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Protocolo Agroambiental do Setor 
Sucroenérgetico Paulista: 
Dados consolidados das safras 
2007/08 a 2013/14 
1 
 
Prefácio 
No passado recente, o crescimento da demanda interna e a potencialidade de crescimento 
da demanda externa por etanol abriram caminho para avanços tecnológicos em busca de ganhos de 
eficiência  e  maiores  níveis  de  produtividade  no  campo  e  na  indústria  sucroenérgetica.  Porém,  a 
visibilidade  dessa  expansão  trouxe  como  consequência  a  preocupação  da  sociedade  brasileira  e 
internacional  em  relação  aos  impactos  econômicos,  sociais  e  ambientais  advindos  desse  boom 
expansionista. 
Ao se pensar em ações que promovam o desenvolvimento de qualquer segmento produtivo, 
é preciso dispor de informações, mecanismos e normas que norteiem os processos de tomada de 
decisão,  contextualizados  nos  anseios  da  sociedade.  No  tocante  à  cana‐de‐açúcar,  surgiu  assim  a 
necessidade de um entendimento entre iniciativa privada, Poder Público e sociedade civil, para que 
fosse estabelecido um prazo para se eliminar, definitivamente, a queimada da cana na operação de 
colheita, por questões ambientais e de saúde pública. 
Atento a estas questões, o governo do Estado de São Paulo, representado pelas Secretarias 
do  Meio  Ambiente  (SMA)  e  da  Agricultura  e  Abastecimento  (SAA),  celebrou  com  o  Setor 
Sucroenergético,  representado  pela  União  da  Indústria  da  Cana  de  Açúcar  (UNICA)  e  pela 
Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro‐Sul do Brasil (ORPLANA) um protocolo de 
boas práticas agroambientais. 
Com o advento do Protocolo, o setor evoluiu em ganhos ambientais ligados à redução da 
queima  para  colheita,  à  proteção  das  áreas  ciliares,  e  também  nos  processos  industriais,  com  a 
diminuição do consumo de água para o processamento de cana (resultado de fatores da colheita 
crua), limpeza da cana a seco e o fechamento de circuitos de água, dentre outras melhorias, visando 
a produção sustentável de cana‐de‐açúcar e seus produtos. 
 
2 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
União da Indústria de Cana‐de‐Acúcar 
O Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético, assinado em 2007 com o governo de 
São Paulo, representa um acordo voluntário pioneiro, que entre outras disposições determinou: (i) a 
antecipação dos prazos legais para o fim da despalha da cana por meio do uso de fogo para 2014 
(nas  áreas  mecanizáveis,  para  todas  as  unidades  industriais  signatárias)  e  2017  (áreas  não 
mecanizáveis) e (ii) a recuperação de matas em nascentes e a proteção das áreas de preservação de 
outros cursos d’água. 
Por meio de suas diretivas, o Protocolo não se limitou a induzir a mecanização da colheita da 
cana‐de‐açúcar,  mas  representou  a  consolidação  de  uma  nova  estrutura  produtiva  para  o  setor 
sucroenergético,  baseada  primordialmente  na  adoção  das  melhores  práticas  de  sustentabilidade 
ambientais e sociais pelo setor produtivo. 
Desde  a  sua  assinatura,  as  empresas  e  produtores  que  aderiram  ao  Protocolo  realizaram 
expressivos investimentos para aquisição de máquinas, adequação das áreas de cana, recuperação 
de matas e requalificação de mão de obra. Adicionalmente a esses investimentos, o setor passou a 
enfrentar novos desafios em toda a sua cadeia produtiva, como por exemplo, a demanda por novos 
equipamentos e técnicas de manejo agrícola, a destinação de parte da palha da cana depositada no 
solo, a contratação de mão de obra qualificada, entre outros. 
Estes  desafios,  no  entanto,  não  limitaram  a  busca  constante  dos  signatários  do  Protocolo 
pelo atendimento de suas diretivas.  Na verdade,  mesmo diante de um momento  de aumento  de 
custos e queda de produtividade, o setor produtivo se dedicou para consecução e superação das 
metas definidas, de tal sorte que a conclusão da safra 2013/14 marcou não apenas o atendimento 
das metas de mecanização da colheita da cana‐de‐açúcar, mas, principalmente, a consolidação do 
Protocolo Agroambiental como um modelo de parceria e diálogo a ser desenvolvido entre o setor 
produtivo e o Estado.  
Os  resultados  apresentados  neste  relatório  não  evidenciam  apenas  o  sucesso  de  um 
programa de adesão voluntária, mas o comprometimento do setor sucroenergético com a adoção e 
desenvolvimento das melhores práticas de sustentabilidade para sua cadeia produtiva.    
 
3 
 
ORPLANA 
 As páginas que compõem este relatório apresentam uma análise completa da evolução da 
colheita  de  cana  sem  queima  no  Estado  de  São  Paulo  na  área  das  unidades  industriais  e  dos 
fornecedores  de  cana,  procurando  ressaltar  o  histórico  de  ocupação  territorial,  a  evolução  e  o 
respectivo impacto ao longo das safras nas diferentes regiões do Estado, de forma detalhada e de 
fácil entendimento, e permitirá ao leitor uma fácil compreensão do assunto. 
 
Secretarias da Agricultura e Abastecimento (SAA) e do Meio Ambiente (SMA)  
 
União da Indústria da Cana de Açúcar (UNICA)  
 
Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro‐Sul do Brasil (ORPLANA) 
4 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
1 ‐ OBJETIVO 
Este  relatório  tem  por  objetivo  apresentar  os  resultados  do  Protocolo  Agroambiental  das 
safras 2007/08 a 2013/14, visando demonstrar a evolução da performance das signatárias desde o 
início do Protocolo, em 2007. 
 
5 
 
2 ‐ METODOLOGIA  
Os resultados que compõem este relatório basearam‐se na documentação de renovação do 
Certificado Etanol Verde apresentada por 150 usinas e por 27 associações de fornecedores de cana 
signatárias  durante  o  ano  de  2013,  cuja  relação  consta  nos  Anexos  I  e  II.  Para  as  associações  de 
fornecedores  de  cana,  também  foram  analisadas  as  séries  históricas  das  documentações 
apresentadas  pelas  mesmas  desde  2009.  A  Companhia  de  Tecnologia  de  Saneamento  Ambiental 
(CETESB)  foi  consultada  em  relação  ao  Plano  de  Eliminação  de  Queima  (PEQ)  e  ao  licenciamento 
ambiental  das  usinas.  Os  dados  referentes  ao  perfil  de  colheita  de  cana  foram  obtidos  pelo 
mapeamento  realizado  pela  Agrosatélite  Geotecnologia  Aplicada,  utilizando‐se  a  metodologia 
adotada  desde  2006  pelo  Projeto  CANASAT,  do  Instituto  Nacional  de  Pesquisas  Espaciais  (INPE), 
tendo  por  base  as  áreas  de  cana  disponíveis  para  colheita  e  as  imagens  obtidas  pelos  satélites 
Landsat 7 e 8.  
 
6 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
3 ‐ PANORAMA GERAL DO SETOR SUCROERNERGÉTICO  
3.1 ‐ Evolução da Cultura da Cana‐de‐açúcar de 2006 a 2012 
A cana‐de‐açúcar no mundo é uma cultura de grande importância na economia dos países 
que a produzem. Seus produtos são largamente utilizados na produção de açúcar, bioeletricidade e 
etanol1
. 
A área colhida de cana‐de‐açúcar no mundo em 2012 foi de 26,08 milhões de hectares e a 
produção de 1.832,5 milhão de toneladas (Figuras 1 e 2). Neste mesmo ano, do total colhido, 76,4% 
estiveram concentrados em 10 países: Brasil, Índia, China, Tailândia, Paquistão, México, Indonésia, 
Austrália, Filipinas e Estados Unidos.  
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Área  (1.000ha)
Ano  
Figura 1 ‐ Evolução da Área de Cana Colhida no Mundo, 2006 a 2012.  
Fonte: FAOSTAT (2014). 
 
0
500
1.000
1.500
2.000
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Produção (milhão de t)
Ano
 
Figura 2 ‐ Evolução da Produção de Cana‐de‐açúcar no Mundo, 2006 a 2012.   
Fonte: FAOSTAT (2014). 
 
                                                            
1
O etanol é considerado pela Environmental Protection Agency (EPA) como biocombustível avançado (UNICA, 2014). 
7 
 
Dentre  os  dez  países  maiores  produtores  de  cana‐de‐açúcar,  o  Brasil  se  destaca  como 
responsável por 31% da produção total mundial (Figura 3). 
‐
100 
200 
300 
400 
500 
600 
Produção (Milhão de toneladas)
País
 
Figura 3 ‐ Ranking dos Principais Países Produtores de Cana‐de‐açúcar, 2012.  
Fonte: FAOSTAT (2014). 
 
Segundo a UNICA (2014b), a evolução da área colhida no Brasil no período de 2006 a 2012 foi 
de 53,%, passando de 6,357 milhões de hectares para 9,705 milhões de hectares (Figura 4).  
 
0 
2.000 
4.000 
6.000 
8.000 
10.000 
12.000 
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Área (1.000 ha)
Ano
 
Figura 4 ‐ Evolução da Área Colhida no Brasil, 2006 a 2012.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados da UNICA (2014bª). 
 
8 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
Na Federação, a região produtora de maior destaque é a Centro‐Sul, que representou 90% da 
produção nacional no ano de 2012. O Estado de São Paulo é o maior produtor nacional de cana‐de‐
‐açúcar, detendo cerca de 56% do total dessa produção (Figura 5).  
0 
1.000 
2.000 
3.000 
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5.000 
6.000 
7.000 
8.000 
9.000 
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Área ( 1.000 ha)
Ano
Centro‐Sul Norte‐Nordeste
 
Figura 5 ‐ Evolução da Área Colhida dos Principais Estados Produtores da Federação, 2006 a 2012.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados da UNICA (2014b). 
 
Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais foram os Estados com maior expansão canavieira 
no  período,  ampliando  sua  área  com  cana‐de‐açúcar  em  3,6  vezes,  3,1  vezes  e  2  vezes, 
respectivamente. Já Paraná e São Paulo tiveram um incremento de 51 % e 47,%, respectivamente 
(Figura 6). 
0 
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2.000 
3.000 
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6.000 
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Área (1.000 ha)
Ano
São Paulo Goiás Mato Grosso do Sul Minas Gerais Paraná
 
Figura 6 ‐ Evolução da Área Colhida dos Principais Estados do Centro‐Sul, 2006 a 2012.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados da UNICA (2014b). 
 
9 
 
No Estado de São Paulo, a cana‐de‐açúcar é o principal produto da agropecuária. Segundo 
Tsunechiro et al. (2014), nos anos de 2012 e 2013, a participação da cultura no valor da produção 
agropecuária paulista foi de 48,3% (R$27,5 bilhões) e de 46,7% (R$ 26,9 bilhões), respectivamente. 
A  cana‐de‐açúcar  esteve  presente  como  principal  produto  em  9  das  15  Regiões 
Administrativas do Estado em 2013, conforme os dados apresentados na Figura 7.  
 
Figura 7 ‐ Valor da Produção dos Principais Produtos por Região Administrativa, Estado de São Paulo, 2013.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir dos dados , Tsunechiro et al.(2014). 
 
 
No  período  analisado,  houve  um  aumento  de  47%  na  área  colhida  de  cana‐de‐açúcar, 
passando de 3,4 milhões de hectares para 5,1 milhões de hectares (Figura 8). 
0 
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6.000 
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Área colhida (em 1.000 ha)
Ano
 
10 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
Figura 8 ‐ Evolução da Área Colhida de Cana‐de‐açúcar, Estado de São Paulo, 2006 a 2012.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados da UNICA (2014b). 
 
Ainda de acordo com dados da UNICA (2014b), a produção de cana‐de‐açúcar neste período 
cresceu 1,3%, tendo atingido seu ápice em 2009 e 2010 (Figura 9). 
 
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2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013
Produção em 1.000 t
Safra
 
Figura 9 ‐ Evolução de Produção de Cana‐de‐açúcar, Estado de São Paulo, 2006 a 2012.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados da UNICA (2014b). 
 
11 
 
4 ‐ HISTÓRICO DO PROTOCOLO AGROAMBIENTAL 
O Protocolo Agroambiental surgiu como um acordo inédito entre o governo do Estado de São 
Paulo, representado pelas Secretarias do Meio Ambiente (SMA) e da Agricultura e Abastecimento 
(SAA), e o Setor Sucroenergético, representado pela União da Indústria da Cana de Açúcar (UNICA) e 
pela Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro‐Sul do Brasil (ORPLANA), com o objetivo 
de criar mecanismos para estimular e consolidar o desenvolvimento sustentável da produção e da 
indústria  da  cana  no  Estado  de  São  Paulo.  O  compromisso  com  as  unidades  agroindustriais  foi 
firmado em 2007 com a UNICA, enquanto o compromisso com as associações de fornecedores de 
cana foi firmado com a ORPLANA, em 2008. 
O Protocolo prevê o reconhecimento dos esforços das usinas e associações de fornecedores 
de cana em atender às Diretivas Técnicas do acordo, por meio da renovação anual do Certificado 
Etanol  Verde  (Figura  10),  ocasião  em  que  os  dados  de  acompanhamento  são  atualizados  pelos 
signatários. Essas informações complementam o Plano de Ação entregue pelos signatários durante o 
processo de adesão ao Protocolo e permitem verificar o cumprimento das Diretivas Técnicas (Quadro 
1). 
 
 
Figura 10 ‐ Certificado Etanol Verde, Concedido Anualmente às Signatárias que Demonstrarem o Cumprimento das Diretivas Técnicas do 
Protocolo Agroambiental. 
Fonte: Protocolo Agroambiental (2014). 
12 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
Quadro 1 ‐ Resumo das Diretivas Técnicas do Protocolo Agroambiental das Usinas e das Associações 
de Fornecedores de Cana2
. 
A
Antecipação do prazo final para eliminação da
queima nas áreas mecanizáveis de 2021 para
2014; 70% de colheita crua nessas áreas a
partir de 2010.
I
Antecipação do prazo final para eliminação da
queima nas áreas mecanizáveis maiores que
150 ha de 2021 para 2014; 60% de colheita
crua nessas áreas a partir de 2010.
B
Antecipação do prazo final para eliminação da
queima nas áreas não mecanizáveis de 2031
para 2017; 30% de colheita crua nessas áreas a
partir de 2010.
II
Antecipação do prazo final para eliminação da
queima nas áreas não mecanizáveis de 2031
para 2017; 20% de colheita crua nessas áreas a
partir de 2010.
C
Realização de colheita crua nas áreas de
expansão dos canaviais.
III
Antecipação do prazo final para eliminação da
queima nas áreas mecanizáveis até 150 ha de
2031 para 2017; 20% de colheita crua nessas
áreas a partir de 2010.
D
Adoção de ações para que não ocorra queima
de bagaço e de subprodutos da cana a céu
aberto.
V
Realização de colheita crua nas áreas de
expansão dos canaviais.
E
Proteção das áreas ciliares das propriedades
canavieiras.
VI
Adoção de ações para que não ocorra queima
da palha da cana‐de‐açúcar proveniente da
colheita crua a céu aberto.
F
Proteção das nascentes das áreas rurais do
empreendimento canavieiro e recuperação da
vegetação ao seu redor.
VII
Proteção das áreas ciliares das propriedades
canavieiras.
G
Implementação de Plano Técnico de
Conservação do solo, combate à erosão e
contenção de água pluviais em estradas
internas e carreadores.
VIII
Proteção das nascentes das áreas rurais e da
vegetação ao seu redor.
H
Implementação de Plano Técnico de
Conservação de Recursos Hídricos, controle de
qualidade da água e reuso de água nos
processos industriais.
IX
Adoção de boas práticas para conservação dos
recursos hídricos, atentando para condições
climáticas na aplicação de vinhaça e de
agrotóxicos, incluindo controle de qualidade
da água.
I
Adoção de boas práticas no gerenciamento e
aplicação de agrotóxicos.
X
Adoção de práticas de conservação do solo,
combate à erosão e contenção de água pluviais
em estradas internas e carreadores.
J
Adoção de boas práticas para minimização da
poluição atmosférica industrial e
gerenciamento de resíduos da fabricação de
açúcar e etanol.
XI
Adoção de boas práticas no gerenciamento e
aplicação de agrotóxicos.
Protocolo Agroambiental
Usinas Associações de Fornecedores de Cana
Diretiva Técnica Diretiva Técnica
 
 
4.1 ‐ Grupos Executivos  
                                                            
2
A íntegra dos documentos pode ser consultada no website do Etanol Verde : Secretaria do Meio Ambiente, 
Protocolo Agroambiental São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente. Disponível em:  
http://www.ambiente.sp.gov.br/etanolverde Acesso em: out. 2014.  
Fonte: Protocolo Agroambiental (2014). 
13 
 
Os Protocolos Agroambientais das usinas e associações de fornecedores de cana possuem 
Grupos Executivos tripartites, órgãos consultivos e deliberativos que têm a responsabilidade de zelar 
pela operacionalidade das ações, aprimorar a metodologia para avaliação global das metas, propor 
ajustes  e  adequações  aos  Protocolos  e  consolidar  critérios  para  a  expedição  e  renovação  do 
Certificado  Etanol  Verde.  A  composição  dos  grupos  executivos  do  Protocolo  Agroambiental  das 
unidades agroindustriais e do Protocolo Agroambiental das associações de fornecedores de cana foi 
atualizada em 20143
.   
 
4.2 ‐ Usinas e Associações de Fornecedores Signatárias  
A partir de 2007, o setor sucroenergético vivenciou uma grande expansão no Estado de São 
Paulo, com a instalação de novas unidades agroindustriais e a expansão dos canaviais. Com a questão 
ambiental  ganhando  importância  crescente  no  setor,  a  maioria  das  usinas  e  das  associações  de 
fornecedores  de  cana  tornaram‐se  signatárias  do  Protocolo  Agroambiental,  comprometendo‐se  a 
cumprir com suas diretivas técnicas de sustentabilidade.  
Anualmente, as signatárias do Protocolo atualizam as informações de acompanhamento das 
diretivas técnicas por meio de procedimentos coordenados pela Equipe do Etanol Verde. Mediante a 
comprovação  do  cumprimento  das  Diretivas  do  Protocolo,  é  concedido  anualmente  para  as 
signatárias o Certificado Etanol Verde.  
Por  se  tratar  de  um  processo  dinâmico,  existe  variação  anual  no  número  de  usinas  e 
associações de fornecedores de cana certificadas (Figuras 11 e 12), alteração essa que também é 
resultante da abertura/suspensão de atividades das empresas ao longo das safras. O percentual da 
área  de  cultivo  de  cana‐de‐açúcar  das  signatárias  em  relação  à  área  total  de  cultivo  de  cana  no 
Estado de São Paulo tem mantido um padrão uniforme, demonstrando que houve transferência de 
áreas produtivas das unidades que encerraram suas atividades para as unidades que se mantiveram 
ativas (Figura 13). 
 
                                                            
3
São Paulo (2014ª) e São Paulo (2014b). 
14 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
153
199
192
197
186
172
164
138
156
162 161 160 159
141
0
50
100
150
200
250
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Total São Paulo
Signatárias
Número de usinas
Ano
90% 78% 84% 82% 89% 92% 86%
 
Figura 11 ‐ Número de Usinas em Operação e de Usinas Certificadas desde o Início do Protocolo Agroambiental, Estado de São Paulo, 2007 
a 2013.  
Fonte: MAPA e Protocolo Agroambiental (2014).  
5.572
5.794
5.399 5.401
5.997
5.000
5.250
5.500
5.750
6.000
6.250
2009 2010 2011 2012 2013
Nº de fornecedores 
signatários
26 27 27 27 27
Associações certificadasxx
Número de fornecedores
Ano
 
Figura 12 ‐ Número de Fornecedores de Cana Certificadas desde o início do Protocolo Agroambiental, Estado de São Paulo, 2009 a 2013.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
 
15 
 
2,37
2,64
3,71
3,90 3,99
4,26
4,45
4,25
4,87
5,24 5,30 5,40
5,53
5,77
0
1
2
3
4
5
6
7
2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Milhão de ha
Área de cana de usinas e
associações signatárias
Área de cana no Estado
de São Paulo
56% 54% 71% 73% 74% 77% 77%
xx %
Percentual da área das
signatárias na área de
cana total de São Paulo
Safra
  
Figura 13 ‐ Área de Cana no Estado de São Paulo e Área de Cana Administrada por Signatárias do Protocolo Agroambiental, 2007‐08 a 
2013/14.   
Fonte: CANASAT e Protocolo Agroambiental (2014). 
 
