2. Nas palavras com uma ou mais sílabas temos:
- Sílaba tónica – sílaba pronunciada com mais força ou
intensidade, com por exemplo: televisão, mapa, futebol.
- Sílaba átona – sílabas pronunciadas com menos força ou
intensidade, como por exemplo: mapa, televisão, futebol.
- Nas palavras com uma só sílaba é essa a sílaba tónica: pai,
sol.
3. Agudas – a sílaba tónica é a última: carrossel,
estudar, herói.
Graves – a sílaba tónica é a penúltima sílaba: gato,
escola, olho, lua, chinelo.
Esdrúxula – a sílaba tónica é a antepenúltima sílaba:
árvore, secretária.
4. Há quatro assentos:
Acento agudo (´) – assinala a sílaba tónica; assinala a vogal
aberta (á, é, ó) , i e u: nós, chapéu, vírgula, açúcar.
Acento circunflexo (^) – assinala a sílaba tónica e assinala que
a vogal è fechada: avô, pêndulo, português, vê.
Acento grave (`) – não assinala a sílaba tónica e indica que a
voga aberta, de que resulta a contracção da preposição “a” com
o determinante ou o pronome: às (a + as), àquela (a+ aquela), à
(a+a), àquilo (a + aquilo)…
Til – pode desempenhar o valor de acento se não houver outro
na palavra: manhã, maçã, irmão…
5. Como em português a maior parte das palavras são
graves (como no galego), e terminam em “a”, “e” ou
“o” (seguido ou não de “s”), essas palavras não são
acentuadas graficamente.
Por exemplo: mesa, cadeira, tecto, calças, camisolas,
pente, quadro…
6. Todas as palavras esdrúxulas: pêndulo, vírgula, género,
rápido, história…
As palavras graves terminadas em:
- l: fácil, móvel;
- n: dólmen, Cármen, hífen;
- r: açúcar, ímpar;
- x: Félix, tórax;
- “i” ou “u” seguido ou não de “s”: júri, lápis, bónus.
- ditongo “ão” ou “ei”, seguido ou não de “s”:
órgão/órgãos, pónei/póneis, fáceis.
- vogal “ã”, seguida ou não de “s”: órfã/órfãs.
7. As palavras graves que se escrevam da mesma maneira
mas que se pronunciam de forma diferente e que têm
significados diferentes (pára, para; pêlo/pelo; falamos –
presente do indicativo/ falámos – pretérito perfeito do
indicativo).
As palavras graves que são a terceira pessoa do plural do
presente do indicativo dos verbos: crer, ler e ver – crêem,
vêem, lêem.
As palavras agudas terminadas em “a”, “e” e “o”, seguido
ou não de “s”: pá/pás, pé/pés, vê/vês, avó/ avós,
você/vocês, avô/avôs,.
Os dissílabos, trissílabos ou polissílabos agudos
terminados em “em” ou “ens”: parabéns,
armazéns/armazém,
8. Andre lapis so
relogio tres ninguem
perolas voce regua
leao Helder pagina
lisboa Maria ancora
agua vitima paisagem
arvore uniao silencio
so ja Luis
9. O cao Bobi vivia muito bem em casa do tio
Serafim, homem muito ruim. Era cao estimado
pelo seu dono, mas ensinado a nao passar recado
a mais ninguem, mesmo que tivesse mais de um
vintem. “E o que tem o seu cao?”, perguntava ao
dono quem passava alem, para la do portao,
sempre por bem (…)
Passou o gato pela rua, olhando desconfiado, com
medo da agua fria, mas do cao nao lhe sentiu a
ponta do desdem, nem sequer um son de ladrar
no vaivem. O gato ate subiu para o muro, onde se
sentou a miar mais seguro.
(in Vítor Rocha, O cão Valquentém, inchado de desdém- adaptado)