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este mês
18 EDITORIAL
20 ESCREVA-NOS
22 COLABORADORES
24 BRANCO NEVE
Dress code: festa todo o mês.
26 REFLEXOS DOURADOS
Dê mais brilho à pele.
28 ILUMINADOS
Destinos e objetos cheios de luz!
32 HELENA ISABEL E JÚLIA PALHA
Duas atrizes, duas idades,
duas telenovelas e tanto em comum!
moda
40 FLORES DE INVERNO
Joias, padrões e muito mais.
42 CÉU ESTRELADO
Aqui na Terra e nos closets.
44 PEQUENOS INSETOS
Valorizam o quotidiano!
beleza
46 ESCOLHAS Da editora para dezembro.
48 BEAUTY TIME
Espaços que tem de conhecer.
50 DE-STRESS
Cuidados intensivos para a pele.
lifestyle
52 EM DUAS RODAS
Novidades do ciclismo não-profissional.
atitude do mês
54 PREPARE-SE PARA AS FESTAS
Reserve o jantar de Natal, escolha
um vestido apropriado e vitamine-se!
crónicas
58 NO MASCULINO,
PEDRO ROLO DUARTE
Natal é quando um homem... deixar.
lazer
61 EXPOSIÇÃO História de diamantes.
62 O QUE FAZER Em dezembro.
72 HYEONSEO LEE Ser refugiada
política e revelá-lo ao mundo.
76 MATT PRESTON
Conta-nos os segredos da boa cozinha.
78 LIVROS GOURMET
Faça alta gastronomia em casa.
capa
HELENA ISABEL E JÚLIA PALHA
pág. 40
moda
CONJUGUE PADRÕES
DE TONS SUAVES.
pág. 46
escolhas
A NOSSA EDITORA
ACONSELHA.
pág. 76
master chef
O JURADO CONTA-NOS
AS SUAS PAIXÕES
pág. 32
atrizes
QUEM DISSE QUE HÁ
GENERATION GAP?
HELENA ISABEL
Colete de tweed com lurex Hoss Intropia.
Macacão de jersey com lurex Mango.
Cinto de pele Guess.
Brincos de ouro Julieta Jóias.
JÚLIA PALHA
Vestido assimétrico de jersey Mango.
Brinco de metal e resina Cheap Monday.
Colar de prata Aristocrazy.
HELENA ISABEL
Vestido de seda Mango. Collants de
rede Calzedonia. Sandálias de camurça
Carolina Herrera.
JÚLIA PALHA
Vestido cai-cai de seda Purificación
García. Pulseira de pele e cristais
aplicados Swarovski. Botins de pele
sintética com purpurinas Zara.
SUMÁRIO
para mulheres com atitude
moda
81 LÉXICO DE ESTILO
A Hermès inventou uma palavra.
82 UNIVERSO ENCANTADO
Um conto de fadas.
92 DARK SIDE
Renda transparente.
beleza
95 ODE AO COR-DE-ROSA
Eterno feminino.
96 O DESPERTAR DOS SENTIDOS
Moda, maquilhagem e perfumes!
106 MULHER EM QUEM ACREDITAMOS
Mathilde Thomas, fundadora da Caudalie.
110 ARTE DA SEDUÇÃO
Tudo para os nossos homens.
sociedade
115 SUPER-HEROÍNAS
Há novas bonecas que salvam o mundo.
116 NATAL EM FAMÍLIA
Temos a lista de presentes ideal!
130 CORAÇÕES XXL
Histórias de gente solidária que mudou
de vida em favor dos mais fracos.
136 HOMEM-OBJETO
Giro que se farta, Justin Trudeau coloca
questões às mulheres emancipadas.
viver
141 A CABANA É uma loja linda!
142 DESCULPAS PARA VIAJAR...
Quatro roteiros à volta do mundo.
148 COCKTAILS... Um livro para aprender
a fazer.
150 EM CASA DE...
Frederico Oliveira.
154 RECRIAR
156 CULINÁRIA
Trufas.
158 ONDE COMPRAR
159 HORÓSCOPO
160 ÚLTIMAS
162 ESSENCIAIS
De Vasco Ribeiro.
pág. 150
em casa de...
FEDERICO OLIVEIRA.
pág. 96
perfumes
AS ESSÊNCIAS
SÃO O MOTE
PARA OS SENTIDOS.
pág. 116
shopping
TUDO PARA A SUA
LISTA DE COMPRAS.
pág. 82
natal
O ENCANTO
DOS CONTOS
INFANTIS.
pág. 154
recriar
UMA CASA
LISBOETA.
EDITORIAL 18
dezembro
E assim, sem quase darmos por ela, 2015 passou a correr e estamos
novamente no Natal. Estou verdadeiramente assustada com a velo-
cidade com que os anos andam a passar na minha vida. Não sei se
é da idade, se é do trabalho, se é suposto ser mesmo assim e se é igual
para todos nós, mas está a parecer-me tudo muito acelerado.
Para desacelerar, temos uma edição que vai facilitar-lhe a vida, com
preciosas dicas para preparar as festas sem entrar em parafuso.
Fizemos o aborrecido trabalho de procurar nas lojas (e marcas)
e selecionámos o que de mais interessante há para oferecer, num
shopping com mais de 200 sugestões de presentes para toda a fa-
mília. Aproveite para fazer as compras com tempo, antes da grande
azáfama que precede o dia 24, pois a organização é sempre a melhor
aliada de uns dias tranquilos com a família – já bastam as viagens
que temos de fazer e todos os preparativos. Não falo da parte de
cozinhar, porque essa, para mim, é um prazer!
Para tudo fazer sentido, é importante aproveitarmos o que temos
a cada dia, sermos gratas e tratarmos todos (a nós e aos outros)
corretamente. Há muitas pessoas
que ‘abdicam’ da sua vida para
ir ajudar os outros. Será que se
ajudam também a si próprias
quando decidem embarcar em
viagens de solidariedade e vo-
luntariado? Foi o tema que es-
colhemos para a reportagem des-
te mês. Desejo-lhe um bom de-
zembro, rodeada de quem mais
fizer sentido para si e a comer o
que lhe apetecer.
Rita Machado, diretora
ritamachado@masemba.com
PREPARAR:
1, 2, 3 NATAL!
PedroFerreira
POR FALAR EM CONTRIBUIR...
A Fox Life e a Parfois criaram, em homenagem às mulheres fortes, como a Olivia Pope
de ‘Scandal’ e a Cookie de ‘Empire’, e até a Meredith de ‘Anatomia...’, uma carteira
que simboliza as segundas oportunidades. 10% da venda do valor destas carteiras
reverte para a associação Reklusa, uma IPSS “com a missão de reconstruir as vidas
da população reclusa e ex-reclusa, através do apoio à sua reinserção e à sua integração
social e profissional”. O mais giro? A bolsa que envolve as carteiras é confecionada
por reclusas, um trabalho que contribui certamente para a sua autoestima.
Esta é uma carteira com atitude, à venda nas lojas Parfois (www.parfois.com)!
Custa €22,99, por isso não há desculpa para não ajudar!
UNIVERSO
ENCANTADO
Misturámos e
recriámos os contos
de Natal, para este
editorial de moda.
Na Casa Achilles, em
Lisboa, descobrimos
o cenário ideal
para desenvolver
este conceito.
O DESPERTAR DOS SENTIDOS
O que é que acontece quando
juntamos perfumes e editorial
de moda? Magia! Desta vez,
pelas mãos de Cristina Gomes,
Mário Príncipe e Cristina Câmara.
AnaViegas
Vestido de jacquard
de seda com cinto de pele
Diogo Miranda.
Blusão de pele Zara.
Colar de prata Aristocrazy.
Anéis de metal Mango.
Blusa de seda
Dice Kayek, na Stivali.
Calças de lã fria Céline,
na Loja das Meias.
Botins de camurça
Gianvito Rossi, na Stivali.
Brincos de prata e pérolas Tous.
Anéis de ouro branco
e diamantes Eleuterio.
DUAS ESTRELAS
Juntámos Helena Isabel e Júlia Palha
na mesma entrevista e descobrimos
duas atrizes admiráveis, tão
bonitas por fora como por dentro,
e com imensas coisas em comum.
hugoboss.com
20
a sua opinião conta
ESCREVA-NOS
“A MINHA OPINIÃO sobre a Caro-
lina Patrocínio mudou radicalmente. Já
me tinha acontecido o mesmo, quando
entrevistaram a Raquel Strada. Poderá ser
apenas preconceito meu, mas creio que
nem sempre o melhor lado das pessoas é
mostrado na imprensa. Foi o que aconte-
ceu também com a Cara Delevingne numa
entrevista que deu a um canal norte-ame-
ricano, a propósito do filme ‘Cidades de
Papel’ e em que os pivots se esforçaram por
mostrar como ela era fútil. Correu-lhes
muito mal. Ainda bem! Quanto à LuxWO-
MAN e às vossas entrevistas, só tenho a
dizer bem. A da Carolina Patrocínio reve-
lou-me uma mulher com ideias próprias e
boas! Adorei a parte relacionada com a
maternidade! Parabéns!” Silvana Luís
VENCEDORA
Identifiquei-me bastante com o vosso artigo ‘Uma
borbulha no meio da testa...’ [edição de novem-
bro], neste caso aos 32 anos. As borbulhas tiram-
-me do sério, a sério! Agora percebo por que me
aparecem. Não é só naquela altura do mês... De vez
em quando, lá vem uma, mas, enfim, lá vou com-
prando alguns cremes que prometem ajudar neste
combate à pele acneica. Às vezes, funcionam, outras
vezes, OMG! Fico em pânico quando quero maquilhar-me
e ficar bonita, mas já percebi que também pode ser hormonal
e vir daquele stress que às vezes temos, por isso talvez comece a pen-
sar: ‘Tenho de retirar pessoas tóxicas da minha vida!’ Isto, sim, é urgente.
Obrigada e um abraço.” Marta Marques
Tem uma história que acha
que merece ser contada?
Gostaria de ler uma
reportagem específica?
Envie-nos as suas sugestões
e pode ver as suas ideias
nas páginas da revista.
por facebook
“Parabéns à LuxWOMAN
e à Carla Macedo. Adorei o
questionário às políticas.
Perguntas diretas e perti-
nentes. Mereciam uma cha-
mada de capa mais vistosa,
mas compreendo que a Inês
ofusque qualquer outra!”
Paula Cristina Vilela
“Adoro!”
Vanessa Cardoso
“Lindaaaaaa.”
Inês Folque
“Giríssima, Carol!!”
Teresa Monteiro Anahory
por correio Rua da Fraternidade Operária, 6, 2794-024 Carnaxide
Junte-seanósnoFacebook,estejaemcontactodiretocom
aLuxWOMANesejaaprimeiraasaberasnovidadesdecada
edição.ProcureRevistaLuxWOMANetorne-senossafã!
por e-mail
leitora@luxwoman.masemba.com
Interação
Mais informação, mais
conteúdos, reportagens
paralelas, outras
abordagens: é assim
o site da LuxWOMAN.
A mesma atitude
da revista, o interesse
jornalístico pelos temas
relevantes da sociedade,
que importam
às mulheres, com
atualização diária.
Para conhecer a rotina
da redação, recheada
de momentos divertidos
ou de pura delícia, nada
melhor do que a nossa
página no Instagram.
Já percebi também
que pode ser hormonal
e vir daquele stress que
às vezes temos, por isso
talvez comece a pensar:
‘Tenho de retirar pessoas
tóxicas da minha vida!’
Isto, sim, é urgente.”
A vencedora recebe um colar
Swarovski, com banho de ródio
e capa de filigrana e cristais,
no valor de €119.
www.luxwoman.pt
Quando vir este símbolo,
é porque há mais para ler e ver
no site da LuxWOMAN, que
todos os dias lhe dá lifestyle
e informação! Mais, muito mais,
a descobrir para além da sua
revista, e muitos passatempos
nos quais pode participar!
Tudo em luxwoman.pt
MIRANDA KERR PARA ESCADA JOYFUL
COLABORADORES 22
nesta edição
DIRETORA
Rita Machado ritamachado@masemba.com
EDITORA DE BELEZA Anett Bohme
anettbohme@luxwoman.masemba.com
EDITORA DE MODA Sandra Dias sandradias@luxwoman.masemba.com
CHEFE DE REDAÇÃO Carla Macedo carlamacedo@masemba.com
REDAÇÃO Ana Cáceres Monteiro anacaceres@masemba.com
Cátia Matos Pereira catiamatospereira@masemba.com
Leonor Antolin Teixeira leonorteixeira@masemba.com
Mariana Cardoso marianacardoso@masemba.com
Marta Braga martabraga@masemba.com
COPY DESK Carlos Silva
ONLINE Carolina Almeida carolinalmeida@masemba.com
online@luxwoman.masemba.com
ASSISTENTE DE REDAÇÃO Ana Paula Pires
anapaulapires@masemba.com
COLUNISTA Pedro Rolo Duarte
COORDENAÇÃO DE FOTOGRAFIA/ARQUIVO
Edite Costa editecosta@masemba.com
ARTE Pedro Leitão
DESIGNERS Rita Simões, Susana Ribeiro
PROJETO GRÁFICO Amaya Rodriguez
COLABORADORES
TEXTO Miguel Somsen, Mónica Franco
PRODUÇÃO Cristina Câmara
FOTOGRAFIA E ILUSTRAÇÃO Ana Paula Carvalho, Pedro Ferreira,
Ricardo Palma Veiga
AGÊNCIAS AIC, Casa da Imagem, Corbis/VMI,
Getty Images, Imaxtree e Reuters
Rua da Fraternidade Operária, 6, 2794-024 Carnaxide
Tel. 215 918 126 redacao@luxwoman.masemba.com
DIRETOR DE PRODUÇÃO
Ramiro Agapito ramiroagapito@masemba.com
ASSISTENTE Inês Pereira
DIGITALIZAÇÃO E TRATAMENTO DE IMAGEM
Diogo Sargento, Frederico Queirós e Pedro Figueiredo
DIRETOR DE CIRCULAÇÃO
Bruno Ventura brunoventura@masemba.com
ASSINATURAS
COORDENADOR Mário Vidal mariovidal@masemba.com
assinaturas@masemba.com Tel. 215 918 088
DIREÇÃO COMERCIAL E PUBLICIDADE
DIRETORA COMERCIAL Maria João Peixe Dias
mariadias@masemba.com Tel. 215 918 137
COORDENADORA Conceição Martinho
conceicaomartinho@masemba.com Tel. 215 918 143
GESTORA DE MATERIAIS Susana Morais
susanamorais@luxwoman.masemba.com Tel. 215 918 144
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Maria João D’Eça mariaeca@masemba.com Tel. 223 203 149
Rua Tenente Valadim, 181, 4100-479 Porto Fax: 226 057 503
ASSISTENTE COMERCIAL
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DIREÇÃO FINANCEIRA
Ana Ruivo anaruivo@masemba.com
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Tiragem: 70.000 Exemplares
Depósito legal: 161 984/01 Nº Registo ERC: 123817
ANA PAULA CARVALHO
Quem é: Nasceu em Lisboa, mas
cresceu em África. Estudou fotografia
nos EUA e regressou a Lisboa após
oito anos, à sua cidade preferida, onde
fotografa principalmente interiores.
Colaborou com a Icon, com a Máxima
Interiores e hoje colabora sobretudo
com revistas estrangeiras, como
a Elle Decor Itália, a Casa Vogue Brasil,
a Ad Espanha e a Condé Nast Traveller.
Adora viajar pelo mundo, mas,
após mais de 20 anos a fotografar,
prefere sempre a luz de Lisboa.
Fotografou: A casa de Frederico
Oliveira.
Como manténs a sanidade mental na
época do Natal? “Fugindo do Natal…”
CRISTINA CÂMARA
Quem é: Fascinada por viagens,
por conhecer e aprender e por tudo o
que envolve moda e beleza, decidiu em
2009 deixar a engenharia e dedicar-se
à moda. Mergulhou de cabeça e apro-
veitou todas as oportunidades. Passou
pela Pulp Fashion e pela LuxWOMAN.
Produziu: O editorial de beleza e make
up ‘O despertar dos sentidos’ e o
shopping de Natal. Como manténs
a sanidade mental na época do Natal?
“Acho que o mais importante nesta
época é termos bem presente que tudo
deve ser feito com gosto e vontade.
A verdadeira prenda, no Natal ou em
qualquer outra situação, é aquela que
faz a outra pessoa sentir que é especial
para nós, e isso não tem nada a ver
com o seu valor ou tamanho, mas sim
com o cuidado posto na sua escolha.”
MÓNICA FRANCO
Quem é: Tem 40 anos, estudou História
da Arte, mas a escrita falou mais alto.
Fez parte da revista City, foi chefe
de redação da Máxima Interiores
e editora da Evasões. ‘Papa Quilómetros
– Uma Caminhada pela Gastronomia
Portuguesa’ foi o seu primeiro livro.
Colocou nele tudo aquilo de que gosta
na vida. Entrevistou: Helena Isabel e
Júlia Palha. Como manténs a sanidade
mental na época do Natal? “Primeiro:
evitar usar o carro. Segundo: tratar o
metro por tu. Terceiro: ir para bem lon-
ge de qualquer coisa que se assemelhe
a centros comerciais. Quarto: manter os
festejos entre paredes, as minhas ou as
dos amigos. Refugiar-me no colinho dos
meus pais, na casa onde o calor não
vem apenas da lareira. Ver o máximo de
filmes que o meu filho deixar...”
PEDRO FERREIRA
Quem é: Nasceu no Porto e é fotógrafo
há mais de 20 anos. Estudou no Ar.Co
e colabora com várias revistas
portuguesas de moda, como a Máxima,
a Vogue e a GQ, entre outras. Confessa
que as pessoas são o que mais gosta
de fotografar. Destaca o catálogo
do MuDE, para o qual realizou as
fotografias de moda, como um trabalho
de que gostou particularmente.
É casado, não tem filhos. Fotografou:
Helena Isabel e Júlia Palha para a capa
e o editorial de moda ‘Universo
encantado’. Como manténs a sanidade
mental na época do Natal? “Já a perdi
há muitos anos. Apesar disso, continuo
a não aguentar a histeria do Natal.”
TENDÊNCIAS 24
Branco
neveNo mês mais
festivo do ano,
vista-se de branco!
Celebre a cor
juntando-lhe
um brilhozinho
dourado.
Por Sandra Dias
o,
co!
o
Pulseira de metal e resina
Chanel, preço sob consulta.
Casaco de lã
e poliéster
Max&Co, €225.
Anéis de ouro com zircónias
Pandora, €349 cada.
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ilhoses Moschino
no Espace
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Casaco de
pelo sintético
Topshop,
€125.
Camisola
de lã com
bordados
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Intropia,
€143.
Mochila de pele
metalizada Christian
Louboutin na Fashion
Clinic, €1395.
Sapatos de pele sintética revestidos
com purpurinas Zara, €39,95.
Saia de
malha de lã
Odd Molly,
€87.
Louis Vuitton.
ica revestidosSapatos de pele sintét
moda
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de seda
Zadig &
Voltaire,
€550.
Visuaisnãocontratuais.©Sephora2015
Brilliant Makeup Palette* Sephora 29,95€**
Palette de maquilhagem 130 cores
Limitado ao stock existente.
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partir de 12 de Novembro de 2015, limitada ao stock existente, nas lojas
Sephora Portugal. Não acumulávél com outras ofertas ou promoções.
sephora.pt
TENDÊNCIAS 26
beleza
AssistidaporSaraFerrãoViewFashionBook
REFLEXOS
DOURADOS
Por Anett Bohme
AitidSFã
Donna
Karan.
Mara
Hoffman.
Michael
Kors.
Pó iluminador
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Luxurious Beige,
da Dior, €72,50.
Deixe os pés
suaves como
a seda com
o exfoliante
refrescante
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da linha Tao,
da Rituals.
75 ml, €11,50.
Quintessência
da linha
Sublimage,
da Chanel, o novo
L’Extrait promete
regenerar, reparar
e proteger a pele
de forma ímpar.
No coração deste
precioso extrato estão
os poderes extraordinários
da Vanilla planifolia, que
agem sobre todos os sinais de
envelhecimento, deixando a pele mais
densa, com as rugas suavizadas e com a
sua hidratação natural reforçada. Não é um
creme, não é um gel nem é um fluido – é uma
textura única que se derrete na pele, deixando
nela um véu de suavidade. 15 ml, €450.
Sombras
Mono Colorful
Eyeshadow,
nos tons 281
Satin Corset
e 221 Hawaiana
Beach,
da Sephora.
€11,95 cada.
Num jogo
de texturas, cores
e luz, surge Goldea,
da Bulgari, uma
eau de parfum
floral-oriental
inspirada
na Antiguidade,
mas absolutamente
contemporânea.
50 ml, €98.
O sérum
modelador
para o contorno
dos olhos
Gold Eyetech,
da linha
Abeille Royale,
da Guerlain,
possui geleia
real Guerlain
e mel puro
de Ouessant
(uma ilha
em França) para
desenvolver
a sua ação
reparadora,
alisadora
e iluminadora.
15 ml, €110.
Com extrato de orquídea, a base
de maquilhagem Perfecting Make
Up Base, da linha Giordani Gold,
da Oriflame, suaviza e refina
a aparência dos poros e esbate
as linhas. Aplique-a antes
da base. Venda direta, 30 ml, €18.
Dê luminosidade
à pele do corpo e
ao cabelo com o óleo
de monoï Polynesian
Monoi Radiance Oil,
da linha Spa of the
World, da The Body
Shop. 170 ml, €19.
TENDÊNCIAS 28
lifestyle
Assuma que adora as luzes de Natal
e inspire-se para lá das festas. Por Carla Macedo
Iluminados
FAÇA NÃO UMA
MAS DUAS VIAGENS
1/ O Mar de Estrelas, na ilha Vaadhoo, nas
Maldivas, é uma experiência de sonho para quem
gosta de luzinhas. As ondas trazem com muita
frequência uma espécie de fitoplâncton com
bioluminescência, isto é, micro-organismos que
brilham naturalmente. Durante a noite, é possível
observar as marés brilhantes de Vaadhoo.
O Adaaran Prestige Vaadhoo é o único hotel
da ilha e o valor do alojamento ronda os €745
por noite, para dois adultos.
2/ Com mais frio e sem praia – bom, a cerca
de 60 km do mar –, na Nova Zelândia, existem
as Waitomo Caves, também conhecidas por
grutas dos vermes. Porquê? Porque os tetos das
grutas estão cobertos por uma espécie de lesmas
que brilham no escuro (como os pirilampos).
Estas grutas, com os seus vermes e brilhos,
tornaram-se uma atração turística e são visitáveis,
de barco e com um guia, todos os meses do ano.
O bilhete de adulto custa cerca de €30.
Se optar pelas
Waitomo Caves,
não se esqueça
de levar o
guarda-chuva,
pois na costa
oeste da Nova
Zelândia
o clima é húmido
e com muita
precipitação.
Radbag, €24,95.
EM CASA,
SENTE-SE…
E PORQUE O NATAL ESTÁ À PORTA…
Se não sabe onde
é que ficam estes destinos
de sonho, compre o fabuloso
Globo Terrestre e até à noite
vai conseguir descobri-los.
Damos-lhe uma pista:
Maldivas,
no Oceano
Índico,
a sul do
Sri-Lanka;
Nova
Zelândia,
no Pacífico
Sul.
… no pouf
luminoso KSL
Living, €129.
… nestes bancos de mesa
de café, da Bright Woods
Collection por Giancarlo Zema,
para a Luxyde, €35 100.
Calendário
do advento
alternativo,
com 69
letras,
números
e símbolos,
e luzes!
The Drifting
Bear, €49.
Candeeiro suspenso
Ikea, €9,99.
Letra, www.
cultfurniture.com,
€217.
Candeeiro de mesa,
www.upinlights.
co.uk, €13.
Letra, www.
cultfurniture.
com, €47.
Letra, www.
shoreditchlighting.
co.uk, €410.
2/1/
32 luxwoman / DEZEMBRO
Uma tem 63 anos, outra 17 acabados de fazer.
Conheceram-se no dia desta entrevista, mas
representam duas gerações de uma mesma ‘família’.
Encontro de duas atrizes que aprenderam (aprendem)
representando, frente às câmaras ou sobre as tábuas
de muitos palcos. Helena Isabel e Júlia Palha
num dueto muito (pouco) provável.
Por Mónica Franco Produção Sandra Dias Fotografia Pedro Ferreira Agradecimentos Pestana Palace
1 DESTINO
2 MULHERES,
ISABEL
PALHA
He ena
Jú ia
CAPA
DEZEMBRO / luxwoman 33
HELENA ISABEL
Top de seda com
cristais aplicados
Raoul, na Fashion Clinic.
Saia de cetim de seda
Carolina Herrera.
JÚLIA PALHA
Vestido de renda
com tachas aplidadas
Pinko. Collants de rede
e licra Calzedonia.
Botins de pele com tachas Aldo.
Colar de prata Aristocrazy.
CAPA
omeçamos em analepse. Numa tarde de outono de 2015,
uma conversa sobre a ainda curta experiência de vida de
uma jovem atriz. De como o acaso a beijou e
a tornou personagem principal de ‘John
From’, a longa-metragem que levou Júlia
Palha da escola secundária para a Sétima Arte
e daí para a caixinha-que-mudou-o-mundo.
E também o mundo de Júlia, que se tornou na televisão
a filha da atriz Cláudia Vieira na mais recente telenovela
da SIC, ‘Coração d’Ouro’.
