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Métodos de Purificação de Baixa
Resolução
 Precipitação
 Separação por membranas
 Extração em sistemas de duas fases líquidas
Processos de Separação por
Membranas
 Os processos mais empregados para purificação de
  bioprodutos são os que utilizam a diferença de pressão
  como força motriz;

 Em razão da natureza e do tipo de solutos e da presença ou
  não de partículas em suspensão, existem diferentes
  membranas com diferentes tamanhos e distribuição de
  poros caracterizando 4 processos:

     Microfiltração;
     Ultrafiltração;
     Nanofiltração.
     Osmove inversa.
Principais características dos processos que
utilizam diferença de pressão como força motriz
Faixas de tamanho de poros das membranas
Microfiltração
 É similar a uma filtração clássica que utiliza membranas
    sintéticas como barreira seletiva
   Emprega membranas microporosas, isotrópicas ou
    anisotrópicas, com tamanho de poros entre 0,05 a 5 m
   É empregada para reter partículas em suspensão, tanto no
    ar quanto em misturas aquosas
   São membranas totalmente permeáveis aos compostos
    solúveis, independentemente do valor de suas massas
    molares
   Aplicação: filtração estéril, tanto de líquidos quanto de
    gases
Ultrafiltração
 Emprega membranas microporosas anisotrópicas, com
 diâmetros de poros entre 1 e 500 nm.

 Capaz de reter macromoléculas em solução, e
 permeável a todos os solutos de baixa massa molar

 Bastante utilizada na purificação quanto na
 concentração de proteínas e enzimas
Osmose Inversa
 Utiliza membranas anisotrópicas densas, portanto, são permeáveis
  apenas ao solvente, em geral, água, retendo, praticamente, todas as
  moléculas solúveis e materiais em suspensão;

 Alta pressão faz a água atravessar a membrana no sentido da solução
  mais concentrada para a menos concentrada.
Métodos de Purificação de Baixa
Resolução
 Precipitação
 Separação por membranas
 Extração em sistemas de duas fases líquidas
Extração em sistemas de duas fases
aquosas
Utilizada na purificação de antibióticos e ácidos
orgânicos;

Consiste na separação da molécula-alvo e impurezas
baseada em suas diferentes solubilidades nas fases
líquidas
Extração em sistemas de duas fases
 aquosas
 Sistemas de duas fases aquosas são formados pela
 reunião de determinados polímeros, polieletrólitos, ou
 polímeros em combinação com solutos de baixa massa
 molar formando quatro grupos:
   2 polímeros não-iônicos.
   Polieletrólito e um polímero não-iônico;
   2 polieletrólitos
   Polímero não-iônico e um composto de baixa massa
    molecular
Extração em sistemas de duas fases
 aquosas
 Sistemas formados por polietilenoglicol e um sal são
 intensamente empregados por apresentarem rápida
 separação das fases, baixo custo e elevada seletividade
 na separação de moléculas com base na solubilidade
Extração em sistemas de duas fases
    aquosas
 Duas soluções aquosas
imiscíveis;

 Molécula-alvo P apresenta
maior solubilidade na fase de
topo em relação à fase de
fundo;

  Maior grau de pureza da
molécula-alvo se os
contaminantes apresentarem
solubilidade maior na fase de
fundo
Diagrama de Equilíbrio em sistemas de duas fases
aquosas (SDFA)
Curva de equilíbrio de um sistema PEG/fosfato




Reta TMB: linha de amarração (“tie-line”)
Curvas de equilíbrio do sistema PEG/fosfato de potássio
em função dos parâmetros massa molecular e pH do
meio
Coeficiente de Partição (K)
 Grandeza adimensional que representa a relação entre
  as concentrações da molécula de interesse na fase de
  topo e na fase de fundo no equilíbrio:
 K= CTi
    CFi

  CTi = Concentração de soluto i na fase de topo (g/L);
  CFi= Concentração de soluto i na fase de fundo (g/L);

   Utilizado para avaliação da extensão das separações nos sistemas de duas
   fases aquosas;
   Ocorrência de purificação: coeficientes distintos para a molécula de
   interesse e para as demais moléculas.
Fatores que influenciam no
coeficiente de partição K
 Interações hidrofóbicas
 Cargas superficiais / pH
 Diferença de potencial elétrico entre as fases
 Efeito de salting-out da fase salina
 Diferenças de viscosidade
 Diferenças de densidade
 Diagramas de fases (ex.: concentração de PEG e sal)
 Massa molecular da biomolécula
Métodos de Purificação de alta resolução:

