2. LIVROS CENSURADOS
Erico Verissimo e Jorge Amado lideraram o
movimento de resistência e orientavam os autores a
não submeterem seus livros.
Falecida em 2002, Cassandra Rios é a escritora mais
censurada do Brasil. Em 1976, ela teve 33 de seus 36
livros proibidos pela ditadura. Os censores alegavam
“temas atentatórios à moralidade pública” para vetar
livros apimentados, como O Prazer de Pecar.
Homossexual, Cassandra chegou a ser condenada à
prisão.
Quadrinhistas famosos também foram censurados.
Eram tantos os vetos que, em muitos casos, as HQs
ficavam incompreensíveis.
Dentre elas estava Feliz Ano Novo, do
brasileiro Rubem Fonseca.
4. 1. Apesar de voce – Chico Buarque
2. Calice – Chico Buarque e Milton Nascimento
3. Mosca na sopa – Raul Seixas
4. É proibido proibir – Caetano Veloso
5. Presente Cotidiano – Luiz Melodia
5. MOSCA NA SOPA – RAUL SEIXAS
Sabe-se que no período da ditadura militar, tanto músicos
quanto escritores (poetas) utilizavam suas obras artísticas
e literárias para, de alguma forma, denunciarem as
mazelas sociais daquele período e, incomodaram sendo
a mosca (questionadores) na sopa (militares e governantes).
Desta forma, o povo é apresentado como aquele que
incomoda, que não pode ser eliminado, pois sempre vão
existir aqueles que se levantam contra regimes opressores.
"Eu sou a mosca que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca que pintou pra lhe abusar...
Eu sou a mosca que perturba o seu sono
Eu sou a mosca no seu quarto a zumbizar...
E não adianta vir me detetizar
Pois nem o DDT pode assim me exterminar
Porque você mata uma e vem outra em meu lugar...”
6. CENSURA NAS NOVELAS: O BEM AMADO
A novela “O bem amado” teve sua sinopse modificada no meio
da exibição, para que não fosse cancelada ou sofresse mudança
na grade horária, o que acarretaria em perda de audiência e
patrocínio.
A música da abertura da novela é O Bem-Amado. A música
original era Paiol de Pólvora de Toquinho e Vinicius, mas foi
proibida pela censura devido ao verso “Estamos sentados em
um paiol de pólvora”.
Em 1973, a Censura Federal proibiu que a palavra “coronel”
fosse pronunciada em O Bem-Amado. “Coronel” era a forma
como alguns personagens, especialmente Zeca Diabo,
tratavam o prefeito Odorico Paraguaçu. Os militares achavam
que Dias Gomes se referia a um coronel de patente militar,
quando, na verdade, ele fazia alusão aos “coronéis” do sertão
da Bahia.
A censura também implicou com as palavras “capitão”(forma
como Odorico se referia a Zeca Diabo) “ódio” e “vingança”,
obrigando a equipe de produção a apagar o áudio de vários
capítulos já gravados.