Andámos um pouco mais para trás e falámos de como
Helena Isabel também nunca fez um curso de represen-
tação antes de pisar os palcos pela primeira vez. Tinha
exatamente 17 anos. Os mesmos que Júlia tem agora,
completados no passado dia 30 de outubro. Diferentes
histórias, diferentes épocas, mulheres diferentes... mas
semelhantes.
Primeiro passo
“Quando pensei ser atriz, queria ser sobretudo atriz de
teatro”, começa Helena, que acabou de se
estrear na nova telenovela da TVI, ‘A Im-
postora’. “Tive a sorte de começar a assistir
a peças muito cedo, os meus pais levavam-
-me muito ao teatro. Depois, o meu pai
tornou-se sócio de um empresário do tea-
tro, o Vasco Morgado, comecei a conhecer
atores e a ver outro tipo de encenações e
fiquei com o bichinho.” Helena não queria
ficar só a ver, queria também participar, e
participou. A primeira peça (de muitas)
chamava-se ‘Os Direitos da Mulher’.
Júlia também sempre gostou muito dos
palcos. “Nos tempos de liceu, andava em
grupos de teatro, mas nunca fiz nada mais
a sério.” Começou pela carreira de modelo.
Agenciada pela Central Models há cerca
de dois anos, já tinha feito alguns castings
para novelas, mas nunca tinha ficado com
um papel. A primeira oportunidade chegou
e a estreia trazia com ela uma protagonista.
Foi Rita na longa-metragem ‘John From’,
de João Nicolau, e, um ano mais tarde, foi
do grande para o pequeno ecrã para se tornar Alice na
telenovela ‘Coração d’Ouro’.
“Era muito extrovertida em criança. A minha mãe costu-
mava dizer que eu era a palhaça lá de casa. Fazia repre-
sentações, récitas para as amigas da minha mãe. Era muito
mais extrovertida nessa altura do que sou hoje.” Ainda
Helena não tinha terminado a frase, já o sorriso se rasgava
na cara doce de Júlia. “Estava a rir-me porque eu também
organizava os espetáculos com os primos lá em casa, reu-
nia a família toda.”
As primeiras gargalhadas em conjunto ouviram-se aos
primeiros minutos daquela conversa naquele salão de chá
do centro de Lisboa. De repente, o calor do bule aquecia
as respostas, derretia as tensões. Duas mulheres que nunca
se tinham cruzado falavam agora abertamente da sua
intimidade. Não fosse a entrevistadora e o gravador...
O antes, o agora... e o depois?!
Helena: “Comecei devagarinho. Não se pode fazer um
paralelo com os dias de hoje, porque a realidade é mesmo
muito diferente. Comecei pelo teatro e não havia este
mediatismo todo. Hoje, um jovem faz um casting e se
tiver sorte faz logo de protagonista. Naquela altura, isso
seria impossível, começava-se devagar. Normalmente,
começava-se pelo Conservatório ou através de conheci-
mentos. Tive a sorte de me estrear com grandes profis-
sionais: a minha madrinha de teatro é a Lia Gama, tra-
balhei com o Francisco Ribeiro, o Ribeirinho. Aprendi
muito! Costumo dizer que aprendi nas tábuas. Aprendi
tudo o que eram técnicas de representação, de respiração,
de movimento, lá em cima, nas tábuas, com o trabalho.”
Júlia: “O filme ‘John From’ foi uma expe-
riência muito boa. Acho que ter feito ao
contrário do que é normal em Portugal –
primeiro cinema, depois televisão – acabou
por funcionar bem. No cinema, temos mais
ensaios e repetimos muito as cenas. Isso
acaba por ajudar a ganhar mais técnica.”
A primeira vez
Helena: “Lembro-me de que tudo aquilo
que estava habituada a ver em teatro me
parecia muito fácil, pensava que o faria com
uma perna às costas. A primeira vez que
subi a um palco foi para uma substituição.
A companhia já estava toda rodada naquele
espetáculo e eu entrei um bocado de para-
quedas... Lembro-me de que a companhia
estava toda na plateia a assistir à novata…
Nunca tive tanta vergonha na minha vida!
De repente, não sabia o que fazer às mãos,
parecia que os braços nunca mais acaba-
vam! As minhas ideias caíram todas por
terra e cheguei à conclusão de que nada
sabia e tinha tudo para aprender... Lembro-me desse mo-
mento como se fosse hoje.
Júlia: “Acho que nunca tive um momento assim. Não
comecei pelo teatro, onde temos uma plateia, a reação do
público. O mais próximo que tive com isso foi na entrada
para a novela. Eles estavam a gravar desde julho e eu só
entrei em setembro. A equipa já estava toda com o ritmo
de produção... Ninguém sabia que eu tinha acabado de
chegar, falavam comigo como se soubesse do que falavam
e eu nem sequer sabia os nomes das pessoas, fiquei com-
pletamente perdida. Salvou-me a Cláudia Vieira...“
“Gosto muito
do imediatismo
da televisão,
do improviso,
de criar uma
personagem
um bocado
às cegas, mas
não gostei
de fazer todas
as novelas que
fiz até hoje.”
Helena Isabel
34 luxwoman / DEZEMBRO
Vestido de
seda Mango.
Collants
de rede
Calzedonia.
Sandálias
de camurça
Carolina
Herrera.
CAPA
Casaco de pelo
Massimo Dutti.
Vestido de seda
com lantejoulas
Hoss Intropia.
Colar de prata
Aristocrazy.
VEJA O
MAKING OF EM
Preconceito de género?
Helena: “Nunca senti preconceito pelo facto de ser mulher,
mesmo há 40 anos. Senti apenas quando disse aos meus
pais que queria ser atriz. Ficaram horrorizados, porque
nessa altura as atrizes tinham má fama. Depois, tornaram-
se os meus maiores fãs, a minha mãe ia ver todos os meus
espetáculos e mais do que uma vez. Acabei por tirar um
curso de línguas e secretariado, mas nunca o usei.”
Júlia: “Os meus pais encaram lindamente esta entrada
na representação. Não têm nem nunca tiveram nada con-
tra. De vez em quando, fazem um pouco de pressão para
estudar. Continuo a frequentar o 12.º ano, e a SP Televisão
[a produtora de ‘Coração d’Ouro’] marca sempre as mi-
nhas gravações a seguir às aulas, por isso estou a tentar
conciliar as duas coisas. Quero ir para a faculdade, fazer
um curso relacionado com gestão de marketing ou hote-
laria. Sempre tive na cabeça que ia ter a
minha empresa, andar por aí a viajar em
negócios. Se me surgir outro projeto, vou
tentar conciliar as duas coisas. Fiz muitos
catálogos de moda infantil para a revista
Lux e marcas de roupa de criança e gostei,
adorei ver as fotos. O meu sonho era ser
como a Sara Sampaio. Ser atriz foi uma
coisa que me passou pela cabeça aos 8 anos,
mas só depois de fazer o filme é que essa
ideia se tornou cada vez mais possível na
minha cabeça.”
Quase de mãe
para filha
Mais de quarenta anos separam estas
duas mulheres bonitas e talentosas, tan-
tos quantos os de democracia em Portu-
gal. Helena é a prova viva de que se mu-
daram mentalidades: “A minha geração
fez uma revolução em diversos níveis.
O 25 de abril de 1974 permitiu-nos o acesso a coisas
que antes não tínhamos, abriu-nos ao mundo, tal como
as telenovelas brasileiras, que criaram uma abertura de
cabeça às pessoas”.
Helena nunca sentiu discriminação por ser mulher e bo-
nita, embora admita que isso foi “um pau de dois bicos”:
“Abriam-se portas com mais facilidade (como hoje), mas
pensava-se que as mulheres bonitas não tinham talento.
Era o dobro do trabalho para provar que se podia fazer
coisas com seriedade, que se tinha talento e não se estava
nisto só para aparecer.”
Júlia, pelo contrário, entrou neste mundo como modelo.
“Sinto que ser uma cara bonita abre mais portas, mas não
sinto o estigma de que mulher bonita não tem talento.”
Quatro décadas é muito tempo. Com mais de quarenta
anos de palcos, câmaras e ação, Helena cinge-se ao essen-
cial. “Levar as coisas com seriedade” é o conselho que deixa
à jovem Júlia. “Abraçar esta profissão porque se ama a
profissão e não porque se pode tirar dividendos a curto
ou a longo prazo de se ser mais conhecido, de se ganhar
mais dinheiro, de aparecer nas revistas. Tudo isso é efé-
mero, tudo isso é supérfluo.”
Júlia ainda não ama a profissão, mas está a aprender a
fazê-lo. Não se entusiasma muito com as luzes da ribalta,
embora se concentre como uma sénior quando os focos
estão apontados na sua direção. “Sempre fui uma criança
calma, extrovertida e muito faladora”, confidencia.
Para Helena, é também importante aprender: “Fazer tea-
tro, não ficar apenas pela televisão e pelas novelas. Estou
à vontade para o dizer, porque gosto muito de fazer nove-
las, mas também preciso de fazer outras coisas, como teatro
e cinema, que, infelizmente, faço cada vez menos.”
A atriz participou na primeira telenovela portuguesa, ‘Vila
Faia’ (1982), e inaugurou o humor na te-
levisão portuguesa, quando integrava
a equipa de Herman José nos tempos de
‘O Tal Canal’ (1983). “Tive a sorte de ter
sido pioneira em muita coisa em Portugal:
fiz a primeira telenovela e o primeiro pro-
grama que mudou o humor e a televisão,
fiz parte de um grupo que foi a primeira
cooperativa de teatro-revista, o Teatro
Adóque, do qual fui sócia-fundadora...”
As mais-valias
Helena: “É bom sermos polivalentes. Aju-
dou-me saber cantar, sobretudo numa
altura em que estive no Teatro Aberto, na
época muito especializado em musicais. Já
não canto, mas não tenho saudades. Canto
nos concertos do meu filho [o músico Agir,
fruto do casamento com Paulo de Carva-
lho], mas é raro conseguir vê-lo, porque
anda sobretudo em tournée, fora de Lisboa.
Sou suspeita, mas gosto da música dele. Ele tem este ta-
lento de compor vários tipos de música. Até já fez música
para um musical meu, ‘As Encalhadas’, e adaptou-se ao
espírito, num registo que nada tinha a ver com hip-hop.
Também por isso, sou muito fã dele e estou muito
orgulhosa.”
Júlia: “Eu gosto de escrever. Quase todas as noites, escre-
vo alguma coisa nas notas do meu telemóvel, e tenho ca-
dernos onde escrevo. Desde o 5.o
ano que comecei a es-
crever para mim, textinhos, histórias... A partir do 10.o
ano, sempre que tenho tempo, escrevo. Mostro de vez em
quando à minha mãe [a jornalista Ana Cáceres Monteiro,
da LuxWOMAN], e ela gosta. Há pouco tempo, estava a
pensar em como podia conciliar a escrita com a represen-
tação. Adorava a ideia de escrever a minha personagem.
Às vezes, sinto que a minha personagem já devia estar a
tomar outro rumo e eu não posso fazer nada.”
“Sinto que
ter uma cara
bonita abre
mais portas,
mas não sinto
o estigma
de que uma
mulher bonita
não tem
talento!”
Júlia Palha
DEZEMBRO / luxwoman 37
Espelho meu...
Helena Isabel é um dos rostos da Anjelif,
marca de dermocosmética que acredita ter
encontrado o segredo do sucesso na firmeza
que confere à pele. Representa mulheres
fortes, mulheres que admiramos e conquis-
tam pela perseverança, pelo caráter e pela
determinação. Esta escolha de uma marca
de cosmética não é surpeendente.
Helena: “Tenho os cuidados que hoje todas
as mulheres têm. A diferença é que comecei a
tê--los muito cedo. Quando tinha uns
14 anos, a minha mãe disse-me para
começar a usar cremes todos os dias.
Como comecei a trabalhar cedo e
a maquilhar-me, comecei a duplicar
os cremes. Depois, toda a vida fiz
desporto, e isso ajuda muito, e te-
nho cuidado com a alimentação.”
Júlia: “Preocupo-me com a beleza
q.b., não estou obcecada com isso.
Tento ter cuidado com o que como,
vou ao ginásio, até há uns anos
fazia ténis, montei durante anos,
já andei na patinagem, fiz imensos
desportos.”
Por quem os sinos...
Helena: “A minha família é pequena e tenho
de confessar que já gostei mais do Natal do que
gosto hoje, porque infelizmente há pessoas que
já cá não estão para o passar comigo, como os
meuspais.Porém,háaquelamagia,ficosempre
expectante, com aquele friozinho na barriga.”
Júlia:“Passoavésperacomomeupaiesomos
muitos. No dia 25, com a minha mãe e somos
poucos. Acaba por haver um contraste que tem
graça,porqueatalmagiadoNatalnãodesaparece
emnenhumdosconceitos.Éespecial.Omeu
maiordesgostofoi,aos6anos,perceber
queoPaiNatalnãoexistia.Fuiaosótão
eviospresentesatrásdeumarmário.
Fiquei contente no ano a seguir, per-
cebi que podia escolher o que queria.
Nãosoudepedirgrandescoisas,agora
peço sorte nesta carreira.”
Helena: “Nunca peço nada, porque
gosto de surpresas. O meu pedido
é: “Surpreendam-me!” Já me fize-
ram uma surpresa inesquecível.
Quando comemorei 40 anos de
carreira, umas amigas organiza-
ram-me uma festa-surpresa...”
CAPA
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MaquilhagemJoanaMoreiracomprodutosM.A.C.CabelosCristinaPeixoto
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Granvito Rossi, na Stivalli.
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Vestido cai-cai de jacquard
de seda Carolina Herrera.
Botins de pele Zillian.
Brincos de metal Zara.
Colar de prata Aristocrazy.
Anéis de metal Massimo Dutti.
“Tenho todas as
características do
Escorpião. É um signo muito
característico, tudo o que
lhe acontece é intenso:
se ama, ama muito;
se odeia, odeia muito.”
Júlia Palha
“Adoro viajar,
é das coisas
que mais gosto
de fazer!”
Helena Isabel
38 luxwoman / DEZEMBRO
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muitas das peças OYSHO. O veludo destaca-
se pela presença em bodies e pormenores de
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tecidomuitodelicadasqueestãopresentesna
coleção OYSHO junto com as rendas, que por
sua vez são enriquecidas ao serem combina-
dascompormenoresplissadoseestruturas.
O soutien halter é a estrela desta tempora-
da e vê-se cada vez mais por baixo de roupas
transparentes ou decotadas. Os bodies, clara
tendência deste inverno, estão presentes nu-
ma grande variedade de padrões – de alças ou
de manga comprida – e qualidades; opacos
com um look mais de rua, provocadores que
criam um efeito tatuagem, ou mais íntimo
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Cinco novos espaços dedicados à beleza,
para descobrir em Lisboa. Por Anett Bohme
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mudou a sua clínica para um novo espaço,
o edifício do Centro Médico CM2C, no Restelo.
É aqui que aplica agora os seus conhecimentos
sobre o envelhecimento visível e a fisionomia
para ajudar os clientes a obterem uma aparência
melhorada. Para estes poderem visualizar
as alterações pretendidas antes da intervenção,
o médico dispõe de uma nova ferramenta,
o software high-tech Crisalix. Este simulador
tridimensional permite pré-visualizar, através
de fotografias, os resultados possíveis, que
podem ser discutidos entre médico e paciente,
uma questão muito importante quando se trata
de implantes mamários, por exemplo. Avenida
da Torre de Belém, 17, tel. 213 932 823.
3/ Multidimensional
O hairstudio Slash é muito mais do que um
simples cabeleireiro, já que é um espaço mais
direcionado para uma clientela ativa, busy
e criativa. Por isso, há tablets para o uso dos
clientes e uma zona onde podem trabalhar
durante o tempo de pose de uma cor, por
exemplo. Há ainda serviços de maquilhagem,
pela mão de Lola Carvalho, e um estúdio onde
as clientes se podem deixar fotografar para
registar o novo visual. Rua de Dona Estefânia,
87-A, tel. 215 841 697. Corte mulher (inclui
lavagem e produtos), a partir de €34,50.
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Além dos vários tipos de massagem disponíveis,
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faz-nos ficarmos imersos numa cápsula
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, a molécula patenteada Polglumyt®
presente em todos os produtos da gama Anjelif, alia-se a diferentes extratos
estaminais vegetais, atuando na aceleração do metabolismo energético
das células da epiderme. Um verdadeiro revitalizante celular que promove
a “solidez” das células, evitando a perda da firmeza e da elasticidade, o princípio
do aparecimento das rugas.
A Luísa, a Sónia e a Helena. Um segredo comum? A firmeza. Na vida e na pele.
RÍDULAS, PRIMEIRAS RUGAS RUGAS INSTALADAS DENSIDADE, MANCHAS
LIFESTYLE 52
bicicleta
Em duas
RODAS
A Levi’s apresentou a sua linha específica
para andar de bicicleta, a Commuter,
no Velocité Café (velocitecafe.com): calças,
camisas e blusões em que a ergonomia
se alia a pormenores antichuva e refletores,
sempre com o estilo cool da marca.
Levi’s
A bicicleta certa…
Não gosta de andar de bicicleta?
Talvez não tenha encontrado
o modelo certo. Na Build My Bike,
pode personalizar a sua bicicleta
dependendo do tipo de utilização
que lhe vai dar, dos seus hábitos,
do seu estilo de vida… Que tipo
de bicicleta prefere? Clássica,
desportiva, vintage? Passe por
www.buildmybike.pt e escolha a
sua bicicleta perfeita, ou dirija-se
à loja na Rua da Boavista, 146,
em Lisboa. Tel. 912 157 251. De
segunda a sexta-feira, das 10h30
às 19h; sábado, das 12h às 17h.
Lisboa vai ter mais bicicletas
No total, são 1400 as bicicletas que a capital
terá ao seu dispor. Como? A capital vai ter
um sistema público de partilha de bicicletas
que chegará no início de 2016, designado
como Sistema de Bicicletas Públicas
Partilhadas (SBPP). O sistema
de bike sharing é da responsabilidade
da EMEL - Empresa de Mobilidade
e Estacionamento de Lisboa, e prevê
um investimento de cerca de 29 milhões
de euros. O objetivo é instalar as bicicletas
em 140 postos estratégicos da cidade
(pontos de recolha), promovendo,
assim, a mobilidade em bicicleta
como meio de transporte. A empresa
será responsável pela gestão do sistema,
em termos da sua manutenção
e da logística operacional.
Há cada vez mais
pessoas a optarem
pela bicicleta
em detrimento do
carro no percurso
para o trabalho.
Conheça as
novidades do
setor que substitui
o automóvel.
Por Leonor Antolin Teixeira
Um guia para todos
Estava farta dos guias turísticos para percursos de carro?
Agora, se anda de bicicleta ou a pé, vai poder ter um guia só para si!
A Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal lançou
recentemente o guia ‘Ciclovias, Ecopistas e Ecovias’, com 82 circuitos
e mais de 520 quilómetros, espalhados por 49 municípios. Gratuito
e disponível em toda a rede de lojas e plataformas digitais
do Turismo do Porto e Norte, o novo guia abrange, na sua maioria,
percursos inseridos em ambientes naturais, o que tornará
o seu passeio muito mais agradável. portoenorte.pt.
Para ler:
‘Bicicleta à Chuva’, um livro
de Margarida Fonseca
Santos sobre bullying,
coragem e amizade,
em que uma bicicleta muda
a vida de dois rapazes,
Jaime e Joaquim.
Coleção A Escolha É Minha,
da Booksmile, €8,79.
ATITUDE 54
do mês
Esta é uma das alturas mais
esperadas do ano. Tudo
parece ter um sabor especial
e a expectativa e o entusiasmo
que se sentem no ar até fazem
esquecer o frio. Comece já
a pôr tudo a postos para que
a quadra festiva a encontre
forte, organizada, bem-disposta
e, claro, linda de morrer.
Por Ana Cáceres Monteiro
2A view to a kill
Uma maquilhagem bem conseguida
tem o condão de esculpir o rosto com
jogos de sombras e de luz. É possível afinar
um nariz, levantar as maçãs do rosto
ou até alterar a estrutura da
cara de quadrado para oval.
Se pretende um look sofis-
ticado, para a passagem de
ano, remate com vermelho,
a cor da paixão. Uma opção
perfeita será a coleção Rouge
Noir Absolument, da Chanel,
criada especialmente para este
Natal. Verniz, €23,50, e bâton
Rouge Allure, €32.
festas
PARA AS
PREPARE-SE
1Organize-se
Avizinha-se um novo ano e ser organizada
é fundamental, porque demonstra que é
responsável, cumpre as suas tarefas e se preo-
cupa com tudo aquilo em que está envolvida
e com os outros. A Dream Planner não é só
mais uma agenda. É uma ferramenta prática
para a ajudar a tirar o melhor proveito de
2016, que lhe vai mostrar diariamente o que
é mais importante para si. Está dividida em
três áreas para que possa começar por onde
achar melhor. O primeiro bloco vai orientá-la
a aumentar a consciência que tem de si mes-
ma, o seu nível de satisfação, os seus pontos
fortes e as suas resoluções. No segundo bloco,
é você quem escolhe quais são as resoluções
às quais se vai dedicar. Na terceira parte da
agenda, pode planear passar à ação, trazendo
essa planificação para a sua realidade e fa-
zendo tudo acontecer. Este planeamento
é acompanhado de uma revisão semanal.
À venda no site dreamplanner.pt, €18.
Mango
3Arrase!
Os brasileiros dizem que “quem
gosta de beleza interior é decorador”.
Não terão alguma razão? Para estar linda
nas festas e tirar o melhor partido do seu
rosto e cabelo, ou do das suas filhas, pro-
pomos-lhe dois livros: ‘Tranças e Apa-
nhados’, de Alice Peuple, e ‘O ABC da
Maquilhagem – 58 Lições Indispensá-
veis’, ambos da Editorial Presença e
ilustrados com fotografias, com todos
os procedimentos em ‘passo a passo’. O
primeiro permite aprender a fazer todo
o tipo de tranças e apanhados ao cabelo.
São 30 penteados originais para fazer
em casa e imensas ideias para, com ou
sem acessórios, ficar com um cabelo espe-
tacular. O segundo oferece 128 páginas de
lições de beleza, das mais acessíveis às mais
sofisticadas, para se maquilhar como uma
profissional. €10,71 e €11,90.
4Ofereça
um relógio
singular
A convite da Swatch e por oca-
sião da 56.ª Exposição Interna-
cional de Arte –Bienal de Veneza,
Joana Vasconcelos criou a des-
lumbrante e arrebatadora ins-
talação Giardino dell’Eden. A
parceria entre a artista e a marca
expandiu-se depois ao relógio Lookseasy,
uma edição limitada Swatch Art Special.
Um hino à elegância intemporal e um tri-
buto à perícia artesanal, e o primeiro Art
Special de sempre a incluir elementos feitos
à mão. Para este projeto, Joana Vascon-
celos trabalhou de perto com artesãos do
norte de Portugal, especialistas na antiga
técnica da filigrana. Seguindo o desenho
original da artista, os artesãos criaram
manualmente cada mostrador dourado de
cada relógio desta edição limitada a 999
peças. O número da edição surge tanto no
relógio como na embalagem espe-
cial. €265.
6Fortaleça
o organismo
Devido às diferenças de tem-
peratura, as mudanças de estação
são um período crítico, sendo co-
mum o aparecimento de problemas
respiratórios. Para manter a imu-
nidade do organismo equilibrada,
com as defesas naturais ativas, en-
contramos na natureza duas res-
postas eficazes: a equinácea e a ace-
rola. Os benefícios naturais destas
duas plantas medicinais podem ser
conseguidos através
das Arkocápsulas,
à venda em
farmácias e
parafarmá-
cias num pa-
cote promocional
por €13: na com-
pra de uma emba-
lagem de equiná-
cea, a embalagem
de acerola é oferta.
Party trends!
A Mango recupera o mítico estilo
do Studio 54 com a sua nova
coleção de festa. As criações
da marca têm como fio condutor
a cor preta e formam looks
perfeitos para uma noite
acompanhada de música
e espírito disco. O glam dos anos
70 apresenta-se na forma de
lantejoulas e tecidos metalizados.
Os bodies representam a nova
proposta e são as silhuetas ideais
para gozar uma autêntica noite
no Studio 54 até ao amanhecer.
DEZEMBRO / luxwoman 55
56 luxwoman / DEZEMBRO56 luxwo
7Acabe 2015 em
beleza e comece
2016 em grande
‘Acabe 2015 em grande’ e ‘Comece 2016
em grande’ são as duas propostas da cam-
panha da Top Atlântico que convida à
descoberta de destinos de passagem de ano
como a Madeira, o Brasil e Cabo Verde, e
de destinos de sonho para o início de 2016
como as Maldivas e a ilha Maurícia. A
oferta inclui, entre muitas outras, propos-
tas de réveillon com preços desde €126
(hotel e cruzeiro no Douro) a €779 por
pessoa (sete noites em hotel de três estre-
las, em regime de alojamento e pequeno
-almoço, na ilha do Sal), para reservas até
31 de dezembro. topatlantico.pt
9Um Natal
diferente
Adora juntar a família e
os amigos mas não gosta de
cozinhar e muito menos de
ficar com a casa num
caos? Quer ter um Natal
de sonho num cenário
de conto de fadas? A
nova Pousada de Lis-
boa, situada em ple-
na Praça do Comér-
cio, abre as portas do
seu imponente Salão
Nobre, permitindo-
-lhe celebrar nesse
local mágico a con-
soada ou o almoço de
dia 25 de dezembro.