Cromatografia
Cromatografia
Princípio Geral:
 Retenção e Liberação da molécula-alvo
 A matriz sólida é capaz de reter a molécula por um
  determinado período de tempo (tempo de retenção)
 Eluição do fluido e consequente separação da
  molécula-alvo
Cromatografia
Cromatografia
Cromatografia
 Cromatografia de exclusão molecular
 Cromatografia de troca-iônica
 Cromatografia de interação hidrofóbica
 Cromatografia de afinidade
Cromatografia de exclusão molecular
Processo:

 Os solutos de um meio líquido (proteínas, peptídeos,
  anticorpos) são adsorvidos ou retidos em um leito de
  material poroso;

 As moléculas sofrem partição em virtude das diferenças no
  tamanho das espécies entre um solvente (fase móvel) e
  uma fase estacionária de porosidade definida;

 A posterior remoção gradual dos solutos por ação de uma
  fase líquida móvel (eluente), resulta na separação das
  diferentes moléculas
Cromatografia de exclusão molecular
 Separação por tamanho das moléculas




A ordem de recuperação seletiva das moléculas no fluxo eluente tem início
com as maiores moléculas, prosseguindo em direção às menores.
Cromatografia de exclusão molecular

 Eluição de uma mistura
  de três proteínas de
  massas moleculares
  diferentes em uma
  coluna de permeação em
  gel, com a formação de
  faixas distintas à medida
  que a amostra permeia a
  coluna
Cromatografia de exclusão molecular

   Aplicações:
      Dessalinização
      Determinação de massas moleculares
      Determinação de tamanho de poros
Cromatografia de troca-iônica
 Baseia-se na afinidade que componentes de uma amostra
  tem com os sítios iônicos em uma matriz sólida, ou seja,
  existe uma competição entre íons de interesse e
  contaminantes pelos grupos carregados da matriz ou da
  fase estacionária.

 As resinas empregadas apresentam elevada capacidade de
  adsorção de proteínas

 A fase estacionária, eletricamente carregada, tem a
  capacidade de reter solutos que estão na fase móvel e
  apresentam cargas de sinais opostos

 Controle de pH e força iônica
Cromatografia de troca-iônica
Matrizes de troca-iônica:

 Trocadores aniônicos: contém grupos positivamente carregados e
  adsorvem proteínas com carga líquida negativa

 Trocadores catiônicos: contém grupos negativamente carregados
  e adsorvem proteínas com carga líquida positiva

 Após serem adsorvidos à matriz, os solutos podem ser eluídos
  por deslocamento com outros íons, com a mesma carga da
  proteína adsorvida, porém com maior força de interação com a
  fase estacionária.
Cromatografia de troca-iônica
  Princípio básico da cromatografia de troca iônica
Cromatografia de interação hidrofóbica

 Baseia-se na retenção das moléculas pela interação da
 sua região hidrofóbica com a matriz

 A proteína é colocada em meio com elevada
 concentração de sal (expõe a região hidrofóbica,
 aumentando a interação com a matriz)
Cromatografia de interação hidrofóbica
Molécula de proteína
Cromatografia de interação hidrofóbica
Modelos de adsorção




a: modelo uniponto;
b e c: adsorção uniponto;
d: forças hidrofóbicas de intensidades diferentes em razão das
irregularidades na superfície da matriz.
Cromatografia de Afinidade

 Técnica de separação altamente específica que
 depende das interações entre os pares de materiais
 biológico: enzima-substrato, enzima-inibidor,
 antígeno-anticorpo.

 O ligante é imobilizado em uma matriz porosa
Purificação de alta resolução
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Separação de formas ativas de formas desnaturadas
Purificação de alta resolução
Alta especificidade
Separação de formas nativas de formas desnaturadas
O complexo formado entre o ligante e a proteína tem que ser
reversível;
A proteína é eluída e o ligante regenerado.
Cromatografia – Ampliação de Escala
Critérios:
 Manter os mesmos graus de pureza, rendimento, atividade
  biológica e, se possível, rendimento, alcançados em escala
  de bancada;

 Purificação de miligramas a gramas de produto;

 Principal característica: aumento do diâmetro da coluna e a
  manutenção constante da altura do leito cromatográfico,
  exceto para exclusão molecular (ainda deve ser aumentado
  em 10 % a altura do leito);
Cromatografia – Ampliação de Escala
Parâmetros que devem ser mantidos constantes:

   Volume da fase estacionária;
   Grau de empacotamento;
   Altura do leito cromatográfico;
   Velocidade linear de alimentação (vazão volumétrica dividida pela área de corte
    transversal da coluna).

