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Eletrodos RevestidosEletrodos RevestidosEletrodos Revestidos
ELETRODOS REVESTIDOS
• Soldagem – Definição
(American Welding Society – AWS)
– “Processo de união de materiais usado
para obter a coalescência (união)
localizada de metais e não metais,
produzida por aquecimento até uma
temperatura adequada, com ou sem a
utilização de pressão e/ou material de
adição.”
HISTÓRIA
• 1500 A.C. – fabricação do ferro por redução direta
• Antiguidade e Idade Média – ferro e aço utilizados
em conjunto para fabricar armas; no Oriente Médio,
eram fabricadas espadas por soldagem por
compressão e torção
• séculos XII e XIII – utilização de rodas d’água na
fabricação do ferro, possibilitando a produção de
blocos maiores
• séculos XIV e XV – invenção dos altos-fornos,
possibilitando a produção de grandes quantidades
de ferro gusa para fundição
HISTÓRIA
• até século XIX – a fundição tornou-se um processo
importante de fabricação e a soldagem por
forjamento foi substituída por outros processos de
união, como a parafusagem e a rebitagem,
permanecendo a soldagem como um processo
secundário de fabricação
• início do século XIX
– Sir Humphrey Davy – experiências com o arco elétrico
– Edmund Davy – descoberta do acetileno
– desenvolvimento de fontes de energia elétrica que
possibilitaram o aparecimento dos processos de fusão a
arco
HISTÓRIA
• 1885 – Nikolas Bernardos e Stanislav Olszewsky –
Inglaterra – primeira patente de um processo de
soldagem, baseado em um arco elétrico
estabelecido entre um eletrodo de carvão e a peça a
ser soldada
• 1890 – N.G. Slavianoff (Rússia) e Charles Coffin
(EUA) desenvolveram, independentemente, a
soldagem com eletrodo metálico nu
• final do século XIX – desenvolvimento dos processos
de soldagem por resistência, por aluminotermia e a
gás
HISTÓRIA
• 1904 – Oscar Kjellberg, um engenheiro sueco, tinha
um problema: ele precisava melhorar a qualidade
dos trabalhos de reparo em navios e caldeiras em
Gothenburg, o que resultou na invenção do primeiro
eletrodo revestido, onde o revestimento era
constituído, originalmente, de uma camada de
material argiloso (cal), cuja função era facilitar a
abertura do arco e aumentar sua estabilidade
logo após, Oscar Kjellberg fundou a ESAB
• 1907 – scar jellberg patenteia o processo de
soldagem a arco com eletrodo revestido
DEFINICÃO
• Soldagem a Arco com Eletrodo
Revestido (Tecnologia da Soldagem –
Paulo Villani Marques – 1991)
– “Soldagem a arco com eletrodo revestido
é um processo que produz a coalescência
(união) entre metais pelo aquecimento
destes com um arco elétrico estabelecido
entre um eletrodo metálico revestido e a
peça que está sendo soldada.”
