Timor-Leste é um país asiático que conquistou sua independência em 2002 após anos de ocupação indonésia. Sua economia depende da agricultura e da exploração de petróleo, enfrentando desafios de pobreza e desenvolvimento. O país tem como línguas oficiais o português e o tétum, uma língua local de influência malaia.
2. Dados Principais:
O Área: 14.609 km²
Capital: Díli
População: 1.066.582 (Censo 2010)
Nome Oficial: República democrática de
Timor-Leste
Nacionalidade: Timorense
Governo: República Parlamentarista
Divisão administrativa: 13 distritos
3. INTRODUÇÃO
No século XVI, os portugueses estabeleceram relações
comerciais com a ilha de Timor e, em seguida, colonizaram-na.
Em 28 de novembro de 1975, Timor Leste declarou sua
independência de Portugal, mas foi invadido pela Indonésia.
Em 1976, o país foi integrado à Indonésia como a província de
Timor Timur. Em 1999, sob um referendo apoiado
pelas Nações Unidas, boa parte da população de Timor Leste
optou por ser independente da Indonésia. Isso gerou grande
violência e, em 2002, Timor Leste tornou-se um país
reconhecido mundialmente. Em 2006, o Conselho de
Segurança das Nações Unidas fundou a UNMIT (Missão
Integrada das Nações Unidas em Timor Leste), que estabeleceu
a presença da polícia no país. Em 2007, foram realizadas as
primeiras eleições presidenciais e parlamentares pacíficas.
4. História do Timor Leste
O De acordo com alguns antropólogos, um
pequeno grupo de caçadores e agricultores já
habitava a ilha de Timor por volta de 12 mil
anos a.C. Há documentos que comprovam a
existência de um comércio esporádico entre
Timor e a China a partir do século VII.
5. O Esse comércio se baseava-se principalmente na
venda de escravos, cera de abelha e sândalo
(madeira nobre utilizada na fabricação de
móveis de luxo e na perfumaria), que cobria
praticamente toda a ilha. Por volta do século
XIV, os habitantes de Timor pagavam tributo
ao reino de Java.
6. O O nome Timor provem do nome dado
pelos Malaios à Ilha onde está situado o
país, Timur, que significa Leste.
O O primeiro contato europeu com a ilha foi
feito pelos portugueses quando estes lá
chegaram em 1512 em busca do sândalo.
Durante quatro séculos, os portugueses
apenas utilizaram o território timorense para
fins comerciais, explorando os recursos
naturais da ilha.
7. O Díli, a capital do Timor Português, apenas
nos anos 1960 começou a dispor de luz
elétrica, e na década
seguinte, água, esgoto, escolas e hospitais. O
resto do país, principalmente em zonas
rurais, continuava atrasado.
O Até agosto de 1975 Portugal liderou o
processo de autodeterminação de
Timor-Leste, promovendo a formação de
partidos políticos tendo em vista a
independência do território.
8. O A proclamação da independência por um
partido de tendência Marxista levou a que a
Indonésia invadisse Timor Leste. Em 7 de
dezembro, os militares indonésios
desembarcavam em Díli, ocupando
brevemente toda a parte oriental de
Timor, apesar do repúdio da Assembleia-
Geral e do Conselho de Segurança
da ONU, que reconheceram Portugal como
potência administrante do território.
9. O A ocupação militar da Indonésia em Timor-
Leste fez com que o território se tornasse a
27.ª província indonésia, chamada "Timor
Timur". Uma política de genocídio resultou
num longo massacre de timorenses. Centenas
de aldeias foram destruídas pelos
bombardeios do exército da Indonésia, sendo
que foram utilizadas toneladas
de napalm contra a resistência timorense
(chamada de Falintil).
10. O O uso do produto queimou boa parte das
florestas do país, limitando o refúgio dos
guerrilheiros na densa vegetação local.
O Entretanto, a visita do Papa João Paulo II a
Timor-Leste, em outubro de 1989, foi marcada
por manifestações pró-independência que
foram duramente reprimidas.
O No dia 12 de novembro de 1991, o exército
indonésio disparou sobre manifestantes que
homenageavam um estudante morto pela
repressão no cemitério de Santa Cruz, em Díli.
11. O O Chefe de Estado de Timor-Leste é o
Presidente do mesmo, que é eleito pelo voto
popular para um mandato de cinco anos.
Embora o papel seja largamente simbólico, o
presidente não tem poder de veto sobre
certos tipos de legislação. Após as eleições, o
presidente designa o líder do maior partido
ou coligação maioritária como o Primeiro-
Ministro de Timor-Leste. Como chefe do
governo, o primeiro-ministro preside o
Conselho de Estado ou de governo.
12. O O parlamento de câmara única é o
Parlamento Nacional, cujos membros são
eleitos pelo voto popular para um mandato
de cinco anos. O número de bancos pode
variar entre um mínimo de 52 a um máximo
de 65, embora excepcionalmente tenha 88
membros, atualmente, devido a este ser o seu
primeiro mandato. A Constituição timorense
foi decalcada da de Portugal. O país ainda
está no processo de construção da sua
administração e instituições governamentais.
14. HINO
O O hino nacional da República Democrática
de Timor-Leste.
Com letra de Francisco Borja da Costa e
música de Afonso Redentor Araújo, foi
composto em 1975 e usado pela primeira vez
no dia 28 de dezembro do mesmo
ano, quando Timor-Leste declarou-se
independente de Portugal.
15. O Francisco Borja da Costa
morreu juntamente com outros líderes da
independência durante a ocupação de Timor
Leste pela Indonésia e no dia 28 de
dezembro de 1975, dia da independência só
foi cantado o refrão, pois a letra foi origem
de muita polémica na altura.
Pátria foi novamente adotado como hino
nacional em 20 de maio de 2002, dia em que
os timorenses comemoram a Restauração da
Independência.
16. O Neste dia, a bandeira timorense foi
hasteada e o hino foi entoado pela
primeira vez após 24 anos.