Uma ideia original e ul-
trachique de aproveitar
esta quadra num espaço
histórico com um ambiente sofisticado,
que pode ser a sua sala de estar por um
dia. Pode convidar até 30 pessoas, esco-
lher a decoração pretendida e deliciar-se
com as propostas gastronómicas do pre-
miado chef Tiago Bonito. O Salão Nobre
da nova Pousada de Lisboa manteve-se
praticamente fiel à sua configuração ori-
ginal, deslumbrando quem o visita pelo
seu luxuoso teto, cuidadosamente restau-
rado e adornado com folha de ouro, e pelo
seu esplendoroso candelabro. Preço por
pessoa: €77 (bebidas incluídas).
Mais informações:
tels. 808 252 252 e 218 442 001.
10Quantas bolhas
tem o champagne?
As suficientes para a fazerem
querer celebrar com mais vontade, mas
com moderação, porque esta é uma bebida
com fama de ‘subir à cabeça’. A Bollinger,
prestigiada casa de champagne, preparou
uma edição especial para assinalar o lan-
çamento do último filme de James Bond,
‘007 Spectre’. Este é já o 14.º filme da saga
em que a marca está presente. Em Portu-
gal, há apenas 120 exemplares. A par do
Bollinger Spectre Limited Edition, a marca
preparou ainda um conjunto ultralimitado
dirigido a colecionadores. Trata-se do
Bollinger Spectre Crystal Set, que inclui
uma garrafa em formato magnum de
Bollinger R.D. 1988, uma colheita que
estava guardada nas caves do produtor, e
uma cristaleira alusiva a um polvo, com
assinatura da Saint-Louis Crystalworks.
Apenas foram produzidos 307 exemplares
em todo o mundo, e os preços podem
atingir os €7000.
ATITUDE
Beleza natural
A Oriflame sugere-lhe uma nova
fórmula com mel biológico e cera
de abelha natural que promete proteger
e hidratar a pele nos dias frios.
Ideal para suavizar e amaciar
a pele seca ou áspera,
a Geleia Real Tender Care
ajuda a criar uma barreira
de proteção da pele, deixando
uma sensação natural
de suavidade e um maravilhoso
aroma a mel. Por ser suavizante,
proporciona conforto e acalma
a pele irritada. Por ser hidratante,
hidrata e suaviza os lábios
e a pele seca. €14.
NO MASCULINO 58
pedro rolo duarte
pedro.roloduarte@gmail.com
Se o Natal é o tempo das melhores intenções, das boas práticas, do
pensamento solidário, cabe aqui uma reflexão um pouco mais dis-
tante, e mais pausada, sobre um dos casos que abalaram este 2015:
a aldrabice que se descobriu sobre a Volkswagen, e a forma como,
durante anos, boa parte dos automóveis saídos das fábricas do grupo
eram modificados por forma a ‘portarem-se bem’ nos testes sobre
a poluição que os escapes emitiam, e depois serem tranquilamente
poluidores quando conduzidos pelos compradores comuns nas ruas
das cidades europeias, norte-americanas, asiáticas.
Não houve quem não falasse do caso e condenasse o presidente da
companhia, que rapidamente se demitiu (recebendo, escandalosa-
mente, uma choruda pensão). Certíssimo. Em Portugal, a empresa
publicou um anúncio na imprensa que primava pela dignidade e
pela seriedade: “Quebrámos a peça mais importante dos nossos
automóveis: a sua confiança.” E depois deste título, um texto dis-
creto, sem desculpas nem floreados, com as palavras certas para
remediar o irremediável. O melhor que podiam fazer no meio de
tamanho escândalo.
Porém, há um lado mais humano, mais pequeno, e talvez por isso
mais sinistro, que ficou a pairar sobre a minha cabeça. De forma
simples: para que uma aldrabice, que fez com que milhões de carros
poluíssem o nosso ar mais do que seria concebível (por Governos já
de si permissivos…), durante anos a fio, havia que envolver na mes-
cambilha um generoso número de profissionais. Engenheiros, qua-
dros técnicos, gestores, directores de marca, directores de vendas,
profissionais ligados à construção dos motores, às fábricas, aos aca-
bamentos, no limite até mesmo ao design que permitia acomodar
os motores dos carros no seu espaço vital. Sem querer exagerar,
é razoável admitir que, na cadeia hierárquica que leva à produção de
um automóvel, terá havido dezenas de pessoas que sabiam que, em
nome da ganância, se manipulavam carros cuja emissão de poluentes
na atmosfera seria muito superior ao desejável para as presentes e
futuras gerações de seres humanos a viver à face da Terra.
E é aqui que eu começo a sentir algumas náuseas. Estamos a falar
de profissionais que são certamente pais, ou mesmo avós; que
vivem na Terra e respiram o mesmo ar que todos nós; que deixa-
ram de deitar papéis para o chão, ou começaram a separar o lixo,
em nome das ameaças que fomos percebendo que se abatem sobre
o planeta onde vivemos… Neste quadro, pergunto-me: quem, em
consciência, e em nome do lucro, descarta o ambiente que o seu
filho ou neto vai respirar? Quem, na posse das suas plenas faculda-
des, é capaz de aldrabar meio mundo para obter, a troco da violação
de leis razoáveis, um motor mais barato, ou mais potente, e espalhar
essa aldrabice? A nenhuma daquelas pessoas revoltava uma mani-
gância que, no limite, podia matar os seus filhos e netos?
Foi nesta última pergunta que me fixei. E é nela que penso quando
chegamos a mais um Natal, a mais um tempo de boas práticas
e melhores intenções, a mais um tempo que convoca o cuidado e a
atenção para com o nosso semelhante, e nos encaminha para
balanços e perspectivas. Na verdade, fala-se demasiado da marca
de automóveis – mas é bom não esquecer que a marca não existe a
não ser nos painéis dos mercados de capitais. Por trás daquele sím-
bolo, e daquele escândalo, estão pessoas. Que magicaram um crime.
E o praticaram. Sem qualquer espécie de vergonha ou pudor.
Não imagino quantas outras aldrabices se praticam por esse mundo
fora em nome do lucro e do dinheiro – mas sei que esta, para mais
vinda desse país ‘exemplar’, que sempre quer ser a Alemanha, en-
tristece o meu Natal e os desejos de renovação e de redenção que
não deixo de pedir para o ano que se segue. Pior: impede-me de
chegar a este momento do ano e pensar que, no fundo, no fundo,
não somos tão maus quanto nos pintamos uns aos outros.
Se calhar, não somos. Mas por cada escândalo Volkswagen que se
revela, há uma espécie de prédio enorme de esperança e boa vontade
que se desmorona.
Não queria escrever uma crónica triste no Natal – mas saber que há
gente que não se importa de deixar os próprios filhos a respirar um
ar menos puro só para garantir lucros, objectivos, dinheiro, não me
dá margem de manobra para uma época puramente doce. Desta vez,
há um amargo de boca. Pode ser que um sonho da minha pastelaria
preferida, ou um coscorão, consiga apaziguar-me. Bem preciso.
Natal é quando o homem… deixar
Nota:Porvontadedoautor,estetextonãosegueasregrasdonovoacordoortográfico.
A nenhuma daquelas pessoas
revoltava uma manigância que, no limite,
podia matar os seus filhos e netos?”
lazer
JOIAS
em exposiçãoIMPERDÍVEL
De 2 a 13 de dezembro, a Boutique Cartier,
em Lisboa, vai apresentar a exposição ‘Dia-
mantes Cartier: Estilo e História’, mostran-
do 30 peças icónicas da marca, desde uma
tiara Art Déco do início do século XX até às
reproduções de animais incrustados de dia-
mantes. Estas peças fazem parte da Coleção
Cartier, um projeto que ganhou nome em
1983 mas foi iniciado em 1970 com o intui-
to de reunir e conservar peças-chave da
produção da casa francesa: as joias, os re-
lógios, as peças decorativas… Hoje, a Cole-
ção Cartier é composta por mais de 1500
produções realizadas entre 1860 e 1999,
e continua a crescer. O que vamos ver em
Lisboa é só uma amostra… mas uma amos-
tra muito boa. C.M.
pág. 62 o que fazer
Ir ao Congresso do Bombo, aos concertos
dos The Gift e ao cinema ver ‘Moby Dick’.
pág. 76 Matt Preston
O jurado do ‘Master Chef Australia’
quer jantar com Cristiano Ronaldo!
DavidKoskas
dezembro
LAZER 62
CINEMA
‘DOWNTON ABBEY’ O fim
“Ainda bem que terminou”, disse Maggie Smith. “Com os anos que
passaram desde o início de ‘Downton Abbey’, a minha personagem já
deveria ter uns 110 anos.” Talvez não fosse tanto, mas a verdade é que
muito passou desde que, há seis anos, ‘Downton Abbey’, uma humilde
série de época britânica da ITV, se tornou um inesperado fenómeno
internacional. Há seis anos, ‘Downton Abbey’ começou com um nau-
frágio do Titanic. Depois, deu o golpe de misericórdia na tradição vito-
riana, sobreviveu à Primeira Grande Guerra, fechou a belle époque e
avançou estrada fora em direção aos roaring twenties, abrindo espa-
ço às revoluções sociais e aos direitos sexuais. Com o passar dos
anos, ‘Downton Abbey’ (série e família) perdeu nobreza e grandeza.
Por isso, é grande a curiosidade em saber como e onde tudo irá termi-
nar. Spoilers para a derradeira temporada? Tom regressa da América,
Robert pensa reduzir o seu staff, haverá pelo menos um funeral e dois
casamentos, e a cozinha de Mrs. Patmore recebe o seu primeiro frigo-
rífico. O tempo muda. Às terças-feiras na Fox Life.
KATE WINSLET
É A MODISTA
Os críticos dizem que é uma
espécie de “comédia de vingança”.
Nos anos 50, Tilly Dunnage
(Kate Winslet) regressa à sua
terra natal na Austrália depois
de ter sido proscrita pela
comunidade local, que a acusou
de homicídio. Os longos anos
de desterro levaram-na ao mundo
da moda: Londres, Paris, Milão.
Agora regressa com estilo,
substância e capacidade de
usar a moda como uma arma
silenciosa, não apenas para
o corte e a costura. ‘A Modista’
não vem apenas para ver
como andam as modas.
Estreia a 3 de dezembro.
O MEU FILHO É LOLO
A quarentona parisiense Violette (Julie Delpy) vai
de férias sem compromissos e regressa encantada:
encontrou um Jean-René (Dany Boon) que, apesar de
ser técnico informático, pode vir a ter algum potencial.
Jean-René acredita que sim e segue-a até Paris, onde
está a vida dela e também uma peste chamada Lolo
(Vincent Lacoste), o filho de 19 anos de Violette, que
promete tornar num inferno a vida de Jean-René. ‘Lolo’
é a nova comédia realizada pela atriz Julie Delpy e pôde
ser visto na Festa do Cinema Francês este outubro.
Estreia a 17 de dezembro.
DEZEMBRO / luxwoman 63
O QUE FAZER EM
Por Miguel Somsen
BEM-VINDOS
À JUVENTUDE
Um compositor reformado
(Michael Caine) é enviado pela filha
(Rachel Weisz) para uma estância de
saúde onde faz tratamentos ao mesmo
tempo outro veterano (Harvey Keitel)
que o obriga a olhar para trás na vida,
em direção à sua juventude. Está feita
a aproximação do mais recente filme
do italiano Paolo Sorrentino, um
realizador cuja perspetiva desencantada
do mundo resulta quase sempre em
estimulante cinema para gente grande.
‘A Juventude’ estreou em Cannes
em 2015 e chega às nossas salas sem
ter envelhecido um único minuto.
É nisto que nos queremos tornar
quando formos grandes?
Estreia a 3 de dezembro
No coração de Moby Dick
O que aconteceu a bordo do Essex em novembro de 1820 ninguém sabe ao certo,
mas leu-se a história contada por um dos oito sobreviventes, cuja narrativa mais tarde viria
a dar origem a ‘Moby Dick’, de Herman Melville. O barco com vinte tripulantes foi atacado
por uma baleia no Pacífico Sul, deixando os marinheiros à deriva em pequenos barcos
durante dias, semanas, meses. Quanto dessa grotesca realidade sobreviverá no novo filme
de Ron Howard? É uma das razões por que queremos ver ‘No Coração do Mar’ com os pés
bem firmes em terra. Estreia a 10 de dezembro.
dezembro
64 luxwoman / DEZEMBRO
LAZER
Três amigos passam a véspera de Natal juntos desde a morte dos
pais de um deles, precisamente numa véspera de Natal. É assim
há 14 anos. Para fazer esquecer um pouco a memória da perda, os
três amigos (Seth Rogen, Joseph Gordon Levitt e Anthony Mackie)
mantêm o ritual de pintar a manta na véspera de Natal, mas,
em 14 anos, muito mudou: os três homens constituíram família
e as prioridades mudaram. Portanto, a decisão está tomada:
acabar com a tradição de véspera de Natal com amigos, mas
acabar em grande, com uma última noitada, talvez a mãe de
todas as consoadas. Estreia a 3 de dezembro.
Tina Fey e Amy Poehler. Amy Poehler e Tina Fey.
Tina Fey e Tina Fey. Amy Poehler e Amy Poehler.
Não ficam por aqui as combinações possíveis para
esta dupla-maravilha que já apresentou três Golden
Globes e que chegou a ser avançada como provável
dupla de hosts para os Óscares de 2016 (entretanto,
a escolha recaiu em Chris Rock). Tina Fey e Amy
Poehler fizeram o seu primeiro filme juntas em 2008
(‘Baby Mama’) e regressam ao lugar do crime como
duas irmãs improváveis que decidem organizar uma
derradeira festa de arromba antes de os seus pais
venderem a casa de família.
‘Só Podiam Ser Irmãs’ estreia a 24 de dezembro.
JÁ FEZ A SUA RESERVA PARA O ‘HOTEL TRANSYLVANIA’?
O Hotel Transylvania foi construído
para receber todo o género de figuras
marginais e fantasmagóricas,
preferivelmente zombies e vampiros,
mas tudo mudou na gestão daquela
‘unidade hoteleira’ quando o primeiro
hóspede humano decidiu fazer check
in nas instalações do Conde Drácula.
Agora, uns anos depois do primeiro
filme, ‘Hotel Transylvania 2’ tem um
novo dilema a enfrentar: o neto de
Drácula, criança metade humana e
metade vampiro, não convence como
vampiro. Por isso, é preciso dar-lhe
um tratamento especial,
preferivelmente longe da Transilvânia.
Atenção à entrada em cena de um tal
Mel Brooks. Estreia a 10 de dezembro.
Girls
Boys
DEZEMBRO / luxwoman 65
O que mudou para os The Gift nestes
20 anos?
Muita coisa. Acho que soubemos
amadurecer, mas, apesar de tudo,
continuamos os mesmos, sempre
com vontade de fazer mais e melhor.
Como foram pensados os espetáculos
de celebração? Quem consideram
importante ter ao vosso lado e a
aplaudir-vos nesta data redonda?
Foram pensados a partir dos fãs e de
todas as pessoas que nos acompanham
e nos acompanharam neste longo
caminho. Queremos mimá-los com dois
espetáculos inesquecíveis, para lhes
agradecer tudo o que fazem por nós.
Vão lançar um disco com os temas que
mais marcaram a vossa carreira e um
livro que faz o balanço do vosso
percurso. Como foram escolhidos
esses conteúdos?
Escolhemos as canções mais
emblemáticas, mas também algumas
menos conhecidas que representam
muito para os nossos fãs.
Que projetos têm para o futuro
imediato?
Para já, estamos cem por cento focados
nestes concertos e em tudo o que
acompanhará esta celebração.
São muitas as novidades que temos
para dar, que a seu tempo revelaremos.
Posso dizer que quem quiser pode ficar
a conhecer toda a história dos The Gift
de fio a pavio.
E a longo prazo?
A longo prazo, certamente pensaremos
num novo disco e numa nova etapa.
Chegaremos a comemorar os 40 anos
dos The Gift?
Espero que sim. Estamos com força
para isso. Pelo menos, por enquanto.
Os espetáculos terão lugar
no Pavilhão Multiusos de Guimarães
e no MEO Arena, e os bilhetes
custam entre €17 e €40 na cidade-berço
e entre €22 e €45 na capital.
A.C.M.
ANGEL DERADOORIAN
NO MARIA MATOS
Dizem que é uma das vozes
de 2015. Que encantou Bjork
e Vampire Weekend com apenas
um disco. Que cantou numa série
de temas do último álbum de
Brandon Flowers, dos The Killers.
Dizem que foi formada para a
música aos 5 anos, com influência
dos pais, artistas nova-iorquinos.
Dizem que quem a ouve já não a
larga. Que já era assim quando ela
fazia parte dos Dirty Projectors,
banda de Brooklyn que largou há
três anos. Dizem que vai arrasar
o Teatro Maria Matos, em Lisboa,
que os bilhetes vão esgotar,
que devíamos despachar-nos.
Pode não ser verdade, mas eles
dizem que sim, que é verdade, que
convém não deixar para a última
o que deve estar em primeiro.
Teatro Maria Matos
24 de novembro, 22h
Bilhetes entre €7 e €14.
The Gift
COMEMORAM
20 ANOS DE CARREIRA
NO DIA 12 DE DEZEMBRO EM GUIMARÃES E
NO DIA 19 EM LISBOA, OS THE GIFT DARÃO
DOIS CONCERTOS COMEMORATIVOS DE DUAS
DÉCADAS DE ATUAÇÕES. PARA ASSINALAR
A EFEMÉRIDE, A BANDA DE SÓNIA TAVARES
APRESENTA AINDA UMA COLETÂNEA
COM AS CANÇÕES QUE MAIS MARCARAM
A SUA CARREIRA E UM LIVRO QUE CONTA
“SEM QUALQUER TIPO DE CENSURA” TUDO
O QUE VIVERAM E SENTIRAM ATÉ AGORA.
PALCOS
66 luxwoman / DEZEMBRO
ESTE NATAL
‘UMA FAMÍLIA É UMA FAMÍLIA É UMA FAMÍLIA’
“Uma rosa é uma rosa é uma
rosa”, dizia Gertrude Stein.
Uma família é uma família,
dizem Eugénio Roda e Joana
Providência, autores do desafio
lançado pelo Teatro Maria Matos
no segundo fim de semana
de dezembro, com Natal à porta.
“Afinal o que é uma família?
Em que bolso da família cabem
os amigos? E as árvores têm
família? E uma família de
números quantos são à mesa?
E de que cor é a lã da ovelha
negra da família? E o miar do
gato soa familiar? Cada família
tem uma história para contar.
E cada história tem uma família
de histórias por descobrir. É
o que vai acontecer já a seguir.”
O texto é de Eugénio Roda, a
encenação de Joana Providência,
a matéria familiar será a nossa.
Teatro Maria Matos
11, 12 e 13 de dezembro
Bilhetes a €3 (criança)
e €7 (adulto).
Conte-nos tudo sobre a pornografia
desta sua nova peça e o humanismo
que ela esconde ou revela.
É um espetáculo que cruza histórias de
santos populares com outras de estrelas
porno. Uma mistura explosiva sobre
a nossa relação com as imagens,
sejam elas santas ou porno. Sobre
a necessidade de termos ícones,
estímulos, apegos. De como esses
consolos ficcionados nos servem
de apoio. Também é sobre aquilo
que existe para lá da nossa relação
com essas imagens: quem são esses
santos e esses pecadores? Que vida
teve António para ser santo? Porque
é que uma ex-estrela porno não pode ter
uma vida ‘normal’ depois da carreira?
É aí que encontramos realidades bem
mais interessantes, nesse momento
em que as imagens têm vida privada.
A iconografia pop continua a marcá-lo:
Veronica Lake, Cândida Branca Flor,
António Variações. Este é um trabalho
mais abrangente ou também foi
inspirado por um caso particular?
Puxou-me toda a imagética pop dos
santos populares e das estrelas porno,
mas sobretudo inspiraram-me as
histórias. Toda uma caixa do mal
contra o bem, com 1001 personagens.
Tem sido uma viagem imensa
(há mais de mil santos e estrelas
porno, pois então...).
Há quantos anos não fazia estes solos
em palco? O que mudou em si nestes
anos?
O meu último solo foi há uns anos...
Sobre a Veronica Lake, uma bela
e trágica atriz de Hollywood. A seguir,
encenei e escrevi uma nova versão
de ‘Os Pássaros’, mas aí não entrava
como ator. Continuo igual.
Fazer uma peça destas a solo é uma
boa forma de tratar a solidão por tu?
Escrever, encenar, cenografar
e interpretar um solo é muito doloroso.
Não há nada glamoroso na criação,
ao contrário do que as pessoas pensam.
Dá-se cabo da vista e das costas,
no computador. Ensaia-se sozinho.
Fica-se impossível de aturar, porque
tem de se estar em todo o lado
ao mesmo tempo. No final, é muito
recompensador. Não sei se tudo isso
é solitário. É apenas mais exigente
e cansativo.
Quando o artista tem de fazer
trabalhos menos artísticos para
sobreviver, a arte desaparece?
A arte nunca desaparece. Só não paga
contas. Pelo menos, a mim. Ainda.
‘Santos e Pecadores’
Espaço Rua das Gaivotas, 6, Lisboa.
Espetáculos de 14 a 19 dezembro
Bilhetes a €7.
LAZER
André Murraças
Santo ou pecador?
O regresso polissémico de André Murraças
aos espetáculos a solo é a melhor
das desculpas para tentar perceber
se o sucesso de um artista é obra
do diabo ou prova da existência de Deus.
JoanaProvidencia
68 luxwoman / DEZEMBRO
LAZER
Conte-nos tudo sobre este
concerto de Natal em Sintra.
Vai ser exclusivamente Natal
ou recupera reportório
dos seus discos a solo?
Vai ter uma toada forte
de Natal, sim, com canções
mais diretamente ligadas
à quadra e convidados
especiais. É também
a apresentação do disco
que lancei este ano, ‘Segundo’,
de onde acabei de extrair
o single ‘Fado do Fim
do Mundo’. Além da
celebração, através do
intimismo vou tentar criar
aquela magia dos momentos
de paz a que esta época
normalmente se associa.
Apesar de termos grandes
artistas em Portugal,
não temos uma grande
produção de música
de Natal no nosso país.
Temos vergonha do Natal e
vivemos tudo às escondidas?
Já começa a inverter-se essa
situação, ligada ao preconceito
que aponta o Natal meramente
como época consumista e de
hipocrisias. Muitos dos temas
relacionados com o Natal,
desde há muito, eram temas
cinzentos, tristes, quase a
pedirem desculpa por falarem
de Natal. É claro que há uma
componente ilusória no Natal,
mas felizmente que apareceu
uma série de temas de Natal
com energia positiva e
otimismo, quer assumidos por
estações de rádio e televisão
quer pelos próprios artistas
em lançamentos comerciais
ou independentes, até nas
redes sociais.
Este processo de muitas
vezes criar em
contraciclo (ou lançar
vinil quando toda
a gente consome mp3)
tem a ver com
necessidade sistemática
de se renovar?
É uma espécie de regresso
ao futuro, uma atitude
assumidamente conservadora,
saltando para a frente. O vinil
é um formato em crescimento,
junto da gente jovem e para
quem gosta realmente de ouvir
música. De ouvir música
sem ser só no computador
ou nos headphones, de onde
não tiramos todo o partido
das gravações que os artistas,
de modo tão cuidado, criam
em estúdio. Para ouvirmos
álbuns, obras em vez de
playlists, para apreciarmos
o artwork das capas em vez
dos insignificantes thumbnails.
Acho saudável recuperarmos
coisas do passado,
especialmente se nada no
presente estiver à sua altura.
O Natal não é apenas quando
um homem quiser mas
principalmente quando nasce
uma criança. O nascimento
da sua menina Glória em
outubro muda a perspetiva
das coisas este ano? Isso vai
refletir-se neste concerto?
Sim, já faltava um baby Jesus
para a noite de Natal em
família. Será certamente uma
noite muito feliz, até porque as
crianças, tal como o Natal,
aligeiram-nos o peso das
costas, com o qual vivemos
diariamente. O concerto
celebrará o Natal, que é a
palavra para nascimento, para
crentes ou não crentes. Logo,
a omnipresença da Glória
far-se-á sentir em palco...
Sei que és acima de tudo um
melómano. Quais os discos
de 2015 que mais gostou
de ouvir e nos pode
recomendar?
Os álbuns de que mais gostei
este ano foram discos de
canções, como há algum
tempo já não se ouviam, se
calhar voltando atrás, muito
atrás, mas reinventando
palavras e melodias da música
popular. Destaco alguns dos
que mais ouvi: o ‘Goon’, do
Tobias Jesso Jr, o ‘Fading
Frontier’, dos Deerhunter,
‘Saturns Pattern’, do Paul
Weller, ‘Fresh Blood’, do
Matthew E. White, e a versão
do ‘1978’ (de Taylor Swift) por
Ryan Adams.
‘O Natal segundo
Miguel Ângelo’
Centro Cultural
Olga Cadaval
5 de dezembro, 21h30
Bilhetes a €12 e €15.
O Natal segundo Miguel Ângelo
Real Bodies
O CORPO HUMANO
É UM REALITY SHOW
Somos todos diferentes
mas todos iguais, somos
todos comuns pela
vida que partilhamos e
particulares pelo corpo
que temos. Somos
determinados pela
forma como o usamos,
abusamos e esgotamos,
pelos desafios que lhe
lançamos, pelos limites
que nele testamos, pela
preguiça que detestamos.
Somos humanos,
temos um corpo que nos
identifica, um corpo que
é feito de pele e sangue,
que se alimenta
de energia, movimento
e circulação, mas que
também sobrevive ao
desconhecimento. É essa
inconsciência que agora é
colocada à prova em Real
Bodies, “a maior e mais
completa exposição de
órgãos e corpos humanos
reais a passar por
Portugal”, patente em
dez galerias de uma área
de 1700 m2 na Cordoaria
Nacional, em Belém.