Parâmetros que devem ter o valor aumentado:

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 Fluxo volumétrico;
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Colunas industriais

Altura de leito em torno de 30 cm e diâmetro da ordem de 1 m.
Maiores volumes de colunas da ordem de 700 a 2000 L (ex.: purificação do soro de queijo)
Cromatografia – Ampliação de Escala

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  • 1. Métodos de Purificação de Baixa Resolução  Precipitação  Separação por membranas  Extração em sistemas de duas fases líquidas
  • 2. Processos de Separação por Membranas  Os processos mais empregados para purificação de bioprodutos são os que utilizam a diferença de pressão como força motriz;  Em razão da natureza e do tipo de solutos e da presença ou não de partículas em suspensão, existem diferentes membranas com diferentes tamanhos e distribuição de poros caracterizando 4 processos:  Microfiltração;  Ultrafiltração;  Nanofiltração.  Osmove inversa.
  • 3. Principais características dos processos que utilizam diferença de pressão como força motriz
  • 4. Faixas de tamanho de poros das membranas
  • 5.
  • 6. Microfiltração  É similar a uma filtração clássica que utiliza membranas sintéticas como barreira seletiva  Emprega membranas microporosas, isotrópicas ou anisotrópicas, com tamanho de poros entre 0,05 a 5 m  É empregada para reter partículas em suspensão, tanto no ar quanto em misturas aquosas  São membranas totalmente permeáveis aos compostos solúveis, independentemente do valor de suas massas molares  Aplicação: filtração estéril, tanto de líquidos quanto de gases
  • 7. Ultrafiltração  Emprega membranas microporosas anisotrópicas, com diâmetros de poros entre 1 e 500 nm.  Capaz de reter macromoléculas em solução, e permeável a todos os solutos de baixa massa molar  Bastante utilizada na purificação quanto na concentração de proteínas e enzimas
  • 8. Osmose Inversa  Utiliza membranas anisotrópicas densas, portanto, são permeáveis apenas ao solvente, em geral, água, retendo, praticamente, todas as moléculas solúveis e materiais em suspensão;  Alta pressão faz a água atravessar a membrana no sentido da solução mais concentrada para a menos concentrada.
  • 9. Métodos de Purificação de Baixa Resolução  Precipitação  Separação por membranas  Extração em sistemas de duas fases líquidas
  • 10. Extração em sistemas de duas fases aquosas Utilizada na purificação de antibióticos e ácidos orgânicos; Consiste na separação da molécula-alvo e impurezas baseada em suas diferentes solubilidades nas fases líquidas
  • 11. Extração em sistemas de duas fases aquosas  Sistemas de duas fases aquosas são formados pela reunião de determinados polímeros, polieletrólitos, ou polímeros em combinação com solutos de baixa massa molar formando quatro grupos:  2 polímeros não-iônicos.  Polieletrólito e um polímero não-iônico;  2 polieletrólitos  Polímero não-iônico e um composto de baixa massa molecular
  • 12. Extração em sistemas de duas fases aquosas  Sistemas formados por polietilenoglicol e um sal são intensamente empregados por apresentarem rápida separação das fases, baixo custo e elevada seletividade na separação de moléculas com base na solubilidade
  • 13. Extração em sistemas de duas fases aquosas  Duas soluções aquosas imiscíveis;  Molécula-alvo P apresenta maior solubilidade na fase de topo em relação à fase de fundo;  Maior grau de pureza da molécula-alvo se os contaminantes apresentarem solubilidade maior na fase de fundo
  • 14. Diagrama de Equilíbrio em sistemas de duas fases aquosas (SDFA) Curva de equilíbrio de um sistema PEG/fosfato Reta TMB: linha de amarração (“tie-line”)
  • 15. Curvas de equilíbrio do sistema PEG/fosfato de potássio em função dos parâmetros massa molecular e pH do meio
  • 16. Coeficiente de Partição (K)  Grandeza adimensional que representa a relação entre as concentrações da molécula de interesse na fase de topo e na fase de fundo no equilíbrio: K= CTi CFi CTi = Concentração de soluto i na fase de topo (g/L); CFi= Concentração de soluto i na fase de fundo (g/L); Utilizado para avaliação da extensão das separações nos sistemas de duas fases aquosas; Ocorrência de purificação: coeficientes distintos para a molécula de interesse e para as demais moléculas.
  • 17. Fatores que influenciam no coeficiente de partição K  Interações hidrofóbicas  Cargas superficiais / pH  Diferença de potencial elétrico entre as fases  Efeito de salting-out da fase salina  Diferenças de viscosidade  Diferenças de densidade  Diagramas de fases (ex.: concentração de PEG e sal)  Massa molecular da biomolécula
  • 18. Métodos de Purificação de alta resolução: Cromatografia