O O poema Pátria nunca foi "oficialmente"
traduzido para Tétum, portanto a única
versão oficial é o original em língua
portuguesa.
17.
18. GEOGRAFIA:
O Localização geográfica: região sudeste da Ásia
O Cidades
Principais: Díli, Dare, Baucau, Maliana, Ermera.
O Clima: equatorial
O Densidade Demográfica: 75,3 hab./km²
DADOS CULTURAIS E SOCIAIS:
O Composição da População: descendentes de
portugueses, indonésios, outros.
O Idioma: Português e Tétum
O Religião: cristianismo (84,2%), islamismo
(3,2%), crenças tradicionais (11,1%), outras (1,5%).
O IDH: 0,502 (2010) – médio
O Taxa de analfabetismo: 49%
O Expectativa de vida: 61 anos
19. O Timor-Leste é um país do continente asiático
localizado a leste da Ilha Timor. É um dos mais
jovens países do mundo, sua independência
aconteceu em 2002. O território dessa nação
abrange uma área de 14 874 km², onde vivem
cerca de 1,1 milhão de habitantes.
O Antiga colônia portuguesa, invadida por tropas
da Indonésia em 1975, é o primeiro novo país
independente a surgir no século XXI.
20. O O seu território corresponde à metade oriental
da ilha de Timor, situada no vasto arquipélago in
donésio, nas proximidades da
Austrália.
21.
22. ECONOMIA:
O PIB (Produto Interno Bruto): US$ 3,3 bilhões
(2011)
PIB per capita: US$ 3.100 (2011)
Força de trabalho: 418.000 (2011)
Moeda: dólar americano
Principais atividades
econômicas: agricultura, comércio e exploração
de petróleo.
23. O Indústrias: estampagem, manufatura de
sabão, artesanato, tecidos.
O Índice de desemprego: estimativa de 50%.
Nota – o desemprego em áreas urbanas chegou
a 20%; os dados não incluem o subemprego
(2001).
O População abaixo da linha de pobreza:
42% (2003).
O Exportação: café, sândalo, mármore. Nota –
potencial para exportações de óleo e baunilha.
O Importação:
alimentos, gasolina, querosene, máquinas.
24. O O investimento secular de Portugal na sua colônia
timorense não foi suficiente para a desenvolver
adequadamente, tendo esta permanecido pobre
atualmente. Foram, no entanto, construídas
algumas infraestruturas de saúde,ensino e
transportes depois da Segunda Grande Guerra.
O comércio de sândalo (uma das principais
mercadorias do território), perdeu importância e
a sua única fonte de rendimento passou a ser uma
modesta produção de café.
25. O O país enfrenta grandes desafios para
continuar a reconstrução da infraestrutura
e o fortalecimento da administração civil.
Um projeto de longo prazo promissora é o
desenvolvimento conjunto com a Austrália
de petróleo e gás natural em águas sul
oriental do Timor, um local que se tornou
conhecido como o Timor Gap, após a
assinatura pela Austrália e Indonésia do
"Tratado do Timor Gap" quando Timor
Leste ainda estava sob ocupação
indonésia.
26. O Esperanças de um futuro melhor estão
depositadas no desenvolvimento da exploração
de reservas de petróleo no oceano que já rende
ao governo mais de US$ 40 milhões anuais de
renda, e o sucesso na exportação de produtos da
agricultura.
O De acordo com os resultados da revisão
econômica tri anual do Banco Asiático de
Desenvolvimento a 14 nações do Pacífico, cujo
relatório foi agora divulgado em Manila, Timor
Leste regista um crescimento econômico mais
forte do que o esperado, impulsionado pelo
aumento contínuo da despesa pública e pela
melhoria da produção agrícola.
27. O Timor-Leste é o segundo país asiático com maior
crescimento econômico em 2013 e único da sub-
região do Pacífico com uma taxa de crescimento
de dois dígitos, segundo as estimativas do Banco
Asiático de Desenvolvimento.
28. Timor Leste Economia
Perfil 2012
O Produto Interno Bruto (PIB)
$3.366 bilhões (2011 est.)
$3.162 bilhões (2010 est.)
$2.958 bilhões (2009 est.)
note: data are in 2011 US dólares
O Produto Interno Bruto (PIB) - Taxa de
Crescimento Real
7,3% (2011 est.)
6,1% (2010 est.)
12,9% (2009 est.)
29. O Produto Interno Bruto (PIB) per
capita
$3,100 (2011 est.)
$2,900 (2010 est.)
$2,800 (2009 est.)
O População abaixo do nível de pobreza
41% (2009 est.)
O Renda o consumo da unidade familiar
por porcentagem
10% mais pobre: 4%
10% mais rico: 27% (2007)
30. O Taxa de inflação (preços ao consumidor)
13,5% (2011 est.)
6,9% (2010 est.)
O Força laboral
418.200 (2009)
O Taxa de desemprego
18,4% (2010 est.)
20% (2006 est.)
31. O Orçamento
Rendimentos: $2,6 bilhões
Despesas: $1,3 bilhões (2011 est.)
O Taxa de crescimento da produção industrial
8,5% (2004 est.)
O Eletricidade – produção
131,7 milhões kWh (2008 est.)
O Eletricidade - produção pela fonte
Combustíveis fóssil: 100%
Hidro: 0%
Nuclear: 0%
Outros: 0% (2001)
32. O Eletricidade – consumo
67,59 milhões kWh (2008 est.)
O Eletricidade – exportações
0 kWh (2009 est.)
O Eletricidade – importações
0 kWh (2009 est.)
33. O Petróleo – produção
87,500 barris/dia (2010 est.)
O Petróleo – consumo
2,600 barris/dia (2010 est.)
O Petróleo – exportações
86,000 barris/dia (2009 est.)
O Petróleo - reservas provadas
553,8 milhões barris (Janeiro 2011 est.)
34. O Gás natural – produção
0 metros cúbicos (2009 est.)
O Gás natural – consumo
0 metros cúbicos (2009 est.)