Leve o seu corpo
e descubra a alma
que existe nele.
Cordoaria Nacional,
em Belém
Todos os dias
das 10h às 20h.
Bilhetes entre €11,50
(crianças) e €15,50
(adultos).
Pack família, €39,50.
A poucos dias do concerto de Miguel Ângelo no Centro Cultural
Olga Cadaval, em Sintra, fomos falar com o ex-Delfim sobre o
segundo álbum, a sua nova paternidade e o eterno espírito de Natal.
70 luxwoman / DEZEMBRO
LAZER
Porquê um Congresso
do Bombo e porquê
agora?
Com o surgimento do Tocá
Rufar em 1996, espoletou-
-se um movimento que
trouxe o bombo tradicional
português para a ribalta.
Não se imaginava
a dimensão que esse
movimento iria ter.
Foi tudo muito rápido e
espontâneo. O Congresso
do Bombo surge de um
impulso de desaceleração:
parar, pensar sobre o
que se fez, voltar a olhar
para a origem (os grupos
de bombos tradicionais)
e pensar o futuro com
mais entendimento.
Qual é o ambiente atual
face à música tradicional?
Ainda há preconceitos?
Acreditamos que é
necessário criar (talvez
forçar) contextos que
promovam a audição
e a vivência quotidiana
das artes tradicionais. Isso
pode e deve fazer-se no
âmbito escolar, vocacional
e/ou profissional, mas
também, e com igual
empenho, em âmbito
amador e recreativo.
Dificilmente alguém
vai hastear uma cultura
que lhe está distante.
Um dos pontos do
congresso é debater
“a integração das
expressões culturais
tradicionais nos sistemas
educativo.”E “formas
inovadoras de ensino
inspiradas na cultura
tradicional”. Como é
que isto pode ser feito?
Tem de se desenhar
um projeto educativo
bem fundamentado,
responsável e inovador,
que alie um profundo
A Pôpa Fiction
BY MÁRIO BELÉM
Mário Belém é um dos artistas mais
estimulantes da sua geração, mas não
gosta muito de dar nas vistas. O trabalho
fala por ele: a escadaria da Pensão Amor,
o Mural do Desassossego na LX Factory
e a mais recente Aparatosa Envolvência
Botânica na parede sul da Gin Lovers
Príncipe Real desde outubro. Este Natal, a
arte de Mário Belém pode chegar também
a nossas casas, uma vez que ele foi o autor
dos três rótulos da coleção Pôpa Fiction,
da dupla de produtores durienses
Stéphane e Vanessa Ferreira. The Grape
Escape, In the Flesh e Hot Lips resumem-se
como uma provocação de cinema e arte
pop em três tintos DOC de eleição da
Quinta do Pôpa. Edição limitada a 2550
garrafas com o preço de €29. Beba o
vinho, guarde as garrafas, aprecie a arte.
NATAL
TERRA LUSA
Este Natal, a coleção da Terra Lusa
apresenta duas propostas de miniguarda-
-chuvas e ecossacos inspirados na
azulejaria ponta de diamante, um modelo
maneirista de origem andaluza que se
desenvolveu em Portugal no século XVII.
É essa a vantagem do clássico: nunca passa
de moda. Mais em www.terra-lusa.com
Nos dias 28 e 29 de novembro, realiza-se
o 1.º Congresso do Bombo, na Aula
Magna, em Lisboa. Falámos com Maria
Ceia, diretora artística da Tocá Rufar, que
organiza o evento e nos explica porque é
que um dos palestrantes é o economista
Augusto Mateus. Por Carla Macedo
conhecimento das artes
tradicionais à vanguarda
dos métodos educativos
do ensino artístico.
Isso consegue-se com
paixão, criatividade
e muito trabalho.
É uma obra de equipa,
porque há muitos saberes
envolvidos. Depois disto,
não poderá ser muito
difícil convencer os
órgãos de decisão de
que a ideia vale a pena.
Ter o economista
Augusto Mateus num
congresso sobre um
instrumento como
o bombo é curioso. Qual
é a ideia deste painel?
Quando lemos as palavras
que escreveu, tivemos
a certeza de que torcíamos
pela mesma equipa:
“O futuro das economias
europeias, bem como
da economia portuguesa,
depende decisivamente
da respetiva capacidade
em colocar a cultura,
a criatividade
e o conhecimento
no centro das atividades
económicas.” E se isto
for verdade também
para o bombo e a sua
cultura? É uma hipótese
ambiciosa.
Há aqui também um
conceito daquilo que pode
ser o País. A sua ideia é
pôr Portugal inteiro a
tocar bombo?
O bombo é um instrumento
para ser tocado por um
povo inteiro e não por
indivíduos isolados.
O bombo exige força mas
sensibilidade, resistência
mas tento, assusta
e enternece... Depois,
a força do grupo exacerba
tudo isto. Os bombos
portugueses têm um som
único e exótico, que
é nosso. Portugal inteiro
a tocar bombo significa
Portugal orgulhoso das
coisas singulares e boas
que fazem parte da sua
identidade.
Sempre a bombar
PENTEADOS
PARA UM DIA DE
FESTACom o Natal e a Passagem de Ano
à porta, os penteados de festa ganham
relevância. Porque acreditamos que
as ocasiões especiais merecem looks
deslumbrantes, deixamos aqui algumas
sugestões para um dia especial de festa.
A
influência dos anos 70, mar-
cada por um estilo Boho, com
ondas soltas, leves e informais,
é uma das tendências mais
marcadas. Para uma ocasião mais formal,
o cabelo preso e direcionado apenas para
um dos lados ao estilo Boho Chic, é uma
ótima aposta.
A nova Laca Criação TRESemmé Make
Waves vai facilitar o penteado, definindo
o movimento e a vivacidade das ondas
por várias horas.
O rabo-de-cavalo é outra das opções para
estes dias. Nesta temporada aparece bai-
xo, preso na nuca, simples e muito liso. A
Laca Criação TRESemmé Get Sleek,
com resistência anti-frizz e textura suave,
é ideal para manter o liso perfeito durante
mais tempo.
O já famoso Bob é um dos cortes mais
falados atualmente, mas muitas vezes o
medo impende-nos de arriscar. E se fosse
possível usar o famoso Bob sem cortar?
O penteado chama-se Fake Bob e
consiste em prender o cabelo de
forma a criar volume e a ilusão que
cortou o cabelo. O
truque é fixar o ca-
belo com ganchos
atrás, aplicando a
nova Laca Cria-
ção TRESemmé
Max The Volume,
desde a raiz até às
pontas. O resultado
final é glamouroso e
surpreendente sem
se comprometer com
um corte radical.
por João Borges & Nuno Loureiro
Hair Stylists TRESemmé
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CONHECER 72
hyeonseo lee
yeonseo Lee nasceu na
Coreia do Norte há 34
anos. Fugiu sem prever
o que iria encontrar.
Tinha 17 anos e apenas
sabia que o país em que
tinha crescido não era,
afinal, o melhor do mundo, o dos grandes
líderes que faziam sacrifícios pelo povo,
conforme lhe tinham dito durante o seu
crescimento. A fome que atingiu a Coreia
do Norte nos anos 90 e o confronto com as
imagens televisivas que recebia ilegalmente
em sua casa, de uma China próspera,
fizeram-na questionar o que até ali tinha
tido como verdade absoluta. Foi à aventura
e ficou separada da família durante 12 anos.
Voltou ao país para resgatar a mãe e o irmão
do regime opressor. Depois de um ano em
viagem, restabeleceu-se na Coreia do Sul.
Foi às conferências TED falar da sua expe-
riência e hoje identifica-se como ativista
política, e foi nessa qualidade que quis
escrever ‘A Mulher com Sete Nomes’. Hyeon-
seo Lee veio a Portugal para promover o
livro e contou à LuxWOMAN histórias
reais que parecem impossíveis.
Como é que decidiu fugir da Coreia do
Norte? Como é que foi esse processo mental?
Eu tinha 17 anos e não sabia exatamente o
que estava a fazer. Até essa altura, acreditava
que o meu país era o melhor do mundo, um
paraíso, e sentia imenso orgulho em ter
nascido lá e em ter um grande líder a cuidar
de mim. Depois, veio a fome e vi pessoas
morrerem na rua à minha frente. Foi cho-
cante. Vi pessoas a morrer desde pequena.
Quando entramos na escola primária,
passamos a ser obrigados a ver as execuções
públicas, mas isto era diferente. Ver pessoas
morrerem de fome na rua é muito mais
chocante. Ao mesmo tempo, como vivia
numacidadefronteiriça,viaànoiteatelevisão
chinesa…Ficavaesmagadacomaabundância
em que a China vivia na altura.
Era chocante porque a China era também
uma república comunista e ainda assim
as pessoas não passavam fome?
O mais chocante era acreditar que o meu
país era o melhor do mundo e no único país
de que eu conhecia alguma coisa, porque
não sabia mais nada sobre qualquer outro
país, ver tanta riqueza. No meu país, as
pessoas morriam de fome. Como é que
podia ser o melhor do mundo? Não fazia
ideia de que vivíamos numa ditadura, não
havia forma de saber isso.
O discurso político fazia-vos acreditar
nessa grandeza. Como é que essa mensagem
passava nas conversas privadas?
Desde que me lembro, a propaganda era
imensa e entrava em todos os minutos da
vida. Acreditamos que os líderes são deuses,
consideramos que são os seres humanos
mais importantes de todos. Na minha
cabeça, o Querido Líder era a pessoa mais
importante do mundo, só depois vinham
os meus pais e depois eu. Enquanto somos
crianças, ensinam-nos coisas ridículas, como
que o ditador matou os inimigos quando
tinha cinco ou seis anos, que usou um arco-
-íris para passar de uma margem de um rio
para a outra, como se fosse uma ponte…
É uma mitologia?
Sim. É claro que mais tarde deixei de acre-
ditar nessa história do arco-íris, mas toda
a gente acredita nos superpoderes do líder.
Como estamos isolados do mundo exterior,
acreditamos que é verdade, acreditamos
que eles são deuses. Só temos um canal de
televisão e só faz propaganda política:
passa o tempo a mostrar os grandes feitos
do Querido Líder, o que ele fez por nós, os
sacrifícios que fez pelo povo, com vozes
tristes e música a condizer. Acaba por ser
muito emotivo e funciona. O Querido Líder
tinha um perímetro abdominal enorme
e eu, um dia, perguntei à minha mãe porque
é que ele tinha essa barriga tão grande.
Na Coreia, não é habitual os homens terem
Teve sete nomes para não ser repatriada,
foi imigrante ilegal e conta como é viver
sob opressão. A liberdade demorou muito
tempo a chegar, mesmo depois de sair do
território geográfico da ditadura. Agora vive na
Coreia do Sul e diz que temos, nas democracias,
a obrigação moral de receber os refugiados.
Conheça ‘A Mulher com Sete Nomes’. Por Carla Macedo
política
Refugiada
Planeta,
€20,95.
DEZEMBRO / luxwoman 73DEDEDEDEZDEZDEZDEZDEZDEZDEDEZDEEZZDEZDEZDED EMBEMBEMBEMBEMEMBEMBEMBBBBBBBBEMBEMBROROROROROORROORROOORORR ///////// lululululuuuuuuluuuuluuluuxwxwxwxwxwxwxwxwxwxwxxxwxwwxwxwwx omomomommmmmmommmmmmmmmommmmmmmmmmmananaanannnnnnnnnanannnnnnnnnn 7373737373333737
Coreia do Norte
desde quando?
A península da Coreia já foi um único país.
Em 1910, foi ocupada pelo Japão. O estatuto
de colónia só viria a desaparecer em
1945, no fim da Segunda Guerra Mundial.
A península foi dividida ao meio: o norte
ficou sob administração da União Soviética,
com capital em Pyongyang, e o sul foi
oferecido aos Estados Unidos da América,
com a capital em Seul. A ideia era reunificar
os territórios, partindo da realização de eleições livres em 1948. O sufrágio para
uma Coreia unida não se realizou: houve eleições com candidatos e métodos
distintos nas duas metades da Coreia, naquele ano. Em 1950, começou uma guerra
que, até ao final, três anos depois, matou três milhões de pessoas.
Kim Il-Sung criou a sua própria ideologia, a Juche, em que defende a independência
económica e política de países estrangeiros, a coletivização da agricultura e da
indústria, o culto da personalidade do líder, a militarização da sociedade, o nacionalismo
e a defesa da homogeneidade étnica. O calendário adotado passou a considerar
ano 1 o ano do nascimento de Kim Il-Sung (1912). Foi ele, o Grande Líder, que conduziu
o país até à sua morte, em 1994, inicialmente como primeiro-ministro e depois
(a partir de 1972) como presidente. Sucedeu-lhe o filho, Kim Jong-il, o Querido
Líder, que governou até à morte, em 2011. Em 2009, tinha nomeado o filho
Kim Jong-un para lhe suceder. Este é hoje o líder supremo da Coreia do Norte
e, apesar de ter estudado na Suíça, não dá mostras de querer abrir o país
ou suavizar as políticas repressivas.
uma barriga volumosa…
E o que é que a sua mãe respondeu?
Respondeu-me que o Grande Líder Kim Il
Sung tinha um problema de saúde por
causa dos sacrifícios que tinha feito pelo
povo, e que a doença era tão grave que tinha
passado para o filho, o Querido Líder Kim
Jong Il, que por sua vez também fazia
imensos sacrifícios pelo povo…
Os adultos dizem isso porque acreditam
ou porque têm medo de ser apanhados
a dizer o contrário?
Acreditam! Acreditam! Vivemos com
medo, e já é tão normal que nem notamos.
Por um lado, há a propaganda emotiva
sobre os sacrifícios dos líderes pelo povo;
por outro, há o medo das execuções públi-
cas. As pessoas são mortas em público por
razões políticas, e as suas famílias desapa-
recem a meio da noite. Isso aconteceu com
um amigo do meu pai, que foi denunciado
por corrupção e julgado imediatamente:
foi preso num campo de concentração e
toda a sua família foi banida para o campo.
Se não vamos a uma execução pública
ou faltamos a um compromisso público,
podemos ser presos. A melhor forma de
viver com segurança na Coreia do Norte é
ser ignorante, acreditar em tudo e fazer tudo
como nos dizem. Quem for esperto, quem
se interessar por política,
quem questionar alguma
coisa, vai ter uma vida
perigosa.
Como é que foi a fuga
para a China?
Na mesma altura
que eu saí, saíram
mais pessoas.
Pensei em fazer
como essas pes-
soas, porque
o?
único país.
o. O estatuto
recer em
ra Mundial.
io: o norte
ão Soviética,
e o sul foi
da América,
eunificar
ágio para
étodos
ma guerra
s.
pendência
ra e da
acionalismo
siderar
conduziu
epois
erido
ho
orte
s
CONHECER
74 luxwoman / DEZEMBRO
Sempre me considerei uma mulher forte,
que ultrapassava todos os obstáculos,
mas foi muito doloroso revisitar o passado,
e sobretudo reviver a segunda fuga, aquela
que fiz com a minha família. Estava tudo
demasiado fresco. Estivemos quase a ser
apanhados muitas vezes na China. Houve
um momento horrível, quando soube que
a minha mãe e o meu irmão estavam presos
no Laos. Percebi que é um verdadeiro trauma.
Tive de parar muitas vezes. Escrevi este livro
para criar mais consciência sobre o problema,
para ter mais pessoas na minha campanha
pelos direitos humanos na Coreia do Norte,
eporquelevantaquestõesquesãosemelhantes
noutras partes do mundo.
Há milhões de pessoas em fuga no mundo
de hoje – das ditaduras, das guerras, da
pobreza. Qual seria a forma mais correta
de receber os refugiados?
Toda a gente sabe a resposta: temos de
receber as pessoas. Na verdade, somos todos
refugiados, mas estamos em situações
diferentes. Não se pode comparar refugiados
com dissidentes políticos, porque eu, enquanto
opositora a um regime, nunca terei um país
para onde voltar. No meu país, o Governo
enlouqueceu, coloca as pessoas em campos
de trabalho sem razão alguma. Na China, por
ser dissidente da Coreia do Norte, eu estava
em perigo, podia ser presa, repatriada. Eu
nem sequer queria ficar na China: a maioria
dos desertores da Coreia do Norte quer
alcançar a Coreia do Sul, que nos recebe bem.
Ou seja, são situações muito distintas.
Olhando para o problema de uma forma
global, sim, somos todos refugiados. Olho
para as fotografias dos refugiados que
chegam à Europa, as suas caras tristes, e
consigo rever-me neles, embora talvez daqui
a dez anos estas pessoas possam voltar aos
seus países… Eu não: não me parece que
em dez anos alguma coisa mude na Coreia do
Norte.Provavelmente,ospaíseseuropeusnão
têm obrigação de receber estas pessoas, mas
elas são pessoas e há uma obrigação moral.
Se calhar, são a sua única esperança. São seres
humanos! Não podemos agir como se nada
estivesse a acontecer. Temos de ser bondosos!
Temesperançadevoltaravivernoseupaís?
É a minha grande esperança. É por isso que
estou a fazer este trabalho. Acredito que a
ditadura não pode durar para sempre. Vou
continuar a lutar para que a comunidade
internacional pressione a Coreia do Norte.
O meu país tem de mudar, tem de se abrir
ao mundo.
tinha muita curiosidade sobre o mundo
exterior. Queria saber se aquilo que via na
televisão chinesa era verdade ou ficção.
Na altura, não tinha noção de que estava a
fugir. Agora percebo que era isso que estava
a fazer, mas à época não percebíamos o que
era fugir, nunca nos tinham ensinado isso,
nem sequer conceptualmente. Nunca tínha-
mos ouvido falar de gente que tivesse fugido.
Então, não conhecia os perigos que iria
enfrentar?
Não havia forma de saber. Agora, as pessoas
já sabem, depois de muita gente ter saído.
Agora, há mais notícias do mundo exterior.
Na altura, não se sabia nada.
Foi um choque chegar à China e passar
a ser imigrante ilegal?
Pensava que tinha um mundo fascinante
à minha espera, pronto para me receber,
e descobri que esse mundo não era para mim.
Ser dissidente político da Coreia do Norte
não é bem visto na China, e é o que passamos
a ser quando passamos a fronteira ilegal-
mente. Por isso, tive de me esconder. Três
anos depois de chegar, fui denunciada e
apanhada pelas autoridades chinesas. Foi
um amigo chinês que me denunciou, a troco
de dinheiro. Nessa altura, vi outros fugitivos
da Coreia do Norte e pensei que aquela má
sorte não era para mim. Consegui convencer
as autoridades de que era chinesa, porque
falava corretamente e porque a minha cali-
grafia era perfeita, e a caligrafia chinesa é
muito difícil. Depois disso, fugi para Xangai,
porque é muito mais fácil escondermo-nos
numa cidade grande, e também é mais fácil
nãofazermospartedacomunidadedissidente.
Não queria esse estatuto para mim! Mudei
muitas vezes de nome para proteger a minha
identidade, para que não se soubesse de onde
vinha, para ter mais possibilidades do que
as que estão reservadas aos desertores.
Ser mulher torna mais fácil ou mais difícil
ser refugiado?
Há mais mulheres refugiadas da Coreia
do Norte do que homens. É mais fácil, sendo
mulher, sobreviver em países estrangeiros.
Na China, estas mulheres são vendidas
como escravas sexuais, os homens não são
vendidos. As mulheres não sabem que isso
lhes vai acontecer. Têm mais facilidade em
passar do que os homens, por esta razão.
Elas vão para a China para trabalhar e
ganhar dinheiro, mas, como não sabem falar
chinês, como não têm ligações na China
[Hyeonseo Lee tinha uns tios afastados,
que a receberam], acabam por ser vendidas.
Depois, depende da beleza e da idade…
Eu não sabia que isto acontecia até sair
da Coreia do Norte. Agora, sei que acontece
em quase todos os países do mundo.
É chocante que um ser humano possa ser
vendido por outro ser humano.
Hoje, vive na Coreia do Sul, onde chegou em
2008. É ativista política, assumidamente
contra o regime norte-coreano. Este livro é
uma forma de luta?
Este livro começou com a minha conferência
TED, em 2013. Nunca pensei que fosse alvo
de tanto interesse. Fui contar o que me
aconteceu, porque queria partilhá-lo com
o mundo. Não sabia que iria mudar a minha
vida como mudou. Depois desse discurso,
houve muito interesse da comunidade
internacional pelo assunto Coreia do Norte.
Foi nessa altura que fui contactada pela
editora Harper Collins para escrever o livro.
Pensei que devia fazê-lo, para que mais
pessoas soubessem o que está a passar-se.
Tive de ter muito cuidado, para proteger
as identidades dos meus familiares que
ainda estão na Coreia do Norte.
Custou-lhe escrever sobre acontecimentos
tão duros?
Lux Woman – Nº 177 Dezembro (2015)
Lux Woman – Nº 177 Dezembro (2015)
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Lux Woman – Nº 177 Dezembro (2015)
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Lux Woman – Nº 177 Dezembro (2015)

  • 1. n.o 177 • dezembro 2015 • Cont.: €2,90 Angola: 600 AKZ • Worldwide: 7 USD €2 APENAS Lifestyle e informação para mulheres com atitude COCKTAILS & TRUFAS? SIM, QUERO! Como é ser atriz? Respostas de duas gerações 4 DESTINOS: CIDADE DO PANAMÁ RIO DE JANEIRO SAN SEBASTIÁN LONDRES MODA: RED ALERT A cor para a temporada PERFUMES E MAQUILHAGEM PARA ARRASAR NAS FESTAS +SOLIDARIEDADE EVOLUNTARIADO QUEM FAZ? E PORQUÊ… +DE IDEIAS DE PRESENTES PARA TODA A FAMÍLIA PREPARE-SE PARA O NATAL HELENAISABEL JÚLIA PALHA IIIIIIIIIIIII AAAAAAA TTTTTTTTTTTTTOOOOOOOODDDDDDDDD 200
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 7.
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  • 11.
  • 12. PORQUE VOCÊ MERECE. O meu segredo diário para um cabelo suave e brilhante.Extraordinário! Bianca Balti ÓLEO-EM-CREME NUTRIÇÃO INSTANTÂNEA SEM PESAR.
  • 13. ÓLEO EXTRAORDINÁRIO NOVO ÓLEO-EM-CREME, SEM PASSAR POR ÁGUA TÃO NUTRITIVO COMO LEVE: NUTRE INSTANTANEAMENTE O CABELO. TEXTURA LEVE, NÃO OLEOSA. MAIS BRILHO E SUAVIDADE. SEM PASSAR POR ÁGUA NOVO
  • 14.
  • 15. n.º 177 • Dezembro 2015 n.o 177 • dezembro 2015 • Cont.: €2,90 Angola: 600 AKZ • Worldwide: 7 USD €2 APENAS Lifestyle e informação para mulheres com atitude COCKTAILS & TRUFAS? SIM, QUERO! Como é ser atriz? Respostas de duas gerações 4 DESTINOS: CIDADE DO PANAMÁ RIO DE JANEIRO SAN SEBASTIÁN LONDRES MODA: RED ALERT A cor para a temporada PERFUMES E MAQUILHAGEM PARA ARRASAR NAS FESTAS +SOLIDARIEDADE EVOLUNTARIADO QUEM FAZ? E PORQUÊ… +DE IDEIAS DE PRESENTES PARA TODA A FAMÍLIA PREPARE-SE PARA O NATAL HELENAISABEL JÚLIA PALHA IIIIIIIIIIIII AAAAAAA TTTTTTTTTTTTTOOOOOOOODDDDDDDDD 200 este mês 18 EDITORIAL 20 ESCREVA-NOS 22 COLABORADORES 24 BRANCO NEVE Dress code: festa todo o mês. 26 REFLEXOS DOURADOS Dê mais brilho à pele. 28 ILUMINADOS Destinos e objetos cheios de luz! 32 HELENA ISABEL E JÚLIA PALHA Duas atrizes, duas idades, duas telenovelas e tanto em comum! moda 40 FLORES DE INVERNO Joias, padrões e muito mais. 42 CÉU ESTRELADO Aqui na Terra e nos closets. 44 PEQUENOS INSETOS Valorizam o quotidiano! beleza 46 ESCOLHAS Da editora para dezembro. 48 BEAUTY TIME Espaços que tem de conhecer. 50 DE-STRESS Cuidados intensivos para a pele. lifestyle 52 EM DUAS RODAS Novidades do ciclismo não-profissional. atitude do mês 54 PREPARE-SE PARA AS FESTAS Reserve o jantar de Natal, escolha um vestido apropriado e vitamine-se! crónicas 58 NO MASCULINO, PEDRO ROLO DUARTE Natal é quando um homem... deixar. lazer 61 EXPOSIÇÃO História de diamantes. 62 O QUE FAZER Em dezembro. 72 HYEONSEO LEE Ser refugiada política e revelá-lo ao mundo. 76 MATT PRESTON Conta-nos os segredos da boa cozinha. 78 LIVROS GOURMET Faça alta gastronomia em casa. capa HELENA ISABEL E JÚLIA PALHA pág. 40 moda CONJUGUE PADRÕES DE TONS SUAVES. pág. 46 escolhas A NOSSA EDITORA ACONSELHA. pág. 76 master chef O JURADO CONTA-NOS AS SUAS PAIXÕES pág. 32 atrizes QUEM DISSE QUE HÁ GENERATION GAP? HELENA ISABEL Colete de tweed com lurex Hoss Intropia. Macacão de jersey com lurex Mango. Cinto de pele Guess. Brincos de ouro Julieta Jóias. JÚLIA PALHA Vestido assimétrico de jersey Mango. Brinco de metal e resina Cheap Monday. Colar de prata Aristocrazy. HELENA ISABEL Vestido de seda Mango. Collants de rede Calzedonia. Sandálias de camurça Carolina Herrera. JÚLIA PALHA Vestido cai-cai de seda Purificación García. Pulseira de pele e cristais aplicados Swarovski. Botins de pele sintética com purpurinas Zara.
