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Capítulo 2: “Um pensador na linha feiticeira”
Hoster      Older     Sanches     (M/UEM)
GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS
Objetivos da Autora

• Mostrar como os conceitos de poder, saber e
 sujeito inscrevem-se na obra de Foucault;

• como tais conceitos se produzem no campo
 das ciências humanas.
Percurso de Foucault
• Fischer realiza a apresentação da trajetória de
  Foucault, o qual permeia diversos campos do
  conhecimento (estruturalista,pós-moderno,
  historiador, filósofo).
• Foucault nega o momento de inauguração: “
  no momento em que me dirijo pessoalmente
  a vocês, não sou eu sozinho que falo, como
  sujeito individual único e original, inaugurador
  pleno de um discurso”, (p.35).
Questionamentos foucaultianos
1. Que saberes se constituem ou querem
   constituir-se ciência?;
2. Quais saberes têm poder de produzir
   conhecimento, de produzir ciência?;
3. Que saberes mais nos subjetivam, mais nos
   incitam a saber a verdade “mais verdadeira”
   dos sujeitos?. (p.36)
Do discurso e da relativa autonomia da
              linguagem
• Para Foucault, o vivido (Husserl) e a experiência
  (Benjamin) são práticas institucionais ou apenas
  práticas, as quais não existem fora do discurso. “o
  discursivo e o não discursivo estão sempre em
  jogo”, (p. 39).
• “...para nosso autor (Foucault), essas práticas não
  existem fora do discurso. Trata-se aqui da
  complexa relação entre o discursivo e o não
  discursivo”, (p.39)
Práticas:
            discursivas X não discursivas
- Linguagem presa à constituição do real, as
   palavras e as coisas.
PRÁTICAS
              INSTITUCIONAIS
                (FOUCAULT )




EXPERIÊNCIA                       VIVIDO
 (BENJAMIN)                    ( HUSSERL)
“Na verdade quando digo não discursivo, de certa forma estou
incluindo o discursivo, não estou separando o discurso, por
exemplo, das práticas institucionais”, (p.39)




      DISCURSO                          PRÁTICAS
Sobre poder e resistência: a radicalidade
  dos micropoderes e das lutas locais
Nietzsche e Foucault e o problema das origens
primeiras dos atos inaugurais, “há ‘vozes que falam
antes de mim’”, (p.40).
A descontinuidade histórica: não há autoria
fundadora, mas há “ um momento de ruptura nos
discursos, e que esse momento está ligado a
inúmeras práticas institucionais e relações de poder,
a inúmeras condições de produção e de emergência
daquele determinado discurso”, (p. 40).
A desejada verdade do sujeito
• A questão do sujeito e da subjetividade;
• A investigação da sexualidade no processo de
  subjetivação;
Sobre os tempos de Foucault
1. Foucault arqueólogo (1960):
   Tenta fazer uma análise não linear do discurso,
   “mas uma análise que permitisse operar quase que
   como um corte geológico nos saberes de
   determinada época”, (p.42).
- Quais são as camadas geológicas do discurso sobre
   a loucura e/ou sobre a noção de louco?
- (História da Loucura/ A ordem do discurso);
- O homem como objeto do conhecimento;
• Questionamento do conceito marxista de
  ideologia;
• Busca pelo momento de descontinuidade
  histórica, momentos de rupturas;
• “...temos de transformar os documentos que
  analisamos em monumentos porque eles são
  históricos e porque neles está materializado,
  presente e vivo o discurso de uma época”,
  (p.44).
2. Foucault genealogista (1970):

- A sociedade das disciplinas;
- A “invisibilidade do poder, como temos a
   partir do século XVIII ( o panóptico de
   Bentham)” (p.44);
- “Essa visibilidade não visível seria um modo
   de subjetivação muito forte em nossa
   sociedade”, (p. 45).
3. Foucault – micropoderes e sexualidade:

- “ A sexualidade teria muito a ver com a
  obrigação de dizer a verdade a respeito de si
  mesmo e, ao mesmo tempo, a proibição de
  fazê-lo”, (p.46).
- História da sexualidade (A vontade de saber, O
  uso dos prazeres e O cuidado de si).