O Gás natural – exportações
0 metros cúbicos (2009 est.)
O Gás natural – importações
0 metros cúbicos (2009 est.)
O Gás natural - reservas provadas
200 bilhões metros cúbicos (Janeiro 2006
est.)
35. O Saldo de conta corrente
$2.375 bilhões (2011 est.)
$1.161 bilhões (2007 est.)
O Exportações
$18 milhões (2011 est.)
$9,2 milhões (2009 est.)
Importações
$689 milhões (2011 est.)
$384,9 milhões (2009 est.)
38. DIALETOS
O De acordo com a Constituição do país, o tétum é
"língua nacional" de Timor-Leste, de origem
malaio-polinésia com profunda influência da
língua portuguesa, com a qual partilha o estatuto
de "língua oficial". Existem mais quinze "línguas
nacionais" em Timor-Leste:
ataurense, baiqueno, becais, búnaque, ca
uaimina, fataluco, galóli, habo, idalaca, lo
vaia, macalero, macassai, mambai, quéma
que e tocodede.
39. O À língua indonésia e ao inglês é reconhecido
apenas o estatuto de "línguas de trabalho em
uso na administração pública a par das
línguas oficiais, enquanto tal se mostrar
necessário", segundo reza o artigo 159.º da
Constituição da República Democrática de
Timor-Leste.
O Mercê de fluxos migratórios de população
chinesa, o mandarim, o cantonês
e, principalmente, o hakka são também
falados por pequenas comunidades.
40. O Atualmente, o tétum é a língua com maior
expressão em Timor-Leste, devido à sua
utilização enquanto língua franca. Esta
realidade é fruto do percurso do próprio
país. O tétum é uma língua da família
austronésica, ou malaio-polinésia, que
parece originária da Formosa e talvez
também do sul da China continental.
41. O O primeiro tétum, o tétum-térique, já se havia
estabelecido como língua franca antes da
chegada dos portugueses, aparentemente em
consequência da conquista da parte oriental da
ilha pelo império dos Belos e da necessidade de
um instrumento de comunicação comum para
as trocas comerciais. Com a chegada dos
portugueses à ilha, o tétum apodera-se de
vocábulos portugueses e malaios e integra-os
no seu léxico, tornando-se uma língua crioula e
simplificada – nasce o tétum-praça.
42. O Apesar do tétum-praça possuir variações
regionais e sociais, hoje o seu uso é alargado
porque é compreendido por quase toda a
população timorense. É este tétum-praça que
foi adoptado como "língua oficial" com a
designação de Tétum Oficial.
43. A língua Tétum em
Timor Leste
O A língua tétum é falada pelo povo de Timor
desde tempos remotos. Nos últimos anos ela tem
sido motivo de muito debate no campo
linguístico devido ao fato de ter sido adotada
como língua do povo timorense ou maubere.
Essa língua não sofreu grandes transformações
morfológicas e fonéticas desde a época da
colonização portuguesa, a despeito de sua
pobreza em estruturas gramaticais que, a
despeito de ter sido mencionada pela
antropóloga Margareth Mead como uma das
línguas mais faladas da Austronésia, nunca foi
investigada a fundo.
44. A língua tétum
O Há cerca de 35 dialetos em Timor
Leste, falados por 35 grupos étnicos, cada
um deles com características bem
diferentes uns dos outros. Timor
Leste, além de ser pluricultural, é também
plurilíngue. Durante a colonização
portuguesa, que perdurou por volta de
450 anos, o povo de Timor usava o tétum
como meio de comunicação e comércio
entre vizinhos e até mesmo como meio de
expressão de pensamentos de cultura.
45. O Durante a ocupação indonésia (1975-
1999), a língua tétum continuou
dominando como meio de
comunicação, mesmo sob a repressão da
Indonésia. Hoje, a língua mais falada na
ilha é a língua indonésia ou bahasa
indonésia, que foi introduzida durante o
período da ocupação (25 anos), sendo
falada por cerca de 90% da população.
Mesmo assim, os dialetos locais
continuam sendo utilizados como
instrumento de
comunicação, principalmente por
expressarem experiências vivenciadas pelo
coletivo ou grupos étnicos da ilha.
46. O Além do tétum, que é bastante
flexível, existem também outras famílias
linguísticas como o
mambai, kemak, tokodede, makasai, naue
ti, galoli, bunak e outras.
Atualmente, após a independência que se
deu em 1999, a língua tétum vem sendo
uma das mais cogitadas para introdução
como instrumento de comunicação e
educação do povo de Timor Leste, ao lado
da língua portuguesa como meio de
comunicação burocrática.
47. Língua geral ou vulgar
O Como em todos os casos de colonização
europeia, os colonizadores não se preocuparam
em registrar textos desta língua. Pelo contrário, o
que se tem são alguns alvarás, estimulando o uso
da língua portuguesa em detrimento da língua
geral, apesar de o tétum ser a língua franca
timorense e meio de intercomunicação entre
colonizadores e indígenas. A língua tétum se
tornou mais popular ainda devido à força
centrípeta dos missionários na evangelização da
ilha e, sobretudo, às orações diárias e a celebração
da santa missa, como está acontecendo em Timor
Leste. No momento atual, dos poucos padres que
ainda restam em Timor Leste, uns celebram a
santa missa em português, outros em bahasa
indonésia e outros em tétum.
48. O Mesmo assim, esse procedimento varia de
região para região, devido à influência dos
dialetos falados no local (área fronteiriça com
a Indonésia, Soibada e outras de que no
momento não me lembro exatamente).
Porém, estou certo de que há diferenças. A
conjugação de que estou falando é a do tétum
falado ou tétum praça.
O Nem todos os timorenses falam o tétum como
ele é, mas sim como o ouvem no convívio do
dia-a-dia. Antes da saída de Portugal da ilha
em 1975, apenas 40% falavam o tétum, 50%
falavam os vários dialetos existentes em
Timor Leste e 10% tinham conhecimento da
língua portuguesa.
