Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
subsídios EBD
1. Subsídio Semanal
Subsídios Bíblicos para a
Escola Dominical
Edição 15 – 1° Trimestre de 2019
Licenciado para Cledisney Alves De Andrade - 72624361472 - Protegido por Eduzz.com
2. SUBSÍDIOS EBD – AUXÍLIO PARA PROFESSORES E ALUNOS DA ESCOLA DOMINICAL www.subsidiosebd.com
1
Edição: 15
Ano: 2019
Formato: Digital - PDF
Periocidade: Trimestral
Trimestre: 1° de 2019
Comentarista: EV. Jair Alves
E-mail: projetosbiblicos@live.com
Publicação: Site Subsídios EBD: www.subsidiosebd.com
É proibido disponibilizar esta obra para downloads em sites, blogs, Redes
Sociais e Grupos do WhatsApp.
Ao comprar um livro, você remunera e reconhece o trabalho do autor e o
de muitos outros profissionais envolvidos na produção do livro.
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3. SUBSÍDIOS EBD – AUXÍLIO PARA PROFESSORES E ALUNOS DA ESCOLA DOMINICAL www.subsidiosebd.com
2Apresentação
A fim de disponibilizar uma fonte de estudos e pesquisas para
alunos e professores de Escolas Bíblicas, o Blog “Subsídios
EBD” criou o “E-book: Subsídios EBD”.
O “E-book: Subsídios EBD” é uma fonte auxiliadora trimestral
dos professores e alunos de Escolas Bíblicas.
Esta ferramenta trata-se de uma grande fonte de pesquisas e estudos
para quem deseja aumentar os seus conhecimentos relacionados à área
da Escola Bíblica e outras relativas ao conhecimento teológico.
Nossos leitores têm subsídios para cada lição de adultos e vários artigos
teológicos.
Nossa proposta editorial: Fonte de Estudos e Pesquisas do Professor
e do Aluno de Escola bíblica Dominical.
Esta é uma ferramenta indispensável para professores e alunos de
Escolas Bíblicas.
Além deste e-book, nossos leitores contam com publicações de estudos
e outros subsídios para alunos e professores da Escola Dominical em
nosso blog OFICIAL: sub-ebd.blogspot.com.br
EV. Jair Alves
O idealizador – Setembro de 2015 - 2019
Nisto cremos:
Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para
ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.
Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente
instruído para toda a boa obra (2 Tm 3.16,17).
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3Subsídios para cada Lição Bíblica – 1° trimestre de 2019
Comentarista dos Subsídios EBD: Ev. Jair Alves
Jair Alves é ministro do evangelho. Ordenado a Evangelista na
Assembleia de Deus - Ministério do Belém -SP.
É professor de Teologia sistemática, bacharel em teologia e Filosofia,
fundador e diretor da Escola Bíblica ECB, pregador do Evangelho de
Cristo e comentarista das Revistas “E-book subsídios EBD”.
Contatos – E-mail: jairalves13@live.com
Informações:
1- Os Subsídios são baseados nos temas das
lições bíblicas de adultos;
2- Esses Subsídios são uma das maiores fontes
de Pesquisas para cada lição a ser estudada
neste trimestre.
3- Não esqueça: Esses subsídios trata-se de
fonte auxiliar, e não substituta, das lições
bíblicas de adultos, CPAD. Use-os como fonte
de pesquisas e consultas no preparo de suas
aulas;
4- Foram usadas algumas das melhores fontes
bibliográficas;
5- Esses Subsídios podem ser usados em:
Escola Bíblica Dominical
Cultos de Ensinos
Simpósios
Estudos Bíblicos
Escolas Teológicas
Indicação - para:
Professores (as) da Escola Dominical
Superintendentes
Alunos da Escola Dominical
Obreiros
Pregadores (as)
Teólogos
Boa leitura
Site Subsídios EBD
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Sumário
Apresentação...................................................................................................................2
Subsídios para cada Lição Bíblica – 1° trimestre de 2019 ....................................3
Lição 1: Batalha Espiritual – A realidade não Pode Ser Subestimada.............................5
Lição 2: A Natureza dos Anjos - A Beleza do Mundo Espiritual ....................................12
Lição 3: A Natureza dos Demônios - Agentes da Maldade no Mundo Espiritual ........25
Lição 4: Possessão Demoníaca e a Autoridade do Nome de Jesus...............................41
Lição 5: Um Inimigo que Precisa Ser Resistido..............................................................50
Lição 6: Quem Domina a sua Mente .............................................................................56
Lição 7: Tentação –A Batalha por nossas Escolhas e Atitudes......................................63
Lição 8: Nossa Luta não é contra Carne e Sangue.........................................................68
Lição 9: Conhecendo a Armadura de Deus ...................................................................72
Lição 10: Poder do Alto contra as Hostes da Maldade .................................................77
Lição 11: Discernimento de Espíritos - Um Dom Imprescindível..................................82
Lição 12: Vivendo em Constante Vigilância...................................................................86
Lição 13: Orando sem Cessar ........................................................................................88
Artigos Bíblicos-Teológicos........................................................................... 92
A Oração Eficaz.................................................................................................................................. 92
O Coração à Luz da Bíblia .................................................................................................................. 96
A Doutrina da Maldição Hereditária ................................................................................................. 99
Os anjos são inferiores a Cristo em Cinco pontos........................................................................... 104
O mapeamento espiritual ............................................................................................................... 106
A Tolerância para com os Fracos na Fé........................................................................................... 108
A Teologia da Educação Cristã ........................................................................................................ 112
A Relação entre Jesus Cristo e o Espírito Santo .............................................................................. 119
O Crente e a Ceia do Senhor ........................................................................................................... 123
Referências ....................................................................................................127
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Lição 1: Batalha Espiritual – A realidade não
Pode Ser Subestimada
INTRODUÇÃO
A presença e a influência do mal na vida da humanidade, desafiando o
equilíbrio da criação, é suficiente para entendermos a sua realidade:
estamos numa batalha espiritual. Estamos num campo de batalha
espiritual contra as forças satânicas e precisamos de estratégia e
adestramento para entrar em combate.
Os desafios das forças invisíveis dos espíritos imundos são imensos
contra a humanidade e principalmente contra a Igreja de Jesus
Cristo.1
I – BATALHA ESPIRITUAL
1. O conceito de Batalha Espiritual
a) A batalha espiritual não é uma batalha natural entre a carne e o
sangue. Não é uma batalha do homem contra o homem. Não é uma
batalha visível. É um conflito invisível no mundo espiritual (Ef 6.12).
Uma vez que estamos lutando contra um adversário que não podemos
ver, devemos confiar no Deus da Bíblia - não na nossa própria
espiritualidade, sagacidade ou nossas estratégias de guerra - para
alcançar a vitória (2 Co 5.7). Devemos manter nossa mente voltada
para as coisas de Deus em vez de especular sobre o próximo
movimento do diabo (Fp 4.8).
A guerra espiritual é “multidimensional”, o qual significa que é travada
em diferentes dimensões. Vejamos.
1. Uma batalha social entre o crente e o mundo: João 15.18-27
2. Uma batalha pessoal entre a carne e o espírito: Gálatas 5.16-26
3. Uma batalha sobrenatural entre o crente e os poderes sobrenaturais
malignos (Efésios 6.10-27).
b) Às vezes batalha espiritual é definida como o confronto invisível
entre as forças der Deus e as forças do diabo, o reino de Deus versus o
reino das trevas. Às vezes essa batalha provoca circunstâncias que
podem ferir pessoas físicas, mental, emocional ou espiritualmente. No
1
Lições Bíblicas do 1° trimestre de 1997 - CPAD
Subsídio 1
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Novo Testamento, as forças das trevas sabiam que Paulo era servo de
Deus e o atacaram (At 19.15; 2 Co 11.23-12.1-9). 2
c) A batalha espiritual consiste na oposição dos cristãos às forças
malignas pela pregação do evangelho, pela oração e pelo poder da
Palavra de Deus. Essa peleja vai continuar até a vinda de Jesus.3
2. Crentes e não Crentes estão envolvidos na Batalha
Espiritual
Toda pessoa viva está comprometida nesta guerra, quer se dê conta ou
não. Não há campo neutro. Os nãos crentes estão sob o jugo do mal e
têm sido levados pelas forças do inimigo. São vítimas da guerra. As
hostes infernais dominam com muita facilidade as pessoas que não
conhecem o evangelho. Nenhuma força humana é capaz de vencê-los.
Jesus disse: “porque sem mim nada podereis fazer” (Jo 15.5).
Os crentes têm sido livrados do inimigo mediante Jesus Cristo e são
vitoriosos, porém estão ainda comprometidos na guerra.
Nós (todos os crentes) combatemos contra as forças espirituais
malignas. “Combater” implica contato pessoal próximo. Ninguém está
isento desta batalha. Ninguém pode vê-a a distância. Você está no
meio do conflito quer você reconheça ou não.
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os
principados e potestades, contra os dominadores deste mundo
tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”
(Efésios 6.12).
3. O Mundo Espiritual é real
De acordo com Efésios 6.10-17, existe um mundo espiritual e invisível
habitado por seres malignos que conspiram contra Deus e contra os
seres humanos. Paulo fala sobre a existência de um mundo espiritual
da maldade sob o domínio do príncipe das trevas (Ef 2.2; 6.10-12).
O ensino apostólico nos exorta a combater essas forças demoníacas
pelo poder que o Senhor Jesus conferiu aos crentes (Mc 16.17, 18; Lc
10.17-19) com oração e uma vida de santidade. Esse conjunto de
fatores é chamado de batalha espiritual. Trata-se de uma realidade
bíblica e manifestada na vida da Igreja ao longo dos séculos.
II – DOIS REINOS
2
OROPEZA, B. J. 99 Perguntas sobre, Anjos, Demônios e Batalha Espiritual. Mundo Cristão, 2000
3
SOARES, Esequias/ SOARES, Daniele. Batalha Espiritual. O povo de Deus e a Guerra Contra as Potestades do
Mal. 1ª edição de 2018 – CPAD
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No princípio de toda a criação divina, tudo era comum e perfeita-
mente harmonioso até que Lúcifer rebelou-se contra o Criador e contra
o seu governo (Is 14.13,14). Em sua rebelião contra Deus todas as
estruturas criadas e estabelecidas foram afetadas, a Bíblia declara que
Deus havia ficado satisfeito com tudo quanto havia criado (Gn 1.31),
mas Lúcifer resolveu interferir na criação corrompendo-a. Por esse ato,
ficou definido quem é quem; o Reino de Deus e o reino de Satanás.
1. Dois reinos
Dois são os reinos que governam os seres humanos.
O Reino do Filho de Deus. Também chamado do Reino do Filho de seu
amor. O segundo é o reino das trevas, o qual é chamado de "potestade
das Trevas" (Cl 1.13; Ef 6.12).
Quem serve a Jesus com fidelidade pode se alegrar no que diz a Bíblia
Sagrada.
Vejamos:
Colossenses 1.13: "O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos
transportou para o reino do Filho do seu amor".
1 João 5.19: "Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no
maligno".
A expressão "Todo Mundo" aqui em 1 João 5.18, se refere à multidão
incrédula; a massa inteira de homens alienados de Deus, e por isso
hostil a causa de Cristo.
Observe que os crentes verdadeiros não estão sob o poder do Diabo (1
Jo 5.18), por outro lado, os que não servem a Deus estão debaixo do
poder do maligno. Isto porque existem dois reinos espirituais, os quais
influenciam o mundo físico.
2. A guerra dos reinos
Quem está no Reino de Deus é um soldado de Cristo (2 Tm 2.4) e
enfrenta constantes guerras contra o reino das trevas (Ef 6.12). Porém,
temos a nossa disposição as armas adequadas para não sermos
vencidos pelo exército do reino das trevas. E Jesus Cristo como o
nosso General (Ef 6. 11-18; Ap 19.11-16).
O Reino de Jesus é eterno e regido com justiça pelo seu ilimitado poder
e sabedoria (Ap 1.18; 5.12; 19.11). Já o reino das trevas é temporário e
limitado. Este reino terminará com o seu rei lançado no lago de fogo
eterno (Ap 20.10). O lago de fogo eterno também é o destino de todos o
que não pertencem ao Reino de Deus (Mt 25.41).
