SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 55
Baixar para ler offline
SISTEMA DE DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS DO
               ESTADO DE GOIÁS NA INTERNET
                       (SIG OnLine)




               LEVINDO CARDOSO MEDEIROS
           LUCIANO CORREIA SANTOS DE OLIVEIRA
                MÁRCIO MARTINS DA SILVA




                           TRABALHO    DE   CONCLUSÃO       DO   CURSO    DE

                           TECNOLOGIA       EM       GEOPROCESSAMENTO
                           APRESENTADO        À     COORDENAÇÃO           DE

                           GEOMÁTICA     DO       CENTRO    FEDERAL       DE

                           EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA            DO    ESTADO   DE

                           GOIÁS. PROF. ORIENTADOR MS. NILSON
                           CLEMENTINO FERREIRA.




                        GOIÂNIA
                          2005
II
SISTEMA DE DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS DO
               ESTADO DE GOIÁS NA INTERNET
                       (SIG OnLine)




               LEVINDO CARDOSO MEDEIROS
           LUCIANO CORREIA SANTOS DE OLIVEIRA
                MÁRCIO MARTINS DA SILVA




                           TRABALHO    DE   CONCLUSÃO       DO   CURSO    DE

                           TECNOLOGIA       EM       GEOPROCESSAMENTO
                           APRESENTADO        À     COORDENAÇÃO           DE

                           GEOMÁTICA     DO       CENTRO    FEDERAL       DE

                           EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA            DO    ESTADO   DE

                           GOIÁS. PROF. ORIENTADOR MS. NILSON
                           CLEMENTINO FERREIRA.




                        GOIÂNIA
                          2005


                           III
LEVINDO CARDOSO MEDEIROS
             LUCIANO CORREIA SANTOS DE OLIVEIRA
                     MÁRCIO MARTINS DA SILVA




  SISTEMA DE DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS DO
                     ESTADO DE GOIÁS NA INTERNET
                               (SIG OnLine)




                             Banca Examinadora
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________




                                 Avaliação
___________________________________________________________________________



                                    Goiânia, ___/___/2005.




                                    IV
AGRADECIMENTOS


        Agradecemos, primeiramente, ao nosso orientador, Nilson Clementino Ferreira, pela
paciência, compreensão e apoio oferecido; ao CEFET-GO, instituição pública, gratuita e de
qualidade, que nos proporcionou acesso à ciência, à cultura e a uma nova forma de ver o
mundo. Agradecemos a Maria Luiza Osório Moreira e Heitor Faria da Costa da SIC/SGM
pelo fornecimento das informações geográficas utilizadas no projeto e a Ney F. Pinheiro da
Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento (SEPLAN) pelo apoio técnico oferecido.
        Cabe–nos também agradecer ao Governo de Goiás, através da SIC/SGM e SEPLAN
a confiança e o prestígio nos concedido ao solicitar que este trabalho fosse integrado ao
projeto governamental SIEG, oportunizando assim maior divulgação do nosso trabalho e da
instituição CEFET-GO, no âmbito de diversos segmentos da sociedade goiana, nacional e
mesmo internacional.




                                            V
RESUMO


         Atualmente, com a crescente utilização das geotecnologias, muitas instituições vêm
produzindo grandes quantidades de informações geográficas. Contudo a publicação ou
disponibilização dessas informações para a sociedade em geral, ocorre ainda de maneira
pouco eficiente, gerando, portanto uma grande carência de informações, que não puderam,
devido à falta de recursos e domínio tecnológico, serem publicadas e/ou disponibilizadas. Mas
com o constante desenvolvimento da Internet esta se proveu de recursos gráficos, tornando-se
um meio atraente e apresentável para a disseminação de informações geográficas.
         Neste trabalho desenvolveu-se um projeto para disponibilizar informações
geográficas sobre o Estado de Goiás na Internet de forma interativa e dinâmica utilizando
softwares livres.




                                             VI
ABSTRACT


         Presently, with the increment of the use of the geotechnology, many institutions are
producing great amounts of geographical information. However the publication or availability
of those information to the society in general is still a little efficient way generating, therefore,
a great amount of information that could not be able published or available due to the lack of
resources and technological control. But with the constant development of the Internet it was
provided of graphic resources, becoming an attractive and presentable way to spread the
geographical information.
         In this work a project was developed to make available geographical information
about the State of Goiás in an interactive and dynamic way within the Internet using free
softwares.




                                                VII
SUMÁRIO


1 - Introdução .......................................................................................................................... 01
2 - Objetivos ............................................................................................................................ 03
        2.1 - Gerais ..................................................................................................................... 03
        2.2 - Específicos ............................................................................................................. 03
3 - Fundamentações Teóricas .................................................................................................. 04
        3.1 - Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas (SIEG) ................ 04
        3.2 - Internet ................................................................................................................... 06
        3.3 - World Wide Web (WWW) ..................................................................................... 07
        3.4 - Hypertext Markup Language (HTML) .................................................................. 08
        3.5 - Common Gateway Interface (CGI) ........................................................................ 09
        3.6 - Java Script ............................................................................................................. 10
        3.7 - Servidores Web ...................................................................................................... 10
        3.8 - Servidores de Mapas .............................................................................................. 12
        3.9 - Sistemas de Informações Geográficas (SIG) ......................................................... 14
        3.10 - Métodos de Disponibilização de Mapas na Internet ............................................ 17
4 - Revisão Bibliográfica ......................................................................................................... 20
5 - Materiais e Procedimentos Metodológicos ........................................................................ 22
        5.1 - Levantamento Bibliográfico .................................................................................. 22
        5.2 - Aquisição dos Dados ............................................................................................. 24
        5.3 - Configuração do Sistema de Mapas Dinâmicos e Interativos ............................... 25
        5.4 - Organização das Informações Geográficas ............................................................ 27
        5.5 - Geração e Edição da Página HTML ...................................................................... 32
6 - Conclusão e Considerações Finais ..................................................................................... 39
7 - Referências Bibliográficas ................................................................................................. 41
8 - Bibliografia ........................................................................................................................ 42

9 - Anexo ................................................................................................................................. 43




                                                                   VIII
LISTA DE ILUSTRAÇÕES


Figura 1 - Estrutura do SIEG ................................................................................................... 04

Figura 2 - Portal SIEG ............................................................................................................. 06

Figura 3 - Realidade modelada por entidades gráficas vetoriais ............................................. 16

Figura 4 - Mapas na Web.......................................................................................................... 17

Figura 5 - Estrutura de um servidor Web com plug-in ............................................................ 19

Figura 6 - Estrutura de um servidor Web com servidor de mapas ........................................... 19

Figura 7 - Instalação do Apache Web Server ........................................................................... 25

Figura 8 - Estrutura de diretórios do Apache Web Server ....................................................... 26

Figura 9 - Instalação do MapServer ........................................................................................ 27

Figura 10 - Estrutura das vistas ............................................................................................... 29

Figura 11 - Convenção da simbologia ..................................................................................... 30

Figura 12 - Edição dos campos da tabela de atributos ............................................................ 31

Figura 13 - Estrutura de Diretórios .......................................................................................... 32

Figura 14 - Menu MapServer .................................................................................................. 33

Figura 15 - Função “Gera Arquivos MapServer” ................................................................... 33

Figura 16 - Função “Save Reference Map” ............................................................................. 34

Figura 17 - Função “Gera Busca” (seleção das vistas) ............................................................ 35

Figura 18 - Função “Gera Busca” (seleção dos temas) ........................................................... 35

Figura 19 - Função “Gera Busca” (seleção do campo da tabela) ............................................ 35

Figura 20 - Portal SIG OnLine ................................................................................................ 36

Figura 21 - Portal SIEG com o link “SIG OnLine” ................................................................. 38