CONSTITUIÇÃO
• vareta metálica (“alma”)
– conduz a corrente elétrica
– fornece metal de adição para a junta
• revestimento
– facilita a abertura do arco e o estabiliza
– ajusta a composição química do cordão, pela adição de elementos
de liga
– desoxida o metal de solda
– protege a poça de fusão e o metal de solda contra a contaminação
pela atmosfera, através da geração de gases e de uma camada de
escória, a qual reduz a velocidade de solidificação e permite a
desgaseificação do metal de solda
– confere características operacionais, mecânicas e metalúrgicas ao
eletrodo e à solda
– facilita a soldagem nas diversas posições de trabalho
TIPOS DE REVESTIMENTO
• Celulósico
– elevada produção de gases resultantes da combustão dos
materiais orgânicos (principalmente a celulose)
– principais gases gerados: CO2, CO, H2, H2O (vapor)
– não devem ser ressecados
– a atmosfera redutora formada protege o metal fundido
– o alto nível de hidrogênio no metal de solda depositado
impede o uso em estruturas muito restritas ou em materiais
sujeitos a trincas por hidrogênio
– alta penetração
– pouca escória, facilmente destacável
– muito utilizado em tubulações na progressão descendente
– operando em CC+, obtém-se transferência por spray
TIPOS DE REVESTIMENTO
• Rutílico
– consumível de uso geral
– revestimento apresenta até 50% de rutilo (TiO2)
– média penetração
– escória de rápida solidificação, facilmente destacável
– o metal de solda pode apresentar um nível de hidrogênio
alto (até 30ml/100g)
– requer ressecagem a uma temperatura relativamente baixa,
para que o metal de solda não apresente porosidades
grosseiras
TIPOS DE REVESTIMENTO
• Básico
– geralmente apresenta as melhores propriedades mecânico-
metalúrgicas entre todos os eletrodos, destacando-se a tenacidade
– elevados teores de carbonato de cálcio e fluorita, gerando um
metal de solda altamente desoxidado e com muito baixo nível de
inclusões complexas de sulfetos e fosfetos
– não opera bem em CA, quando o teor de fluorita é muito elevado
– escória fluida e facilmente destacável
– cordão de média penetração e perfil plano ou convexo
– requer ressecagem a temperaturas relativamente altas
– após algumas horas de contato com a atmosfera, requer
ressecagem por ser altamente higroscópico
– embalagens a vácuo (LMA)
TIPOS DE REVESTIMENTO
• Altíssimo Rendimento
– adição de pó de ferro (rutílico/básico)
– aumenta a taxa de deposição
– pode ou não ser ligado
– aumenta a fluidez da escória, devido à formação de óxido
de ferro
– melhora a estabilidade do arco e a penetração é reduzida,
principalmente com alta intensidade de corrente, o que
pode minimizar a ocorrência de mordeduras
– possibilidade de soldar por arraste
– reduz a tenacidade do metal de solda
ARMAZENAGEM
• Armazenagem em latas fechadas
• Celulósicos
– umidade relativa máxima: 70%
– temperatura: +18°C a +50°C
• Demais tipos
– umidade relativa máxima: 50%
– temperatura ambiente mínima: +18°C
TRATAMENTO E MANUSEIO
• A ressecagem minimiza o hidrogênio proveniente da
umidade do revestimento em eletrodos de baixo
hidrogênio