3. Reinos opostos, mas não iguais
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Os dois reinos são opostos, mas não são iguais. É falsa a teoria que
defende a ideia que coloca o diabo como igual a Deus. Essa teoria tem
sido demonstrada ignorantemente por muitos cristãos e pregadores
que passam a impressão de que Satanás é uma ameaça a Deus. São
dois poderes, um maior, outro menor. Deus é onipotente, mas o Diabo
não tem todo o poder. Ele é limitado, por isso não pode ser comparado
com o Senhor.
A soberania de Deus é incomparável. Por isso, nenhum outro poder
pode ser-lhe igualado. Ele está acima de Satanás, e não corre o risco
de perder essa posição, porque se trata de uma posição e estado
eternos. Sua Soberania é única, singular e inigualável. Não se pode
imaginar um dualismo de forças entre o bem e o mal. O bem sempre
vence o mal.
A Bíblia nos faz entender que a oposição de Satanás está sob o
controle total do Criador, e nada faz sem a sua vontade permissiva. Ao
se oporem a Deus, Satanás e seus demônios, inevitável cumprem
alguns propósitos divinos, incompreensíveis à limitada inteligência
humana.
4. Os dois reinos se opõem em batalha
Na primeira batalha cósmica, Lúcifer levou atrás de si uma grande
multidão de anjos. A partir daí, ele formou seu próprio reino
constituído de demônios e homens sem Cristo. Os que servem ao
Reino de Deus se identificam com as coisas desse reino. Entretanto, a
diferença entre os dois reinos se nota em suas manifestações. Os que
estão no reino da luz fazem suas obras distintamente das obras das
trevas. A Bíblia declara que “o Senhor conhece os que são seus" (2 Tm
2.19).
III – LIDANDO COM A BATALHA ESPIRITUAL
Quando uma pessoa nasce de novo, entra no reino do sobrenatural e
espiritual e deve começar sua nova vida com o estudo da Bíblia. Assim,
conhecerá seus ensinamentos e saberá como andar e como lidar com a
batalha espiritual. Se ela não ficar vigilante e não combater os poderes
satânicos será passível de ser derrotada pelos demônios.
Por outro lado, não haverá nada a temer se tiver uma vida cristã
consciente da necessidade de leitura bíblica e oração diárias, e viver no
Espírito de acordo com a luz recebida pela Palavra de Deus (Cl 2.6-8;
G1 5.16-26; Rm 8.1-13; 1 Jo 1.7). Ela deve acordar toda manhã e orar,
crendo com fé que Deus a ajudará durante o dia, meditar sempre nas
Escrituras e recusar tudo o que venha a ser contrário à vontade de
Deus, segundo os ensinamentos bíblicos.
1. Responsabilidade do cristão diante da Batalha Espiritual
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1.1 Tome cuidado para não negligenciar o que trará esclarecimento
sobre a batalha espiritual (SI 1.2-4; 2 Tm 2.15; 3.15-17).
1.2 Não se torne uma presa fácil às críticas dos outros nem aos
cuidados prementes da vida que o mantêm ocupado, impedindo-o de
empenhar-se na batalha e obter êxito (Lc 21.34-36; Ef 6.10-18).
1.3 Não se esqueça de que bastam as armas espirituais para lhe dar
vitória sobre o pecado e Satanás (2 Co 10.4-7; Ef 6.10-18).
1.4 Não negligencie a oração e a leitura da Bíblia (Ef 6.18; 1 Tm 4.12-
16).
1.5 Não se desanime quando parecer que você está perdendo a guerra
(1 Tm 6.12; 2Tm 4.7; 1 Pe 1.7; 4.12; Tg 1.12).
1.6 Fique alerta e resista a Satanás (Tg 4.7; 1 Pe 5.8,9).
1.7 Não deixe de usar a autoridade de Cristo por meio de seu precioso
sangue, de seu nome e do poder do Espírito Santo contra os poderes
demoníacos (At 1.8; Jo 14.12-15; Mc 16.15-20).
1.8 Não deixe de realizar a vontade plena de Deus, de forma racional, à
medida que tomar conhecimento dela. Ande na luz da Palavra de Deus
(1 Jo 1.7).
IV – EXEMPLOS DE BATALHAS
1. No Antigo Testamento
No Antigo Testamento, o relato que trata da deliberação sobre a guerra
contra Ramote-Gileade registrado em 1 Reis 22.10-28, e a passagem
paralela de 2 Crônicas 18.5-27 mostra uma cena dramática do embate
entre o falso profeta Zedequias liderando um grupo de 400 falsos
profetas e o profeta de Deus, Micaías. Era uma batalha espiritual, uma
disputa do reino das trevas contra o reino da luz.
Os três capítulos iniciais do livro Jó revelam outra batalha: o próprio
Satanás ousa desafiar Deus usando o patriarca Jó. Não que o diabo
tenha poder para medir forças com Deus; esse dualismo não existe na
Bíblia entre Deus e Satanás. Mas Deus permitiu a Satanás tirar tudo
de Jó, desde os filhos até os bens materiais e por fim até mesmo a
saúde. Satanás está vivo e ativo no planeta Terra, mas Deus tem
testemunhas fiéis que limitam essa atuação satânica. Jó é um exemplo
clássico dessa realidade.
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102. No Novo Testamento
No Novo Testamento, o exemplo mais conhecido é a tentação de Jesus
no deserto registrada nos evangelhos sinóticos (Mt 4.1-11; Mc 1.12,
13; Lc 4.1-13). Situação dessa natureza aparece com certa frequência
nos evangelhos (Mt 12.22; 17.19, 21).
O apóstolo Pedro teve de enfrentar Simão, o mágico em Samaria (At
8.9-24), e da mesma forma o apóstolo Paulo enfrentou várias vezes
essas hostes malignas (At 13.8-11; 16.16-22; 19.11-19).
3. Níveis de Batalhas
Satanás observa o crente e investe contra ele. Às vezes de maneira
sutil, com pequenas coisas. Por exemplo, leva-o a pensar que não faz
mal ganhar algum dinheiro de forma desonesta se for para comprar
coisas necessárias para casa. Segundo ele, os fins justificam os meios.
Essas ciladas4 podem levar à corrupção do caráter do crente.
a) Ataque pessoal
O diabo ataca de surpresa, onde ele encontra fragilidade e falta de
vigilância. Não pense, irmão ou irmã que você está fora da observação
do inimigo. Lembre que ele rodeia e passeia pela terra e observa as
ações de cada crente (Jó 1.6-10).
b) Ataques coletivos e familiares
Satanás sabe que o homem é um ser social. Sabe que se atingir um
pai, uma mãe ou um filho, toda família sentirá os resultados. Da
mesma forma acontece na igreja. Todos têm o mesmo sentimento.
Atingindo um, todos os demais sofrem (1 Co 12.26).
c) Ataques sociais
Quantas vezes um crente é provocado por um vizinho, ou por alguém
no trânsito, no trabalho, na escola. Use a autoridade espiritual que
possui e repreenda a investida do inimigo no poder do nome de Jesus.
d) Ataques em nível nacional
A satisfação de Satanás é ver uma nação destruída, seu povo na
miséria, no descontentamento, na murmuração. Isso gera
agressividade, vingança, violência (Dn 10.13).
As pessoas são entregues à prostituição, à imoralidade, contraindo
doenças incuráveis. Tudo isso desestabiliza a família e leva a sociedade
ao caos.
e) A batalha espiritual também é travada em nível superior
4
Cilada é sinônimo de emboscada, deslealdade, traição, perfídia, embuste, engano, armadilha, ardil.
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Quando Deus quis revelar coisas futuras ao profeta Daniel, travou-se
uma batalha nas regiões dos lugares celestiais para impedir as
respostas das orações de Daniel (Dn 10.12-14). Paulo diz que nossa
luta se trava em uma instância superior ao mundo humano (Ef 6.12).
CONCLUSÃO
A realidade da batalha espiritual está invisível aos olhos humanos.
Para enxergá-la e enfrentá-la, é necessário que o crente esteja firmado
em Cristo e seja conduzido pelo Espírito Santo. Não podemos esquecer
que Deus é soberano inclusive sobre as atividades malignas, por isso
não há espaço para medo. É importante que sejamos sábios em
perceber a atuação do inimigo, não lhe dando poder demais nem
subestimando sua força.
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Lição 2: A Natureza dos Anjos - A Beleza do
Mundo Espiritual
INTRODUÇÃO
A criação dos anjos só será entendida plenamente depois de
conhecermos os fundamentos da doutrina da criação. Há um processo
ordenado na história da criação que se apresenta em três fases
distintas como se segue: a criação espiritual; a criação material; a
criação da vida sobre a terra.
I – O PROCESSO DA CRIAÇÃO
Deus não precisava criar o universo; Ele escolheu criá-lo. Por quê?
Deus é amor, e o amor é mais bem expressado em direção a algo ou
alguém — assim, Deus criou o mundo e as pessoas como uma
expressão do seu amor, ou seja, Deus criou o universo porque ama
cada um de nós.5
1. A criação das coisas espirituais
Ao responder aos questionamentos do patriarca Jó, o Criador disse-
lhe, de modo enfático e poético que, quando este ainda nem havia
nascido, nem o mundo material havia sido criado, os seus anjos, que
são espíritos criados por Ele, já estavam presentes na criação do
mundo material (Jó 38.1-7). Nesta escritura, Deus procura convencer
a Jó que o Senhor é o Criador da terra e a rege com justiça e que, ao
criar o mundo material, as estrelas da alva alegremente cantavam, e
todos os filhos de Deus rejubilava (Jó 38.7). Na linguagem figurada da
Bíblia, tanto “as estrelas da alva” quanto “os filhos de Deus“ são
figuras dos seres espirituais criados pelo Senhor.
De Colossenses 1.16,17, deduzimos que todos os anjos foram criados
simultaneamente. Igualmente, deduzimos que a criação dos anjos foi
completa naquela ocasião e que nenhum outro anjo foi acrescentado
depois ao seu número.
2. A criação das coisas materiais
A base dessa declaração está na narrativa bíblica dos primeiros
capítulos de Gênesis. Entretanto, a criação material é imensa e
abrange todo o sistema solar e outros sistemas existentes e
descobertos pelo homem.
5
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal - CPAD
Subsídio 2
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A vasta galáxia em que vivemos gira a uma incrível velocidade de
788.410 quilômetros por hora. Porém, mesmo a esta alucinante
velocidade, nossa galáxia ainda necessita de 200 milhões de anos para
concluir uma única rotação. Além disso, existe mais de um bilhão de
outras galáxias como a nossa no universo.
Alguns cientistas afirmam que o número de estrelas na criação é igual
a todos os grãos de areia de todas as praias do mundo. Ainda assim,
este complexo mar de estrelas em movimento funciona com notável
ordem e eficiência. Dizer que o universo “surgiu" ou “evoluiu" requer
mais fé do que acreditar que Deus está por trás dessas estatísticas
surpreendentes. Deus criou um universo maravilhoso.
3. A criação da vida sobre a terra
Na criação da terra, o Criador formou a vida física numa combinação
do imaterial com o material (Gn 1.11,20-22). Nesta ordem da criação,
são incluídos o homem, os animais nas mais variadas espécies, além
da vida vegetal.
Há certa reciprocidade entre anjos e homens como seres espirituais.
Porém, é preciso distinguir ambas as criações, porque os anjos são
apenas seres espirituais e os homens são seres espirituais e materiais.
A vida dos anjos é apenas espiritual. A vida dos homens é espiritual e
física. A vida física foi criada para propagar-se, por isso, os homens
procriam e geram outros homens. A vida dos anjos é única e eterna;
não pode propagar-se, isto é, os anjos não procriam.
II – OS ANJOS
1. Definição
Somente as Escrituras revelam informações confiáveis sobre os anjos.
Eles são mencionados cerca de 108 vezes no Antigo Testamento e 165
vezes no Novo Testamento. A designação anjos - seja mal'ak do
hebraico do Antigo Testamento ou angelos do grego do Novo
Testamento - significa 'mensageiro'.
Esses seres executam o propósito de Deus, a quem servem. Os santos
anjos são os mensageiros daquele que os criou, enquanto que os anjos
caídos são os mensageiros de Satanás - “o deus deste século” - a quem
eles escolheram servir.