  • 16. SUMÁRIO para mulheres com atitude moda 81 LÉXICO DE ESTILO A Hermès inventou uma palavra. 82 UNIVERSO ENCANTADO Um conto de fadas. 92 DARK SIDE Renda transparente. beleza 95 ODE AO COR-DE-ROSA Eterno feminino. 96 O DESPERTAR DOS SENTIDOS Moda, maquilhagem e perfumes! 106 MULHER EM QUEM ACREDITAMOS Mathilde Thomas, fundadora da Caudalie. 110 ARTE DA SEDUÇÃO Tudo para os nossos homens. sociedade 115 SUPER-HEROÍNAS Há novas bonecas que salvam o mundo. 116 NATAL EM FAMÍLIA Temos a lista de presentes ideal! 130 CORAÇÕES XXL Histórias de gente solidária que mudou de vida em favor dos mais fracos. 136 HOMEM-OBJETO Giro que se farta, Justin Trudeau coloca questões às mulheres emancipadas. viver 141 A CABANA É uma loja linda! 142 DESCULPAS PARA VIAJAR... Quatro roteiros à volta do mundo. 148 COCKTAILS... Um livro para aprender a fazer. 150 EM CASA DE... Frederico Oliveira. 154 RECRIAR 156 CULINÁRIA Trufas. 158 ONDE COMPRAR 159 HORÓSCOPO 160 ÚLTIMAS 162 ESSENCIAIS De Vasco Ribeiro. pág. 150 em casa de... FEDERICO OLIVEIRA. pág. 96 perfumes AS ESSÊNCIAS SÃO O MOTE PARA OS SENTIDOS. pág. 116 shopping TUDO PARA A SUA LISTA DE COMPRAS. pág. 82 natal O ENCANTO DOS CONTOS INFANTIS. pág. 154 recriar UMA CASA LISBOETA.
  • 17.
  • 18. EDITORIAL 18 dezembro E assim, sem quase darmos por ela, 2015 passou a correr e estamos novamente no Natal. Estou verdadeiramente assustada com a velo- cidade com que os anos andam a passar na minha vida. Não sei se é da idade, se é do trabalho, se é suposto ser mesmo assim e se é igual para todos nós, mas está a parecer-me tudo muito acelerado. Para desacelerar, temos uma edição que vai facilitar-lhe a vida, com preciosas dicas para preparar as festas sem entrar em parafuso. Fizemos o aborrecido trabalho de procurar nas lojas (e marcas) e selecionámos o que de mais interessante há para oferecer, num shopping com mais de 200 sugestões de presentes para toda a fa- mília. Aproveite para fazer as compras com tempo, antes da grande azáfama que precede o dia 24, pois a organização é sempre a melhor aliada de uns dias tranquilos com a família – já bastam as viagens que temos de fazer e todos os preparativos. Não falo da parte de cozinhar, porque essa, para mim, é um prazer! Para tudo fazer sentido, é importante aproveitarmos o que temos a cada dia, sermos gratas e tratarmos todos (a nós e aos outros) corretamente. Há muitas pessoas que ‘abdicam’ da sua vida para ir ajudar os outros. Será que se ajudam também a si próprias quando decidem embarcar em viagens de solidariedade e vo- luntariado? Foi o tema que es- colhemos para a reportagem des- te mês. Desejo-lhe um bom de- zembro, rodeada de quem mais fizer sentido para si e a comer o que lhe apetecer. Rita Machado, diretora ritamachado@masemba.com PREPARAR: 1, 2, 3 NATAL! PedroFerreira POR FALAR EM CONTRIBUIR... A Fox Life e a Parfois criaram, em homenagem às mulheres fortes, como a Olivia Pope de ‘Scandal’ e a Cookie de ‘Empire’, e até a Meredith de ‘Anatomia...’, uma carteira que simboliza as segundas oportunidades. 10% da venda do valor destas carteiras reverte para a associação Reklusa, uma IPSS “com a missão de reconstruir as vidas da população reclusa e ex-reclusa, através do apoio à sua reinserção e à sua integração social e profissional”. O mais giro? A bolsa que envolve as carteiras é confecionada por reclusas, um trabalho que contribui certamente para a sua autoestima. Esta é uma carteira com atitude, à venda nas lojas Parfois (www.parfois.com)! Custa €22,99, por isso não há desculpa para não ajudar! UNIVERSO ENCANTADO Misturámos e recriámos os contos de Natal, para este editorial de moda. Na Casa Achilles, em Lisboa, descobrimos o cenário ideal para desenvolver este conceito. O DESPERTAR DOS SENTIDOS O que é que acontece quando juntamos perfumes e editorial de moda? Magia! Desta vez, pelas mãos de Cristina Gomes, Mário Príncipe e Cristina Câmara. AnaViegas Vestido de jacquard de seda com cinto de pele Diogo Miranda. Blusão de pele Zara. Colar de prata Aristocrazy. Anéis de metal Mango. Blusa de seda Dice Kayek, na Stivali. Calças de lã fria Céline, na Loja das Meias. Botins de camurça Gianvito Rossi, na Stivali. Brincos de prata e pérolas Tous. Anéis de ouro branco e diamantes Eleuterio. DUAS ESTRELAS Juntámos Helena Isabel e Júlia Palha na mesma entrevista e descobrimos duas atrizes admiráveis, tão bonitas por fora como por dentro, e com imensas coisas em comum.
  • 20. 20 a sua opinião conta ESCREVA-NOS “A MINHA OPINIÃO sobre a Caro- lina Patrocínio mudou radicalmente. Já me tinha acontecido o mesmo, quando entrevistaram a Raquel Strada. Poderá ser apenas preconceito meu, mas creio que nem sempre o melhor lado das pessoas é mostrado na imprensa. Foi o que aconte- ceu também com a Cara Delevingne numa entrevista que deu a um canal norte-ame- ricano, a propósito do filme ‘Cidades de Papel’ e em que os pivots se esforçaram por mostrar como ela era fútil. Correu-lhes muito mal. Ainda bem! Quanto à LuxWO- MAN e às vossas entrevistas, só tenho a dizer bem. A da Carolina Patrocínio reve- lou-me uma mulher com ideias próprias e boas! Adorei a parte relacionada com a maternidade! Parabéns!” Silvana Luís VENCEDORA Identifiquei-me bastante com o vosso artigo ‘Uma borbulha no meio da testa...’ [edição de novem- bro], neste caso aos 32 anos. As borbulhas tiram- -me do sério, a sério! Agora percebo por que me aparecem. Não é só naquela altura do mês... De vez em quando, lá vem uma, mas, enfim, lá vou com- prando alguns cremes que prometem ajudar neste combate à pele acneica. Às vezes, funcionam, outras vezes, OMG! Fico em pânico quando quero maquilhar-me e ficar bonita, mas já percebi que também pode ser hormonal e vir daquele stress que às vezes temos, por isso talvez comece a pen- sar: ‘Tenho de retirar pessoas tóxicas da minha vida!’ Isto, sim, é urgente. Obrigada e um abraço.” Marta Marques Tem uma história que acha que merece ser contada? Gostaria de ler uma reportagem específica? Envie-nos as suas sugestões e pode ver as suas ideias nas páginas da revista. por facebook “Parabéns à LuxWOMAN e à Carla Macedo. Adorei o questionário às políticas. Perguntas diretas e perti- nentes. Mereciam uma cha- mada de capa mais vistosa, mas compreendo que a Inês ofusque qualquer outra!” Paula Cristina Vilela “Adoro!” Vanessa Cardoso “Lindaaaaaa.” Inês Folque “Giríssima, Carol!!” Teresa Monteiro Anahory por correio Rua da Fraternidade Operária, 6, 2794-024 Carnaxide Junte-seanósnoFacebook,estejaemcontactodiretocom aLuxWOMANesejaaprimeiraasaberasnovidadesdecada edição.ProcureRevistaLuxWOMANetorne-senossafã! por e-mail leitora@luxwoman.masemba.com Interação Mais informação, mais conteúdos, reportagens paralelas, outras abordagens: é assim o site da LuxWOMAN. A mesma atitude da revista, o interesse jornalístico pelos temas relevantes da sociedade, que importam às mulheres, com atualização diária. Para conhecer a rotina da redação, recheada de momentos divertidos ou de pura delícia, nada melhor do que a nossa página no Instagram. Já percebi também que pode ser hormonal e vir daquele stress que às vezes temos, por isso talvez comece a pensar: ‘Tenho de retirar pessoas tóxicas da minha vida!’ Isto, sim, é urgente.” A vencedora recebe um colar Swarovski, com banho de ródio e capa de filigrana e cristais, no valor de €119. www.luxwoman.pt Quando vir este símbolo, é porque há mais para ler e ver no site da LuxWOMAN, que todos os dias lhe dá lifestyle e informação! Mais, muito mais, a descobrir para além da sua revista, e muitos passatempos nos quais pode participar! Tudo em luxwoman.pt
  • 21. MIRANDA KERR PARA ESCADA JOYFUL
  • 22. COLABORADORES 22 nesta edição DIRETORA Rita Machado ritamachado@masemba.com EDITORA DE BELEZA Anett Bohme anettbohme@luxwoman.masemba.com EDITORA DE MODA Sandra Dias sandradias@luxwoman.masemba.com CHEFE DE REDAÇÃO Carla Macedo carlamacedo@masemba.com REDAÇÃO Ana Cáceres Monteiro anacaceres@masemba.com Cátia Matos Pereira catiamatospereira@masemba.com Leonor Antolin Teixeira leonorteixeira@masemba.com Mariana Cardoso marianacardoso@masemba.com Marta Braga martabraga@masemba.com COPY DESK Carlos Silva ONLINE Carolina Almeida carolinalmeida@masemba.com online@luxwoman.masemba.com ASSISTENTE DE REDAÇÃO Ana Paula Pires anapaulapires@masemba.com COLUNISTA Pedro Rolo Duarte COORDENAÇÃO DE FOTOGRAFIA/ARQUIVO Edite Costa editecosta@masemba.com ARTE Pedro Leitão DESIGNERS Rita Simões, Susana Ribeiro PROJETO GRÁFICO Amaya Rodriguez COLABORADORES TEXTO Miguel Somsen, Mónica Franco PRODUÇÃO Cristina Câmara FOTOGRAFIA E ILUSTRAÇÃO Ana Paula Carvalho, Pedro Ferreira, Ricardo Palma Veiga AGÊNCIAS AIC, Casa da Imagem, Corbis/VMI, Getty Images, Imaxtree e Reuters Rua da Fraternidade Operária, 6, 2794-024 Carnaxide Tel. 215 918 126 redacao@luxwoman.masemba.com DIRETOR DE PRODUÇÃO Ramiro Agapito ramiroagapito@masemba.com ASSISTENTE Inês Pereira DIGITALIZAÇÃO E TRATAMENTO DE IMAGEM Diogo Sargento, Frederico Queirós e Pedro Figueiredo DIRETOR DE CIRCULAÇÃO Bruno Ventura brunoventura@masemba.com ASSINATURAS COORDENADOR Mário Vidal mariovidal@masemba.com assinaturas@masemba.com Tel. 215 918 088 DIREÇÃO COMERCIAL E PUBLICIDADE DIRETORA COMERCIAL Maria João Peixe Dias mariadias@masemba.com Tel. 215 918 137 COORDENADORA Conceição Martinho conceicaomartinho@masemba.com Tel. 215 918 143 GESTORA DE MATERIAIS Susana Morais susanamorais@luxwoman.masemba.com Tel. 215 918 144 COORDENADORA DELEGAÇÃO NORTE Maria João D’Eça mariaeca@masemba.com Tel. 223 203 149 Rua Tenente Valadim, 181, 4100-479 Porto Fax: 226 057 503 ASSISTENTE COMERCIAL Carla Ramalho carlaramalho@masemba.com Tel. 215 918 141 DIREÇÃO DE MARKETING E EVENTOS DIRETORA Dina Nascimento dinanascimento@masemba.com GESTORA DE PRODUTO Cláudia Lima claudialima@masemba.com ASSISTENTE Dulce Almeida dulcealmeida@masemba.com DIREÇÃO FINANCEIRA Ana Ruivo anaruivo@masemba.com DIREÇÃO GERAL Nuno Santiago PROPRIETÁRIO E EDITOR MASEMBA, LDA. Rua da Fraternidade Operária, 4 2794-024 Carnaxide Tel. +351 215 918 151 NIF: 510 647 421 IMPRESSÃO Lisgráfica DISTRIBUIÇÃO Urbanos Press URBANOS PRESS: Rua 1º de Maio Centro Empresarial da Granja Junqueira 2625 – 717 Vialonga LINHA DE APOIO AO PONTO DE VENDA Tel. 707 200 229 assistencia.press@urbanos.com Tiragem: 70.000 Exemplares Depósito legal: 161 984/01 Nº Registo ERC: 123817 ANA PAULA CARVALHO Quem é: Nasceu em Lisboa, mas cresceu em África. Estudou fotografia nos EUA e regressou a Lisboa após oito anos, à sua cidade preferida, onde fotografa principalmente interiores. Colaborou com a Icon, com a Máxima Interiores e hoje colabora sobretudo com revistas estrangeiras, como a Elle Decor Itália, a Casa Vogue Brasil, a Ad Espanha e a Condé Nast Traveller. Adora viajar pelo mundo, mas, após mais de 20 anos a fotografar, prefere sempre a luz de Lisboa. Fotografou: A casa de Frederico Oliveira. Como manténs a sanidade mental na época do Natal? “Fugindo do Natal…” CRISTINA CÂMARA Quem é: Fascinada por viagens, por conhecer e aprender e por tudo o que envolve moda e beleza, decidiu em 2009 deixar a engenharia e dedicar-se à moda. Mergulhou de cabeça e apro- veitou todas as oportunidades. Passou pela Pulp Fashion e pela LuxWOMAN. Produziu: O editorial de beleza e make up ‘O despertar dos sentidos’ e o shopping de Natal. Como manténs a sanidade mental na época do Natal? “Acho que o mais importante nesta época é termos bem presente que tudo deve ser feito com gosto e vontade. A verdadeira prenda, no Natal ou em qualquer outra situação, é aquela que faz a outra pessoa sentir que é especial para nós, e isso não tem nada a ver com o seu valor ou tamanho, mas sim com o cuidado posto na sua escolha.” MÓNICA FRANCO Quem é: Tem 40 anos, estudou História da Arte, mas a escrita falou mais alto. Fez parte da revista City, foi chefe de redação da Máxima Interiores e editora da Evasões. ‘Papa Quilómetros – Uma Caminhada pela Gastronomia Portuguesa’ foi o seu primeiro livro. Colocou nele tudo aquilo de que gosta na vida. Entrevistou: Helena Isabel e Júlia Palha. Como manténs a sanidade mental na época do Natal? “Primeiro: evitar usar o carro. Segundo: tratar o metro por tu. Terceiro: ir para bem lon- ge de qualquer coisa que se assemelhe a centros comerciais. Quarto: manter os festejos entre paredes, as minhas ou as dos amigos. Refugiar-me no colinho dos meus pais, na casa onde o calor não vem apenas da lareira. Ver o máximo de filmes que o meu filho deixar...” PEDRO FERREIRA Quem é: Nasceu no Porto e é fotógrafo há mais de 20 anos. Estudou no Ar.Co e colabora com várias revistas portuguesas de moda, como a Máxima, a Vogue e a GQ, entre outras. Confessa que as pessoas são o que mais gosta de fotografar. Destaca o catálogo do MuDE, para o qual realizou as fotografias de moda, como um trabalho de que gostou particularmente. É casado, não tem filhos. Fotografou: Helena Isabel e Júlia Palha para a capa e o editorial de moda ‘Universo encantado’. Como manténs a sanidade mental na época do Natal? “Já a perdi há muitos anos. Apesar disso, continuo a não aguentar a histeria do Natal.”
  • 23.
  • 24. TENDÊNCIAS 24 Branco neveNo mês mais festivo do ano, vista-se de branco! Celebre a cor juntando-lhe um brilhozinho dourado. Por Sandra Dias o, co! o Pulseira de metal e resina Chanel, preço sob consulta. Casaco de lã e poliéster Max&Co, €225. Anéis de ouro com zircónias Pandora, €349 cada. Top de seda com ilhoses Moschino no Espace Cannelle, €265. Casaco de pelo sintético Topshop, €125. Camisola de lã com bordados Hoss Intropia, €143. Mochila de pele metalizada Christian Louboutin na Fashion Clinic, €1395. Sapatos de pele sintética revestidos com purpurinas Zara, €39,95. Saia de malha de lã Odd Molly, €87. Louis Vuitton. ica revestidosSapatos de pele sintét moda Vestido de seda Zadig & Voltaire, €550.
  • 25. Visuaisnãocontratuais.©Sephora2015 Brilliant Makeup Palette* Sephora 29,95€** Palette de maquilhagem 130 cores Limitado ao stock existente. *Palette de maquilhagem brilhante. **Preço especial para clientes do cartão fidelidade ou novas adesões, em vez de 39,95€. Oferta válida a partir de 12 de Novembro de 2015, limitada ao stock existente, nas lojas Sephora Portugal. Não acumulávél com outras ofertas ou promoções. sephora.pt
  • 26. TENDÊNCIAS 26 beleza AssistidaporSaraFerrãoViewFashionBook REFLEXOS DOURADOS Por Anett Bohme AitidSFã Donna Karan. Mara Hoffman. Michael Kors. Pó iluminador Diorific State of Gold, no tom 001 Luxurious Beige, da Dior, €72,50. Deixe os pés suaves como a seda com o exfoliante refrescante Qing Fa Cooling Foot Scrub, da linha Tao, da Rituals. 75 ml, €11,50. Quintessência da linha Sublimage, da Chanel, o novo L’Extrait promete regenerar, reparar e proteger a pele de forma ímpar. No coração deste precioso extrato estão os poderes extraordinários da Vanilla planifolia, que agem sobre todos os sinais de envelhecimento, deixando a pele mais densa, com as rugas suavizadas e com a sua hidratação natural reforçada. Não é um creme, não é um gel nem é um fluido – é uma textura única que se derrete na pele, deixando nela um véu de suavidade. 15 ml, €450. Sombras Mono Colorful Eyeshadow, nos tons 281 Satin Corset e 221 Hawaiana Beach, da Sephora. €11,95 cada. Num jogo de texturas, cores e luz, surge Goldea, da Bulgari, uma eau de parfum floral-oriental inspirada na Antiguidade, mas absolutamente contemporânea. 50 ml, €98. O sérum modelador para o contorno dos olhos Gold Eyetech, da linha Abeille Royale, da Guerlain, possui geleia real Guerlain e mel puro de Ouessant (uma ilha em França) para desenvolver a sua ação reparadora, alisadora e iluminadora. 15 ml, €110. Com extrato de orquídea, a base de maquilhagem Perfecting Make Up Base, da linha Giordani Gold, da Oriflame, suaviza e refina a aparência dos poros e esbate as linhas. Aplique-a antes da base. Venda direta, 30 ml, €18. Dê luminosidade à pele do corpo e ao cabelo com o óleo de monoï Polynesian Monoi Radiance Oil, da linha Spa of the World, da The Body Shop. 170 ml, €19.
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  • 28. TENDÊNCIAS 28 lifestyle Assuma que adora as luzes de Natal e inspire-se para lá das festas. Por Carla Macedo Iluminados FAÇA NÃO UMA MAS DUAS VIAGENS 1/ O Mar de Estrelas, na ilha Vaadhoo, nas Maldivas, é uma experiência de sonho para quem gosta de luzinhas. As ondas trazem com muita frequência uma espécie de fitoplâncton com bioluminescência, isto é, micro-organismos que brilham naturalmente. Durante a noite, é possível observar as marés brilhantes de Vaadhoo. O Adaaran Prestige Vaadhoo é o único hotel da ilha e o valor do alojamento ronda os €745 por noite, para dois adultos. 2/ Com mais frio e sem praia – bom, a cerca de 60 km do mar –, na Nova Zelândia, existem as Waitomo Caves, também conhecidas por grutas dos vermes. Porquê? Porque os tetos das grutas estão cobertos por uma espécie de lesmas que brilham no escuro (como os pirilampos). Estas grutas, com os seus vermes e brilhos, tornaram-se uma atração turística e são visitáveis, de barco e com um guia, todos os meses do ano. O bilhete de adulto custa cerca de €30. Se optar pelas Waitomo Caves, não se esqueça de levar o guarda-chuva, pois na costa oeste da Nova Zelândia o clima é húmido e com muita precipitação. Radbag, €24,95. EM CASA, SENTE-SE… E PORQUE O NATAL ESTÁ À PORTA… Se não sabe onde é que ficam estes destinos de sonho, compre o fabuloso Globo Terrestre e até à noite vai conseguir descobri-los. Damos-lhe uma pista: Maldivas, no Oceano Índico, a sul do Sri-Lanka; Nova Zelândia, no Pacífico Sul. … no pouf luminoso KSL Living, €129. … nestes bancos de mesa de café, da Bright Woods Collection por Giancarlo Zema, para a Luxyde, €35 100. Calendário do advento alternativo, com 69 letras, números e símbolos, e luzes! The Drifting Bear, €49. Candeeiro suspenso Ikea, €9,99. Letra, www. cultfurniture.com, €217. Candeeiro de mesa, www.upinlights. co.uk, €13. Letra, www. cultfurniture. com, €47. Letra, www. shoreditchlighting. co.uk, €410. 2/1/
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  • 32. 32 luxwoman / DEZEMBRO Uma tem 63 anos, outra 17 acabados de fazer. Conheceram-se no dia desta entrevista, mas representam duas gerações de uma mesma ‘família’. Encontro de duas atrizes que aprenderam (aprendem) representando, frente às câmaras ou sobre as tábuas de muitos palcos. Helena Isabel e Júlia Palha num dueto muito (pouco) provável. Por Mónica Franco Produção Sandra Dias Fotografia Pedro Ferreira Agradecimentos Pestana Palace 1 DESTINO 2 MULHERES, ISABEL PALHA He ena Jú ia CAPA
  • 33. DEZEMBRO / luxwoman 33 HELENA ISABEL Top de seda com cristais aplicados Raoul, na Fashion Clinic. Saia de cetim de seda Carolina Herrera. JÚLIA PALHA Vestido de renda com tachas aplidadas Pinko. Collants de rede e licra Calzedonia. Botins de pele com tachas Aldo. Colar de prata Aristocrazy.
  • 34. CAPA omeçamos em analepse. Numa tarde de outono de 2015, uma conversa sobre a ainda curta experiência de vida de uma jovem atriz. De como o acaso a beijou e a tornou personagem principal de ‘John From’, a longa-metragem que levou Júlia Palha da escola secundária para a Sétima Arte e daí para a caixinha-que-mudou-o-mundo. E também o mundo de Júlia, que se tornou na televisão a filha da atriz Cláudia Vieira na mais recente telenovela da SIC, ‘Coração d’Ouro’. Andámos um pouco mais para trás e falámos de como Helena Isabel também nunca fez um curso de represen- tação antes de pisar os palcos pela primeira vez. Tinha exatamente 17 anos. Os mesmos que Júlia tem agora, completados no passado dia 30 de outubro. Diferentes histórias, diferentes épocas, mulheres diferentes... mas semelhantes. Primeiro passo “Quando pensei ser atriz, queria ser sobretudo atriz de teatro”, começa Helena, que acabou de se estrear na nova telenovela da TVI, ‘A Im- postora’. “Tive a sorte de começar a assistir a peças muito cedo, os meus pais levavam- -me muito ao teatro. Depois, o meu pai tornou-se sócio de um empresário do tea- tro, o Vasco Morgado, comecei a conhecer atores e a ver outro tipo de encenações e fiquei com o bichinho.” Helena não queria ficar só a ver, queria também participar, e participou. A primeira peça (de muitas) chamava-se ‘Os Direitos da Mulher’. Júlia também sempre gostou muito dos palcos. “Nos tempos de liceu, andava em grupos de teatro, mas nunca fiz nada mais a sério.” Começou pela carreira de modelo. Agenciada pela Central Models há cerca de dois anos, já tinha feito alguns castings para novelas, mas nunca tinha ficado com um papel. A primeira oportunidade chegou e a estreia trazia com ela uma protagonista. Foi Rita na longa-metragem ‘John From’, de João Nicolau, e, um ano mais tarde, foi do grande para o pequeno ecrã para se tornar Alice na telenovela ‘Coração d’Ouro’. “Era muito extrovertida em criança. A minha mãe costu- mava dizer que eu era a palhaça lá de casa. Fazia repre- sentações, récitas para as amigas da minha mãe. Era muito mais extrovertida nessa altura do que sou hoje.” Ainda Helena não tinha terminado a frase, já o sorriso se rasgava na cara doce de Júlia. “Estava a rir-me porque eu também organizava os espetáculos com os primos lá em casa, reu- nia a família toda.” As primeiras gargalhadas em conjunto ouviram-se aos primeiros minutos daquela conversa naquele salão de chá do centro de Lisboa. De repente, o calor do bule aquecia as respostas, derretia as tensões. Duas mulheres que nunca se tinham cruzado falavam agora abertamente da sua intimidade. Não fosse a entrevistadora e o gravador... O antes, o agora... e o depois?! Helena: “Comecei devagarinho. Não se pode fazer um paralelo com os dias de hoje, porque a realidade é mesmo muito diferente. Comecei pelo teatro e não havia este mediatismo todo. Hoje, um jovem faz um casting e se tiver sorte faz logo de protagonista. Naquela altura, isso seria impossível, começava-se devagar. Normalmente, começava-se pelo Conservatório ou através de conheci- mentos. Tive a sorte de me estrear com grandes profis- sionais: a minha madrinha de teatro é a Lia Gama, tra- balhei com o Francisco Ribeiro, o Ribeirinho. Aprendi muito! Costumo dizer que aprendi nas tábuas. Aprendi tudo o que eram técnicas de representação, de respiração, de movimento, lá em cima, nas tábuas, com o trabalho.” Júlia: “O filme ‘John From’ foi uma expe- riência muito boa. Acho que ter feito ao contrário do que é normal em Portugal – primeiro cinema, depois televisão – acabou por funcionar bem. No cinema, temos mais ensaios e repetimos muito as cenas. Isso acaba por ajudar a ganhar mais técnica.” A primeira vez Helena: “Lembro-me de que tudo aquilo que estava habituada a ver em teatro me parecia muito fácil, pensava que o faria com uma perna às costas. A primeira vez que subi a um palco foi para uma substituição. A companhia já estava toda rodada naquele espetáculo e eu entrei um bocado de para- quedas... Lembro-me de que a companhia estava toda na plateia a assistir à novata… Nunca tive tanta vergonha na minha vida! De repente, não sabia o que fazer às mãos, parecia que os braços nunca mais acaba- vam! As minhas ideias caíram todas por terra e cheguei à conclusão de que nada sabia e tinha tudo para aprender... Lembro-me desse mo- mento como se fosse hoje. Júlia: “Acho que nunca tive um momento assim. Não comecei pelo teatro, onde temos uma plateia, a reação do público. O mais próximo que tive com isso foi na entrada para a novela. Eles estavam a gravar desde julho e eu só entrei em setembro. A equipa já estava toda com o ritmo de produção... Ninguém sabia que eu tinha acabado de chegar, falavam comigo como se soubesse do que falavam e eu nem sequer sabia os nomes das pessoas, fiquei com- pletamente perdida. Salvou-me a Cláudia Vieira...“ “Gosto muito do imediatismo da televisão, do improviso, de criar uma personagem um bocado às cegas, mas não gostei de fazer todas as novelas que fiz até hoje.” Helena Isabel 34 luxwoman / DEZEMBRO
  • 35. Vestido de seda Mango. Collants de rede Calzedonia. Sandálias de camurça Carolina Herrera.