 
16 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
5 ‐ RESULTADOS DO PROTOCOLO AGROAMBIENTAL 
5.1  ‐  Área  Compromissada  com  Boas  Práticas  Agroambientais  no  Estado  de  São  Paulo  pelas 
Signatárias 
Em 2013, no Estado de São Paulo, 5.180.349 hectares estiveram comprometidos com boas 
práticas agroambientais pelas usinas e associações de fornecedores signatárias do Protocolo. Essa 
área  corresponde  a  25,3%  da  área  agricultável  do  Estado  de  São  Paulo,  de  20.504.107  hectares 
(Figura 14).  
3.893.110 ha
1.287.239 ha
15.323.758 ha
Usinas signatárias
Associações signatárias
25,3%
74,7%
 
Figura 14 ‐ Participação da Área Comprometida com Boas Práticas pelas Signatárias do Protocolo Agroambiental na Área Total Agricultável 
do Estado de São Paulo, Safra 2013/14.  
Fonte: São Paulo (2009) e Protocolo Agroambiental (2014).
 
Verificou‐se que, ao longo do período analisado, houve um incremento de 1,21 milhão de 
hectares na área total compromissada pelas unidades agroindustriais, que incluem, além da área de 
cultivo  de  cana,  as  áreas  ciliares,  os  parques  industriais  e  as  benfeitorias,  representando  45%  de 
aumento em relação a 2007. Em relação às associações signatárias, o aumento foi de 17% a partir de 
2009, ano em que seus Planos de Ação foram entregues e seus dados começaram a ser computados 
(Figura 15). 
17 
 
2,68
2,97
3,24 3,40
3,64 3,80 3,89
1,10
1,17
1,14
1,24
1,29
0
1
2
3
4
5
6
2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Milhão de ha
Associações
Usinas
2,68 2,97 4,34 4,58 4,78 5,03 5,18
Safra  
Figura  15  ‐  Histórico  da  Área  Compromissada  com  Boas  Práticas  pelas  Signatárias  do  Protocolo  Agroambiental,  Estado  de  São  Paulo, 
2007/08 a 2013/14.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
 
 
5.2 ‐ Perfil das Propriedades 
As  usinas  e  os  fornecedores  de  cana‐de‐açúcar  possuem  perfis  distintos,  referentes  às 
características  de  suas  propriedades  e  à  implementação  das  diretivas  técnicas  do  Protocolo 
Agroambiental. Essas características são apresentadas a seguir. 
 
5.2.1 ‐ Usinas signatárias 
A  área  total  administrada  pelas  usinas  engloba  tanto  as  áreas  próprias  como  as  áreas 
arrendadas/parceiras.  Nas  áreas  próprias  concentram‐se,  sobretudo,  as  áreas  com  os  parques 
industriais, sendo pequena a participação de áreas próprias destinadas ao cultivo da cana‐de‐açúcar. 
Verificou‐se, que desde o início do Protocolo Agroambiental, houve nessas áreas um aumento de 
cerca  de  1,2  milhão  de  hectares.  Observa‐se  uma  participação  crescente  de  áreas  de 
arrendamento/parceria nas áreas administradas por essas unidades (Figura 16), com diminuição das 
áreas próprias nas duas últimas safras. 
 
18 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
0
1
2
3
4
5
2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Milhão de ha 
Áreas próprias 
Áreas arrendadas
2,68 2,97 3,24 3,40 3,64 3,80 3,89
Safra  
Figura 16 ‐ Áreas Administradas pelas Usinas Signatárias, Estado de São Paulo, 2007/08 a 2013/14.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir dos dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
 
5.2.2 ‐ Associações de fornecedores de cana 
De  acordo  com  o  Levantamento  Censitário  das  Propriedades  (São  Paulo,  2009),  em  2007/08 
havia no Estado de São Paulo 100.008 unidades de produção agrícola (UPAs) com a cultura de cana‐
de‐açúcar4
  (Tabela  1).  Dentre  estas  unidades  de  produção,  85%  possuem  área  até  150  hectares, 
13,4%  estão  entre  as  propriedades  com  área  de  151  hectares  até  1.000  hectares  e  acima  disso 
encontra‐se apenas 1,2% destas UPAs. 
 
Tabela 1 ‐ Número de Unidades de Produção e Área Total com Cana‐de‐açúcar, Estado de São Paulo, 
2007/08 
Área   UPAs com cana (n.)  Área total das UPAs com cana (ha)
De até 150 ha  85.300  3.204.126,10 
De 151 até 1.000 ha  13.470  4.588.066,22 
maior que 1.001 ha  1.238  2.464.692,86 
Total  100.008  10.256.885,18 
Quanto aos fornecedores de cana‐de‐açúcar do Estado de São Paulo das associações ligadas 
à ORPLANA, verificou‐se na safra 2013/14 a existência de um total de 15.306 produtores, sendo que 
89%  destes  possuem  propriedades  com  área  de  até  150  hectares,  10%  deles  possuem  área  no 
                                                            
4
Essas unidades produzem cana‐de‐açúcar para diversos fins: açúcar, etanol, destilados, para garapa, forrageira 
e outros. 
Fonte: Elaborada pelo IEA a partir dos dados São Paulo (2009) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento do 
Estado de São Paulo. 
19 
 
intervalo entre 151 e 1.000 hectares a e as áreas acima de 1.000 hectares representam 1,4% (Tabela 
2).  
 
Tabela 2 ‐ Estratificação dos fornecedores de cana‐de‐açúcar do Estado de São Paulo associados à 
Organização de Produtores de Cana da Região Centro‐Sul (ORPLANA), 2013/14 
 
Área  
Fornecedores 
(n.)  % 
Quantidade de cana 
entregue (t) 
Participação de 
cana entregue (%)
até 150 ha  13.612  89  Até 12.000   27,3 
151 até 1.000 ha  1.484  10  12.0001 a 75.000   33,0 
maior que 1.001 ha  210  1,4  acima de 75.001   39,6 
Total   15.306  100     100 
Fonte: Organização de Produtores de Cana da Região Centro‐Sul (ORPLANA ‐ 2014). 
 
Os fornecedores ligados às associações signatárias do Protocolo Agroambiental representam 
39% dos produtores de cana ligados à ORPLANA. Do universo dos signatários o número de adesões 
em 2008/09 foi de 5.572 e evoluiu na última safra para 5.997, enquanto o número de propriedades 
compromissadas  com  as  diretivas  do  protocolo  saltou  de  15.640  para  17.914,  respectivamente 
(Figura  17).  Embora  tenha  havido  variação  no  número  de  fornecedores5
  signatários  ao  longo  das 
safras, o número de propriedades aumentou.  
15.640
16.268 16.124 16.407
17.914
5.572 5.794 5.399 5.401
5.997
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Mil
Número de propriedades
Número de fornecedores 
Safra  
                                                            
5
Foram  considerados  fornecedores  os  CPF’s  (Cadastro  de  Pessoas  Físicas)  distintos  informados  na 
documentação das associações ao Protocolo Agroambiental. 
 
20 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
Figura 17 ‐ Evolução do Número de Propriedades e de Fornecedores de Cana Signatários, Estado de São Paulo, 2009/10 a 2013/14.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
 
 
Nota‐se  a  proporção  entre  o  número  de  áreas  arrendadas  e  próprias  se  mantém 
praticamente igual ao longo das safras (Figura 18).  
7.778 8.070 7.924 8.011
8.966
7.862
8.198 8.200 8.396
8.948
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Númerode propriedades(mil)
Áreas arrendadas
Áreas próprias
Safra  
Figura 18 ‐ Perfil das Áreas dos Fornecedores de Cana Signatários do Protocolo, Estado de São Paulo, 2009/10 a 2013/14.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
21 
 
5.3 ‐ Perfil da Produção Canavieira 
5.3.1 ‐ Usinas 
Embora a cana tenha expandido em área, pode‐se inferir que esta expansão não ocorreu em 
áreas de produção de alimentos, de acordo com Olivetti et al. (2010), mas sim em áreas de pastagens 
degradadas. Segundo dados do protocolo agroambiental, a cultura tem contribuído em suas áreas de 
renovação com a produção de alimentos, o que pode ser observado na figura 19. Nesta renovação 
nas duas últimas safras, houve a substituição de adubos verdes por culturas alimentícias que, além 
de beneficiarem a fertilidade do solo (fixação de nitrogênio), possibilitam um aumento de renda ao 
produtor. De acordo com Martins (2011), essas culturas são principalmente amendoim e soja. 
 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
1.000 ha
Safra
Não Alimentícia Alimentícia
 
Figura 19 ‐ Comparação da Evolução da Área de Reforma Administrada pela Usina com Rotação de Cultura Alimentícia e Não Alimentícia, 
Estado de São Paulo, 2007/08 a 2013/14.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
 
Em relação à duração da safra no período analisado, verifica‐se que houve um aumento no 
número  de  dias  em  razão  da  implementação  de  um  novo  ritmo  na  cultura  da  cana  em  seu 
desempenho operacional, na busca de ajustes entre manejo, produção e ambiente, passando‐se a 
utilizar variedades de ciclos precoces e tardios, proporcionando um melhor planejamento na colheita 
mecanizada (Figura 20). 
22 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
161
195
223
238
204
223 222
0
50
100
150
200
250
2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
número de dias
Safra
 
Figura 20 ‐ Evolução da Duração da Safra, Estado de São Paulo, 2007/08 a 2013/14.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014) 
 
   
A evolução da mecanização da colheita nas usinas signatárias pode ser notada através do 
aumento do número de colhedoras próprias (Figura 21), mostrando o investimento ocorrido com a 
mecanização da colheita, inclusive da necessidade da mecanização de outras operações. O número 
de frentes de colheitas acompanhou este investimento. 
 
917
1.255
1.544
2.078
2.379
2.598
2.856
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Número 
Safra
 
Figura 21 ‐ Evolução do Número de Colhedoras Próprias da Usina, Estado de São Paulo, 2007/08 a 2013/14.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
 
23 
 
O índice de mecanização da colheita da cana6
 (Figura 22) variou ao longo do período, sempre 
em função do número de colhedoras, da área mecanizável e do número de usinas signatárias. Esse 
número mostra que houve uma evolução na utilização das colhedoras na área de colheita de cana, 
tendo em vista que o índice em 2007/08 de 728 ha/colhedora passou a 710 ha/colhedora na safra 
2013/14.  
O Protocolo Agroambiental proporcionou uma transformação nos sistemas de produção de 
cana  no  Estado  de  São  Paulo  Olivetti,  Nachiluk  ‐  e  Francisco  (2010)  e  Nachiluk  e  Oliveira  (2013), 
demonstrando a ocorrência do extraordinário incremento tecnológico no setor. 
 
728
699
692
735
762 754
710
640
660
680
700
720
740
760
780
2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
número de colhedora por ha
Safra
 
Figura 22 ‐ Evolução do Índice de Colhedoras Próprias da Usina por hectare, Estado de São Paulo, 2007/08 a 2013/14.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
 
5.3.2 ‐ Fornecedores de cana 
Nas propriedades dos fornecedores, verificou‐se que as áreas com cana de até 150 hectares 
em condições de mecanização apresentaram aumento em torno de 48,9 mil hectares, evidenciando 
o avanço das áreas com colheita de cana crua nas propriedades de menor tamanho. Já aquelas com 
áreas acima de 150 hectares, embora tenham aumentado num primeiro momento, apresentaram 
incremento menor nas safras 2011/12 em diante (Figura 23). Fato bastante relevante é a diminuição 
das áreas não mecanizáveis, que no período avaliado apresentou redução de 70,8 mil hectares, ou 
seja, 32% da área, o que evidencia que uma parcela de produtores deixou de cultivar a cana em áreas 
não apropriadas a mecanização da cultura.  
                                                            
6
Refere‐se ao número médio de hectares para os quais havia uma máquina disponível para colheita. Quanto 
menor esse índice, maior é a participação das colhedoras na colheita da cana. 
24 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
450.000
2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Área de Cana Mecanizável e não mecanizável
Safra
Mecanizavel até 150 ha Mecanizavel acima de 150 ha Não mecanizavel
 
Figura 23 ‐ Perfil da Área de Cana Mecanizável e Não Mecanizável dos Fornecedores Signatários, Estado de São Paulo, 2009/10 a 2013/14. 
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
 
A área de cultivo de cana dos fornecedores ligados às associações signatárias do Protocolo 
Agroambiental  evoluiu  de  758.321  hectares  para  847.714  hectares  no  período  entre  as  safras 
2009/10 e 2013/14 (Figura 24). 
700.000
720.000
740.000
760.000
780.000
800.000
820.000
840.000
860.000
2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
ha 
Safra
 
Figura 24 ‐ Evolução da Área de Cultivo de Cana dos Fornecedores de Cana Signatários do Protocolo Agroambiental, Estado de São Paulo, 
2009/10 a 2013/14.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
25 
 
5.4 ‐ Redução da Queima da Palha da Cana e Ganhos Ambientais 
5.4.1 ‐ Dados globais do Estado de São Paulo 
Na safra 2006/07, 65,8% dos canaviais do Estado de São Paulo, área correspondente a 2,13 
milhões de hectares, eram queimados (Figura 25). Isso representava danos ambientais, pela emissão 
de poluentes (material particulado, monóxido de carbono e hidrocarbonetos) e de gases de efeito 
estufa (metano e óxido nitroso), além de danos para a saúde da população das regiões canavieiras7
 e 
para a fauna e flora locais, principalmente quando as queimadas da palha da cana fugiam do controle 
e se tornavam incêndios florestais. 
3,66
4,25
4,87
5,24 5,30 5,40
5,53
5,77
3,24
3,79
3,92
4,07
4,73 4,80
4,66
4,81
1,11
1,76
1,92
2,27
2,63
3,13
3,38
4,03
2,13
2,03 2,00
1,80
2,10
1,67
1,28
0,78
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
TotalCultivo TotalColhido Cana Crua Cana Queima
Área(milhõesdehectares)
65,8%
34,2%
83,7%
16,3%
Safra
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 25 ‐ Evolução da Colheita da Cana, Estado de São Paulo, 2006/07 A 2013/14.  
Fonte: CANASAT e AGROSATELITE 
 
Nota‐se o aumento da colheita crua acompanhando a expansão da cultura da cana e a queda 
acentuada  da  queima  a  partir  da  safra  2010/11.  A  colheita  crua  superou  aquela  realizada  com 
queima na safra 2009/10. Com a eliminação gradativa da queima da palha da cana catalisada pelo 
Protocolo Agroambiental, verificou‐se o aumento da colheita sem fogo nas áreas de expansão de 
canaviais e o decréscimo gradativo da queima em canaviais mais antigos, sobretudo a partir da safra 
2010/11.  
Por meio da análise de imagens de satélite8
, percebeu‐se que, a partir da safra 2007/08, teve 
início a redução gradativa da queima da palha da cana em percentuais maiores que os exigidos pela 
                                                            
7
Arbex et al. (2004). 
8
CANASAT. 
26 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
legislação vigente9
. A área acumulada que deixou de ser queimada desde 2006 foi de cerca de 7,16 
milhões  de  hectares,  o  que  resultou  na  não  emissão  de  mais  de  26,7  milhões  de  toneladas  de 
poluentes e de 4,4 milhões de toneladas de gases de efeito estufa. 
2.269
2.653 2.745 2.847
3.310
2.398 2.329 2.404
2.132 2.025 1.998
1.801
2.101
1.671
1.277
782
137
628 748
1.037
1.209
728
1.052
1.622
7,16 milhões de ha*
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total
Área(milhectares)
Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha)
Área efetivamente queimada (ha)
Área que se deixou de queimar (ha)
~ 77,5 mil ônibus
circulando durante
1 ano
Deixou de emitir 26,7
milhões de toneladas
de poluentes**
Deixou de emitir 4,4
milhões de
toneladas de GEE***
* Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007
** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado
Safra
*** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 26 ‐ Ganhos Ambientais com a Redução da Queima, Estado de São Paulo, 2006/07 a 2013/14.  
Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).  
 
Safra 2006/2007
P. Prudente
Rib. Preto
Araçatuba
São José do Rio Preto
Franca
Sorocaba
Marília
Campinas
Barretos
Central
Bauru
Cana Crua
Cana Queima
Realização
  
Figuras  27 ‐ Comparação dos Perfis de Colheita de Cana Demonstrando o Crescimento da Atividade e a Substituição da Colheita com 
Queima pela Colheita Crua, Estado de São Paulo, Safra 2006/07.  
Fonte: CANASAT e Agrosatélite. 
                                                            
9
São Paulo (2002) e São Paulo (2003). 
27 
 
Safra 2013/2014
P. Prudente
Rib. Preto
Araçatuba
São José do Rio Preto
Franca
Sorocaba
Marília
Campinas
Barretos
Central
Bauru
Cana Crua
Cana Queima
Realização
 
Figuras  28 ‐ Comparação dos Perfis de Colheita de Cana Demonstrando o Crescimento da Atividade e a Substituição da Colheita com 
Queima pela Colheita Crua, Estado de São Paulo, Safra 2013/14.  
Fonte: CANASAT e Agrosatélite. 
 
 
5.4.2  ‐  Evolução  da  redução  da  queima  das  usinas  e  associações  signatárias  do  Protocolo 
Agroambiental 
O primeiro patamar de redução de queima do Protocolo Agroambiental para as usinas foi em 
2010, quando se deveria atingir 70% de colheita crua nas áreas mecanizáveis e 30% nas áreas não 
mecanizáveis. Na safra em questão, as usinas compensaram o que não conseguiram atingir nas áreas 
não mecanizáveis colhendo a mais nas áreas mecanizáveis (Figura 29). 
 
% de colheita crua
Safra
47,1
52,7
57,1
72,5
80,1
84,9 84,8
9,6 11,0
10,0
29,4
33,5
42,8
46,6
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Áreas mecanizáveis 
Áreas não mecanizáveis
 
Figura 29 ‐ Evolução da Colheita Crua das Usinas Signatárias, Estado de São Paulo, 2007/08 a 2013/14.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014).  
28 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
Já para as associações de fornecedores de cana, o primeiro patamar de redução de queima 
do Protocolo Agroambiental foi em 2010, quando se deveria atingir 60% de colheita crua nas áreas 
mecanizáveis maiores que 150 hectares e 20% nas áreas não mecanizáveis e mecanizáveis menores 
que  150  hectares  (Figura  30).  Uma  evolução  com  maior  valor  no  primeiro  ano,  em  torno  de  15 
pontos  percentuais,  também  foi  apresentada  nas  áreas  menores  que  150  hectares,  havendo 
estabilização  nas  safras  seguintes  em  torno  de  30%.  Na  safra  2013/14,  houve  um  aumento  de  7 
pontos percentuais. Esse fato pode estar atrelado as liminares que proíbem a queimada palha da 
cana em algumas áreas do Estado de São Paulo. 
 
14,3
29,5 30,0
30,8
37,3
23,3
61,6 60,3 61,0 60,0
1,3
16,3
19,6
24,9
29,9
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Áreas mecanizáveis < 150 ha  
Áreas mecanizáveis > 150 ha
Áreas não mecanizáveis
% de colheita crua
Safra
 
Figura 30 ‐ Histórico da Redução de Queima dos Fornecedores Signatários do Protocolo Agroambiental, Estado de São Paulo, 2009/10 a 
2013/14.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014).  
 