Embora Deus não tenha dado ao homem reciprocidade de conversa
com os anjos, eles estão evidentemente cônscios da vida e das
atividades humanas (Hb 1.14), e o fato da existência deles é nada
menos que certa. A Bíblia revela também que os anjos estão sujeitos à
classificação.
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Há anjos notáveis e ministérios que são registrados - Gabriel, Miguel, o
Querubim, o Serafim, os principados e as potestades, anjos eleitos, e
os santos anjos, que sempre devem ser distinguidos dos anjos caídos
de cujo grupo alguns estão livres, e alguns estão presos em cadeias, no
aguardo do iminente juízo.
2. Sua natureza
Os anjos são:
a) Criaturas, isto é, seres criados. Foram feitos do nada pelo poder de
Deus. Não conhecemos a época exata de sua criação, porém sabemos
que antes que aparecesse o homem, já eles existiam havia muito
tempo, e que a rebelião daqueles sob Satanás se havia registrado,
deixando duas classes — os anjos bons e os anjos maus. Sendo eles
criaturas, recusam a adoração (Ap 19.10; 22.8, 9) e ao homem, por
sua parte, é proibido adorá-los. (Gl 2.18)
b) Espíritos
Os anjos são descritos como espíritos, porque, diferentes dos homens,
eles não estão limitados às condições naturais e físicas. Aparecem e
desaparecem à vontade, e movimentam-se com uma rapidez
inconcebível sem usar meios naturais. Apesar de serem puramente
espíritos, têm o poder de assumir a forma de corpos humanos a fim de
tornar visível sua presença aos sentidos do homem. (Gn. 19.1-3.)
c) Imortais, isto é, não estão sujeitos à morte. Em Lucas 20.34-36,
Jesus explica aos saduceus que os santos ressuscitados serão como os
anjos no sentido de que não podem mais morrer.
d) Numerosos
As Escrituras nos ensinam que seu número é muito grande. "Milhares
de milhares o serviam, e milhões de milhões" (Dn 7.10). "Mais de doze
legiões de anjos" (Mt 26.53). "Multidão dos exércitos celestiais" (Lc
2.13). "E aos muitos milhares de anjos" (Hb 12.22). Portanto, seu
Criador e Mestre é descrito como o "Senhor dos exércitos".
e) São assexuados
Os anjos não se reproduzem nem estão sujeitos à morte (Mc 12.25; Lc
20.36). Os anjos sempre são descritos como varões, porém na
realidade são assexuados6; cada anjo é uma criação original. Por esta
causa não propagam a sua espécie; eles não têm sexo, ainda que
citados no sentido masculino, porém neste campo são neutros. (Lc
20.34, 35). As Escrituras, jamais, inferem aos anjos pronomes do
gênero feminino como: "angélica".
6
Não possui vida sexual.
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3. Sua classificação
Visto como "a ordem é a primeira das leis do céu", é de esperar que os
anjos estejam classificados segundo o seu posto e atividade. Tal
classificação é implícita em 1Pe 3.22, onde lemos: "os anjos, as
autoridades, e as potências". (Cl 1.16; Ef 1.20, 21.)
a) Anjo do Senhor
A maneira pela qual o "Anjo do Senhor" é descrito, distingue-o de
qualquer outro anjo. É-lhe atribuído o poder de perdoar ou reter
pecados, conforme diz o Antigo Testamento. O nome de Deus está nele.
(Êx 23.20-23.)
Em Êx 32.34 se diz: "Meu anjo irá adiante de ti"; em Êx 33.14 há esta
variação: "Minha presença (literalmente, 'meu rosto') irá contigo para
te fazer descansar." As duas expressões são combinadas em Is 63.9;
"Em toda a angústia deles foi ele angustiado, e o anjo da sua face os
salvou."
Duas coisas importantes são ditas acerca desse anjo: primeiro, que o
nome de Jeová, isto é, seu caráter revelado, está nele; segundo, que ele
é o rosto de Jeová, ou melhor, o rosto de Jeová pode-se ver nele. Por
isso tem o poder de salvar (Is 63.9); de recusar o perdão (Êx 23.21).
Veja-se também a identificação que Jacó fez do anjo com o próprio
Deus. (Gn 32.30; 48.16.) não se pode evitar a conclusão de que este
Anjo misterioso não é outro senão o Filho de Deus, o Messias, o
Libertador de Israel, e o que seria o Salvador do mundo. Portanto, o
Anjo do Senhor é realmente um ser incriado.
b) Arcanjo
Os arcanjos são anjos chefes, revestidos por Deus de autoridade sobre
outros anjos.
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O arcanjo Miguel
Miguel, cujo nome traduzido do hebraico significa “quem é semelhante
a Deus”, é um arcanjo, também chamado “um dos primeiros príncipes”
(Dn 10.13-21). Miguel está investido da missão especial de proteger o
povo de Israel (Dn 12.1). Quando Israel estava prestes a cumprir a
profecia sobre a sua volta do cativeiro de Babilônia (Dn 9.2), os
príncipes dos demônios queriam a todo custo impedir essa vitória (Dn
10.13). Miguel, então, lutou contra eles, garantindo a volta.
O arcanjo Gabriel
A maneira pela qual Gabriel é mencionado, também indica que ele é de
uma classe muito elevada. Ele está diante da presença de Deus (Lc
1.19) e a ele são confiadas às mensagens de mais elevada importância
com relação ao reino de Deus (Dn 8.16; 9.21).
Gabriel levou a resposta de Deus a Daniel, a qual continha uma
revelação para aquele tempo e também é uma chave para a
compreensão da palavra profética (Dn 8.16; 9.21-27). Gabriel foi o
portador da mensagem a Zacarias sobre o nascimento de João Batista,
o precursor de Jesus (Lc 1.11- 13,19). Foi também ele quem trouxe a
grandiosa mensagem para a virgem Maria, de que ela haveria de dar à
luz o Filho de Deus (Lc 1.26-35).
Outros Arcanjos
Existem outros arcanjos mencionados com destaque, como o anjo a
quem foi dada a chave do abismo (Ap 9.1), o anjo das águas (Ap 16.5),
o anjo que tem poder sobre o fogo (Ap 14.18) e aquele anjo que João
presenciou na sua visão e que tinha grande poder, pois a terra foi
iluminada com a sua glória (Ap 18.1).
c) Anjos eleitos são provavelmente aqueles que permaneceram fiéis a
Deus durante a rebelião de Satanás, (1 Tm 5.21; Mt 25.41).
d) Anjos das nações
Daniel 10.13, 20 parece ensinar que cada nação tem seu anjo protetor,
o qual se interessa pelo bem-estar dela. Era tempo de os judeus
regressarem do cativeiro (Dn 9.1, 2), e Daniel se dedicou a orar e a
jejuar pela sua volta. Depois de três semanas, um anjo apareceu-lhe e
deu como razão da demora o fato de que o príncipe, ou anjo da Pérsia,
havia-se oposto ao retorno dos judeus.
A razão talvez fosse por não desejar perder a influência deles na
Pérsia. O anjo lhe disse que a sua petição para o regresso dos judeus
não tinha apoio a não ser o de Miguel, o príncipe da nação hebraica.
(Dn 10.21.) O príncipe dos gregos também não estava inclinado a
favorecer a volta dos judeus. (Dn 10.20.)
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e) Os querubins
São também anjos de elevada graduação e chamados “querubins da
glória” (Hb 9.5). Os querubins ocupam um posto de grande
responsabilidade na administração divina, junto ao trono de Deus. A
Bíblia diz que Deus está entronizado entre os querubins (Sl 99.1; 80.1;
Is 37.16; 2 Rs 19.15; 2 Sm 6.2).
Entre os querubins, destacam-se os quatro seres viventes (Ap 4.6-9),
considerados como querubins de alta categoria (Ez 10.20), pois sempre
se acham ao redor do trono de Deus e do Cordeiro (Ap 4.6,9). O profeta
Ezequiel também teve uma visão desses querubins, relatada nos
capítulos de 1 a 10 de seu livro.
f) Os serafins são mencionados em Isaías, capítulo 6. Pouco sabemos
acerca deles. A palavra serafins significa literalmente "ardentes". Os
serafins são também anjos de alta graduação. A Bíblia faz menção
deles uma só vez (Is 6.1-6). O seu nome indica a sua alta patente.
Os serafins têm três pares de asas. Com duas cobrem o rosto em
reverência diante de Deus, e com duas cobrem os pés, para que as
suas próprias obras não apareçam, e com duas voam. Eles sempre
clamam uns aos outros: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos
Exércitos”!
g) Os 24 anciãos
Junto ao trono de Deus encontramos um grupo de seres angelicais da
mais elevada função celestial (Ap 4.4-10; 6.5-14; 7.11-13; 11.6; 14.3;
19.4), chamado de “os vinte e quatro anciãos”. Deus os encarregou de
representarem a igreja de Deus de todos os tempos. Dessa maneira, 12
anciãos representam a igreja do Antigo Testamento (as 12 tribos de
Israel), enquanto outros 12 representam a igreja do Novo Testamento
(os 12 apóstolos do Cordeiro). Isso se registra conforme a visão do
apóstolo João na cidade celestial chamada nova Jerusalém, onde os
nomes das 12 tribos de Israel estão gravados nas 12 portas da cidade
(Ap 21.12), e os 12 apóstolos do Cordeiro nos 12 fundamentos dessa
cidade (Ap 21.14).
A Bíblia não revela a sua função, porém informa que eles têm vestidos
brancos, com coroas de ouro sobre as suas cabeças (Ap 4.4), e
permanecem sempre diante do trono de Deus (Ap 4.4), cantando
louvores ao Cordeiro pela salvação que Ele ganhou com o seu sangue
(Ap 5.8-13).
h) Anjos Especialmente Designados
Certos anjos são conhecidos somente pelo serviço que prestam.
Desses, há aqueles que servem como anjos de juízo (Gn 19.13; 2 Sm
24.16; 2 Rs 19.35; Ez 9.1, 5, 7; SI 78.49). Fala-se do “vigilante" (Dn
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4.13, 23); do “anjo do abismo” (Ap 9.11); do anjo que “tinha poder
sobre o fogo” (Ap 14.18); do “anjo das águas” (Ap 16.5); e dos “sete
anjos” (Ap 8.2).
4. Seu caráter
a) Obedientes
Eles cumprem os seus encargos sem questionar ou vacilar. Por isso
oramos: "Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu" (Mt
6.10; Sl 103.20; Judas 6; 1 Pe 3.22).
b) Reverentes
Sua atividade mais elevada é a adoração a Deus. (Ne 9.6; Fl. 2.9-11;
Hb 1.6.)
c) Sábios
"Como um anjo... para discernir o bem do mal", era uma expressão
proverbial em Israel. (2 Sm 14.17.) A inteligência dos anjos excede a
dos homens nesta vida, porém é necessariamente finita. Os anjos não
podem diretamente discernir os nossos pensamentos (1 Reis 8.39) e os
seus conhecimentos dos mistérios da graça são limitados (1 Pe 1.12).
Como diz certo escritor: "Imagina-se que a capacidade intelectual dum
anjo tenha uma compreensão mais vasta do que a nossa; que uma só
imagem na mente angelical contenha mais detalhes do que uma vida
toda de estudos poderia proporcionar aqui."
d) Mansos
Não abrigam ressentimentos pessoais, nem injuriam os seus
opositores (2 Pe 2.11; Jud. 9).
e) Poderosos
São "magníficos em poder" (Sl 103.20).
f) Santos
Sendo separados por Deus e para Deus, são "santos anjos" (Ap 14.10).
5. Sua obra
a) Agentes de Deus
São mencionados como os executores dos pronunciamentos de Deus.
(Gn 3.24; Num 22.22-27; Mt 13.39,41, 49; 16.27; 24:31; Mc 13.27; Gn
19.1; 2 Sm 24.16; 2 Reis 19.35; Atos 12.23).
b) Mensageiros de Deus
Por meio dos anjos Deus envia:
1) Anunciações (Lc 1.11-20; Mt 1.20, 21).
2) Advertências (Mt 2.13; Hb 2.2).
3) Instrução (Mt 28.2-6; Atos 10.3; Dn 4.13-17).
4) Encorajamento (Atos 27.23; Gn 28.12).
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5) Revelação (Atos 7.53; Gl 3.19; Hb 2.2; Dn 9.21-27; Ap 1.1).
c) Servos de Deus
"Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para
servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?" (Hb 1.14).
