sustentável deveria garantir “as necessidades do presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras’. Segundo Nunes (2004) o desenvolvimento humano pode ser entendido como um processo pelo qual as sociedades procuram melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos procurando satisfazer suas necessidades básicas e complementares, fundamentadas no respeito aos direitos humanos. Teria assim a sustentabilidade também certa origem econômica, capaz de impactar no processo de desenvolvimento humano no mundo corporativo? Alem de gerenciar custos as organizações precisam gerenciar comportamentos. Deste modo, “o desenvolvimento organizacional e as novas possibilidades decorrentes dele, estão intimamente ligados ao desenvolvimento humano, sobretudo porque são elas que programam as estratégias da organização” (DUTRA, 2002). Com grande frequência também vemos reuniões com os chamados “Líderes Mundiais”, que durante essas reuniões visam abordar assuntos sobre a sustentabilidade, e freqüente também é a participação dos Líderes empresariais em reuniões abordando esse tema, mas o que seria exatamente um Líder? E por falar em área empresarial, também é crescente a preocupação com a chamada Sustentabilidade Empresarial, sendo assim, qual seria o papel do Líder na colaboração da empresa com a sustentabilidade? As empresas mais envolvidas com esta inquietação criaram uma entidade voltada à sustentabilidade empresarial, ligada ao movimento internacional de empresários com este foco (ALTENFELDER, 2004). Para que isso entre em prática, é necessário construir sistemas de produção que não causem impactos, ou que reduzam gradativamente os impactos negativos, ou até mesmo contribuam para que areadas degradadas se recuperem, melhorando o ambiente e relação entre empresa, meio ambiente, cliente e consumidor (CORAL, 2002). Muitas atitudes simples podem colaborar em muito com a sustentabilidade. Elas podem partir dos governantes, dos lideres empresariais e ate mesmo de nós. Sendo assim, o que podemos fazer para contribuir com essa tal Sustentabilidade? Nosso objetivo geral é compreender a importância das lideranças com ênfase na sustentabilidade empresarial. Nossos objetivos específicos são demonstrar historia e conceitos da sustentabilidade, o Tripé da sustentabilidade e sustentabilidade empresarial. Também vamos apresentar velhos e novos conceitos de liderança. Por fim, conhecer o papel que o Líder assume na ênfase pela sustentabilidade empresarial. Justificativa- Esse artigo possui uma grande importância acadêmica na nossa obtenção de conhecimento.
  • 3. 3- METODOLOGIA Será feita uma pesquisa bibliográfica, utilizando livros e sites como referências. 4-FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS 1.1. HISTORIA E CONCEITOS DA SUSTENTABILIDADE Em 1968, políticos, físicos, industriais e cientistas juntaram-se numa pequena vila italiana para debater um vasto conjunto de assuntos relacionados à política, economia internacional e, sobretudo, ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Era o Clube de Roma, este foi o primeiro grupo a discutir sustentabilidade, meio ambiente e limites de desenvolvimento, tratar do desenvolvimento sustentável do planeta. Quatro anos mais tarde, em conjunto com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), os cientistas americanos Dennis Meadows e Donella Meadows (1941-2001) e o acadêmico norueguês Jorgen Randers, membros do clube, entrariam para a História ao utilizar sistemas de informática para simular a interação do homem com o meio ambiente, levando em consideração o número de habitantes e o esgotamento de recursos naturais. A conclusão do estudo: se a população mundial continuasse a consumir como na época, por conseqüência da industrialização, os recursos se esgotariam em menos de 100 anos. E, no mesmo ano em que a Organização das Nações Unidas realizava em Estocolmo, na Suécia, sua primeira conferência sobre o tema, em 1972, reunindo personalidades da ciência, da academia, da indústria, chefes de Estado e outros líderes, o grupo ganharia reconhecimento mundial com a publicação do relatório Os limites do crescimento (The limits to growth), que desde então já vendeu mais de 12 milhões de exemplares, em cerca de 30 idiomas. No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais, indicando, a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, para chefiar a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. O documento final desses estudos chamou-se Nosso Futuro Comum, também conhecido como Relatório Brundtland. Apresentado em 1987, propõe o desenvolvimento sustentável, que é “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”. Para isso apresentou uma série de medidas que deve ser tomadas pelos Países, e entre elas estão à limitação do crescimento populacional, aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas, controle da urbanização desordenada e integração entre campo e Metrópoles. E algumas medidas internacionais são a adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelos órgãos e instituições internacionais de financiamento, proteção dos ecossistemas supranacionais como a Antarctica, oceanos, etc. Mais tarde, num encontro chamado Cúpula da Terra, que ficou popularmente conhecida como ECO 92, quase todos os países do mundo firmaram um acordo no qual eles se comprometiam com a estabilização da concentração dos gases responsáveis pelo efeito estufa, entretanto nesse acordo não foram definidas metas de redução para cada País ou grupo de países. Seus principais resultados foram dois grandes documentos: A Carta da Terra (rebatizada de Declaração do Rio) e a Agenda 21. Periodicamente o acordo é revisado, e a mais famosa revisão delas foi em 1997 com o Protocolo de Kyoto (OLIVEIRA, 2012, p. 70-82). A Agenda 21 se trata de documento contendo uma série de compromissos acordados pelos 170 países presentes, que assumiram o desafio de incorporar, em suas públicas, princípios do desenvolvimento sustentável. No ano de 2002, aconteceu em Johanesburgo, na África do Sul, a maior conferência mundial sobre o tema Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, denominada Rio+10, nesse encontro foi elaborado um documento chamado Protocolo de Kioto onde se firma um compromisso em que países com maior nível de industrialização, conseqüentemente maiores utilizadores de recursos naturais geradores de resíduos poluentes devem ser tributados e responsabilizados de maneira maior no que diz respeito às responsabilidades da não preservação do planeta para gerações futuras. Num esforço gigantesco de compreensão e de síntese, a Cúpula Mundial do Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10, conseguiu encontrar um caminho ao dizer que o Desenvolvimento Sustentável tem uma base formada por três pilares - o econômico, o