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Um pensador na linha feiticeira

  • 1. Capítulo 2: “Um pensador na linha feiticeira” Hoster Older Sanches (M/UEM) GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS
  • 2. Objetivos da Autora • Mostrar como os conceitos de poder, saber e sujeito inscrevem-se na obra de Foucault; • como tais conceitos se produzem no campo das ciências humanas.
  • 3. Percurso de Foucault • Fischer realiza a apresentação da trajetória de Foucault, o qual permeia diversos campos do conhecimento (estruturalista,pós-moderno, historiador, filósofo). • Foucault nega o momento de inauguração: “ no momento em que me dirijo pessoalmente a vocês, não sou eu sozinho que falo, como sujeito individual único e original, inaugurador pleno de um discurso”, (p.35).
  • 4. Questionamentos foucaultianos 1. Que saberes se constituem ou querem constituir-se ciência?; 2. Quais saberes têm poder de produzir conhecimento, de produzir ciência?; 3. Que saberes mais nos subjetivam, mais nos incitam a saber a verdade “mais verdadeira” dos sujeitos?. (p.36)
  • 5. Do discurso e da relativa autonomia da linguagem • Para Foucault, o vivido (Husserl) e a experiência (Benjamin) são práticas institucionais ou apenas práticas, as quais não existem fora do discurso. “o discursivo e o não discursivo estão sempre em jogo”, (p. 39). • “...para nosso autor (Foucault), essas práticas não existem fora do discurso. Trata-se aqui da complexa relação entre o discursivo e o não discursivo”, (p.39)
  • 6. Práticas: discursivas X não discursivas - Linguagem presa à constituição do real, as palavras e as coisas.
  • 7. PRÁTICAS INSTITUCIONAIS (FOUCAULT ) EXPERIÊNCIA VIVIDO (BENJAMIN) ( HUSSERL)
  • 8. “Na verdade quando digo não discursivo, de certa forma estou incluindo o discursivo, não estou separando o discurso, por exemplo, das práticas institucionais”, (p.39) DISCURSO PRÁTICAS
  • 9. Sobre poder e resistência: a radicalidade dos micropoderes e das lutas locais Nietzsche e Foucault e o problema das origens primeiras dos atos inaugurais, “há ‘vozes que falam antes de mim’”, (p.40). A descontinuidade histórica: não há autoria fundadora, mas há “ um momento de ruptura nos discursos, e que esse momento está ligado a inúmeras práticas institucionais e relações de poder, a inúmeras condições de produção e de emergência daquele determinado discurso”, (p. 40).
  • 10. A desejada verdade do sujeito • A questão do sujeito e da subjetividade; • A investigação da sexualidade no processo de subjetivação;
  • 11. Sobre os tempos de Foucault 1. Foucault arqueólogo (1960): Tenta fazer uma análise não linear do discurso, “mas uma análise que permitisse operar quase que como um corte geológico nos saberes de determinada época”, (p.42). - Quais são as camadas geológicas do discurso sobre a loucura e/ou sobre a noção de louco? - (História da Loucura/ A ordem do discurso); - O homem como objeto do conhecimento;
  • 12. • Questionamento do conceito marxista de ideologia; • Busca pelo momento de descontinuidade histórica, momentos de rupturas; • “...temos de transformar os documentos que analisamos em monumentos porque eles são históricos e porque neles está materializado, presente e vivo o discurso de uma época”, (p.44).
  • 13. 2. Foucault genealogista (1970): - A sociedade das disciplinas; - A “invisibilidade do poder, como temos a partir do século XVIII ( o panóptico de Bentham)” (p.44); - “Essa visibilidade não visível seria um modo de subjetivação muito forte em nossa sociedade”, (p. 45).
  • 14. 3. Foucault – micropoderes e sexualidade: - “ A sexualidade teria muito a ver com a obrigação de dizer a verdade a respeito de si mesmo e, ao mesmo tempo, a proibição de fazê-lo”, (p.46). - História da sexualidade (A vontade de saber, O uso dos prazeres e O cuidado de si).