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Classificação geotécnica de solos
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3˚ Ano, I Semestre - Geologia e Minas
Docente: Maibeque Francisco
Beira, Abril, 2023
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Mecânica dos Solos
Tema: Sistema de Classificação Geotécnica
Discentes:
Zil Hajj Assane Momade
Lino Ernesto Pita
Beira, Abril, 2023
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Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 6
Por que classificar? ......................................................................................................................... 8
Modos de classificar o solo............................................................................................................. 8
Importância das classificações geotécnicas .................................................................................... 9
Formas de classificação dos solos................................................................................................. 10
Principais sistemas de classificação dos solos.............................................................................. 11
Textura e estrutura dos solos......................................................................................................... 13
Métodos de monitoramento das cores do solo.............................................................................. 14
Conclusão...................................................................................................................................... 17
Referencias bibliograficas............................................................................................................. 18
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INTRODUÇÃO
A classificação geotécnica é bastante utilizada para estudos e determinação de solos empregados
em obras viárias. classificar um solo é determinar previamente suas propriedades e então
alavancar um ou mais atributos como base para a finalidade proposta. Sendo o solo o objeto de
estudo para diferentes especialidades, desde aquelas ligadas a mecanismos da alimentação
vegetal e nas construções, existem inúmeras formas de classificá-lo. Este trabalho se refere a
ensaios de laboratório a serem executados com amostras deformadas.
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Objetivo Geral: classificar um solo sob o ponto de vista de engenharia e estimar seu provável
comportamento assim como orientar o programa de investigação necessário.
Objetivo especifico: Classificação geotécnica do solo.
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Por que classificar?
1. O propósito da classificação é organizar o nosso conhecimento de forma que as
propriedades dos objetos possam ser lembradas e suas relações entendidas visando um
determinado objectivo.
2. O processo envolve a formação de classes por meio de agrupamento dos objetos com
base nas suas propriedades comuns.
3. Em qualquer sistema de classificação os grupos são formados tomando-se os aspectos dos
quais se tem o maior numero, as mais precisas e mais importantes informações.
Modos de classificar o solo
Natural: Agrupa os solos por meio de alguma propriedade intrínseca, comportamento ou
génese do solo, sem fazer referencias ao uso
Técnico: A grupa os solos com base em algumas propriedades ou função que se relaciona
diretamente ao uso do solo.
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Importância das Classificações Geotécnicas
Os solos têm sido utilizados como material de construção de rodovias constituindo algumas de
suas camadas (base, sub base e reforço do subleito), além de constituírem aterros, barragens e
estruturas de contenção. No entanto, para que isto seja possível, é essencial que o engenheiro
conheça as propriedades geotécnicas dos solos envolvidos na construção de obras de terra e
pavimentação.
Na elaboração de um projeto geotecnico, é necessário que o projetista recorra a uma série de
ensaios que possam caracterizar os solos, de forma que identifique suas características de
comportamento geotécnico. Porém, dependendo da quantidade e da complexidade dos ensaios a
serem realizados, a obra pode vir a se tornar excessivamente Custosa .
Desta forma, uma maneira de resolver o problema, seria recorrer a uma classificação, que possa
ser realizada através de ensaios menos complexos que forneçam os parâmetros necessários à
previsão do comportamento do solo que irá compor o futuro trabalho.
Segundo Sória (1985), para que uma classificação de solos seja apropriada à engenharia, ela
deve agrupar solos de comportamentos semelhantes para que quando se tenha um grande número
de amostras, sejam ensaiadas apenas algumas que representem todos os solos que possuam o
mesmo índice classificatório.
A classificação também deve permitir que, através da classe do solo, o engenheiro possa
correlacionar comportamento do material em questão com o de outros solos já conhecidos
podendo, desta maneira, prever o comportamento do solo na obra.
Em resumo, pode se dizer que as classificações geotécnicas são muito importantes, pois agrupam
solos de comportamento similar, permitem prever ou estimar o comportamento dos solos, e
facilitam a comunicação entre engenheiros e técnicos.
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FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Pela origem os solos podem ser classificados por: Solos residuais, solos sedimentares e solos
orgânicos.
Solos residuais - são os solos que permanecem no local de decomposição da rocha que lhes deu
origem. Para a sua ocorrência é necessário que a velocidade de decomposição da rocha. A rocha
que mantém as características originais, ou seja, a rocha sã é a que ocorre m profundidade.
Quanto mais próximo da superfície do terreno, maior é o efeito do intemperismo. Sobre a rocha
sã encontra-se a rocha alterada, em geral muito fraturada e permitindo grande fluxo de água
através de descontinuidades.
Solos Sedimentares
Os solos sedimentares ou transportados são aqueles que foram levados de seu local de origem
por algum agente de transporte e lá depositados. As características dos solos sedimentares
dependem do agente de transporte.