  • 4. social e o ambiental (triple-bottom line) - e um objetivo fundamental que é a erradicação da pobreza (OLIVEIRA FILHO, 2004). O conceito de sustentabilidade foi oficialmente apresentado na CMMAD (COMISSÃO..., 1988), e apesar de ter sofrido algumas críticas a aprovação dos evolvidos foi praticamente unânime. O objetivo da Comissão Brundtland, foi propor uma agenda global, com propósitos de conduzir a humanidade frente aos principais problemas ambientais do planeta e ao progresso, sem comprometer os recursos para as futuras gerações. Posteriormente essa definição foi considerada imprecisa e carregada até mesmo utópica por Drummond (1999, p. 755-761) e posteriormente Rodriguez, Ricart e Sanchez (2002), sob o argumento de que, embora a grande maioria das empresas apresente uma visão de sustentabilidade, esta ainda é voltada, quase que exclusivamente para a questão econômica. Segundo Layrargues (1997), a questão ambiental só ganhou força quando se apresentava como um grave problema no meio produtivo, e só então se iniciou a discussão acerca de “eco eficiência” e do que seria “politicamente correto”. 1.2. A TRÍADE DA SUSTENTABILIDADE. A sustentabilidade proposta nos dias de hoje tem a ver com um novo modelo de gestão empresarial. Neste novo modelo, o lucro e a competitividade continuam em primeiro plano, mas diferente do que vem sendo praticado pelo setor privado nas últimas décadas, o lucro a qualquer custo já não tem tanto espaço. Assim, a sustentabilidade sai de uma área periférica e entra no core business, modificando processos, transformando valores corporativos e, principalmente, valores pessoais (ANTUNES, 2011). A sustentabilidade baseia-se na tríade: Meio Ambiente, Sociedade e Economia, onde considera que é impossível achar um equilíbrio sem unir estes três interesses. De acordo com REBOUÇAS, o tripé de sustentabilidade foi criado em 1990, por John Elkington, inglês, fundador da ONG SustainAbility. Também conhecido como “Triple Botton Line”, linha de três pilastras, que são denominadas como Sustentabilidade Social, Ambiental e Econômica. Social: O quesito socialmente justo falha na concepção de uma sociedade que se mantém no ciclo lucrativo da competição que deixa à margem cerca de 2 bilhões de pessoas na miséria no mundo e, principalmente, nos países mais pobres do mundo alheios a uma política social e institucional séria. Ambiental: Ser ambientalmente correto também é considerado utópico pelo ritmo desenfreado de ações extrativistas e destruidoras nos ecossistemas do planeta em prol da produção de serviços e produtos nãos-sustentáveis, ou sustentáveis em nível simbólico e marketista em algumas ações de comunicação empresarial. A humanidade e o seu ritmo produtivo pós-industrial ainda não conseguiu mitigar o avanço das poluições e do excesso de consumo de energia no planeta, havendo somente ações e projetos pontuais de relevância contra o aquecimento global e na defesa de biomas e espécies. Econômica: Quanto a ser economicamente viável, há um paradoxo, pois a economia atual, ainda preenchida de conceitos e ações do século XX em pleno início do século XXI, ainda é estimulada pela concorrência, pela contratação de mão-de-obra mais barata e busca do lucro pelos estímulos do consumismo que mantém o faturamento das empresas e do ritmo de geração de empregos. O Conceito do tripé da sustentabilidade tornou-se amplamente conhecido entre as empresas e os pesquisadores, sendo uma ferramenta conceitual útil para interpretar as interações extra-empresariais e especialmente para ilustrar a importância de uma visão da sustentabilidade mais ampla, além de uma mera sustentabilidade econômica. É importante salientar que dentro dos princípios de sustentabilidade, não se podem separar as questões sociais das questões ambientais. Por isso, quando uma organização é ecologicamente sustentável, ela também estará atuando de forma socialmente responsável, de forma a atender os interesses de todos os Stakeholders que afetam ou são afetados por suas atividades.
  • 5. ALMEIDA (2002, p64) afirma que: “Há uma inequívoca sinalização, para políticos, empresários, profissionais, ativistas e para a população em geral, de que só haverá desenvolvimentos sólidos, permanentes e sustentáveis se os três pilares puderem ser articulados, tornando-se interdependentes. Superar a velha tradição do trabalho isolado, por segmentos, certamente não é tarefa das mais fáceis. Afinal, enquanto proliferam especialistas em meio ambiente formando um campo próprio de interesses, ecologistas de variados matizes esforçaram-se por criar uma não muito nítida onda verde de proteção, economistas continuaram ditando as cartas na política como se tudo dependesse do PIB e da taxa de inflação e defensores do social permaneceram restritos a suas especialidades (saúde, educação, nutrição, previdência, etc.). Avançamos bastante nas áreas específicas, mas pouco fizemos para que elas se tornassem mais solidárias. É freqüente ver os especialistas acusando-se mutuamente, quando deveriam concentrar seus esforços no encontro e no estímulo de ponto que possam levar a um relacionamento crescente.” Também referido como 3 P´s depende de questões políticas e culturais, de um alto nível de coerência para que as dúvidas e falhas relatadas anteriormente possam ser detectadas e superadas, sempre equilibrando o que é esperado de um projeto de desenvolvimento e o que está sendo verdadeiramente implementado. 1.3. SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL. Primeiramente é preciso expor que hoje há uma discussão sobre o conceito de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade, apresentam-se a seguir as duas visões: 1- Quando se menciona desenvolvimento sustentável, uma vez que muitos utilizam o termo para designar a expectativa de que o país entre numa fase de crescimento que se mantenha ao longo do tempo, faz com que tal forma de desenvolvimento pressuponha a expansão econômica permanente, gerando melhoria nos indicadores sociais, além da preservação ambiental (ALTENFELDER, 2004). III CONVIBRA – 24 a 26 de novembro de 2006. 2 - Sustentabilidade é a capacidade de se auto-sustentar, de se auto manter. Uma Atividade sustentável qualquer é aquela que pode ser mantida por um longo período indeterminado de tempo, ou seja, para sempre, de forma a não se esgotar nunca, apesar dos imprevistos que podem vir a ocorrer durante este período. Pode-se ampliar o conceito de sustentabilidade, em se tratando de uma sociedade sustentável, que não coloca em risco os recursos naturais como o ar, a água, o solo e a vida vegetal e animal dos quais a vida (da sociedade) depende (PHILIPPI, 2001). Apesar de apresentarem similaridades, torna-se comum relacionar desenvolvimento sustentável a políticas públicas e sustentabilidade as demais ações. A partir desta explanação o termo a ser utilizado neste trabalho será sustentabilidade, pois relaciona o termo com as empresas e organizações. Na área empresarial a preocupação com a sustentabilidade tem se generalizado, e um grupo mais envolvido com esta inquietação criou uma entidade voltada à sustentabilidade empresarial, ligada ao movimento internacional de empresários com este foco (ALTENFELDER, 2004). O objetivo fundamental de qualquer organização é obter o maior retorno possível sobre o capital investido. Para tanto, utiliza-se de ferramentas disponíveis para estar à frente dos concorrentes, obtendo maiores margens e fatias de mercado. No entanto, com as mudanças em sentido global, além dos fatores econômicos e estruturais, outros começam a fazer parte da responsabilidade das empresas, que são as questões do meio ambiente natural e as questões sociais.