                                                                 IX
1



1 - Introdução


         A Internet surgiu com diversas limitações em relação à computação gráfica; no
início, possibilitava apenas a visualização de textos, sendo utilizada exclusivamente por
instituições acadêmicas e científicas.
         Com os avanços ocorridos nos últimos anos, foram desenvolvidas tecnologias que
permitiram a disponibilização de novas funcionalidades tais como visualização de imagens e
transmissão de áudio e vídeo por meio de robustas ferramentas de navegação, tornando-se um
ambiente ideal para disseminação das mais diversas informações configurando-se assim em
um novo veículo para transferência de informações para praticamente todos os segmentos da
sociedade que utilizam computadores.
         Este extraordinário desenvolvimento permitiu à Internet se especializar provendo
recursos para apresentação gráfica, tornando-se um meio atraente e eficiente para a
disseminação de informações geográficas. Na atualidade é possível disponibilizar algumas
funcionalidades de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) a partir de um browser de
Internet permitindo que usuários executem consultas em uma base de dados geográficos
localizada remotamente. Porém, como esta capacidade ainda se encontra em fase de pesquisa
e desenvolvimento, nota-se uma enorme carência de informações geográficas na rede. Apesar
de diversas instituições produzirem uma quantidade considerável deste tipo de informação,
estas geralmente ainda não estão disponíveis, uma vez que muitas instituições produtoras de
informações geográficas desconhecem a importância da disseminação desse tipo de
informação, ou ainda não possuem o domínio tecnológico para utilizar ferramentas
computacionais para a publicação de informações geográficas na Internet.
       O Estado de Goiás por possuir um grande acervo de informações geográficas
armazenadas em meio digital, que são de interesse da maioria dos segmentos da sociedade, a
partir do dia 14 de maio de 2005 passou a utilizar ferramentas tecnológicas que tornam
possível a disponibilização de informações geográficas na Internet através do Sistema
Estadual de Estatística e de Informações Geográficas (SIEG). Assim, este trabalho veio a
contribuir com mais uma ferramenta para o domínio desta tecnologia, proporcionando um
outro meio de proporcionar à sociedade em geral o acesso às informações geográficas já
produzidas por órgãos de Governo do Estado, valorizando desta forma todo o esforço na
produção de tais informações e finalmente dominando este crescente ramo da tecnologia que é
a transferência de informações geográficas utilizando a Internet.
2



         Com este intuito desenvolveu-se neste trabalho um sistema de disponibilização de
mapas dinâmicos e interativos com objetivo de integrá-lo ao SIEG, proporcionando ao usuário
comum acesso a informações geográficas espacializadas do Estado de Goiás através da
Internet, sem necessidade de instalação de programas computacionais adicionais para a
visualização e análise destes dados.
         Adotou-se na elaboração deste trabalho o software ArcView 3.2 para a organização
das informações geográficas e os softwares livres Apache Web Server como servidor Web e o
servidor de mapas MapServer que proporciona a construção de aplicações para a Internet
focadas em informações geográficas.
         Os dados e informações geográficas utilizadas no sistema foram adquiridos junto a
Divisão de Geoprocessamento do Departamento de Gestão Territorial da Agência Goiana de
Desenvolvimento Industrial e Mineral (AGIM), atualmente Divisão de Geoprocessamento da
Gerência de Geoinformação da Superintendência de Geologia e Mineração da Secretaria de
Indústria e Comércio do Estado de Goiás. Essa base de dados e informações é composta por
elementos da cartografia básica, geologia, infra-estrutura e imagens de satélites do Estado de
Goiás.
3



2 - Objetivos


      2.1 - Gerais


         Desenvolver um sistema de mapas dinâmicos e interativos com a finalidade de
integrá-lo ao Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas disponibilizando o
acesso ao usuário comum a informações geográficas do Estado através da Internet, sem a
necessidade do usuário possuir programas computacionais adicionais instalados em seu
computador.


      2.2 - Específicos


         - Organizar as informações geográficas obtidas a partir do programa SIG-GOIÁS
para disponibilização através da Internet.


         - Elaboração de uma página na Internet para visualização e consulta de mapas
dinâmicos e interativos.
4



3 - Fundamentações Teóricas


        Para o melhor entendimento deste trabalho, serão abordados alguns tópicos de
fundamental importância para a compreensão dos conceitos científicos e técnicos adotados.


     3.1 - Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas (SIEG)


        O Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas surgiu de uma
demanda da Rede Goiás de Planejamento, Orçamento e Gestão. Esse sistema integra e auxilia
as ações do governo, no âmbito de todos os órgãos da administração pública estadual, criando
condições efetivas para o desempenho das funções básicas do planejamento, estatística,
pesquisa, informação, orçamento, modernização de gestão e qualidade.
        O SIEG é composto por todos os órgãos e entidades da administração pública
estadual direta e indireta, gerenciado pela Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento
(SEPLAN) através da Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação (SEPIN). Existe
em cada unidade setorial, um representante que responde pelas atividades referentes ao
Sistema de Informações Estatísticas e outro que compõe o Comitê Gestor do Sistema de
Informações Geográficas, conforme Figura 1.




                                  Figura 1 - Estrutura do SIEG.
                                                                       Fonte: SEPLAN
5



         A missão do Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas (SIEG) é
desenvolver a cultura da gestão das informações estatísticas e geográficas no Estado de Goiás
para subsidiar o planejamento e o gerenciamento das ações governamentais, e ao mesmo
tempo suprir as demandas da sociedade por informações.
         Pretende otimizar as áreas de informações geográficas e estatísticas no Estado,
através de um sistema unificado e integrado, visando o conhecimento da realidade de Goiás e
de seus municípios. A unificação, padronização e disponibilização dessas informações além
de promover a integração técnica entre os órgãos estaduais, tem como objetivo ainda:


    I.   Centralizar o registro e armazenamento de informações estatísticas e geográficas,
através da criação de um banco de dados estadual;


   II.   Subsidiar a Rede Goiás de Planejamento, Orçamento e Gestão com as informações
estatísticas necessárias para a gestão e construção de indicadores para acompanhamento dos
programas governamentais (PPA);


  III.   Promover o intercâmbio técnico e de informações estatísticas e geográficas entre as
unidades que compõem a Rede Goiás de Planejamento, Orçamento e Gestão;


  IV.    Padronizar as informações que constituirão a Base de Dados do Sistema de
Informações Estatísticas e Geográficas de Goiás;


   V.    Sistematizar a coleta e a manutenção das informações nas unidades setoriais;


  VI.    Viabilizar a capacitação e reciclagem dos técnicos do Sistema de Informações
Estatísticas e Geográficas de Goiás;


 VII.    Apoiar a viabilização de recursos para a otimização da área de estatística das
unidades setoriais; e


 VIII.   Acompanhar e avaliar o setor de estatística das unidades setoriais, garantindo
atualidade e confiabilidade das informações divulgadas.
6



        A disponibilização das informações estatísticas e geográficas do Estado de Goiás aos
usuários se dá através do Portal SIEG - Sistema Estadual de Estatística e de Informações
Geográficas (www.sieg.go.gov.br), ilustrado na figura 2.




                                Figura 2 - Portal SIEG.               Fonte: www.sieg.go.gov.br


     3.2 - Internet


        A Internet surgiu em 1973, criada pelo norte-americano Vinton Cerf como parte de
um projeto patrocinado pela Agência de Programas Avançados de Investigação (ARPA, sigla
em inglês) do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Nesse projeto foram
desenvolvidos o Protocolo de Internet (IP, sigla em inglês) suporte lógico básico empregado
para controlar o sistema de redes e o Protocolo de Controle de Transmissão (TCP, sigla em
inglês) que comprova se a informação chegou ao computador de destino e, caso contrário, faz
com que seja novamente remetida.
        Começou com diversas limitações, no início possibilitava apenas a visualização de
textos, sendo utilizada exclusivamente por instituições acadêmicas e cientificas. Porém,
devido ao grande potencial que a Internet oferecia, novos usuários surgiram, tornando-se
necessário o desenvolvimento de novas tecnologias que permitissem a disponibilização de
7



novas funcionalidades tais como visualização de imagens, transmissão de áudio e vídeo, e
também o desenvolvimento de ferramentas interativas para navegação na rede.
        Atualmente há uma diversidade de ferramentas e tecnologias que implementam os
serviços na Internet, dentre as quais se destaca o uso da linguagem Java como facilitador na
troca de informações gráficas; com relação às interfaces, as mais comuns são Static Files,
Java/ActiveX, formulários Hipertext Markup Language (HTML), e plug-ins; quanto a
conexão com as plataformas de visualização, destacam-se, as soluções baseadas em Common
Gateway Interface (CGI) e na interoperabilidade de objetos.