  • 36. CAPA Casaco de pelo Massimo Dutti. Vestido de seda com lantejoulas Hoss Intropia. Colar de prata Aristocrazy. VEJA O MAKING OF EM
  • 37. Preconceito de género? Helena: “Nunca senti preconceito pelo facto de ser mulher, mesmo há 40 anos. Senti apenas quando disse aos meus pais que queria ser atriz. Ficaram horrorizados, porque nessa altura as atrizes tinham má fama. Depois, tornaram- se os meus maiores fãs, a minha mãe ia ver todos os meus espetáculos e mais do que uma vez. Acabei por tirar um curso de línguas e secretariado, mas nunca o usei.” Júlia: “Os meus pais encaram lindamente esta entrada na representação. Não têm nem nunca tiveram nada con- tra. De vez em quando, fazem um pouco de pressão para estudar. Continuo a frequentar o 12.º ano, e a SP Televisão [a produtora de ‘Coração d’Ouro’] marca sempre as mi- nhas gravações a seguir às aulas, por isso estou a tentar conciliar as duas coisas. Quero ir para a faculdade, fazer um curso relacionado com gestão de marketing ou hote- laria. Sempre tive na cabeça que ia ter a minha empresa, andar por aí a viajar em negócios. Se me surgir outro projeto, vou tentar conciliar as duas coisas. Fiz muitos catálogos de moda infantil para a revista Lux e marcas de roupa de criança e gostei, adorei ver as fotos. O meu sonho era ser como a Sara Sampaio. Ser atriz foi uma coisa que me passou pela cabeça aos 8 anos, mas só depois de fazer o filme é que essa ideia se tornou cada vez mais possível na minha cabeça.” Quase de mãe para filha Mais de quarenta anos separam estas duas mulheres bonitas e talentosas, tan- tos quantos os de democracia em Portu- gal. Helena é a prova viva de que se mu- daram mentalidades: “A minha geração fez uma revolução em diversos níveis. O 25 de abril de 1974 permitiu-nos o acesso a coisas que antes não tínhamos, abriu-nos ao mundo, tal como as telenovelas brasileiras, que criaram uma abertura de cabeça às pessoas”. Helena nunca sentiu discriminação por ser mulher e bo- nita, embora admita que isso foi “um pau de dois bicos”: “Abriam-se portas com mais facilidade (como hoje), mas pensava-se que as mulheres bonitas não tinham talento. Era o dobro do trabalho para provar que se podia fazer coisas com seriedade, que se tinha talento e não se estava nisto só para aparecer.” Júlia, pelo contrário, entrou neste mundo como modelo. “Sinto que ser uma cara bonita abre mais portas, mas não sinto o estigma de que mulher bonita não tem talento.” Quatro décadas é muito tempo. Com mais de quarenta anos de palcos, câmaras e ação, Helena cinge-se ao essen- cial. “Levar as coisas com seriedade” é o conselho que deixa à jovem Júlia. “Abraçar esta profissão porque se ama a profissão e não porque se pode tirar dividendos a curto ou a longo prazo de se ser mais conhecido, de se ganhar mais dinheiro, de aparecer nas revistas. Tudo isso é efé- mero, tudo isso é supérfluo.” Júlia ainda não ama a profissão, mas está a aprender a fazê-lo. Não se entusiasma muito com as luzes da ribalta, embora se concentre como uma sénior quando os focos estão apontados na sua direção. “Sempre fui uma criança calma, extrovertida e muito faladora”, confidencia. Para Helena, é também importante aprender: “Fazer tea- tro, não ficar apenas pela televisão e pelas novelas. Estou à vontade para o dizer, porque gosto muito de fazer nove- las, mas também preciso de fazer outras coisas, como teatro e cinema, que, infelizmente, faço cada vez menos.” A atriz participou na primeira telenovela portuguesa, ‘Vila Faia’ (1982), e inaugurou o humor na te- levisão portuguesa, quando integrava a equipa de Herman José nos tempos de ‘O Tal Canal’ (1983). “Tive a sorte de ter sido pioneira em muita coisa em Portugal: fiz a primeira telenovela e o primeiro pro- grama que mudou o humor e a televisão, fiz parte de um grupo que foi a primeira cooperativa de teatro-revista, o Teatro Adóque, do qual fui sócia-fundadora...” As mais-valias Helena: “É bom sermos polivalentes. Aju- dou-me saber cantar, sobretudo numa altura em que estive no Teatro Aberto, na época muito especializado em musicais. Já não canto, mas não tenho saudades. Canto nos concertos do meu filho [o músico Agir, fruto do casamento com Paulo de Carva- lho], mas é raro conseguir vê-lo, porque anda sobretudo em tournée, fora de Lisboa. Sou suspeita, mas gosto da música dele. Ele tem este ta- lento de compor vários tipos de música. Até já fez música para um musical meu, ‘As Encalhadas’, e adaptou-se ao espírito, num registo que nada tinha a ver com hip-hop. Também por isso, sou muito fã dele e estou muito orgulhosa.” Júlia: “Eu gosto de escrever. Quase todas as noites, escre- vo alguma coisa nas notas do meu telemóvel, e tenho ca- dernos onde escrevo. Desde o 5.o ano que comecei a es- crever para mim, textinhos, histórias... A partir do 10.o ano, sempre que tenho tempo, escrevo. Mostro de vez em quando à minha mãe [a jornalista Ana Cáceres Monteiro, da LuxWOMAN], e ela gosta. Há pouco tempo, estava a pensar em como podia conciliar a escrita com a represen- tação. Adorava a ideia de escrever a minha personagem. Às vezes, sinto que a minha personagem já devia estar a tomar outro rumo e eu não posso fazer nada.” “Sinto que ter uma cara bonita abre mais portas, mas não sinto o estigma de que uma mulher bonita não tem talento!” Júlia Palha DEZEMBRO / luxwoman 37
  • 38. Espelho meu... Helena Isabel é um dos rostos da Anjelif, marca de dermocosmética que acredita ter encontrado o segredo do sucesso na firmeza que confere à pele. Representa mulheres fortes, mulheres que admiramos e conquis- tam pela perseverança, pelo caráter e pela determinação. Esta escolha de uma marca de cosmética não é surpeendente. Helena: “Tenho os cuidados que hoje todas as mulheres têm. A diferença é que comecei a tê--los muito cedo. Quando tinha uns 14 anos, a minha mãe disse-me para começar a usar cremes todos os dias. Como comecei a trabalhar cedo e a maquilhar-me, comecei a duplicar os cremes. Depois, toda a vida fiz desporto, e isso ajuda muito, e te- nho cuidado com a alimentação.” Júlia: “Preocupo-me com a beleza q.b., não estou obcecada com isso. Tento ter cuidado com o que como, vou ao ginásio, até há uns anos fazia ténis, montei durante anos, já andei na patinagem, fiz imensos desportos.” Por quem os sinos... Helena: “A minha família é pequena e tenho de confessar que já gostei mais do Natal do que gosto hoje, porque infelizmente há pessoas que já cá não estão para o passar comigo, como os meuspais.Porém,háaquelamagia,ficosempre expectante, com aquele friozinho na barriga.” Júlia:“Passoavésperacomomeupaiesomos muitos. No dia 25, com a minha mãe e somos poucos. Acaba por haver um contraste que tem graça,porqueatalmagiadoNatalnãodesaparece emnenhumdosconceitos.Éespecial.Omeu maiordesgostofoi,aos6anos,perceber queoPaiNatalnãoexistia.Fuiaosótão eviospresentesatrásdeumarmário. Fiquei contente no ano a seguir, per- cebi que podia escolher o que queria. Nãosoudepedirgrandescoisas,agora peço sorte nesta carreira.” Helena: “Nunca peço nada, porque gosto de surpresas. O meu pedido é: “Surpreendam-me!” Já me fize- ram uma surpresa inesquecível. Quando comemorei 40 anos de carreira, umas amigas organiza- ram-me uma festa-surpresa...” CAPA ModaassistidaporSaraFerrãoFotografiaassistidaporAnaViegas MaquilhagemJoanaMoreiracomprodutosM.A.C.CabelosCristinaPeixoto HELENA ISABEL Vestido de lã fria e elastano Victoria Beckham, na Stivalli. Botins de camurça Granvito Rossi, na Stivalli. Colar de ouro amarelo, citrinos e diamantes H. Stern. Pulseira de metal com cristais Morana. JÚLIA PALHA Vestido cai-cai de jacquard de seda Carolina Herrera. Botins de pele Zillian. Brincos de metal Zara. Colar de prata Aristocrazy. Anéis de metal Massimo Dutti. “Tenho todas as características do Escorpião. É um signo muito característico, tudo o que lhe acontece é intenso: se ama, ama muito; se odeia, odeia muito.” Júlia Palha “Adoro viajar, é das coisas que mais gosto de fazer!” Helena Isabel 38 luxwoman / DEZEMBRO
  • 39. ©2015TUMI,INC. DESIGNED IN AMERICA FOR GLOBAL CITIZENS TUMI.COM Loja TUMI : Avenida da Liberdade, 242, Lisboa Aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Ponta Delgada CLAUDIA KIM · GLOBAL CITIZEN Actress & Model
  • 40. MODA 40 inspiração Colar Rose Piaget, de platina com diamantes e safiras, da Piaget, preço sob consulta. Brincos Caresse d’Orchidées, de platina e diamantes, da Cartier, preço sob consulta. Vestido de lã fria Carolina Herrera, €760. Camisola de lã Weekend Max Mara, €215. Sapatos de pele revestidos a purpurinas Miu Miu, preço sob consulta. Blusão de lã e algodão Sisley, €119. Pregadeira de acrílico com cristais Prada, €590. Carteira de pele de pitão Chloé, €1550. Top de algodão Carven, na Espace Cannelle, €187. ©VincentWulveryck ©Cartier2011 Floresinverno DE Por Sandra Dias
  • 41. OS SEUS JEANS PERFEITOS. HELENA ISABEL VESTE PUSH IN SECRET JESSICA ATHAYDE VESTE PUSH UP WONDER
  • 42. MODA 42 inspiração Relógio com bracelete de pele Skagen, €199. Brincos Nuit de Diamants, de ouro branco com diamantes e espinelas pretas, Chanel Fine Jewellery, preço sob consulta. Vestido de poliéster Primark, €35. Vestido de seda com bordados e lantejoulas Manoush, €577. Pregadeira de metal e cristais Accessorize, €12,90. Botins de pele Saint Laurent por Hedi Slimane, €995. Top soutien, de tule com bordados e aplicações metálicas, Zadig & Voltaire, €220. Céuestrelado Por Sandra Dias T ti a Dias Calças de lã fria Stella McCartney, na Loja das Meias, €665. Carteira de pele e metal Louis Vuitton, €3800.
  • 43.
  • 44. MODA 44 inspiração Vestido de seda Diogo Miranda, €332. Brincos de metal e cristais Parfois, €16,90. Clutch de pele e metal Hoss Intropia, €170. Óculos de sol de acetato Marc Jacobs, €280. Sapatos de pele revestidos de seda Prada, preço sob consulta. Parka de algodão com pelo no capuz Top Shop, €130. Pregadeira Abeille, de ouro amarelo com diamantes, granadas mandarim peridotos e safiras amarelas, da Chaumet, preço sob consulta. Vestido de seda bordado Burberry Prorsum, €11 000. Top de poliéster Mango, €25,99. insetos Pequenos Por Sandra Dias
  • 45. Kimono burgundi, €35,99. Conjunto com detalhes em renda soutien, €16,99 e slip €6,99.,99 Camisa dormir com detalhes em veludo €29,99. Body em renda com manga comprida €29,99. PUB Conjunto com detalhes em veludo soutien, €16,99 e slip €6,99. Às cores une-se a mistura de rendas, tule e aplicações de guipura que estão presentes em muitas das peças OYSHO. O veludo destaca- se pela presença em bodies e pormenores de estampados.O tule e a gaze são qualidades de tecidomuitodelicadasqueestãopresentesna coleção OYSHO junto com as rendas, que por sua vez são enriquecidas ao serem combina- dascompormenoresplissadoseestruturas. O soutien halter é a estrela desta tempora- da e vê-se cada vez mais por baixo de roupas transparentes ou decotadas. Os bodies, clara tendência deste inverno, estão presentes nu- ma grande variedade de padrões – de alças ou de manga comprida – e qualidades; opacos com um look mais de rua, provocadores que criam um efeito tatuagem, ou mais íntimo como a renda.A roupa interior em renda sua- ve dá o toque final a cada peça. WWW.OYSHO.COM Com a aposta numa paleta de pretos, azuis e cinzentos com uns toques de brilho e na combinação de diferentes tonalidades de roxo, bordeaux, burgundi e cor de beringela Oysho apresenta-nos um ambiente mais clássico, neste Natal. Este Natal, OYSHO, apresenta-nos uma mulher moderna e feminina.
  • 46. 46BELEZA escolhas PRECIOSIDADES 1/ Makeup real Victoria Ceridono, autora do blog Dia de Beauté e editora de beleza da Vogue Brasil, escreveu o livro ‘Bonita Todos os Dias’ para ensinar às suas leitoras maquilhagens e dicas de beleza simples. Com mais de 130 fotos e ilustrações, mostra as muitas maneiras de nos sentirmos bonitas, desde os make ups para o dia a dia aos visuais mais elaborados para festas. Editora Arena, €17. 2/ Bâton de luxo Combinando os ingredientes mais nutritivos com cores ultrapigmentadas, a maquilhadora americana Bobbi Brown criou um novo bâton, disponível em trinta tons: Luxe Lip Color. No El Corte Inglés, €36. 3/ Quando precisamos de ‘algo’ Adoramos o design e a eficácia dos suplementos alimentares Algo, desenvolvidos pelo laboratório português Biocol. Formulados sem lactose, glúten, pesticidas, OGM ou açúcares, há para já dez propostas, desde o Algo para a Semana Detox ao Algo para o Atchim, em ampolas ou cápsulas. Em farmácias, a partir de €9,90. 4/ Recuperação noturna Com 1% de resveratrol, considerada a molécula da longevidade, o gel-sérum Resveratrol B E, da Skinceuticals, potencia a recuperação da pele durante a noite, para acordar com a pele mais luminosa, firme, densa e elástica. Em farmácias, 30 ml, €131,20. 5/ Milagroso! Com uma textura incrivelmente leve, sedoso e não-colante, o óleo L’Extrait, da linha Absolue, da Lancôme, tem um efeito profundamente hidratante, revitalizante e fortificante, que deixa a pele de imediato preenchida, lisa e radiosa. 30 ml, €299,40. 6/ Glam’ metal Com cinco sombras, a Couture Palette Collector Metal Clash, da Yves Saint Laurent, é top. €60. 7/ Corpo sublime Ultranutritivos, os bálsamos para o corpo Baume Precieux, da Roger & Gallet, são formulados com 95% de ingredientes de origem natural e indicados também para a pele seca e sensível. Disponíveis nos aromas de rosa, flor de figueira e flor de osmantus. Em farmácias, 200 ml, €22. BobbiBrown 1/ 2/ 3/ 7/ 6/ 5/ DEZEMBROPor Anett Bohme para 4/
  • 47. J’OSE L ’ A R T D U P A R F U M ExclusivoPerfumes&Companhia
  • 48. BELEZA 48 serviços 2/Centro Médico CM2C. 1/Otro Perfume Concept. 3/Hair studio Slash. timeBeauty Cinco novos espaços dedicados à beleza, para descobrir em Lisboa. Por Anett Bohme 1/ Fragrâncias de nicho Na recém-aberta Otro Perfume Concept, há todo um mundo de luxuosos aromas de marcas internacionais para descobrir, como Amouage, Olfactive Studio, Sospiro, Evody, Aedes de Venustas e Jul et Mad, entre outras. O novo espaço, que nasceu pela mão de Hugo Banha, também tem a gama de cuidados para homen Integrall, além de oferecer um serviço de design de joias, consoante os desejos dos clientes. Fórum Tivoli, Avenida da Liberdade, tel. 216 062 636. 2/ Rejuvenescimento à la carte O cirurgião plástico Francisco Ibérico Nogueira mudou a sua clínica para um novo espaço, o edifício do Centro Médico CM2C, no Restelo. É aqui que aplica agora os seus conhecimentos sobre o envelhecimento visível e a fisionomia para ajudar os clientes a obterem uma aparência melhorada. Para estes poderem visualizar as alterações pretendidas antes da intervenção, o médico dispõe de uma nova ferramenta, o software high-tech Crisalix. Este simulador tridimensional permite pré-visualizar, através de fotografias, os resultados possíveis, que podem ser discutidos entre médico e paciente, uma questão muito importante quando se trata de implantes mamários, por exemplo. Avenida da Torre de Belém, 17, tel. 213 932 823. 3/ Multidimensional O hairstudio Slash é muito mais do que um simples cabeleireiro, já que é um espaço mais direcionado para uma clientela ativa, busy e criativa. Por isso, há tablets para o uso dos clientes e uma zona onde podem trabalhar durante o tempo de pose de uma cor, por exemplo. Há ainda serviços de maquilhagem, pela mão de Lola Carvalho, e um estúdio onde as clientes se podem deixar fotografar para registar o novo visual. Rua de Dona Estefânia, 87-A, tel. 215 841 697. Corte mulher (inclui lavagem e produtos), a partir de €34,50. 4/ Flutuar no Saldanha O Float in Spa abriu o seu segundo espaço na capital, agora com 250 m2, cinco salas de tratamento e duas áreas de relaxamento. Além dos vários tipos de massagem disponíveis, há ainda a famosa flutuação (50 minutos, €45). Perfeita para relaxar e libertar o stress, faz-nos ficarmos imersos numa cápsula com água salgada à temperatura do corpo e sem estímulos externos como luz e som. Rua Pedro Nunes, 14-A, tel. 213 880 193. 5/ Paris em Lisboa A expertise em matéria de rejuvenescimento do rosto da Carita está agora disponível nos gabinetes de estética Perfumes & Companhia. O famoso aparelho de lifting com microcorrentes Cinetic Lift Expert foi aperfeiçoado, incluindo agora também luminoterapia e massagem ultrassónica para resultados visíveis e duradouros não só sobre a pele, mas também no couro cabeludo. Para o rosto, há nove protocolos, para necessidades e tipos de pele diferentes, efetuados pelas mãos de terapeutas experientes, que ajudam a definir qual o melhor plano para cada mulher. A partir de €65. 4/Float in Spa. 5/Gabinete de estética Perfumes & Companhia.
  • 49. *Fortefrenteaosdanosdopenteadovs.Champôsemcondicionador. A nova fórmula de Pantene Pro-V penetra no interior para um cabelo mais saudável. Forte e brilhante*. Cabelo Pantene. CABELO 15 VEZES MAIS FORTE
  • 50. BELEZA 50 AssistidaporSaraFerrão cuidados de rosto Com a azáfama da época festiva, é natural ficarmos um pouco stressadas. Para que isto não transpareça no seu rosto, mostramos aqui excelentes opções apaziguantes! Por Anett Bohme Antifadiga Apague de imediato todos os sinais de fadiga e stress do rosto com as ampolas Flash, da Martiderm, à base de ácido hialurónico, silício e proteínas tensoras. Deixam a pele luminosa e ajudam a fixar a maquilhagem. Em farmácias, cinco ampolas, €13,50. DESTRESS Cuidado intensivo À base de ingredientes anti-inflamatórios, calmantes e descongestionantes, como aloé e extratos de calêndula e camomila, a Anti- -stress Face Mask, da Mesoestetic, reduz a irritação e evita a descamação da pele. Em centros de estética, 100 ml, €50,90. Pele saciada Frio e vento lá fora, alternado com aquecimento e lareiras no interior: a receita certa para deixar a pele desidratada. Faça a Mascream Máscara de Hidrogel Hidratante, da Isdin, com Aquamover, vitaminas B e C e aminoácidos essenciais, para repor os valores hídricos da pele, deixando-a confortável. Em farmácias, €8,30 cada. Limpeza suave Sem perfume nem sabão, a Loção de Limpeza, da Cetaphil, mantém o equilíbrio do pH e a função barreira da pele seca e sensível. Em farmácias, 237 ml, €17,85. L n m e p b e 2 Sweet dreams Antes de se deitar, aplique no rosto, com a pele previamente limpa, a máscara Pomegranate Sleeping Mask, da Sephora. À base de extrato de romã, descongestionante e energizante, promete um acordar sem sombra de cansaço. €4,95. Monodose Sem parabenos e com óleos de argão e de girassol orgânicos, a máscara Regenerating Face Mask, da linha Naturals, da Douglas, hidrata a pele, uniformiza o seu tom e tem um efeito anti-inflamatório. 10 ml, €1,99. Relaxante e reconfortante Para completar o tratamento de dia Óleo Extraordinário, a L’Oréal acaba de lançar o respetivo creme de noite. Neste caso (mais nutritivo), os óleos essenciais são combinados com geleia real e a hidratante flor de imperata preciosa para uma pele confortável e luminosa ao acordar. 50 ml, €12,99. Stress na cidade Para proteger o contorno dos olhos da poluição e do stress ambiental que conduz ao stress oxidativo, a Givenchy desenvolveu Vax’In Sérum Yeux D-tox, da linha City Skin Solution, que deixa esta pele fina luminosa e com um ar mais fresco e jovem. 15 ml, €57,50. Em vez de aplicar muita base e afins para disfarçar as olheiras e a tez irregular, faça uma máscara. Os benefícios são imediatos! Givenchy
  • 51. O NOSSO SEGREDO? FIRMEZA A Luísa, a Sónia e a Helena. Três mulheres. Três etapas diferentes da vida. Três fases diferentes da pele. Um segredo comum: A firmeza com que sempre encararam as suas vidas. Um ritual comum? O uso diário de Anjelif, para uma pele mais firme, no presente e no futuro. Na prevenção das primeiras rugas, no cuidado das rugas instaladas, nas manchas , a molécula patenteada Polglumyt® presente em todos os produtos da gama Anjelif, alia-se a diferentes extratos estaminais vegetais, atuando na aceleração do metabolismo energético das células da epiderme. Um verdadeiro revitalizante celular que promove a “solidez” das células, evitando a perda da firmeza e da elasticidade, o princípio do aparecimento das rugas. A Luísa, a Sónia e a Helena. Um segredo comum? A firmeza. Na vida e na pele. RÍDULAS, PRIMEIRAS RUGAS RUGAS INSTALADAS DENSIDADE, MANCHAS
  • 52. LIFESTYLE 52 bicicleta Em duas RODAS A Levi’s apresentou a sua linha específica para andar de bicicleta, a Commuter, no Velocité Café (velocitecafe.com): calças, camisas e blusões em que a ergonomia se alia a pormenores antichuva e refletores, sempre com o estilo cool da marca. Levi’s A bicicleta certa… Não gosta de andar de bicicleta? Talvez não tenha encontrado o modelo certo. Na Build My Bike, pode personalizar a sua bicicleta dependendo do tipo de utilização que lhe vai dar, dos seus hábitos, do seu estilo de vida… Que tipo de bicicleta prefere? Clássica, desportiva, vintage? Passe por www.buildmybike.pt e escolha a sua bicicleta perfeita, ou dirija-se à loja na Rua da Boavista, 146, em Lisboa. Tel. 912 157 251. De segunda a sexta-feira, das 10h30 às 19h; sábado, das 12h às 17h. Lisboa vai ter mais bicicletas No total, são 1400 as bicicletas que a capital terá ao seu dispor. Como? A capital vai ter um sistema público de partilha de bicicletas que chegará no início de 2016, designado como Sistema de Bicicletas Públicas Partilhadas (SBPP). O sistema de bike sharing é da responsabilidade da EMEL - Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa, e prevê um investimento de cerca de 29 milhões de euros. O objetivo é instalar as bicicletas em 140 postos estratégicos da cidade (pontos de recolha), promovendo, assim, a mobilidade em bicicleta como meio de transporte. A empresa será responsável pela gestão do sistema, em termos da sua manutenção e da logística operacional. Há cada vez mais pessoas a optarem pela bicicleta em detrimento do carro no percurso para o trabalho. Conheça as novidades do setor que substitui o automóvel. Por Leonor Antolin Teixeira Um guia para todos Estava farta dos guias turísticos para percursos de carro? Agora, se anda de bicicleta ou a pé, vai poder ter um guia só para si! A Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal lançou recentemente o guia ‘Ciclovias, Ecopistas e Ecovias’, com 82 circuitos e mais de 520 quilómetros, espalhados por 49 municípios. Gratuito e disponível em toda a rede de lojas e plataformas digitais do Turismo do Porto e Norte, o novo guia abrange, na sua maioria, percursos inseridos em ambientes naturais, o que tornará o seu passeio muito mais agradável. portoenorte.pt. Para ler: ‘Bicicleta à Chuva’, um livro de Margarida Fonseca Santos sobre bullying, coragem e amizade, em que uma bicicleta muda a vida de dois rapazes, Jaime e Joaquim. Coleção A Escolha É Minha, da Booksmile, €8,79.