  • 6. Para que as organizações possam contribuir para a sustentabilidade devem modificar seus processos produtivos, quando for necessário, para se tornarem ecologicamente sustentáveis. Isto implica em construir sistemas de produção que não causem impactos negativos e mesmo estejam contribuindo para a recuperação de áreas degradadas ou oferecendo produtos e serviços que contribuam para a melhoria do desempenho ambiental dos consumidores e clientes de uma indústria (CORAL, 2002). CARREIRA (2011) esclarece que a geração de lucro não deixa de ser uma das responsabilidades de uma empresa sustentável, mas que para assim se intitular a empresa deve: a) gerar empregos, remunerar corretamente e garantir condições de saúde e segurança a seus funcionários; b) prover um ambiente organizacional de aprendizado e crescimento profissional, que valorize as diferenças e a inovação; c) oferecer produtos e serviços de qualidade; d) estabelecer o diálogo e ser transparente na relação com seus stakeholders; e) pagar os impostos que resultam em benefícios para a sociedade; e f) produzir sem degradar e recuperar o meio ambiente por ela impactado As transformações e inovações referentes a esses processos acompanham mudanças na própria cultura da empresa. Alguns autores como ATKINSON (2000 P 235, 252); HOFFMAN (2000 p22); SHRIVASTAVA (1995 p118-137) defendem a idéia que uma empresa só conseguirá ser sustentável se conseguir não agredir o meio ambiente. Eles detalham o conceito de organizações ecologicamente sustentáveis. Neste caso a sustentabilidade será alcançada, quando a extração de recursos naturais ocorrerem dentro da capacidade natural de reposição desses recursos, e quando os resíduos sólidos das indústrias forem transferidos para o sistema ecológico, sem ultrapassar a capacidade de absorção do mesmo. Seguindo a lógica de uma coexistência harmônica entre as entidades que habitam um subsistema, surge outra definição para a sustentabilidade ecológica, como sendo “habilidade de uma ou mais entidades, individualmente ou coletivamente, de existir e crescer por longos períodos de tempo, de tal forma que a existência e o crescimento de outras coletividades sejam permitidos em níveis relacionados e em sistemas relacionados” (STARIK & RANDAS, 1995 p908-935) As organizações têm um papel fundamental para o desenvolvimento sustentável do planeta. Mas para isso é de suma importância que os Líderes corporativos incorporem os conceitos de sustentabilidade nos sistemas de planejamento e gestão corporativos. 2-CONHECER VELHOS E NOVOS CONCEITOS DE LÍDERANÇA 2.1 AS ORIGENS DA LIDERANÇA. VERGARA (2007, p 62-65) conta que o mundo acadêmico buscou durante muito tempo, sem cessar, descobrir o que é liderança. Muitas teorias foram formuladas e talvez a mais antiga seja a dos traços de personalidade. Apenas conseguiria ser Líder, aquele que já nascesse com determinados traços físicos, intelectuais, sociais e relacionados com essa tarefa. Como exemplo, tomemos as seguintes características: ele deveria ter estatura alta, ter boa aparência, força física, entre outras características. Sendo assim, quem possuísse esses determinados traços, lideraria com o tempo todo e todos. Quem não os tivesse simplesmente estaria fadado a ser um eterno seguidor ou servente. Certamente que os estudos para entender o que é liderança, não pararam nessa na teoria dos traços. Vamos nos imaginar tentando enquadrar personagens como Napoleão, Rosa de Luxemburgo, Ghandi, e tantos outros Líderes de grande sucesso, que não possuíam tanta beleza externa, força física ou estatura elevada nessa teoria? O resultado seria decepcionante, mas nos mostraria que a liderança não é inata. O próximo passo nessa história foi dado exatamente por essa teoria, de que liderança não é inata, ou seja, ela pode ser aprendida. Depois dessa teoria, o foco passou a ser em como escolher e identificar o melhor estilo de liderar, e nisso foram identificados três estilos de liderança: o democrático, o autocrático e o liberal. Inicialmente a grande maioria considerava que, o melhor estilo era de liderar era o democrático. Entretanto as controversas situações que nos acontecem no demonstraram que essa concepção não estava certa. Dependendo da situação em que se encontrava,
  • 7. o líder também deveria ser autocrático e até liberal. Houve então um entendimento, que foi então introduzido na teoria dos estilos de liderança, de que não há o melhor estilo, tudo depende de quem lidera, de quem o segue e por qual situação estão passando. De certa forma, não é difícil reconhecer que determinados traços da personalidade de alguém, podem em função das expectativas de seus seguidores, podem facilitar a sua liderança. Mas também podem dificultar, se houver desacordos entre aquele que se pretende influenciar e aquele que deve ser influenciado. A teoria dos estilos de liderança foi largamente utilizada em programas de desenvolvimento gerencial, com o objetivo de transformar pessoas seguidoras em líderes democráticos e, ao mesmo tempo, voltados para a produtividade. Quando posta em prática, a teoria mostrou certa debilidade, dando oportunidade para que outra teoria fosse desenvolvida e viesse à tona. Nessa nova teoria, a liderança é abordada como algo contingencial, para a qual a expressão “tudo depende” passou a valer. Para George Terry (1960), liderança é a atividade de influenciar as pessoas fazendo-as empenhar-se voluntariamente em objectivos de grupo. Esta definição parece ser válida para qualquer tipo de organização, porque em qualquer situação em que um individuo procure influenciar o comportamento de outro individuo, estamos perante o fenómeno da liderança. 