 
5.4.3 ‐ Dados por Região Administrativa 
No  ano  de  2013,  o  Estado  de  São  Paulo  era  dividido  em  15  mesorregiões  geográficas, 
conhecidas por Regiões Administrativas. Essa distinção acompanhava a divisão do Brasil adotada a 
partir de 1995 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foi realizada levando em 
consideração  características  sociais,  econômicas  e  políticas  dos  municípios  que  compõe  essas 
regiões,  permitindo  melhor  entendimento  dos  processos  socioeconômicos  e  da  dinâmica  espacial 
que  os  acompanha.  Em  fevereiro  de  2014  foi  criada  a  16ª  Região  Administrativa  do  Estado  no 
sudoeste  paulista,  composta  por  32  municípios.  Para  fins  deste  estudo,  baseado  em  informações 
consolidadas até 2013, a Região Administrativa de Itapeva não foi considerada. A lista dos municípios 
29 
 
que  compõe  as  Regiões  Administrativas  do  Estado  pode  ser  consultada  no  website  da  Fundação 
SEADE (Figura 31)10
. 
 
Figura 31 ‐ Distribuição das Regiões Administrativas do Estado de São Paulo até 2013.  
Fonte: Elaborada pelos autores com base nos dados do IBGE. 
 
  
5.4.3.1 ‐ Região Administrativa de Araçatuba 
Nota‐se o aumento da colheita crua acompanhando a expansão da cultura da cana, com a 
colheita crua superando a colheita com queima já na safra 2008/09, e a queda acentuada da queima 
a partir da safra 2010/11 (Figura 32). 
295
398
513
572
587 597
616
660
261
360
389
440
522
535 524
566
87
170
216
251 305
352
380
504
174
190
173
189
217
183
144
62
0
100
200
300
400
500
600
700
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima
67%
33%
11%
89%
Área(milhectares)
Safra
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 32 ‐ Evolução da Colheita da Cana, Região Administrativa de Araçatuba, Estado de São Paulo, 2006/07 a 2013/14.  
Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
  
                                                            
10
http://produtos.seade.gov.br/produtos/divpolitica/ 
30 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
Com relação aos ganhos ambientais, somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em 
cada  safra,  deixou‐se  de  queimar  860  mil  hectares  de  cana  desde  o  início  do  Protocolo 
Agroambiental,  deixando‐se  de  emitir  aproximadamente  3,21  milhões  de  toneladas  de  poluentes 
(Figura 33). 
 
183
252
272
308
365
268 262
283
174 190 173 189
217
183
144
62
9
62
99
119
148
85
118
221
860 mil ha*
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1.000
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total
Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha)
Área efetivamente queimada (ha)
Área que se deixou de queimar (ha)
Safra
Área(milhectares)
* Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007
** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado
~ 9.300 ônibus
circulando durante
1 ano
Deixou de emitir ~533
mil toneladas de GEE***
Deixou de emitir ~3,21
milhões de toneladas
de poluentes**
*** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 33 ‐ Ganhos Ambientais com a Redução da Queima, Região Administrativa de Araçatuba, Estado de São Paulo, 2006/07 a 2013/14. 
Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).  
 
 
5.4.3.2 ‐ Região Administrativa de Barretos 
Nota‐se  o  aumento  da  colheita  crua  acompanhando  a  expansão  da  cultura  da  cana,  e  a 
queda acentuada da queima após a safra 2008/09. A colheita crua superando a com queima na safra 
2009/10,  quando  as  condições  climáticas  prejudicaram  a  colheita  e  levaram  a  uma  quantidade 
significativa de cana bisada (Figura 34). 
Área(milhectares)
296
333
386
397 401
411
421
435
269
295
336
297
373 367
354
363
62
123
151
182
238
273 269
301
207
172
185
115 134
94
85
62
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima
Safra
77%
23%
17%
83%
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 34 ‐ Evolução da Colheita da Cana, Região Administrativa de Barretos.  
Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
 
31 
 
Na  região  de  Barretos,  somadas  as  áreas  que  deixaram  de  ser  queimadas  em  cada  safra, 
deixou‐se de queimar 586 mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental, deixando‐
‐se de emitir aproximadamente 2,19 milhões de poluentes (Figura 35). 
188
207
235
208
261
183 177 182
207
172
185
115
134
94 85
62
-18
35
50
93
126
89 92
120
586 mil ha*
-100
0
100
200
300
400
500
600
700
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total
Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha)
Área efetivamente queimada (ha)
Área que se deixou de queimar (ha)
* Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007
** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado
Área(milhectares)
Safra
~ 6.340 ônibus
circulando durante
1 ano
Deixou de emitir ~363
mil toneladas de GEE***
Deixou de emitir ~2,19
milhões de toneladas
de poluentes**
*** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 35 ‐ Ganhos Ambientais na Região Administrativa de Barretos com a redução da queima. 
Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).  
 
5.4.3.3 ‐ Região Administrativa de Bauru 
Observa‐se na região o aumento da colheita crua acompanhando a expansão da cultura da 
cana, e a queda acentuada da queima após a safra 2010/11. A colheita crua superou a com queima 
na safra 2011/12 (Figura 36). 
 
Área(milhectares)
353
422
474
500 500 498
520
537
315
375
362 370
440 436
419
434
98
158 154
187
209
258
278
362
217 218
208
183
231
178
141
72
0
100
200
300
400
500
600
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima
Safra
69%
31%
17%
83%
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 36 ‐ Evolução da Colheita da Cana na Região Administrativa de Bauru.  
Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
32 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
 
Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 500 
mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental, com relação aos ganhos ambientais 
deixou‐se de emitir aproximadamente 1,86 tonelada de poluentes (Figura 37). 
221
263 253 259
308
218 209 217217 218 208
183
231
178
141
72
3
45 45
76 77
40
68
145
500 mil ha*
0
100
200
300
400
500
600
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total
Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha)
Área efetivamente queimada (ha)
Área que se deixou de queimar (ha)
Área(milhectares)
Safra
* Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007
** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado
~ 5.410 ônibus
circulando durante
1 ano
Deixou de emitir ~310 mil
toneladas de GEE***
Deixou de emitir ~1,86
milhões de toneladas
de poluentes**
*** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 37 ‐ Ganhos Ambientais da Região Administrativa de Bauru com a redução da queima. 
Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014). 
 
5.4.3.4 ‐ Região Administrativa de Campinas 
Nota‐se que a expansão da cultura da cana na região foi pequena. A colheita crua superou a 
colheita com queima já na safra 2007/08, tendo havido queda acentuada da queima após a safra 
2010/11. 
453
490
511
538 533 531 530 535
395
432
413
451
487
472
434
453
159
236
214
274
258
276
306
377
236
196 199
177
229
196
128
76
0
100
200
300
400
500
600
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima
Área(milhectares)
Safra
60%
40%
17%
83%
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 38 ‐ Evolução da colheita da cana na Região Administrativa de Campinas.  
Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
33 
 
 
Somadas  as  áreas  que  deixaram  de  ser  queimadas  em  cada  safra,  deixou‐se  de  queimar  767  mil 
hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental. 
277
302 289
316
341
236
217 227236
196 199
177
229
196
128
76
41
107
90
139
112
40
89
151
767 mil ha*
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total
Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha)
Área efetivamente queimada (ha)
Área que se deixou de queimar (ha)
Área(milhectares)
Safra
** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado
* Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007
~ 8.290 ônibus
circulando durante
1 ano
Deixou de emitir ~475 mil
toneladas de GEE***
Deixou de emitir ~2,86
milhões de toneladas
de poluentes**
*** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 39 ‐ Ganhos ambientais da Região Administrativa de Campinas com a redução da queima. 
Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).  
 
5.4.3.5 ‐ Região Administrativa Central 
Verifica‐se o aumento da colheita crua acompanhando a pequena expansão da cultura da 
cana na região e a queda acentuada da queima a partir da safra 2009/10, quando a colheita crua 
superou a colheita com queima. 
366
394
432
449 452
466
455
473
321
345
362 358
408 415
394
416
117
177
176
219
246
282 326
374
205
168 186
139
163
133
68
42
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima
Área(milhectares)
Safra
64%
36% 10%
90%
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 40 ‐ Evolução da colheita da cana, Região Administrativa Central.  
Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
34 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
 
 
Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 765 
mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental. 
225 242 254 251
286
207 197 208205
168
186
139
163
133
68
42
20
73 67
112 123
74
129
166
765 mil ha
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total
Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha)
Área efetivamente queimada (ha)
Área que se deixou de queimar (ha)
Área(milhectares)
Safra
* Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007
** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado
~ 8.290 ônibus
circulando durante
1 ano
Deixou de emitir ~475
mil toneladas de GEE***
Deixou de emitir ~2,86
milhões de toneladas
de poluentes**
*** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 41 ‐ Ganhos Ambientais da Região Administrativa Central com a redução da queima. 
Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).  
 
5.4.3.6 ‐ Região Administrativa de Franca 
A expansão da cultura da cana na região foi pequena. A colheita crua superou a colheita com 
queima na safra 2010/11, após a qual essa última continuou a declinar acentuadamente. 
417
449
489
501 500 504 504 510
379
407 409
399
437
448
428 422
113
186 192
204
238
317 313
345
266
221 217
204 199
131
114
77
0
100
200
300
400
500
600
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima
Área(milhectares)
Safra
70%
30%
18%
82%
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 42 ‐ Evolução da colheita da cana na Região Administrativa de Franca. 
Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
 
35 
 
Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 641 
mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental 
266
285 286 279
306
224 214 211
266
221 217
204 199
131
114
77
0
64 69 75
107
93 99
134
641 mil ha*
-100
0
100
200
300
400
500
600
700
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total
Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha)
Área efetivamente queimada (ha)
Área que se deixou de queimar (ha)
Área(milhectares)
Safra
* Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007
** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado
~ 6.940 ônibus
circulando durante
1 ano
Deixou de emitir ~397 mil
toneladas de GEE***
Deixou de emitir
~2,39 milhões de
toneladas de
poluentes**
*** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 43 ‐ Ganhos ambientais da Região Administrativa de Franca com a redução da queima. 
Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014). 
 
 
5.4.3.7 ‐ Região Administrativa de Marília 
Nota‐se o aumento da colheita crua acompanhando a pequena expansão da cultura da cana 
na região e a queda acentuada da queima após a safra 2010/11, quando a colheita crua superou a 
colheita com queima.  
289
360
406
435 435
446
456
474
249
325
282
319
378
398
384 386
70
126 122
139
205
250
288
314
179
198
160
179
174
148
96
72
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima
Safra
Área(milhectares)
72%
28%
19%
81%
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 44 ‐ Evolução da colheita da cana na Região Administrativa de Marília.  
Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
36 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
 
Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 464 
mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental. 
174
227
197
223
265
199 192 193
179
198
160
179 174
148
96
72
-5
29 37 44
91
51
96
121
464 mil ha*
-100
0
100
200
300
400
500
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total
Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha)
Área efetivamente queimada (ha)
Área que se deixou de queimar (ha)
Área(milhectares)
Safra
* Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007
** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado
~ 5.020 ônibus
circulando durante
1 ano
Deixou de emitir ~288
mil toneladas de GEE***
Deixou de emitir ~1,73
milhões de toneladas
de poluentes**
*** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 45 ‐ Ganhos ambientais da Região Administrativa de Marília com a redução da queima. 
Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).  
 
5.4.3.8 ‐ Região Administrativa de Presidente Prudente 
Observa‐se o aumento da colheita crua acompanhando a expansão da cultura da cana na 
região. A colheita crua superou brevemente a colheita com queima na safra 2008/09, voltando a ser 
predominante a partir da safra 2011/12, quando houve a queda acentuada da colheita com queima 
na região.  
180
235
327
409
428
446
471
163
211
244
285
368
407
420
425
35
109
146 140
185
261
313
368
128
102 98
145
183
146
107
56
0
100
200
300
400
500
Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima
Área(milhectares)
Safra
79%
21%
13%
87%
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 46 ‐ Evolução da colheita da cana na Região Administrativa de Presidente Prudente.  
Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
 
37 
 
Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 550 
mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental. 
114
148
171
199
257
204 210 212
128
102 98
145
183
146
107
56
-14
46
73
55
74
58
103
156
550 mil ha*
-100
0
100
200
300
400
500
600
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total
Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha)
Área efetivamente queimada (ha)
Área que se deixou de queimar (ha)
Área(milhectares)
Safra
* Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007
** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado
~ 5.950 ônibus
circulando durante
1 ano
Deixou de emitir ~341 mil
toneladas de GEE***
Deixou de emitir ~2,05
milhões de toneladas
de poluentes**
*** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 47 ‐ Ganhos ambientais da Região Administrativa de Presidente Prudente com a redução da queima. 
Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).  
 
 
5.4.3.9 ‐ Região Administrativa de Ribeirão Preto 
A colheita crua da cana superou a colheita com queima já na safra 2009/10, quando esta 
última começou a declinar. Os canaviais da região são antigos, e a sua sistematização para colheita 
crua é realizada somente durante a reforma, razão do índice de colheita crua estar aumentando em 
menor velocidade. Nota‐se que a área de cultivo de cana manteve‐se relativamente estável desde o 
início do Protocolo Agroambiental. 
38 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
447 457
471
483 482 483 480 481
390 391
413
394
432
418
396 392
151
180
202
223
249
264 256
292
239
211 211
171
183
154
140
100
0
100
200
300
400
500
600
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima
Área(milhectares)
Safra
61%
39%
25%
75%
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 48 ‐ Evolução da colheita da cana na Região Administrativa de Ribeirão Preto.  
Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
 
Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 608 
mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental. 
273 274
289
276
303
209 198 196
239
211 211
171 183
154
140
100
34
62
78
105
119
55 58
96
608 mil ha*
0
100
200
300
400
500
600
700
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total
Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha)
Área efetivamente queimada (ha)
Área que se deixou de queimar (ha)
Área(milhectares)
Safra
* Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007
** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado
~ 6.580 ônibus
circulando durante
1 ano
Deixou de emitir ~377 mil
toneladas de GEE***
Deixou de emitir ~2,27
milhões de toneladas
de poluentes**
*** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 49 ‐ Ganhos ambientais da Região Administrativa de Ribeirão Preto com a redução da queima. 
Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (20014).  
 
 
39 
 
5.4.3.10 ‐ Região Administrativa de São José do Rio Preto 
Nota‐se o aumento da colheita crua acompanhando a expansão da cultura da cana na região. 
A colheita crua superou a colheita com queima na safra 2009/10. A colheita com queima começou a 
declinar definitivamente a partir da safra 2011/12. 
397
503
632
698
724
756
813
875
347
454
524
548
647 663 675
724
154
212
262
328
373
459
508
609
192
242
262
220
273
204
167
115
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1.000
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima
Safra
Área(milhectares)
56%
44%
16%
84%
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 50 ‐ Evolução da colheita da cana na Região Administrativa de São José do Rio Preto.  
Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
 
Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 1,12 milhões 
de hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental. 
243
318
367 384
453
331 337
362
192
242 262
220
273
204
167
115
50
76
104
163 179
127
171
247
1,12 milhões de ha*
0
200
400
600
800
1.000
1.200
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total
Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha)
Área efetivamente queimada (ha)
Área que se deixou de queimar (ha)
Safra
Área(milhectares)
* Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007
** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado
~ 12.100 ônibus
circulando durante
1 ano
Deixou de emitir ~693 mil
toneladas de GEE***
Deixou de emitir ~4,17
milhões de toneladas
de poluentes**
*** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 51 ‐ Ganhos ambientais da Região Administrativa de São José do Rio Preto com a redução da queima. 
Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014). 
 
40 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
5.4.3.11 ‐ Região Administrativa de Sorocaba 
Verifica‐se  o  aumento  da  colheita  crua  acompanhando  a  expansão  da  cultura  da  cana  na 
região. A colheita crua superou a colheita com queima na safra 2009/10, quando houve uma queda 
acentuada da queima da cana, queda essa que só foi retomada a partir da safra 2012/13.  
 
168
208
233
261 262 264 268 271
153
195
188
206
236 238
230 227
64
88
91
119 123
135
143
179
89
107
97
87
113
103
87
49
0
50
100
150
200
250
300
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima
Safra
Área(milhectares)
58%
42% 21%
79%
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 52 ‐ Evolução da colheita da cana da Região Administrativa de Sorocaba.  
Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
 
Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 301 
mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental. 
 
107
136 132
144
165
119 115 114
89
107
97
87
113
103
87
49
18
29 35
58 52
16
28
65
301 mil ha*
0
50
100
150
200
250
300
350
Safra
2006/2007
Safra
2007/2008
Safra
2008/2009
Safra
2009/2010
Safra
2010/2011
Safra
2011/2012
Safra
2012/2013
Safra
2013/2014
Total
Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha)
Área efetivamente queimada (ha)
Área que se deixou de queimar (ha)
Safra
Área(milhectares)
* Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007
** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado
~ 3.250 ônibus
circulando durante
1 ano
Deixou de emitir ~186 mil
toneladas de GEE***
Deixou de emitir ~1,12
mil toneladas de
poluentes**
*** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
 
Figura 53 ‐ Ganhos ambientais da Região Administrativa de Sorocaba com a redução da queima. 
Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014). 
41 
 
5.5 ‐ Proteção das Áreas Ciliares  
5.5.1 ‐ Evolução das áreas ciliares das propriedades das signatárias 
As  áreas  ciliares  são  mantenedoras  do  fluxo  e  qualidade  dos  corpos  hídricos,  tendo  um 
importante  papel  na  perenidade  das  nascentes  e  na  proteção  contra  o  assoreamento  dos  rios  e 
córregos.  Assim,  a  proteção  e  restauração  dessas  áreas  são  importantes  serviços  ambientais 
prestados pelas usinas e fornecedores de cana signatários do protocolo agroambiental.  
Além disso, por serem corredores naturais de biodiversidade, a proteção das áreas ciliares é 
fundamental para aumentar a conectividade entre os fragmentos florestais do Estado, permitindo o 
fluxo gênico e o aumento e diversificação das populações de fauna e flora.  
Embora a cobertura florestal nativa do Estado de São Paulo tenha aumentado nos últimos 20 
anos, passando de 13,9% na década de 1990 para 17,5% em 2010, de acordo com o levantamento 
realizado  pelo  Instituto  Florestal  no  Inventário  Florestal  2010,  estima‐se  que  exista  um  deficit  de 
cobertura  florestal  de  mata  ciliar  de  1.400.000  hectares  no  Estado  de  São  Paulo.  Deste  total, 
aproximadamente 300.000 hectares estão em áreas rurais administradas por usinas e fornecedores 
de cana signatários do Protocolo Agroambiental, já compromissados com sua proteção. O número 
total  de  nascentes  declaradas  pelo  setor  saltou  de  8.700  na  safra  2009/10  para  9.280  na  safra 
2013/14 (Figura 54).  
 
158.876
182.325 200.039 215.601 232.251 232.379 233.047
62.634
65.750
61.797 62.124 65.992
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Associações
Usinas
Hectares
Safra
299.039297.503294.078281.351262.673182.325158.876
7.746 
nascentes*
1.534 
nascentes**
• Em áreas próprias+arrendadas
** Em áreas próprias
7.121 
nascentes*
1.579
nascentes**
 
Figura 54 ‐ Evolução das Áreas Ciliares Compromissadas com a Proteção pelas Signatárias do Protocolo Agroambiental, Estado de São 
Paulo, 2007/08 a 2013/14
1
.  
1
Os dados das associações de fornecedores de cana começaram a ser apresentados em 2009.  
Fonte: Elaborada pelos autores com base dos dados do Protocolo Agroambiental. 
 
