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7 A PLANTA DE SITUAÇÃO

7.1 CONCEITUAÇÃO

É uma vista ortográfica principal superior esquemática, com abrangência à toda a
zona que envolve o terreno para o qual se projetou a edificação. Tem como
finalidade básica identificar o formato, as dimensões e a localização do lote (em
zona urbana) ou da terra (em zona rural).

A representação gráfica representa o contorno do lote ou da gleba, de todos os
elementos envolventes e que auxiliem a localização da propriedade, além dos
elementos de informação necessários.

Diz-se que a planta de situação é um vista esquemática pois não se representam
todos os elementos que se “enxerga” na vista (construções, muros, vegetações),
mas somente o contorno do lote, com suas informações em relação ao espaço
que se situa.



7.2 COMPOSIÇÃO DO DESENHO

Para atender aos objetivos e finalidades da própria planta de situação, a
representação gráfica deve ser composta dos seguintes elementos:

   a) elementos reais:

          -     contorno do terreno (ou gleba);

          -     contorno do quarteirão (em zona urbana);

          -     trechos dos quarteirões adjacentes (em zona urbana);

          -     acessos e elementos topográficos (em zona rural).

   b) informações:

          -     orientação geográfica (norte);

          -     dimensões lineares e angulares do lote ou gleba (cotas do terreno);

          -     distância à esquina mais conveniente (zona urbana);


                                                                                      1
-     nome dos logradouros (zona urbana);

         -     nome dos acessos e elementos topográficos (zona rural);

         -     distância a um acesso principal – rodovia estadual, municipal ou
               federal (zona rural);

         -     dimensões dos passeios e ruas (zona urbana);

         -     outros elementos.



7.3 OBSERVAÇÕES GERAIS

7.3.1 ESCALAS

Para as plantas de situação em zona urbana, consideradas as dimensões médias
dos lotes e construções, a escala mais conveniente geralmente é 1:1000. em zona
rural, a escolha da escala depende das dimensões da gleba, podendo variar de
1:100 até 1:50.000.

7.3.2 ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA

A orientação geográfica do lote ou gleba é um elemento indispensável ao
desenho, e normalmente se faz através da indicação do norte, identificado por
seta que indique a direção e sentido do norte, acompanhada da letra N
(maiúscula).

Alguns exemplos de representação do norte:




7.3.3 ESPESSURA DE TRAÇOS




                                                                              2
O contorno do terreno é o elemento que deve ser representado com a espessura
mais grossa. Com espessura média representa-se os elementos complementares
ao desenho, e que identificam sua localização, como contorno de quarteirões,
elementos topográficos, nomes de elementos... a espessura fina é utilizada para
elementos secundários e linhas de cota, hachuras eventuais, linhas auxiliares...

7.3.4 INFORMAÇÕES GENÉRICAS

Nas informações mais importantes (nome de ruas e acessos) devem ser utilizadas
somente letras maiúsculas, reservando-se as minúsculas para as informações
complementares.

Em zona rural é indispensável a indicação do nome dos proprietários lindeiros
(vizinhos). Em zona urbana é conveniente a colocação do número do lote no
desenho, mesmo que este conste da legenda.

As cotas do terreno devem ser externas a este. Em outros elementos, as cotas
destes devem ser também sempre externas.

A orientação geográfica deve ser desenhada de tal forma que o norte sempre se
situe voltado para a parte superior da prancha (1º ou 2º quadrantes).

A simbologia indicativa do norte deve ser sempre posicionada em local de
destaque, externamente ao desenho, na maioria das vezes, ou mesmo
internamente, quando houver espaço disponível.

Quando o terreno for de pequenas dimensões (zona urbana) é preferível que o
interior do lote em questão seja hachurado, para um maior destaque.




