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MATÉRIA: SISTEMA OPERACIONAL (S.O)
PROFESSOR: ARMANDO RIVAROLA, LICENCIADO EM
COMPUTAÇÃO
GERENCIAMENTO DE I/O
 O acrônimo I/O (Input/Output) ou E/S
(Entrada/Saída) representa toda a sorte de
dispositivos eletrônicos, eletromecânicos e ópticos
que são integrados a um sistema computacional
com o propósito de realizar a comunicação do
processador e memória com o meio externo.
 De certa forma, o computador seria uma máquina
inútil caso não existissem meios de realizar-se as
operações de entrada e saída.
 Os dispositivos de I/O, dispositivos periféricos ou
apenas periféricos podem ser classificados de forma
ampla em três categorias [STA96, p. 179]:
 Human-Readable: Dispositivos apropriados para
serem utilizados por usuários do computador tais
como o teclado, o mouse ou o monitor de vídeo.
 Machine-Readable: São aqueles projetados para
interligação do computador com outros
equipamentos, tais como unidades de disco, CD-
ROM ou fita magnética.
 Communication: Destinados a realizar a
comunicação do computador com outros
dispositivos remotos, tais como placas de rede ou
modems.
OPERAÇÃO DE MÓDULOS DE I/O
 Os módulos de I/O podem ser operados de três
maneiras básicas:
 I/O Programado,
 I/O com Interrupções e
 I/O com Acesso Direto à Memória (DMA)
 De forma geral, o que distingue estas três formas
de operação é a participação do processador e a
utilização do mecanismo de interrupções,
conduzindo a resultados bastante distintos.
I/O PROGRAMADO
 Com o I/O programado (programmed I/O) os dados
são trocados diretamente entre o processador e o
módulo de I/O, ou seja, o processador deve
executar um programa que verifique o estado do
módulo de I/O, preparando o para a operação se
necessário, enviando o comando que deve ser
executado e aguardando o resultado do comando
para então efetuar a transferência entre o módulo
de I/O e algum registrador do processador.
 Portanto é responsabilidade do processador verificar o estado do
módulo de I/O em todas as situações, inclusive quando aguarda
dados. Isto significa que o processador não pode executar outras
tarefas enquanto aguarda a operação do módulo de I/O. Veja na
Figura 5.2 um esquema indicando o funcionamento das operações
de I/O programadas.
Figura 5.2: Funcionamento do I/O programado
I/O COM INTERRUPÇÕES
 Para superar o problema da espera do processador por
operações nos dispositivos periféricos, pode ser
utilizado o mecanismo das interrupções, ou seja o I/O
através de interrupções (interrupt driven I/O).
Tecnicamente falando, uma interrupção permite que
uma unidade ganhe a atenção imediata de outra, de
forma que a primeira unidade possa finalizar sua tarefa
[DEI92, p. 25].
 Assim sendo, quando o processador envia um comando
para o módulo de I/O, o mesmo pode passar executar
uma outra tarefa, sem a necessidade de monitorar o
módulo acionado. Quando a operação for concluída, o
módulo de I/O interrompe o processador, isto é, aciona
uma interrupção para requisitar o processamento dos
dados (a troca de dados com o processador). O
processador executa a troca de dados, liberando o
módulo de I/O e retomando o processamento anterior.
 Conforme podemos observar na Figura 5.4, a
operação de I/O com interrupções é a seguinte:
 1. O processador envia um comando ao módulo de
I/O (por exemplo, uma operação read), que a
realiza de modo independente (i.e., em paralelo a
atividade do processador).
 2. O processador passa a executar outra tarefa, ou
seja, um outro processo.
 3. Ao finalizar a operação requisitada, o módulo de
I/O sinaliza uma interrupção para o processador.
 4. Ao término da instrução corrente, o processador
verifica a ocorrência de uma interrupção,
determinando qual dispositivo a originou e então
sinalizando conhecimento (acknowledgment
signal).
 5. O processador salva o contexto da tarefa atual na pilha
(stack), preservando assim o conteúdo do contador de programa
e demais registradores.
 6. O processador carrega o endereço da rotina de serviço no
contador de programa para poder iniciar a execução da rotina
de tratamento da interrupção detectada. Tais endereços são
armazenados numa região pré-determinada da memória,
denominada vetor de interrupções.
 7. A rotina de tratamento da interrupção é executada, ou seja, os
dados solicitados são lidos do módulo de I/O para um
registrador do processador e depois transferidos para uma área
de memória apropriada.