 
 
As áreas ciliares das usinas signatárias aumentaram de 160 mil hectares na safra 2007/08 
para  233  mil  hectares  na  safra  2013/14.  Esse  incremento  acompanhou  a  expansão  do  setor,  à 
42 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
medida que novas áreas foram sendo incorporadas às áreas administradas pelas usinas. O aumento 
dessas áreas evidencia que com a expansão da cana no Estado de São Paulo, houve um aumento das 
áreas ciliares protegidas pelo setor.  
A partir de 2010, sobretudo, verifica‐se que as áreas ciliares conservadas e em restauração 
aumentaram em detrimento das áreas que estavam abandonadas para futura restauração. Deve‐se 
salientar que os números correspondentes a essas áreas são dinâmicos, em razão principalmente de 
contratos de arrendamento que se iniciam ou que terminam. 
78
87
91 90
105
109 110
51
55
58
73
79 79 80
31
40
51 52
47
45 43
0
20
40
60
80
100
120
2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Mil hectares
Conservada
Em restauração
Para futura restauração
Safra
 
Figura 55 ‐ Perfil das áreas ciliares declaradas pelas usinas signatárias desde o Início do Protocolo Agroambiental.
 
Além das APPs hídricas, 
foram consideradas as áreas ciliares de nascentes.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
 
Em relação às áreas ciliares dos fornecedores de cana, verificou‐se um aumento de cerca de 
3.300 hectares de áreas ciliares entre as safras 2009/10 e 2013/14, tendo havido oscilações entre 
esse  período  principalmente  em  função  da  dinâmica  dos  contratos  de  arrendamento.  A  proteção 
dessas  áreas  aumentou  de  73%  para  83%  no  mesmo  período,  e  deve  atingir  os  100%  na  safra 
2017/18. Cabe informar que também existem projetos de restauração ambiental nas propriedades 
rurais dos fornecedores de cana. 
43 
 
62.634
65.750
61.797 62.124
65.992 65.992
73%
72%
69%
73%
83%
100%
0
10
20
30
40
50
60
70
2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2017/2018
Mil hectares
Área ciliar
% protegido
Safra  
Figura 56 ‐ Total de áreas ciliares das associações de fornecedores de cana signatárias e o Percentual de sua proteção. 
Fonte: Elaborada pelos autores a partir dedados do Protocolo Agroambiental (2014). 
 
5.5.2 ‐ Viveiros de espécies nativas  
As  usinas  signatárias  do  Protocolo  Agroambiental  possuem  61  viveiros  de  mudas  nativas, 
localizados  no  Estado  de  São  Paulo  conforme  mapa  abaixo  (Figura  57).  Esses  viveiros  fornecem 
mudas para projetos de restauração das próprias usinas, e em menor escala para parceiros agrícolas, 
fornecedores de cana e municípios vizinhos. 
 
Figura 57 ‐ Localização dos viveiros de mudas nativas das usinas signatárias do Protocolo Agroambiental.
 
Os números se referem às usinas 
cuja relação consta no Anexo 2.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
44 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
 
Para suprir sua demanda por mudas nativas, as usinas signatárias também adquirem mudas 
de  viveiros  terceirizados,  razão  pela  qual  até  a  safra  2011/12  houve  mais  mudas  plantadas  que 
mudas  produzidas  nos  viveiros  próprios  existentes  nessas  usinas.  Esse  quadro  geral  se  inverteu  a 
partir da safra 2012/13, quando o total de mudas nativas produzidas excedeu o número de mudas 
plantadas. É interessante notar que o aumento na produção e plantio de mudas na safra 2009/10 se 
refletiu no aumento da restauração florestal na safra 2010/11, conforme mostrado anteriormente na 
Figura 55. 
1,95
2,59
3,30
3,91
4,35
4,59
4,47
2,84
3,06
3,89
4,05
4,86
4,14
3,67
0,44 0,49
0,62
0,81 0,80 0,85
1,15
2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Milhões de mudas
mudas produzidas 
mudas plantadas 
mudas doadas
Safra  
Figura 58 ‐ Produção e dDestino de mudas nativas das usinas signatárias em milhões de unidades. 
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
45 
 
6 ‐ EVOLUÇÃO DOS PARÂMETROS DAS AGROINDÚSTRIAS 
6.1 ‐ Gestão da Vinhaça 
As  ações  adotadas  pelas  usinas  signatárias  no  âmbito  da  Diretiva  Técnica  J  do  Protocolo 
Agroambiental, que versa sobre o reuso adequado dos resíduos gerados na produção de açúcar e 
etanol,  incluem  a  apresentação  periódica  do  Plano  de  Aplicação  de  Vinhaça  à  CETESB  e  o 
revestimento dos tanques e canais primários de vinhaça, que vem aumentando desde o início do 
Protocolo Agroambiental. Os prazos e procedimentos para impermeabilização dos tanques e canais 
primários de vinhaça e os critérios e procedimentos para o armazenamento, transporte e aplicação 
da vinhaça, gerada pelo processamento da cana‐de‐açúcar, no Estado de São Paulo, são disciplinados 
por legislação específica11
. 
Além  da  distribuição  da  vinhaça  por  meio  de  canais,  outros  modais  vem  sendo  adotados 
pelas usinas signatárias, como tubulação, caminhões e hidrorolls. Nota‐se um aumento dos tanques 
de vinhaça e de seu revestimento desde o início do Protocolo Agroambiental (Figura 59). 
410
462
505
646 655 643 638
39%
52%
61%
79%
83% 86%
88%
2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Número de tanques
de vinhaça
% de revestimento
Safra
 
Figura 59 ‐ Número de tanques de vinhaça e taxa média de revestimento ao longo das safras. 
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014) 
 
 
 
 
 
 
                                                            
11
São Paulo (2005) e CETESB (2006). 
46 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
6.2 ‐ Redução do Consumo de Água nos Processos Agroindustriais  
O  uso  da  água  no  processamento  industrial  da  cana‐de‐açúcar  é  disciplinado  pela 
Zoneamento Agroambiental do Setor Sucroenergético, no âmbito do licenciamento ambiental12
. 
Para atender às metas de redução do consumo de água, que podem assumir patamares de 
0,7 ou de 1m3
/t de cana processada, a depender da localização da unidade agroindustrial, as usinas 
signatárias estão adotando medidas como o fechamento de circuitos e o reuso da água, a lavagem da 
cana crua a seco, e o aprimoramento de processos industriais (Figura 60). Com o aprimoramento dos 
processos  industriais  do  setor  sucroenergético,  a  quantidade  média  de  água  utilizada  no 
processamento industrial da cana‐de‐açúcar deve chegar a 1m3
/t de cana. 
5
1,52 1,45
1,26 1,18 1
0
1
2
3
4
5
6
Anos 90 2010 2011 2012 2013 Previsão 2014
M3
de água/t de cana processada
2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Previsão 
2014/2015
Safra  
Figura 60 ‐ Redução do consumo de água nas usinas signatárias. 
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
Verifica‐se  que  cerca  de  50%  das  signatárias  já  alcançaram  o  patamar  de  1m3
/t  de  cana 
processada.  Deve‐se  lembrar,  contudo,  que  nas  regiões  consideradas  adequadas  com  restrições 
ambientais, a meta de redução de captação de água é de 0,7 m3
/t de cana (Tabela 3). 
 
Tabela  3  ‐  Distribuição  das  classes  de  consumo  de  água  das  usinas  signatárias  do  Protocolo 
Agroambiental, Estado de São Paulo, 2011/12 e 2013/14 
Consumo de água das Usinas signatárias
Classes de consumo (m³/ton de cana)
Porcentagem de Usinas (%)
2011/2012 2013/2014
Menorque 0,7 - 20
0,7 – 1,0 41 29
1,0 – 2,0 40 38
Acima de 2,0 19 13
 
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental. 
 
                                                            
12
São Paulo (2008ª, 2008b). 
47 
 
6.3 ‐ Produção de Energia (capacidade instalada, energia produzida e exportada)  
As usinas paulistas realizam cogeração de energia elétrica a partir da queima do bagaço da 
cana em caldeiras, que direcionam vapor para turbo‐geradores. Além de serem autossuficientes em 
energia  elétrica,  76  das  usinas  signatárias  exportaram  energia  elétrica  para  a  rede  pública  de 
distribuição de eletricidade em 2013, contribuindo para a segurança energética do Estado por meio 
da produção de energia renovável.  
A capacidade instalada das usinas signatárias corresponde a 3 vezes a capacidade de Angra II 
e a 36% a capacidade de Itaipu (Figura 61). 
Capacidade instalada ‐ MW
11.233
14.000
1.350
5.078
Belo Monte Itaipu Angra II Usinas signatárias do 
Protocolo
 
Figura 61 ‐ Capacidade instalada de importantes empreendimentos de geração de energia elétrica no Brasil. 
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014) e da Agência Nacional de Energia Elétrica. 
 
Cumpre dizer que, no Estado de São Paulo, a safra da cana atinge seu pico no meio do ano, 
período em que os reservatórios de água para geração de energia elétrica se encontram em níveis 
mais baixos devido ao período de estiagem.  
A energia que já é exportada anualmente para a rede pelas usinas signatárias do protocolo, 
da ordem de 8,34 milhões de MWh, é equivalente a cerca de 22% do consumo residencial paulista, 
de 37,69 milhões de MWh (Figura 62). Nota‐se pico de produção e exportação de energia em 2010, 
quando houve maior processamento de cana nas usinas, em razão da cana bisada de 2009. 
 
48 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
5,81
7,62
9,16
13,01 12,13
13,74
14,71
2,35
3,11
3,80
6,31 6,03
7,20
8,34
0
2
4
6
8
10
12
14
16
2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Milhões de Mwh
Produção Total Energia (MWh)
Energia Exportada (MWh)
Safras
22% do consumo 
residencial paulista
Safra
 
Figura 62 ‐ Produção e exportação de energia elétrica pelas usinas signatárias do Protocolo Agroambiental.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014) e do Balanço Energético do Estado de São Paulo
13
. 
 
Segundo dados da única (2014c), na safra 2013/14 a energia ofertada à rede pelas usinas 
paulistas signatárias do Protocolo economizou 4% da água nos reservatórios do submercado elétrico 
Sudeste/Centro‐Oeste, principal do país, responsável por 60% do consumo brasileiro14
. 
Verifica‐se  que  o  número  de  usinas  signatárias  exportadoras  de  energia  elétrica  dobrou 
desde o início do Protocolo Agroambiental,  demostrando que a energia elétrica da biomassa está se 
consolidando como um terceiro produto da cana‐de‐açúcar (Figura 63). 
33
38
47
61
67
75 76
2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
SafrasSafra
 
Figura 63 ‐ Evolução do número de usinas signatárias exportadoras de energia elétrica.  
Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
 
                                                            
13
 São Paulo (2013). 
14
UNICA (2014a). 
49 
 
7 ‐ CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Desde  sua  implantação,  foi  possível  verificar  que  o  Protocolo  Agroambiental  do  Setor 
Sucroenergético  contribuiu  para  a  melhoria  da  qualidade  ambiental  do  Estado  de  São  Paulo,  ao 
fomentar a adoção de boas práticas agroambientais entre as usinas e fornecedores de cana. Essa 
parceria pioneira entre o governo do Estado de São Paulo e o setor sucroenergético vem mostrando 
que é possível sim aliar a produção agrícola e industrial com a proteção do meio ambiente, numa 
relação em que todos ganham. 
O  trabalho  conjunto  das  Secretarias  de  Meio  Ambiente  e  da  Agricultura  e  Abastecimento 
nesse processo tem tornado possível a convergência de interesses comuns e o compartilhamento de 
conhecimento e experiência entre as duas casas, contribuindo para a visão de que o ambiente rural 
deve ser valorizado como um parceiro da proteção ambiental. 
O  sucesso  da  adoção  de  uma  metodologia  positiva  de  gestão,  com  foco  na  parceria  e 
trabalho  conjunto,  que  vão  além  da  mão  única  do  sistema  de  comando‐e‐controle,  vem 
demonstrando  que  essa  nova  forma  de  implantação  e  desenvolvimento  de  políticas  públicas  no 
Estado de São Paulo pode ser replicada para outros setores. 
7.1 ‐ Desafios 
Apesar  das  dificuldades  financeiras  que  assolaram  o  setor  sucroenergético,  sobretudo  a 
partir de 2009, as usinas e fornecedores de cana signatários continuaram investindo em tecnologias 
e metodologias de implementação das boas práticas agroambientais previstas nas diretivas técnicas 
do Protocolo. 
O novo sistema de produção do setor trouxe consigo desafios que precisam ser superados 
em conjunto com o poder público: 
a) A adoção de práticas adequadas de conservação de solo em consonância com as exigências de 
rendimentos operacionais da colheita mecânica; 
b) Valorização da matéria‐prima cana‐de‐açúcar e de seus produtos, com a criação de mecanismos 
que desonerem o produtor e promovam a melhoria de sua margem de lucro, permitindo assim que o 
mesmo possa continuar sobrevivendo no mercado nacional e internacional e continue a investir, em 
um sistema de melhoria contínua; 
c)  Valorização  dos  produtos  da  cana  produzidos  dentro  do  Protocolo  Agroambiental  como  um 
diferencial de mercado, uma vez que esses produtos possuem valor ambiental agregado; 
d) Alternativas de uso e exploração das áreas que poderão deixar de produzir cana em função da 
dificuldade em atender às exigências da produção de cana no novo sistema adotado pelo setor, com 
a mecanização da colheita. 
e) Continuidade da redução do consumo de água no processamento industrial da cana de açúcar, 
visando atender valores médios menores ou iguais a 1 m3
/t de cana processada; 
50 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
f) Ampliação da implantação de sistemas modernos de controle de emissões atmosféricas das usinas, 
como lavadores de gases e precipitadores eletrostáticos, visando diminuir a emissão de poluentes 
como material particulado e óxidos de nitrogênio, principalmente em regiões com bacias aéreas em 
vias de saturação; 
g)  Proteção  e  restauração,  quando  necessário,  das  áreas  ciliares  de  rios,  córregos  e  nascentes 
existentes nas propriedades canavieiras, fortalecendo o papel ecológico dessas áreas e os serviços 
ambientais prestados por essas propriedades; 
h)  Redução  e  combate  mais  eficientes  dos  focos  de  incêndios  florestais  deflagrados  sobre  os 
canaviais  e  APPs,  e  penalização  dos  responsáveis  por  incêndios  criminosos;  ampliação  da 
participação do setor em Planos de Auxílio Mútuo (PAM) e Redes Integradas de Emergência (RINEM); 
i)  Criação  de  políticas  públicas  de  incentivo  à  bioeletricidade,  visando  fomentar  a  aquisição  de 
máquinas e equipamentos voltados para a produção e exportação para a rede de eletricidade da 
biomassa da cana, além da regulação do mercado de compra e venda dessa energia, de modo que os 
valores praticados sejam interessantes para o setor e possam consolidar a bioeletricidade da cana 
como o terceiro produto mais importante da cana‐de‐açúcar. Essas ações são fundamentais para a 
diversidade  da  matriz  energética  paulista,  crescentemente  renovável,  para  a  ampliação  da  oferta 
interna de energia e para a segurança energética paulista. 
Com trabalho conjunto e visão de futuro, acredita‐se que pode‐se superar esses desafios e 
mais uma vez mostrar ao mundo a sustentabilidade e vanguarda do setor sucroenergético paulista. 
 
51 
 
 
8 ‐ AUTORES E AGRADECIMENTOS  
Autores 
Carolina Roberta Alves de Matos 
Francesco Giannetti 
Geraldo Majela de Andrade Silva 
Juliano Bortoloti 
Katia Nachiluk 
Marli Dias Mascarenhas Oliveira 
Rejane Cecília Ramos 
Renata Camargo 
Renato Nunes 
 
Agradecimentos  
Alexandre Gomes da Silva 
Alfred Szwarc 
Andrea Mayumi Chin Sendoda 
Antonio de Pádua Rodrigues 
Araci Kamiyama 
Carlos Eduardo Beduschi 
Daniel Lobo 
Érica Martins dos Santos 
Fernanda Santos Fernandes 
Guilherme Frauches 
Isabel Fonseca Barcellos 
Juliana Gusson Roscito 
Lucimara Gregório dos Santos 
Luiz Ricardo Viegas de Carvalho 
Luiz Felipe Lomanto Santa Cruz 
Maitê de Souza Sandoval 
Marina Stefani Carlini 
Rafael Frigério 
Rafael Furlan Moreira 
Rene Gonçalves de Lima 
Rodrigo César Finardi Campanha 
Sandra Jules Gomes da Silva 
Sérgio Torquato 
Valquíria da Silva 
52 
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014 
 
LITERATURA CITADA 
ARBEX,  M. A. et al.  Queima da  biomassa e suas repercussões sobre a saúde. Jornal Brasileiro de 
Pneumologia, Brasília, v. 30, n. 2, p. 75‐158, 2004. 
COMPANHIA  DE  TECNOLOGIA  DE  SANEAMENTO  AMBIENTAL  ‐  CETESB.  Vinhaça:  critérios  e 
procedimentos para aplicação no solo agrícola P4.231. São Paulo: CETESB, dez. 2006. 12 p. Disponível 
em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/Tecnologia/camaras/P4_231.pdf>. Acesso em: 2 out. 2014. 
FUNDAÇÃO  SISTEMA  ESTADUAL  DE  ANÁLISE  DE  DADOS  ‐  SEADE.  Estado  de  São  Paulo  e  suas 
regionalizações.  São  Paulo:  SEADE.  Disponível  em: 
<http://produtos.seade.gov.br/produtos/divpolitica/>. Acesso em: 10 jul. 2014. 
FOOD  AND  AGRICULTURE  ORGANIZATION  OF  THE  UNITED  NATIONS  ‐  FAOSTAT.  Database.  Rome: 
FAOSTAT. Disponível em: <http://faostat.fao.org/site/567/DesktopDefault.aspx?PageID=567#ancor>. 
Acesso em: 20 ago. 2014. 
 
MARTINS,  R.  Produção  de  amendoim  e  expansão  da  cana‐de‐açúcar  na  Alta  Paulista,  1996‐2010. 
Informações Econômicas, São Paulo, v. 41, n. 6, p. 05‐16, jun. 2011. 
 
NACHILUK, K.; OLIVEIRA, M. D. M. Cana‐de‐açúcar: custos nos diferentes sistemas de produção nas 
regiões do Estado de São Paulo. Informações Econômicas, São Paulo, v. 43, n. 4, p. 45‐81, 2013. 
OLIVETTE, M. P. A.; NACHILUK, K.; FRANCISCO, V. L. F. S. Análise comparativa da área plantada com 
cana‐de‐açúcar  frente  aos  principais  grupos  de  culturas  nos  municípios  paulistas,  1996‐2008. 
Informações Econômicas, São Paulo, v. 40, n. 2, p. 42‐59, fev. 2010. 
 