49. O Durante a dominação da Indonésia na
ilha, a língua portuguesa e o tétum
passaram a ser proibidos em todos os
domínios da vida social. Atualmente, cerca
de 80% falam o tétum, mas um tétum
complementado, quer dizer, um tétum
pobre de vocábulos, que busca o auxílio de
palavras de origem portuguesa ou
indonésia.
50. Textos escritos em tétum
O É muito difícil encontrar textos escritos em tétum
porque durante a época da colonização a única língua
que prevalecia era a portuguesa, enquanto que as
línguas indígenas se sucumbiam. O pouco que
existe, escrito pelos missionários, era de interesse da
história da divulgação da religião cristã. O fato é que
hoje podemos encontrar alguns textos escritos na língua
tétum, graças ao esforço desses missionários que
atuaram no âmbito da evangelização cristã em Timor
bem como ao de poucos timorenses que trabalharam em
busca de uma identidade nacional de sua terra, tentando
escrever sobre o valor de sua língua com o pouco que
sabem. Atualmente, o tétum vem sendo considerado
como uma das primeiras preocupações para o
desenvolvimento da educação de todo o povo timorense.
51. Tipos de tétum
Há três tipos de tétum falados em Timor Leste:
O Tétum praça: É o tétum falado especialmente
na cidades e nas áreas de maior concentração de
pessoas como mercados, bazares, lojas e demais
pontos de encontro. Esse tipo de tétum é
bastante vulgar, com inúmeras improvisações de
palavras portuguesas devido ao pouco
desenvolvimento do próprio tétum. Exemplo:
hau kole maka hau tenki deskansa „como estou
cansado tenho que descansar‟.
52. O Tétum vulgar: É o tétum falado pelos timorenses
no interior da ilha, em regiões em que a língua
portuguesa tem pouca influência. Nessa
variedade, utilizam-se muitas palavras tomadas de
empréstimo dos dialetos.
O Tétum terik: É um tétum fino (puro) e falado
sem influência da língua portuguesa ou de
dialetos. Esse tipo de tétum é falado por uma
minoria do povo timorense, na parte central de
Timor Leste, chamada Soibada e Laklubar, além
da região fronteiriça com a Indonésia, chamada
Atambua. Esse tétum é mais bem estruturado e
rico em vocábulos próprios. Exemplo: lakauk
„saber‟, hamerak „turvar‟. No tétum praça, usa-se
para esses conceitos “hatene” (ou “conhecimento”)
e “halo merak”, respectivamente.
53. POLÍTICA
O A estrutura política e administrativa
tradicional de Timor-Leste baseia-se num
conjunto hierarquizado de reinos que têm por
base a família. Um pequeno grupo de famílias
compõe uma povoação, na sua maioria
dispersas pelo território, vulgarmente
conhecidas por cnuas. O chefe de povoação
constitui a escala mais baixa da nobreza
timorense.
54. O Ao conjunto de várias cnuas chama-
se suco, administrado pelo chefe de
suco, e, ainda que alguns possam ser
independentes, a sua maioria agrupa-se em
reinos ou regulados, regidos por liurais, os reis
ou régulos.
O Antigamente, os reinos pertenciam a dois
impérios, o dos Belos, que dominavam a
metade oriental da ilha, e o
dos Baiquenos, império da metade ocidental
de Timor.
55. O Os recentes conflitos sobre a soberania da ilha
de Timor têm raízes ancestrais. A sucessão do
poder administrativo e político timorense
possui um carácter hereditário, no entanto, não
obrigatoriamente direto, pois a sucessão pode
recair sobre um segundo filho ou mesmo
sobrinho. O conceito de sucessão e
de vassalagem é, assim, semelhante ao da
estrutura europeia ocidental
feudal, compreendendo-se, desta forma, a fácil
assimilação da organização administrativa e
social portuguesa depois do século XVI.
56. Governo
Tipo: república.
O Sistema legal: o sistema legal esboçado pelas
Nações Unidas, baseado no direito
indonésio, continua em vigor, mas será
substituído pelos códigos penal e civil baseados
no direito português; eles foram aprovados, mas
não promulgados; não aceitou jurisdição
compulsória da ICJ.
O Feriado nacional: Dia da Independência (28 de
novembro de 1975).
O Constituição: 22 de março de 2002 (com base no
modelo português).
57. EDUCAÇÃO
Quatro Períodos Distintivos:
O Fase Colonial Portuguesa ate 1975 –
Introdução de língua Portuguesa e
currículo ocidental, educação elite – não educação
publica de massa
O Ocupação Indonésia (1975-1999) - em
1975, 90% da população analfabeto.
O Indonésia investiu substancialmente na
educação publica. Mesmo assim em 1999 Timor
ainda estava muito atrás de outras províncias da
Indonésia em termos de nível da matricula de
estudantes e de requisitos nacionais de educação
básica obrigatória de 9 anos para crianças de
idade 7 a 15 anos.
58. O Período da UNTAET (United Nations
Transitional Administration for East-
Timor) 1999-2002- sistema educação
totalmente destruída. 90% das escolas não
funcionavam. 80% dos professores (não-
timorenses) de todos os níveis deixaram o
território. Só em 2001 a maioria das escolas
voltaram a normalidade com professores
voluntários.
59. O Entretanto o nível da educação em Timor Leste é
muito baixo em termos de padrões regionais e
internacionais.
O Algumas estatísticas:
– 25-30% das crianças de idade escolar não tem
acesso a escolas
– 60% população adulta sem educação básica
– 23% frequentou educação primaria
– 18% frequentou educação secundaria
– 1,4% frequentou pós-secundario ou terciário.
O Implicações incluem mais de metade da população
adulta não podem ler ou escrever, em termos de
alfabetismo e numeração.