Os agentes de transporte são: Vento (solos eólicos), Água (solos aluvionares), Água dos
Oceanos e mares (Solos Marinhos), Água dos Rios (Solos Fluviais), Água das chuvas (Solos
Pluviais).
Solos Orgânicos
São solos de origem essencialmente orgânica, seja de natureza vegetal (plantas e raízes), seja de
animal (conchas). Possuem uma quantidade mínima de 10% de húmus (material resultante da
decomposição dos restos de animais e vegetais), Possuem cor escura e cheiro forte. Podemos
citar como exemplo as TURFAS, que são solos que incorporam florestas soterradas em estado
avançado de decomposição.
Tambem pode ser feita a classificacao por características peculiares como a presença de
Materia organica em funcao da estrutura do solo, e pelo comportamento das partículas
constituintes do solo que gera um sistema de classificação dos solos baseados em propriedades-
índices, granulometria e plasticidade. Este sistema é o mais empregado na engenharia.
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Principais Sistemas de Classificação dos Solos
Sistema Unificado de Classificação dos Solos (SUCS):
Método resultante de um trabalho conjunto desenvolvido por órgãos de engenharia americanos
(“Bureau of Reclamation” e “Corps of Engineers”), O SUCS baseia-se na identificação dos solos
de acordo com as suas qualidades de textura e plasticidade, agrupando-os de acordo com seu
comportamento quando usados em estradas, aeroportos, aterros e fundações;
• Sistema de Classificação TRB (“Transportation Research Board”):
Nesse sistema são considerados resultados de ensaios de granulometria e limites de Atterberg,
sendo principalmente utilizado em projetos rodoviários.
Sistema de Classificação MCT (Miniatura Compactada Tropical):
tendo em vista considerar características específicas de solos de regiões tropicais, é baseada em
propriedades obtidas em corpos de prova cilíndricos compactados em equipamento miniatura e
padronizado de acordo com DNER (1996).
Sistema trilinear de classificação textural
Um diagrama trilinear (ou triangular) permite a classificação textural dos solos considerando as
porcentagens das frações areia, silte e argila obtidos dos ensaios granulométricos.
Empregado na classificação de solos em engenharia rodoviária e em Pedologia.
Exs: Diagrama trilinear textural do Bureau of Public Roads - EUA
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TEXTURA E ESTRUTURA DOS SOLOS
A textura de um solo é o tamanho relativo e a distribuição das partículas sólidas que o formam.
O estudo da textura dos solos é realizado por intermédio o ensaio de granulometria. Pela sua
textura os solos podem ser classificados em solos grossos e solos finos.
Solos Grossos- Solos com Φ ≥ 0,007 mm e suas partículas tem forma arredondada poliédrica e
angulosa. Os solos grossos são os PEDREGULHOS e as AREIAS.
Solos Finos- Solos com Φ ≥ 0,007 mm.
Os solos finos são os SILTES e as ARGILAS
Identificação dos solos em campo
Usas-se os métodos manuais para identificação das classes do SUCS (norma ASTM - D-2488-
84)
Solos grossos:
1- Exame da granulometria
2- Inspeção visual do solo destorroado (auxílio de lupa).
3- Descrições: angularidade, forma, condição de umidade, reação ao ácido clorídrico,
consistência, cimentação, estrutura, intervalo de tamanho de partícula, tamanho máximo de
partícula, tamanho da areia, tamanho e dureza do cascalho. Estima-se a perecntagem % de
pedregulhos e de matacões a para fração menor que 3” → % cascalho, areia e finos.
Mais + que 50% de partículas visíveis a olho nu → solo de granulação grossa
Menos - que 50% de partículas visíveis a olho nu → solo de granulação fina
Mais + que 50% de partículas retidas #4 → pedregulho
Mais + que 50% de partículas passante #4 → areia
Solos finos
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Exame de resistência a seco:
Baixa resistência a seco → solos siltosos (MH e ML) e orgânicos;
Média resistência a seco → argilas cauliníticas e orgânicas
Alta resistência a seco → solos argilosos
Cor → para identificao da cor usamos Münsell Color Chart, que é um sistema de ordenamento
de cores perceptualmente uniforme que possibilita um arranjo tridimensional das cores num
espaco cilindrico de 3 eixos que permite especificar uma decterminada cor atraves de tres
dimensoes
Cores escuras - presença de matéria orgânica.
Cores cinzentas e manchadas- má drenagem
Cores amareladas e avermelhadas - solos lateríticos
Vejamos:
Métodos de monitoramento das cores do solo
A cor de um dado horizonte ou camada do solo pode ser relativamente uniforme ou, apresentar
padrões mosqueados ou variegados de diferentes cores, sendo então necessário observar a cor da
massa dominante e a(s) cor(es) da(s) mancha(s) presentes.