 8. Finalizada a rotina de tratamento da interrupção, o
processador restaura o contexto da tarefa interrompida, lendo o
conteúdo do contador de programa e demais registradores da
pilha.
 9. O processador retorna ao processamento da tarefa no ponto
em que foi interrompida.
 10. Mais um momento mais a frente, em seu quantum, o
processo que solicitou a operação de I/O será executado com
os dados obtidos a sua disposição.
Figura 5.4: Funcionamento do I/O com interrupções
I/O COM ACESSO DIRETO À MEMÓRIA (DMA)
 A técnica de DMA propõe utilizar uma única
interrupção para efetuar a transferência de um
bloco de dados diretamente entre o periférico e a
memória primária, sem o envolvimento do
processador e com isso reduzindo o número de
operações necessárias e assim acelerando o
processo.
 Para tanto, torna-se necessária a existência de um
módulo adicional, chamado de controlador de
DMA, cuja operação, ilustrada na Figura 5.6, é
descrita a seguir [STA96, p. 199]:
 1. O processador envia comando (leitura ou
escrita) para controlador de DMA.
 2. O processador continua seu trabalho enquanto
DMA efetua a transferência com o dispositivo de
I/O.
 3. Para acessar a memória o controlador de DMA
rouba ciclos do processador para acessar a
memória principal, atrasando-o ligeiramente.
 4. Ao final da operação o controlador de DMA
aciona uma interrupção para sinalizar o término da
operação.
 5. O processador pode executar a rotina de
tratamento da interrupção processando os dados
lidos ou produzindo novos dados para serem
escritos.
 Este método é significativamente mais rápido do que o I/O
programado ou I/O via interrupções pois utiliza apenas uma
única interrupção, o processador fica liberada para executar
outras tarefas e a transferência dos dados ocorre em bloco (e
não byte a byte) diretamente entre o periférico e a memória.
Figura 5.6: Funcionamento do I/O com DMA
EXERCÍCIOS
 1) O que propõe o I/O Acesso Direto à Memória
(DMA)?
 2) Fale sobre o I/O com interrupções.
 3) Fale sobre o I/O Programado.
 4) Os dispositivos de I/O, dispositivos periféricos ou
apenas periféricos podem ser classificados de
forma ampla em três categorias [STA96, p. 179]:
Fale sobre cada uma delas.

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S.O. I/O Gerenciamento

  • 1. MATÉRIA: SISTEMA OPERACIONAL (S.O) PROFESSOR: ARMANDO RIVAROLA, LICENCIADO EM COMPUTAÇÃO
  • 2. GERENCIAMENTO DE I/O  O acrônimo I/O (Input/Output) ou E/S (Entrada/Saída) representa toda a sorte de dispositivos eletrônicos, eletromecânicos e ópticos que são integrados a um sistema computacional com o propósito de realizar a comunicação do processador e memória com o meio externo.  De certa forma, o computador seria uma máquina inútil caso não existissem meios de realizar-se as operações de entrada e saída.  Os dispositivos de I/O, dispositivos periféricos ou apenas periféricos podem ser classificados de forma ampla em três categorias [STA96, p. 179]:
  • 3.  Human-Readable: Dispositivos apropriados para serem utilizados por usuários do computador tais como o teclado, o mouse ou o monitor de vídeo.  Machine-Readable: São aqueles projetados para interligação do computador com outros equipamentos, tais como unidades de disco, CD- ROM ou fita magnética.  Communication: Destinados a realizar a comunicação do computador com outros dispositivos remotos, tais como placas de rede ou modems.
  • 4. OPERAÇÃO DE MÓDULOS DE I/O  Os módulos de I/O podem ser operados de três maneiras básicas:  I/O Programado,  I/O com Interrupções e  I/O com Acesso Direto à Memória (DMA)  De forma geral, o que distingue estas três formas de operação é a participação do processador e a utilização do mecanismo de interrupções, conduzindo a resultados bastante distintos.
  • 5. I/O PROGRAMADO  Com o I/O programado (programmed I/O) os dados são trocados diretamente entre o processador e o módulo de I/O, ou seja, o processador deve executar um programa que verifique o estado do módulo de I/O, preparando o para a operação se necessário, enviando o comando que deve ser executado e aguardando o resultado do comando para então efetuar a transferência entre o módulo de I/O e algum registrador do processador.