ORGANIZAÇÃO DE PLANTADORES DE CANA DA REGIÃO CENTRO‐SUL DO BRASIL ‐ ORPLANA. Banco 
de dados. São Paulo: ORPLANA. Disponível em: <http://www.orplana.com.br/novosite/>. Acesso em: 
15 abr. 2014. 
PROTOCOLO  agroambiental.  Secretaria  do  Meio  Ambiente.  Disponível  em: 
<http://www.ambiente.sp.gov.br/etanolverde/files/2014/05/Resultados‐safra‐2013_2014‐Etanol‐
Verde.pdf>. Acesso em: out. 2014.
SÃO PAULO (Estado). Decreto n. 47.700, de 11 de março de 2003. Regulamenta a Lei nº 11.241, de 19 
de  setembro  de  2002,  que  dispõe  sobre  a  eliminação  gradativa  da  queima  da  palha  da  cana‐de‐
açúcar e dá providências correlatas. Diário Oficial do Estado, 12 mar. 2003. 
______. Lei n. 11.241, de 19 de setembro de 2002. Dispõe sobre a eliminação gradativa da queima da 
palha da cana‐de‐açúcar e dá providências correlatas. Diário Oficial do Estado, 20 set. 2002.  
______.  Portaria  CETESB  CTSA  –  01  de  28  de  novembro  de  2005.  Dispõe  sobre  os  prazos  e 
procedimentos  para  a  impermeabilização  de  tanques  de  armazenamento  de  vinhaça  e  de  canais 
mestres ou primários, já instalados, de uso permanente para a distribuição da vinhaça destinada à 
aplicação no solo. Diário Oficial do Estado, 29 nov. 2005. 
______. Resolução SMA n. 01, de 31 de janeiro de 2014. Altera o artigo 3º da Resolução Conjunta 
SMA/SAA n. 02, de 01 de agosto de 2007, que constitui o Grupo Executivo para o acompanhamento 
do  Protocolo  de  Cooperação  que  estabelece  ações  destinadas  a  consolidar  o  desenvolvimento 
sustentável da indústria de cana‐de‐açúcar no Estado de São Paulo e dá outras providências. Diário 
Oficial do Estado, 13 fev. 2014. 
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Protocolo agroambiental do setor sucroenergético em São Paulo