Tarefas atribuídas aos anjos
Os anjos são enviados para sustentar (Mt 4.11; Lc 22.43; 1 Reis
19.5);
Para preservar (Gn 16.7; 24.7; Êx 23.20; Ap 7.1);
Para resgatar (Num 20.16; Sl 34.7; 91.11; Is 63.9; Dn 6.22; Gn
48.16; Mt 26.53);
A Bíblia revela que os anjos, nos céus, estão integrados no
atendimento às orações que sobem da terra (Ap 8.1-5).
Para servir aos justos depois da morte. Quando um crente morre,
os anjos acompanham a sua alma e o seu espírito, que deixam o
corpo, conduzindo-os ao Paraíso (Lc 16.22).
Deus dá aos anjos ordens a nosso respeito, para que nos
guardem em todos os nossos caminhos (SI 91.11).
Os anjos serão os instrumentos na execução dos juízos de Deus
durante a Grande Tribulação, após a vinda de Jesus (Ap 7.1,2;
8.6,7, 8, 10,12; 9.1,13; 15.1).
No Juízo Final, os anjos estarão em atividade (Dn 7.10).
Alguns formaram a doutrina de "Anjos Protetores", a qual ensina que
cada crente tem um anjo especial designado para guardá-lo e protegê-
lo durante a vida. Eles afirmam que as palavras em Atos 12.15
implicam que os cristãos primitivos entenderam dessa maneira as
palavras do Senhor.
A ideia de que todas as pessoas possuem um anjo da guarda
designado para acompanhá-las durante toda a sua vida não tem
sustentação bíblica. Tal pensamento vem da tradição judaica antiga; e
não é somente isso. Segundo essa tradição, o suposto anjo da guarda
assume a semelhança da pessoa que a acompanha.
“Note que a menina Rode conheceu “a voz de Pedro” (At 12.14); os
discípulos, no entanto, interpretaram como o ‘‘seu anjo” (At 12.15).
“Outra passagem bíblica que parece fundamentar a ideia de anjo da
guarda é: ‘‘Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu
vos digo que os seus anjos nos céus sempre veem a face de meu Pai
que está nos céus” (Mt 18.10). Aqui, porém, temos a informação de que
os anjos estão na presença de Deus, adorando e louvando ao Pai, e
não que cuidam individualmente das pessoas neste mundo.7
7
Declaração de Fé das Assembleias de Deus, Pág. 88
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21. SUBSÍDIOS EBD – AUXÍLIO PARA PROFESSORES E ALUNOS DA ESCOLA DOMINICAL www.subsidiosebd.com
20III – OS ANJOS NÃO PODEM SER ADORADOS
Embora poderosos em obras, não podem os anjos ser adorados: são
criaturas de Deus, nossos conservos e também comprometidos com a
glória de Deus. Vejamos por que os anjos não devem ser objetos de
nosso culto.
1. Os anjos são criaturas de Deus
Somente o Criador é digno de toda a honra e de todo o louvor; sendo
os anjos criaturas (Sl 33.6), têm como missão louvar a Deus.
2. Os anjos são nossos conservos
Sendo eles criados por Deus, consideram-se nossos conservos (Ap
19.10).
3. Os anjos são comprometidos com a glória de Deus
Esta é recomendação dos anjos: “Adora a Deus” (Ap 22.9). Erram,
portanto, aqueles que, menosprezando o Criador de todas as coisas,
buscam adorar a criatura (Rm 1.25). O culto aos anjos é uma perigosa
idolatria, na qual muitos têm naufragado. Ler também Cl 2.18.
IV – FALSAS TEORIAS SOBRE O ARCANJO MIGUEL
1. Mormonismo - Diz que Adão é o arcanjo Miguel, logo, era ele que
estava contendendo com o diabo.
Refutação bíblica
Existe um tremendo abismo entre Miguel e Adão. Miguel é um
anjo e os anjos não se dão em casamento (Mt 22.30). Adão foi um
homem e os homens podem se casar (Gn 2.24).
Miguel é um arcanjo que significa "anjo chefe". Adão é o
representante da raça humana (1Co 15.45) e não um arcanjo.
Os homens nascem pecadores (Rm 3.23), mas os anjos bons
nunca pecaram.
Entretanto, a maior contradição encontra-se na própria teologia
mórmon, que ensina que, para a pessoa alcançar o status de deus,
precisa se casar para a eternidade. Caso contrário, permanecerá
apenas como anjo. Então surge o embaraço: se Adão era casado, por
que não progrediu para a posição de deus, antes, permaneceu
estacionado na posição de anjo?
2. Testemunhas de Jeová - Dizem que se a designação ‘arcanjo’ não
se aplicasse a Jesus Cristo, mas a outros anjos, então a referência à
voz de arcanjo não seria apropriada.
Refutação bíblica
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A Bíblia apresenta muitas diferenças entre Jesus e Miguel:
Jesus jamais foi criado (Jo 1.3), Miguel é criatura celestial, criada
pelo próprio Jesus (Cl 1. 15,16);
Jesus é adorado por Miguel (Hb 1.6), Miguel não pode ser
adorado (Cl 2.18: Ap 22.8,9);
Jesus é o Senhor dos senhores (Ap 17.14), Miguel é príncipe (Dn
10.13);
Jesus é Reis dos reis, Miguel é príncipe dos judeus (Dn 12.1);
Jesus é o Filho de Deus. Miguel é anjo; “Porque, a qual dos anjos
disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe
serei por Pai e Ele me será por Filho? E outra vez, quando
introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus
o adorem” (Hb 1.5,6).
Miguel é um dos primeiros príncipes (Dn 10.13), o que indica que
existem outros iguais a ele. Jesus, porém, é o Unigênito do Pai, o
que mostra que não existe outro igual a Ele (Jo 1.14; 3.16).
V – DETALHES SOBRE OS ANJOS
1. Juventude e beleza
"E, entrando no sepulcro, viram um mancebo assentado à direita,
vestido de uma roupa comprida, branca..." (Mc 16.5a).
Duas características primordiais são inerentes a estas criaturas
espirituais: a primeira delas é sua juventude e a segunda, sua beleza.
Acreditamos que, na passagem de Jó 38.7, os anjos são reputados ali
como sendo "as estrelas da alva", isto é, são comparados com a
alvorada!
Eles não têm a eternidade na mão como Deus, mas quanto ao tempo e
ao espaço, são seres eternos. Os anjos tiveram princípios, embora não
tenham mais extinção de existência. Deles disse Jesus: “... não podem
mais morrer".
Maria Madalena afirma ter visto um anjo que ainda era "mancebo".
Este anjo possuía, evidentemente, uma eternidade de anos! Mas
observe bem: ainda era mancebo!
2. Estatura
Quanto à sua estatura, a Bíblia não fornece maiores detalhes; mas nos
leva a entender que há certa categoria "maior" que a estatura humana
(SI 8.5) e outra "menor" (Ap 21.17).
Os anjos têm a capacidade de mudar a aparência e de se
transportarem num relâmpago da suprema corte do Céu para a Terra
e retornar numa fração de segundo. Intrinsecamente, eles não
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possuem corpos físicos, conquanto possam assumir formas físicas,
quando Deus lhes prescreve missões especiais. Além disso, Deus não
lhes concedeu a capacidade de se reproduzirem, e eles nem se casam,
nem são dados em casamento (Mc 12.25).
3. Seus Nomes
Talvez na esfera celeste, os nomes dos anjos sejam abundantes;
porém, na esfera terrena, ou pelo menos aqueles que chegaram até nós
através de seu serviço ou revelação, seus nomes não são tão
abundantes.
Gabriel (Dn 8.16; Lc 1.26),
Miguel (Dn 8.13; 12.1),
Maravilhoso? (Jz 13.6,17,18).
Os livros não-canônicos citam estes:
Uriel,
Rafael,
Saracael,
Raquel e
Remuel.
Quanto aos anjos maus, seus nomes são também citados com
escassez.
Vejamos alguns:
Apoliom,
Abadom,
Diabo,
Legião, etc. (Lc 8.30; Ap 9.11; 12.9).
Quanto aos anjos maus, seus nomes são também citados com
escassez excessiva. Apenas estes: Apoliom, Abadom, Diabo, Legião,
etc. (Lc 8.30; Ap 9.11; 12.9).
4. Anjo em forma humana
Os anjos em certas ocasiões têm aparecido com forma humana (Hb
13.2). Isto prende-se exclusivamente às ordens de Deus que, segundo
se diz, permitiu que os olhos humanos focalizassem os raios de luz
celeste para realmente ver os corpos celestiais dos anjos tais como eles
são.
Em cenas ocasiões os anjos tomaram forma humana e foram vistos
com aparência física e roupas de acordo com a civilização da época que
era objeto da divina visitação. Isto não se limitou ao passado. O
mesmo acontece hoje em dia!
5. Anjos com Asas
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Apenas cinco classes de anjos são apresentadas na Bíblia como
portando asas:
Os querubins (Êx 25.20; 2 Co 5.7; Ez 1.6; Ap 4.8).
Os serafins (Is 6.1-6).
O anjo Gabriel (Dn 9.21).
O anjo dos "dois ais" (Ap 8.13).
O anjo do "evangelho eterno" (Ap 14.6).
6. A rapidez dos Anjos
Em nossas dimensões, a capacidade da rapidez angelical é comparada
à "rapidez de um relâmpago" (Mt 28.3); 300.000 km por segundo, mas
na esfera celeste são rápidos como a imaginação.
Observe o que diz o Senhor em Mateus 26.53: "Ou pensas [Pedro] tu
que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais
de doze legiões de anjos?" Observe agora! Que distância há entre o
trono de Deus e o Jardim do Getsêmani? É inconcebível! Mas "doze
legiões" poderiam chegar ali, numa fração de segundo. Isso indica
velocidade, rapidez verdadeiramente.
7. Os Anjos não são Oniscientes
Os anjos possuem um conhecimento que os homens não têm; mas,
por mais que seja o seu conhecimento, podemos estar certos de que
não são oniscientes. Não sabem tudo. Não são como Deus.
Jesus forneceu testemunho do conhecimento limitado dos anjos
quando falou da sua segunda vinda.
Em Marcos 13.32, Ele disse: "Mas daquele dia e hora ninguém sabe,
nem os anjos que estão no céu...". Os anjos sabem, provavelmente,
coisas a nosso respeito que desconhecemos. E devido ao fato de serem
espíritos auxiliadores, usarão sempre este conhecimento para o nosso
bem e não para maus propósitos.
"Então disseram aqueles varões a Ló: Tens alguém mais aqui?..." (Gn
19.12;Mt 24.36; Mc 13.32). Em outras passagens tais como 2 Samuel
14.17,20, fica subentendido à luz do contexto, que os anjos de Deus
são sábios e dotados de conhecimento superior. Porém, nunca lhes é
atribuída a "onisciência".
8. O poder dos Anjos (Sl 103.20)
O poder dos anjos é derivado de Deus. O poder deles, embora grande,
é restrito. Eles são incapazes de fazer aquelas coisas que são
peculiares da divindade - criar, ação sem o uso de meios, ou sondar o
coração humano. Eles podem influenciar a mente humana como uma
criatura pode influenciar outra.
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Mesmo um anjo pode reivindicar assistência divina quando em conflito
com outro ser celestial (Jd 9).
CONCLUSÃO
Os anjos têm um lugar muito mais importante na Bíblia do que o
Diabo e os seus demônios. Estes últimos nos atacam. Os primeiros
nos defendem.
A Bíblia ensina que os anjos intervêm nos assuntos das nações (Dn
9.13-21; 11.1; 12.1). Deus os utiliza com frequência, a fim de exercer
julgamento sobre as nações. Eles guiam, consolam e cuidam do povo
de Deus em meio ao sofrimento e perseguição.
O Salmista declara: "O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o
temem, e os livra" (SI 34.7).
"Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para
servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?" (Hb 1.14).