  • 6.  Portanto é responsabilidade do processador verificar o estado do módulo de I/O em todas as situações, inclusive quando aguarda dados. Isto significa que o processador não pode executar outras tarefas enquanto aguarda a operação do módulo de I/O. Veja na Figura 5.2 um esquema indicando o funcionamento das operações de I/O programadas. Figura 5.2: Funcionamento do I/O programado
  • 7. I/O COM INTERRUPÇÕES  Para superar o problema da espera do processador por operações nos dispositivos periféricos, pode ser utilizado o mecanismo das interrupções, ou seja o I/O através de interrupções (interrupt driven I/O). Tecnicamente falando, uma interrupção permite que uma unidade ganhe a atenção imediata de outra, de forma que a primeira unidade possa finalizar sua tarefa [DEI92, p. 25].  Assim sendo, quando o processador envia um comando para o módulo de I/O, o mesmo pode passar executar uma outra tarefa, sem a necessidade de monitorar o módulo acionado. Quando a operação for concluída, o módulo de I/O interrompe o processador, isto é, aciona uma interrupção para requisitar o processamento dos dados (a troca de dados com o processador). O processador executa a troca de dados, liberando o módulo de I/O e retomando o processamento anterior.
  • 8.  Conforme podemos observar na Figura 5.4, a operação de I/O com interrupções é a seguinte:  1. O processador envia um comando ao módulo de I/O (por exemplo, uma operação read), que a realiza de modo independente (i.e., em paralelo a atividade do processador).  2. O processador passa a executar outra tarefa, ou seja, um outro processo.  3. Ao finalizar a operação requisitada, o módulo de I/O sinaliza uma interrupção para o processador.  4. Ao término da instrução corrente, o processador verifica a ocorrência de uma interrupção, determinando qual dispositivo a originou e então sinalizando conhecimento (acknowledgment signal).
  • 9.  5. O processador salva o contexto da tarefa atual na pilha (stack), preservando assim o conteúdo do contador de programa e demais registradores.  6. O processador carrega o endereço da rotina de serviço no contador de programa para poder iniciar a execução da rotina de tratamento da interrupção detectada. Tais endereços são armazenados numa região pré-determinada da memória, denominada vetor de interrupções.  7. A rotina de tratamento da interrupção é executada, ou seja, os dados solicitados são lidos do módulo de I/O para um registrador do processador e depois transferidos para uma área de memória apropriada.  8. Finalizada a rotina de tratamento da interrupção, o processador restaura o contexto da tarefa interrompida, lendo o conteúdo do contador de programa e demais registradores da pilha.  9. O processador retorna ao processamento da tarefa no ponto em que foi interrompida.  10. Mais um momento mais a frente, em seu quantum, o processo que solicitou a operação de I/O será executado com os dados obtidos a sua disposição.
  • 10. Figura 5.4: Funcionamento do I/O com interrupções
  • 11. I/O COM ACESSO DIRETO À MEMÓRIA (DMA)  A técnica de DMA propõe utilizar uma única interrupção para efetuar a transferência de um bloco de dados diretamente entre o periférico e a memória primária, sem o envolvimento do processador e com isso reduzindo o número de operações necessárias e assim acelerando o processo.  Para tanto, torna-se necessária a existência de um módulo adicional, chamado de controlador de DMA, cuja operação, ilustrada na Figura 5.6, é descrita a seguir [STA96, p. 199]:
  • 12.  1. O processador envia comando (leitura ou escrita) para controlador de DMA.  2. O processador continua seu trabalho enquanto DMA efetua a transferência com o dispositivo de I/O.  3. Para acessar a memória o controlador de DMA rouba ciclos do processador para acessar a memória principal, atrasando-o ligeiramente.  4. Ao final da operação o controlador de DMA aciona uma interrupção para sinalizar o término da operação.  5. O processador pode executar a rotina de tratamento da interrupção processando os dados lidos ou produzindo novos dados para serem escritos.
  • 13.  Este método é significativamente mais rápido do que o I/O programado ou I/O via interrupções pois utiliza apenas uma única interrupção, o processador fica liberada para executar outras tarefas e a transferência dos dados ocorre em bloco (e não byte a byte) diretamente entre o periférico e a memória. Figura 5.6: Funcionamento do I/O com DMA
  • 14. EXERCÍCIOS  1) O que propõe o I/O Acesso Direto à Memória (DMA)?  2) Fale sobre o I/O com interrupções.  3) Fale sobre o I/O Programado.  4) Os dispositivos de I/O, dispositivos periféricos ou apenas periféricos podem ser classificados de forma ampla em três categorias [STA96, p. 179]: Fale sobre cada uma delas.