Slides da Lição 5 - A missão da Igreja de Cristo - Pr. Caramuru Afonso Francisco.pdf

LIÇÃO 5
A MISSÃO DA
IGREJA DE
CRISTO

ONa sequência do estudo da Eclesiologia,
veremos hoje qual a missão da Igreja.
OJesus deu missões para a Sua Igreja.
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O A palavra “missão” vem do latim “missio”, cujo
significado é o de “ação de enviar, remessa,
missão”, sendo uma forma do verbo “mittere”, que
significa “deixar ir, partir, soltar, largar, lançar,
atirar”.
O Quando se fala, pois, em “missão”, se está a falar,
como diz o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa
em “incumbência que alguém deve executar a
pedido ou por ordem de outrem; encargo”.

O Edificada pelo Senhor Jesus, a Igreja recebeu
d’Ele incumbências, encargos, que devem ser
cumpridos, uma vez que Ele é o Mestre e Senhor
(Jo.13:13), a cabeça da Igreja (Ef.1:22; 5:23).
O O próprio Jesus disse aos discípulos que os
enviava assim como havia sido enviado pelo Pai
(Jo.20:21).

O As Escrituras revelam-nos que, com a vitória de
Cristo sobre a morte e o inferno, forma-se um
povo especial, zeloso e de boas obras (Tt.2:14),
a saber, a Igreja.
O Ao nos mostrar que a Igreja é um povo, a Bíblia
já nos mostra que a Igreja difere dos outros dois
povos que existem sobre a face da Terra, ou
seja, os gentios e os judeus (I Co.10:32).

O Ser uma nação representa ter elementos próprios
de uma nação.
O Nação: “…agrupamento político autônomo que
ocupa território com limites definidos e cujos
membros, ainda que não necessariamente com a
mesma origem, língua, religião ou raça (como fazia
crer um conceito mais antigo), respeitam
instituições compartidas (leis, constituição,
governo)” (Dicionário Houaiss de Língua
Portuguesa).

O Para que se tenha uma nação, faz-se preciso, em primeiro lugar, que
se tenha um grupo de pessoas. Ora, a Igreja é um conjunto de
pessoas, a saber, o grupo de pessoas que tiveram suas vestes lavadas
no sangue do Cordeiro (Ap.22:14), que não são estrangeiros nem
forasteiros, mas cidadãos legítimos desta nação (Ef.2:14-19).
O Em segundo lugar, para que se tenha uma nação, faz-se mister que o
grupo de pessoas tenha autonomia política, ou seja, tenha um
governo próprio e que seja independente de qualquer outro grupo,
que tenha as suas próprias leis. É exatamente esta a situação da
Igreja, visto que possui uma cabeça, que é Jesus (Ef.1:22; 5:23),
seguindo única e exclusivamente a Seus mandamentos (Jo.15:10-17;
At.1:2; 5:29; I Jo.2:3-8).

OEm terceiro lugar, para que se tenha uma
nação, é necessário que haja um território
com limites definidos.
OA Igreja tem como território o “reino de
Deus” (Mt.21:43; Jo.3:5), que não é deste
mundo (Jo.18:36), mas, sim, os “lugares
celestiais em Cristo” (Ef.1:3; 2:6).

O Em quarto lugar, a Igreja é uma nação porque seus
membros, embora não tenham a mesma origem, língua,
religião ou raça (Ef.2:11-14; Cl.3:11; Ap.5:9), ao crerem
em Jesus Cristo, passaram da morte para a vida
(Jo.5:24; I Jo.3:14).
O Por isso, compartilham das mesmas instituições, ou seja,
têm a mesma conduta de vida, as mesmas leis, porque
observam aquilo que Jesus lhes mandou, devendo, por
isso, desempenhar tarefas que lhe foram determinadas
pelo Senhor.

O A primeira razão de ser da Igreja é a pregação
do Evangelho aos judeus e aos gentios
(Mc.16:15).
O A Igreja existe para pregar o Evangelho, para
continuar a pregação de Jesus (Mc.1:14,15).
Este, aliás, é um dos motivos pelos quais a
Igreja é chamada de “o corpo de Cristo”, pois
deve continuar a fazer o que Jesus fez.

O Mas a Igreja não serve apenas para pregar o
Evangelho. Tem ela também a tarefa de integrar as
pessoas que aceitam a salvação no seu interior.
O Assim que alguém aceita a Cristo como seu Senhor
e Salvador, tem de ser integrado na igreja local, no
grupo social onde passará os dias aguardando a
volta de Cristo (At.2:41,44). Esta função de
integração tem no batismo nas águas o seu ponto
mais importante.

OOutra função importantíssima que é a do
aperfeiçoamento dos santos (Ef.4:11-16), a
começar pelo discipulado (At.11:25,26).
OO crescimento espiritual do salvo somente
se dá na igreja local.

O A Igreja, como é o povo de Deus na Terra na
atual dispensação, é o único povo que pode
adorar a Deus, visto que está em comunhão com
Ele, já que seus pecados foram tirados por Jesus
(Jo.1:29; Rm.5:1).
O É, portanto, dever da Igreja adorar a Deus, em
espírito e em verdade, já que o Pai procura tais
adoradores (Jo.4:23). Deve, portanto, a Igreja
cumprir este dever de adoração.