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Lição 3: A Natureza dos Demônios -
Agentes da Maldade no Mundo Espiritual
INTRODUÇÃO
Satanás, na sua fúria egoísta para assumir um lugar que não lhe
cabia, persuadiu um expressivo número de anjos que se tomaram
vítimas do seu desatino, os quais perderam o brilho da glória de Deus
e foram lançados nas mesmas trevas densas que ele. Uma parte deles
já se encontra no inferno (2 Pe 2.4; Jd 6) e a outra, infernizando a vida
na Terra (Ef 2.2; 1 Jo 5.19), tentando fazer com que os seres criados à
imagem e à semelhança de Deus se dobrem ao senhorio de seu chefe e
se tomem tão miseráveis quanto eles, fazendo-se dignos do mesmo
castigo (Mt 25.41).
I – QUEM SÃO OS DEMONIOS
Quando Satanás se rebelou contra Deus, uma porção dos anjos
participou em sua rebelião. Deus os expulsou do céu junto com
Satanás. Eles não foram mais seres espirituais do bem (anjos). Eles se
tornaram seres espirituais do mal [demônios] (Ap 12.7-9)
Os demônios são seres espirituais com personalidade e inteligência.
Como súditos de Satanás, inimigos de Deus e dos seres humanos (Mt
12.43-45), são malignos, destrutivos e estão sob a autoridade de
Satanás (Mt 4.10).
1. Espíritos Decaídos
Os demônios são parte [outra parte estão em prisão] (1 Pe 2.4; Jd 6)
dos anjos decaídos, os quais se rebelaram contra Deus (2 Pe 2.4; Jd 6)
Eles foram criados por Deus e eram originalmente bons e, assim como
o ser humano, dotados de livre-arbítrio; porém, sob a direção de
Satanás, eles pecaram e rebelaram-se contra Deus, tornando-se maus
(Ap 12.9). São identificados como "espíritos imundos” (At 8.7),
"espíritos malignos" (At 19.12), "demônios" (Lc 9.1). Eles são espíritos
maus desprovidos de corpos, capazes de possuir corpos humanos (L
11.24-26) e de animais (Mc 5.12,13): Satanás, o maioral deles (Lc
10.18).
2. Duas classes de Anjos decaídos
Segundo alguns estudiosos, os demônios não pertencem à mesma
classe dos anjos decaídos. Trata-se de outra categoria de espíritos
maus e arruaceiros que atuam no mundo, causando problemas à vida
em geral.
Subsídio 3
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A principal razão dessa distinção decorre dos textos que dizem que os
anjos decaídos foram postos em prisão no inferno (1 Pe 2.4; Jd). Nesse
caso, os demônios não poderiam fazer parte daqueles, uma vez que
estão soltos.
Tanto no texto de 2 Pedro 2.4 quanto no de Judas 6 lê-se “aos anjos” e
não, simplesmente “os anjos”. “Aos” é menos específico do que “os”.
“Aos” quer dizer “aqueles”. Portanto, “quanto àqueles anjos...”; fica
claro que não foram todos postos em prisão.
Satanás não poderia apoderar-se deste mundo se estivesse sozinho.
Ele não é onisciente, nem onipresente. Como conseguiu tanto? Se não
lhe sobrassem anjos aliciados por ele, no passado, como atingiria de
forma tão potente os seus intentos?
Há, seguramente, duas classes de anjos decaídos: a dos que estão
presos e a dos que estão soltos. Existem demônios confinados e
demônios ativos. O líder de ambos os grupos é Satanás, quem é
chamado de o Príncipe dos demônios (Mateus 12.24). O inferno está
preparado para o diabo e seus anjos. Será seu destino final (Mateus
25.41).
Qual seria a razão dessa distinção?
Provavelmente, devido ao seu nível de “ferocidade”, os anjos decaídos
que estão confinados no inferno (isto é, no tártaro) causariam maiores
danos a Terra, se estivessem soltos.
Originalmente, no texto de Pedro, foram aprisionados no tártaro8, de
onde nunca mais sairão, embora estejam aguardando ainda juízo. A
razão desse juízo não prevê caminho de esperança para eles, mas o
agravamento de pena (2 Pe 2.4; Jd 6). Não há um detalhamento bíblico
quanto a isso, mas pode-se chegar facilmente a tal conclusão pela
revelação que a Bíblia faz daqueles que estão em prisões e dos que
estão nas regiões celestes nos ares (Ef 6.12).
Os anjos decaídos que se encontram soltos não podem ser
considerados bons e inofensivos. Eles são terríveis e estão a serviço do
seu mentor e chefe, Satanás, mas eles também estão sob os limites
traçados por Deus.
3. Os demônios estão organizados militarmente
8
O Tártaro é uma palavra grega, que só aparece uma vez no Novo Testamento: "Porque, se Deus não perdoou
aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando
reservado para o juízo" (2 Pe 2.4). O inferno mencionado aqui é o Tártaro, [tartaroo], em grego, parece indicar
o lugar de suplício para os anjos rebeldes, até o dia do julgamento deles.
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A Bíblia descreve os anjos em categorias hierárquicas, afirmando que
eles foram criados por Deus: “Porque nele foram criadas todas as
coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos,
sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado
por ele e para ele” (Cl 1.16). Essas categorias angelicais tanto dizem
respeito aos anjos bons quanto aos decaídos. Paulo diz que a nossa luta
é “contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes
das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos
lugares celestiais” (Ef 6.12).
a) Os príncipes da terra
Alguns demônios são chefes de grandes regiões, ou de países, e por
isso são chamados como tendo autoridade sobre esses lugares. Em
Daniel 10.13,21, chamam-se “o príncipe da Pérsia” e “o príncipe da
Grécia”. Certamente o Diabo tem encarregado demônios graduados
para liderar as forças malignas em cada país ou região.
b) As hostes da maldade
Os demônios estão organizados em hostes espirituais da maldade
(Ef 6.12) e em legiões de demônios (Me 5.9,15). Essas formações têm
como seus chefes os “príncipes das trevas” (Ef 6.10-12).
Continuaremos sobre este assunto na Lição 10 - Poder do Alto contra
as Hostes da Maldade.
4. Atividades dos demônios
Em geral:
1) Os demônios afligem os homens com problemas físicos e mentais
(Mt 9.33; Mc 1.21). Nem todas as enfermidades têm uma origem
demoníaca. Jesus ordenou a seus discípulos "curai os enfermos...
expulsai os demônios..." (Mt 10.8), fazendo uma distinção entre ambas
as coisas.
2) Eles podem possuir os homens, controlando-os completamente
(Mt 4.24; 5.1-21).
3) Inspiram doutrinas distorcidas para confundir até os próprios
cristãos, se for possível. Mostram-se ativos até nos sistemas de
governo mundial (Ef 6.21).
4) São os agentes que trabalham incentivando a idolatria, a
imoralidade e todos os tipos de iniquidade e perversão, usando
adolescentes, jovens, homens e mulheres, levando a sociedade para
um estado de corrupção sem limites (1 Co 10.20,21; Ap 9.20,21).
5) São capazes de prender as pessoas em situações desagradáveis e de
longa duração (Lc 13.11).
6) Podem falar usando a boca dos homens (Mt 8).
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7) Trazem brigas e dissensões no seio da família, levando casais até a
separação ou a desatinos.
8) Tentam opor-se à obra de Deus (Ap 16.13-16 e Daniel 10.11-14).
9) Estendem a autoridade de Satanás (Ef 6.11,12).
10) Podem possuir animais (Mc 5.13).
11) Espalham falsa doutrina (1 Tm 4.1).
12) Opõem-se ao crescimento espiritual dos filhos de Deus (Ef 6.12.
13) Podem fazer que as pessoas sejam mudas (Mt 9.32), cegas (Mt.
12.22) e paralíticas (Lc 13.11).
14) Podem atormentar as pessoas (Mt 15.22), e inclusive as conduzir
ao suicídio (Mt 17.14).
5. Como os espíritos malignos enganam?
Obtendo consentimento da vontade
Imitando a presença de Deus
Fazendo sugestões à mente
Dando falsas orientações
Imitando coisas divinas
Imitando as coisas angelicais
Comunicando ensino de demônios
Trazendo visões e vozes sobrenaturais
6. O poder de Jesus sobre os demônios
Jesus veio à terra a fim de destruir as obras de Satanás (1 Jo 3.8), de
estabelecer o reino de Deus e de livrar o homem do domínio de
Satanás (12.28; Lc 4.19; 13.16; At 26.18).
Nos seus milagres, Jesus frequentemente ataca o poder de Satanás e o
demonismo (Mc 1.25,26, 34, 39; 3.10,11; 5.1-20; 9.17-29; Lc
13.11,12,16). Um dos seus propósitos ao vir à terra foi subjugar
Satanás e libertar seus escravos (Mt 12.29; Mc 1.27; Lc 4.18).
Jesus derrotou Satanás, em parte pela expulsão de demônios e, de
modo pleno, através da sua morte e ressurreição (Jo 12.31; 16.17; Cl
2.15; Hb 2.14). Deste modo, Ele aniquilou o domínio de Satanás e
restaurou o poder do reino de Deus.
II – SATANÁS, O MAIORAL DOS DEMÔNIOS
Satanás é o nome do chefe dos demônios. (Jó 1.6; Zc 3.1; Mt 4.10; Lc
10.18). Cristo reconheceu e ensinou a existência de Satanás (Mt 13.39;
Lc 10.18 e 11.18).
O império do mal sobre o qual Satanás reina (Mt 12.26) é altamente
organizado e exerce autoridade sobre as regiões do mundo inferior, os
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anjos caídos (Mt 25.41; Ap 12.7), os homens perdidos (Mt 4. 8,9; Jo
12.31; Ef 2.2) e o mundo em geral (Lc 4.5,6; 2 Co 4.4; ver 1 Jo 5.19).
1. A queda do Satanás
Quando o pecado entrou no coração de Lúcifer e ele foi lançado fora do
céu, experimentou uma total transformação. Após ter sido um
querubim perfeito, tomou-se a personalidade mais perversa e caída
que se possa imaginar, autor de todo o pecado e a fonte de todo o mal.
Como castigo por sua maldade, Satanás foi lançado fora do céu,
juntamente com um grupo de anjos que ele havia alistado em sua
rebelião. (Mt 25.41; Ap 12.7; Ef 2.2; Mt 12.24.) Ele procurou ganhar
Eva como sua aliada; porém, Deus frustrou o plano e disse: "Porei
inimizade entre ti e a mulher" (Gn 3.15).
Deus criou Lúcifer perfeito; no entanto, dentro desse ser perfeito foi
criado o mal: “Naquele tempo eras perfeito e irrepreensível em teus
sentimentos e atitudes, desde o dia em que foste criado, até oque se
observou malignidade em ti” (Ez 28.15 - KJA).
Outra versão bíblica diz que o mal foi achado nele. A palavra “achar”
usada neste texto (Ez 28.15), é matsa, que significa descobrir,
inventar. Assim, ele inventou o mal. O mal não estava originalmente
nele, porque ele saiu do próprio Deus que é absolutamente perfeito.
No texto de Ezequiel 28.11-19 temos a descrição do estado original de
Lúcifer, e o motivo da sua queda em Isaías 14.11-16.
A queda de Satanás de sua posição angelical ocorreu por causa do
orgulho e a rebelião demonstrada em cinco atitudes equivocadas.
Satanás disse:
SUBIREI ao céu: deseja ocupar a morada de Deus, o céu, esperando
um reconhecimento semelhante.
LEVANTAREI meu trono acima das estrelas (anjos) de Deus: Não
somente deseja ocupar a morada de Deus, se não que também seu
governo sobre as hostes angelicais.
ME ASSENTAREI no monte da congregação: conforme a Isaías 2.2 e o
Salmo 48.2, este é o centro do governo terreno de Deus. Satanás
deseja governar a terra igual aos anjos.
SUBIREI acima das altas nuvens: as nuvens nos falam da glória de
Deus. Satanás queria a glória de Deus para si mesmo (os seguintes
versículos documentam as nuvens em relação com a glória de Deus.
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30
Êxodo 13.21; 40.28-34; Jó 37.15-16; Mateus 26.64; Apocalipse 14.14-
16).
SEREI semelhante ao Altíssimo: Deus tem muitos nomes pelos quais
Ele é chamado. Por que Satanás escolheu este nome em particular?
Selecionou este título porque reflete a Deus como “possuidor do céu e
da terra”.