Para fins de padronização as anotações de cores em trabalhos científicos são feitas segundo a
notação disponível no sistema da carta de cores de Munsell.
No sistema Munsell de classificação de cores a avaliação das cores do solo consiste em
especificar :o matiz (nome da cor); o valor (tonalidade) e o croma (intensidade da cor).
Interpretando as cores do solo cores amareladas e avermelhadas
As predominantes nos solos da Amazônia são cores amareladas e avermelhadas, esta cores são
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devido ao alto poder pigmentante dos óxidos de ferro, onde as cores vermelhas dependem
principalmente do conteúdo de sesquióxidos e óxidos de ferro não-hidratados (hematita),
enquanto as cores amarelas ou bruno-amareladas dependem do teor de óxidos hidratados do
mineral (goethita).
Os locais com solos mais avermelhados, numa mesma região onde predominam solos mais
amarelados, indica ambientes mais bem drenados ou com a presença de maiores teores de
minerais de ferro (principalmente hematita).
Perfil de um Cambissolo Háplico mostrando drenagem deficiente no perfil do solo indicada pela
presença em profundidade cores com menores cromas e de mosqueados de cores (manchas)
Solos acinzentados (gleisados)
Os solos com cores acinzentadas indicam ambientes hidromórficos (áreas encharcadas). Estes
ambientes são típicos próximos aos cursos de água (várzeas e igapós) ou áreas com seria
deficiência de drenagem (encharcados por longo período do ano). A presença de solos
acinzentados, num ambientes seco, pode indicar
um intenso processo de remoção do ferro no passado, estas áreas geralmente apresentam severas
deficiências minerais e de estabilidade da estrutura do solo. Solos com elevada percentual de
areia (solos arenosos) quando na ausência de matéria orgânica tendem a apresentam cores
esbranquiçadas. Estes solos normalmente apresentam reduzida capacidade de armazenamento de
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água e retenção de nutrientes.
As cores escuras do solo
As cores tendendo ao marrom e mesmo preto no solo indica, na grande maioria das vezes, a
presença de matéria orgânica no solo. Os solos normalmente apresentam um gradiente de tons
mais escuros na superfície para subsuperfície, isto é devido a maior aporte e presença de matéria
orgânica na superfície do solo. O aumento dos teores de matéria orgânica tende a escurecer o
solo, reduzindo os valores de matrizes e elevando os valores do croma.
O monitoramento da cor na superfície do solo permite visualizar áreas que apresentam
recuperação dos teores de matéria orgânica. A adição de matéria orgânica no solo normalmente
se dá através da adição de resíduos vegetais e decomposição da serrapilheira e raízes nas áreas
reflorestadas.
Solos Manchados (mosqueados)
A presença de manchas (mosqueados) com características avermelhadas e amareladas em
superfície, é indicativo da presença de má drenagem durante pelo menos uma época do ano, seja
devido a deficiência de infiltração; ascensão do lençol freático ou que este local está
periodicamente inundados por transbordo dos cursos de água. Os mosqueados na superfície
podem ser ainda, indicar áreas alteradas devido a remoção da camada superficial do solo,
expondo horizonte normalmente enterrados na superfície.
Estes horizontes mosqueados em ambiente natural pode ainda indicar o nível máximo de
ascensão do lençol freático durante uma época do ano. As bordas das manchas claramente
definidas indica ainda uma baixa pedoturbação que com o aumento da intensidade acaba por
homogeneizar estas manchas levando a um predomínio de bordas difusas.
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Detalhe de um agregados com a presença de mosqueados. Observar a grande nitidez e contraste
abruptos entre as cores com a intensificação de processos biológicos no solo, estes contraste se
reduzem num processo de homogenização.
Conclusão
O sistema de Classificacao geotencnica é baseados nas características físicas, estruturais e
genéticas dos solos. Com isso é este sistema recorre a uma série de ensaios que possam
caracterizar os solos, de forma que identifique suas características de comportamento geotécnico.
Em resumo, pode se dizer que as classificações geotécnicas são muito importantes, pois agrupam
solos de comportamento similar, permitem prever ou estimar o comportamento dos solos, e
facilitam a comunicação entre engenheiros e técnicos.
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Referências bibliográficas
Barquero, A. (2012). Metodología de análisis de estabilidad de taludes para proyectos viales. XI
congreso Nacional de Geotécnia CONGEO 2012., San José, Costa Rica.
Barton, N., Lien, R. & Lunde, J. (1974). Engineering classification of rock masses for the design
of tunnel support. Rock Mech. Felsmechanik Mec. des Roches, 6: 189–236.
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/195720/1/A-Cor-Do-Solo-Interpretando-
as-Cores-Do.pdf
https://www.scielo.br/j/rarv/a/mmDBk5PZ5GCv5BDTNs7nwtR/?format=pdf&lang=pt