O A Igreja é uma nação santa, é o sal da terra e luz do
mundo (Mt.5:13,14) e, por isso, por ainda estar no
mundo, embora dele não seja (Jo.17:11,15,16), torna-se
o porta-voz natural de Deus para os gentios e para os
judeus.
O A Igreja é a “boca” de Deus para o mundo e, por isso,
temos o dever de proclamar a Palavra, de dizer ao
mundo qual é a vontade de Deus em todos os assuntos e
questões que se apresentarem enquanto perdurar a
nossa jornada, a nossa peregrinação.

O Como a Igreja foi chamada para dar fruto e fruto
permanente (Jo.15:16), frutos, aliás, que são diferentes
dos outros povos (Mt.7:15-20), porque se trata do fruto
do Espírito (Gl.5:22) e só a Igreja tem e recebeu o
Espírito Santo (Jo.14:17), o comportamento da Igreja é
diferente do comportamento dos demais homens, sejam
judeus, sejam gentios.
O Igreja tem uma missão ética, o dever de se portar de
modo a não dar escândalo aos outros povos (I Co.10:32),
tendo de ter uma conduta que identifique a sua
comunhão com o Pai (Mt.5:16).

O Também por estar no mundo e por se apresentar em
grupos sociais, as chamadas “igrejas locais”, a Igreja
acaba tendo de ter um papel perante a sociedade, como,
aliás, todo grupo social.
O As igrejas locais não fogem a esta obrigação, que decorre
da sua própria natureza de ser parte da sociedade. Deus
não nos tirou do mundo nem Jesus quis que isto se
fizesse (Jo.17:15) e, diante desta realidade, assim como
fez Nosso Senhor, devemos, também, ter uma atuação
social digna de nota, que sirva de testemunho de nossa
comunhão com Deus.

O Um dever de cada cidadão desta nação chamada Igreja é
o de ajudar uns aos outros, por intermédio de:
a) aconselhamento cristão (Rm.15:14; Cl.3:16; I Ts.5:11;
Hb.3:13; 10:25);
b) consolar uns aos outros, por intermédio da visitação (I
Ts.4:18; Hb.10:24; Tg.5:16);
c) promover a comunhão uns com os outros, por
intermédio da conciliação (Mt.18:15-17;Ef.5:21; Cl.3:13).

O Sendo a Igreja a coluna e firmeza da verdade (I
Tm.3:14-16), ao mesmo tempo em que tem o dever de
proclamar a Palavra, deve preservar a sã doutrina (II
Tm.4:1-5; Tt.2:7-10), lutando tenazmente contra os
falsos mestres que se introduzem no seu meio (II Pe.2:1-
3; Jd.4), conservando, assim, a massa pura, não
permitindo que se ponha nela o fermento arruinador
(Mt.13:33; 16:6,11; Mc.8:15; Lc.12:1).
O A Igreja, como é um organismo vivo, não pode permitir
que as coisas desta vida venham a matar a vida
espiritual de seus membros.

OA Igreja, na preservação da sã doutrina,
deve, também, corrigir aqueles que estão a
claudicar na jornada, impedindo que venham
a se perder, motivo por que cabe também à
Igreja a missão disciplinadora, a fim de
corrigir os que estão a desviar da sã
doutrina, impedindo a sua perdição.

O “Entendemos que a função primordial da Igreja é
glorificar a Deus: ‘ quer comais, quer bebais, ou façais
outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus’ (I
Co.10:31). Isso é feito por meio da adoração, da
evangelização, da edificação de seus membros e do
trabalho social.…” (DFAD XI.6, p.122).
O A glorificação a Deus é o objetivo de todas as atividades
e tarefas que a Igreja tem de realizar durante o seu
tempo aqui na face da Terra. Foi o que fez Jesus
(Jo.17:4,5).

O Mas o que é “glorificar a Deus”? A palavra grega
constante de Jo.17:4 é “doxazó” (δοξάζω), cujo
significado é o de “atribuir peso reconhecendo a
substância real, o valor de alguém”.
O Glorificar, portanto, é reconhecer quem Deus é,
considerá-l’O como o Supremo Ser, o Senhor de
todas as coisas, que é digno de toda honra, toda
glória e toda adoração. É ter a consciência de que,
sem Ele, nada podemos fazer nem ser (Jo.15:5;
At.17:28).

OO reconhecimento de que Deus é Deus tem
como corolário a consciência de que se deve
sempre fazer a Sua vontade.
OO que caracteriza os outros dois povos
(judeus e gentios) é a recusa em glorificar a
Deus. (Rm.1:21,22).

O Glorificar a Deus é conscientizar-se de que nada
pode existir ou ser sem que seja esta a vontade
de Deus e que somente aquele que faz a Sua
vontade permanece para sempre (I Jo.2:17).
Glorificar a Deus é obedecer-Lhe.
O “Atribuir o devido peso ao Senhor” é ter a
consciência de que Ele é amor, mas também
justiça, de modo que não tomará o culpado por
inocente (Na.1:3).

O A Igreja conhece a Deus e, por isso mesmo, vive
para glorificá-l’O, fazendo-Lhe a vontade,
obedecendo-Lhe e procurando sempre agradar-
Lhe. A Igreja agrada somente a Cristo e não aos
homens (Gl.1:10).
O Eis, aliás, uma demonstração de que só a Igreja
tem a vida eterna, porque “a vida eterna é esta:
que conheçam a Ti só por único Deus verdadeiro
e a Jesus Cristo, a Quem enviaste” (Jo.17:3).

OComo se glorifica a Deus:
a) adoração;
b) evangelização;
c) edificação de seus membros;
d) trabalho social.

Amém.
Pr. Caramuru Afonso Francisco

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