2. Seu castigo
O apóstolo João teve uma visão prospectiva (futura) e, ao mesmo
tempo, retrospectiva (passada) no céu. O Senhor voltou com ele no
tempo, para mostrar-lhe o clima criado por ocasião da grande rebelião
(Ap 12.7-9). Satanás foi expulso do céu com a velocidade e a explosão
de um raio (Lc 10.18; Is 14.12). Aquele que na sua altivez queria estar
acima do próprio Deus foi condenado ao mais profundo abismo (Is
14.15).
EXPULSÃO DO CÉU:
Por causa de sua rebelião, Satanás foi atirado do céu Deus:
“... pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus... lancei-te
por terra” (Ezequiel 28.16-17).
Ao contrário dos anjos que já estão presos no tártaro (2 Pe 2.4),
Satanás ocupa, simultaneamente, tanto as regiões abissais
(profundezas do abismo) — onde parece ter o seu trono (Ap 9.11) —,
quanto as regiões terrenas e celestiais (Ap 12.9; Jó 1.6; Ef 6.12).
CORRUPÇÃO DE CARÁTER:
Lúcifer, uma vez criado para a glória de Deus, se tornou em Satanás
com um caráter que se opunha a tudo o que Deus é e faz.
PERVERSÃO DE PODER:
O poder de Satanás foi uma vez usado para a glória de Deus. Agora ele
tem se inclinado a propósitos desorganizados e destrutivos. De acordo
com Isaías 14, ele debilita as nações (versículo 12), provoca que a terra
e os governos também (versículo 16), e aqueles tomados como
prisioneiros não possuem alívio (versículo 17).
DESTINADO AO LAGO DE FOGO:
Satanás foi destinado ao lago de fogo (Isaías 14.15; Ap 20.10 ).
AFETOU A OUTROS ANJOS DE DEUS:
Quando Satanás caiu do céu não caiu sozinho. Levou consigo uma
porção dos anjos do céu que participaram em sua rebelião contra
Deus. Este grupo de anjos é parte agora de uma força do mal, os
demônios.
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313. Sua personalidade [é uma pessoa]
a) Tem intelecto (Mt 4; 2Co 11:3) - cita as Escrituras.
b) Tem emoções (Ap 12) - ira.
Traços da personalidade:
É um assassino (João 8.44a).
É um mentiroso (João 8.44b).
É um pecador inveterado (1 Jo 3.8).
É um acusador (Apo 12.10).
É um adversário (1 Pe 5:8).
4. Sua natureza
a) Um ser criado (Ez 28.14,15) - Portanto tem que responder perante
seu criador.
b) Um ser espiritual (Ef 6.11, 12).
c) Foi um Querubim (Ez 28.14).
d) O ser angelical mais elevado (Ez 28.12).
e) Um ser cruel.
A crueldade de Satanás pode ser vista nos seguintes nomes: “leão”
(1 Pe 5.8), “dragão” (Is 27.1), “Abadom” (Hebraico) ou “Apoliom” (grego),
que significa “destruidor” (Ap 9.11), “homicida” (Jó 8.44), “antiga
serpente” (Ap 20.2).
5. Seus principais nomes e títulos
1. Satanás - adversário (2 Co 11.14; Zc 3.1; 1 Tm 2.18).
2. Diabo - caluniador (Mt 4.1). Satanás é chamado assim porque
calunia tanto a Deus (Gn 3.2,4,5) como ao homem (Ap 12.10; Jo 1.9;
Zc 3.1, 2; Lc 22.31).
3. Serpente (Gn 3.1; 2 Co 11.3; Ap 12.9; 20.2).
O primeiro engano envolveu Adão e Eva no jardim do Éden (Gn
3.1-7).
O último engano envolverá milhões ao final do milênio (Ap
20.7,8).
4. Lúcifer - portador de luz (Is 14.12).
Esse nome não aparece literal mente na Bíblia. Na linguagem figurada
de Isaías 14.12, o nome Lúcifer aparece vinculado a expressão “filho
da alva”.
5. Maligno (1 Jo 5.19).
6. Dragão (Ap 12.13,17).
Ele é um grande dragão vermelho por causa do seu poder.
Ele é um grande dragão vermelho por causa do terrível
derramamento de sangue que causou ao longo dos séculos.
Ele é um grande dragão vermelho por causa de sua terrível
aparência no reino espiritual.
7. Príncipe deste mundo (Jo 12.31).
8. O deus deste século (2 Co. 4.4).
9. Acusador dos irmãos (Ap 12.10).
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Ele acusou Jó diante de Deus (Jó 1.6- 12; 2.1-7).
Ele acusou o sumo sacerdote Josué diante de Deus (Zc 3.1).
10. Belial [inútil, implacável, fora da lei] (2 Co 6.15 - ARC).
11. Inimigo (Is 59.19; Mt 13.39).
6. Limitações de Satanás
Por mais sábio, poderoso e experiente que Satanás seja, Deus lhe
colocou certas limitações (Jó 1.12). Ele é uma criatura e, por
conseguinte, não é nem onipotente, nem onipresente nem onisciente.
a) Satanás não pode estar em mais de um lugar ao mesmo tempo
Então o SENHOR perguntou a Satanás:
— De onde você vem? Satanás respondeu ao SENHOR:
— De rodear a terra e passear por ela (Jó 1.7 – NAA).
O diabo não é capaz de tentar ou atormentar crentes em Londres,
Jerusalém e Nova Iorque ao mesmo tempo. Duas passagens
demonstram isso:
Um evento do passado (Jó 1.6,7).
Nesse dado instante, Satanás estava enfrentando Deus nos céus.
Portanto, sua presença não era sentida na terra. Após o encontro, ele
retornará a terra e direciona- rá suas energias malignas para acometer
o patriarca Jó (Jó 1.12—2.8).
Um evento futuro (Ap 12.7-12
Portanto, em alguma época da grande tribulação, as ações malignas do
diabo ficarão limitadas ao planeta Terra! Entretanto, isso não é o
mesmo que dizer que os crentes de todo o mundo não podem ser
tentados ao mesmo tempo, pois Satanás tem literalmente milhões de
anjos caídos para fazer a sua vontade, estendendo assim seu
ministério universalmente. Mesmo assim, o diabo é completamente
incapaz de encorajar seus seguidores como Jesus (Mt 18.20;
28.19,20). De forma similar, Davi testifica a onipresença de Deus nos
Salmos (SI 139.7-12).
b) Satanás não é onisciente
Ele depende dos demônios, seus servos, para lhe transmitirem
informações. Somente Deus é onisciente (SI 139.4; 147.4; Mt 10.29,30;
At 15.18).
O diabo adquiriu, considera-se, uma imensa quantidade de sabedoria,
como resultado de dois fatores, (1) sua mente brilhante e (2) sua
longevidade, por existir desde a criação original. Mas há muitas coisas
que essa sutil serpente não sabe:
Ele não sabe qual é o dia do retorno de Cristo (Mc 13.32).
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Ele é ignorante acerca do nome dos salvos. Somente Deus sabe a
identidade deles (2 Tm 2.19; veja também Ef 1.4,5; 1 Pe 1.2; Ap
13.8).
Ele não está ciente do plano de Deus para a nossa vida (Ef 3.10).
Ele não está ciente de quanta pressão o crente pode suportar (1
Co 10.13).
Ele não sabe absolutamente nada sobre o amor de Deus pelos
pecadores (Rm 5.6- 8).
Ele não sabe absolutamente nada sobre o nosso amor por Deus
(Jó 1.9-11; 2.4,5).
c) Satanás não conhece o futuro
Satanás conhece realmente a Bíblia. Não obstante, há “profecias” que
seus servos (falsos profetas, médiuns, etc.) fazem e até se cumprem,
porque estão a par dos planos que o próprio Satanás estabeleceu. Mas
Deus pode invalidar esses planos. E por isso que muitas predições
mediúnicas falham, ao passo que as predições bíblicas são 100%
precisas.
d) Satanás tem, “comparativamente”, pouco poder
Mesmo ele sendo a criatura mais poderosa do universo, seu poder,
comparado com o do Criador, é como uma formiga lutando contra um
poderoso elefante.
Somente pode tocar em nós à medida que nossos pecados lhe
concedem pontos de acesso ou por uma permissão especial de Deus.
Há mais poder numa só gota do sangue de Jesus Cristo do que em
todas as legiões satânicas. Isso deixa Satanás tomado de ódio.
EM SUMA. SATANÁS NÃO É...
Diferentemente de Deus, Satanás não é onisciente (conhecedor de
todas as coisas). Se Satanás pudesse ver o futuro nunca ele teria
permitido que Jesus morresse na cruz. Ele teria conhecido que a morte
de Jesus derrotaria seu poder e proporcionaria uma via de escape do
jugo do pecado para o ser humano.
Satanás não é onipotente (todo poderoso). Jesus disse que o poder de
Deus dentro de você é maior do que o poder de Satanás. Para aqueles
que creem em Jesus, Satanás já é um inimigo derrotado (João 12.31).
Ele é forte somente com aqueles que se rendem a ele. Seu poder está
limitado ao poder de Deus (Jó 1.10-12) e só é capaz de vencer um
crente na medida em que o cristão lhe dá o controle.
Visto que Satanás não é onipresente (presente em todas as partes), ele
envia uma hoste de demônios por toda a terra, para fazer sua vontade
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e cumprir seus propósitos. Você aprenderá mais sobre eles no capítulo
seguinte.
7. Sua obra maligna
Tenta à desobediência (Gn 3.4,5)
Calunia dos santos (Jó 1.9-11)
Inflige enfermidade (Jó 2.7)
Opõe-se aos justos (Zc 3.1)
Tentou a Cristo (Mt 4.1-10)
Remove a boa semente (Mt 13.9)
Semeia o joio (Mt 13.38,39)
Arruína corpo e alma (Lc 9.42)
Mente (Jo 8.44)
Instiga os homens a pecarem (Jo 13.2)
Usa os homens como presas (1 Pe 5.8)
Cega à mente dos incrédulos (2 Co 4.3,4)
Inspira maravilhas mentirosas (2 Ts 2.9)
Em suma:
Satanás perturba a obra de Deus (1 Ts 2.18); opõe-se ao Evangelho (Mt
13.19; 2 Co 4.4); domina, cega, engana e laça os ímpios (Lc 22.3; 2 Co
4:4; Ap 20.7, 8; 1 Tm 3.7). Ele aflige (Jo 1.12) e tenta (1 Ts 3.5) os
santos de Deus. Ele é descrito como presunçoso (Mt 4.4, 5); orgulhoso
(1 Tm 3.6); poderoso (Ef 2.2); maligno (Jo 2.4); astuto (Gn 3.1 e 2 Co
11.3); enganador (Ef 6.11); feroz e cruel (1 Pe 5.8).
8. Satanás em relação aos ímpios
Os ímpios:
- São seus filhos (Mt 13.38; At 13.10; 1Jo 3.10)
- Seguem-no (1 Tm 5.15)
- Cumprem suas concupiscências (Jo 8.44)
- São Possuídos por ele (Lc 22.3; At 5.3; Ef 2.2)
- São cegados por ele (2 Co 4.4)
- São enganados por ele (1 Rs 22.21,22; Ap 20.7,8)
- Caem em suas armadilhas (1 Tm 3.7; 2 Tm 2.26)
- São perturbados por ele (1 Sm 16.14)
- Serão castigados juntamente com ele (Mt 25.41)
9. Todo o mundo está no maligno
Nunca compreenderemos adequadamente o Novo Testamento a não
ser que reconheçamos o fato subjacente nele de que Satanás é o deus
deste mundo. Ele é o maligno, e o seu poder controla o presente século
mau (Lc 13.16; 2 Co 4.4; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14; ver Mt 4.10;
As Escrituras não ensinam que Deus hoje controla diretamente este
mundo ímpio, cheio de gente pecaminosa, de maldade, de crueldade,
de injustiça, de impiedade, etc. Deus não deseja, nem causa, de
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36. SUBSÍDIOS EBD – AUXÍLIO PARA PROFESSORES E ALUNOS DA ESCOLA DOMINICAL www.subsidiosebd.com
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nenhuma maneira, todo o sofrimento que há no mundo; nem tudo
quanto aqui ocorre procede da sua perfeita vontade (ver Mt 23.37; Lc
13.34; 19.41-44).
A Bíblia indica que atualmente o mundo não está sob o domínio de
Deus, mas em rebelião contra seu governo e sob o domínio de Satanás.
