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a edição passada, vimos que o
louvor é um tipo de sacrifício
que representa nossa resposta à
grande salvação em Cristo, isto
é, não se trata de música, arte ou estética.
O que mais a Bíblia nos fala sobre este
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25 e 31 temos o seguinte texto: “E pôs os
levitas na casa do Senhor com címbalos,
com saltérios, e com harpas, conforme ao
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rei, e do profeta Natã; porque este man-
dado veio do Senhor, por intermédio de
seus profetas... E Ezequias deu ordem que
oferecessem o holocausto sobre o altar; e
ao tempo em que começou o holocausto,
começou também o canto do Senhor… E
a congregação trouxe sacrifícios e ofertas
de louvor, e todos os dispostos de cora-
ção trouxeram holocaustos”. Esse texto
possui muitos elementos que ajudam a
compreender o sacrifício de louvores.
Vamos destacar três deles:
1 - A revelação do louvor é progres-
siva na Bíblia: Em Gênesis, Deus revela
que por meio de Abraão formaria uma
nação espiritual incontável. O cumpri-
mento da profecia iniciou na vida de José,
quando se tornou governador do Egito e
conduziu toda sua família até lá. Nesse
lugar, o povo de Israel cresceu, tornou-se
uma grande nação, mas foi escravizado
louvai
66 REVISTA MAIS DESTAQUE
IMAGENS: ARTE MD/ STOCK.XCHNG
A cruz é onde o adorador se encontra
com o único que deve ser adorado, Jesus
Társis Iraídes é pastor e Conselheiro
Espiritual da Escola Bíblica da Rede Novo
Tempo de Comunicação
O ministério da música foi concebido por Deus e o “canto do Senhor”
era apresentado quando havia sacrifício no altar
Louvormanchado
comsangue
67REVISTA MAIS DESTAQUE
Erapartedoplanodivino
queDeusfosseadorado.
Essarevelaçãosedeupor
intermédiodeSeusprofetas
por Faraó. No entanto, 400 anos depois, Moisés foi escolhido
para libertá-lo e conduzi-lo à terra prometida. A peregrinação
durou 40 anos e, no deserto, Deus ordenou a construção de
um tabernáculo.
Após a travessia do Mar Vermelho algo importante acon-
tece. Moisés escreve uma canção sobre a libertação, relatada
em Êxodo 15. Miriã, sua irmã, conduz o povo nessa primeira
canção de adoração conhecida em toda a História (veja Pa-
triarcas e Profetas, págs. 288 a 290). Até então, o povo de Deus
não adorava com música. Esse cântico também é uma profecia
sobre o grande conflito entre as forças do bem e do mal. Faraó
representa Lúcifer com seu exército de anjos e homens rebel-
des, e Moisés, o nosso libertador e salvador Jesus, suas hostes
de anjos e santos redimidos. O importante é que o serviço de
louvor e adoração estava apenas começando no tabernáculo
Mosaico. Deus ainda não havia revelado em sua totalidade a
adoração que lhe é prestada no tabernáculo celeste. Isso ocorre
somente anos mais tarde, no tabernáculo Davídico.
2 - O ministério da Música, Louvor e Adoração no Taber-
náculo é concebido pelo próprio Deus: Foi por inspiração e
orientação divina que Davi estabeleceu o ministério musical
dos Levitas dividindo-os em funções e turnos específicos. Essa
revelação se deu por intermédio de Seus profetas.
3 - A partir de Salomão o povo comete várias apostasias:
Na ação de purificar o templo, Ezequias ordena que sejam
oferecidos holocaustos sobre o altar. Aqui temos duas ofertas
diferentes. A primeira é o holocausto. Em hebraico olah significa
sacrifício queimado, que produz fumaça, ou seja, um sacrifício
com derramamento de sangue para expiação de pecados. O
segundo é o sacrifício de louvores ou ações de graça. Nessa
expressão temos zebac, sacrifício, e towdah, a raiz dessa palavra
significa confissão, mas o segundo termo é uma manifestação de
louvor e ações de graças coletiva, oferecida a Deus por alguma
dádiva ainda não alcançada. Portanto, o sacrifício de louvor era
um ato de fé que envolvia: (a) uma confissão, (b) a morte de um
cordeiro, (c) uma oferta de louvor ou gratidão pela aceitação
divina do sacrifício oferecido pelo pecado e (d) uma canção que
representasse essa oferta de louvor.