     3.3 - World Wide Web (WWW)


        Desenvolvida em 1989, por Timothy Berners-Lee, cientista do Centro Europeu de
Pesquisa Nuclear (CERN), teve com objetivo inicial possibilitar que equipes internacionais de
pesquisadores    de   física   de   alta   energia   compartilhassem   informações   entre   si.
Subseqüentemente, tornou-se uma plataforma para desenvolvimento de softwares
relacionados. O número de computadores vinculados e de usuários cresceu vertiginosamente e
atualmente serve de suporte a uma grande variedade de projetos, incluindo o mercado em
grande escala.
        A WWW apresenta como principais características o acesso à biblioteca de recursos
através da Internet, o acesso à visualização e o intercambio de uma grande variedade de
informações, sendo que seus recursos são organizados de modo que os usuários possam se
mover facilmente de uma página para outra.
        As conexões entre computadores de fontes (sistemas operacionais), ou servidores
diferentes, na rede são realizadas automaticamente sem serem vistas pelos usuários. Essas
conexões são realizadas com o uso de hipertexto e hipermídia. Geralmente, os usuários
navegam através das informações na WWW com a ajuda do programa conhecido como
browser ou cliente.
        O browser pode apresentar texto, imagem, som ou outros objetos na tela do
computador do usuário na forma de uma página, obtida a partir do servidor. O usuário pode
navegar através da informação apontando para um texto em especial para outros objetos na
tela. Esses textos especiais ou objetos vinculam o usuário a outras páginas do mesmo servidor
ou a qualquer outro servidor acessível na rede. Os vínculos da Internet formam uma base de
informações em grande escala em formato multimídia através de palavras e imagens. Existem
8



também implementações em pequena escala (Intranet) presentes em redes de empresas,
usadas para aplicações particulares.
         As páginas WWW são formatadas usando a Hipertext Markup Language e a
comunicação entre computadores utiliza o Hypertext Transfer Protocol (HTTP). Essa
comunicação ocorre geralmente através da Internet via conexões do tipo Transmission
Control Protocol (TCP), mas quase todos os tipos de conexões podem ser utilizados para esse
fim.
         O hipertexto é o método de apresentação de informações em que são disponibilizadas
conexões entre determinadas partes de um texto, tornando-as uma rede complexa e não
seqüencial de associações de assuntos, permitindo que temas distintos sejam examinados em
função do interesse ou necessidade do usuário, independentemente de sua ordem de
apresentação.


       3.4 - Hypertext Markup Language (HTML)


         Linguagem aplicada a World Wide Web a partir de 1989 baseia-se em marcas sendo
o formato padrão do código fonte de documentos de texto e páginas da Web.
         As marcas existentes nos documentos HTML indicam os atributos do texto que está
sendo inserido, como responder a eventos gerados pelo usuário. Sendo o vínculo (Link) a
marca mais importante que contém o URL (Universal Resource Locator) de outro documento
ou uma posição determinada dentro desse mesmo documento. O vínculo permite ao usuário
visualizar o conteúdo de outra página que não estava sendo exibida.
         Nas páginas da Web é comum ainda utilizar a linguagem HTML para incluir figuras
e sons, além de vínculos para outros arquivos que não têm seu conteúdo exibido na própria
Internet, sendo permitido ao usuário gravá-los (download) em seu próprio computador para
posteriormente acessá-los utilizando um programa computacional específico.
         A popularização das páginas Web se deve à facilidade da implantação do padrão
HTML e sua constante evolução, o que possibilita que qualquer fabricante de software
produza seu próprio navegador Web.
9



        Exemplo de código HTML:


        <HTML>
        Cabeçalho
        <HEAD>
        <TITLE> Título da página </TITLE>
        </HEAD>
        <BODY>
        Conteúdo da página
        </BODY>
        </HTML>


     3.5 - Common Gateway Interface (CGI)


        Common Gateway Interface (CGI), proporciona a execução de programas
("gateways") sob um servidor de informações. Os "gateways" são programas ou scripts
(também chamados "cgi-bin") que recebem requisições de informação, retornando um
documento HTML com os resultados correspondentes. Esse documento pode já existir
previamente, ou pode ser gerado pelo script especialmente para atender à requisição. Tais
scripts podem ser escritos em qualquer linguagem que possa ler, argumentar, processar dados
e retornar respostas, ou seja, qualquer linguagem de programação.
        As aplicações baseadas em CGI incluem:


   • Processamento de dados submetidos através de formulários - consulta a banco de dados,

     cadastramento em listas, livros de visita, pesquisas de opinião;


   • Criação de documentos personalizados em tempo real;



   • Gerenciamento de contadores de acesso; e



   • Processamento de mapas.
10



     3.6 - Java Script


        Linguagem de programação desenvolvida pela Netscape Communications, com o
intuito de capacitar a linha de produtos desta empresa (browser e Web Server) em uma
linguagem básica de scripting, baseada na linguagem Java, que por sua vez tem as suas
origens nas linguagens de programação C e C++.
        Possibilita a construção de páginas interativas, servindo também como plataforma de
integração com Java, e outros scripts e objetos utilizados em páginas de Internet, permitindo
deste modo o desenvolvimento de aplicações para uso na Internet e em Intranet.
        Normalmente a linguagem Java Script se encontra embutida no código HTML, a fim
de controlar diferentes elementos da página.


        Exemplo de linguagem Java Script:


        <script>
        function TestaVal()
        { if (document.TesteSub.Teste.value == "")
        { alert ("Campo nao Preenchido...Form nao Submetido")
        return false }
        else {alert ("Tudo Ok....Form Submetido")
        return true }}
        </script>


     3.7 - Servidores Web


        Um programa servidor possibilita que algum tipo de serviço seja disponibilizado para
outros programas (denominados clientes). A conexão entre programas clientes e servidores é
implementada normalmente através de passagem de mensagens (message passing), por meio
de uma rede e utilizando algum protocolo para codificar as requisições dos clientes e as
respostas do servidor. O servidor deve rodar de maneira contínua (como um programa
residente em memória ou daemon), e desta forma ficar esperando requisições para tratar ou
pode ser chamado por um daemon de um nível mais alto que controle um número específico
de programas servidores.
11



         Exemplos de servidores:


   •     Samba - software de código aberto que consiste em uma suíte que fornece de uma
maneira simples serviços de compartilhamento de arquivos e impressão para clientes
SNB/CIFS. O Samba opera apenas em plataformas UNIX, mas utiliza o protocolo nativo dos
clientes Windows. É formado basicamente por dois programas, "smbd" e "nmbd" que
permitem utilizar os serviços de compartilhamento de arquivos e impressão, autenticação e
autorização, resolução de nomes e identificação de serviços (service announcement ou
browsing).


   •     Virtual Network Computing (VNC) - consiste em um sistema de display remoto que
permite acessar o ambiente de um desktop não apenas no servidor em que esteja instalado,
mas também a partir de qualquer ponto na Internet e através de uma grande variedade de
arquiteturas. Assim, o VCN possibilita a execução de programas para o Windows a partir de
um computador com sistema operacional Linux.


   •     NcFTPd - servidor de FTP de alta performance para a plataforma de sistema UNIX,
projetado especialmente para páginas com alto tráfego de dados e provedores de serviços para
Internet. Servidor popular entre estudantes, usuários caseiros, páginas educacionais e
comerciais. O NcFTPd é altamente configurável e inclui um poderoso suporte para utilização
de hosts e usuários virtuais.


   •     Apache - software livre configurável e expansível com o uso de módulos de terceiros
(third-party) e pode ser totalmente adaptado com a utilização de sua própria API (Apache
module API) que possibilita o desenvolvimento de novos módulos, caso necessário.


         Este servidor apresenta como principais características:


         - Suporte a scripts CGI usando linguagens como PHP, Perl, ASP, Shell Script, etc;
Módulos DSO (Dynamic Shared Objects) que permitem adicionar/remover funcionalidades e
recursos sem necessidade de re-compilação do programa;


         - Autenticação, requerendo um nome de usuário e senha válidos para acesso a
alguma página, subdiretório ou arquivo (suportando criptografia);
12




          - Suporte à autorização de acesso, podendo ser especificadas restrições de acesso
separadamente para cada endereço, arquivo ou diretório acessado no servidor;


          - Suporte a virtual hosting, por nome ou endereço IP: é possível servir 2 ou mais
páginas com endereços ou portas diferentes através do mesmo processo, ou usar mais de um
processo para controlar mais de um endereço;


          - Suporte a servidor Proxy FTP e HTTP, com limite de acessos. Suporte a Proxy e
redirecionamentos baseados em URLs para endereços internos;


          - Suporte a criptografia via SSL, certificados digitais;


          - Negociação de conteúdo, permitindo a exibição da página Web no idioma
requisitado pelo Cliente Navegador;


          - Suporte a tipos mime; e


          -      Personalização de logs.


      3.8 - Servidores de Mapas


          São responsáveis pelo gerenciamento das informações geográficas dentro do servidor
Web. Dentre os diversos servidores de mapas existentes, destaca-se o software MapServer,
desenvolvido pela Universidade de Minessota (EUA), por ser um programa de domínio
público disponibilizado gratuitamente, além do fato de não requerer programa aditivo (plug-
in) para ser executado.
          O MapServer proporciona a construção de aplicações para a Internet espacialmente
ativas. Suporta diversos sistemas populares OpenSource1 ou freeware (gratuitos) como
Shapelib, FreeType, Proj.4, libTIFF, Perl entre outros. Opera em diversos sistemas
operacionais UNIX , Linux e Windows NT/98/95.