Por causa dessa condição, Cristo veio a morrer (Jo 3.16) e reconciliar o
mundo com Deus (2 Co 5.18,19). Nunca devemos afirmar que "Deus
está no controle de tudo", a fim de nos esquivar-nos da
responsabilidade de lutar seriamente contra o pecado, a iniquidade ou
a mornidão espiritual.
Há, no entanto, um sentido em que Deus está no controle do mundo
ímpio. Deus é soberano e, portanto, todas as coisas acontecem de
acordo com sua vontade permissiva e controle ou, às vezes, através da
sua ação direta, de conformidade com o seu propósito e sabedoria.
Mesmo assim, na presente era da história, Deus tem limitado seu
supremo poder e domínio sobre o mundo. Esta autolimitação é apenas
temporária, porque no tempo determinado pela sua sabedoria, Ele
destruirá toda a iniquidade e o próprio Satanás (Ap 19,20). Somente
então é que "Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do
seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre" (Ap 11.15). 9
1O. Defesas do crente contra Satanás
Intercessão de Cristo (Hb 7.25; João 17.15).
Ter a atitude correta para com Satanás (1 Pe 5.8 e Judas 1.8, 9).
Estar vigilante contra Satanás (1 Pe 5.8 – Veja a Lição 12- Vivendo
em Constante Vigilância).
Tomar uma atitude de resistência contra Satanás (Tg 4.7 ).
Usar a armadura espiritual (Ef 6.11-18 - Veja a Lição 9- Conhecendo
a Armadura de Deus).
Jesus prometeu aos genuínos crentes autoridade sobre o poder de
Satanás e das suas hostes (Lc 10.19; Mc 15.17-18). Ao nos
depararmos com eles, devemos aniquilar o poder que querem
exercer sobre nós e sobre outras pessoas, confrontando-os sem
trégua pelo poder do Espírito Santo (ver Lc 4.14-19). Desta maneira,
podemos nos livrar dos poderes das trevas.
11. Qual é a maior fraqueza e a maior força de Satanás contra
o crente?
a) A fraqueza do diabo
Em essência, sua fraqueza é tripla:
9
Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD
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Ele não é capaz de tentar o crente sem receber a permissão de
Deus.
Não há dúvidas de que o maior exemplo disso é visto por meio dos
violentos ataques de Satanás contra o patriarca Jó. Em questão de
dias, o diabo tirou a riqueza, os filhos e a saúde de Jó! Mas, em todas
as ocasiões, Satanás pedia e recebia permissão de Deus para fazer
essas coisas horríveis (Jó 1.8- 12; 2.3-6).
Portanto, quando estivermos sujeitos a terríveis tentações e provações,
duas gloriosas verdades devem consolar-nos e reanimar-nos:
Deus sabe exatamente quanta dor e pressão podemos suportar e
não permitirá que o maligno cruze essa linha! (Sl 103.13,14; 1 Co
10.13).
Deus apenas permite a tentação, para começar, a fim de
fortalecer e purificar Seu filho (1 Pe 1.6,7).
Ele não pode lutar se resistirem contra ele (Tg 4.7).
Mas como alguém resiste ao diabo?
1) Primeiro, devemos submeter-nos a Deus (Tg 4.7).
2) Segundo, não devemos apresentar a Satanás a oportunidade de
atacar-nos (Ef 4.27).
3) Terceiro, nunca devemos debater com o diabo. Eva fez isso, com
resultados trágicos (Gn 3.1-6).
4) Quarto, devemos saber como o diabo ataca (2 Co 2.11).
5) Quinto, devemos vigiar, esperando o ataque de Satanás (1 Pe 5.8).
6) Sexto, devemos ter a proteção adequada para quando ele atacar (Ef
6.13).
Ele não é capaz de suportar o sangue de Cristo (Ap 12.10,11).
III – AS BATALHAS DE MIGUEL COM O DIABO
1. A batalha por causa da oração de Daniel
A primeira derrota imposta aos poderes de Satanás pelo arcanjo
Miguel. A primeira derrota de Satanás frente ao arcanjo Miguel e seus
anjos encontra-se em Daniel (Dn 10.13,21). O povo desse confronto
foram as orações do profeta Daniel em favor dos judeus. A resposta de
Deus estava sendo impedida pelos anjos malignos, mas o anjo do
Senhor venceu a barreira, e levou a Daniel a revelação divina quanto
aos últimos dias. Satanás odeia Israel por causa do pacto divino com
esse povo. As promessas feitas por Deus a Abraão e seus descendentes
ainda estão em vigor.
2. A batalha por causa do corpo de Moisés
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“Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o Diabo e disputava a
respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição
contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda" (Jd v.9).
a) A luta
Judas limita-se a revelar que a peleja entre Miguel e o Diabo deu-se
por causa do corpo de Moisés. O que buscava o maligno, afinal, com os
restos mortais do profeta e legislador dos hebreus?
Inferimos dos textos sagrados, ter sido o arcanjo enviado para sepultar
o defunto. No entanto, o Diabo se lhe opôs, pois intentava suscitar, dos
despojos do homem de Deus, um objeto de culto, a fim de levar Israel à
apostasia à semelhança do que aconteceu com a serpente de bronze
(Nm 21.9; 2Rs 18.4).
b) A autoridade do nome de Deus
O arcanjo usou a autoridade do nome de Deus para repreender o
adversário. Fortalecido pela autoridade que em Deus possuía,
combateu o Diabo: “O Senhor te repreenda” (Jd v.9). Há poder no
nome de Deus! Grande é o nome do Senhor Jesus Cristo! (Jr 10.6; Mc
16.17).
3. A terceira Batalha de Miguel com o Diabo
A derrota imposta aos poderes de Satanás pelo arcanjo Miguel
acontecerá na Grande Tributação. Satanás será arrojado dos Céus (Ap
12.7-12).
Quando de sua rebelião contra o Senhor, o diabo perdeu o direito de
habitar na mesma dimensão de Deus e dos santos anjos. Ele foi
expulso da presença do Altíssimo (Ezequiel 28.16-17), estabelecendo
sua habitação “nas regiões celestiais” (Ef 2.2; 6.11,12).
IV – EXPULSAR DEMÔNIOS NÃO É ESPETÁCULO
Conscientizemo-nos de uma vez por todas: expulsar demônios não é
espetáculo. Deve ser um ato de amor. Tem de visar a libertação do
oprimido e a glorificação do nome de Deus (Mt 9.33). Por isso, todas as
vezes que tivermos de expulsar um demônio, levemos em
consideração:
1. O preparo espiritual
Estejamos sempre em espírito de oração. Nalguns casos, teremos de
estar em jejum conforme preconiza o próprio Senhor (Mt 17.21). Não
confiemos nem em nossa força nem em nossa experiência. Firmemo-
nos inteiramente em Deus.
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382. O espírito de reverência
Há muitos obreiros que, para fazer o marketing pessoal, fazem uma
verdadeira campanha publicitária para libertar os oprimidos do Diabo.
Perguntam o nome do demônio e querem saber a sua
procedência.
Em seguida, interrogam-no acerca de sua missão, como se
ninguém soubesse ser o trabalho do Diabo matar, roubar e
destruir. E com isto desperdiça-se todo o tempo da exposição da
Palavra de Deus, induzindo o povo a uma macabra distração.
Há também os exorcistas que, insensível à tortura do
endemoninhado, prolongam de tal forma a sessão de
libertamento, que dão espaço a que o demônio descarregue na
igreja todo os seus impropérios, levando inclusive o possesso a
despir-se e até a quebrar a mobília do santuário. Isto tem gerado
escândalos e tropeços.
Não perca tempo com tais presepadas. Use a autoridade de Cristo;
repreenda o Diabo em nome de Jesus. Por que entrevistar o demônio
se ele é o pai da mentira? Mostre-lhe a verdade, fazendo-o calar sob a
autoridade de Jesus Cristo Nosso Senhor.
3. Uso de linguagem sã
Não xingue o Diabo nem use de palavras chulas contra o adversário.
Pois é exatamente isto o que ele quer. Tratando-o com vitupérios, você
só conseguirá uma coisa: levar a irreverência ao povo de Deus além de
esvaziar-se espiritualmente.
O arcanjo Miguel não se perdeu em irreverências. Poderia ter se
aproveitado de sua força e posição junto aos exércitos celestiais para
cobrir de opróbrios ao Diabo. No entanto, preferiu usar da arma
infalível: “Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o Diabo e
disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo
de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda” (Jd v.9).
4. O uso indevido da força física
Esta só deve ser usada a fim de proteger o endemoninhado para que
este não se fira. Se não zelarmos por sua integridade física, poderemos
até ser citados judicialmente. A recomendação do profeta é aqui muito
apropriada: “Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito,
diz o SENHOR dos Exércitos” (Zc 4.6).
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395. A manutenção do culto
Estejamos apercebidos a fim de’ que certos tipos de endemoninhados
não nos tirem a reverência do culto, transformando-o num triste e
lamentável espetáculo. Às vezes o sujeito nem possesso está. O que ele
quer é perturbar a boa ordem da casa de Deus. Por isso, muito
discernimento e cuidado.
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40CONCLUSÃO
Quando Jesus vier em glória (Ap 19.11-16), Satanás será preso e
amarrado por mil anos (Ap 20.1-3). Depois será solto por um pouco de
tempo e logo continuará aquilo que é próprio dele, isto é, enganar os
homens que, em grande número, o seguirão e se ajuntarão na batalha
contra Deus (Ap 20.7,8). Deus, porém, não esperará mais e mandará o
fogo do céu devorar Satanás e as suas hostes.
Então, Satanás será lançado no inferno para todo o sempre (Ap
20.9,10), ficando totalmente esmagado debaixo dos pés do seu
vencedor (Rm 16.20). Todos os demônios serão julgados e lançados no
lago de fogo, que foi feito para o Diabo e os seus anjos (Mt 25.41).
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Lição 4: Possessão Demoníaca e a
Autoridade do Nome de Jesus
INTRODUÇÃO
Os demônios, por serem espíritos sem corpos, buscam corpos para
desfrutar de sensações através deles, bem como destruí-los. Os
demônios estão presentes em todos os setores da atividade humana e
agem também na natureza, contrariando leis, provocando acidentes e
conturbando a ordem natural das coisas.
I – TIPOS DE INFLUÊNCIAS DEMONÍACAS
1. Opressão demoníaca
Todos os cristãos, estão sob o ataque das forças satânicas.
Constituímos um alvo ao qual ele tem de se opor, impedir, ferir e
destruir se possível.
Do lado de fora de nossa personalidade, esses poderes podem se
aproximar o bastante para injetarem suas tentações em nossas
mentes, para intrometer-se em nossas emoções, amolecer e
condicionar nossa vontade e assaltar nossos corpos. Jó foi quase
literalmente espancado pelas forças satânicas e tudo foi do lado de
fora.
Todos os cristãos têm de enfrentar esta opressão satânica e demoníaca
em variados graus. A opressão pode ser tão intensa e tão grande, que
as pessoas podem chegar ao desespero durante o processo. E
necessário empregar de modo total nossos recursos espirituais para
resistirmos a esse assalto opressor (Ef 6.13). A vitória espiritual sobre
Satanás requer emprego total de nossa vitória em Cristo, apesar do
nível ou da intensidade de conflito que enfrentamos.
Devemos perceber que Deus tem um propósito soberano na vida do
crente, mesmo durante as intensas batalhas com Satanás. Ele está
realizando a Sua vontade em nossas vidas, mesmo quando na
superfície parece que Satanás está vencendo.
Subsídio 4
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422. Possessão de demônios
A possessão de demônios significa a introdução de uma nova
personalidade no ser da vitima. A nova personalidade apresenta feições
de caráter diferentes por inteiro, daquelas que realmente pertencem à
vitima em seu estado normal, e esta troca de caráter tende, com raras
exceções, para a perversidade moral e impureza. Muitas pessoas,
quando possuídas de demônios, dão evidências de um conhecimento
do qual não podem dar conta em seu estado normal.
Já se observaram casos em que a pessoa que se rende
conscientemente ao poder do demônio, muitas vezes recebe um dom
estranho, de forma que pode ler a sorte, ser médium, etc. O Dr. Nevius
escreve: "Nesse estado, o endemoninhado desenvolve certas
habilidades psíquicas e se dispõe a ser usado. Ele é o escravo
voluntário, treinado e acostumado com o demônio." é uma imitação
satânica dos dons do Espírito Santo!