• Sempre que possível, devem ser seguidas as
recomendações do fabricante do consumível
• Ressecagem em fornos adequados, aplicável para
eletrodos básicos, de altíssimo rendimento, rutílicos,
ferro fundido, inoxidáveis
• Para celulósicos, a ressecagem deve ser evitada
• Manutenção da ressecagem em estufas próprias
TRATAMENTO E MANUSEIO
• Terminologia do IIW (ml/100g)
– muito baixo – 0 a 5
– baixo – 5 a 10
– médio – 10 a 15
– alto – acima de 15
• Risco de trincas por hidrogênio consumíveis de
nível “muito baixo” ou “baixo”
– celulósicos – acima de 30ml/100g
– rutílicos – entre 15 e 30ml/100g
– básicos – abaixo de 10ml/100g
RESSECAGEM
1,5 ± 0,5225 ± 25Inoxidáveis Básicos
1,5 ± 0,5275 ± 25Inoxidáveis Rutílicos
1,5 ± 0,580 ± 10Ferro Fundido
1,5 ± 0,580 ± 10Rutílicos
1,5 ± 0,5275 ± 25Altíssimo Rendimento
1,5 ± 0,5325 ± 25Básicos
(h)(°C)
Tempo real à
temperatura efetiva
Temperatura efetiva no
pacote de eletrodos
Tipo de eletrodo
MANUTENÇÃO
100 ± 20110 ± 10Inoxidáveis
60 ± 1060 ± 10Ferro Fundido
60 ± 1060 ± 10Rutílicos
100 ± 20110 ± 10Altíssimo Rendimento
115 ± 35125 ± 25Básicos
(°C)(°C)
Temperatura efetiva no
cochicho
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estufa de manutenção
Tipo de eletrodo
PARÂMETROS DE SOLDAGEM
73
73
73
76 / 74 / 71
74 / 71 / 73
0,6
0,7
1,0
1,2 / 1,4 / 1,6
1,5 / 1,7 / 1,9
50
85
125
140 / 160 / 180
180 / 200 / 220
50 – 70
60 – 100
80 – 150
105 – 205
155 – 300
2,0
2,5
3,2
4,0
5,0
E 6013
OK 46.00
OK 43.32
OK 46.44
61
71
77
73
0,6
1,0
1,7
1,9
75
120
150
180
40 – 75
60 – 125
80 – 180
120 – 230
2,5
3,2
4,0
5,0
E 6011OK 22.65 P
72
76 / 69
74 / 64
75 / 70
0,7
0,9 / 1,0
1,3 / 1,3
1,5 / 1,6
75
100 / 130
140 / 170
160 / 190
60 – 80
80 – 140
90 – 180
120 – 250
2,5
3,2
4,0
5,0
E 6010
E 6010
E 7010-G
OK 22.45 P
OK 22.50
OK 22.46 P
Rendimento
(%)
Taxa de
Deposição
(kg/h)
Corrente Ótima
(A)
Faixa de
Corrente
(A)
Diâmetro
(mm)
AWSEletrodo
PARÂMETROS DE SOLDAGEM
66
72 / 71
75 / 74
76 / 75
0,8
1,2 / 1,2
1,4 / 1,7
2,2 / 2,4
90
120 / 140
140 / 170
200 / 250
65 – 105
100 – 150
130 – 200
185 – 270
2,5
3,2
4,0
5,0
E 7018
E 7018-1
E 7018-A1
E 7018-1
E 7018-G
E 7018-W1
E 8018-G
E 8018-B2
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E 9018-G
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72 / 69
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140 / 180
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130 – 170
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AWSEletrodo
CLASSIFICAÇÃO ASME/AWS A5.1
AÇOS CARBONO
E XX (X) Y Z
Eletrodo
Indicam resistência à tração X
1000 psi
Refere-se à posição de soldagem
(1 = todas as posições, 2= horizontal e
plana, 3= plana, 4 = plana,
sobrecabeça, horizontal, vertical
descendente)
Indica o grau de utilização do eletrodo.
Por ex. o tipo de corrente e o tipo de
revestimento
CLASSIFICAÇÃO ASME/AWS A5.5
AÇOS DE BAIXA LIGA
E XX (X) Y Z - XX
Eletrodo
Indicam resistência à tração X
1000 psi
Refere-se à posição de soldagem
(1 = Todas as posições, 2= horizontal e
plana, 3= plana, 4 = plana,
sobrecabeça, horizontal, vertical
descendente)
Indica o grau de utilização do eletrodo.