2.2 PRINCIPAIS CONCEITOS HISTÓRICOS. Desde os primórdios do surgimento do estudo da liderança, surgiram muitos autores que focaram esse tema. De acordo com Bergamini (1994, p. 88) o conceito de liderança pode variar de autores e dentro das organizações podem ter alguns significados diferentes, "constata-se que a maior parte dos autores conceitua liderança como “o processo de influência de um individuo sobre outro individuo ou grupo, com vistas à realização de objetivos em uma situação dada”". Vamos observar a seguir, o que alguns deles falaram sobre a definição de liderança: Segundo JANDA (1960, p.35) liderança é: “um tipo especial de relacionamento de poder caracterizado pela percepção dos membros do grupo no sentido de que outro membro do grupo tem o direto de prescrever padrões de comportamento na posição daquele que dirige no que diz respeito à sua atividade na qualidade de membro do grupo”. Liderança é ‘uma interação entre pessoas na qual uma apresenta informação de um tipo e de tal maneira que os outros se tornam convencidos de que seus resultados serão melhorados caso se comporte da maneira sugerida ou desejada’ (Jacobs, 1970, p.232). O líder vai adaptar seus estilos de liderança e seus valores de acordo com a situação ou o grupo. Fiedler (BERGAMINI, 1994, p.52) afirma que: “A liderança é, por definição, um relacionamento interpessoal, no qual poder e influencia são desigualmente distribuído de tal forma que uma pessoa seja capaz de dirigir e controlar os seus próprios. Em tal relacionamento, entre líder e seus membros, a personalidade do líder es tá pronta para determinar, em grande parte, à medida que ele pode influenciar o comportamento do seu grupo.” Stogdill (1974, p.411) estabelece que a liderança seja “o início e a manutenção da estrutura em termos de expectativa e interação.” Segundo Maximiano: (2008, p.277) “Liderança é o processo de conduzir as ações ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas. Liderança é a realização de metas por meio da direção de colaboradores. A pessoa que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar uma finalidade especifica é um líder.”
  • 8. Para Kwasnicka (1989, p.99) “A liderança estabelece objetivos, porém ao fazê-lo, leva em consideração o que já foi previamente determinado pela organização. Para Katz & Kahn (1978, p. 528) Liderança é “o incremento da influência sobre e acima de uma submissão mecânica com as diretrizes rotineiras da organização.” 2.3. NOVAS ABORDAGENS E ALIDERANÇA HOJE. Na década de 80 surge a “nova liderança”, caracterizando abordagens referentes a temas comuns em alguns aspectos e diferentes em outros (VROOM; JAGO, 1988, p 82, 94). É nesse momento que aparecem os estudos sobre liderança transformacional, carismática e visionária. O foco da atuação desses líderes é a propriedade com que formulam a visão, a missão e os valores que orientam e articulam a ação das pessoas nas organizações. (ROBBINS, 2002, p 241). A liderança visionária refere-se visão de futuro que seja atrativa e possível de ser realizada, observando a situação presente e buscar a sua melhoria. Deve ser capaz de ser compreendida por toda a organização. Líderes visionários devem possuir as três habilidades: tornar a visão inteligível a todas as pessoas da organização; capacidade de expressar a visão através de ações e comportamentos e, finalmente, tornar a visão aplicável a múltiplas situações (ROBBINS, 2002). Bass (1985) propõe que o modelo de liderança transformacional, seja constituído por quatro elementos: influência idealizada, motivação inspiracional, estimulação intelectual e consideração individualizada. Também diz que a efetividade da liderança depende do ambiente e da organização entre outras variáveis situacionais. (BASS; RIGGIO, 2006). “estimulam e inspiram seguidores tanto para alcançar resultados extraordinários como, ao longo do processo, desenvolver sua própria capacidade de liderança”. O instrumento de avaliação da liderança transformacional é o MCQ (Multifactor Leadership Questionaire), focando na díade líder-seguidor como unidade de análise, não considerando as variáveis situacionais, e estas precisam ser inferidas da média das respostas dos seguidores. (AVOLIO, 1999; BASS; RIGGIO, 2006). Apesar de ser aplicável, seu instrumento de avaliação é limitado e, apresentam diversas inconsistências, quanto à posição dos líderes e às suas conquistas. A teoria da liderança carismática surge no final da década de 1970, e Yukl (2005) distinguiu quatro conjuntos de: carisma atribuído, teoria do autoconceito, psicodinâmica e contágio social. A unidade de análise “líder-seguidor”, na qual se considera o líder como aquele que possui ou exerce carisma sobre seguidores ou o seguidor que se identifica com o líder como portador de características “extraordinárias” e passam a depender dele. Isso pode ser resultado de uma “transferência psíquica”, entre o grupo e seu líder, permitindo vivenciarem seu desejo de onipotência (CHANLAT, 1996). A emergência do líder carismático pode ser destacada por crises, tarefas complexas e seguidores dependentes ou fracos. (YUKL, 2005). Existindo a possibilidade de manipulação por líderes antiéticos. Normalmente não há conciliação nas análises díades (líder-seguidor) com as análises de grupo, revelando dificuldades conceituais ou em relação às categorias de análise (GRONN, 2002. p. 423-451). 3. O PAPEL DO LÍDER NA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL. 3.1. LIDERANÇA EM GRUPOS NAS ORGANIZAÇÕES (....) A noção de liderança ainda continua a atrair gerações de escritores, em grande parte porque se tende a ver a liderança como um importante aspecto do cotidiano e dos assuntos organizacionais. (BRYMAN, A. 2004, p. 729- 769). As teorias da liderança estão reunidas em quatro grandes caracterizações:
  • 9. • Centradas no indivíduo (líder) – são as abordagens com foco nas características ou comportamentos do líder. • Fundamentadas nos processos didáticos – essas abordagens enfatizam a díade líder-seguidor. • Fundamentadas no processo do grupo – nesta abordagem, o grupo é considerado unidade conceitual da liderança. • Fundamentadas no sistema – nesta abordagem o sistema é considerado a unidade conceitual da liderança. As abordagens que mais se enquadram nos objetivos da nossa pesquisa são as fundamentadas em processos do grupo ou liderança distribuída, porque nos processos de RSE as relações com diversos stakeholders têm um papel predominante. (GRONN, 2000, p. 317-338). As abordagens centradas no individuo dão especial relevância às características do líder, ou seja, aos traços de sua personalidade e ao seu estilo de atuação. Partindo do pressuposto que existem atributos universais e intrínsecos que distinguem líderes de liderados a chamada Teoria dos traços buscou identificar características comuns aos líderes. Importantes pesquisas foram publicadas com o objetivo de questionar sobre traços pessoais de liderança, impossibilitando conclusões de caráter mais científico tornando essas teorias pouco confiáveis para explicar características comuns aos líderes (GIBB, 1968, p. 205-83). A abordagem dos estilos ou dos comportamentos foi dominante na década de 1950 até o fim da década de 1960 (BRYMAN, 1996). A classificação dos comportamentos em categorias de tarefa e de relacionamento foi estabelecida por meio de análises das respostas dos seguidores sobre as ações dos líderes (YUKL, 1998). Por consideração, entende-se a preocupação dos líderes pelos subordinados como pessoas em um clima de confiança e co-responsabilidade, contribuindo para um ambiente amigável. Na década de 1960, foi considerada a preocupação com produção e preocupação com pessoas estabelecendo um modelo denominado “grid” da liderança. Essa abordagem sugere que os melhores líderes serão aqueles que forem orientados tanto para produção como para pessoas (YUKL, 1998; NORTHOUSE, 2004). Pesquisas recentes (LOCKE, 1991) se baseiam em evidências de comportamento de líderes reais bem-sucedidos, levando os estudiosos a pesquisarem o comportamento dos líderes em ação, tendo-se inferido que traços como forte desejo de comandar, motivação, integridade, honestidade, autoconfiança, são elementos constitutivos de sua personalidade. A noção de papéis compartilhados emerge quando membros do conjunto dão importância a suas oportunidades de depender dos outros devido a responsabilidades sobrepostas em ações conjuntas, quanto a seus próprios planos, os de seus colegas e seu senso de participação na unidade. A reciprocidade denota a influência de duas ou mais partes umas sobre as outras, e ocorre de maneira similar a um ciclo vicioso ou espiral em ziguezague (FONDAS; STEWART, 1994, p 31, 83). Outro aspecto a ser apresentado é sua interface com o trabalho e aprendizado em equipe. A liderança é considerada um resultado no nível de análise da equipe, de como é derivada de equipes com uma função dos processos associados a pessoas trabalhando juntas para cumprirem um trabalho compartilhado. Quando a liderança é vista como uma propriedade de sistemas complexos, ao contrário de uma propriedade de indivíduos, a efetividade da liderança se torna mais um produto dessas conexões ou relacionamentos entre as partes do que o resultado de qualquer parte sozinha desse sistema (O’CONNOR; QUINN, 2004 p. 417-437). 3.2. PAPÉIS DO LÍDER NAS EMPRESAS DA ATUALIDADE Na literatura mais recente sobre liderança, surgem papéis relacionados com Responsabilidade Social Empresarial. Os papéis aqui apresentados podem estar relacionados mais especificamente a papéis de mudança, pelo fato de que RSE está associada a uma mudança paradigmática da gestão. Visando aos resultados sociais e ambientais, os líderes terão o papel de ativistas sociais, estabelecendo a agenda social de suas organizações, e serão conhecidos pelo que representam e
  • 10. pelos resultados sociais produzidos nas empresas, na vida das pessoas, para o meio ambiente e a comunidade em geral (PARSTON, 2000, cap 35). O líder sabe que não pode fazer tudo sozinho e isso requer mais delegação em um novo desenho do sistema social em todos os níveis. Isso faz parte das estratégias e das metas da empresa; é o elo entre aspirações e resultados; é um processo sistemático de discussão exaustiva dos “comos” e “quês”, questionando, levando adiante o que foi decidido, assegurando que as pessoas terão sua responsabilidade pela execução. Cabe ao líder o papel de gerenciar o envolvimento das pessoas e o papel de pensador do sistema, de “observador-projetista do futuro”. (MANGA; HOLLENHORST, 2004). Ao conduzir as organizações na implantação da RSE, cabe às lideranças prover suficientemente os recursos, estabelecer esquemas de reconhecimento e recompensa, captar conhecimentos e repassar informações, coletivizando-as. O papel de organizador de informações proposto por Coope (2005) é um comportamento de liderança crucial, uma vez que os líderes comandam um conjunto de informações que precisam ser disseminadas e que contribuem para sua credibilidade. Desses muitos modelos de gestão, o que mais ganhou adeptos foi o Balanced Scoredcard – BSC, proposto por Kaplan e Norton (1996). Segundo os autores, cabe ao líder o papel consultivo e integrativo entre as diferentes áreas da organização, e editorial de comunicar diretamente aos seus seguidores as estratégias, trazendo mais efetividade à comunicação. Alinhado a isso, Rochlin (2005) propõe o papel da liderança como gestor de riscos, buscando convergência entre os sistemas de governança e de desempenho da organização. Porter e Kramer (2006) apresentam outros dois importantes papéis da liderança. O primeiro é o de “vinculador de dentro para fora”, no qual o líder vai traduzir internamente todas as oportunidades para o negócio afetar de forma positiva a sociedade. O segundo papel é o do “vinculador de fora para dentro”, identificando como as condições sociais podem exercer influência sobre a empresa. Muitos líderes de empresas e da sociedade civil dão demasiada atenção ao atrito que os divide e cuidam insuficientemente dos pontos de intersecção e do princípio