Trabalho apresentado por Hoster Older Sanches no III CIAD - Colóquio Internacional de Análise do Discurso da Universidade Federal de São Carlos - SP (UFSCAR). Contato: hosterolder@yahoo.com.br
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1. Capítulo 2: “Um pensador na linha feiticeira”
Hoster Older Sanches (M/UEM)
GEF – GRUPO DE ESTUDOS FOUCAULTIANOS
2. Objetivos da Autora
• Mostrar como os conceitos de poder, saber e
sujeito inscrevem-se na obra de Foucault;
• como tais conceitos se produzem no campo
das ciências humanas.
3. Percurso de Foucault
• Fischer realiza a apresentação da trajetória de
Foucault, o qual permeia diversos campos do
conhecimento (estruturalista,pós-moderno,
historiador, filósofo).
• Foucault nega o momento de inauguração: “
no momento em que me dirijo pessoalmente
a vocês, não sou eu sozinho que falo, como
sujeito individual único e original, inaugurador
pleno de um discurso”, (p.35).
4. Questionamentos foucaultianos
1. Que saberes se constituem ou querem
constituir-se ciência?;
2. Quais saberes têm poder de produzir
conhecimento, de produzir ciência?;
3. Que saberes mais nos subjetivam, mais nos
incitam a saber a verdade “mais verdadeira”
dos sujeitos?. (p.36)
5. Do discurso e da relativa autonomia da
linguagem
• Para Foucault, o vivido (Husserl) e a experiência
(Benjamin) são práticas institucionais ou apenas
práticas, as quais não existem fora do discurso. “o
discursivo e o não discursivo estão sempre em
jogo”, (p. 39).
• “...para nosso autor (Foucault), essas práticas não
existem fora do discurso. Trata-se aqui da
complexa relação entre o discursivo e o não
discursivo”, (p.39)
6. Práticas:
discursivas X não discursivas
- Linguagem presa à constituição do real, as
palavras e as coisas.
8. “Na verdade quando digo não discursivo, de certa forma estou
incluindo o discursivo, não estou separando o discurso, por
exemplo, das práticas institucionais”, (p.39)
DISCURSO PRÁTICAS
9. Sobre poder e resistência: a radicalidade
dos micropoderes e das lutas locais
Nietzsche e Foucault e o problema das origens
primeiras dos atos inaugurais, “há ‘vozes que falam
antes de mim’”, (p.40).
A descontinuidade histórica: não há autoria
fundadora, mas há “ um momento de ruptura nos
discursos, e que esse momento está ligado a
inúmeras práticas institucionais e relações de poder,
a inúmeras condições de produção e de emergência
daquele determinado discurso”, (p. 40).
10. A desejada verdade do sujeito
• A questão do sujeito e da subjetividade;
• A investigação da sexualidade no processo de
subjetivação;
11. Sobre os tempos de Foucault
1. Foucault arqueólogo (1960):
Tenta fazer uma análise não linear do discurso,
“mas uma análise que permitisse operar quase que
como um corte geológico nos saberes de
determinada época”, (p.42).
- Quais são as camadas geológicas do discurso sobre
a loucura e/ou sobre a noção de louco?
- (História da Loucura/ A ordem do discurso);
- O homem como objeto do conhecimento;
12. • Questionamento do conceito marxista de
ideologia;
• Busca pelo momento de descontinuidade
histórica, momentos de rupturas;
• “...temos de transformar os documentos que
analisamos em monumentos porque eles são
históricos e porque neles está materializado,
presente e vivo o discurso de uma época”,
(p.44).
13. 2. Foucault genealogista (1970):
- A sociedade das disciplinas;
- A “invisibilidade do poder, como temos a
partir do século XVIII ( o panóptico de
Bentham)” (p.44);
- “Essa visibilidade não visível seria um modo
de subjetivação muito forte em nossa
sociedade”, (p. 45).
14. 3. Foucault – micropoderes e sexualidade:
- “ A sexualidade teria muito a ver com a
obrigação de dizer a verdade a respeito de si
mesmo e, ao mesmo tempo, a proibição de
fazê-lo”, (p.46).
- História da sexualidade (A vontade de saber, O
uso dos prazeres e O cuidado de si).