                                                                                   3
7.4 EXEMPLO




                                RUA GENERAL OSÓRIO
            RUA LOBO DA COSTA




                                                                     RUA TIRADENTES
                                             489
                                     25,00
                                     4,00




                                             12,00   30,00   4,00   12,00             4,00
                                     12,00




     RUA MARECHAL FLORIANO
                                     4,00




PLANTA DE SITUAÇÃO
SEM ESCALA




                                                                                             4

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Planta de Situação - Guia Completo

  • 1. 7 A PLANTA DE SITUAÇÃO 7.1 CONCEITUAÇÃO É uma vista ortográfica principal superior esquemática, com abrangência à toda a zona que envolve o terreno para o qual se projetou a edificação. Tem como finalidade básica identificar o formato, as dimensões e a localização do lote (em zona urbana) ou da terra (em zona rural). A representação gráfica representa o contorno do lote ou da gleba, de todos os elementos envolventes e que auxiliem a localização da propriedade, além dos elementos de informação necessários. Diz-se que a planta de situação é um vista esquemática pois não se representam todos os elementos que se “enxerga” na vista (construções, muros, vegetações), mas somente o contorno do lote, com suas informações em relação ao espaço que se situa. 7.2 COMPOSIÇÃO DO DESENHO Para atender aos objetivos e finalidades da própria planta de situação, a representação gráfica deve ser composta dos seguintes elementos: a) elementos reais: - contorno do terreno (ou gleba); - contorno do quarteirão (em zona urbana); - trechos dos quarteirões adjacentes (em zona urbana); - acessos e elementos topográficos (em zona rural). b) informações: - orientação geográfica (norte); - dimensões lineares e angulares do lote ou gleba (cotas do terreno); - distância à esquina mais conveniente (zona urbana); 1
  • 2. - nome dos logradouros (zona urbana); - nome dos acessos e elementos topográficos (zona rural); - distância a um acesso principal – rodovia estadual, municipal ou federal (zona rural); - dimensões dos passeios e ruas (zona urbana); - outros elementos. 7.3 OBSERVAÇÕES GERAIS 7.3.1 ESCALAS Para as plantas de situação em zona urbana, consideradas as dimensões médias dos lotes e construções, a escala mais conveniente geralmente é 1:1000. em zona rural, a escolha da escala depende das dimensões da gleba, podendo variar de 1:100 até 1:50.000. 7.3.2 ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA A orientação geográfica do lote ou gleba é um elemento indispensável ao desenho, e normalmente se faz através da indicação do norte, identificado por seta que indique a direção e sentido do norte, acompanhada da letra N (maiúscula). Alguns exemplos de representação do norte: 7.3.3 ESPESSURA DE TRAÇOS 2
  • 3. O contorno do terreno é o elemento que deve ser representado com a espessura mais grossa. Com espessura média representa-se os elementos complementares ao desenho, e que identificam sua localização, como contorno de quarteirões, elementos topográficos, nomes de elementos... a espessura fina é utilizada para elementos secundários e linhas de cota, hachuras eventuais, linhas auxiliares... 7.3.4 INFORMAÇÕES GENÉRICAS Nas informações mais importantes (nome de ruas e acessos) devem ser utilizadas somente letras maiúsculas, reservando-se as minúsculas para as informações complementares. Em zona rural é indispensável a indicação do nome dos proprietários lindeiros (vizinhos). Em zona urbana é conveniente a colocação do número do lote no desenho, mesmo que este conste da legenda. As cotas do terreno devem ser externas a este. Em outros elementos, as cotas destes devem ser também sempre externas. A orientação geográfica deve ser desenhada de tal forma que o norte sempre se situe voltado para a parte superior da prancha (1º ou 2º quadrantes). A simbologia indicativa do norte deve ser sempre posicionada em local de destaque, externamente ao desenho, na maioria das vezes, ou mesmo internamente, quando houver espaço disponível. Quando o terreno for de pequenas dimensões (zona urbana) é preferível que o interior do lote em questão seja hachurado, para um maior destaque. 3
  • 4. 7.4 EXEMPLO RUA GENERAL OSÓRIO RUA LOBO DA COSTA RUA TIRADENTES 489 25,00 4,00 12,00 30,00 4,00 12,00 4,00 12,00 RUA MARECHAL FLORIANO 4,00 PLANTA DE SITUAÇÃO SEM ESCALA 4