O indivíduo sob a influência de um demônio não é senhor de si
mesmo; o espírito mau fala por seus lábios ou o emudece à sua
vontade; leva-o aonde quer e geralmente o usa como instrumento,
revestindo-o às vezes de uma força sobrenatural.
3. O verdadeiro servo de Jesus não fica possesso
O Senhor Jesus afirmou que todos os espíritos demoníacos deixam o
corpo da pessoa que se converte ao seu evangelho (Lc 11.24). Tal corpo
fica varrido e adornado, como obra do Espírito Santo (v. 25). A Bíblia,
ensina ainda, que o corpo do cristão é templo do Espírito Santo (1 Co
6.19) e que o corpo, a alma e o espírito do cristão “pertencem a Deus”
(v. 20). Temos promessas de Deus de que o maligno não nos toca: “o
que de Deus é gerado conserva-se a sim mesmo, e o maligno não lhe
toca” (1 Jo 5.18).
4. Daimonizomai — a Terminologia Bíblica Correta
A palavra grega "Daimonizomai", segundo a Concordância Greco —
Española del NUEVO Testamento, ocorre 13 vezes no texto grego nas
seguintes passagens: Mateus 4.24; 8.16,28,33; 9.32; 12.22; 15.22;
Marcos 1.32; 5.15,16; 5.18; Lucas 8.36; João 10.21.
a) Definições da palavra daimonizomai
Ser endemoninhado, ser possesso por um demônio.
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Significa estar possuído por um demônio, atuar sob o controle de
um demônio. "Os que se achavam assim afligidos expressavam a
mente e consciência do demônio ou dos demônios que moravam
neles, por exemplo, Lucas 8.28".
Estar sob o poder de um demônio.
Em suma, o termo grego daimonizomai significa "ser possuído por
demônios", e em nenhum lugar do Novo Testamento é aplicado para
um crente nascido de novo. Um crente nascido de novo jamais pode
ser possuído por demônios.
b) O próprio Cristo exclui a possibilidade de um cristão ser
possuído por demônios
Usando a ilustração de uma casa, Jesus indaga: “Ou como pode
alguém entrar em casa do homem valente e furtar os seus bens, se
primeiro não manietar o valente, saqueando, então, a sua casa?” (Mt
12.29)
No caso de uma pessoa possuída por demônios, o homem forte é
obviamente o Diabo. No crente habitado pelo Espírito, contudo, o
homem forte é Deus. A força do argumento de Cristo leva
inexoravelmente à conclusão de que, para os demônios possuírem um
crente, eles teriam, primeiro, que atacar aquEle que o habita — isto é,
o próprio Deus!
Jesus forneceu um argumento que leva à dedução, ao frisar: “E,
quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares
áridos, buscando repouso, e não o encontra. Então, diz: Voltarei para a
minha casa, donde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida e
adornada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que
ele, e, entrando, habitam ali; e são os últimos atos desse homem
piores do que os primeiros” (Mt 12.43-45, ênfase do autor).
A questão aqui é clara e precisa: se não estamos ocupados pelo
Espírito Santo, sujeitamo-nos à possibilidade de ser habitados por
demônios. Se, por outro lado, a nossa casa é habitação de Cristo, o
Diabo não acha lugar em nós.
O ensinamento consistente da Palavra de Deus é que os cristãos não
podem ser controlados, contra a sua vontade, por possessão
demoníaca. O princípio é perfeitamente seguro. Se você é um seguidor
de Jesus Cristo, o próprio Rei habita em você (veja Jo 14.23; Rm 8.9-
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17). E você pode descansar seguro de que “maior é o que está em vós
do que o que está no mundo” (1 Jo 4.4).
5. Exemplos de possessões demoníacas
a) Um homem gadareno (Mt 8.28- 34; Mc 5.1-20; Lc 8.26-39).
(1) Ele era muito forte, de modo que não podiam controlá-lo.
(2) Ele havia quebrado todas as correntes colocadas nele.
(3) Ele estava morando em volta das tumbas.
(4) Ele estava nu e sendo controlado por 6 mil demônios.
(5) Ele estava possuído por muito tempo.
Os demônios que nele agiam cometiam verdadeiras barbaridades:
tratava-se de um espírito imundo (Mc 5.2) que habitava entre os
sepulcros (Mc 5.3); era extremamente forte; era perigoso (ninguém o
conseguia amansar); não dormia nem de dia nem de noite; feria-se
com pedras (Mc 5.4,5). Reconheceu' Jesus quando O viu (Mc 5.7);
identificou-se como legião (Mc 5.9). Reconhecendo a autoridade
imbatível de Jesus, o espírito que falava no homem pediu-lhe que não
os enviassem para fora daquela província, afinal, a ilegalidade
espiritual daquele lugar era propícia para atuação demoníaca (Mc
5.10). Finalmente os demônios lhe pediram para entrar numa manada
de porcos e Jesus os atendeu. Os porcos se precipitaram no mar e
morreram (Mc 5.12,13).
b) Um menino (Mt 17.14-20; Mc 9.14-29; Lc 9.37-43).
(1) Ele estava endemoninhado desde a infância.
(2) O demônio feria-o e o cortava.
(3) Ele jogava-se na água e no fogo.
(4) Ele sofria de convulsões severas.
(5) Com frequência, ele era jogado violentamente no chão, fazendo-o
rolar, soltando espuma pela boca.
(6) Ele ficou inconsciente e suspeitou-se que ele havia morrido quando
o demônio foi retirado por Jesus.
II – ERAM DOIS OU APENAS UM ENDEMONINHADO
Mateus 8.28-34 fala sobre a cura de dois endemoninhados pelo Senhor
Jesus. Já Marcos e Lucas falam que foi apenas um. Como explicar
essas divergências?
Diz o texto bíblico: "E, tendo chegado à outra margem, à província dos
gadarenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos
sepulcros; tão ferozes eram, que ninguém podia passar por aquele
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caminho. E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus,
Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? (Mt 8.28,
29).
Conforme afirmam as notas da Bíblia de Estudo Pentecostal, os
primeiros três evangelhos: Mateus, Marcos e Lucas foram escritos
entre os anos 60 e 65 d.C., sendo que o primeiro foi o de Marcos, e o
ultimo evangelho a ser escrito, o de João, o foi entre os anos 80 a 95
d.C. Ora, como o apóstolo Mateus só começou a escrever de 30 a 35
anos depois, ele se utilizou, além de suas próprias experiências
durante a sua vida seguindo o Senhor desde o seu trabalho na
coletoria quando o Senhor Jesus o requisitou a segui-lo (Mt 9.9),
também das informações dos que com ele viveram naquele tempo, lhe
esclarecendo e fazendo lembrar os fatos que aconteceram, pois já se
faziam mais de 30 anos; além do que, havia também aqueles fatos que
antecederam a sua chamada por Jesus (seu nascimento, batismo,
tentação no deserto etc).
O medico amado Lucas, por sua vez, não foi apóstolo do Senhor.
Como também o evangelista Marcos, que não obstante ter acompa-
nhado o Senhor Jesus, não está escrito que ele foi um dos seus
apóstolos (Mc 14.52).
Relata-nos Lucas:
"Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos
que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos
que os presenciaram desde o princípio e foram ministros da palavra,
pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó
excelentíssimo Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado
minuciosamente de tudo desde o princípio, para que conheças a
certeza das coisas de que já estás informado" (Lc 1.1-4).
Mateus, a partir de informações ou do seu testemunho pessoal, notou
que havia dois endemoninhados, mas o gadreno (como sempre) foi
destacado por sua fúria e ousadia macabra por falar pelo outro
endemoninhado que o acompanhava.
Era uma legião ("muitos") que falavam, mas o transmissor era um.
Podem existir muitas vozes, (Rm 15.6) mas somente uma deve ser
notória, ou falar por todos; é o que lidera, e Mateus registrou este
adendo.
Como frisa o Comentário Bíblico do Novo Testamento da CPAD,
Mateus registra só os fundamentos simples deste exorcismo e omite
detalhes de Marcos.
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Mateus queria nos mostrar a severidade da possessão e terror de toda
comunidade e a instrução que o exorcizado recebeu de testemunhar às
pessoas de Decápolis. Mas Mateus acrescenta que havia dois
endemoninhados (Mt 9.27; 20.30).
Ao que parece, os dois outros evangelhos se centralizaram em um só
endemoninhado, enquanto Mateus se refere aos dois provavelmente
para cumprir a exigência judaica de testemunho legal de pelo menos
duas testemunhas (Dt 17.6; 19.15).
Do mesmo modo lemos que Mateus registrou que Jesus entraria em
Jerusalém sentado numa jumenta e num jumentinho (Mt 21.5).
Entretanto, Marcos e Lucas registraram que seria em um jumentinho
que Jesus faria sua entrada triunfante em Jerusalém. Ou seja, havia
uma jumenta e um jumentinho, mas o foco de Marcos e Lucas estava
no jumentinho o qual ninguém o havia montado, e não na jumenta.
Ou seja, outra vez Mateus pluralizou os detalhes dos seus escritos,
enquanto Marcos e Lucas as individualizavam. Mas a importância
desse acontecimento estava focalizada na entrada triunfal de Jesus cm
Jerusalém.
No caso dos endemoninhados, o principal objetivo foi focalizar o poder,
a libertação, e a salvação dos gadarenos pelo poder extraordinário do
Senhor Jesus.
Enfim, o foco dos registros de Mateus estava na pluralidade e o de
Marcos e Lucas, na individualidade. Portanto, eram dois os
endemoninhados, mas um notadamente se destacou.10
III – O PODER DO NOME DE JESUS
Quem leva a sério a vida cristã e se submete a vontade do Senhor
Jesus Cristo, sabe que há poder no nome de Jesus. Em nome de Jesus
seus seguidores oram, em seu nome os crentes expulsam demônios e
ministram curas sobre os enfermos.
1. A oração em nome de Jesus
“E tudo o que vocês pedirem em meu nome, isso farei, a fim de
que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirem alguma coisa
em meu nome, eu o farei (João 14.13,14 – NAA)”.
“Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, eu os
escolhi e os designei para que vão e deem fruto, e o fruto de
10
Fonte: Jornal Mensageiro da paz, Junho de 2016 - José Edson de Souza
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vocês permaneça, a fim de que tudo o que pedirem ao Pai em
meu nome, ele lhes conceda (João 15.16 – NAA)”.
“[...] Em verdade, em verdade lhes digo: se pedirem ao Pai
alguma coisa em meu nome, eles lhes concederá. Até agora
vocês não pediram nada em meu nome; peçam e receberão, para
que a alegria de vocês seja completa (João 16.23,24 – NAA)”.
2. Ministrando curas em nome de Jesus
“Pedro e João estavam se dirigindo ao templo para a oração das
três horas da tarde. Estava sendo levado um homem, coxo de
nascença, que diariamente era colocado à porta do templo
chamada Formosa, para pedir esmolas aos que entravam.
Quando ele viu Pedro e João, que iam entrar no templo, pediu
que lhe dessem uma esmola. Pedro, fitando-o, juntamente com
João, disse: — Olhe para nós! Ele os olhava atentamente,
esperando receber alguma coisa. Pedro, porém, lhe disse: — Não
possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso lhe dou: em
nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levante-se e ande! E,
pegando na mão direita do homem, ajudou-o a se levantar.
Imediatamente os seus pés e tornozelos se firmaram; e, dando
um salto, ficou em pé, começou a andar e entrou com eles no
templo, pulando e louvando a Deus. Todo o povo viu o homem
andando e louvando a Deus, e reconheceram que ele era o
mesmo que pedia esmolas, assentado à Porta Formosa do
templo; e ficaram muito admirados e espantados com o que lhe
tinha acontecido (Atos 3.1-10)”.
“[...] Em meu nome... se impuserem as mãos sobre enfermos,
eles ficarão curados (Marcos 16.17,18 – NAA)”.
“Alguém de vocês está doente? Chame os presbíteros da igreja, e
estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do
Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o
levantará. E, se houver cometido pecados, estes lhe serão
perdoados (Tiago 5.14,16 – NAA)”.
3. Expulsando demônios em nome de Jesus
“E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome
expulsarão os demônios; falarão novas línguas (Marcos 16.17 –
ACF)”.
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