  • 2. 1    Prefácio  No passado recente, o crescimento da demanda interna e a potencialidade de crescimento  da demanda externa por etanol abriram caminho para avanços tecnológicos em busca de ganhos de  eficiência  e  maiores  níveis  de  produtividade  no  campo  e  na  indústria  sucroenérgetica.  Porém,  a  visibilidade  dessa  expansão  trouxe  como  consequência  a  preocupação  da  sociedade  brasileira  e  internacional  em  relação  aos  impactos  econômicos,  sociais  e  ambientais  advindos  desse  boom  expansionista.  Ao se pensar em ações que promovam o desenvolvimento de qualquer segmento produtivo,  é preciso dispor de informações, mecanismos e normas que norteiem os processos de tomada de  decisão,  contextualizados  nos  anseios  da  sociedade.  No  tocante  à  cana‐de‐açúcar,  surgiu  assim  a  necessidade de um entendimento entre iniciativa privada, Poder Público e sociedade civil, para que  fosse estabelecido um prazo para se eliminar, definitivamente, a queimada da cana na operação de  colheita, por questões ambientais e de saúde pública.  Atento a estas questões, o governo do Estado de São Paulo, representado pelas Secretarias  do  Meio  Ambiente  (SMA)  e  da  Agricultura  e  Abastecimento  (SAA),  celebrou  com  o  Setor  Sucroenergético,  representado  pela  União  da  Indústria  da  Cana  de  Açúcar  (UNICA)  e  pela  Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro‐Sul do Brasil (ORPLANA) um protocolo de  boas práticas agroambientais.  Com o advento do Protocolo, o setor evoluiu em ganhos ambientais ligados à redução da  queima  para  colheita,  à  proteção  das  áreas  ciliares,  e  também  nos  processos  industriais,  com  a  diminuição do consumo de água para o processamento de cana (resultado de fatores da colheita  crua), limpeza da cana a seco e o fechamento de circuitos de água, dentre outras melhorias, visando  a produção sustentável de cana‐de‐açúcar e seus produtos.   
  • 3. 2  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  União da Indústria de Cana‐de‐Acúcar  O Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético, assinado em 2007 com o governo de  São Paulo, representa um acordo voluntário pioneiro, que entre outras disposições determinou: (i) a  antecipação dos prazos legais para o fim da despalha da cana por meio do uso de fogo para 2014  (nas  áreas  mecanizáveis,  para  todas  as  unidades  industriais  signatárias)  e  2017  (áreas  não  mecanizáveis) e (ii) a recuperação de matas em nascentes e a proteção das áreas de preservação de  outros cursos d’água.  Por meio de suas diretivas, o Protocolo não se limitou a induzir a mecanização da colheita da  cana‐de‐açúcar,  mas  representou  a  consolidação  de  uma  nova  estrutura  produtiva  para  o  setor  sucroenergético,  baseada  primordialmente  na  adoção  das  melhores  práticas  de  sustentabilidade  ambientais e sociais pelo setor produtivo.  Desde  a  sua  assinatura,  as  empresas  e  produtores  que  aderiram  ao  Protocolo  realizaram  expressivos investimentos para aquisição de máquinas, adequação das áreas de cana, recuperação  de matas e requalificação de mão de obra. Adicionalmente a esses investimentos, o setor passou a  enfrentar novos desafios em toda a sua cadeia produtiva, como por exemplo, a demanda por novos  equipamentos e técnicas de manejo agrícola, a destinação de parte da palha da cana depositada no  solo, a contratação de mão de obra qualificada, entre outros.  Estes  desafios,  no  entanto,  não  limitaram  a  busca  constante  dos  signatários  do  Protocolo  pelo atendimento de suas diretivas.  Na verdade,  mesmo diante de um momento  de aumento  de  custos e queda de produtividade, o setor produtivo se dedicou para consecução e superação das  metas definidas, de tal sorte que a conclusão da safra 2013/14 marcou não apenas o atendimento  das metas de mecanização da colheita da cana‐de‐açúcar, mas, principalmente, a consolidação do  Protocolo Agroambiental como um modelo de parceria e diálogo a ser desenvolvido entre o setor  produtivo e o Estado.   Os  resultados  apresentados  neste  relatório  não  evidenciam  apenas  o  sucesso  de  um  programa de adesão voluntária, mas o comprometimento do setor sucroenergético com a adoção e  desenvolvimento das melhores práticas de sustentabilidade para sua cadeia produtiva.      
  • 4. 3    ORPLANA   As páginas que compõem este relatório apresentam uma análise completa da evolução da  colheita  de  cana  sem  queima  no  Estado  de  São  Paulo  na  área  das  unidades  industriais  e  dos  fornecedores  de  cana,  procurando  ressaltar  o  histórico  de  ocupação  territorial,  a  evolução  e  o  respectivo impacto ao longo das safras nas diferentes regiões do Estado, de forma detalhada e de  fácil entendimento, e permitirá ao leitor uma fácil compreensão do assunto.    Secretarias da Agricultura e Abastecimento (SAA) e do Meio Ambiente (SMA)     União da Indústria da Cana de Açúcar (UNICA)     Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro‐Sul do Brasil (ORPLANA) 
  • 5. 4  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  1 ‐ OBJETIVO  Este  relatório  tem  por  objetivo  apresentar  os  resultados  do  Protocolo  Agroambiental  das  safras 2007/08 a 2013/14, visando demonstrar a evolução da performance das signatárias desde o  início do Protocolo, em 2007.   
  • 6. 5    2 ‐ METODOLOGIA   Os resultados que compõem este relatório basearam‐se na documentação de renovação do  Certificado Etanol Verde apresentada por 150 usinas e por 27 associações de fornecedores de cana  signatárias  durante  o  ano  de  2013,  cuja  relação  consta  nos  Anexos  I  e  II.  Para  as  associações  de  fornecedores  de  cana,  também  foram  analisadas  as  séries  históricas  das  documentações  apresentadas  pelas  mesmas  desde  2009.  A  Companhia  de  Tecnologia  de  Saneamento  Ambiental  (CETESB)  foi  consultada  em  relação  ao  Plano  de  Eliminação  de  Queima  (PEQ)  e  ao  licenciamento  ambiental  das  usinas.  Os  dados  referentes  ao  perfil  de  colheita  de  cana  foram  obtidos  pelo  mapeamento  realizado  pela  Agrosatélite  Geotecnologia  Aplicada,  utilizando‐se  a  metodologia  adotada  desde  2006  pelo  Projeto  CANASAT,  do  Instituto  Nacional  de  Pesquisas  Espaciais  (INPE),  tendo  por  base  as  áreas  de  cana  disponíveis  para  colheita  e  as  imagens  obtidas  pelos  satélites  Landsat 7 e 8.    
  • 7. 6  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  3 ‐ PANORAMA GERAL DO SETOR SUCROERNERGÉTICO   3.1 ‐ Evolução da Cultura da Cana‐de‐açúcar de 2006 a 2012  A cana‐de‐açúcar no mundo é uma cultura de grande importância na economia dos países  que a produzem. Seus produtos são largamente utilizados na produção de açúcar, bioeletricidade e  etanol1 .  A área colhida de cana‐de‐açúcar no mundo em 2012 foi de 26,08 milhões de hectares e a  produção de 1.832,5 milhão de toneladas (Figuras 1 e 2). Neste mesmo ano, do total colhido, 76,4%  estiveram concentrados em 10 países: Brasil, Índia, China, Tailândia, Paquistão, México, Indonésia,  Austrália, Filipinas e Estados Unidos.   0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Área  (1.000ha) Ano   Figura 1 ‐ Evolução da Área de Cana Colhida no Mundo, 2006 a 2012.   Fonte: FAOSTAT (2014).    0 500 1.000 1.500 2.000 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Produção (milhão de t) Ano   Figura 2 ‐ Evolução da Produção de Cana‐de‐açúcar no Mundo, 2006 a 2012.    Fonte: FAOSTAT (2014).                                                                 1 O etanol é considerado pela Environmental Protection Agency (EPA) como biocombustível avançado (UNICA, 2014). 
  • 8. 7    Dentre  os  dez  países  maiores  produtores  de  cana‐de‐açúcar,  o  Brasil  se  destaca  como  responsável por 31% da produção total mundial (Figura 3).  ‐ 100  200  300  400  500  600  Produção (Milhão de toneladas) País   Figura 3 ‐ Ranking dos Principais Países Produtores de Cana‐de‐açúcar, 2012.   Fonte: FAOSTAT (2014).    Segundo a UNICA (2014b), a evolução da área colhida no Brasil no período de 2006 a 2012 foi  de 53,%, passando de 6,357 milhões de hectares para 9,705 milhões de hectares (Figura 4).     0  2.000  4.000  6.000  8.000  10.000  12.000  2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Área (1.000 ha) Ano   Figura 4 ‐ Evolução da Área Colhida no Brasil, 2006 a 2012.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados da UNICA (2014bª).   
  • 9. 8  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  Na Federação, a região produtora de maior destaque é a Centro‐Sul, que representou 90% da  produção nacional no ano de 2012. O Estado de São Paulo é o maior produtor nacional de cana‐de‐ ‐açúcar, detendo cerca de 56% do total dessa produção (Figura 5).   0  1.000  2.000  3.000  4.000  5.000  6.000  7.000  8.000  9.000  2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Área ( 1.000 ha) Ano Centro‐Sul Norte‐Nordeste   Figura 5 ‐ Evolução da Área Colhida dos Principais Estados Produtores da Federação, 2006 a 2012.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados da UNICA (2014b).    Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais foram os Estados com maior expansão canavieira  no  período,  ampliando  sua  área  com  cana‐de‐açúcar  em  3,6  vezes,  3,1  vezes  e  2  vezes,  respectivamente. Já Paraná e São Paulo tiveram um incremento de 51 % e 47,%, respectivamente  (Figura 6).  0  1.000  2.000  3.000  4.000  5.000  6.000  2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Área (1.000 ha) Ano São Paulo Goiás Mato Grosso do Sul Minas Gerais Paraná   Figura 6 ‐ Evolução da Área Colhida dos Principais Estados do Centro‐Sul, 2006 a 2012.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados da UNICA (2014b).   
  • 10. 9    No Estado de São Paulo, a cana‐de‐açúcar é o principal produto da agropecuária. Segundo  Tsunechiro et al. (2014), nos anos de 2012 e 2013, a participação da cultura no valor da produção  agropecuária paulista foi de 48,3% (R$27,5 bilhões) e de 46,7% (R$ 26,9 bilhões), respectivamente.  A  cana‐de‐açúcar  esteve  presente  como  principal  produto  em  9  das  15  Regiões  Administrativas do Estado em 2013, conforme os dados apresentados na Figura 7.     Figura 7 ‐ Valor da Produção dos Principais Produtos por Região Administrativa, Estado de São Paulo, 2013.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir dos dados , Tsunechiro et al.(2014).      No  período  analisado,  houve  um  aumento  de  47%  na  área  colhida  de  cana‐de‐açúcar,  passando de 3,4 milhões de hectares para 5,1 milhões de hectares (Figura 8).  0  1.000  2.000  3.000  4.000  5.000  6.000  2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Área colhida (em 1.000 ha) Ano  
  • 11. 10  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  Figura 8 ‐ Evolução da Área Colhida de Cana‐de‐açúcar, Estado de São Paulo, 2006 a 2012.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados da UNICA (2014b).    Ainda de acordo com dados da UNICA (2014b), a produção de cana‐de‐açúcar neste período  cresceu 1,3%, tendo atingido seu ápice em 2009 e 2010 (Figura 9).    0  50  100  150  200  250  300  350  400  2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 Produção em 1.000 t Safra   Figura 9 ‐ Evolução de Produção de Cana‐de‐açúcar, Estado de São Paulo, 2006 a 2012.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados da UNICA (2014b).   
  • 12. 11    4 ‐ HISTÓRICO DO PROTOCOLO AGROAMBIENTAL  O Protocolo Agroambiental surgiu como um acordo inédito entre o governo do Estado de São  Paulo, representado pelas Secretarias do Meio Ambiente (SMA) e da Agricultura e Abastecimento  (SAA), e o Setor Sucroenergético, representado pela União da Indústria da Cana de Açúcar (UNICA) e  pela Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro‐Sul do Brasil (ORPLANA), com o objetivo  de criar mecanismos para estimular e consolidar o desenvolvimento sustentável da produção e da  indústria  da  cana  no  Estado  de  São  Paulo.  O  compromisso  com  as  unidades  agroindustriais  foi  firmado em 2007 com a UNICA, enquanto o compromisso com as associações de fornecedores de  cana foi firmado com a ORPLANA, em 2008.  O Protocolo prevê o reconhecimento dos esforços das usinas e associações de fornecedores  de cana em atender às Diretivas Técnicas do acordo, por meio da renovação anual do Certificado  Etanol  Verde  (Figura  10),  ocasião  em  que  os  dados  de  acompanhamento  são  atualizados  pelos  signatários. Essas informações complementam o Plano de Ação entregue pelos signatários durante o  processo de adesão ao Protocolo e permitem verificar o cumprimento das Diretivas Técnicas (Quadro  1).      Figura 10 ‐ Certificado Etanol Verde, Concedido Anualmente às Signatárias que Demonstrarem o Cumprimento das Diretivas Técnicas do  Protocolo Agroambiental.  Fonte: Protocolo Agroambiental (2014). 
  • 13. 12  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  Quadro 1 ‐ Resumo das Diretivas Técnicas do Protocolo Agroambiental das Usinas e das Associações  de Fornecedores de Cana2 .  A Antecipação do prazo final para eliminação da queima nas áreas mecanizáveis de 2021 para 2014; 70% de colheita crua nessas áreas a partir de 2010. I Antecipação do prazo final para eliminação da queima nas áreas mecanizáveis maiores que 150 ha de 2021 para 2014; 60% de colheita crua nessas áreas a partir de 2010. B Antecipação do prazo final para eliminação da queima nas áreas não mecanizáveis de 2031 para 2017; 30% de colheita crua nessas áreas a partir de 2010. II Antecipação do prazo final para eliminação da queima nas áreas não mecanizáveis de 2031 para 2017; 20% de colheita crua nessas áreas a partir de 2010. C Realização de colheita crua nas áreas de expansão dos canaviais. III Antecipação do prazo final para eliminação da queima nas áreas mecanizáveis até 150 ha de 2031 para 2017; 20% de colheita crua nessas áreas a partir de 2010. D Adoção de ações para que não ocorra queima de bagaço e de subprodutos da cana a céu aberto. V Realização de colheita crua nas áreas de expansão dos canaviais. E Proteção das áreas ciliares das propriedades canavieiras. VI Adoção de ações para que não ocorra queima da palha da cana‐de‐açúcar proveniente da colheita crua a céu aberto. F Proteção das nascentes das áreas rurais do empreendimento canavieiro e recuperação da vegetação ao seu redor. VII Proteção das áreas ciliares das propriedades canavieiras. G Implementação de Plano Técnico de Conservação do solo, combate à erosão e contenção de água pluviais em estradas internas e carreadores. VIII Proteção das nascentes das áreas rurais e da vegetação ao seu redor. H Implementação de Plano Técnico de Conservação de Recursos Hídricos, controle de qualidade da água e reuso de água nos processos industriais. IX Adoção de boas práticas para conservação dos recursos hídricos, atentando para condições climáticas na aplicação de vinhaça e de agrotóxicos, incluindo controle de qualidade da água. I Adoção de boas práticas no gerenciamento e aplicação de agrotóxicos. X Adoção de práticas de conservação do solo, combate à erosão e contenção de água pluviais em estradas internas e carreadores. J Adoção de boas práticas para minimização da poluição atmosférica industrial e gerenciamento de resíduos da fabricação de açúcar e etanol. XI Adoção de boas práticas no gerenciamento e aplicação de agrotóxicos. Protocolo Agroambiental Usinas Associações de Fornecedores de Cana Diretiva Técnica Diretiva Técnica     4.1 ‐ Grupos Executivos                                                                2 A íntegra dos documentos pode ser consultada no website do Etanol Verde : Secretaria do Meio Ambiente,  Protocolo Agroambiental São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente. Disponível em:   http://www.ambiente.sp.gov.br/etanolverde Acesso em: out. 2014.   Fonte: Protocolo Agroambiental (2014). 
  • 14. 13    Os Protocolos Agroambientais das usinas e associações de fornecedores de cana possuem  Grupos Executivos tripartites, órgãos consultivos e deliberativos que têm a responsabilidade de zelar  pela operacionalidade das ações, aprimorar a metodologia para avaliação global das metas, propor  ajustes  e  adequações  aos  Protocolos  e  consolidar  critérios  para  a  expedição  e  renovação  do  Certificado  Etanol  Verde.  A  composição  dos  grupos  executivos  do  Protocolo  Agroambiental  das  unidades agroindustriais e do Protocolo Agroambiental das associações de fornecedores de cana foi  atualizada em 20143 .      4.2 ‐ Usinas e Associações de Fornecedores Signatárias   A partir de 2007, o setor sucroenergético vivenciou uma grande expansão no Estado de São  Paulo, com a instalação de novas unidades agroindustriais e a expansão dos canaviais. Com a questão  ambiental  ganhando  importância  crescente  no  setor,  a  maioria  das  usinas  e  das  associações  de  fornecedores  de  cana  tornaram‐se  signatárias  do  Protocolo  Agroambiental,  comprometendo‐se  a  cumprir com suas diretivas técnicas de sustentabilidade.   Anualmente, as signatárias do Protocolo atualizam as informações de acompanhamento das  diretivas técnicas por meio de procedimentos coordenados pela Equipe do Etanol Verde. Mediante a  comprovação  do  cumprimento  das  Diretivas  do  Protocolo,  é  concedido  anualmente  para  as  signatárias o Certificado Etanol Verde.   Por  se  tratar  de  um  processo  dinâmico,  existe  variação  anual  no  número  de  usinas  e  associações de fornecedores de cana certificadas (Figuras 11 e 12), alteração essa que também é  resultante da abertura/suspensão de atividades das empresas ao longo das safras. O percentual da  área  de  cultivo  de  cana‐de‐açúcar  das  signatárias  em  relação  à  área  total  de  cultivo  de  cana  no  Estado de São Paulo tem mantido um padrão uniforme, demonstrando que houve transferência de  áreas produtivas das unidades que encerraram suas atividades para as unidades que se mantiveram  ativas (Figura 13).                                                                 3 São Paulo (2014ª) e São Paulo (2014b). 
  • 15. 14  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  153 199 192 197 186 172 164 138 156 162 161 160 159 141 0 50 100 150 200 250 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total São Paulo Signatárias Número de usinas Ano 90% 78% 84% 82% 89% 92% 86%   Figura 11 ‐ Número de Usinas em Operação e de Usinas Certificadas desde o Início do Protocolo Agroambiental, Estado de São Paulo, 2007  a 2013.   Fonte: MAPA e Protocolo Agroambiental (2014).   5.572 5.794 5.399 5.401 5.997 5.000 5.250 5.500 5.750 6.000 6.250 2009 2010 2011 2012 2013 Nº de fornecedores  signatários 26 27 27 27 27 Associações certificadasxx Número de fornecedores Ano   Figura 12 ‐ Número de Fornecedores de Cana Certificadas desde o início do Protocolo Agroambiental, Estado de São Paulo, 2009 a 2013.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014).   
  • 16. 15    2,37 2,64 3,71 3,90 3,99 4,26 4,45 4,25 4,87 5,24 5,30 5,40 5,53 5,77 0 1 2 3 4 5 6 7 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Milhão de ha Área de cana de usinas e associações signatárias Área de cana no Estado de São Paulo 56% 54% 71% 73% 74% 77% 77% xx % Percentual da área das signatárias na área de cana total de São Paulo Safra    Figura 13 ‐ Área de Cana no Estado de São Paulo e Área de Cana Administrada por Signatárias do Protocolo Agroambiental, 2007‐08 a  2013/14.    Fonte: CANASAT e Protocolo Agroambiental (2014).     
  • 17. 16  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  5 ‐ RESULTADOS DO PROTOCOLO AGROAMBIENTAL  5.1  ‐  Área  Compromissada  com  Boas  Práticas  Agroambientais  no  Estado  de  São  Paulo  pelas  Signatárias  Em 2013, no Estado de São Paulo, 5.180.349 hectares estiveram comprometidos com boas  práticas agroambientais pelas usinas e associações de fornecedores signatárias do Protocolo. Essa  área  corresponde  a  25,3%  da  área  agricultável  do  Estado  de  São  Paulo,  de  20.504.107  hectares  (Figura 14).   3.893.110 ha 1.287.239 ha 15.323.758 ha Usinas signatárias Associações signatárias 25,3% 74,7%   Figura 14 ‐ Participação da Área Comprometida com Boas Práticas pelas Signatárias do Protocolo Agroambiental na Área Total Agricultável  do Estado de São Paulo, Safra 2013/14.   Fonte: São Paulo (2009) e Protocolo Agroambiental (2014).   Verificou‐se que, ao longo do período analisado, houve um incremento de 1,21 milhão de  hectares na área total compromissada pelas unidades agroindustriais, que incluem, além da área de  cultivo  de  cana,  as  áreas  ciliares,  os  parques  industriais  e  as  benfeitorias,  representando  45%  de  aumento em relação a 2007. Em relação às associações signatárias, o aumento foi de 17% a partir de  2009, ano em que seus Planos de Ação foram entregues e seus dados começaram a ser computados  (Figura 15). 
  • 18. 17    2,68 2,97 3,24 3,40 3,64 3,80 3,89 1,10 1,17 1,14 1,24 1,29 0 1 2 3 4 5 6 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Milhão de ha Associações Usinas 2,68 2,97 4,34 4,58 4,78 5,03 5,18 Safra   Figura  15  ‐  Histórico  da  Área  Compromissada  com  Boas  Práticas  pelas  Signatárias  do  Protocolo  Agroambiental,  Estado  de  São  Paulo,  2007/08 a 2013/14.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014).      5.2 ‐ Perfil das Propriedades  As  usinas  e  os  fornecedores  de  cana‐de‐açúcar  possuem  perfis  distintos,  referentes  às  características  de  suas  propriedades  e  à  implementação  das  diretivas  técnicas  do  Protocolo  Agroambiental. Essas características são apresentadas a seguir.    5.2.1 ‐ Usinas signatárias  A  área  total  administrada  pelas  usinas  engloba  tanto  as  áreas  próprias  como  as  áreas  arrendadas/parceiras.  Nas  áreas  próprias  concentram‐se,  sobretudo,  as  áreas  com  os  parques  industriais, sendo pequena a participação de áreas próprias destinadas ao cultivo da cana‐de‐açúcar.  Verificou‐se, que desde o início do Protocolo Agroambiental, houve nessas áreas um aumento de  cerca  de  1,2  milhão  de  hectares.  Observa‐se  uma  participação  crescente  de  áreas  de  arrendamento/parceria nas áreas administradas por essas unidades (Figura 16), com diminuição das  áreas próprias nas duas últimas safras.   
  • 19. 18  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  0 1 2 3 4 5 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Milhão de ha  Áreas próprias  Áreas arrendadas 2,68 2,97 3,24 3,40 3,64 3,80 3,89 Safra   Figura 16 ‐ Áreas Administradas pelas Usinas Signatárias, Estado de São Paulo, 2007/08 a 2013/14.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir dos dados do Protocolo Agroambiental (2014).    5.2.2 ‐ Associações de fornecedores de cana  De  acordo  com  o  Levantamento  Censitário  das  Propriedades  (São  Paulo,  2009),  em  2007/08  havia no Estado de São Paulo 100.008 unidades de produção agrícola (UPAs) com a cultura de cana‐ de‐açúcar4   (Tabela  1).  Dentre  estas  unidades  de  produção,  85%  possuem  área  até  150  hectares,  13,4%  estão  entre  as  propriedades  com  área  de  151  hectares  até  1.000  hectares  e  acima  disso  encontra‐se apenas 1,2% destas UPAs.    Tabela 1 ‐ Número de Unidades de Produção e Área Total com Cana‐de‐açúcar, Estado de São Paulo,  2007/08  Área   UPAs com cana (n.)  Área total das UPAs com cana (ha) De até 150 ha  85.300  3.204.126,10  De 151 até 1.000 ha  13.470  4.588.066,22  maior que 1.001 ha  1.238  2.464.692,86  Total  100.008  10.256.885,18  Quanto aos fornecedores de cana‐de‐açúcar do Estado de São Paulo das associações ligadas  à ORPLANA, verificou‐se na safra 2013/14 a existência de um total de 15.306 produtores, sendo que  89%  destes  possuem  propriedades  com  área  de  até  150  hectares,  10%  deles  possuem  área  no                                                               4 Essas unidades produzem cana‐de‐açúcar para diversos fins: açúcar, etanol, destilados, para garapa, forrageira  e outros.  Fonte: Elaborada pelo IEA a partir dos dados São Paulo (2009) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento do  Estado de São Paulo. 
  • 20. 19    intervalo entre 151 e 1.000 hectares a e as áreas acima de 1.000 hectares representam 1,4% (Tabela  2).     Tabela 2 ‐ Estratificação dos fornecedores de cana‐de‐açúcar do Estado de São Paulo associados à  Organização de Produtores de Cana da Região Centro‐Sul (ORPLANA), 2013/14    Área   Fornecedores  (n.)  %  Quantidade de cana  entregue (t)  Participação de  cana entregue (%) até 150 ha  13.612  89  Até 12.000   27,3  151 até 1.000 ha  1.484  10  12.0001 a 75.000   33,0  maior que 1.001 ha  210  1,4  acima de 75.001   39,6  Total   15.306  100     100  Fonte: Organização de Produtores de Cana da Região Centro‐Sul (ORPLANA ‐ 2014).    Os fornecedores ligados às associações signatárias do Protocolo Agroambiental representam  39% dos produtores de cana ligados à ORPLANA. Do universo dos signatários o número de adesões  em 2008/09 foi de 5.572 e evoluiu na última safra para 5.997, enquanto o número de propriedades  compromissadas  com  as  diretivas  do  protocolo  saltou  de  15.640  para  17.914,  respectivamente  (Figura  17).  Embora  tenha  havido  variação  no  número  de  fornecedores5   signatários  ao  longo  das  safras, o número de propriedades aumentou.   15.640 16.268 16.124 16.407 17.914 5.572 5.794 5.399 5.401 5.997 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Mil Número de propriedades Número de fornecedores  Safra                                                                5 Foram  considerados  fornecedores  os  CPF’s  (Cadastro  de  Pessoas  Físicas)  distintos  informados  na  documentação das associações ao Protocolo Agroambiental.   
  • 21. 20  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  Figura 17 ‐ Evolução do Número de Propriedades e de Fornecedores de Cana Signatários, Estado de São Paulo, 2009/10 a 2013/14.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014).      Nota‐se  a  proporção  entre  o  número  de  áreas  arrendadas  e  próprias  se  mantém  praticamente igual ao longo das safras (Figura 18).   7.778 8.070 7.924 8.011 8.966 7.862 8.198 8.200 8.396 8.948 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Númerode propriedades(mil) Áreas arrendadas Áreas próprias Safra   Figura 18 ‐ Perfil das Áreas dos Fornecedores de Cana Signatários do Protocolo, Estado de São Paulo, 2009/10 a 2013/14.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
