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Educação Física
Dança da Idade Média
   
● Colégio Estadual José Rodrigues Naves
● Data: 12/09/13
● Série: 1”B”
● Turno: Matutino
● Alunos: Andressa Rolindo; n: 05
● Larissy Rocha; n:17
● Ludimilla Dourado; n:22 
● Nayara Pinheiro; n:31
● Pollyanna Crystinna. n:38
   
   
Dança da Idade Média
Durante a Idade Média, aproximadamente do século V até o 
século XIV, o cristianismo tornou­se a força mais influente 
na  Europa.  Foram  proibidas  as  danças  teatrais,  por 
representantes  da  Igreja,  pois  algumas  delas  apresentavam 
movimentos muito sensuais. Mas os dançarinos ambulantes 
continuaram a se apresentar nas feiras e aldeias mantendo a 
dança teatral viva. Em torno do século XIV, as associações 
de artesãos promoviam a representação de elaboradas peças 
religiosas,  nas  quais  a  dança  era  uma  das  partes  mais 
populares. 
   
Quando ocorreu a peste negra, uma epidemia que causou a 
morte de um quarto da população, o povo cantava e dançava 
freneticamente  nos  cemitérios;  eles  acreditavam  que  essas 
encenações  afastavam  os  demônios  e  impediam  que  os 
mortos  saíssem  dos  túmulos  e  espalhassem  a  doença.  Isto 
ocorreu no século XIV. 
Durante toda a Idade Média, os europeus continuaram a 
festejar casamentos, feriados e outras ocasiões festivas com 
danças folclóricas, como a dança da corrente, que começou 
com os camponeses e foi adotada pela nobreza, numa forma 
mais requintada, sendo chamada de carola. No final da Idade 
Média a dança tornou­se parte de todos os acontecimentos 
festivos. 
   
Com a decadência do Império Romano os costumes sociais, 
inclusive as danças, foram se tornando licenciosos, o que 
gerou uma desconfiança e uma condenação, por parte dos 
cristãos, que perdurou mais de mil anos. Quando o 
cristianismo foi oficializado a perseguição à dança, muito 
mais acentuada, foi tão persistente quanto inútil. Apesar de 
proibido, como impedir qualquer povo de dançar? Foi o 
desenvolvimento do ballet clássico, no sentido de uma arte 
cada vez mais espiritualizada, cujo clímax foi atingido no 
período romântico, que rompeu, em grande dimensão, as 
restrições da igreja à dança . Os bárbaros, amantes das festas 
dançadas, contribuíram para sua manutenção, assim como 
aconteceu com o Teatro Popular Medieval, através dos 
gêneros teatrais “farsas, mistérios e moralidades”
   
Da Idade Média vale citar a dança mourisca surgida, segundo 
alguns autores, no século VIII, de acordo com outros no século 
XI. Reproduzia­se nela a primitiva dança de armas na forma de 
uma batalha entre mouros e cristãos, dança ainda hoje 
executada, base de várias de nossas manifestações dançadas 
como as “Cheganças” e as “Cavalhadas”. 
E base da encenação que deu origem ao ballet. Um elo do ballet 
com o Brasil? Paradoxalmente, considerando a repressão cristã, 
as guerras, pestes, insegurança, pânico e confusão que 
marcaram o desmantelamento do mundo feudal, as condições 
de vida do fim da Idade Média foram expressas através do que 
se convencionou chamar “dançomania”, movimento composto 
pela tarantela, a única das danças que celebrava a vida, pela 
dança de São Vito ou São Guido, pela dança do flautista de 
Hamelin e pela dança macabra. 
   
A transformação da dança coletiva em idéias macabras 
resultou do antiqüíssimo e universal conceito de que a dança 
teria o poder de permitir a comunicação com os mortos, com 
o não menos antigo, de que os mortos se movimentam em 
alguma outra existência ou outro mundo. Encontra­se uma 
frase do século III, escrita por um rei de Meca: “O que sois, 
fomos; o que somos sereis”. Esse ditado alcançou o 
Ocidente fazendo com que, séculos depois, tenha originado 
a dança macabra. A palavra macabra vem de “kabr”, que 
significa tumba, e “mák”, que quer dizer cemitério. É justo 
supor, portanto, que tanto a palavra quanto a dança são de 
origem árabe. A dança de São Vito ou São Guido é descrita 
como parte de uma cerimônia mórbida em que, no quarto de 
um moribundo, o dançarino executava uma dança em 
desarmonia com o corpo, composta de movimentos 
convulsivos e espasmódicos, até começar a babar e perder a 
consciência. 
   
A dança do flautista da cidade de Hamelin impelia homens e 
crianças, que levados por uma alucinação mórbida saíam a 
pé, carregando ramos e círios, até sofrerem sérias 
conseqüências ou morrerem de esgotamento pelo esforço 
despendido. Para a lenda de Hamelin, na qual os meninos 
eram atraídos à montanha pela música de um flautista não 
houve mais que um passo. á a tarantela, muito dançada até 
hoje, parte integrante de grande parte dos ballets de 
repertório do século XIX, exibia a alegria e a extroversão do 
italiano. Originou­se, provavelmente, do torpor produzido 
pela mordida da aranha Lycosa Tarentula e, segundo consta, 
o movimento frenético da dança, tinha a propriedade de 
expelir através do suor o veneno do animal. Os nomes, tanto 
da aranha quanto da dança derivaram da cidade de Tarentum. 
A esse movimento se chamou “tarantismo”. 
   
A pintura deixou inúmeras ilustrações que mostravam 
esqueletos se movimentando, apavorando uma população 
pateticamente desorganizada, de maneira democrática, 
arrastando atrás de si pobres e ricos, clérigos e poderosos. 
Mas foi o Teatro Religioso Popular que, organizando desfiles 
de arcos triunfais e cortejos a cavalo ou a pé, deu origem ao 
“travestimento”, gênero literário ao som de cujas canções se 
cantava e dançava a “ canzone a ballo ”. Esses cortejos 
chegaram aos salões da nova classe social que ascendia ao 
poder com o nome de “ trionfi ”, uma tentativa de reproduzir 
a chegada em triunfo dos antigos imperadores romanos. 
Revia­se a civilização greco­romana, chegava­se à 
Renascença, sobretudo em Florença. Uma vez introduzido 
nos salões, o grande baile popular transformou­se num baile 
menor: o “ balletto ”. 

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