do valor compartilhado (PORTER; KRAMER, 2006 p. 52-66). Alguns autores dão ênfase no papel ético do líder, no gerenciamento da autenticidade pela prática de valores e princípios. (GOFFE; JONES, 2005 p. 77-84). O líder sabe que não é perfeito e, por isso, concentra suas energias em encontrar outros que podem ajudá-lo a superar as suas limitações. (ANCONA p. 92-100). Ainda na literatura, encontram-se os papéis de Coach e Mentoring. Coach é o papel que ajuda os liderados a se desenvolverem na carreira: melhorar desempenho, sistematizar idéias, fazer suas escolhas cuidadosas, comprometer-se com a empresa e expandir a visão de mundo. Mentoring é um papel especial que orienta, sugere, aconselha, provoca no liderado a possibilidade de um olhar diferente sobre o mesmo problema, estimulando-o a entrar em contato consigo mesmo, e não somente com o que faz (VERGARA, 2007, p 62-65). Conforme Driscoll e Mckee (2007 p 73: p 205-217), contar histórias tem sido importante no ambiente organizacional O líder, com suas histórias, evidencia valores, favorece a formação de um senso de conexão, de direção e transcendência, possibilitando um contexto psicológico entre organização e empregados. Outros autores entendem que o papel modelador do líder é determinante da cultura ética, uma vez que os seguidores tendem a imitar seus líderes. (HOOD, 2003 p. 263-273). Conforme Gardner (2006 p. 36-42), a efetividade do líder tem estreita ligação com as histórias que ele conta aos liderados sobre quem são, de onde vêm e para onde vão. Percebem-se diversas coincidências na forma como os autores nomeiam os mesmos comportamentos já apresentados na taxonomia de Yukl (1998). Outros papéis, no entanto, são específicos dos contextos complexos atuais: sensemaking, gestor de atratores de confiança, gestor de riscos, guardião da ética, gestor da autenticidade, entre outros. O que se identifica são os mesmos papéis com um script ampliado, ou um mix de papéis para suportar uma ação de Tríple Bottom Line. 3.3 O LÍDER EM SUSTENTABILIDADE E SUAS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES
  • 11. Em meados de 2012, a Revista Brasileira de Administração Científica publicou uma matéria em que diz que o Pacto Global da ONU lançou, em 24 de junho de 2010, um Plano para Liderança em Sustentabilidade. Sua intenção foi criar uma espécie de modelo de atuação para as empresas signatárias, contribuindo assim para desenvolver capacidades, habilidades e recursos. O conceito ainda “não penetrou na maioria das empresas que operam nos mercados em todo o mundo” (PACTO GLOBAL DA ONU. 2010). Objeto de longas discussões entre as empresas signatárias, órgãos das Nações Unidas e especialistas, o plano se estrutura em: Paz e Segurança, Ecossistemas Sustentáveis e Biodiversidade, Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas, Segurança Hídrica e Saneamento; e engajamento ao Pacto Global, por meio da formação de redes, grupos de trabalho locais e globais, e iniciativas setoriais e temáticas. Nessa intersecção, o Pacto Global identificou quatro, do que classifica como “componentes transversais”. O compromisso dos líderes empresariais abre a lista. De acordo com o modelo proposto, o principal executivo deve “fazer declarações públicas claras e demonstrar liderança pessoal em sustentabilidade”. É seu papel também promover iniciativas para ampliar o debate do conceito no setor de atuação, além de comandar o desenvolvimento de normas setoriais específicas. Espera-se ainda que ele lidere uma diretoria ou um grupo de executivos na condução da estratégia de sustentabilidade empresarial, estabelecendo objetivos firmes e cuidando pessoalmente de sua implementação. Recomenda, por último, que o líder número 1 inclua os critérios de nos grandes objetivos e nos sistemas de incentivo para a presidência e a diretoria. Com base no modelo proposto pelo Pacto Global da ONU, Voltolini (2012), extraí as principais atribuições para o líder em sustentabilidade: 1) Comandar a elaboração de uma estratégia consistente de sustentabilidade, buscando a cooperação entre as diferentes áreas e as questões mais relevantes para o negócio e o seu setor de atuação; fazer com que o conceito permeie a cultura organizacional, transformando-o em um valor corporativo relevante para a definição da identidade da companhia; 2) Garantir a coordenação entre os diversos departamentos da empresa, com o objetivo de maximizar o desempenho em sustentabilidade; 3) Avaliar riscos e oportunidades relacionados a questões de sustentabilidade para a empresa e o setor; 4) Identificar todos os impactos socioambientais causados pelas operações da empresa; cuidar para minimizá- los ou eliminá- los; 5) Definir políticas e cenários para o futuro, estabelecendo metas mensuráveis; 6) Envolver e educar funcionários e colaboradores, adotando programas de desenvolvimento, e também sistemas de incentivo; 7) Monitorar e mensurar desempenho com base em métricas para, por exemplo, gestão de água, energia, emissões de gases de efeito estufa, poluição, efluentes e biodiversidade; 8) Responsabilizar, pela execução da estratégia, áreas corporativas essenciais como Compras, Marketing, Recursos Humanos, Jurídico e Relações Institucionais, assegurando que nenhuma delas atue em conflito com os compromissos e objetivos de sustentabilidade; 9) Alinhar estratégias, metas e estruturas de incentivo de todos os departamentos e unidades com os objetivos e compromissos de sustentabilidade da empresa; 10) Analisar cada elo da cadeia de valor, mapeando impactos, riscos e oportunidades; 11) Envolver fornecedores na estratégia de sustentabilidade; sensibilizar, treinar e capacitar parceiros de negócio; monitorar o quanto estão alinhados com os compromissos e práticas da empresa; 12) Desenvolver produtos e serviços ou conceber modelos de negócio que contribuam para promover a sustentabilidade; 13) Realizar investimento social alinhado com as competências da empresa e o contexto operacional de seu negócio; 14) Integrar campanhas e iniciativas públicas, assumindo, em suas comunicações, compromissos com as questões mais relevantes de sustentabilidade;