  • 22. 21    5.3 ‐ Perfil da Produção Canavieira  5.3.1 ‐ Usinas  Embora a cana tenha expandido em área, pode‐se inferir que esta expansão não ocorreu em  áreas de produção de alimentos, de acordo com Olivetti et al. (2010), mas sim em áreas de pastagens  degradadas. Segundo dados do protocolo agroambiental, a cultura tem contribuído em suas áreas de  renovação com a produção de alimentos, o que pode ser observado na figura 19. Nesta renovação  nas duas últimas safras, houve a substituição de adubos verdes por culturas alimentícias que, além  de beneficiarem a fertilidade do solo (fixação de nitrogênio), possibilitam um aumento de renda ao  produtor. De acordo com Martins (2011), essas culturas são principalmente amendoim e soja.    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 1.000 ha Safra Não Alimentícia Alimentícia   Figura 19 ‐ Comparação da Evolução da Área de Reforma Administrada pela Usina com Rotação de Cultura Alimentícia e Não Alimentícia,  Estado de São Paulo, 2007/08 a 2013/14.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014).    Em relação à duração da safra no período analisado, verifica‐se que houve um aumento no  número  de  dias  em  razão  da  implementação  de  um  novo  ritmo  na  cultura  da  cana  em  seu  desempenho operacional, na busca de ajustes entre manejo, produção e ambiente, passando‐se a  utilizar variedades de ciclos precoces e tardios, proporcionando um melhor planejamento na colheita  mecanizada (Figura 20). 
  • 23. 22  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  161 195 223 238 204 223 222 0 50 100 150 200 250 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 número de dias Safra   Figura 20 ‐ Evolução da Duração da Safra, Estado de São Paulo, 2007/08 a 2013/14.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014)        A evolução da mecanização da colheita nas usinas signatárias pode ser notada através do  aumento do número de colhedoras próprias (Figura 21), mostrando o investimento ocorrido com a  mecanização da colheita, inclusive da necessidade da mecanização de outras operações. O número  de frentes de colheitas acompanhou este investimento.    917 1.255 1.544 2.078 2.379 2.598 2.856 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Número  Safra   Figura 21 ‐ Evolução do Número de Colhedoras Próprias da Usina, Estado de São Paulo, 2007/08 a 2013/14.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014).   
  • 24. 23    O índice de mecanização da colheita da cana6  (Figura 22) variou ao longo do período, sempre  em função do número de colhedoras, da área mecanizável e do número de usinas signatárias. Esse  número mostra que houve uma evolução na utilização das colhedoras na área de colheita de cana,  tendo em vista que o índice em 2007/08 de 728 ha/colhedora passou a 710 ha/colhedora na safra  2013/14.   O Protocolo Agroambiental proporcionou uma transformação nos sistemas de produção de  cana  no  Estado  de  São  Paulo  Olivetti,  Nachiluk  ‐  e  Francisco  (2010)  e  Nachiluk  e  Oliveira  (2013),  demonstrando a ocorrência do extraordinário incremento tecnológico no setor.    728 699 692 735 762 754 710 640 660 680 700 720 740 760 780 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 número de colhedora por ha Safra   Figura 22 ‐ Evolução do Índice de Colhedoras Próprias da Usina por hectare, Estado de São Paulo, 2007/08 a 2013/14.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014).    5.3.2 ‐ Fornecedores de cana  Nas propriedades dos fornecedores, verificou‐se que as áreas com cana de até 150 hectares  em condições de mecanização apresentaram aumento em torno de 48,9 mil hectares, evidenciando  o avanço das áreas com colheita de cana crua nas propriedades de menor tamanho. Já aquelas com  áreas acima de 150 hectares, embora tenham aumentado num primeiro momento, apresentaram  incremento menor nas safras 2011/12 em diante (Figura 23). Fato bastante relevante é a diminuição  das áreas não mecanizáveis, que no período avaliado apresentou redução de 70,8 mil hectares, ou  seja, 32% da área, o que evidencia que uma parcela de produtores deixou de cultivar a cana em áreas  não apropriadas a mecanização da cultura.                                                                6 Refere‐se ao número médio de hectares para os quais havia uma máquina disponível para colheita. Quanto  menor esse índice, maior é a participação das colhedoras na colheita da cana. 
  • 25. 24  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Área de Cana Mecanizável e não mecanizável Safra Mecanizavel até 150 ha Mecanizavel acima de 150 ha Não mecanizavel   Figura 23 ‐ Perfil da Área de Cana Mecanizável e Não Mecanizável dos Fornecedores Signatários, Estado de São Paulo, 2009/10 a 2013/14.  Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014).    A área de cultivo de cana dos fornecedores ligados às associações signatárias do Protocolo  Agroambiental  evoluiu  de  758.321  hectares  para  847.714  hectares  no  período  entre  as  safras  2009/10 e 2013/14 (Figura 24).  700.000 720.000 740.000 760.000 780.000 800.000 820.000 840.000 860.000 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 ha  Safra   Figura 24 ‐ Evolução da Área de Cultivo de Cana dos Fornecedores de Cana Signatários do Protocolo Agroambiental, Estado de São Paulo,  2009/10 a 2013/14.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
  • 26. 25    5.4 ‐ Redução da Queima da Palha da Cana e Ganhos Ambientais  5.4.1 ‐ Dados globais do Estado de São Paulo  Na safra 2006/07, 65,8% dos canaviais do Estado de São Paulo, área correspondente a 2,13  milhões de hectares, eram queimados (Figura 25). Isso representava danos ambientais, pela emissão  de poluentes (material particulado, monóxido de carbono e hidrocarbonetos) e de gases de efeito  estufa (metano e óxido nitroso), além de danos para a saúde da população das regiões canavieiras7  e  para a fauna e flora locais, principalmente quando as queimadas da palha da cana fugiam do controle  e se tornavam incêndios florestais.  3,66 4,25 4,87 5,24 5,30 5,40 5,53 5,77 3,24 3,79 3,92 4,07 4,73 4,80 4,66 4,81 1,11 1,76 1,92 2,27 2,63 3,13 3,38 4,03 2,13 2,03 2,00 1,80 2,10 1,67 1,28 0,78 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 TotalCultivo TotalColhido Cana Crua Cana Queima Área(milhõesdehectares) 65,8% 34,2% 83,7% 16,3% Safra 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 25 ‐ Evolução da Colheita da Cana, Estado de São Paulo, 2006/07 A 2013/14.   Fonte: CANASAT e AGROSATELITE    Nota‐se o aumento da colheita crua acompanhando a expansão da cultura da cana e a queda  acentuada  da  queima  a  partir  da  safra  2010/11.  A  colheita  crua  superou  aquela  realizada  com  queima na safra 2009/10. Com a eliminação gradativa da queima da palha da cana catalisada pelo  Protocolo Agroambiental, verificou‐se o aumento da colheita sem fogo nas áreas de expansão de  canaviais e o decréscimo gradativo da queima em canaviais mais antigos, sobretudo a partir da safra  2010/11.   Por meio da análise de imagens de satélite8 , percebeu‐se que, a partir da safra 2007/08, teve  início a redução gradativa da queima da palha da cana em percentuais maiores que os exigidos pela                                                               7 Arbex et al. (2004).  8 CANASAT. 
  • 27. 26  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  legislação vigente9 . A área acumulada que deixou de ser queimada desde 2006 foi de cerca de 7,16  milhões  de  hectares,  o  que  resultou  na  não  emissão  de  mais  de  26,7  milhões  de  toneladas  de  poluentes e de 4,4 milhões de toneladas de gases de efeito estufa.  2.269 2.653 2.745 2.847 3.310 2.398 2.329 2.404 2.132 2.025 1.998 1.801 2.101 1.671 1.277 782 137 628 748 1.037 1.209 728 1.052 1.622 7,16 milhões de ha* 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Área(milhectares) Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha) Área efetivamente queimada (ha) Área que se deixou de queimar (ha) ~ 77,5 mil ônibus circulando durante 1 ano Deixou de emitir 26,7 milhões de toneladas de poluentes** Deixou de emitir 4,4 milhões de toneladas de GEE*** * Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007 ** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado Safra *** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 26 ‐ Ganhos Ambientais com a Redução da Queima, Estado de São Paulo, 2006/07 a 2013/14.   Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).     Safra 2006/2007 P. Prudente Rib. Preto Araçatuba São José do Rio Preto Franca Sorocaba Marília Campinas Barretos Central Bauru Cana Crua Cana Queima Realização    Figuras  27 ‐ Comparação dos Perfis de Colheita de Cana Demonstrando o Crescimento da Atividade e a Substituição da Colheita com  Queima pela Colheita Crua, Estado de São Paulo, Safra 2006/07.   Fonte: CANASAT e Agrosatélite.                                                               9 São Paulo (2002) e São Paulo (2003). 
  • 28. 27    Safra 2013/2014 P. Prudente Rib. Preto Araçatuba São José do Rio Preto Franca Sorocaba Marília Campinas Barretos Central Bauru Cana Crua Cana Queima Realização   Figuras  28 ‐ Comparação dos Perfis de Colheita de Cana Demonstrando o Crescimento da Atividade e a Substituição da Colheita com  Queima pela Colheita Crua, Estado de São Paulo, Safra 2013/14.   Fonte: CANASAT e Agrosatélite.      5.4.2  ‐  Evolução  da  redução  da  queima  das  usinas  e  associações  signatárias  do  Protocolo  Agroambiental  O primeiro patamar de redução de queima do Protocolo Agroambiental para as usinas foi em  2010, quando se deveria atingir 70% de colheita crua nas áreas mecanizáveis e 30% nas áreas não  mecanizáveis. Na safra em questão, as usinas compensaram o que não conseguiram atingir nas áreas  não mecanizáveis colhendo a mais nas áreas mecanizáveis (Figura 29).    % de colheita crua Safra 47,1 52,7 57,1 72,5 80,1 84,9 84,8 9,6 11,0 10,0 29,4 33,5 42,8 46,6 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Áreas mecanizáveis  Áreas não mecanizáveis   Figura 29 ‐ Evolução da Colheita Crua das Usinas Signatárias, Estado de São Paulo, 2007/08 a 2013/14.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014).  
  • 29. 28  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  Já para as associações de fornecedores de cana, o primeiro patamar de redução de queima  do Protocolo Agroambiental foi em 2010, quando se deveria atingir 60% de colheita crua nas áreas  mecanizáveis maiores que 150 hectares e 20% nas áreas não mecanizáveis e mecanizáveis menores  que  150  hectares  (Figura  30).  Uma  evolução  com  maior  valor  no  primeiro  ano,  em  torno  de  15  pontos  percentuais,  também  foi  apresentada  nas  áreas  menores  que  150  hectares,  havendo  estabilização  nas  safras  seguintes  em  torno  de  30%.  Na  safra  2013/14,  houve  um  aumento  de  7  pontos percentuais. Esse fato pode estar atrelado as liminares que proíbem a queimada palha da  cana em algumas áreas do Estado de São Paulo.    14,3 29,5 30,0 30,8 37,3 23,3 61,6 60,3 61,0 60,0 1,3 16,3 19,6 24,9 29,9 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Áreas mecanizáveis < 150 ha   Áreas mecanizáveis > 150 ha Áreas não mecanizáveis % de colheita crua Safra   Figura 30 ‐ Histórico da Redução de Queima dos Fornecedores Signatários do Protocolo Agroambiental, Estado de São Paulo, 2009/10 a  2013/14.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014).       5.4.3 ‐ Dados por Região Administrativa  No  ano  de  2013,  o  Estado  de  São  Paulo  era  dividido  em  15  mesorregiões  geográficas,  conhecidas por Regiões Administrativas. Essa distinção acompanhava a divisão do Brasil adotada a  partir de 1995 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foi realizada levando em  consideração  características  sociais,  econômicas  e  políticas  dos  municípios  que  compõe  essas  regiões,  permitindo  melhor  entendimento  dos  processos  socioeconômicos  e  da  dinâmica  espacial  que  os  acompanha.  Em  fevereiro  de  2014  foi  criada  a  16ª  Região  Administrativa  do  Estado  no  sudoeste  paulista,  composta  por  32  municípios.  Para  fins  deste  estudo,  baseado  em  informações  consolidadas até 2013, a Região Administrativa de Itapeva não foi considerada. A lista dos municípios 
  • 30. 29    que  compõe  as  Regiões  Administrativas  do  Estado  pode  ser  consultada  no  website  da  Fundação  SEADE (Figura 31)10 .    Figura 31 ‐ Distribuição das Regiões Administrativas do Estado de São Paulo até 2013.   Fonte: Elaborada pelos autores com base nos dados do IBGE.       5.4.3.1 ‐ Região Administrativa de Araçatuba  Nota‐se o aumento da colheita crua acompanhando a expansão da cultura da cana, com a  colheita crua superando a colheita com queima já na safra 2008/09, e a queda acentuada da queima  a partir da safra 2010/11 (Figura 32).  295 398 513 572 587 597 616 660 261 360 389 440 522 535 524 566 87 170 216 251 305 352 380 504 174 190 173 189 217 183 144 62 0 100 200 300 400 500 600 700 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima 67% 33% 11% 89% Área(milhectares) Safra 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 32 ‐ Evolução da Colheita da Cana, Região Administrativa de Araçatuba, Estado de São Paulo, 2006/07 a 2013/14.   Fonte: CANASAT e AGROSATELITE.                                                                  10 http://produtos.seade.gov.br/produtos/divpolitica/ 
  • 31. 30  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  Com relação aos ganhos ambientais, somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em  cada  safra,  deixou‐se  de  queimar  860  mil  hectares  de  cana  desde  o  início  do  Protocolo  Agroambiental,  deixando‐se  de  emitir  aproximadamente  3,21  milhões  de  toneladas  de  poluentes  (Figura 33).    183 252 272 308 365 268 262 283 174 190 173 189 217 183 144 62 9 62 99 119 148 85 118 221 860 mil ha* 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1.000 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha) Área efetivamente queimada (ha) Área que se deixou de queimar (ha) Safra Área(milhectares) * Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007 ** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado ~ 9.300 ônibus circulando durante 1 ano Deixou de emitir ~533 mil toneladas de GEE*** Deixou de emitir ~3,21 milhões de toneladas de poluentes** *** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 33 ‐ Ganhos Ambientais com a Redução da Queima, Região Administrativa de Araçatuba, Estado de São Paulo, 2006/07 a 2013/14.  Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).       5.4.3.2 ‐ Região Administrativa de Barretos  Nota‐se  o  aumento  da  colheita  crua  acompanhando  a  expansão  da  cultura  da  cana,  e  a  queda acentuada da queima após a safra 2008/09. A colheita crua superando a com queima na safra  2009/10,  quando  as  condições  climáticas  prejudicaram  a  colheita  e  levaram  a  uma  quantidade  significativa de cana bisada (Figura 34).  Área(milhectares) 296 333 386 397 401 411 421 435 269 295 336 297 373 367 354 363 62 123 151 182 238 273 269 301 207 172 185 115 134 94 85 62 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima Safra 77% 23% 17% 83% 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 34 ‐ Evolução da Colheita da Cana, Região Administrativa de Barretos.   Fonte: CANASAT e AGROSATELITE.   
  • 32. 31    Na  região  de  Barretos,  somadas  as  áreas  que  deixaram  de  ser  queimadas  em  cada  safra,  deixou‐se de queimar 586 mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental, deixando‐ ‐se de emitir aproximadamente 2,19 milhões de poluentes (Figura 35).  188 207 235 208 261 183 177 182 207 172 185 115 134 94 85 62 -18 35 50 93 126 89 92 120 586 mil ha* -100 0 100 200 300 400 500 600 700 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha) Área efetivamente queimada (ha) Área que se deixou de queimar (ha) * Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007 ** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado Área(milhectares) Safra ~ 6.340 ônibus circulando durante 1 ano Deixou de emitir ~363 mil toneladas de GEE*** Deixou de emitir ~2,19 milhões de toneladas de poluentes** *** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 35 ‐ Ganhos Ambientais na Região Administrativa de Barretos com a redução da queima.  Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).     5.4.3.3 ‐ Região Administrativa de Bauru  Observa‐se na região o aumento da colheita crua acompanhando a expansão da cultura da  cana, e a queda acentuada da queima após a safra 2010/11. A colheita crua superou a com queima  na safra 2011/12 (Figura 36).    Área(milhectares) 353 422 474 500 500 498 520 537 315 375 362 370 440 436 419 434 98 158 154 187 209 258 278 362 217 218 208 183 231 178 141 72 0 100 200 300 400 500 600 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima Safra 69% 31% 17% 83% 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 36 ‐ Evolução da Colheita da Cana na Região Administrativa de Bauru.   Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
  • 33. 32  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014    Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 500  mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental, com relação aos ganhos ambientais  deixou‐se de emitir aproximadamente 1,86 tonelada de poluentes (Figura 37).  221 263 253 259 308 218 209 217217 218 208 183 231 178 141 72 3 45 45 76 77 40 68 145 500 mil ha* 0 100 200 300 400 500 600 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha) Área efetivamente queimada (ha) Área que se deixou de queimar (ha) Área(milhectares) Safra * Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007 ** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado ~ 5.410 ônibus circulando durante 1 ano Deixou de emitir ~310 mil toneladas de GEE*** Deixou de emitir ~1,86 milhões de toneladas de poluentes** *** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 37 ‐ Ganhos Ambientais da Região Administrativa de Bauru com a redução da queima.  Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).    5.4.3.4 ‐ Região Administrativa de Campinas  Nota‐se que a expansão da cultura da cana na região foi pequena. A colheita crua superou a  colheita com queima já na safra 2007/08, tendo havido queda acentuada da queima após a safra  2010/11.  453 490 511 538 533 531 530 535 395 432 413 451 487 472 434 453 159 236 214 274 258 276 306 377 236 196 199 177 229 196 128 76 0 100 200 300 400 500 600 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima Área(milhectares) Safra 60% 40% 17% 83% 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 38 ‐ Evolução da colheita da cana na Região Administrativa de Campinas.   Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
  • 34. 33      Somadas  as  áreas  que  deixaram  de  ser  queimadas  em  cada  safra,  deixou‐se  de  queimar  767  mil  hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental.  277 302 289 316 341 236 217 227236 196 199 177 229 196 128 76 41 107 90 139 112 40 89 151 767 mil ha* 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha) Área efetivamente queimada (ha) Área que se deixou de queimar (ha) Área(milhectares) Safra ** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado * Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007 ~ 8.290 ônibus circulando durante 1 ano Deixou de emitir ~475 mil toneladas de GEE*** Deixou de emitir ~2,86 milhões de toneladas de poluentes** *** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 39 ‐ Ganhos ambientais da Região Administrativa de Campinas com a redução da queima.  Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).     5.4.3.5 ‐ Região Administrativa Central  Verifica‐se o aumento da colheita crua acompanhando a pequena expansão da cultura da  cana na região e a queda acentuada da queima a partir da safra 2009/10, quando a colheita crua  superou a colheita com queima.  366 394 432 449 452 466 455 473 321 345 362 358 408 415 394 416 117 177 176 219 246 282 326 374 205 168 186 139 163 133 68 42 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima Área(milhectares) Safra 64% 36% 10% 90% 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 40 ‐ Evolução da colheita da cana, Região Administrativa Central.   Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
  • 35. 34  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014      Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 765  mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental.  225 242 254 251 286 207 197 208205 168 186 139 163 133 68 42 20 73 67 112 123 74 129 166 765 mil ha 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha) Área efetivamente queimada (ha) Área que se deixou de queimar (ha) Área(milhectares) Safra * Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007 ** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado ~ 8.290 ônibus circulando durante 1 ano Deixou de emitir ~475 mil toneladas de GEE*** Deixou de emitir ~2,86 milhões de toneladas de poluentes** *** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 41 ‐ Ganhos Ambientais da Região Administrativa Central com a redução da queima.  Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).     5.4.3.6 ‐ Região Administrativa de Franca  A expansão da cultura da cana na região foi pequena. A colheita crua superou a colheita com  queima na safra 2010/11, após a qual essa última continuou a declinar acentuadamente.  417 449 489 501 500 504 504 510 379 407 409 399 437 448 428 422 113 186 192 204 238 317 313 345 266 221 217 204 199 131 114 77 0 100 200 300 400 500 600 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima Área(milhectares) Safra 70% 30% 18% 82% 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 42 ‐ Evolução da colheita da cana na Região Administrativa de Franca.  Fonte: CANASAT e AGROSATELITE.   
  • 36. 35    Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 641  mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental  266 285 286 279 306 224 214 211 266 221 217 204 199 131 114 77 0 64 69 75 107 93 99 134 641 mil ha* -100 0 100 200 300 400 500 600 700 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha) Área efetivamente queimada (ha) Área que se deixou de queimar (ha) Área(milhectares) Safra * Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007 ** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado ~ 6.940 ônibus circulando durante 1 ano Deixou de emitir ~397 mil toneladas de GEE*** Deixou de emitir ~2,39 milhões de toneladas de poluentes** *** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 43 ‐ Ganhos ambientais da Região Administrativa de Franca com a redução da queima.  Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).      5.4.3.7 ‐ Região Administrativa de Marília  Nota‐se o aumento da colheita crua acompanhando a pequena expansão da cultura da cana  na região e a queda acentuada da queima após a safra 2010/11, quando a colheita crua superou a  colheita com queima.   289 360 406 435 435 446 456 474 249 325 282 319 378 398 384 386 70 126 122 139 205 250 288 314 179 198 160 179 174 148 96 72 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima Safra Área(milhectares) 72% 28% 19% 81% 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 44 ‐ Evolução da colheita da cana na Região Administrativa de Marília.   Fonte: CANASAT e AGROSATELITE. 
  • 37. 36  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014    Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 464  mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental.  174 227 197 223 265 199 192 193 179 198 160 179 174 148 96 72 -5 29 37 44 91 51 96 121 464 mil ha* -100 0 100 200 300 400 500 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha) Área efetivamente queimada (ha) Área que se deixou de queimar (ha) Área(milhectares) Safra * Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007 ** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado ~ 5.020 ônibus circulando durante 1 ano Deixou de emitir ~288 mil toneladas de GEE*** Deixou de emitir ~1,73 milhões de toneladas de poluentes** *** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 45 ‐ Ganhos ambientais da Região Administrativa de Marília com a redução da queima.  Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).     5.4.3.8 ‐ Região Administrativa de Presidente Prudente  Observa‐se o aumento da colheita crua acompanhando a expansão da cultura da cana na  região. A colheita crua superou brevemente a colheita com queima na safra 2008/09, voltando a ser  predominante a partir da safra 2011/12, quando houve a queda acentuada da colheita com queima  na região.   180 235 327 409 428 446 471 163 211 244 285 368 407 420 425 35 109 146 140 185 261 313 368 128 102 98 145 183 146 107 56 0 100 200 300 400 500 Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima Área(milhectares) Safra 79% 21% 13% 87% 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 46 ‐ Evolução da colheita da cana na Região Administrativa de Presidente Prudente.   Fonte: CANASAT e AGROSATELITE.   
  • 38. 37    Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 550  mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental.  114 148 171 199 257 204 210 212 128 102 98 145 183 146 107 56 -14 46 73 55 74 58 103 156 550 mil ha* -100 0 100 200 300 400 500 600 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha) Área efetivamente queimada (ha) Área que se deixou de queimar (ha) Área(milhectares) Safra * Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007 ** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado ~ 5.950 ônibus circulando durante 1 ano Deixou de emitir ~341 mil toneladas de GEE*** Deixou de emitir ~2,05 milhões de toneladas de poluentes** *** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 47 ‐ Ganhos ambientais da Região Administrativa de Presidente Prudente com a redução da queima.  Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).       5.4.3.9 ‐ Região Administrativa de Ribeirão Preto  A colheita crua da cana superou a colheita com queima já na safra 2009/10, quando esta  última começou a declinar. Os canaviais da região são antigos, e a sua sistematização para colheita  crua é realizada somente durante a reforma, razão do índice de colheita crua estar aumentando em  menor velocidade. Nota‐se que a área de cultivo de cana manteve‐se relativamente estável desde o  início do Protocolo Agroambiental. 