Por ex. o tipo de corrente e o tipo de
revestimento
Composição química do depósito de
soldagem
VANTAGENS E DESVANTAGENS
• Vantagens do Processo
– grande versatilidade
– baixo custo de operação
– equipamento necessário é simples
– possibilidade de uso em locais de difícil acesso ou sujeitos
a ventos
• Desvantagens do Processo
– baixa produtividade
– necessários cuidados especiais com os eletrodos
– grande volume de gases e fumos gerados no processo
APLICAÇÕES
• Fabricação e montagem de equipamentos
• Manutenção e reparos
• Construções em campo
• Soldagem por gravidade (estaleiros)
• Soldagem em geral de chapas de espessura 3 a
40mm
LIGAS SOLDÁVEIS
• Ligas que podem ser soldadas
– aço carbono
– aços de baixa, média e alta liga
– aços inoxidáveis
– ferros fundidos
– alumínio
– níquel
– cobre
LIGAS NÃO SOLDÁVEIS
• Ligas que não podem ser soldadas
– metais de baixo ponto de fusão
• chumbo
• estanho
• zinco
– metais refratários ou muito reativos
• titânio
• zircônio
• molibdênio
• nióbio
ENERGIA DE SOLDAGEM
CICLO TÉRMICO
REPARTIÇÃO TÉRMICA
EQUIPAMENTOS
• Fonte de energia
• Cabos (terra, tenaz)
• Tenaz
• Ferramentas
– picadeira
– escova de aço, escova rotativa
– lixadeira, maquita
• EPI
– máscaras, óculos
– casaco, avental, mangas, luvas, polainas, gorro
FONTES DE ENERGIA
• Corrente constante
• Tensão em vazio
– 50-100V
– ↑ tensão em vazio ↑ facilidade de abertura do arco
• Corrente contínua
– melhor estabilidade do arco
– CC+ é polaridade inversa, isto é, o eletrodo é ligado ao pólo
positivo e a peça ao negativo
– CC- é polaridade direta, isto é, o eletrodo é ligado ao pólo negativo
e a peça ao positivo
• Corrente alternada
– tendência a maior instabilidade do arco
– menor perda nos cabos
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TIPOS DE FONTES
• transformador
– fornece somente CA
• retificador
– CA da rede → transformador → CA de soldagem →
retificador → CC disponível para a soldagem
• gerador
– fornece CC+, CC- ou CA
• inversor
– fornece CC+ ou CC-
– pode ser portátil
FONTES – ESCOLHA
• Tipo de corrente
• Faixa de corrente necessária
• Fator de trabalho
• Posição de soldagem requerida
• Potência disponível na rede de alimentação
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  • 2. ELETRODOS REVESTIDOS • Soldagem – Definição (American Welding Society – AWS) – “Processo de união de materiais usado para obter a coalescência (união) localizada de metais e não metais, produzida por aquecimento até uma temperatura adequada, com ou sem a utilização de pressão e/ou material de adição.”
  • 3. HISTÓRIA • 1500 A.C. – fabricação do ferro por redução direta • Antiguidade e Idade Média – ferro e aço utilizados em conjunto para fabricar armas; no Oriente Médio, eram fabricadas espadas por soldagem por compressão e torção • séculos XII e XIII – utilização de rodas d’água na fabricação do ferro, possibilitando a produção de blocos maiores • séculos XIV e XV – invenção dos altos-fornos, possibilitando a produção de grandes quantidades de ferro gusa para fundição
  • 4. HISTÓRIA • até século XIX – a fundição tornou-se um processo importante de fabricação e a soldagem por forjamento foi substituída por outros processos de união, como a parafusagem e a rebitagem, permanecendo a soldagem como um processo secundário de fabricação • início do século XIX – Sir Humphrey Davy – experiências com o arco elétrico – Edmund Davy – descoberta do acetileno – desenvolvimento de fontes de energia elétrica que possibilitaram o aparecimento dos processos de fusão a arco
  • 5. HISTÓRIA • 1885 – Nikolas Bernardos e Stanislav Olszewsky – Inglaterra – primeira patente de um processo de soldagem, baseado em um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo de carvão e a peça a ser soldada • 1890 – N.G. Slavianoff (Rússia) e Charles Coffin (EUA) desenvolveram, independentemente, a soldagem com eletrodo metálico nu • final do século XIX – desenvolvimento dos processos de soldagem por resistência, por aluminotermia e a gás
  • 6. HISTÓRIA • 1904 – Oscar Kjellberg, um engenheiro sueco, tinha um problema: ele precisava melhorar a qualidade dos trabalhos de reparo em navios e caldeiras em Gothenburg, o que resultou na invenção do primeiro eletrodo revestido, onde o revestimento era constituído, originalmente, de uma camada de material argiloso (cal), cuja função era facilitar a abertura do arco e aumentar sua estabilidade logo após, Oscar Kjellberg fundou a ESAB • 1907 – scar jellberg patenteia o processo de soldagem a arco com eletrodo revestido
  • 7. DEFINICÃO • Soldagem a Arco com Eletrodo Revestido (Tecnologia da Soldagem – Paulo Villani Marques – 1991) – “Soldagem a arco com eletrodo revestido é um processo que produz a coalescência (união) entre metais pelo aquecimento destes com um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo metálico revestido e a peça que está sendo soldada.”
