Manuel da Mota Coqueiro era um rico fazendeiro que foi acusado e condenado injustamente pelo assassinato de uma família de colonos. Ele tinha inimigos na região que provavelmente armaram uma conspiração contra ele. Coqueiro foi enforcado em 1855, mas anos depois descobriu-se que ele era inocente e havia sido vítima de um erro judiciário.
2. A Lenda de Motta Coqueiro
Manuel da Mota Coqueiro foi um grande fazendeiro com propriedades
na região de Conceição de Macabu que na época ainda era parte da cidade
de Macaé (R.J). Um homem muito influente, de grandes negócios na região,
mas com gênio forte, era muito temido por sua valentia, arrogância e a
forma cruel que tratava seus escravos.
Motta Coqueiro fechou a compra de uma grande propriedade em
parceria com um colono que levou sua família para morar na propriedade.
Passado algum tempo, a filha mais nova desse colono apareceu grávida e
culpou Mota Coqueiro de ser o pai da criança. Após a descoberta, o colono
começa a pressionar Mota Coqueiro a beneficiá-lo nos negócios da fazenda
devido a gravidez de sua filha.
3. Poucos dias depois, toda a família de colonos é assassinada,
exceto a filha que estava grávida que fugiu pela mata.[...] Depois do
assassinato, a casa ainda teria sido incendiada.[...]
Após investigações precárias da época, Mota Coqueiro foi
acusado de ter sido o mandante do crime. Como ele já tinha uma má
fama na cidade pelo seu caráter e possuía muitos desafetos, as
investigações do crime na época foram feitas de maneira parcial e
pouco claras acusando-o pelo crime brutal e recebendo o apelido de
“Fera de Macabu”.
4. Na época, pela Constituição vigente, o Imperador que era D.
Pedro II, poderia conceder a Graça Imperial para aboná-lo da pena
de morte, mas o caso foi tão chocante para a época que nem o
Imperador livrou-o da pena.
Vítima de uma conspiração armada por seus adversários, Motta
Coqueiro é julgado duas vezes de forma parcial e condenado à morte.
Assim, pela primeira vez no Brasil um homem rico e com
destacada posição social vai subir à forca.
5. No dia 6 de março de 1855 Coqueiro é enforcado na
Praça da Luz, em Macaé. Na véspera do enforcamento recebe
em sua cela um padre, a quem confessa sua inocência e revela o
nome do verdadeiro mandante do crime, que ele conhecia, mas
prometera nunca revelar de público.
No patíbulo, Coqueiro jura inocência e roga uma maldição
sobre a cidade que o enforcava: viveria cem anos de atraso.
Pouco tempo depois do enforcamento descobre-se que o
fazendeiro tinha sido a inocente vítima de um terrível erro
judiciário.