Paradoxo de louvor
Em qualquer tipo de oferta, o adorador deveria oferecer um
cordeiro. Esse animal não possui substituto. Na natureza, nada
é capaz de fazê-lo, nem dinheiro, penitências, promessas ou
santos. Meu próprio coração também não serve, pois somente o
cordeiro pode ser ofertado. Quando ele morre, o incenso é gera-
do da gordura que é queimada sobre o altar. Meus oferecimentos
são misturados a esse incenso que sobe a Deus. É exatamente
assim que a adoração deve proceder. Ela só é possível por causa
da morte do cordeiro, que ocorre apenas quando existe pecado.
Que paradoxo, não? Como posso adorar sem que o cordeiro
morra? Como posso oferecer algo, se não possuo pecados para
confessar? Como posso agradecer sem o objeto do meu agra-
decimento? A cruz é onde o adorador se encontra com o único
que deve ser adorado, Jesus.
louvai
68 REVISTA MAIS DESTAQUE
Visão do Espírito de Profecia
“Cristo, nosso Mediador, e o Espírito
Santo estão constantemente interceden-
do em favor do homem, mas o Espírito
não pleiteia por nós como faz Cristo, que
apresenta Seu sangue, derramado desde
a fundação do mundo; o Espírito opera
em nosso coração, extraindo dele orações
e penitência, louvor e ações de graças…
Os cultos, as orações, o louvor, a penitente
confissão do pecado, sobem dos crentes
fiéis, qual incenso ao santuário celestial,
mas passando através dos corruptos ca-
nais da humanidade, ficam tão macula-
dos que, a menos que sejam purificados
por sangue, jamais podem ser de valor
perante Deus… Todo incenso dos taber-
náculos terrestres têm de umedecer-se
com as purificadoras gotas do sangue de
Cristo… Então, perfumado com os méri-
tos da propiciação de Cristo, o incenso
ascende perante Deus completa e inteira-
mente aceitável. Voltam então graciosas
respostas” (Mensagens Escolhidas, vol. 1,
pág. 340 a 344).
Esse texto é fantástico. Primeiro, por
possuir toda a verdade bíblica sobre o
louvor, e segundo, por descortinar dian-
te de nós um caminho excelente que vai
além das discussões vigentes sobre ado-
ração. Tal trecho confirma que o louvor
não se origina no coração do homem, mas
em Deus. É Cristo que toma a iniciativa
de restaurar a adoração, quebrada pelo
pecado. Vemos também que não existe
oferta pura por parte do ser humano, pois
a nossa natureza é impura e pecaminosa.