60. O Sustentabilidade do financiamento da
educação
(cursos técnicos são mais caros que cursos não
técnicos)
O Falta de enquadramento legal: (ate hoje não
temos ainda Lei Básica de Educação Nacional
e outros leis subsequentes)
O Ate hoje temos :
– 800 escolas primárias (104 são privadas)
– 133 escolas pré-secundárias (40 privadas)
– 61 escolas secundárias (24 privadas)
– 10 escolas técnicas profissionais públicas e 4 privadas
– 1 Universidade Pública e 17 Universidades e
Instituições de Ensino Superior Privadas.
61. CARACTERISTICAS DA
EDUCAÇÃO
Ensino Primário de 6 anos e Ensino Pré secundário
como parte de educação básica e ciclo de educação
obrigatória – base acadêmica sólida -
especialização ocupacional
• Diversificação de Ensino Médio (mais programas
orientadas ao trabalho no nível médio) – mais
atenção e suporte as escolas/institutos
tecnológicos
• Sistema educação flexível com diversas opções de
aprendizagem para as pessoas experimentarem e
desenvolverem suas potencialidades .
62. O Acesso ao ensino mais alto (direta ou através
de articulação)
O Pré-introdução e intensificar o ensino
Politécnico de 1 a 2 anos para formação de
„Para-Profissionais’
O Padrões de ensino técnico Profissional a serem
baseados em internacional benchmark
O Introdução do programa Bacharelato – 3 anos
O Licenciatura – 1 ano
63. O Ensino Terciário com ênfase em ciências e
engenharia (programas de bolsas de estudos)
O Ensino Terciário – orientada ao desenvolvimento
de críticas, criatividade, aplicação do
conhecimento no dia a dia, capaz de processar
informações, tomar decisões, gerir conflito e
trabalhar em equipes.
64. O Programas de certificado de nível 1 a 4 com
currículos rigorosas para formação Professional
a serem implementadas por instituições
acreditadas – com articulação a Politécnica
O Programas de Ensino Não-Formal com ênfase
na alfabetização e numeração
O As pessoas que já trabalham podem chegar e
concluir estudos universitários (nível mais alto)
através de equivalências de certificação e
articulação das instituições acreditadas.
65. O A competitividade das empresas, em particular
as empresas pequenas e medias, depende
ultimamente na capacidade do sector da
educação e formação em responder as
necessidades nos termos das habilidade e
competências necessárias.
O Numa sociedade caracterizada pela
globalização de mercado como Timor Leste e
internacionalização de culturas e valores, a
melhor via para competir é beneficiar o
máximo possível das oportunidades do
crescimento global e tomar grande consciência
da importância do desenvolvimento do capital
humano.
66. O Neste contexto um sistema de educação e
formação (quer formal e não formal) de
qualidade bem definida no seu todo, virado as
exigências do trabalho em todos os níveis, e
flexível com possibilidades de articulação ao
nível mais alto seria a política que melhor
garante as necessidades e qualidades do
mercado de trabalho de hoje que, ao mesmo
tempo, traz expectativas a um futuro melhor
dum pais em transição como Timor Leste.
67. Meio ambiente
O Porcentagem de área terrestre coberta por
florestas: 53,7% (2005).
O Emissão de dióxido de carbono (em milhares
de toneladas métricas de CO2): 175 (2004).
O Proporção total da população que utiliza água
tratada: 62% (2006).
O Proporção total da população que utiliza
serviços de saneamento: 41% (2006).
68. Clima
O Timor possui um clima de características
equatoriais, com duas estações anuais
determinadas pelo regime de monções.
A fraca amplitude térmica anual é comum a
todo o território e só o regime pluviométrico
tem alguma variabilidade regional. Podem
considerar se três zonas climáticas: a situada
mais a norte é a menos chuvosa (menos de
1500 mm anuais) e a mais acidentada, com um
a estação seca que dura cerca de cinco meses.
69. O A montanhosa zona central regista muita
precipitação e um período seco de quatro
meses. Por fim, a zona menos acidentada do
Sul, com planícies de grande extensão
expostas aos ventos australianos, é bastante
mais chuvosa do que o Norte da ilha e tem
um período seco de apenas três meses.
70. O O clima é quente e úmido, com a temperatura
média a oscilar entre os 19ºC e os 30ºC. A
estação seca é entre Maio e Setembro e a época
das chuvas ocorre habitualmente entre os
meses de Outubro e Abril. Timor-Leste
pertence ao fuso horário GMT + 8 (Verão) ou
+ 9 (Inverno).
71. Cultura
O O líder da resistência timorense, José Alexandre
Gusmão, mais conhecido como Xanana Gusmão, é também
o maior nome da poesia do país. Em 1973, antes mesmo da
Revolução dos Cravos, Xanana Gusmão já se destacava na
literatura, chegando a receber o Prémio Revelação da Poesia
Ultramarina. Contudo, foi a Guerra Civil
Timorense, iniciada em 1975, que despertou em Gusmão a
necessidade de expressar-se através da escrita. Entre 1977 e
1979, ele publicou dois livros: “Pátria e Revolução” (cujo
título tornar-se-ia o lema da luta no país), e
“Guerra, Temática Fundamental do Nosso Tempo”, no qual
ensaia todas as características das chamadas Guerras
Populares, descrevendo o papel de um líder carismático na
condução de seu povo.
72.
73.
74. O O livro “Mar Meu”, de 1998, reuniu vários
poemas de Xanana escritos no período de
1994 e 1996. Os seus poemas
conquistaram a crítica literária em língua
portuguesa, sendo que a obra do
revolucionário foi bastante difundida em
países como Angola, Guiné-
Bissau, Moçambique e Portugal. O poema
“Pátria” tornou-se um verdadeiro hino da
causa timorense.
75.
76.
77. O Xanana Gusmão é também um forte expoente
da pintura timorense, tendo desenvolvido essa
atividade principalmente enquanto esteve
preso. As suas telas retratam essencialmente
as paisagens de Timor, enfocando as suas
tradições, o jeito simples do seu povo, a sua
felicidade. A sua pintura mais conhecida é
“Aldeia Típica de Timor”.
78.
79.