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  • 54. ATITUDE 54 do mês Esta é uma das alturas mais esperadas do ano. Tudo parece ter um sabor especial e a expectativa e o entusiasmo que se sentem no ar até fazem esquecer o frio. Comece já a pôr tudo a postos para que a quadra festiva a encontre forte, organizada, bem-disposta e, claro, linda de morrer. Por Ana Cáceres Monteiro 2A view to a kill Uma maquilhagem bem conseguida tem o condão de esculpir o rosto com jogos de sombras e de luz. É possível afinar um nariz, levantar as maçãs do rosto ou até alterar a estrutura da cara de quadrado para oval. Se pretende um look sofis- ticado, para a passagem de ano, remate com vermelho, a cor da paixão. Uma opção perfeita será a coleção Rouge Noir Absolument, da Chanel, criada especialmente para este Natal. Verniz, €23,50, e bâton Rouge Allure, €32. festas PARA AS PREPARE-SE 1Organize-se Avizinha-se um novo ano e ser organizada é fundamental, porque demonstra que é responsável, cumpre as suas tarefas e se preo- cupa com tudo aquilo em que está envolvida e com os outros. A Dream Planner não é só mais uma agenda. É uma ferramenta prática para a ajudar a tirar o melhor proveito de 2016, que lhe vai mostrar diariamente o que é mais importante para si. Está dividida em três áreas para que possa começar por onde achar melhor. O primeiro bloco vai orientá-la a aumentar a consciência que tem de si mes- ma, o seu nível de satisfação, os seus pontos fortes e as suas resoluções. No segundo bloco, é você quem escolhe quais são as resoluções às quais se vai dedicar. Na terceira parte da agenda, pode planear passar à ação, trazendo essa planificação para a sua realidade e fa- zendo tudo acontecer. Este planeamento é acompanhado de uma revisão semanal. À venda no site dreamplanner.pt, €18. Mango
  • 55. 3Arrase! Os brasileiros dizem que “quem gosta de beleza interior é decorador”. Não terão alguma razão? Para estar linda nas festas e tirar o melhor partido do seu rosto e cabelo, ou do das suas filhas, pro- pomos-lhe dois livros: ‘Tranças e Apa- nhados’, de Alice Peuple, e ‘O ABC da Maquilhagem – 58 Lições Indispensá- veis’, ambos da Editorial Presença e ilustrados com fotografias, com todos os procedimentos em ‘passo a passo’. O primeiro permite aprender a fazer todo o tipo de tranças e apanhados ao cabelo. São 30 penteados originais para fazer em casa e imensas ideias para, com ou sem acessórios, ficar com um cabelo espe- tacular. O segundo oferece 128 páginas de lições de beleza, das mais acessíveis às mais sofisticadas, para se maquilhar como uma profissional. €10,71 e €11,90. 4Ofereça um relógio singular A convite da Swatch e por oca- sião da 56.ª Exposição Interna- cional de Arte –Bienal de Veneza, Joana Vasconcelos criou a des- lumbrante e arrebatadora ins- talação Giardino dell’Eden. A parceria entre a artista e a marca expandiu-se depois ao relógio Lookseasy, uma edição limitada Swatch Art Special. Um hino à elegância intemporal e um tri- buto à perícia artesanal, e o primeiro Art Special de sempre a incluir elementos feitos à mão. Para este projeto, Joana Vascon- celos trabalhou de perto com artesãos do norte de Portugal, especialistas na antiga técnica da filigrana. Seguindo o desenho original da artista, os artesãos criaram manualmente cada mostrador dourado de cada relógio desta edição limitada a 999 peças. O número da edição surge tanto no relógio como na embalagem espe- cial. €265. 6Fortaleça o organismo Devido às diferenças de tem- peratura, as mudanças de estação são um período crítico, sendo co- mum o aparecimento de problemas respiratórios. Para manter a imu- nidade do organismo equilibrada, com as defesas naturais ativas, en- contramos na natureza duas res- postas eficazes: a equinácea e a ace- rola. Os benefícios naturais destas duas plantas medicinais podem ser conseguidos através das Arkocápsulas, à venda em farmácias e parafarmá- cias num pa- cote promocional por €13: na com- pra de uma emba- lagem de equiná- cea, a embalagem de acerola é oferta. Party trends! A Mango recupera o mítico estilo do Studio 54 com a sua nova coleção de festa. As criações da marca têm como fio condutor a cor preta e formam looks perfeitos para uma noite acompanhada de música e espírito disco. O glam dos anos 70 apresenta-se na forma de lantejoulas e tecidos metalizados. Os bodies representam a nova proposta e são as silhuetas ideais para gozar uma autêntica noite no Studio 54 até ao amanhecer. DEZEMBRO / luxwoman 55
  • 56. 56 luxwoman / DEZEMBRO56 luxwo 7Acabe 2015 em beleza e comece 2016 em grande ‘Acabe 2015 em grande’ e ‘Comece 2016 em grande’ são as duas propostas da cam- panha da Top Atlântico que convida à descoberta de destinos de passagem de ano como a Madeira, o Brasil e Cabo Verde, e de destinos de sonho para o início de 2016 como as Maldivas e a ilha Maurícia. A oferta inclui, entre muitas outras, propos- tas de réveillon com preços desde €126 (hotel e cruzeiro no Douro) a €779 por pessoa (sete noites em hotel de três estre- las, em regime de alojamento e pequeno -almoço, na ilha do Sal), para reservas até 31 de dezembro. topatlantico.pt 9Um Natal diferente Adora juntar a família e os amigos mas não gosta de cozinhar e muito menos de ficar com a casa num caos? Quer ter um Natal de sonho num cenário de conto de fadas? A nova Pousada de Lis- boa, situada em ple- na Praça do Comér- cio, abre as portas do seu imponente Salão Nobre, permitindo- -lhe celebrar nesse local mágico a con- soada ou o almoço de dia 25 de dezembro. Uma ideia original e ul- trachique de aproveitar esta quadra num espaço histórico com um ambiente sofisticado, que pode ser a sua sala de estar por um dia. Pode convidar até 30 pessoas, esco- lher a decoração pretendida e deliciar-se com as propostas gastronómicas do pre- miado chef Tiago Bonito. O Salão Nobre da nova Pousada de Lisboa manteve-se praticamente fiel à sua configuração ori- ginal, deslumbrando quem o visita pelo seu luxuoso teto, cuidadosamente restau- rado e adornado com folha de ouro, e pelo seu esplendoroso candelabro. Preço por pessoa: €77 (bebidas incluídas). Mais informações: tels. 808 252 252 e 218 442 001. 10Quantas bolhas tem o champagne? As suficientes para a fazerem querer celebrar com mais vontade, mas com moderação, porque esta é uma bebida com fama de ‘subir à cabeça’. A Bollinger, prestigiada casa de champagne, preparou uma edição especial para assinalar o lan- çamento do último filme de James Bond, ‘007 Spectre’. Este é já o 14.º filme da saga em que a marca está presente. Em Portu- gal, há apenas 120 exemplares. A par do Bollinger Spectre Limited Edition, a marca preparou ainda um conjunto ultralimitado dirigido a colecionadores. Trata-se do Bollinger Spectre Crystal Set, que inclui uma garrafa em formato magnum de Bollinger R.D. 1988, uma colheita que estava guardada nas caves do produtor, e uma cristaleira alusiva a um polvo, com assinatura da Saint-Louis Crystalworks. Apenas foram produzidos 307 exemplares em todo o mundo, e os preços podem atingir os €7000. ATITUDE Beleza natural A Oriflame sugere-lhe uma nova fórmula com mel biológico e cera de abelha natural que promete proteger e hidratar a pele nos dias frios. Ideal para suavizar e amaciar a pele seca ou áspera, a Geleia Real Tender Care ajuda a criar uma barreira de proteção da pele, deixando uma sensação natural de suavidade e um maravilhoso aroma a mel. Por ser suavizante, proporciona conforto e acalma a pele irritada. Por ser hidratante, hidrata e suaviza os lábios e a pele seca. €14.
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  • 58. NO MASCULINO 58 pedro rolo duarte pedro.roloduarte@gmail.com Se o Natal é o tempo das melhores intenções, das boas práticas, do pensamento solidário, cabe aqui uma reflexão um pouco mais dis- tante, e mais pausada, sobre um dos casos que abalaram este 2015: a aldrabice que se descobriu sobre a Volkswagen, e a forma como, durante anos, boa parte dos automóveis saídos das fábricas do grupo eram modificados por forma a ‘portarem-se bem’ nos testes sobre a poluição que os escapes emitiam, e depois serem tranquilamente poluidores quando conduzidos pelos compradores comuns nas ruas das cidades europeias, norte-americanas, asiáticas. Não houve quem não falasse do caso e condenasse o presidente da companhia, que rapidamente se demitiu (recebendo, escandalosa- mente, uma choruda pensão). Certíssimo. Em Portugal, a empresa publicou um anúncio na imprensa que primava pela dignidade e pela seriedade: “Quebrámos a peça mais importante dos nossos automóveis: a sua confiança.” E depois deste título, um texto dis- creto, sem desculpas nem floreados, com as palavras certas para remediar o irremediável. O melhor que podiam fazer no meio de tamanho escândalo. Porém, há um lado mais humano, mais pequeno, e talvez por isso mais sinistro, que ficou a pairar sobre a minha cabeça. De forma simples: para que uma aldrabice, que fez com que milhões de carros poluíssem o nosso ar mais do que seria concebível (por Governos já de si permissivos…), durante anos a fio, havia que envolver na mes- cambilha um generoso número de profissionais. Engenheiros, qua- dros técnicos, gestores, directores de marca, directores de vendas, profissionais ligados à construção dos motores, às fábricas, aos aca- bamentos, no limite até mesmo ao design que permitia acomodar os motores dos carros no seu espaço vital. Sem querer exagerar, é razoável admitir que, na cadeia hierárquica que leva à produção de um automóvel, terá havido dezenas de pessoas que sabiam que, em nome da ganância, se manipulavam carros cuja emissão de poluentes na atmosfera seria muito superior ao desejável para as presentes e futuras gerações de seres humanos a viver à face da Terra. E é aqui que eu começo a sentir algumas náuseas. Estamos a falar de profissionais que são certamente pais, ou mesmo avós; que vivem na Terra e respiram o mesmo ar que todos nós; que deixa- ram de deitar papéis para o chão, ou começaram a separar o lixo, em nome das ameaças que fomos percebendo que se abatem sobre o planeta onde vivemos… Neste quadro, pergunto-me: quem, em consciência, e em nome do lucro, descarta o ambiente que o seu filho ou neto vai respirar? Quem, na posse das suas plenas faculda- des, é capaz de aldrabar meio mundo para obter, a troco da violação de leis razoáveis, um motor mais barato, ou mais potente, e espalhar essa aldrabice? A nenhuma daquelas pessoas revoltava uma mani- gância que, no limite, podia matar os seus filhos e netos? Foi nesta última pergunta que me fixei. E é nela que penso quando chegamos a mais um Natal, a mais um tempo de boas práticas e melhores intenções, a mais um tempo que convoca o cuidado e a atenção para com o nosso semelhante, e nos encaminha para balanços e perspectivas. Na verdade, fala-se demasiado da marca de automóveis – mas é bom não esquecer que a marca não existe a não ser nos painéis dos mercados de capitais. Por trás daquele sím- bolo, e daquele escândalo, estão pessoas. Que magicaram um crime. E o praticaram. Sem qualquer espécie de vergonha ou pudor. Não imagino quantas outras aldrabices se praticam por esse mundo fora em nome do lucro e do dinheiro – mas sei que esta, para mais vinda desse país ‘exemplar’, que sempre quer ser a Alemanha, en- tristece o meu Natal e os desejos de renovação e de redenção que não deixo de pedir para o ano que se segue. Pior: impede-me de chegar a este momento do ano e pensar que, no fundo, no fundo, não somos tão maus quanto nos pintamos uns aos outros. Se calhar, não somos. Mas por cada escândalo Volkswagen que se revela, há uma espécie de prédio enorme de esperança e boa vontade que se desmorona. Não queria escrever uma crónica triste no Natal – mas saber que há gente que não se importa de deixar os próprios filhos a respirar um ar menos puro só para garantir lucros, objectivos, dinheiro, não me dá margem de manobra para uma época puramente doce. Desta vez, há um amargo de boca. Pode ser que um sonho da minha pastelaria preferida, ou um coscorão, consiga apaziguar-me. Bem preciso. Natal é quando o homem… deixar Nota:Porvontadedoautor,estetextonãosegueasregrasdonovoacordoortográfico. A nenhuma daquelas pessoas revoltava uma manigância que, no limite, podia matar os seus filhos e netos?”
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  • 61. lazer JOIAS em exposiçãoIMPERDÍVEL De 2 a 13 de dezembro, a Boutique Cartier, em Lisboa, vai apresentar a exposição ‘Dia- mantes Cartier: Estilo e História’, mostran- do 30 peças icónicas da marca, desde uma tiara Art Déco do início do século XX até às reproduções de animais incrustados de dia- mantes. Estas peças fazem parte da Coleção Cartier, um projeto que ganhou nome em 1983 mas foi iniciado em 1970 com o intui- to de reunir e conservar peças-chave da produção da casa francesa: as joias, os re- lógios, as peças decorativas… Hoje, a Cole- ção Cartier é composta por mais de 1500 produções realizadas entre 1860 e 1999, e continua a crescer. O que vamos ver em Lisboa é só uma amostra… mas uma amos- tra muito boa. C.M. pág. 62 o que fazer Ir ao Congresso do Bombo, aos concertos dos The Gift e ao cinema ver ‘Moby Dick’. pág. 76 Matt Preston O jurado do ‘Master Chef Australia’ quer jantar com Cristiano Ronaldo!
  • 62. DavidKoskas dezembro LAZER 62 CINEMA ‘DOWNTON ABBEY’ O fim “Ainda bem que terminou”, disse Maggie Smith. “Com os anos que passaram desde o início de ‘Downton Abbey’, a minha personagem já deveria ter uns 110 anos.” Talvez não fosse tanto, mas a verdade é que muito passou desde que, há seis anos, ‘Downton Abbey’, uma humilde série de época britânica da ITV, se tornou um inesperado fenómeno internacional. Há seis anos, ‘Downton Abbey’ começou com um nau- frágio do Titanic. Depois, deu o golpe de misericórdia na tradição vito- riana, sobreviveu à Primeira Grande Guerra, fechou a belle époque e avançou estrada fora em direção aos roaring twenties, abrindo espa- ço às revoluções sociais e aos direitos sexuais. Com o passar dos anos, ‘Downton Abbey’ (série e família) perdeu nobreza e grandeza. Por isso, é grande a curiosidade em saber como e onde tudo irá termi- nar. Spoilers para a derradeira temporada? Tom regressa da América, Robert pensa reduzir o seu staff, haverá pelo menos um funeral e dois casamentos, e a cozinha de Mrs. Patmore recebe o seu primeiro frigo- rífico. O tempo muda. Às terças-feiras na Fox Life. KATE WINSLET É A MODISTA Os críticos dizem que é uma espécie de “comédia de vingança”. Nos anos 50, Tilly Dunnage (Kate Winslet) regressa à sua terra natal na Austrália depois de ter sido proscrita pela comunidade local, que a acusou de homicídio. Os longos anos de desterro levaram-na ao mundo da moda: Londres, Paris, Milão. Agora regressa com estilo, substância e capacidade de usar a moda como uma arma silenciosa, não apenas para o corte e a costura. ‘A Modista’ não vem apenas para ver como andam as modas. Estreia a 3 de dezembro. O MEU FILHO É LOLO A quarentona parisiense Violette (Julie Delpy) vai de férias sem compromissos e regressa encantada: encontrou um Jean-René (Dany Boon) que, apesar de ser técnico informático, pode vir a ter algum potencial. Jean-René acredita que sim e segue-a até Paris, onde está a vida dela e também uma peste chamada Lolo (Vincent Lacoste), o filho de 19 anos de Violette, que promete tornar num inferno a vida de Jean-René. ‘Lolo’ é a nova comédia realizada pela atriz Julie Delpy e pôde ser visto na Festa do Cinema Francês este outubro. Estreia a 17 de dezembro.
  • 63. DEZEMBRO / luxwoman 63 O QUE FAZER EM Por Miguel Somsen BEM-VINDOS À JUVENTUDE Um compositor reformado (Michael Caine) é enviado pela filha (Rachel Weisz) para uma estância de saúde onde faz tratamentos ao mesmo tempo outro veterano (Harvey Keitel) que o obriga a olhar para trás na vida, em direção à sua juventude. Está feita a aproximação do mais recente filme do italiano Paolo Sorrentino, um realizador cuja perspetiva desencantada do mundo resulta quase sempre em estimulante cinema para gente grande. ‘A Juventude’ estreou em Cannes em 2015 e chega às nossas salas sem ter envelhecido um único minuto. É nisto que nos queremos tornar quando formos grandes? Estreia a 3 de dezembro No coração de Moby Dick O que aconteceu a bordo do Essex em novembro de 1820 ninguém sabe ao certo, mas leu-se a história contada por um dos oito sobreviventes, cuja narrativa mais tarde viria a dar origem a ‘Moby Dick’, de Herman Melville. O barco com vinte tripulantes foi atacado por uma baleia no Pacífico Sul, deixando os marinheiros à deriva em pequenos barcos durante dias, semanas, meses. Quanto dessa grotesca realidade sobreviverá no novo filme de Ron Howard? É uma das razões por que queremos ver ‘No Coração do Mar’ com os pés bem firmes em terra. Estreia a 10 de dezembro. dezembro
  • 64. 64 luxwoman / DEZEMBRO LAZER Três amigos passam a véspera de Natal juntos desde a morte dos pais de um deles, precisamente numa véspera de Natal. É assim há 14 anos. Para fazer esquecer um pouco a memória da perda, os três amigos (Seth Rogen, Joseph Gordon Levitt e Anthony Mackie) mantêm o ritual de pintar a manta na véspera de Natal, mas, em 14 anos, muito mudou: os três homens constituíram família e as prioridades mudaram. Portanto, a decisão está tomada: acabar com a tradição de véspera de Natal com amigos, mas acabar em grande, com uma última noitada, talvez a mãe de todas as consoadas. Estreia a 3 de dezembro. Tina Fey e Amy Poehler. Amy Poehler e Tina Fey. Tina Fey e Tina Fey. Amy Poehler e Amy Poehler. Não ficam por aqui as combinações possíveis para esta dupla-maravilha que já apresentou três Golden Globes e que chegou a ser avançada como provável dupla de hosts para os Óscares de 2016 (entretanto, a escolha recaiu em Chris Rock). Tina Fey e Amy Poehler fizeram o seu primeiro filme juntas em 2008 (‘Baby Mama’) e regressam ao lugar do crime como duas irmãs improváveis que decidem organizar uma derradeira festa de arromba antes de os seus pais venderem a casa de família. ‘Só Podiam Ser Irmãs’ estreia a 24 de dezembro. JÁ FEZ A SUA RESERVA PARA O ‘HOTEL TRANSYLVANIA’? O Hotel Transylvania foi construído para receber todo o género de figuras marginais e fantasmagóricas, preferivelmente zombies e vampiros, mas tudo mudou na gestão daquela ‘unidade hoteleira’ quando o primeiro hóspede humano decidiu fazer check in nas instalações do Conde Drácula. Agora, uns anos depois do primeiro filme, ‘Hotel Transylvania 2’ tem um novo dilema a enfrentar: o neto de Drácula, criança metade humana e metade vampiro, não convence como vampiro. Por isso, é preciso dar-lhe um tratamento especial, preferivelmente longe da Transilvânia. Atenção à entrada em cena de um tal Mel Brooks. Estreia a 10 de dezembro. Girls Boys
  • 65. DEZEMBRO / luxwoman 65 O que mudou para os The Gift nestes 20 anos? Muita coisa. Acho que soubemos amadurecer, mas, apesar de tudo, continuamos os mesmos, sempre com vontade de fazer mais e melhor. Como foram pensados os espetáculos de celebração? Quem consideram importante ter ao vosso lado e a aplaudir-vos nesta data redonda? Foram pensados a partir dos fãs e de todas as pessoas que nos acompanham e nos acompanharam neste longo caminho. Queremos mimá-los com dois espetáculos inesquecíveis, para lhes agradecer tudo o que fazem por nós. Vão lançar um disco com os temas que mais marcaram a vossa carreira e um livro que faz o balanço do vosso percurso. Como foram escolhidos esses conteúdos? Escolhemos as canções mais emblemáticas, mas também algumas menos conhecidas que representam muito para os nossos fãs. Que projetos têm para o futuro imediato? Para já, estamos cem por cento focados nestes concertos e em tudo o que acompanhará esta celebração. São muitas as novidades que temos para dar, que a seu tempo revelaremos. Posso dizer que quem quiser pode ficar a conhecer toda a história dos The Gift de fio a pavio. E a longo prazo? A longo prazo, certamente pensaremos num novo disco e numa nova etapa. Chegaremos a comemorar os 40 anos dos The Gift? Espero que sim. Estamos com força para isso. Pelo menos, por enquanto. Os espetáculos terão lugar no Pavilhão Multiusos de Guimarães e no MEO Arena, e os bilhetes custam entre €17 e €40 na cidade-berço e entre €22 e €45 na capital. A.C.M. ANGEL DERADOORIAN NO MARIA MATOS Dizem que é uma das vozes de 2015. Que encantou Bjork e Vampire Weekend com apenas um disco. Que cantou numa série de temas do último álbum de Brandon Flowers, dos The Killers. Dizem que foi formada para a música aos 5 anos, com influência dos pais, artistas nova-iorquinos. Dizem que quem a ouve já não a larga. Que já era assim quando ela fazia parte dos Dirty Projectors, banda de Brooklyn que largou há três anos. Dizem que vai arrasar o Teatro Maria Matos, em Lisboa, que os bilhetes vão esgotar, que devíamos despachar-nos. Pode não ser verdade, mas eles dizem que sim, que é verdade, que convém não deixar para a última o que deve estar em primeiro. Teatro Maria Matos 24 de novembro, 22h Bilhetes entre €7 e €14. The Gift COMEMORAM 20 ANOS DE CARREIRA NO DIA 12 DE DEZEMBRO EM GUIMARÃES E NO DIA 19 EM LISBOA, OS THE GIFT DARÃO DOIS CONCERTOS COMEMORATIVOS DE DUAS DÉCADAS DE ATUAÇÕES. PARA ASSINALAR A EFEMÉRIDE, A BANDA DE SÓNIA TAVARES APRESENTA AINDA UMA COLETÂNEA COM AS CANÇÕES QUE MAIS MARCARAM A SUA CARREIRA E UM LIVRO QUE CONTA “SEM QUALQUER TIPO DE CENSURA” TUDO O QUE VIVERAM E SENTIRAM ATÉ AGORA. PALCOS
  • 66. 66 luxwoman / DEZEMBRO ESTE NATAL ‘UMA FAMÍLIA É UMA FAMÍLIA É UMA FAMÍLIA’ “Uma rosa é uma rosa é uma rosa”, dizia Gertrude Stein. Uma família é uma família, dizem Eugénio Roda e Joana Providência, autores do desafio lançado pelo Teatro Maria Matos no segundo fim de semana de dezembro, com Natal à porta. “Afinal o que é uma família? Em que bolso da família cabem os amigos? E as árvores têm família? E uma família de números quantos são à mesa? E de que cor é a lã da ovelha negra da família? E o miar do gato soa familiar? Cada família tem uma história para contar. E cada história tem uma família de histórias por descobrir. É o que vai acontecer já a seguir.” O texto é de Eugénio Roda, a encenação de Joana Providência, a matéria familiar será a nossa. Teatro Maria Matos 11, 12 e 13 de dezembro Bilhetes a €3 (criança) e €7 (adulto). Conte-nos tudo sobre a pornografia desta sua nova peça e o humanismo que ela esconde ou revela. É um espetáculo que cruza histórias de santos populares com outras de estrelas porno. Uma mistura explosiva sobre a nossa relação com as imagens, sejam elas santas ou porno. Sobre a necessidade de termos ícones, estímulos, apegos. De como esses consolos ficcionados nos servem de apoio. Também é sobre aquilo que existe para lá da nossa relação com essas imagens: quem são esses santos e esses pecadores? Que vida teve António para ser santo? Porque é que uma ex-estrela porno não pode ter uma vida ‘normal’ depois da carreira? É aí que encontramos realidades bem mais interessantes, nesse momento em que as imagens têm vida privada. A iconografia pop continua a marcá-lo: Veronica Lake, Cândida Branca Flor, António Variações. Este é um trabalho mais abrangente ou também foi inspirado por um caso particular? Puxou-me toda a imagética pop dos santos populares e das estrelas porno, mas sobretudo inspiraram-me as histórias. Toda uma caixa do mal contra o bem, com 1001 personagens. Tem sido uma viagem imensa (há mais de mil santos e estrelas porno, pois então...). Há quantos anos não fazia estes solos em palco? O que mudou em si nestes anos? O meu último solo foi há uns anos... Sobre a Veronica Lake, uma bela e trágica atriz de Hollywood. A seguir, encenei e escrevi uma nova versão de ‘Os Pássaros’, mas aí não entrava como ator. Continuo igual. Fazer uma peça destas a solo é uma boa forma de tratar a solidão por tu? Escrever, encenar, cenografar e interpretar um solo é muito doloroso. Não há nada glamoroso na criação, ao contrário do que as pessoas pensam. Dá-se cabo da vista e das costas, no computador. Ensaia-se sozinho. Fica-se impossível de aturar, porque tem de se estar em todo o lado ao mesmo tempo. No final, é muito recompensador. Não sei se tudo isso é solitário. É apenas mais exigente e cansativo. Quando o artista tem de fazer trabalhos menos artísticos para sobreviver, a arte desaparece? A arte nunca desaparece. Só não paga contas. Pelo menos, a mim. Ainda. ‘Santos e Pecadores’ Espaço Rua das Gaivotas, 6, Lisboa. Espetáculos de 14 a 19 dezembro Bilhetes a €7. LAZER André Murraças Santo ou pecador? O regresso polissémico de André Murraças aos espetáculos a solo é a melhor das desculpas para tentar perceber se o sucesso de um artista é obra do diabo ou prova da existência de Deus. JoanaProvidencia
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  • 68. 68 luxwoman / DEZEMBRO LAZER Conte-nos tudo sobre este concerto de Natal em Sintra. Vai ser exclusivamente Natal ou recupera reportório dos seus discos a solo? Vai ter uma toada forte de Natal, sim, com canções mais diretamente ligadas à quadra e convidados especiais. É também a apresentação do disco que lancei este ano, ‘Segundo’, de onde acabei de extrair o single ‘Fado do Fim do Mundo’. Além da celebração, através do intimismo vou tentar criar aquela magia dos momentos de paz a que esta época normalmente se associa. Apesar de termos grandes artistas em Portugal, não temos uma grande produção de música de Natal no nosso país. Temos vergonha do Natal e vivemos tudo às escondidas? Já começa a inverter-se essa situação, ligada ao preconceito que aponta o Natal meramente como época consumista e de hipocrisias. Muitos dos temas relacionados com o Natal, desde há muito, eram temas cinzentos, tristes, quase a pedirem desculpa por falarem de Natal. É claro que há uma componente ilusória no Natal, mas felizmente que apareceu uma série de temas de Natal com energia positiva e otimismo, quer assumidos por estações de rádio e televisão quer pelos próprios artistas em lançamentos comerciais ou independentes, até nas redes sociais. Este processo de muitas vezes criar em contraciclo (ou lançar vinil quando toda a gente consome mp3) tem a ver com necessidade sistemática de se renovar? É uma espécie de regresso ao futuro, uma atitude assumidamente conservadora, saltando para a frente. O vinil é um formato em crescimento, junto da gente jovem e para quem gosta realmente de ouvir música. De ouvir música sem ser só no computador ou nos headphones, de onde não tiramos todo o partido das gravações que os artistas, de modo tão cuidado, criam em estúdio. Para ouvirmos álbuns, obras em vez de playlists, para apreciarmos o artwork das capas em vez dos insignificantes thumbnails. Acho saudável recuperarmos coisas do passado, especialmente se nada no presente estiver à sua altura. O Natal não é apenas quando um homem quiser mas principalmente quando nasce uma criança. O nascimento da sua menina Glória em outubro muda a perspetiva das coisas este ano? Isso vai refletir-se neste concerto? Sim, já faltava um baby Jesus para a noite de Natal em família. Será certamente uma noite muito feliz, até porque as crianças, tal como o Natal, aligeiram-nos o peso das costas, com o qual vivemos diariamente. O concerto celebrará o Natal, que é a palavra para nascimento, para crentes ou não crentes. Logo, a omnipresença da Glória far-se-á sentir em palco... Sei que és acima de tudo um melómano. Quais os discos de 2015 que mais gostou de ouvir e nos pode recomendar? Os álbuns de que mais gostei este ano foram discos de canções, como há algum tempo já não se ouviam, se calhar voltando atrás, muito atrás, mas reinventando palavras e melodias da música popular. Destaco alguns dos que mais ouvi: o ‘Goon’, do Tobias Jesso Jr, o ‘Fading Frontier’, dos Deerhunter, ‘Saturns Pattern’, do Paul Weller, ‘Fresh Blood’, do Matthew E. White, e a versão do ‘1978’ (de Taylor Swift) por Ryan Adams. ‘O Natal segundo Miguel Ângelo’ Centro Cultural Olga Cadaval 5 de dezembro, 21h30 Bilhetes a €12 e €15. O Natal segundo Miguel Ângelo Real Bodies O CORPO HUMANO É UM REALITY SHOW Somos todos diferentes mas todos iguais, somos todos comuns pela vida que partilhamos e particulares pelo corpo que temos. Somos determinados pela forma como o usamos, abusamos e esgotamos, pelos desafios que lhe lançamos, pelos limites que nele testamos, pela preguiça que detestamos. Somos humanos, temos um corpo que nos identifica, um corpo que é feito de pele e sangue, que se alimenta de energia, movimento e circulação, mas que também sobrevive ao desconhecimento. É essa inconsciência que agora é colocada à prova em Real Bodies, “a maior e mais completa exposição de órgãos e corpos humanos reais a passar por Portugal”, patente em dez galerias de uma área de 1700 m2 na Cordoaria Nacional, em Belém. Leve o seu corpo e descubra a alma que existe nele. Cordoaria Nacional, em Belém Todos os dias das 10h às 20h. Bilhetes entre €11,50 (crianças) e €15,50 (adultos). Pack família, €39,50. A poucos dias do concerto de Miguel Ângelo no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, fomos falar com o ex-Delfim sobre o segundo álbum, a sua nova paternidade e o eterno espírito de Natal.