          1
              Opensource, ou código fonte aberto são softwares não proprietários; o desenvolvedor disponibiliza o
código fonte juntamente com o software para que outros programadores possam modificá-lo.
13



        Suporta a extensão MapScript o que permite o uso de linguagens script como Perl,
Python, Tk/Tcl, Guile e até Java para acessar a API C do MapServer. O MapScript
proporciona um ambiente rico para desenvolvimento de aplicações que integram diferentes
tipos de dados, que possibilita integrar informações de diversos bancos de dados com dados
SIG em um único mapa ou em uma página da Web.
        O servidor de mapas MapServer é composto basicamente por quatro componentes:


        - Formulário de inicialização: inicializa as variáveis internas do MapServer,
especificando o nome e o endereço do arquivo de parametrização;


        - Arquivo de parametrização: contém parâmetros para a exibição e consulta de dados
e informações geográficas;


        - Interface: possibilita o usuário navegar e consultar a base de informações
geográficas disponível; e


        - Dados e informações geográficas.


        Além do fato de ser disponibilizado gratuitamente, de oferecer um excelente
desempenho e de não requerer qualquer programa aditivo o MapServer oferece ainda um
número significativo de outras características tais como:


         - Suporte aos formatos vetoriais: Shapefiles ESRI com feições simples embutidas,
ArcSDE ESRI (versão alpha);


         - Suporte aos formatos raster (apenas 8-bits): TIFF/GeoTIFF, GIF, PNG, ERDAS,
JPEG e EPPL7;


         - Indexação espacial quadtree para Shapefiles;


         - Completamente personalizável com saída orientada em templates;


         - Seleção de feições por item/valor, ponto, área ou outra feição;
14



           - Suporte à fonte TrueType;


           - Suporte para dados matriciais e vetoriais (apenas apresentação);


           - Geração automática de legenda e barra de escala dependendo da característica do
desenho e da aplicação em execução;


           - Geração de mapas temáticos usando expressões lógicas ou regulares baseadas em
classes;


           - Característica de rotulação incluindo mediação de colisão de rótulos;


           - Configuração dinâmica através de URLs; e


           - Projeção dinâmica.


      3.9 - Sistemas de Informações Geográficas (SIG)


           Um SIG pode ser definido como um conjunto de conceitos, de métodos, de
instrumentos e de dados de referência espaço-temporal que são coordenados, em um sistema
computacional, a fim de capturar, de armazenar, de transformar, de analisar, de modelar, de
simular e de representar os fenômenos e os processos distribuídos no espaço geográfico.
Assim a operacionalização de um SIG implica na organização, principalmente, de cinco
elementos: equipamentos computacionais, programas computacionais, dados geográficos,
recursos humanos e métodos de trabalho. Esses elementos básicos são organizados de acordo
com as particularidades de um modelo teórico (Thériault, 2002).
           Atualmente, os equipamentos computacionais se configuram como sendo a parte
mais simples do processo, pois esses equipamentos além de fornecerem grande poder de
processamento, ainda possuem compatibilidade praticamente total com os diversos
dispositivos da computação eletrônica atualmente disponível. Outro aspecto importante está
relacionado com a sistemática diminuição dos custos para aquisição desses dispositivos.
           Com relação aos programas computacionais, com os recentes avanços da
informática, estão disponíveis um grande número de programas para o processamento de
dados geográficos. Encontram-se desde programas gratuitos até aqueles com custos elevados.
15



A escolha do programa computacional depende exclusivamente do modelo teórico, que por
sua vez irá influenciar as características dos dados geográficos a serem processados e também
as informações que deverão ser geradas. Geralmente os programas computacionais comerciais
apresentam alta performance, facilidade de utilização, boa documentação, bom suporte
técnico, contudo o crescimento de programas computacionais de domínio público vem
alterando este quadro aceleradamente.
         Conforme a dimensão espacial, o nível de detalhe do espaço geográfico e a
complexidade do modelo teórico, é necessário que seja estruturada uma equipe
multidisciplinar. A estruturação de uma equipe com tal característica muitas vezes é uma
tarefa complexa, pois os membros desta equipe além de possuírem certo domínio tecnológico
das ferramentas computacionais ainda devem estar aptos e predispostos para interagir entre si
e transitarem por outras disciplinas, ou seja, a equipe deverá ser interdisciplinar.
         Para que seja possível gerar um sistema de informações geográficas, é necessário
construir um modelo computacional do espaço geográfico que está sendo tratado. O resultado
deste modelo computacional é denominado banco de dados geográficos. Para a construção
deste modelo, divide-se o espaço geográfico em camadas temáticas (drenagem, malha viária,
limites políticos, relevo, cobertura vegetal, uso do solo, clima, sócio economia, etc.), escolhe-
se os atributos relevantes que devem ser qualificados ou valorados, para em seguida realizar-
se o mapeamento ou espacialização de cada uma dessas camadas.
         Cada camada é composta por entidades geométricas (pontos, linhas, polígonos ou
células) sendo que cada entidade geométrica possui um número identificador, através do qual
esta entidade geométrica pode estar associada por meio de tabelas. Assim, se uma
determinada camada temática é composta por superfícies (ex: municípios, tipologia vegetal,
tipologia pedológica, corpos d’água, unidades geológicas ou geomorfológica, etc), esta
camada deverá ser representada por polígonos e cada um deles terá sua respectiva descrição.
Por exemplo, um polígono representando um município poderá ter como descrições o seu
nome, população, renda per capita, altitude média, temperatura média, índice de alfabetização,
etc.
         Por outro lado, se uma camada temática é composta por elementos lineares (retas e
curvas), ela será representada por linhas (ex: riachos, córregos, estradas, linhas de transmissão
elétrica, redes de distribuição de água, etc). Da mesma forma que os polígonos, para cada
linha será associado um conjunto de descrições. Finalmente, se um determinado elemento
localizado geograficamente não possuir comprimento ou ainda, sua área não for relevante em
relação à escala trabalhada, este elemento terá uma representação pontual e como nos outros
16



dois casos, cada ponto poderá se associar à descrição de seus atributos. Conforme a escala de
representação do espaço geográfico, elementos como postes, pontes, aeroportos, nascentes de
rios, poços, pequenas localidades, sedes de propriedades rurais, e outros elementos podem ser
representados como pontos. Pontos, linhas e polígonos (figura 3) fornecem uma representação
discreta e determinística das camadas temáticas que compõem o espaço geográfico.
        Contudo conforme as características do modelo teórico é necessária uma
representação contínua de algumas camadas temáticas. Alguns modelos teóricos
desenvolvidos pela geologia, hidrologia, meteorologia, biologia ou muitas outras ciências
necessitam que algumas camadas temáticas tenham representação contínua e não discreta
como é o caso dos vetores, para isso são utilizados elementos celulares, ou seja, divide-se o
espaço geográfico em pequenas áreas poligonais (células), geralmente de forma quadrada,
mas que podem eventualmente assumir outras formas (triângulos, retângulos, pentágonos,
hexágonos, etc.). O conjunto dessas células forma uma camada temática matricial (raster),
onde cada célula dessa matriz possui um valor numérico inteiro ou real.




          Figura 3 - Realidade modelada por entidades gráficas vetoriais (pontos,
 linhas e polígonos).                                                     Fonte: Thériault 2002




        Finalmente, o último componente de um sistema que produz informações geográficas
é o método de trabalho, que tem como objetivo integrar os quatro elementos anteriores para
gerar as informações geográficas necessárias ao modelo teórico. Conforme forem as
17



características dos dados geográficos, dos programas computacionais, dos recursos humanos,
dos equipamentos computacionais e do modelo teórico, o estabelecimento do método de
trabalho é realizado apenas com organização, planejamento e treinamento. Contudo, muitas
vezes é realizada a adaptação ou customização de programas computacionais, visando desta
forma possibilitar e/ou otimizar computacionalmente métodos de trabalhos que atendam a
modelos teóricos específicos. Desta forma, muitos processos podem ser automatizados,
gerando assim informações geográficas em quantidade e qualidade suficientes para atender as
demandas dos modelos teóricos.
        Após todos os elementos do sistema de informações geográficas estarem organizados
e integrados, é possível a geração de informações geográficas que atendam não a apenas a um
objetivo específico, mas também a vários outros objetivos que se complementam no
planejamento e na gestão do espaço geográfico.


     3.10 - Métodos de Disponibilização de Mapas na Internet


        Existem diversos métodos de disponibilizar mapas na Internet, que diferem entre si
em relação à apresentação e à forma de execução.
        Quanto à apresentação, estes mapas podem ser estáticos ou dinâmicos. Cada uma
destas categorias pode ser subdividida em mapas somente para ver (view-only) e interativos
(Kraak, 2001). Figura 4.