80. O Outros escritores importantes de Timor são: Luís
Cardoso, Fernando Sylvan, Jorge
Lauten, Francisco Borja da Costa, Jorge Barros
Duarte, João Aparício, Ponte Pedrinha -
pseudónimo de Henrique Borges, Fitun Fuik e
Afonso Busa Metan. Poemas, contos e crónicas
de alguns desses autores encontram-se reunidos
no livro “Timor Leste - Este País Quer Ser
Livre”, organizado por Sílvio Sant‟Anna, da
Editora Martin Claret. Um escritor português
que viveu alguns anos em Timor e que produziu
obras de grande qualidade foi Ruy
Cinatti, poeta, antropólogo e botânico.
81. CULINÁRIA E GASTRONOMIA
O A culinária timorense, apesar de beber dos
métodos e sabores asiáticos, conseguiu, tal como
o seu povo, manter, a muito custo, uma
identidade própria, que tem tanto de simples
como de exótico e fascinante. A gastronomia
timorense é muito mais do que uma síntese de
influências estrangeiras mais ou menos impostas;
pelo contrário, os timorenses foram exímios na
arte de selecionar o que de melhor os contributos
culinários estrangeiros poderiam trazer para a sua
culinária.
82. O Aspectos da culinária
portuguesa, chinesa, indiana, africana, todos
eles podem ser encontrados na gastronomia
timorense, mas todos têm um tratamento e
uma utilização muito peculiares. Feita que
ficou uma pequena introdução, resta apenas
dizer que, para compreender a culinária
timorense, não chega ler uma pequena
resenha como esta; é fundamental prová-
la, saboreá-la, através de pratos como o Singa
de Kurita ou de Camarão, o Nasi
Goreng, o"Modo-Fila", a Flor de Papaia com
Balichão, o Tukir de Cabrito, o Sassate, o Vau-
Tan ou ainda o Saboco Peixe... Quanto aos
doces, temos doces "Mano Ten" com
banana, doce de ananás e ainda arroz de
Jagra.
88. Condições de segurança:
O Estáveis. A situação de segurança no país é
calma e estável, não havendo indícios que
apontem para uma alteração significativa a
curto prazo.
O Os cidadãos portugueses que desejem
permanecer em território timorense deverão
abster-se de participar em qualquer atividade
que revista, direta ou indiretamente, natureza
política.
89. O Apesar dos índices de criminalidade serem
baixos, recomenda-se especial prudência com
bens pessoais –
carteiras, computadores, tele
móveis, máquinas fotográficas -, prevenindo-
se contra eventuais delinquentes que atuam
em locais isolados e praias.
Recentemente, verificou-se um aumento de
roubos praticados por esticão.
90. Transportes
Transporte aéreo
O O principal ponto de entrada no país é o
Aeroporto Internacional Nicolau Lobato.
Timor- Leste tem ligação por via áerea com a
Indonésia, através de um voo diário de e para
a Ilha de Bali e para o Norte da Austrália, em
Darwin, e com Singapura, para onde existem
atualmente três voos semanais (Terça-
feira, Quinta e Sábado).
91. Transporte rodoviário
O As infraestruturas rodoviárias são
precárias, pelo que as ligações por estrada
são demoradas.
O A rede viária está em
recuperação, apresentando alguns troços
algo degradados. Aconselha-se o recurso a
viaturas de todo o terreno para deslocações
fora das principais localidades e, sempre que
possível, aconselha-se que as deslocações
sejam feitas em caravana. Também a
ausência de uma boa sinalização afeta as
condições de condução.
92. O As ligações entre os distritos são feitas por
pequenos autocarros, a que se dá o nome de
Angunas, que operam diariamente para
todos os distritos. As condições da estrada
desaconselham, no entanto, este tipo de
transporte.
93. Segurança rodoviária
O A circulação e condução deve ser feita com especial
prudência uma vez que, e tendo em conta que é um
país eminentemente rural e de pastorícia, os animais
circulam livremente nas estradas, e atravessam-nas
dispersa e pontualmente. Existe, também, um elevado
número de veículos de duas rodas, e muita circulação
pedonal, que exigem cuidados redobrados.
O Recomenda-se, sempre que possível, a contratação de
um motorista de nacionalidade timorense, que nas
deslocações aos distritos poderá também servir de
intérprete nos contatos com as populações locais que
não falem português.
94. Transporte marítimo
O Existe um terminal de “ferry-boat” no Porto de
Díli, do qual são asseguradas ligações marítimas
aos distritos de Oe-cusse e Ataúro. As ligações ao
distrito de Oe-cusse são bi-semanais (segundas e
quintas-feiras, com regresso a Díli às terças e
sextas-feiras), durando a viagem cerca de 12
horas. A ligação a Ataúro é efetuada uma vez por
semana (sábados), numa viagem que dura cerca
de 2 horas 30 minutos.
95. TURISMO
O Possui uma beleza natural. Com praias
paradisíacas e grandes florestas tropicais
que abrigam cadeias de montanhas. Onde
favorece as atividades de ecoturismo.
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108. Subdivisões de
Timor Leste
O Timor-Leste está subdividido em
13 distritos administrativos, cada um com
uma capital, e que mantêm, com poucas
diferenças, os limites dos
13 concelhos existentes durante os últimos
anos do Timor Português. O país também
formado por 67 subdistritos, variando o seu
número entre três e sete subdistritos por
distrito. Os subdistritos são divididos em 498
sucos, compostos por uma localidade sede e
subdivisões administrativas, e que variam
entre dois e dezoito sucos por subdistrito.
110. 12 de novembro de 1991
O A luta, de mais de duas décadas, daqueles
que pereceram e de bastantes que
sobreviveram cumpriu os objetivos de
libertar o país do jugo dos militares
assassinos indonésios.
111.
112. O Com as oscilações naturais de um país em
formação, Timor-Leste vai cumprindo o seu
ideal de país livre. Falta imenso para cumprir
o prometido pelos lideres, a sua democracia e
a justiça são muito deficitárias, os cuidados
de saúde ainda não chegam
convenientemente a todos os timorenses.
113.