  • 39. 38  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  447 457 471 483 482 483 480 481 390 391 413 394 432 418 396 392 151 180 202 223 249 264 256 292 239 211 211 171 183 154 140 100 0 100 200 300 400 500 600 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima Área(milhectares) Safra 61% 39% 25% 75% 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 48 ‐ Evolução da colheita da cana na Região Administrativa de Ribeirão Preto.   Fonte: CANASAT e AGROSATELITE.    Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 608  mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental.  273 274 289 276 303 209 198 196 239 211 211 171 183 154 140 100 34 62 78 105 119 55 58 96 608 mil ha* 0 100 200 300 400 500 600 700 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha) Área efetivamente queimada (ha) Área que se deixou de queimar (ha) Área(milhectares) Safra * Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007 ** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado ~ 6.580 ônibus circulando durante 1 ano Deixou de emitir ~377 mil toneladas de GEE*** Deixou de emitir ~2,27 milhões de toneladas de poluentes** *** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 49 ‐ Ganhos ambientais da Região Administrativa de Ribeirão Preto com a redução da queima.  Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (20014).      
  • 40. 39    5.4.3.10 ‐ Região Administrativa de São José do Rio Preto  Nota‐se o aumento da colheita crua acompanhando a expansão da cultura da cana na região.  A colheita crua superou a colheita com queima na safra 2009/10. A colheita com queima começou a  declinar definitivamente a partir da safra 2011/12.  397 503 632 698 724 756 813 875 347 454 524 548 647 663 675 724 154 212 262 328 373 459 508 609 192 242 262 220 273 204 167 115 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1.000 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima Safra Área(milhectares) 56% 44% 16% 84% 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 50 ‐ Evolução da colheita da cana na Região Administrativa de São José do Rio Preto.   Fonte: CANASAT e AGROSATELITE.    Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 1,12 milhões  de hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental.  243 318 367 384 453 331 337 362 192 242 262 220 273 204 167 115 50 76 104 163 179 127 171 247 1,12 milhões de ha* 0 200 400 600 800 1.000 1.200 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha) Área efetivamente queimada (ha) Área que se deixou de queimar (ha) Safra Área(milhectares) * Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007 ** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado ~ 12.100 ônibus circulando durante 1 ano Deixou de emitir ~693 mil toneladas de GEE*** Deixou de emitir ~4,17 milhões de toneladas de poluentes** *** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 51 ‐ Ganhos ambientais da Região Administrativa de São José do Rio Preto com a redução da queima.  Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014).   
  • 41. 40  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  5.4.3.11 ‐ Região Administrativa de Sorocaba  Verifica‐se  o  aumento  da  colheita  crua  acompanhando  a  expansão  da  cultura  da  cana  na  região. A colheita crua superou a colheita com queima na safra 2009/10, quando houve uma queda  acentuada da queima da cana, queda essa que só foi retomada a partir da safra 2012/13.     168 208 233 261 262 264 268 271 153 195 188 206 236 238 230 227 64 88 91 119 123 135 143 179 89 107 97 87 113 103 87 49 0 50 100 150 200 250 300 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Cultivo Total Colhido Cana Crua Cana Queima Safra Área(milhectares) 58% 42% 21% 79% 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 52 ‐ Evolução da colheita da cana da Região Administrativa de Sorocaba.   Fonte: CANASAT e AGROSATELITE.    Somadas as áreas que deixaram de ser queimadas em cada safra, deixou‐se de queimar 301  mil hectares de cana desde o início do Protocolo Agroambiental.    107 136 132 144 165 119 115 114 89 107 97 87 113 103 87 49 18 29 35 58 52 16 28 65 301 mil ha* 0 50 100 150 200 250 300 350 Safra 2006/2007 Safra 2007/2008 Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012 Safra 2012/2013 Safra 2013/2014 Total Área que poderia ser queimada conforme Lei 11.241 (ha) Área efetivamente queimada (ha) Área que se deixou de queimar (ha) Safra Área(milhectares) * Área total que se deixou de queimar desde o início do Protocolo em 2007 ** Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Material Particulado ~ 3.250 ônibus circulando durante 1 ano Deixou de emitir ~186 mil toneladas de GEE*** Deixou de emitir ~1,12 mil toneladas de poluentes** *** Gases de efeito estufa: metano e óxido nitroso 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014   Figura 53 ‐ Ganhos ambientais da Região Administrativa de Sorocaba com a redução da queima.  Fonte: CANASAT, AGROSATELITE e Protocolo Agroambiental (2014). 
  • 42. 41    5.5 ‐ Proteção das Áreas Ciliares   5.5.1 ‐ Evolução das áreas ciliares das propriedades das signatárias  As  áreas  ciliares  são  mantenedoras  do  fluxo  e  qualidade  dos  corpos  hídricos,  tendo  um  importante  papel  na  perenidade  das  nascentes  e  na  proteção  contra  o  assoreamento  dos  rios  e  córregos.  Assim,  a  proteção  e  restauração  dessas  áreas  são  importantes  serviços  ambientais  prestados pelas usinas e fornecedores de cana signatários do protocolo agroambiental.   Além disso, por serem corredores naturais de biodiversidade, a proteção das áreas ciliares é  fundamental para aumentar a conectividade entre os fragmentos florestais do Estado, permitindo o  fluxo gênico e o aumento e diversificação das populações de fauna e flora.   Embora a cobertura florestal nativa do Estado de São Paulo tenha aumentado nos últimos 20  anos, passando de 13,9% na década de 1990 para 17,5% em 2010, de acordo com o levantamento  realizado  pelo  Instituto  Florestal  no  Inventário  Florestal  2010,  estima‐se  que  exista  um  deficit  de  cobertura  florestal  de  mata  ciliar  de  1.400.000  hectares  no  Estado  de  São  Paulo.  Deste  total,  aproximadamente 300.000 hectares estão em áreas rurais administradas por usinas e fornecedores  de cana signatários do Protocolo Agroambiental, já compromissados com sua proteção. O número  total  de  nascentes  declaradas  pelo  setor  saltou  de  8.700  na  safra  2009/10  para  9.280  na  safra  2013/14 (Figura 54).     158.876 182.325 200.039 215.601 232.251 232.379 233.047 62.634 65.750 61.797 62.124 65.992 0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Associações Usinas Hectares Safra 299.039297.503294.078281.351262.673182.325158.876 7.746  nascentes* 1.534  nascentes** • Em áreas próprias+arrendadas ** Em áreas próprias 7.121  nascentes* 1.579 nascentes**   Figura 54 ‐ Evolução das Áreas Ciliares Compromissadas com a Proteção pelas Signatárias do Protocolo Agroambiental, Estado de São  Paulo, 2007/08 a 2013/14 1 .   1 Os dados das associações de fornecedores de cana começaram a ser apresentados em 2009.   Fonte: Elaborada pelos autores com base dos dados do Protocolo Agroambiental.        As áreas ciliares das usinas signatárias aumentaram de 160 mil hectares na safra 2007/08  para  233  mil  hectares  na  safra  2013/14.  Esse  incremento  acompanhou  a  expansão  do  setor,  à 
  • 43. 42  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  medida que novas áreas foram sendo incorporadas às áreas administradas pelas usinas. O aumento  dessas áreas evidencia que com a expansão da cana no Estado de São Paulo, houve um aumento das  áreas ciliares protegidas pelo setor.   A partir de 2010, sobretudo, verifica‐se que as áreas ciliares conservadas e em restauração  aumentaram em detrimento das áreas que estavam abandonadas para futura restauração. Deve‐se  salientar que os números correspondentes a essas áreas são dinâmicos, em razão principalmente de  contratos de arrendamento que se iniciam ou que terminam.  78 87 91 90 105 109 110 51 55 58 73 79 79 80 31 40 51 52 47 45 43 0 20 40 60 80 100 120 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Mil hectares Conservada Em restauração Para futura restauração Safra   Figura 55 ‐ Perfil das áreas ciliares declaradas pelas usinas signatárias desde o Início do Protocolo Agroambiental.   Além das APPs hídricas,  foram consideradas as áreas ciliares de nascentes.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014).    Em relação às áreas ciliares dos fornecedores de cana, verificou‐se um aumento de cerca de  3.300 hectares de áreas ciliares entre as safras 2009/10 e 2013/14, tendo havido oscilações entre  esse  período  principalmente  em  função  da  dinâmica  dos  contratos  de  arrendamento.  A  proteção  dessas  áreas  aumentou  de  73%  para  83%  no  mesmo  período,  e  deve  atingir  os  100%  na  safra  2017/18. Cabe informar que também existem projetos de restauração ambiental nas propriedades  rurais dos fornecedores de cana. 
  • 44. 43    62.634 65.750 61.797 62.124 65.992 65.992 73% 72% 69% 73% 83% 100% 0 10 20 30 40 50 60 70 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2017/2018 Mil hectares Área ciliar % protegido Safra   Figura 56 ‐ Total de áreas ciliares das associações de fornecedores de cana signatárias e o Percentual de sua proteção.  Fonte: Elaborada pelos autores a partir dedados do Protocolo Agroambiental (2014).    5.5.2 ‐ Viveiros de espécies nativas   As  usinas  signatárias  do  Protocolo  Agroambiental  possuem  61  viveiros  de  mudas  nativas,  localizados  no  Estado  de  São  Paulo  conforme  mapa  abaixo  (Figura  57).  Esses  viveiros  fornecem  mudas para projetos de restauração das próprias usinas, e em menor escala para parceiros agrícolas,  fornecedores de cana e municípios vizinhos.    Figura 57 ‐ Localização dos viveiros de mudas nativas das usinas signatárias do Protocolo Agroambiental.   Os números se referem às usinas  cuja relação consta no Anexo 2.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
  • 45. 44  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014    Para suprir sua demanda por mudas nativas, as usinas signatárias também adquirem mudas  de  viveiros  terceirizados,  razão  pela  qual  até  a  safra  2011/12  houve  mais  mudas  plantadas  que  mudas  produzidas  nos  viveiros  próprios  existentes  nessas  usinas.  Esse  quadro  geral  se  inverteu  a  partir da safra 2012/13, quando o total de mudas nativas produzidas excedeu o número de mudas  plantadas. É interessante notar que o aumento na produção e plantio de mudas na safra 2009/10 se  refletiu no aumento da restauração florestal na safra 2010/11, conforme mostrado anteriormente na  Figura 55.  1,95 2,59 3,30 3,91 4,35 4,59 4,47 2,84 3,06 3,89 4,05 4,86 4,14 3,67 0,44 0,49 0,62 0,81 0,80 0,85 1,15 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Milhões de mudas mudas produzidas  mudas plantadas  mudas doadas Safra   Figura 58 ‐ Produção e dDestino de mudas nativas das usinas signatárias em milhões de unidades.  Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014). 
  • 46. 45    6 ‐ EVOLUÇÃO DOS PARÂMETROS DAS AGROINDÚSTRIAS  6.1 ‐ Gestão da Vinhaça  As  ações  adotadas  pelas  usinas  signatárias  no  âmbito  da  Diretiva  Técnica  J  do  Protocolo  Agroambiental, que versa sobre o reuso adequado dos resíduos gerados na produção de açúcar e  etanol,  incluem  a  apresentação  periódica  do  Plano  de  Aplicação  de  Vinhaça  à  CETESB  e  o  revestimento dos tanques e canais primários de vinhaça, que vem aumentando desde o início do  Protocolo Agroambiental. Os prazos e procedimentos para impermeabilização dos tanques e canais  primários de vinhaça e os critérios e procedimentos para o armazenamento, transporte e aplicação  da vinhaça, gerada pelo processamento da cana‐de‐açúcar, no Estado de São Paulo, são disciplinados  por legislação específica11 .  Além  da  distribuição  da  vinhaça  por  meio  de  canais,  outros  modais  vem  sendo  adotados  pelas usinas signatárias, como tubulação, caminhões e hidrorolls. Nota‐se um aumento dos tanques  de vinhaça e de seu revestimento desde o início do Protocolo Agroambiental (Figura 59).  410 462 505 646 655 643 638 39% 52% 61% 79% 83% 86% 88% 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Número de tanques de vinhaça % de revestimento Safra   Figura 59 ‐ Número de tanques de vinhaça e taxa média de revestimento ao longo das safras.  Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014)                                                                           11 São Paulo (2005) e CETESB (2006). 
  • 47. 46  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  6.2 ‐ Redução do Consumo de Água nos Processos Agroindustriais   O  uso  da  água  no  processamento  industrial  da  cana‐de‐açúcar  é  disciplinado  pela  Zoneamento Agroambiental do Setor Sucroenergético, no âmbito do licenciamento ambiental12 .  Para atender às metas de redução do consumo de água, que podem assumir patamares de  0,7 ou de 1m3 /t de cana processada, a depender da localização da unidade agroindustrial, as usinas  signatárias estão adotando medidas como o fechamento de circuitos e o reuso da água, a lavagem da  cana crua a seco, e o aprimoramento de processos industriais (Figura 60). Com o aprimoramento dos  processos  industriais  do  setor  sucroenergético,  a  quantidade  média  de  água  utilizada  no  processamento industrial da cana‐de‐açúcar deve chegar a 1m3 /t de cana.  5 1,52 1,45 1,26 1,18 1 0 1 2 3 4 5 6 Anos 90 2010 2011 2012 2013 Previsão 2014 M3 de água/t de cana processada 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Previsão  2014/2015 Safra   Figura 60 ‐ Redução do consumo de água nas usinas signatárias.  Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014).  Verifica‐se  que  cerca  de  50%  das  signatárias  já  alcançaram  o  patamar  de  1m3 /t  de  cana  processada.  Deve‐se  lembrar,  contudo,  que  nas  regiões  consideradas  adequadas  com  restrições  ambientais, a meta de redução de captação de água é de 0,7 m3 /t de cana (Tabela 3).    Tabela  3  ‐  Distribuição  das  classes  de  consumo  de  água  das  usinas  signatárias  do  Protocolo  Agroambiental, Estado de São Paulo, 2011/12 e 2013/14  Consumo de água das Usinas signatárias Classes de consumo (m³/ton de cana) Porcentagem de Usinas (%) 2011/2012 2013/2014 Menorque 0,7 - 20 0,7 – 1,0 41 29 1,0 – 2,0 40 38 Acima de 2,0 19 13   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental.                                                                 12 São Paulo (2008ª, 2008b). 
  • 48. 47    6.3 ‐ Produção de Energia (capacidade instalada, energia produzida e exportada)   As usinas paulistas realizam cogeração de energia elétrica a partir da queima do bagaço da  cana em caldeiras, que direcionam vapor para turbo‐geradores. Além de serem autossuficientes em  energia  elétrica,  76  das  usinas  signatárias  exportaram  energia  elétrica  para  a  rede  pública  de  distribuição de eletricidade em 2013, contribuindo para a segurança energética do Estado por meio  da produção de energia renovável.   A capacidade instalada das usinas signatárias corresponde a 3 vezes a capacidade de Angra II  e a 36% a capacidade de Itaipu (Figura 61).  Capacidade instalada ‐ MW 11.233 14.000 1.350 5.078 Belo Monte Itaipu Angra II Usinas signatárias do  Protocolo   Figura 61 ‐ Capacidade instalada de importantes empreendimentos de geração de energia elétrica no Brasil.  Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014) e da Agência Nacional de Energia Elétrica.    Cumpre dizer que, no Estado de São Paulo, a safra da cana atinge seu pico no meio do ano,  período em que os reservatórios de água para geração de energia elétrica se encontram em níveis  mais baixos devido ao período de estiagem.   A energia que já é exportada anualmente para a rede pelas usinas signatárias do protocolo,  da ordem de 8,34 milhões de MWh, é equivalente a cerca de 22% do consumo residencial paulista,  de 37,69 milhões de MWh (Figura 62). Nota‐se pico de produção e exportação de energia em 2010,  quando houve maior processamento de cana nas usinas, em razão da cana bisada de 2009.   
  • 49. 48  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  5,81 7,62 9,16 13,01 12,13 13,74 14,71 2,35 3,11 3,80 6,31 6,03 7,20 8,34 0 2 4 6 8 10 12 14 16 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Milhões de Mwh Produção Total Energia (MWh) Energia Exportada (MWh) Safras 22% do consumo  residencial paulista Safra   Figura 62 ‐ Produção e exportação de energia elétrica pelas usinas signatárias do Protocolo Agroambiental.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014) e do Balanço Energético do Estado de São Paulo 13 .    Segundo dados da única (2014c), na safra 2013/14 a energia ofertada à rede pelas usinas  paulistas signatárias do Protocolo economizou 4% da água nos reservatórios do submercado elétrico  Sudeste/Centro‐Oeste, principal do país, responsável por 60% do consumo brasileiro14 .  Verifica‐se  que  o  número  de  usinas  signatárias  exportadoras  de  energia  elétrica  dobrou  desde o início do Protocolo Agroambiental,  demostrando que a energia elétrica da biomassa está se  consolidando como um terceiro produto da cana‐de‐açúcar (Figura 63).  33 38 47 61 67 75 76 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 SafrasSafra   Figura 63 ‐ Evolução do número de usinas signatárias exportadoras de energia elétrica.   Fonte: Elaborada pelos autores a partir de dados do Protocolo Agroambiental (2014).                                                                 13  São Paulo (2013).  14 UNICA (2014a). 
  • 50. 49    7 ‐ CONSIDERAÇÕES FINAIS  Desde  sua  implantação,  foi  possível  verificar  que  o  Protocolo  Agroambiental  do  Setor  Sucroenergético  contribuiu  para  a  melhoria  da  qualidade  ambiental  do  Estado  de  São  Paulo,  ao  fomentar a adoção de boas práticas agroambientais entre as usinas e fornecedores de cana. Essa  parceria pioneira entre o governo do Estado de São Paulo e o setor sucroenergético vem mostrando  que é possível sim aliar a produção agrícola e industrial com a proteção do meio ambiente, numa  relação em que todos ganham.  O  trabalho  conjunto  das  Secretarias  de  Meio  Ambiente  e  da  Agricultura  e  Abastecimento  nesse processo tem tornado possível a convergência de interesses comuns e o compartilhamento de  conhecimento e experiência entre as duas casas, contribuindo para a visão de que o ambiente rural  deve ser valorizado como um parceiro da proteção ambiental.  O  sucesso  da  adoção  de  uma  metodologia  positiva  de  gestão,  com  foco  na  parceria  e  trabalho  conjunto,  que  vão  além  da  mão  única  do  sistema  de  comando‐e‐controle,  vem  demonstrando  que  essa  nova  forma  de  implantação  e  desenvolvimento  de  políticas  públicas  no  Estado de São Paulo pode ser replicada para outros setores.  7.1 ‐ Desafios  Apesar  das  dificuldades  financeiras  que  assolaram  o  setor  sucroenergético,  sobretudo  a  partir de 2009, as usinas e fornecedores de cana signatários continuaram investindo em tecnologias  e metodologias de implementação das boas práticas agroambientais previstas nas diretivas técnicas  do Protocolo.  O novo sistema de produção do setor trouxe consigo desafios que precisam ser superados  em conjunto com o poder público:  a) A adoção de práticas adequadas de conservação de solo em consonância com as exigências de  rendimentos operacionais da colheita mecânica;  b) Valorização da matéria‐prima cana‐de‐açúcar e de seus produtos, com a criação de mecanismos  que desonerem o produtor e promovam a melhoria de sua margem de lucro, permitindo assim que o  mesmo possa continuar sobrevivendo no mercado nacional e internacional e continue a investir, em  um sistema de melhoria contínua;  c)  Valorização  dos  produtos  da  cana  produzidos  dentro  do  Protocolo  Agroambiental  como  um  diferencial de mercado, uma vez que esses produtos possuem valor ambiental agregado;  d) Alternativas de uso e exploração das áreas que poderão deixar de produzir cana em função da  dificuldade em atender às exigências da produção de cana no novo sistema adotado pelo setor, com  a mecanização da colheita.  e) Continuidade da redução do consumo de água no processamento industrial da cana de açúcar,  visando atender valores médios menores ou iguais a 1 m3 /t de cana processada; 
  • 51. 50  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014  f) Ampliação da implantação de sistemas modernos de controle de emissões atmosféricas das usinas,  como lavadores de gases e precipitadores eletrostáticos, visando diminuir a emissão de poluentes  como material particulado e óxidos de nitrogênio, principalmente em regiões com bacias aéreas em  vias de saturação;  g)  Proteção  e  restauração,  quando  necessário,  das  áreas  ciliares  de  rios,  córregos  e  nascentes  existentes nas propriedades canavieiras, fortalecendo o papel ecológico dessas áreas e os serviços  ambientais prestados por essas propriedades;  h)  Redução  e  combate  mais  eficientes  dos  focos  de  incêndios  florestais  deflagrados  sobre  os  canaviais  e  APPs,  e  penalização  dos  responsáveis  por  incêndios  criminosos;  ampliação  da  participação do setor em Planos de Auxílio Mútuo (PAM) e Redes Integradas de Emergência (RINEM);  i)  Criação  de  políticas  públicas  de  incentivo  à  bioeletricidade,  visando  fomentar  a  aquisição  de  máquinas e equipamentos voltados para a produção e exportação para a rede de eletricidade da  biomassa da cana, além da regulação do mercado de compra e venda dessa energia, de modo que os  valores praticados sejam interessantes para o setor e possam consolidar a bioeletricidade da cana  como o terceiro produto mais importante da cana‐de‐açúcar. Essas ações são fundamentais para a  diversidade  da  matriz  energética  paulista,  crescentemente  renovável,  para  a  ampliação  da  oferta  interna de energia e para a segurança energética paulista.  Com trabalho conjunto e visão de futuro, acredita‐se que pode‐se superar esses desafios e  mais uma vez mostrar ao mundo a sustentabilidade e vanguarda do setor sucroenergético paulista.   
  • 52. 51      8 ‐ AUTORES E AGRADECIMENTOS   Autores  Carolina Roberta Alves de Matos  Francesco Giannetti  Geraldo Majela de Andrade Silva  Juliano Bortoloti  Katia Nachiluk  Marli Dias Mascarenhas Oliveira  Rejane Cecília Ramos  Renata Camargo  Renato Nunes    Agradecimentos   Alexandre Gomes da Silva  Alfred Szwarc  Andrea Mayumi Chin Sendoda  Antonio de Pádua Rodrigues  Araci Kamiyama  Carlos Eduardo Beduschi  Daniel Lobo  Érica Martins dos Santos  Fernanda Santos Fernandes  Guilherme Frauches  Isabel Fonseca Barcellos  Juliana Gusson Roscito  Lucimara Gregório dos Santos  Luiz Ricardo Viegas de Carvalho  Luiz Felipe Lomanto Santa Cruz  Maitê de Souza Sandoval  Marina Stefani Carlini  Rafael Frigério  Rafael Furlan Moreira  Rene Gonçalves de Lima  Rodrigo César Finardi Campanha  Sandra Jules Gomes da Silva  Sérgio Torquato  Valquíria da Silva 
  • 53. 52  Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético Paulista: dados consolidados das safras 2007/08 a 2013/14 – Dez. 2014    LITERATURA CITADA  ARBEX,  M. A. et al.  Queima da  biomassa e suas repercussões sobre a saúde. Jornal Brasileiro de  Pneumologia, Brasília, v. 30, n. 2, p. 75‐158, 2004.  COMPANHIA  DE  TECNOLOGIA  DE  SANEAMENTO  AMBIENTAL  ‐  CETESB.  Vinhaça:  critérios  e  procedimentos para aplicação no solo agrícola P4.231. São Paulo: CETESB, dez. 2006. 12 p. Disponível  em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/Tecnologia/camaras/P4_231.pdf>. Acesso em: 2 out. 2014.  FUNDAÇÃO  SISTEMA  ESTADUAL  DE  ANÁLISE  DE  DADOS  ‐  SEADE.  Estado  de  São  Paulo  e  suas  regionalizações.  São  Paulo:  SEADE.  Disponível  em:  <http://produtos.seade.gov.br/produtos/divpolitica/>. Acesso em: 10 jul. 2014.  FOOD  AND  AGRICULTURE  ORGANIZATION  OF  THE  UNITED  NATIONS  ‐  FAOSTAT.  Database.  Rome:  FAOSTAT. Disponível em: <http://faostat.fao.org/site/567/DesktopDefault.aspx?PageID=567#ancor>.  Acesso em: 20 ago. 2014.    MARTINS,  R.  Produção  de  amendoim  e  expansão  da  cana‐de‐açúcar  na  Alta  Paulista,  1996‐2010.  Informações Econômicas, São Paulo, v. 41, n. 6, p. 05‐16, jun. 2011.    NACHILUK, K.; OLIVEIRA, M. D. M. Cana‐de‐açúcar: custos nos diferentes sistemas de produção nas  regiões do Estado de São Paulo. Informações Econômicas, São Paulo, v. 43, n. 4, p. 45‐81, 2013.  OLIVETTE, M. P. A.; NACHILUK, K.; FRANCISCO, V. L. F. S. Análise comparativa da área plantada com  cana‐de‐açúcar  frente  aos  principais  grupos  de  culturas  nos  municípios  paulistas,  1996‐2008.  Informações Econômicas, São Paulo, v. 40, n. 2, p. 42‐59, fev. 2010.    ORGANIZAÇÃO DE PLANTADORES DE CANA DA REGIÃO CENTRO‐SUL DO BRASIL ‐ ORPLANA. Banco  de dados. São Paulo: ORPLANA. Disponível em: <http://www.orplana.com.br/novosite/>. Acesso em:  15 abr. 2014.  PROTOCOLO  agroambiental.  Secretaria  do  Meio  Ambiente.  Disponível  em:  <http://www.ambiente.sp.gov.br/etanolverde/files/2014/05/Resultados‐safra‐2013_2014‐Etanol‐ Verde.pdf>. Acesso em: out. 2014. SÃO PAULO (Estado). Decreto n. 47.700, de 11 de março de 2003. Regulamenta a Lei nº 11.241, de 19  de  setembro  de  2002,  que  dispõe  sobre  a  eliminação  gradativa  da  queima  da  palha  da  cana‐de‐ açúcar e dá providências correlatas. Diário Oficial do Estado, 12 mar. 2003.  ______. Lei n. 11.241, de 19 de setembro de 2002. Dispõe sobre a eliminação gradativa da queima da  palha da cana‐de‐açúcar e dá providências correlatas. Diário Oficial do Estado, 20 set. 2002.   ______.  Portaria  CETESB  CTSA  –  01  de  28  de  novembro  de  2005.  Dispõe  sobre  os  prazos  e  procedimentos  para  a  impermeabilização  de  tanques  de  armazenamento  de  vinhaça  e  de  canais  mestres ou primários, já instalados, de uso permanente para a distribuição da vinhaça destinada à  aplicação no solo. Diário Oficial do Estado, 29 nov. 2005.  ______. Resolução SMA n. 01, de 31 de janeiro de 2014. Altera o artigo 3º da Resolução Conjunta  SMA/SAA n. 02, de 01 de agosto de 2007, que constitui o Grupo Executivo para o acompanhamento  do  Protocolo  de  Cooperação  que  estabelece  ações  destinadas  a  consolidar  o  desenvolvimento  sustentável da indústria de cana‐de‐açúcar no Estado de São Paulo e dá outras providências. Diário  Oficial do Estado, 13 fev. 2014.