                                 Figura 4 – Mapas na Web.
                                                                   Fonte: Kraak, 2001 (adaptado).
18



        Os mapas estáticos “somente para ver”, são disponibilizações onde as fontes para a
elaboração dos mapas são produtos cartográficos originais, digitalizados e inseridos na
Internet em estrutura matricial, não permitem alteração de escala e de temas visualizados.
        Os mapas estáticos interativos são também denominados de mapas “clicáveis”. Neste
caso o mapa funciona como uma interface para outros dados e um clique sobre um objeto
geográfico conduz a outras fontes de informação na Internet, que podem ser outros mapas,
imagens ou outras páginas da Web. Podem possibilitar que o usuário execute funções de zoom
(aproximação e afastamento) e de pan (deslocamento). Permitem ainda que o usuário defina
os conteúdos exibidos na página através da troca de camadas de informação.
        Os mapas dinâmicos somente para ver podem ser simplesmente imagens animadas
onde cada uma representa um quadro da animação, sendo continuamente disponibilizados
pelo browser.
        Os mapas dinâmicos interativos integram informações de um banco de dados a
elementos gráficos em um único mapa e possibilitam a obtenção posterior desta informação a
partir de um clique do mouse sobre este elemento, permitem: adicionar e subtrair temas na
forma de camadas para serem visualizadas; localizar objetos geográficos através de seus
atributos; e executar operações de zoom, através de menus interativos sobre o mapa.
        Quanto aos métodos de execução a disponibilização de mapas na Internet pode ser
executada basicamente de duas formas (Miranda, 2003):


        - Executando-se parte da aplicação no cliente (navegador). A manipulação do mapa é
realizada por um aplicativo executado no computador onde está o navegador. O aplicativo
pode ser um applet (programa escrito na linguagem de programação Java (Flanagan, 1996;
Flanagan, 1999)) ou um plug-in. Os mapas são carregados a partir do servidor para execução
através do navegador (cliente). Quanto maior interatividade for oferecida, maior
complexidade terá o aplicativo, o que implicará em um aplicativo de maior tamanho, que por
sua vez levará a um tempo maior para ser carregado. A figura 5 ilustra a estrutura desse
método de execução.
19




                 Figura 5 – Estrutura de um servidor Web com plug-in                  Fonte: Câmara 2004


- Executando-se a aplicação inteiramente no servidor. Todas as operações são executadas no
servidor: uma imagem, ou o próprio mapa é gerado e enviado para o navegador (cliente). Na
interface do navegador, podem existir opções para o usuário interagir com o mapa, como a
mudança de escala a partir da seleção de parte de um mapa. Neste momento, o navegador faz
uma requisição para o servidor, que responde à solicitação redesenhando o quadrante
correspondente à seleção da imagem no navegador. Outra opção é mover o cursor para uma
área do mapa, selecionar e depois apontar para uma opção, como “aproximar.” O processo
requisição/resposta é realizado novamente. O trabalho no servidor pode ser feito por um
servlet ou um Common Gateway Interface (CGI). Um servlet é um programa escrito em
linguagem Java executado no servidor. Um CGI pode ser escrito em qualquer linguagem de
programação, como C, C++, Delphi, Visual Basic, ou por um script, como PERL (Practical
Extraction and Report Language), também executado no servidor (Felton, 1997; Hunter e
Crawford,1998). Figura 6.




           Figura 6 - Estrutura de um servidor Web com servidor de mapas.
                                                         Fonte: Ferreira 2004 (adaptado).
20



4 - Revisão Bibliográfica


         Para a realização deste projeto utilizamos como trabalho base o artigo “Como
Publicar Mapas na Web (Miranda, 2003)” desenvolvido na Embrapa Informática
Agropecuária.
         Este artigo demonstra como publicar mapas na Internet, usando um servidor de
mapas livre, sendo adotado o servidor ALOV Map (ALOV, 2002) e dados da microbacia do
Taquara Branca, Sumaré, SP (Menk e Miranda, 1997). Estando disponíveis no formato
vetorial: solos, drenagem e curvas de nível e no formato matricial uma imagem do satélite
Landsat, com data de passagem de julho/1993, combinação falsa cor das bandas 3(R), 4(G),
5(B). Todos os mapas originais estavam na escala 1:10.000 e georeferenciados em projeção
UTM (Universal Transversa de Mercator). A imagem de satélite foi co-registrada com os
mapas vetoriais.
         O servidor de mapas ALOV Map trabalha centrado em um arquivo de configuração
do tipo XML (Extended Markup Language), contendo todas as informações sobre os mapas a
serem exibidos, e a forma como devem ser mostrados. Permite publicar mapas vetoriais e
matriciais na Internet de duas maneiras: cliente ou servidor. A versão cliente foi adotada neste
projeto e consiste em um applet para visualização de dados no formato Shapefile da ESRI.
Neste caso cada vez que a aplicação for iniciada, o servidor HTTP baixará todos os arquivos
de mapas no computador do usuário.
         Quanto ao método de disponibilização este projeto se enquadra no método estático
clicável com applet onde os mapas podem ser visualizados e ações de mudança de escala,
navegação e consultas sobre seus atributos geográficos, conectados a uma base de dados são
permitidas, porém, não possibilitando adicionar ou subtrair camadas (layers) geográficas aos
temas visualizados.
         Os sistemas que utilizam programa do tipo applet possibilitam uma grande
flexibilidade, permitindo a publicação de maneira rápida e eficiente de mapas na Internet,
entretanto, um applet não é como um programa residente no computador local. Quanto maior
interatividade for oferecida, maior complexidade terá o aplicativo. O que implica em um
aplicativo de maior tamanho, que por sua vez leva a um tempo maior de transferência de
carga e tornando ainda necessário carregar todos os arquivos em uso o que dificulta a
visualização de arquivos grandes como as imagens de satélites.
21



        Analisamos os métodos adotados no referido artigo e optamos pelo desenvolvimento
de um sistema que possibilitasse a manipulação de mapas dinâmicos e interativos via Internet
sem a necessidade de o usuário possuir em seu computador programas específicos, o que
permite o acesso às informações disponibilizadas a partir de qualquer computador conectado à
Internet. Quanto ao método de disponibilização de mapas na Internet adotamos o método
dinâmico sem plug-in, que possibilita uma melhor interação com as informações
disponibilizadas, não sendo necessário carregá-las no computador do usuário.
        Após esta análise realizamos um levantamento bibliográfico que nos forneceu o
embasamento teórico necessário para a realização do projeto.
22



         5 - Materiais e Procedimentos Metodológicos


         Neste capítulo serão apresentados os materiais e métodos que possibilitaram o
desenvolvimento deste projeto de mapas dinâmicos e interativos onde foram realizadas as
seguintes etapas: levantamento bibliográfico, aquisição dos dados, instalação do servidor Web
(Apache) e do servidor de mapas (MapServer), organização das informações geográficas e
geração e edição da página HTML, conforme descrito a seguir.


         5.1 - Levantamento Bibliográfico


         O levantamento bibliográfico constituiu-se de consultas a diversas fontes, porém,
devido à existência de poucas informações disponíveis em bibliotecas, optou-se pela pesquisa
na Internet para encontrar a maior parte das referências utilizadas que serão descritas a seguir:
         Artigo: Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas (SIEG)
descreve a origem do sistema, os órgãos e instituições que o compõe, estrutura
organizacional, missão e objetivos.
         Artigo: Alternativas Tecnológicas para o Acesso aos Dados Geográficos de
Transporte e Trânsito do Município de Belo Horizonte, monografia apresentada no curso de
Especialização de Informática Publica. Esta dissertação descreve: a importância das
informações, a falta da disponibilização destas ao público comum e algumas alternativas
tecnológicas para a disseminação de informações sobre transporte e trânsito do município de
Belo Horizonte (Ribeiro, 2003).
         Artigo: Desenvolvimento de Aplicações GIS para Internet: de componentes ActiveX
até a GML, este artigo discute duas alternativas de implementação para publicação de
informações georreferenciadas na Internet: (1) objetos ActiveX para manipulação dos mapas
via browser; (2) padrões de troca de informações entre bases de dados através da GML
(Geography Markup Language). Descrevem-se duas aplicações específicas que empregam,
respectivamente: mapeamento de áreas de risco urbanas, empregando ActiveX e Java Script
(já implementada); GIS para Programa de Saúde na Família, em que se planeja usar a GML
(Vassoler, 2001).
         Apostila do Programa de Informática na Educação desenvolvida pelo Núcleo de
Tecnologia Educacional Metropolitano do Espírito Santo (2000): descreve o histórico da
Internet, de seu desenvolvimento até os dias atuais. Descreve ainda outras tecnologias
23