A intercessão dEle nos habilita ao louvor
através das purificadoras gotas de Seu
sangue derramado na cruz. Para finalizar,
cito mais um texto precioso: “A forma e
a cerimônia não constituem o reino de
Deus… Aparelhamento faustoso, ótimo
canto e música instrumental na igreja
não convidam o coro angélico a cantar
também. À vista de Deus, estas coisas
são como os galhos da figueira infrutífe-
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Cristo espera fruto, princípios de bonda-
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pios do Céu... Pode uma congregação ser
a mais pobre da Terra, sem música nem
ostentação exterior, mas se possuir esses
princípios, os membros poderão cantar,
pois a alegria de Cristo está em sua alma,
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oferenda a Deus” (Evangelismo, págs 511
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IMAGENS: DIVULGAÇÃO
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Lição 9 - Jesus, o Holocausto Perfeito
 
Levítico perg e resp sobre os sacrifícios
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Levítico perg e resp sobre os sacrifícios
 

Artigo 2 - louvor manchado - MD Ed. 50

  • 1. N a edição passada, vimos que o louvor é um tipo de sacrifício que representa nossa resposta à grande salvação em Cristo, isto é, não se trata de música, arte ou estética. O que mais a Bíblia nos fala sobre este tema? Leia II Crônicas 29. Entre os versos 25 e 31 temos o seguinte texto: “E pôs os levitas na casa do Senhor com címbalos, com saltérios, e com harpas, conforme ao mandado de Davi e de Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque este man- dado veio do Senhor, por intermédio de seus profetas... E Ezequias deu ordem que oferecessem o holocausto sobre o altar; e ao tempo em que começou o holocausto, começou também o canto do Senhor… E a congregação trouxe sacrifícios e ofertas de louvor, e todos os dispostos de cora- ção trouxeram holocaustos”. Esse texto possui muitos elementos que ajudam a compreender o sacrifício de louvores. Vamos destacar três deles: 1 - A revelação do louvor é progres- siva na Bíblia: Em Gênesis, Deus revela que por meio de Abraão formaria uma nação espiritual incontável. O cumpri- mento da profecia iniciou na vida de José, quando se tornou governador do Egito e conduziu toda sua família até lá. Nesse lugar, o povo de Israel cresceu, tornou-se uma grande nação, mas foi escravizado louvai 66 REVISTA MAIS DESTAQUE IMAGENS: ARTE MD/ STOCK.XCHNG A cruz é onde o adorador se encontra com o único que deve ser adorado, Jesus Társis Iraídes é pastor e Conselheiro Espiritual da Escola Bíblica da Rede Novo Tempo de Comunicação O ministério da música foi concebido por Deus e o “canto do Senhor” era apresentado quando havia sacrifício no altar Louvormanchado comsangue
  • 2. 67REVISTA MAIS DESTAQUE Erapartedoplanodivino queDeusfosseadorado. Essarevelaçãosedeupor intermédiodeSeusprofetas por Faraó. No entanto, 400 anos depois, Moisés foi escolhido para libertá-lo e conduzi-lo à terra prometida. A peregrinação durou 40 anos e, no deserto, Deus ordenou a construção de um tabernáculo. Após a travessia do Mar Vermelho algo importante acon- tece. Moisés escreve uma canção sobre a libertação, relatada em Êxodo 15. Miriã, sua irmã, conduz o povo nessa primeira canção de adoração conhecida em toda a História (veja Pa- triarcas e Profetas, págs. 288 a 290). Até então, o povo de Deus não adorava com música. Esse cântico também é uma profecia sobre o grande conflito entre as forças do bem e do mal. Faraó representa Lúcifer com seu exército de anjos e homens rebel- des, e Moisés, o nosso libertador e salvador Jesus, suas hostes de anjos e santos redimidos. O importante é que o serviço de louvor e adoração estava apenas começando no tabernáculo Mosaico. Deus ainda não havia revelado em sua totalidade a adoração que lhe é prestada no tabernáculo celeste. Isso ocorre somente anos mais tarde, no tabernáculo Davídico. 2 - O ministério da Música, Louvor e Adoração no Taber- náculo é concebido pelo próprio Deus: Foi por inspiração e orientação divina que Davi estabeleceu o ministério musical dos Levitas dividindo-os em funções e turnos específicos. Essa revelação se deu por intermédio de Seus profetas. 