O documento discute os efeitos do álcool na saúde, com o consumo moderado associado a benefícios e o abuso ligado a danos. Também aborda as propriedades antioxidantes da cerveja e como o seu consumo sem álcool reduz inflamação e doenças respiratórias. Por fim, uma entrevista relata a experiência de dependência e recuperação de um ex-alcoólatra.
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
TRABALHO DA PROFESSORA REGINA IBIMIRIM 9º ANO PORRA
1. ÁLOOL E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Educandário Coronel Angelo Gomes Lima
Professora: Regina Cléa
Série: 8ª/9º Ano.
2. Os efeitos do álcool sobre a saúde dependem
fortemente da quantidade consumida e de outros
fatores como sexo, peso corporal, alimentação e
predisposição genética. O abuso do álcool aumenta a
mortalidade por causar doenças no fígado, câncer e
doenças cardiovasculares. Essa é a parte ruim da
coisa...
POR QUE NÃO USAR ÁLCOOL?
3. A literatura mais recente, entretanto, indica que o
consumo moderado de álcool está associado a uma
redução total do risco de mortalidade. De acordo com
as novas pesquisas, o baixo índice glicêmico e as
propriedades fitoestrogênicas da cevada e lúpulo
usados na produção da cerveja são elementos que
promovem uma dieta equilibrada e previnem a
ocorrência de doenças cardiovasculares.
4. Recentemente dados foram publicados sobre os
potenciais efeitos protetores dos antioxidantes do vinho.
Foi também descoberto que a cerveja, vinho e destilados
diferem muito no seu conteúdo antioxidante, mas o
consumo destas bebidas não leva a diferentes capacidades
antioxidantes no soro humano. Novos números,
entretanto, sugerem que o consumo moderado de cada
tipo dessas bebidas alcoólicas aumentam
semelhantemente a capacidade antioxidativa no soro
humano. estas descobertas elucidam a contribuição do
consumo moderado de álcool para um estilo de vida
saudável.
6. O estudo foi publicado no Medicine and Science in Sports
and Exercise (Nonalcoholic Beer Reduces Inflamation and
Incidence of Respiratory Tract Illness) e os resultados
foram surpreendentes:
Foram analisados 277 participantes da maratona de
Munique, divididos em dois grupos. Um grupo não ingeriu
nada associado ao estudo, enquanto outro grupo era
orientado a consumir cerca de um litro de cerveja sem
álcool por dia durante três semanas, antes da maratona e
durante duas semanas após a prova.
CERVEJA COM ÁLCOOL E
CERVEJA SEM ÁLOOL
7. No grupo que consumiu a cerveja sem álcool, houve uma
sensível redução do quadro inflamatório que causa a
dor muscular tardia, e também praticamente não houve
incidência de gripes e resfriados nos dias subsequentes à
competição, diferente do grupo que não bebeu a cerveja
onde vários casos de problemas respiratórios apareceram
após a competição. Trata-se de uma interessante evidência
que confirma a grande importância dos chamados
polifenóis, que são identificados como substâncias de
rápida absorção, com habilidade de aumentar a capacidade
antioxidante do organismo.
9. Como ministro dos Transportes, no governo de
Fernando Henrique, e deputado federal por quatro
mandatos, o gaúcho Odacir Klein, 66 anos, enfrentou
muitos desafios, mas nada comparável aos dramas
que teve que superar na vida pessoal. Vítima do
alcoolismo, por várias vezes sacrificou sua agenda de
compromissos por conta da bebida.
ENTREVISTA COM UM
EX- ALCOLATRA
10. Demorou algum tempo. Fui prefeito com 25 anos, em
Getúlio Vargas (RS), e bebia em festas, mas não era
todo dia. Comecei o tal de “beber socialmente”
quando assumi a Câmara dos Deputados, em 1972. Eu
saía de lá e achava que era bonito, que dava status
chegar em casa e pegar um copo de uísque. Tinha 31
anos. Fui levando e foi acentuando. Eu tinha o sinal
amarelo aceso e não sabia. O que no começo eram
duas doses passou para três ou quatro. E foi
acentuando.
Quando a sua atração pela bebida
passou a se tornar um problema?
11. Eu sabia o que tinha ocorrido com meu avô em
relação ao alcoolismo, acompanhava o problema do
meu pai, sabia que meu pai tinha irmãos que também
tiveram problemas com álcool e haviam parado.
Mesmo assim, eu achava bonito beber um pouco.
Então, era bonito ir a um baile e beber, ir a um jantar
com os amigos e beber... Comecei com 15, 16 anos
Como o sr. começou a beber?
12. A ressaca moral, uma profunda vergonha por lembrar
do que tinha feito ou por não conseguir lembrar de
algo que as pessoas comentavam que eu fizera. E,
quando vinha a repreensão, havia um misto de
arrependimento com uma rejeição contra quem
falava.
Qual era o pior efeito da bebida?
13. Com certeza, não. Em nenhuma campanha eu vejo o
esclarecimento sobre as consequências do ato de
beber reiteradamente. É preciso dizer que alguém
que não tenha tendência natural pode desenvolver a
doença se beber com muita frequência. Vejo muito
cerco ao fumo, mas não vejo maiores esclarecimentos
quanto à bebida. Não quero banir o álcool, mas é
preciso mais informação.
O sr. acha que o governo dá ao problema do
alcoolismo a prioridade devida?
14. Há quatro reações diante da bebida. Existem aqueles que não
bebem nada. Depois, tem a situação dos que podem beber
moderadamente, gente que sai do trabalho para tomar um
chopinho e é como se tivesse comido uma empada. Há a
situação daqueles que estão no sinal amarelo: vão para uma
festa, tomam um gole e o organismo pede mais, tem
insuficiência de endorfina (neurotransmissor ligado ao bem-
estar e prazer) e precisam cada vez mais de bebida. O sinal
vermelho é justamente quando a pessoa passa a sentir falta do
álcool. Porque as pessoas podem ter prazer em beber e não
sentir falta da bebida. Já fui alcoólatra, alguém que tem o vício.
Hoje não sou mais viciado, mas adquiri uma doença eterna.
O que o sr. aprendeu sobre
dependência?