114. O Existem bastantes casos de carências
alimentares, muito desemprego, escassas
infraestruturas, falta ainda conseguir um
mundo de condições condignas para uma
vasta maioria de timorenses e é nas suas
mãos, na sua contínua luta que reside a
possibilidade de Timor-Leste ser um país
melhor, digno, como digno é o seu povo.
115.
116.
117.
118. O A homenagem, a romaria, contendo muitos
milhares de timorenses, sobrelota o cemitério
de Santa Cruz, em Díli no dia de hoje. Assiste-
se a choros contidos, de familiares e amigos
das centenas de timorenses que em 12 de
Novembro de 1991 foram assassinados
naquele mesmo local pelos militares e policias
da Indonésia, uma amalgama de
sentimentos farão hoje parte das saudades e
mágoas dos sobreviventes ao genocídio
indonésio. Hoje mais que noutros dias, talvez.
Resta o sabor da vitória e de olharem e
viverem num país que é o seu, é Timor-Leste.
121. A LENDA DO TIMOR LESTE
O Timor Leste é um país lindo e cheio de lendas, uma
delas conta-nos sobre a formação do „nascimento‟ de
Timor. A antiga lenda narra que certo dia um
menino viu um crocodilo tentando atravessar um
faixa de água razoavelmente extensa, como se via em
dificuldades o menino decidiu ajuda-lo a atravessar.
O menino carregou então em seus braços o crocodilo
até a outra margem das águas. O crocodilo tornou-se
muito grato e disse ao menino que todas as vezes que
ele estivesse perto do rio ou do mar, que chama-se
pelo crocodilo que este apareceria para ajuda-lo.
Depois de um tempo o menino lembrou-se da
promessa do crocodilo e decidiu ir procura-lo, chegou
a beira mar e gritou pelo crocodilo 3 vezes.
122.
123. O Todos responderam que ele jamais poderia
comer o menino porque um dia o menino foi
bom com ele, os animais diziam que ele deveria
ser eternamente grato ao menino. O crocodilo
então desistiu desta ideia e durante muitos anos
viveram lado a lado, o menino e o crocodilo a
viajar pelo mundo.
124. O Quando o crocodilo apareceu, o menino sentou
em suas costas e durante muitos anos o menino
conheceu muitas terras acompanhado pelo
crocodilo. Embora o crocodilo fosse grato ao
menino, ele sentia uma vontade irresistível de
come-lo. Como isso incomodava muito o
crocodilo, ele decidiu perguntar para outros
animais o que eles achavam sobre isso.
125. O Quando o crocodilo sentiu que já estava muito
velho e que iria morrer, disse ao menino: –
„Em breve eu morrerei e já não mais estarei ao
seu lado. Entretanto sobre mim se formará
uma linda terra para você e todos os seus
descendentes.
O Então o crocodilo morreu e tornou-se a Ilha de
Timor que tem um formato muito parecido
com um crocodilo. O rapaz teve muitos filhos e
daí nasceu a nação Timorense, um povo
bom, amigo simpático e com senso de justiça;
e que chamam o crocodilo de avô.
126.
127. O Há um ritual engraçado quando o povo
timorense cruza o mar ou um rio, eles gritam:
– Crocodilo, não me coma! Eu sou seu neto!!
Segundo a lenda nem um crocodilo nem nada
de mal lhes acontecerá porque estão debaixo
da proteção do avô crocodilo.
O Por tudo isso vocês podem ver que Timor é
um lindo lugar para se visitar!
128. O Os lenços do pescoço ou as faixas de tais
timorenses são célebres e tão representativos
do país como o keffieh dos palestinianos. No
tempo da guerra de libertação, os resistentes
usavam muitas vezes os lenços de tais como
um símbolo. Tal como acontece com as
tapeçarias europeias da época clássica, cada
região de Timor tem o seu estilo e os peritos
identificam-nos facilmente.
129.
130. ESPORTE
O Quanto ao esporte, a paixão timorense é o
futebol, terreno no qual existe grande
admiração pelos feitos e jogadores
brasileiros.
131.
132. MÚSICA E DANÇA
O O Timorense é dotado de um sentido de sociabilidade
muito profundo. Gosta de conviver, de ser prestável e
amigo. Como vive em aglomerações dispersas, faz por
nunca perder as ocasiões que encontra para se reunir
com os outros, seja para trabalho, seja para festas.
O As danças tradicionais, que são sempre uma parte das
cerimónias, são expressão de vários
sentimentos, como o agradecimento, a alegria ou a
tristeza. A cada sentimento correspondem diferentes
formas de cânticos. Outras vezes, as danças
assemelham-se aos movimentos dos animais, como
por exemplo o tebe samea (dança da cobra) que tem a
sua origem no Suai.
133.
134. Olo-boi
O Expressão de tristeza, quando uma pessoa
morre, a comunidade dedica esta dança às
almas do Matebian, a montanha sagrada
considerada mansão dos mortos, ou à
alma da pessoa falecida.
135.
136. O Sama hare
É uma forma de cantar e dançar
que, literalmente, quer dizer pisar arroz, ou
seja, debulhá-lo, pisando-o com os
pés, dançando e cantando a um ritmo
determinado, por vezes, ao longo de toda a
noite. Esta dança chama-se sama hare porque
costumava ser realizada na altura das colheitas.
É então uma dança de trabalho, executada em
círculo, ao ritmo dos pés que vão pisando e
separando o grão das espigas de arroz.
Juntando
o útil ao agradável, o Timorense vai sentido o
trabalho mais leve e não poucas vezes
agradável.
137.
138. O Suru boek
O Dança com origem em Manatuto, inicialmente, era só
um cântico dos pescadores que todas as noites se
faziam ao mar para recolher peixe para fazer
o balsaun, uma comida característica do distrito. É, a
par com o tebe, uma das danças mais populares. Imita
os gestos dos pescadores de camarão, quando estes
mergulham as redes na água. A cada arcada inicial do
violino, os homens elaboram passos e param frente a
uma fila de senhoras, solicitando-as e volteando a
compasso marcado pelos pés. Podem ser também as
mulheres a solicitar os homens, com um lenço branco
entre as mãos que se apertam, obedecendo a praxes
estabelecidas.