  • 8. CONSTITUIÇÃO • vareta metálica (“alma”) – conduz a corrente elétrica – fornece metal de adição para a junta • revestimento – facilita a abertura do arco e o estabiliza – ajusta a composição química do cordão, pela adição de elementos de liga – desoxida o metal de solda – protege a poça de fusão e o metal de solda contra a contaminação pela atmosfera, através da geração de gases e de uma camada de escória, a qual reduz a velocidade de solidificação e permite a desgaseificação do metal de solda – confere características operacionais, mecânicas e metalúrgicas ao eletrodo e à solda – facilita a soldagem nas diversas posições de trabalho
  • 9.
  • 10.
  • 11. TIPOS DE REVESTIMENTO • Celulósico – elevada produção de gases resultantes da combustão dos materiais orgânicos (principalmente a celulose) – principais gases gerados: CO2, CO, H2, H2O (vapor) – não devem ser ressecados – a atmosfera redutora formada protege o metal fundido – o alto nível de hidrogênio no metal de solda depositado impede o uso em estruturas muito restritas ou em materiais sujeitos a trincas por hidrogênio – alta penetração – pouca escória, facilmente destacável – muito utilizado em tubulações na progressão descendente – operando em CC+, obtém-se transferência por spray
  • 12. TIPOS DE REVESTIMENTO • Rutílico – consumível de uso geral – revestimento apresenta até 50% de rutilo (TiO2) – média penetração – escória de rápida solidificação, facilmente destacável – o metal de solda pode apresentar um nível de hidrogênio alto (até 30ml/100g) – requer ressecagem a uma temperatura relativamente baixa, para que o metal de solda não apresente porosidades grosseiras
  • 13. TIPOS DE REVESTIMENTO • Básico – geralmente apresenta as melhores propriedades mecânico- metalúrgicas entre todos os eletrodos, destacando-se a tenacidade – elevados teores de carbonato de cálcio e fluorita, gerando um metal de solda altamente desoxidado e com muito baixo nível de inclusões complexas de sulfetos e fosfetos – não opera bem em CA, quando o teor de fluorita é muito elevado – escória fluida e facilmente destacável – cordão de média penetração e perfil plano ou convexo – requer ressecagem a temperaturas relativamente altas – após algumas horas de contato com a atmosfera, requer ressecagem por ser altamente higroscópico – embalagens a vácuo (LMA)
  • 14.