relacionadas à Internet como a WWW (World Wide Web) e Browser (navegadores para
Internet).
         Tese de Doutorado: Modelagem e Implementação de um Atlas Eletrônico Interativo
Utilizando Métodos de Visualização Cartográfica, Apresenta a proposta de utilização de
métodos de visualização aplicados a um Atlas interativo eletrônico, baseando-se no
desenvolvimento de uma interface que possibilite manipular de forma interativa mapas
cartográficos (Almeida, 1999).
         Artigo: Atlas Interativo Urbano: Implementação de Um Protótipo Para o
Quadrilátero Central de Presidente Prudente, descreve o desenvolvimento do protótipo de um
Atlas Interativo Urbano tendo como área de estudo o quadrilátero central de Presidente
Prudente, SP. Tal produto, desenvolvido com o apoio da Empresa SISGRAPH-Ltda,
empregando a tecnologia GeoMedia da Intergraph Corporation, apresenta informações de
forma dinâmica proporcionando a interatividade com o usuário (Silva e Melo, 2003).
         Artigo: Mapa Interativo de Santa Catarina na Web: Servidor de Informações
Georreferenciadas Baseado em Software Livre. Este artigo tem por ponto central descrever a
utilização do MapServer como provedor de dados georreferenciados, identificando vantagens,
dificuldades, tecnologia entre outros aspectos e desenvolver um Mapa Interativo de Santa
Catarina na Web para possibilitar a análise deste servidor de mapas (Ferrari, Marcos e Souza,
2003).
         Artigo: Acessando Bancos de Dados Geográficos Vetoriais Via Internet, propõe uma
abordagem que busca viabilizar o acesso a dados geográficos em formato vetorial através de
uma interface de manipulação direta. Trabalha com o conceito de objetos geográficos,
transmitindo vetores, e não imagens, pela rede (Fonseca e Davis Jr, 1997).
         Artigo: A Tecnologia dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e a Internet,
aborda as tecnologias que possibilitam a visualização de mapas na Internet, particularmente
aquelas em que se utilizam os Sistemas de Informações Geográficas. Descreve a tecnologia
SIG, define alguns conceitos de Internet e formas de disponibilizar mapas na rede (Kleiner e
Meneguette, 2003).
24



        5.2 - Aquisição dos Dados


        Foram utilizados para desenvolvimento do projeto, elementos da cartografia básica,
geologia e infra-estrutura do Estado de Goiás no formato Shapefile (formato proprietário de
dados do ArcView 3.2) e imagens de satélites ( LANDSAT 7 ETM+ (2003) e CBERS-2 CCD
(2004)) no formato GeoTIFF, disponibilizadas pela Superintendência de Geologia e
Mineração (SGM) da Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás (SIC) através do
Programa SIG-GOIÁS. Estes dados foram obtidos pela SGM de diversas fontes, sendo:
        - Dados de altimetria, drenagem e massa d’água foram obtidos do trabalho realizado
pela Agência Nacional de Águas (ANA), com base nas folhas ao milionésimo do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
        - Dados sobre unidades geológicas, contatos geológicos, eixos de dobra, estruturas
geológicas, falhas geológicas, lineamentos, potencial geológico e recursos minerais foram
obtidos junto a SGM que realizou com a CPRM a conversão para Sistema de Informação
Geográfica do Mapa Geológico e de Recursos Minerais do Estado de Goiás e do Distrito
Federal – escala 1:500.000, realizado através de convênio celebrado entre o Serviço
Geológico do Brasil (CPRM), a Secretaria de Minas e Energia e Telecomunicações do Estado
de Goiás (SMET), Metais de Goiás S/A (METAGO) e a Universidade de Brasília (UnB). A
aquisição dos dados foi feita através do levantamento bibliográfico e mapeamento geológico
executado no Estado de Goiás englobando diversos trabalhos realizados até o ano de 1999;
        - Dados sobre estações fluviométricas e pluviométricas, linhas de transmissão,
subestações e usinas hidroelétricas foram produzidos pela Companhia Energética de Goiás
(CELG), obtidos junto a Secretaria de Infra-Estrutura de Goiás (SEINFRA);
        - Os limites de municípios foram obtidos junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e digitalizados pela SGM;
        - Dados sobre aeroportos e balsas foram obtidos junta a Agência Goiana de
Transportes e Obras Públicas (AGETOP);
        - Localidades, malha viária e perímetros urbanos foram extraídos de imagens
LANDSAT 7 ETM+ 2003 pela SGM; essas imagens foram georreferenciadas através de
imagens LANDSAT 5 TM e LANDSAT 7 ETM+ de anos anteriores obtidas no site da
University of Maryland USA (http://glcfapp.umiacs.umd.edu) que disponibiliza imagens do
mundo inteiro já ortorretificadas e georreferenciadas.
        - O levantamento de barragens foi realizada pela SGM com base em informações
obtidas junto a ANA; e
25



        - As Unidades de Conservação federais foram obtidas junto ao Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e as estaduais foram
digitalizadas pela SGM com base nos memoriais descritivos.
        - Das imagens de satélite LANDSAT 7 ETM+ 18 foram adquiridas junto a Secretaria
da Fazenda do Estado de Goiás (SEFAZ) 5 pela SGM/SIC e as imagens do satélite CBERS-2
CCD foram adquiridas junto ao INPE sendo georreferenciadas pela própria SGM.
        Para mais informações sobre os temas citados acima, como tipo (ponto, linha,
polígono), atributos (nome, município, área, etc) e escala consultar o anexo 1.


        5.3 - Configuração do Sistema de Mapas Dinâmicos e Interativos.


        A configuração do sistema de mapas dinâmicos e interativos varia de acordo com o
método de execução adotado, neste trabalho optamos pelo método de execução onde a
aplicação é executada integralmente no servidor, cuja configuração do sistema consiste na
instalação de um servidor de mapas e de um servidor Web.
        Adotou-se neste projeto o servidor Apache Web Server 1.3.14 por ser um software
livre, configurável e expansível com o uso de módulos de terceiros e ser totalmente adaptável
possibilitando o desenvolvimento de novos módulos, caso necessário. Este software pode ser
adquirido na Internet, no site www.apache.org.




                      Figura 7 - Instalação do Apache Web Server.
26




            Após a instalação do Apache Web Server conforme demonstrado na figura 7, o
Apache possuirá a seguinte estrutura de diretórios, figura 8:




                   Figura 8 – Estrutura de diretórios do Apache Web Server.

            Sendo que os diretórios:
            Bin - Contém os arquivos responsáveis pelo funcionamento do Apache.
            Cgi-bin - Diretório onde são armazenados os programas (“gateways”) responsáveis
pela recepção de requisições de informações e pelo retorno de respostas com os resultados
correspondentes.
            Conf - Possui os arquivos destinados à configuração do Apache.
            Htdocs - Diretório onde são colocados às paginas e os dados que serão
disponibilizadas na Internet.
            Icons - Contém os ícones utilizados pelo Apache.
            Logs - Receberá os relatórios das atividades do Apache.
            Modules - Contém os arquivos responsáveis pelo funcionamento do Apache.
            Proxy - Armazena os arquivos responsáveis por estabelecer a comunicação pela
Internet.
            Quanto ao servidor de mapas optou-se pelo MapServer 3.6.3 por ser um software
livre constituído por um conjunto de recursos e ferramentas OpenSource que possibilitam o
desenvolvimento de aplicações espaciamelmente ativas para disponibilização na Internet e
compila na maioria dos sistemas operacionais UNIX e Windows NT/95/98.
27



        A instalação do Servidor de Mapas MapServer consiste em inserir seus aplicativos
executáveis (*.exe) e suas extensões (*.dll) no diretório CGI - BIN pertencente ao servidor
Web Apache, conforme demonstra a figura 9.




                        Figura 9 - Instalação do MapServer.


        Após a instalação do servidor de mapas é necessário criar um diretório com o nome
“tmp” no diretório “htdocs” pertencente ao servidor Apache, com a finalidade de receber os
arquivos temporários gerados durante a manipulação das informações geográficas
disponibilizadas na página.