3 - A partir de Salomão o povo comete várias apostasias: Na ação de purificar o templo, Ezequias ordena que sejam oferecidos holocaustos sobre o altar. Aqui temos duas ofertas diferentes. A primeira é o holocausto. Em hebraico olah significa sacrifício queimado, que produz fumaça, ou seja, um sacrifício com derramamento de sangue para expiação de pecados. O segundo é o sacrifício de louvores ou ações de graça. Nessa expressão temos zebac, sacrifício, e towdah, a raiz dessa palavra significa confissão, mas o segundo termo é uma manifestação de louvor e ações de graças coletiva, oferecida a Deus por alguma dádiva ainda não alcançada. Portanto, o sacrifício de louvor era um ato de fé que envolvia: (a) uma confissão, (b) a morte de um cordeiro, (c) uma oferta de louvor ou gratidão pela aceitação divina do sacrifício oferecido pelo pecado e (d) uma canção que representasse essa oferta de louvor. Paradoxo de louvor Em qualquer tipo de oferta, o adorador deveria oferecer um cordeiro. Esse animal não possui substituto. Na natureza, nada é capaz de fazê-lo, nem dinheiro, penitências, promessas ou santos. Meu próprio coração também não serve, pois somente o cordeiro pode ser ofertado. Quando ele morre, o incenso é gera- do da gordura que é queimada sobre o altar. Meus oferecimentos são misturados a esse incenso que sobe a Deus. É exatamente assim que a adoração deve proceder. Ela só é possível por causa da morte do cordeiro, que ocorre apenas quando existe pecado. Que paradoxo, não? Como posso adorar sem que o cordeiro morra? Como posso oferecer algo, se não possuo pecados para confessar? Como posso agradecer sem o objeto do meu agra- decimento? A cruz é onde o adorador se encontra com o único que deve ser adorado, Jesus.
  • 3. louvai 68 REVISTA MAIS DESTAQUE Visão do Espírito de Profecia “Cristo, nosso Mediador, e o Espírito Santo estão constantemente interceden- do em favor do homem, mas o Espírito não pleiteia por nós como faz Cristo, que apresenta Seu sangue, derramado desde a fundação do mundo; o Espírito opera em nosso coração, extraindo dele orações e penitência, louvor e ações de graças… Os cultos, as orações, o louvor, a penitente confissão do pecado, sobem dos crentes fiéis, qual incenso ao santuário celestial, mas passando através dos corruptos ca- nais da humanidade, ficam tão macula- dos que, a menos que sejam purificados por sangue, jamais podem ser de valor perante Deus… Todo incenso dos taber- náculos terrestres têm de umedecer-se com as purificadoras gotas do sangue de Cristo… Então, perfumado com os méri- tos da propiciação de Cristo, o incenso ascende perante Deus completa e inteira- mente aceitável. Voltam então graciosas respostas” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 340 a 344). Esse texto é fantástico. Primeiro, por possuir toda a verdade bíblica sobre o louvor, e segundo, por descortinar dian- te de nós um caminho excelente que vai além das discussões vigentes sobre ado- ração. Tal trecho confirma que o louvor não se origina no coração do homem, mas em Deus. É Cristo que toma a iniciativa de restaurar a adoração, quebrada pelo pecado. Vemos também que não existe oferta pura por parte do ser humano, pois a nossa natureza é impura e pecaminosa. A intercessão dEle nos habilita ao louvor através das purificadoras gotas de Seu sangue derramado na cruz. Para finalizar, cito mais um texto precioso: “A forma e a cerimônia não constituem o reino de Deus… Aparelhamento faustoso, ótimo canto e música instrumental na igreja não convidam o coro angélico a cantar também. À vista de Deus, estas coisas são como os galhos da figueira infrutífe- ra, que só mostrava folhas pretensiosas. Cristo espera fruto, princípios de bonda- de, simpatia e amor. Estes são os princí- pios do Céu... Pode uma congregação ser a mais pobre da Terra, sem música nem ostentação exterior, mas se possuir esses princípios, os membros poderão cantar, pois a alegria de Cristo está em sua alma, e esse canto podem eles dedicar como oferenda a Deus” (Evangelismo, págs 511 e 512). IMAGENS: DIVULGAÇÃO nãoexisteoferta puraporparte doserhumano, poisanossa naturezaéimpura epecaminosa