  • 15. TIPOS DE REVESTIMENTO • Altíssimo Rendimento – adição de pó de ferro (rutílico/básico) – aumenta a taxa de deposição – pode ou não ser ligado – aumenta a fluidez da escória, devido à formação de óxido de ferro – melhora a estabilidade do arco e a penetração é reduzida, principalmente com alta intensidade de corrente, o que pode minimizar a ocorrência de mordeduras – possibilidade de soldar por arraste – reduz a tenacidade do metal de solda
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  • 17. ARMAZENAGEM • Armazenagem em latas fechadas • Celulósicos – umidade relativa máxima: 70% – temperatura: +18°C a +50°C • Demais tipos – umidade relativa máxima: 50% – temperatura ambiente mínima: +18°C
  • 18. TRATAMENTO E MANUSEIO • A ressecagem minimiza o hidrogênio proveniente da umidade do revestimento em eletrodos de baixo hidrogênio • Sempre que possível, devem ser seguidas as recomendações do fabricante do consumível • Ressecagem em fornos adequados, aplicável para eletrodos básicos, de altíssimo rendimento, rutílicos, ferro fundido, inoxidáveis • Para celulósicos, a ressecagem deve ser evitada • Manutenção da ressecagem em estufas próprias
  • 19. TRATAMENTO E MANUSEIO • Terminologia do IIW (ml/100g) – muito baixo – 0 a 5 – baixo – 5 a 10 – médio – 10 a 15 – alto – acima de 15 • Risco de trincas por hidrogênio consumíveis de nível “muito baixo” ou “baixo” – celulósicos – acima de 30ml/100g – rutílicos – entre 15 e 30ml/100g – básicos – abaixo de 10ml/100g
  • 20. RESSECAGEM 1,5 ± 0,5225 ± 25Inoxidáveis Básicos 1,5 ± 0,5275 ± 25Inoxidáveis Rutílicos 1,5 ± 0,580 ± 10Ferro Fundido 1,5 ± 0,580 ± 10Rutílicos 1,5 ± 0,5275 ± 25Altíssimo Rendimento 1,5 ± 0,5325 ± 25Básicos (h)(°C) Tempo real à temperatura efetiva Temperatura efetiva no pacote de eletrodos Tipo de eletrodo
  • 21. MANUTENÇÃO 100 ± 20110 ± 10Inoxidáveis 60 ± 1060 ± 10Ferro Fundido 60 ± 1060 ± 10Rutílicos 100 ± 20110 ± 10Altíssimo Rendimento 115 ± 35125 ± 25Básicos (°C)(°C) Temperatura efetiva no cochicho Temperatura efetiva na estufa de manutenção Tipo de eletrodo
  • 22. PARÂMETROS DE SOLDAGEM 73 73 73 76 / 74 / 71 74 / 71 / 73 0,6 0,7 1,0 1,2 / 1,4 / 1,6 1,5 / 1,7 / 1,9 50 85 125 140 / 160 / 180 180 / 200 / 220 50 – 70 60 – 100 80 – 150 105 – 205 155 – 300 2,0 2,5 3,2 4,0 5,0 E 6013 OK 46.00 OK 43.32 OK 46.44 61 71 77 73 0,6 1,0 1,7 1,9 75 120 150 180 40 – 75 60 – 125 80 – 180 120 – 230 2,5 3,2 4,0 5,0 E 6011OK 22.65 P 72 76 / 69 74 / 64 75 / 70 0,7 0,9 / 1,0 1,3 / 1,3 1,5 / 1,6 75 100 / 130 140 / 170 160 / 190 60 – 80 80 – 140 90 – 180 120 – 250 2,5 3,2 4,0 5,0 E 6010 E 6010 E 7010-G OK 22.45 P OK 22.50 OK 22.46 P Rendimento (%) Taxa de Deposição (kg/h) Corrente Ótima (A) Faixa de Corrente (A) Diâmetro (mm) AWSEletrodo
  • 23. PARÂMETROS DE SOLDAGEM 66 72 / 71 75 / 74 76 / 75 0,8 1,2 / 1,2 1,4 / 1,7 2,2 / 2,4 90 120 / 140 140 / 170 200 / 250 65 – 105 100 – 150 130 – 200 185 – 270 2,5 3,2 4,0 5,0 E 7018 E 7018-1 E 7018-A1 E 7018-1 E 7018-G E 7018-W1 E 8018-G E 8018-B2 E 9018-M E 9018-G OK 48.04 OK 55.00 OK 74.55 OK 48.30 OK 48.23 OK 73.03 OK 73.45 OK 76.18 OK 75.60 OK 78.15 72 / 71 71 / 73 / 69 69 / 71 / 68 72 / 69 1,9 / 2,3 2,4 / 2,9 / 3,3 3,4 / 3,8 / 4,1 4,3 / 5,3 140 / 180 180 / 210 / 240 245 / 270 / 290 320 / 360 130 – 170 140 – 230 210 – 350 270 – 430 3,2 4,0 5,0 6,0 E 7024OK 33.80 Rendimento (%) Taxa de Deposição (kg/h) Corrente Ótima (A) Faixa de Corrente (A) Diâmetro (mm) AWSEletrodo