  • 12. 15) Coordenar esforços com outras organizações para potencializar investimentos, e não se sobrepor a iniciativas de desenvolvimento sustentável; 16) Cooperar com organizações do mesmo setor em ações que ajudem a encontrar respostas para desafios comuns; 17) Fazer o papel de mentor para empresas do mesmo ou de outro setor que ainda se encontrem em estágio inicial de implantação de práticas sustentáveis; na condição de referência em liderança em sustentabilidade, facilitar o acesso a informações por parte daqueles que desejam conhecer a política da empresa; 18) Comunicar os resultados e a evolução de suas práticas de sustentabilidade, visando prestar contas às partes interessadas e à sociedade; 19) Envolver e educar os stakeholders para que eles conheçam as políticas da empresa e participem delas; 20) Capitanear o processo de mudança, inserir as dimensões social e ambiental na noção de sucesso empresarial, estabelecer uma visão e uma missão de sustentabilidade. Tais enfoques tocam em importantes atributos do que a liderança pode envolver na prática do dia-a-dia, particularmente, em termos de requisitos de ação, bem como na identificação de práticas que requerem ações em diferentes contextos e ambientes. Kotter (1988) pontua que não é fácil lidar com os desafios típicos da liderança criados pela intensidade competitiva, pois isto sempre significa produzir mudanças e essas criam incertezas e ansiedades a vencedores e perdedores. Este autor adota um processo de liderança baseado em três etapas: criação de uma visão, alinhamento desta visão junto aos seguidores e inspirar e motivar as equipes para realizar a visão. No entanto, Jones (2000 p.378-389) ressalta que o propósito mais amplo da liderança não é somente prover visão, mas sim promover o pluralismo nas organizações. Segundo Drucker (2000, p.21), o novo pluralismo requer o que se pode chamar de "responsabilidade cívica": ser generoso com a comunidade na busca do próprio interesse ou na realização da tarefa que lhe cabe. Assim, apesar do líder necessitar de atributos básicos, tais como uma visão de futuro, confiança em si mesmo e capacidade de alinhamento dos funcionários, o líder deverá, concomitantemente, ser capaz de trabalhar com novas parcerias, obtendo sucesso por uma rede de relações, assumindo não só o desempenho por suas instituições, como também sendo responsável pela comunidade como um todo, o que requer comprometimento, convicção e dedicação ao bem comum. O processo de liderança assume um papel central em busca de um balanço equilibrado de desempenho econômico, ambiental e social. Alguns artigos apresentados na conferência sustainability ways of knowing/ways of acting (ROSSI, p 273-286) apontaram que as estratégias voltadas ao desenvolvimento sustentável foram conduzidas, especialmente, por líderes visionários. No entanto, ressalta-se a fragilidade do comprometimento das organizações para com os objetivos da sustentabilidade, quando esta depende de um único líder visionário. 5- CONCLUSÕES FINAIS A Sustentabilidade é um assunto que a cada dia mais vem ocupando espaço em nosso dia a dia, mas qual seria sua importância, para Ser um assunto tão em foco ultimamente? Sustentabilidade ganha mais espaço no dia-a-dia continuamente, pois a cada dia que passa os nossos recursos naturais ficam mais escassos. Temos que rapidamente buscar novas maneiras de utilizar recursos totalmente renováveis como matéria prima para nossos incontáveis bens de consumo. Talvez até mesmo uma ligeira retenção ao consumismo exagerado, pode ser uma alternativa válida, na colaboração com a sustentabilidade. O fato de estarmos sempre buscando novos produtos “da moda”, através do consumismo supérfluo, nos faz descartar os produtos eu já próximos, e às vezes são novos e em perfeito estado de uso. Isso também remete a preocupação das grandes empresas com a sustentabilidade. Tanto dos recursos novos para produção de seus produtos, quanto ao recolhimento e reciclagem de seus produtos mais antigos ou descartados. Empresas com visão sustentável fazem questão de recolher os seus produtos descartados como baterias, celulares, óleo, entre outros.
  • 13. Economicamente falando, empresas sustentáveis são melhores vistas pelos clientes, e as que têm seus recursos de produção facilmente renováveis, também tem economia na hora da aquisição de suas matérias primas. Sendo assim há uma redução ou até anulação da degradação do meio em que a empresa busca suas matérias primas, isso contribui com o desenvolvimento da sociedade a seu redor. As atitudes das empresas com alta responsabilidade social empresarial contribuem também para o desenvolvimento humano de seus colaboradores. Por trás de toda grande empresa, empreendimento ou afins, sempre há um grande Líder. Uma pessoa que pode servir de espelho para desenvolver o comportamento de seus liderados através de suas ações. Essas ações ou comportamentos servem como estimulo e inspiração para os seus seguidores, Isso faz com que busquem conseguir altos índices de resultado em grupo nos processos da empresa que fazem parte e também serve ao longo prazo, para desenvolver a capacidade de liderança pessoal, presente em cada liderado. Líderes devem demonstrar preocupação com o desempenho social e sustentável do ambiente, pois é seguindo o seu exemplo e suas atitudes, que os demais representantes da empresa decidirão de irão se juntar a causa da empresa ou não. Líderes que não demonstram esse tipo de preocupação tendem a deixar seus liderados rebeldes e pouco preocupados com o rumo que a empresa toma. Qualquer que seja o caminho escolhido rumo a sustentabilidade, seja ambiental, empresarial, etc. É um longo caminho a ser percorrido e depende de cada um de nós. Mesmo que pareçam insignificantes, hábitos deploráveis como cuspir chicletes nas vias, jogar lixo, pontas de cigarro, entre outros, se forem evitados, já contribuiriam e muito. Podemos também separar o lixo em nossas casas e depositar nos locais adequados. Imaginem um mundo sem lixo nas ruas e chicletes colados nas calçadas? Lindo, não? E isso é mais fácil do que podemos imaginar, bastando apenas que cada um de nós façamos a nossa parte. 