        5.4 - Organização das Informações Geográficas


        Com a finalidade de facilitar a assimilação das informações disponibilizadas aos
usuários que não dominam os conceitos e normas cartográficas, optou-se por adotar
simbologias e nomenclaturas de fácil compreensão.
          Para o processo de organização das informações geográficas utilizou-se o software
ArcView 3.2 (Programa Gerenciador de Informações Geográficas - PGIG), desenvolvido pela
ESRI (Environmental Systems Research Institute). Este software foi adotado por possibilitar a
utilização da extensão Script MapServer OnLine (extensão para otimizar a criação de páginas
HTML/Java Script e arquivos MAP para MapServer - desenvolvida por Nilson C. Ferreira -
CEFET-GO) que funciona exclusivamente neste programa.
        O ArcView suporta dados vetoriais (pontos, linhas e polígonos) das mais diversas
fontes: Shapefiles, Coverages (Arc/Info), CAD (DXF, DWG, DGN), arquivos textos
tabelados com vírgula, etc. Um arquivo vetorial é adicionado em uma vista do ArcView como
28



um tema sendo geralmente composto de várias feições do mesmo tipo (pontos, linhas ou
polígonos).
          Cada feição possui um registro em uma tabela associada, e esse registro pode ser
composto de vários itens ou colunas. Cada feição de um tema tem um registro na tabela, então
se um tema de municípios, contiver 100 municípios, cada município será um polígono e cada
polígono terá um registro, desta forma a tabela do tema municípios possuirá 100 registros ou
linhas.
          Essas feições podem ser representadas por diversos tipos de legendas
disponibilizados pelo ArcView, possibilitando assim a geração de mapas temáticos.
          Os mapas temáticos têm como fornecer com auxilio de símbolos qualitativos e/ou
quantitativos dispostos sobre uma base de referência, as informações relativas a um
determinado tema ou fenômeno presente no território mapeado.
          O processo de organização foi constituído das seguintes etapas: estruturação do
ambiente de visualização, adição dos temas, definição da simbologia e nomenclatura.
          A estruturação do ambiente de visualização consistiu em definir a forma de como as
informações serão exibidas na página HTML, sendo realizada pelo software ArcView 3.2 que
permite a criação de vistas (views) necessárias para o funcionamento do MapServ OnLine
que utiliza as vistas como referência para gerar os arquivos MAP (arquivos utilizados pelo
servidor de mapas MapServer) e HTML.
          O MapServer OnLine necessita que haja no mínimo uma vista com nomenclatura
“[Carto].nome” que recebera as informações que serão apresentadas no mapa dinâmico e
interativo na forma caixa de seleção (check box), estrutura que possibilita inserir temas na
forma de camadas. Porém, caso haja a necessidade de inserir mapas temáticos será necessário
criar vistas com nomenclatura “[Temat].nome” que serão exibidas no mapa interativo na
forma de caixa de opção (combo box), esta estrutura que possibilita visualizar mapas
temáticos em segundo plano (background) evitando que temas constituídos por entidades
gráficas vetoriais linhas e pontos sejam obstruídos pelos mapas temáticos constituídos por
polígonos totalmente preenchidos (sólidos).
          Definiu-se neste projeto a estruturação das informações geográficas em quatro vistas,
sendo uma vista denominada “[Carto].Cartografia” para receber os temas constituídos por
linhas, pontos e polígonos hachurados e as demais, representados por mapas temáticos sendo
denominadas:      “[Temat].Divisão     Política”,   “[Temat].Geologia”,     “[Temat].Aspectos
Socioeconômicos”.
29



        Após definida a estrutura das vistas realizou-se a adição dos temas correspondentes a
cada vista. Na vista “[Carto].Cartografia” foram inseridos os seguintes temas: Aeroportos,
Altimetria, Balsas, Barragens, Contatos Geológicos, Drenagens, Eixo de Dobra, Estações
Fluviométricas e Pluviométricas, Estruturas Geológicas, Falhas Geológicas, Lineamentos,
Linhas de Transmissão, Localidades, Malha Viária, Massas de Água, Municípios, Perímetros
Urbanos, Pontos Cotados, Potencial Geológico, Recursos Minerais, Subestações, Unidades de
Conservação e Usinas Hidroelétricas.
        Nas vistas “[Temat].Divisão Política” e “[Temat].Aspectos Socioeconômicos” foram
inseridos mapas temáticos gerados a partir da Shapefile municípios, na vista “[Temat].Divisão
Política” foram inseridos os mapas temáticos Microrregião, Mesorregião e Regiões de
Planejamento e na vista “[Temat].Aspectos Socioeconômicos” foram inseridos os mapas
temáticos População Total (2004), População de Eleitores (2004), IDH - Índice de
Desenvolvimento Humano (2000), IDS - Índice de Desenvolvimento Social (2001), IDE -
Índice de Desenvolvimento Econômico (2001), PIB - Produto Interno Bruto (2002),
Admitidos (emprego formal) - 2004, Desligados (emprego formal) - 2004 e Saldo (emprego
formal) - 2004 e na vista “[Temat].Geologia” foi inserido o mapa temático Unidade
Geotectônica gerado a partir da Shapefile geologia. Conforme figura 10.




                             Figura 10 - Estrutura das vistas.
30



        Após adição das informações geográficas nas vistas estabeleceu-se a convenção da
simbologia para suas representações cartográficas.
        Para convenção da simbologia foi utilizada a função Legend Editor do software
ArcView 3.2, conforme figura 11.




                          Figura 11 - Convenção da simbologia.


        Os temas de acordo com suas características foram representados adotando-se as
seguintes simbologias:
        Símbolo Único para as feições cujos temas serão exibidos com as mesmas cores e
símbolos, sendo adotado para representar: Aeroportos, Altimetria, Balsas, Barragens,
Drenagens, Contatos Geológicos, Eixo de Dobra, Estações Fluviométricas e Pluviométricas,
Estruturas Geológicas, Falhas Geológicas, Lineamentos, Linhas de Transmissão, Localidades,
Massas d’Água, Perímetros Urbanos, Pontos Cotados, Potencial Geológico, Recursos
Minerais, Subestações, Unidades de Conservação e Usinas Hidroelétricas.
        Valor Único representa informações qualitativas adotado para representar temas onde
grupos de feição possam ser representados por um único símbolo. Utilizado neste projeto para
representar, Malha Viária, os Mapas Temáticos de Microrregiões, Mesorregiões, Regiões de
Planejamento e Unidades Geotectônicas.
        Cor Graduada representa informações quantitativas que serão exibidas com o mesmo
tipo de símbolo, mas com cores representando uma progressão de intervalos de valores para
um dado tema específico. Foi adotado para representar os Mapas Temáticos: Admitidos
31



(emprego formal) - 2004, Desligados (emprego formal) - 2004, Saldo (emprego formal) -
2004, IDH - Índice de Desenvolvimento Humano (2000), IDS - Índice de Desenvolvimento
Social (2001), IDE - Índice de Desenvolvimento Econômico (2001), PIB - Produto Interno
Bruto (2002), População Total (2004) e População de Eleitores (2004).
        Definida a simbologia realizou-se a adequação da nomenclatura das informações
geográficas utilizadas neste projeto, pois o nome dos campos da tabela de atributos eram de
difícil entendimento, devido a uma limitação do software ArcView 3.2 que só possibilita
utilizar os nomes dos campos com até 10 caracteres, o que tornou necessário editar estes
campos para que os temas sejam apresentados na página com termos adequados, facilitando a
interpretação destas informações pelo usuário.
        Para realizar esta edição utilizou-se o recurso “Alias” (disponível no software
ArcView 3.2, no menu Tabela-Propriedade) que possibilita alterar a nomenclatura de um
campo que esteja abreviada para uma nomenclatura que descreva melhor o atributo do tema.
Por Exemplo: “maior_10 alterado para População maior que 10 anos”. A figura 12 demonstra
esta operação.




                  Figura 12 - Edição dos campos da tabela de atributos.
32



        5.5 - Geração e Edição da Página HTML


        Para a geração da página HTML, adotou-se a extensão MapServer OnLine que
funciona a partir do software ArcView 3.2, script escrito em linguagem Avenue (linguagem
proprietária do ArcView 3.2) que tem como função gerar arquivos HTML/Java Script e MAP
(arquivos necessários para disponibilizações em servidor de mapas MapServer).
        Como esta extensão não é parte integrante do software ArcView 3.2 é necessário
inserir o arquivo MapServerOL.avx dentro do diretório de extensões (EXT32) do software
ArcView 3.2, habilitando desta forma a extensão para uso.
        Antes da utilização da extensão MapServer OnLine deverá ser criada uma estrutura
de diretórios (Figura 13), sendo que o diretório “online” receberá os arquivos HTML e MAP
gerados pela extensão, o diretório “data” serão inseridos os arquivos Shapefiles e o diretório
“ícones” serão inseridos os ícones que serão apresentados na página disponibilizada.




                           Figura 13 - Estrutura de Diretórios.




        Após estes procedimentos a extensão MapServer OnLine estará apta para
funcionamento. Primeiramente é necessário ativa-lá no software ArcView 3.2, o que irá
disponibilizar o menu MapServer na barra de menu da vista do software conforme a figura
14.
        O menu MapServer disponibiliza três funções “Gera Arquivos MapServer”, “Mapa
de Referência” e “Gera Busca”. A primeira função “Gera Arquivos MapServer” utiliza o
ambiente gerado na etapa de organização das informações geográficas como referência para a
geração dos arquivos HTML e MAP.
33




                            Figura 14 - Menu MapServer.