  • 19. Cromatografia Princípio Geral:  Retenção e Liberação da molécula-alvo  A matriz sólida é capaz de reter a molécula por um determinado período de tempo (tempo de retenção)  Eluição do fluido e consequente separação da molécula-alvo
  • 22. Cromatografia  Cromatografia de exclusão molecular  Cromatografia de troca-iônica  Cromatografia de interação hidrofóbica  Cromatografia de afinidade
  • 23. Cromatografia de exclusão molecular Processo:  Os solutos de um meio líquido (proteínas, peptídeos, anticorpos) são adsorvidos ou retidos em um leito de material poroso;  As moléculas sofrem partição em virtude das diferenças no tamanho das espécies entre um solvente (fase móvel) e uma fase estacionária de porosidade definida;  A posterior remoção gradual dos solutos por ação de uma fase líquida móvel (eluente), resulta na separação das diferentes moléculas
  • 24. Cromatografia de exclusão molecular Separação por tamanho das moléculas A ordem de recuperação seletiva das moléculas no fluxo eluente tem início com as maiores moléculas, prosseguindo em direção às menores.
  • 25. Cromatografia de exclusão molecular  Eluição de uma mistura de três proteínas de massas moleculares diferentes em uma coluna de permeação em gel, com a formação de faixas distintas à medida que a amostra permeia a coluna
  • 26. Cromatografia de exclusão molecular  Aplicações:  Dessalinização  Determinação de massas moleculares  Determinação de tamanho de poros
  • 27. Cromatografia de troca-iônica  Baseia-se na afinidade que componentes de uma amostra tem com os sítios iônicos em uma matriz sólida, ou seja, existe uma competição entre íons de interesse e contaminantes pelos grupos carregados da matriz ou da fase estacionária.  As resinas empregadas apresentam elevada capacidade de adsorção de proteínas  A fase estacionária, eletricamente carregada, tem a capacidade de reter solutos que estão na fase móvel e apresentam cargas de sinais opostos  Controle de pH e força iônica
  • 28. Cromatografia de troca-iônica Matrizes de troca-iônica:  Trocadores aniônicos: contém grupos positivamente carregados e adsorvem proteínas com carga líquida negativa  Trocadores catiônicos: contém grupos negativamente carregados e adsorvem proteínas com carga líquida positiva  Após serem adsorvidos à matriz, os solutos podem ser eluídos por deslocamento com outros íons, com a mesma carga da proteína adsorvida, porém com maior força de interação com a fase estacionária.
  • 29. Cromatografia de troca-iônica  Princípio básico da cromatografia de troca iônica
  • 30. Cromatografia de interação hidrofóbica  Baseia-se na retenção das moléculas pela interação da sua região hidrofóbica com a matriz  A proteína é colocada em meio com elevada concentração de sal (expõe a região hidrofóbica, aumentando a interação com a matriz)
  • 31. Cromatografia de interação hidrofóbica Molécula de proteína
  • 32. Cromatografia de interação hidrofóbica Modelos de adsorção a: modelo uniponto; b e c: adsorção uniponto; d: forças hidrofóbicas de intensidades diferentes em razão das irregularidades na superfície da matriz.
  • 33. Cromatografia de Afinidade  Técnica de separação altamente específica que depende das interações entre os pares de materiais biológico: enzima-substrato, enzima-inibidor, antígeno-anticorpo.  O ligante é imobilizado em uma matriz porosa
  • 34. Purificação de alta resolução Alta especificidade Separação de formas ativas de formas desnaturadas
  • 35. Purificação de alta resolução Alta especificidade Separação de formas nativas de formas desnaturadas
  • 36. O complexo formado entre o ligante e a proteína tem que ser reversível; A proteína é eluída e o ligante regenerado.
  • 37. Cromatografia – Ampliação de Escala Critérios:  Manter os mesmos graus de pureza, rendimento, atividade biológica e, se possível, rendimento, alcançados em escala de bancada;  Purificação de miligramas a gramas de produto;  Principal característica: aumento do diâmetro da coluna e a manutenção constante da altura do leito cromatográfico, exceto para exclusão molecular (ainda deve ser aumentado em 10 % a altura do leito);
  • 38. Cromatografia – Ampliação de Escala Parâmetros que devem ser mantidos constantes:  Volume da fase estacionária;  Grau de empacotamento;  Altura do leito cromatográfico;  Velocidade linear de alimentação (vazão volumétrica dividida pela área de corte transversal da coluna). Parâmetros que devem ter o valor aumentado:  Diâmetro da coluna;  Fluxo volumétrico;  Volume de amostra Colunas industriais Altura de leito em torno de 30 cm e diâmetro da ordem de 1 m. Maiores volumes de colunas da ordem de 700 a 2000 L (ex.: purificação do soro de queijo)