6-REFERENCIAIS. ANCONA, D.; MALONE, T.; ORLIKDWSKI, W.; SENGE, P. In praise of the leader. Harvard Business Review, p. 92-100, fev. 2007. ALTENFELDER, Ruy. Desenvolvimento sustentável. Gazeta Mercantil. 06 maio 2004, A3. ANTUNES, Juliana. Uma breve análise sobre a evolução da sustentabilidade corporativa. 18/05/2011. Disponível em: http://www.sustentabilidadecorporativa.com. Acesso em 16/03/2014, 22:10. ATKINSON, G; Measuring corporate Sustainability, Journal of Envioronmental Planning and Management. P 235, 252. 2000. AVOLIO, B.J. Full Leadership Development: building the vital forces in organizations. Thousand Oaks, CA: SAGE Publications, 1999. BASS, B.M. Leadership and performance beyond expectations. New York: Free Press, 1985. BASS, B. M.; RIGGIO. R.E. Transformational leadership. 2nd ed. Mahwah, NJ: Laurence Erlabaum Associates, 2006. BERGAMINI, C. W. Liderança – Administração do Sentido (1O ed.), S. P., Editora Atlas S. A., 1994. BRYMAN, A. Qualitative research on leaderhsip: a critical but appreciative review. The Leadership Quartely, v. 15, p. 729-769, 2004. BRYMAN, A. Leadership in Organizations. In: CLEGG, S. R.; HARDY. C.; NORD. W. R. (Eds.). Handbook of organizations studies – thousand oaks. CA: Sage Publications, 1996. CARREIRA, F. C. Sustentabilidade: é possível gerir essa mudança? Em: ENCONTRO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO. Rio de Janeiro, 2011. CHANLAT, Jean-François. O indivíduo na organização – dimensões esquecidas. Vol. III. São Paulo: Editora Atlas S.A., 1996 COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO - CMMAD. Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1988. COOPE, R. Tornando a sustentabilidade uma tendência atual nos negócios. Gestão da
  • 14. Responsabilidade Corporativa: Abril / Maio 2005: 1,5: ABI / Inform. Global Melcrum Publishing. Disponível em: www.melcrum.com Acesso em 02/04/2014, 23:45. CORAL, Elisa. Modelo de planejamento estratégico para a sustentabilidade empresarial. 2002. 282f. Tese (Doutorado em Engenharia da Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis – SC, 2002.Disponível em: https://repositorio.ufsc.br. Acesso em: 03/05/2015, 02:16. DRISCOLL, C; Mc KEE, M. Restorying a Culture of Ethical and Spiritual Values: a Role for Leader Storytelling. Journal of Business Ethics, 73: 205-217, 2007 DRUCKER, P. O novo pluralismo. In: The Peter Drucker Fundation Org.). Liderança para o século XXI. São Paulo: Futura, 2000. DRUMMOND, J. A. Desenvolvimento sustentável: debates em torno de um conceito problemático. História, Ciências, Saúde, v. 5, n. 3, p. 755-761, 1999. DUTRA, Joel Souza. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002 Disponível em: http://www.sssomar.com.br/. Acesso em: 03/05/2014, 02:12. FIEDLER, F. E., A theory of a Leadership effectiveness, N. Y., Mc-Graw-Hill Book Company, 1967. FONDAS, N.; STEWART, R. (1994). Enactment in managerial jobs: a role analysis. Journal of Management Studies, 31 (1), 83. GARDNER, H. The synthesizing leader. Harvard Business Review, p. 36-42, Fev. 2006. GEORGE, B.; SIMS, P.; McLEAN A.; MAYER, D. Discovering your authentic leadership. Harvard Business Review, p. 81-88, Fev. 2007. GIBB, C. A. ‘Leadership’.LINDZEY, G.; ARONSON, E. (Eds.) Handbook of Social Psychology, vol. 4, 2nd edn, pp. 205-83. Reading, MA: Addison-Wesley, 1968. GOFFE, R.; JONES, G. Managing authenticity, the paradox of great leadership. Harvard Business Review, p. 77-84, Dez. 2005. GRONN, P. C. Distributed leadership as unit of analysis. The Leadership Quartely, v.13, p. 423- 451, 2002. GRONN, P. C. Distributed Properties: a new architecture for leadership. Educational Management & Administration, v. 28 (3), p. 317-338, 2000. HAWKEN, P. A declaration of sustainability, Utne Reader, September/October, 1993. HESSELBEIN, F.; GOLDSMITH, M.; BACKHARD, R. A organização do futuro. São Paulo: Futura, 2000. HOFFMAN, Andrew J.; Environmental and Social Issues into Corporate Practice, Environment, V42, i5, p22, June 2000. HOOD, J. The relationship of leardership style and CEO values to ethical practices in organizations. Journal of Business Ethics 43, p. 263-273, 2003. JACOBS, T. O., Leadership and exchange in formal organizations, Alexandria, VA: Human Resources Organization, 1970. JANDA, K. F.; Towards the explication of concept of leadership in terms of concept of pawer, U. S. A., Human Relations, 1960. JONES, D. R. (2000). Leadership strategies for sustainable development: a case study of Suma Wholefoods. Business Strategy and the Environmental, n.9, p.378-389, 2000. KAPLAN, R.S.; NORTON, D. P. The balanced scoredcard: translating strategy into action. Boston, Mass: Harvard Business School Press, 1996. KATZ, D. & Kahn, R. L., Psicologia Social das Organizações, S. P., Editora Atlas S. A., 1966 KWASNICKA, Eunice Laçava. Teoria geral da administração. São Paulo: Atlas,1989, p 99. KOTTER, J. P. The Factor leadership. Free Press, New York, 1988. LAYRARGUES, P. P. Do eco desenvolvimento ao desenvolvimento sustentável: evolução de um conceito, 1997. LOCKE, E. A. The essence of leadership: the four keys to leading successfully. New York: Lexington, 1991. MANGA, M.; HOLLENHORST, T. Disponível em: http://www.evolutionleader.com, e http://www.ifpeople.net. Acesso em 25/03/2014, 00:33. MAXIMIANO, Antônio César Amaru, Teoria Geral da Administração. Da Revolução Urbana a Digital. São Paulo, Atlas,2008.
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