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  • 70. 70 luxwoman / DEZEMBRO LAZER Porquê um Congresso do Bombo e porquê agora? Com o surgimento do Tocá Rufar em 1996, espoletou- -se um movimento que trouxe o bombo tradicional português para a ribalta. Não se imaginava a dimensão que esse movimento iria ter. Foi tudo muito rápido e espontâneo. O Congresso do Bombo surge de um impulso de desaceleração: parar, pensar sobre o que se fez, voltar a olhar para a origem (os grupos de bombos tradicionais) e pensar o futuro com mais entendimento. Qual é o ambiente atual face à música tradicional? Ainda há preconceitos? Acreditamos que é necessário criar (talvez forçar) contextos que promovam a audição e a vivência quotidiana das artes tradicionais. Isso pode e deve fazer-se no âmbito escolar, vocacional e/ou profissional, mas também, e com igual empenho, em âmbito amador e recreativo. Dificilmente alguém vai hastear uma cultura que lhe está distante. Um dos pontos do congresso é debater “a integração das expressões culturais tradicionais nos sistemas educativo.”E “formas inovadoras de ensino inspiradas na cultura tradicional”. Como é que isto pode ser feito? Tem de se desenhar um projeto educativo bem fundamentado, responsável e inovador, que alie um profundo A Pôpa Fiction BY MÁRIO BELÉM Mário Belém é um dos artistas mais estimulantes da sua geração, mas não gosta muito de dar nas vistas. O trabalho fala por ele: a escadaria da Pensão Amor, o Mural do Desassossego na LX Factory e a mais recente Aparatosa Envolvência Botânica na parede sul da Gin Lovers Príncipe Real desde outubro. Este Natal, a arte de Mário Belém pode chegar também a nossas casas, uma vez que ele foi o autor dos três rótulos da coleção Pôpa Fiction, da dupla de produtores durienses Stéphane e Vanessa Ferreira. The Grape Escape, In the Flesh e Hot Lips resumem-se como uma provocação de cinema e arte pop em três tintos DOC de eleição da Quinta do Pôpa. Edição limitada a 2550 garrafas com o preço de €29. Beba o vinho, guarde as garrafas, aprecie a arte. NATAL TERRA LUSA Este Natal, a coleção da Terra Lusa apresenta duas propostas de miniguarda- -chuvas e ecossacos inspirados na azulejaria ponta de diamante, um modelo maneirista de origem andaluza que se desenvolveu em Portugal no século XVII. É essa a vantagem do clássico: nunca passa de moda. Mais em www.terra-lusa.com Nos dias 28 e 29 de novembro, realiza-se o 1.º Congresso do Bombo, na Aula Magna, em Lisboa. Falámos com Maria Ceia, diretora artística da Tocá Rufar, que organiza o evento e nos explica porque é que um dos palestrantes é o economista Augusto Mateus. Por Carla Macedo conhecimento das artes tradicionais à vanguarda dos métodos educativos do ensino artístico. Isso consegue-se com paixão, criatividade e muito trabalho. É uma obra de equipa, porque há muitos saberes envolvidos. Depois disto, não poderá ser muito difícil convencer os órgãos de decisão de que a ideia vale a pena. Ter o economista Augusto Mateus num congresso sobre um instrumento como o bombo é curioso. Qual é a ideia deste painel? Quando lemos as palavras que escreveu, tivemos a certeza de que torcíamos pela mesma equipa: “O futuro das economias europeias, bem como da economia portuguesa, depende decisivamente da respetiva capacidade em colocar a cultura, a criatividade e o conhecimento no centro das atividades económicas.” E se isto for verdade também para o bombo e a sua cultura? É uma hipótese ambiciosa. Há aqui também um conceito daquilo que pode ser o País. A sua ideia é pôr Portugal inteiro a tocar bombo? O bombo é um instrumento para ser tocado por um povo inteiro e não por indivíduos isolados. O bombo exige força mas sensibilidade, resistência mas tento, assusta e enternece... Depois, a força do grupo exacerba tudo isto. Os bombos portugueses têm um som único e exótico, que é nosso. Portugal inteiro a tocar bombo significa Portugal orgulhoso das coisas singulares e boas que fazem parte da sua identidade. Sempre a bombar
  • 71. PENTEADOS PARA UM DIA DE FESTACom o Natal e a Passagem de Ano à porta, os penteados de festa ganham relevância. Porque acreditamos que as ocasiões especiais merecem looks deslumbrantes, deixamos aqui algumas sugestões para um dia especial de festa. A influência dos anos 70, mar- cada por um estilo Boho, com ondas soltas, leves e informais, é uma das tendências mais marcadas. Para uma ocasião mais formal, o cabelo preso e direcionado apenas para um dos lados ao estilo Boho Chic, é uma ótima aposta. A nova Laca Criação TRESemmé Make Waves vai facilitar o penteado, definindo o movimento e a vivacidade das ondas por várias horas. O rabo-de-cavalo é outra das opções para estes dias. Nesta temporada aparece bai- xo, preso na nuca, simples e muito liso. A Laca Criação TRESemmé Get Sleek, com resistência anti-frizz e textura suave, é ideal para manter o liso perfeito durante mais tempo. O já famoso Bob é um dos cortes mais falados atualmente, mas muitas vezes o medo impende-nos de arriscar. E se fosse possível usar o famoso Bob sem cortar? O penteado chama-se Fake Bob e consiste em prender o cabelo de forma a criar volume e a ilusão que cortou o cabelo. O truque é fixar o ca- belo com ganchos atrás, aplicando a nova Laca Cria- ção TRESemmé Max The Volume, desde a raiz até às pontas. O resultado final é glamouroso e surpreendente sem se comprometer com um corte radical. por João Borges & Nuno Loureiro Hair Stylists TRESemmé PUB
  • 72. CONHECER 72 hyeonseo lee yeonseo Lee nasceu na Coreia do Norte há 34 anos. Fugiu sem prever o que iria encontrar. Tinha 17 anos e apenas sabia que o país em que tinha crescido não era, afinal, o melhor do mundo, o dos grandes líderes que faziam sacrifícios pelo povo, conforme lhe tinham dito durante o seu crescimento. A fome que atingiu a Coreia do Norte nos anos 90 e o confronto com as imagens televisivas que recebia ilegalmente em sua casa, de uma China próspera, fizeram-na questionar o que até ali tinha tido como verdade absoluta. Foi à aventura e ficou separada da família durante 12 anos. Voltou ao país para resgatar a mãe e o irmão do regime opressor. Depois de um ano em viagem, restabeleceu-se na Coreia do Sul. Foi às conferências TED falar da sua expe- riência e hoje identifica-se como ativista política, e foi nessa qualidade que quis escrever ‘A Mulher com Sete Nomes’. Hyeon- seo Lee veio a Portugal para promover o livro e contou à LuxWOMAN histórias reais que parecem impossíveis. Como é que decidiu fugir da Coreia do Norte? Como é que foi esse processo mental? Eu tinha 17 anos e não sabia exatamente o que estava a fazer. Até essa altura, acreditava que o meu país era o melhor do mundo, um paraíso, e sentia imenso orgulho em ter nascido lá e em ter um grande líder a cuidar de mim. Depois, veio a fome e vi pessoas morrerem na rua à minha frente. Foi cho- cante. Vi pessoas a morrer desde pequena. Quando entramos na escola primária, passamos a ser obrigados a ver as execuções públicas, mas isto era diferente. Ver pessoas morrerem de fome na rua é muito mais chocante. Ao mesmo tempo, como vivia numacidadefronteiriça,viaànoiteatelevisão chinesa…Ficavaesmagadacomaabundância em que a China vivia na altura. Era chocante porque a China era também uma república comunista e ainda assim as pessoas não passavam fome? O mais chocante era acreditar que o meu país era o melhor do mundo e no único país de que eu conhecia alguma coisa, porque não sabia mais nada sobre qualquer outro país, ver tanta riqueza. No meu país, as pessoas morriam de fome. Como é que podia ser o melhor do mundo? Não fazia ideia de que vivíamos numa ditadura, não havia forma de saber isso. O discurso político fazia-vos acreditar nessa grandeza. Como é que essa mensagem passava nas conversas privadas? Desde que me lembro, a propaganda era imensa e entrava em todos os minutos da vida. Acreditamos que os líderes são deuses, consideramos que são os seres humanos mais importantes de todos. Na minha cabeça, o Querido Líder era a pessoa mais importante do mundo, só depois vinham os meus pais e depois eu. Enquanto somos crianças, ensinam-nos coisas ridículas, como que o ditador matou os inimigos quando tinha cinco ou seis anos, que usou um arco- -íris para passar de uma margem de um rio para a outra, como se fosse uma ponte… É uma mitologia? Sim. É claro que mais tarde deixei de acre- ditar nessa história do arco-íris, mas toda a gente acredita nos superpoderes do líder. Como estamos isolados do mundo exterior, acreditamos que é verdade, acreditamos que eles são deuses. Só temos um canal de televisão e só faz propaganda política: passa o tempo a mostrar os grandes feitos do Querido Líder, o que ele fez por nós, os sacrifícios que fez pelo povo, com vozes tristes e música a condizer. Acaba por ser muito emotivo e funciona. O Querido Líder tinha um perímetro abdominal enorme e eu, um dia, perguntei à minha mãe porque é que ele tinha essa barriga tão grande. Na Coreia, não é habitual os homens terem Teve sete nomes para não ser repatriada, foi imigrante ilegal e conta como é viver sob opressão. A liberdade demorou muito tempo a chegar, mesmo depois de sair do território geográfico da ditadura. Agora vive na Coreia do Sul e diz que temos, nas democracias, a obrigação moral de receber os refugiados. Conheça ‘A Mulher com Sete Nomes’. Por Carla Macedo política Refugiada Planeta, €20,95.
  • 73. DEZEMBRO / luxwoman 73DEDEDEDEZDEZDEZDEZDEZDEZDEDEZDEEZZDEZDEZDED EMBEMBEMBEMBEMEMBEMBEMBBBBBBBBEMBEMBROROROROROORROORROOORORR ///////// lululululuuuuuuluuuuluuluuxwxwxwxwxwxwxwxwxwxwxxxwxwwxwxwwx omomomommmmmmommmmmmmmmommmmmmmmmmmananaanannnnnnnnnanannnnnnnnnn 7373737373333737 Coreia do Norte desde quando? A península da Coreia já foi um único país. Em 1910, foi ocupada pelo Japão. O estatuto de colónia só viria a desaparecer em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial. A península foi dividida ao meio: o norte ficou sob administração da União Soviética, com capital em Pyongyang, e o sul foi oferecido aos Estados Unidos da América, com a capital em Seul. A ideia era reunificar os territórios, partindo da realização de eleições livres em 1948. O sufrágio para uma Coreia unida não se realizou: houve eleições com candidatos e métodos distintos nas duas metades da Coreia, naquele ano. Em 1950, começou uma guerra que, até ao final, três anos depois, matou três milhões de pessoas. Kim Il-Sung criou a sua própria ideologia, a Juche, em que defende a independência económica e política de países estrangeiros, a coletivização da agricultura e da indústria, o culto da personalidade do líder, a militarização da sociedade, o nacionalismo e a defesa da homogeneidade étnica. O calendário adotado passou a considerar ano 1 o ano do nascimento de Kim Il-Sung (1912). Foi ele, o Grande Líder, que conduziu o país até à sua morte, em 1994, inicialmente como primeiro-ministro e depois (a partir de 1972) como presidente. Sucedeu-lhe o filho, Kim Jong-il, o Querido Líder, que governou até à morte, em 2011. Em 2009, tinha nomeado o filho Kim Jong-un para lhe suceder. Este é hoje o líder supremo da Coreia do Norte e, apesar de ter estudado na Suíça, não dá mostras de querer abrir o país ou suavizar as políticas repressivas. uma barriga volumosa… E o que é que a sua mãe respondeu? Respondeu-me que o Grande Líder Kim Il Sung tinha um problema de saúde por causa dos sacrifícios que tinha feito pelo povo, e que a doença era tão grave que tinha passado para o filho, o Querido Líder Kim Jong Il, que por sua vez também fazia imensos sacrifícios pelo povo… Os adultos dizem isso porque acreditam ou porque têm medo de ser apanhados a dizer o contrário? Acreditam! Acreditam! Vivemos com medo, e já é tão normal que nem notamos. Por um lado, há a propaganda emotiva sobre os sacrifícios dos líderes pelo povo; por outro, há o medo das execuções públi- cas. As pessoas são mortas em público por razões políticas, e as suas famílias desapa- recem a meio da noite. Isso aconteceu com um amigo do meu pai, que foi denunciado por corrupção e julgado imediatamente: foi preso num campo de concentração e toda a sua família foi banida para o campo. Se não vamos a uma execução pública ou faltamos a um compromisso público, podemos ser presos. A melhor forma de viver com segurança na Coreia do Norte é ser ignorante, acreditar em tudo e fazer tudo como nos dizem. Quem for esperto, quem se interessar por política, quem questionar alguma coisa, vai ter uma vida perigosa. Como é que foi a fuga para a China? Na mesma altura que eu saí, saíram mais pessoas. Pensei em fazer como essas pes- soas, porque o? único país. o. O estatuto recer em ra Mundial. io: o norte ão Soviética, e o sul foi da América, eunificar ágio para étodos ma guerra s. pendência ra e da acionalismo siderar conduziu epois erido ho orte s
  • 74. CONHECER 74 luxwoman / DEZEMBRO Sempre me considerei uma mulher forte, que ultrapassava todos os obstáculos, mas foi muito doloroso revisitar o passado, e sobretudo reviver a segunda fuga, aquela que fiz com a minha família. Estava tudo demasiado fresco. Estivemos quase a ser apanhados muitas vezes na China. Houve um momento horrível, quando soube que a minha mãe e o meu irmão estavam presos no Laos. Percebi que é um verdadeiro trauma. Tive de parar muitas vezes. Escrevi este livro para criar mais consciência sobre o problema, para ter mais pessoas na minha campanha pelos direitos humanos na Coreia do Norte, eporquelevantaquestõesquesãosemelhantes noutras partes do mundo. Há milhões de pessoas em fuga no mundo de hoje – das ditaduras, das guerras, da pobreza. Qual seria a forma mais correta de receber os refugiados? Toda a gente sabe a resposta: temos de receber as pessoas. Na verdade, somos todos refugiados, mas estamos em situações diferentes. Não se pode comparar refugiados com dissidentes políticos, porque eu, enquanto opositora a um regime, nunca terei um país para onde voltar. No meu país, o Governo enlouqueceu, coloca as pessoas em campos de trabalho sem razão alguma. Na China, por ser dissidente da Coreia do Norte, eu estava em perigo, podia ser presa, repatriada. Eu nem sequer queria ficar na China: a maioria dos desertores da Coreia do Norte quer alcançar a Coreia do Sul, que nos recebe bem. Ou seja, são situações muito distintas. Olhando para o problema de uma forma global, sim, somos todos refugiados. Olho para as fotografias dos refugiados que chegam à Europa, as suas caras tristes, e consigo rever-me neles, embora talvez daqui a dez anos estas pessoas possam voltar aos seus países… Eu não: não me parece que em dez anos alguma coisa mude na Coreia do Norte.Provavelmente,ospaíseseuropeusnão têm obrigação de receber estas pessoas, mas elas são pessoas e há uma obrigação moral. Se calhar, são a sua única esperança. São seres humanos! Não podemos agir como se nada estivesse a acontecer. Temos de ser bondosos! Temesperançadevoltaravivernoseupaís? É a minha grande esperança. É por isso que estou a fazer este trabalho. Acredito que a ditadura não pode durar para sempre. Vou continuar a lutar para que a comunidade internacional pressione a Coreia do Norte. O meu país tem de mudar, tem de se abrir ao mundo. tinha muita curiosidade sobre o mundo exterior. Queria saber se aquilo que via na televisão chinesa era verdade ou ficção. Na altura, não tinha noção de que estava a fugir. Agora percebo que era isso que estava a fazer, mas à época não percebíamos o que era fugir, nunca nos tinham ensinado isso, nem sequer conceptualmente. Nunca tínha- mos ouvido falar de gente que tivesse fugido. Então, não conhecia os perigos que iria enfrentar? Não havia forma de saber. Agora, as pessoas já sabem, depois de muita gente ter saído. Agora, há mais notícias do mundo exterior. Na altura, não se sabia nada. Foi um choque chegar à China e passar a ser imigrante ilegal? Pensava que tinha um mundo fascinante à minha espera, pronto para me receber, e descobri que esse mundo não era para mim. Ser dissidente político da Coreia do Norte não é bem visto na China, e é o que passamos a ser quando passamos a fronteira ilegal- mente. Por isso, tive de me esconder. Três anos depois de chegar, fui denunciada e apanhada pelas autoridades chinesas. Foi um amigo chinês que me denunciou, a troco de dinheiro. Nessa altura, vi outros fugitivos da Coreia do Norte e pensei que aquela má sorte não era para mim. Consegui convencer as autoridades de que era chinesa, porque falava corretamente e porque a minha cali- grafia era perfeita, e a caligrafia chinesa é muito difícil. Depois disso, fugi para Xangai, porque é muito mais fácil escondermo-nos numa cidade grande, e também é mais fácil nãofazermospartedacomunidadedissidente. Não queria esse estatuto para mim! Mudei muitas vezes de nome para proteger a minha identidade, para que não se soubesse de onde vinha, para ter mais possibilidades do que as que estão reservadas aos desertores. Ser mulher torna mais fácil ou mais difícil ser refugiado? Há mais mulheres refugiadas da Coreia do Norte do que homens. É mais fácil, sendo mulher, sobreviver em países estrangeiros. Na China, estas mulheres são vendidas como escravas sexuais, os homens não são vendidos. As mulheres não sabem que isso lhes vai acontecer. Têm mais facilidade em passar do que os homens, por esta razão. Elas vão para a China para trabalhar e ganhar dinheiro, mas, como não sabem falar chinês, como não têm ligações na China [Hyeonseo Lee tinha uns tios afastados, que a receberam], acabam por ser vendidas. Depois, depende da beleza e da idade… Eu não sabia que isto acontecia até sair da Coreia do Norte. Agora, sei que acontece em quase todos os países do mundo. É chocante que um ser humano possa ser vendido por outro ser humano. Hoje, vive na Coreia do Sul, onde chegou em 2008. É ativista política, assumidamente contra o regime norte-coreano. Este livro é uma forma de luta? Este livro começou com a minha conferência TED, em 2013. Nunca pensei que fosse alvo de tanto interesse. Fui contar o que me aconteceu, porque queria partilhá-lo com o mundo. Não sabia que iria mudar a minha vida como mudou. Depois desse discurso, houve muito interesse da comunidade internacional pelo assunto Coreia do Norte. Foi nessa altura que fui contactada pela editora Harper Collins para escrever o livro. Pensei que devia fazê-lo, para que mais pessoas soubessem o que está a passar-se. Tive de ter muito cuidado, para proteger as identidades dos meus familiares que ainda estão na Coreia do Norte. Custou-lhe escrever sobre acontecimentos tão duros?