  • 24. CLASSIFICAÇÃO ASME/AWS A5.1 AÇOS CARBONO E XX (X) Y Z Eletrodo Indicam resistência à tração X 1000 psi Refere-se à posição de soldagem (1 = todas as posições, 2= horizontal e plana, 3= plana, 4 = plana, sobrecabeça, horizontal, vertical descendente) Indica o grau de utilização do eletrodo. Por ex. o tipo de corrente e o tipo de revestimento
  • 25. CLASSIFICAÇÃO ASME/AWS A5.5 AÇOS DE BAIXA LIGA E XX (X) Y Z - XX Eletrodo Indicam resistência à tração X 1000 psi Refere-se à posição de soldagem (1 = Todas as posições, 2= horizontal e plana, 3= plana, 4 = plana, sobrecabeça, horizontal, vertical descendente) Indica o grau de utilização do eletrodo. Por ex. o tipo de corrente e o tipo de revestimento Composição química do depósito de soldagem
  • 26. VANTAGENS E DESVANTAGENS • Vantagens do Processo – grande versatilidade – baixo custo de operação – equipamento necessário é simples – possibilidade de uso em locais de difícil acesso ou sujeitos a ventos • Desvantagens do Processo – baixa produtividade – necessários cuidados especiais com os eletrodos – grande volume de gases e fumos gerados no processo
  • 27. APLICAÇÕES • Fabricação e montagem de equipamentos • Manutenção e reparos • Construções em campo • Soldagem por gravidade (estaleiros) • Soldagem em geral de chapas de espessura 3 a 40mm
  • 28. LIGAS SOLDÁVEIS • Ligas que podem ser soldadas – aço carbono – aços de baixa, média e alta liga – aços inoxidáveis – ferros fundidos – alumínio – níquel – cobre
  • 29. LIGAS NÃO SOLDÁVEIS • Ligas que não podem ser soldadas – metais de baixo ponto de fusão • chumbo • estanho • zinco – metais refratários ou muito reativos • titânio • zircônio • molibdênio • nióbio
  • 33. EQUIPAMENTOS • Fonte de energia • Cabos (terra, tenaz) • Tenaz • Ferramentas – picadeira – escova de aço, escova rotativa – lixadeira, maquita • EPI – máscaras, óculos – casaco, avental, mangas, luvas, polainas, gorro
  • 34. FONTES DE ENERGIA • Corrente constante • Tensão em vazio – 50-100V – ↑ tensão em vazio ↑ facilidade de abertura do arco • Corrente contínua – melhor estabilidade do arco – CC+ é polaridade inversa, isto é, o eletrodo é ligado ao pólo positivo e a peça ao negativo – CC- é polaridade direta, isto é, o eletrodo é ligado ao pólo negativo e a peça ao positivo • Corrente alternada – tendência a maior instabilidade do arco – menor perda nos cabos – CA: não existe polaridade definida
  • 35. TIPOS DE FONTES • transformador – fornece somente CA • retificador – CA da rede → transformador → CA de soldagem → retificador → CC disponível para a soldagem • gerador – fornece CC+, CC- ou CA • inversor – fornece CC+ ou CC- – pode ser portátil
  • 36.
  • 37. FONTES – ESCOLHA • Tipo de corrente • Faixa de corrente necessária • Fator de trabalho • Posição de soldagem requerida • Potência disponível na rede de alimentação
  • 38. ESAB S/A IND. E COM. Rua Zezé Camargos, 117 - Cidade Industrial 32210-080 - Contagem - MG Tel.: (31) 3369-4362 Fax: (31) 3369-4440 Tel.: 0800 701-3343 e-mail: cfortes@esab.com.br www.esab.com.br Cleber Fortes Eng. Metalúrgico, MSc. Consultor Técnico Consumíveis