139.
140. O Liku
Dança de roda, lenta, a compasso de
cânticos, que se alternam entre os homens
e as mulheres. Acompanhado por gongos, todos
se encontram voltados para o centro e
abraçados, lado a lado, pelas costas. Dando
passo em frente, passo atrás, aceleram o ritmo
saltando de vez em quando.
141.
142. O Tebe
O Um grupo de pessoas canta e dança em círculo de mãos
dadas, batendo o ritmo com os pés no chão. Talvez seja o
estilo musical e a dança mais popular entre os timorenses.
Os seus temas vão desde as piadas até ao trabalho, da
sexualidade, à crítica às autoridades. Habitualmente é uma
canção cantada à noite, à roda de uma fogueira nas
montanhas, ou simplesmente ao luar nas regiões mais
quentes.
Também conhecido por tebedai ou tebe-tebe, hoje é
dançado nas cerimónias religiosas ou quando se recebem
hóspedes ou estrangeiros. É dançado ao ritmo
do babadok (pequeno tambor de forma afunilada, com cerca
de 30 a 40 cm), e o dadir (disco metálico, ou gongo, em
forma de prato, com um diâmetro não inferior a 20 cm e não
superior
a 40 cm).
143.
144. Makikit
O Ou a dança da águia. É animada por
gongos, dadir, tambores e flauta de
bambu, tocados a um ritmo poderosamente
rápido. Originalmente, ilustrava a águia em
voo de reconhecimento, mas quando após
quinze anos de
tentativas, conseguiu, finalmente, ser recriada
fielmente no exílio por José Pires, Francisco
Tilman e Albina da Costa, esta dança, adquiriu
um significado de poder e liberdade
profundos.
145.
146. Bidu
O É uma dança em linha. As mulheres tocam
um tambor pequeno, o babadok, preso
por baixo dos seus braços. Enquanto os
homens dançam o Lore.
147.
148. O Lore
O É uma dança que envolve um complicado
movimento de pés, executado pelos
homens que oscilam, acima das suas
cabeças, as espadas, a um ritmo muito
particular.
O Outras danças de Timor são o tari
lenso, dança que utiliza o lenço de
mulher, o danca dahur e o tari manu-
abe, de Maliana.
149.
150. Conclusão
O Timor Leste, com a assistência da ONU e em
cooperação com os parceiros de
desenvolvimento de países amigos, tem vindo a
dinamizar um esforço generalizado de
desenvolvimento com o objetivo geral de
melhorar as condições de vida da população e
de estabilizar e amadurecer o próprio processo
de reestruturação do seu sistema político. O
turismo encontra-se entre os sete sectores
considerados estratégicos e prioritários para o
crescimento económico do país.
151. O Este trabalho mostra que já existe alguma procura
turística efetiva em Timor Leste mas
evidencia, sobretudo, que o país tem muitos recursos e
locais com potencial turístico que deverá desenvolver de
uma forma sustentada. A beleza natural do território, a
predominância de um clima tropical, muito
sol, praias, biodiversidade marítima, paisagens de
montanhas e consequente diferenciação atmosférica são os
recursos principais nos quais o desenvolvimento do
turismo poderá assentar. Ainda relativamente aos recursos
naturais, a planta de Sândalo, como uma das plantas mais
valiosas e únicas do país e do mundo, integrada numa
política que permita a sua proteção e exploração
controlada, poderá permitir o desenvolvimento de um
Parque Nacional de Sândalo, constituindo um dos
produtos e atrativos turísticos potenciais no âmbito de
ecoturismo.
152. O O ambiente natural ainda se encontra
inexplorado com níveis de poluição quase
inexistentes. A imensa fauna natural terrestre
(principalmente, crocodilos, veados, javalis, cav
alos e aves) pode também potenciar o
desenvolvimento turístico desde que
devidamente protegida em reservas ou parques
naturais. O país tem ainda todo um ambiente
subaquático em estado selvagem que poderá
constituir um importante atrativo turístico.
153. O Neste contexto, o turismo rural e o ecoturismo
apresentam-se como tipologias de turismo
com particular interesse, na medida em que
permitem promover a vida social, económica e
cultural dos habitantes locais, preservando a
sustentabilidade ambiental. Estas formas de
turismo poderão tirar partido das condições
naturais do território mas também do seu rico
e variado património cultural, incluindo a
atitude acolhedora das comunidades locais.
154. O Paralelamente, Timor tem todo um
património cultural e histórico muito ligado
ao seu passado de guerra e de luta pela
independência que pode motivar antigos
militares portugueses, indonésios e
australianos, bem como ex-funcionários das
Nações Unidas, a revisitar o país, agora que
este se encontra num contexto de paz que se
espera que permaneça no futuro. Todos estes
estrangeiros que já permaneceram em Timor
Leste, bem como os seus familiares, são
turistas potenciais, podendo atuar como rede
de contato e como alvo da promoção do
mercado turístico.
155. O Timor Leste tem no petróleo uma fonte muito
relevante de riqueza econômica. Seria
importante que parte dessa riqueza fosse
canalizada para colmatar as muitas
insuficiências ao nível da oferta turística. É
fundamental que sejam feitos alguns
investimentos na melhoria das infraestruturas
gerais conexas ao turismo
(estradas, água, eletricidade, saneamento, serviç
os de saúde, segurança, sinal ética) e nas
infraestruturas específicas do turismo (serviços
de alojamento e de restauração).
156. O É igualmente importante uma melhoria da
formação técnica de pessoal, dos níveis de
informação turística e promoção de Timor
enquanto destino, especialmente junto destas
pessoas que já permaneceram no país, numa
missão da guerra ou na manutenção a paz, ou
que têm relações com este país por serem
descendentes dos que, no passado, neste
território tiveram que prestar algum tipo de
serviço.