        Quando selecionada a função será aberta uma caixa de diálogo denominada
Parâmetros Iniciais, conforme a figura 15.




                     Figura 15 - Função “Gera Arquivos MapServer”.



        Nesta caixa de diálogo deve-se definir os seguintes parâmetros: Local de Instalação
da Página - define o endereço onde os arquivos irão estar dentro do servidor; Diretório
Temporário - define o local para onde os arquivos gerados pela manipulação do mapa
dinâmico e interativo serão enviados antes de serem remetidos ao usuário; CGI-MapServer -
34



define o local onde está instalado o servidor de mapas MapServer; URL da Imagem - define o
diretório no qual se encontrará a imagem que será enviada ao usuário; Mapa de Referência -
define o local onde se encontra a figura que será usada como mapa de referência no mapa
dinâmico e interativo; e Largura e Altura da Imagem definem o tamanho da área utilizada
para a visualização do mapa.
        Definidos os parâmetros, a função “Gera Arquivos MapServer” irá gerar os arquivos
HTML/Java Script e os arquivos MAP no local designado. A segunda função disponível no
menu MapServer é a “Mapa de Referência”, responsável pela geração da figura
“referência.jpg” que será usada pelo mapa para exibir a localização da área visualizada pelo
usuário em relação a área total. Quando ativada será apresentada uma caixa de diálogo
denominada “Save Reference Map” (figura 16), cuja função é definir o local onde será salva a
imagem de referência, sendo o diretório “c:temponlinedata” pré-definido pela extensão
MapServer Online.




                        Figura 16 - Função “Save Reference Map”.


        A terceira função “Gera Busca” possibilita a elaboração de um sistema de busca no
mapa, denominada “Find”. Quando ativada será apresentada uma caixa de diálogo
denominada “Busca” onde será selecionada a vista que contém o tema adotado para o sistema
de busca, sendo possível a seleção de mais de uma vista (figura 17).
        Após definida as vistas, será apresentada outra caixa de diálogo onde deverá ser
selecionado um dos temas que a compõe, sendo possível a seleção de mais de um tema (figura
18).
35




                  Figura 17 - Função “Gera Busca” (seleção das vistas).




                  Figura 18 - Função “Gera Busca” (seleção dos temas).




        Selecionado o tema, será disponibilizada outra caixa de diálogo, onde deverá ser
escolhido um dos campos da tabela que o tema possui, definindo o atributo do tema que será
disponibilizado na função “Find” do mapa dinâmico e interativo (figura 19).
36




Figura 19 - Função “Gera Busca” (seleção do campo da tabela).
37



         Neste projeto optou-se por gerar um sistema de busca com apenas um tema
(município) contido na vista “[Carto].Cartografia”, sendo disponibilizada a busca a partir do
atributo nome do município.
         Depois de utilizadas as três funções do script MapServer Online, todos os arquivos
necessários para a disponibilização do mapa dinâmico e interativo estarão contidos no
diretório “c:temponline”.
         Para o funcionamento do mapa dinâmico e interativo é necessário mover o diretório
“Online” para dentro do diretório “htdocs” do servidor Apache Web Server, tornando possível
acessá-lo através de um browser de Internet.
         A página gerada possui um formato padrão, que pode ser alterado e adaptado às
necessidades de cada disponibilização, esta alteração pode ser executada em qualquer editor
de textos. Tais alterações são realizadas editando-se os arquivos HTML e os arquivos MAP.
         No projeto utilizou o software TextPad na alteração do arquivo online.HTML
(arquivo que possui a estrutura da página) para adaptá-lo e configurá-lo de forma a atender a
padrões adotados pelo SIEG (Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas).
Foram efetuadas diversas modificações na estrutura da página como alteração do formato, cor
e disposição dos elementos que a constituem, obtendo-se no final uma página de fácil
manipulação e interpretação por parte dos usuários. (figura 20).




                               Figura 20 - Portal SIG OnLine.
38



         Foi necessária a edição dos arquivos MAP, devido a extensão MapServer OnLine
gerar estes arquivos com erro em sua estrutura, isto acontece pela utilização de legendas do
tipo valor único e cor graduada no software ArcView 3.2 para simbolização dos temas
adotados. Sendo utilizado o software TextPad para editar os arquivos MAP.
         Para a disponibilização de imagens de satélites através do mapa dinâmico e interativo
foi necessário criar manualmente um arquivo MAP e editar o arquivo online.HTML.
         Uma vez que o MapServer suporta imagens de apenas 8 bits, foi necessário converter
as imagens adquiridas junto a SGM, compostas por 3 bandas totalizando 24 bits em uma
imagem de apenas 1 banda com 8 bits. Para realizar esse processo utilizou-se o software
SPRING 4.0 para geração de uma imagem “sintética” de 8 bits no formato TIFF.
         A estrutura do arquivo MAP das imagens é basicamente igual à estrutura do arquivo
MAP para as Shapefiles gerado pela extensão MapServer OnLine sendo necessário apenas
incluir um comando específico (IMAGETYPE GIF) no início da estrutura do arquivo MAP e
uma definição do layer da imagem, como demonstrado abaixo.


#                                                 #
# Início do arquivo map “Imagem”                  # Início das definições dos layers
#                                                 #
NAME imagem.map                                   LAYER
STATUS ON                                           NAME 'imagem'
SIZE 440 330                                        TYPE raster
EXTENT -53.701 -19.862 -45.536 -12.032              STATUS off
UNITS dd                                            DATA 'c:/program files/apache
IMAGETYPE GIF                                     group/apache/htdocs/online/data/imagem_cbers.tif'
SHAPEPATH 'data'                                  END # LAYER
IMAGECOLOR 255 255 255



         A edição do arquivo online.HTML consiste na criação de uma nova caixa de opção
para seleção das imagens.
38



        O acesso ao mapa é efetuado a partir do link “SIG OnLine” dentro do portal SIEG
(http://www.sieg.go.gov.br), figura 21.




                    Figura 21 - Portal SIEG com o link “SIG OnLine”.
                                                               Fonte: www.sieg.go.gov.br



        Tendo como meta atender ao objetivo de criar um mapa dinâmico e interativo que
atenda também a usuários que não possuem nenhum conhecimento em sistemas de
informações geográficas, as funções disponibilizadas possibilitam a interação com as
informações geográficas de forma simples e intuitiva.
        As funções disponibilizadas são:


- Adicionar temas na forma de camadas na área de visualização do mapa;
- Visualização de mapas temáticos;
- Ampliação e redução da escala de visualização (zoom+/-)       ;
- Executar deslocamentos na área visualizada (pan)      ;
- Acesso a informações sobre os temas visualizados (identificador)    ;

- Busca por município        ;
- Redesenhar mapa para escala inicial     ;
- Impressão do mapa     ;e

- Navegação a partir do mapa de referência    .
39
40



6 - Conclusões e Considerações Finais


         Com o avanço da Internet esta se configurou em um centro de convergência de
pessoas em busca das mais diversas informações. Devido a este constante desenvolvimento
surgiram diversos mecanismos que proporcionaram a criação de um ambiente apresentável e
atraente para a Geoinformação.
         A disponibilização de informações geográficas na Internet apesar de ser um assunto
recente, vem despertando crescente interesse de organizações e órgãos governamentais
responsáveis pela gestão ambiental e territorial.
         Em Goiás destaca-se o Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas
(SIEG) cuja finalidade é disponibilizar informações estatísticas e geográficas sobre o estado
para download através de um portal na Internet, visando promover a gestão das informações
estatísticas e geográficas para subsidiar o planejamento e gerenciamento das ações
governamentais, e ao mesmo tempo suprir as demandas da sociedade por informações.
         Porém, apesar da facilidade do acesso as informações geográficas e estatísticas, a
manipulação destas informações é complexa, uma vez que o usuário deve executar o
download dos arquivos e utilizar um software compatível com o formato dos arquivos
adquiridos o que exige certo nível de conhecimento sobre esta ferramenta. Esta exigência
pode se tornar um obstáculo aos usuários que não possuem este conhecimento, vindo a
desestimular o uso destas informações.
         Tendo como objetivo possibilitar que tais usuários tenham acesso a informações
geográficas, desenvolvemos neste trabalho um sistema que permite ao usuário comum
visualizar e interagir com as informações através de uma interface de fácil manipulação na
Internet sem a necessidade de instalação de softwares específicos.
         Entretanto, este método de disponibilização não oferece os mesmos recursos
existentes nos softwares específicos para manipulação das informações geográficas (softwares
de geoprocessamento).
         Os softwares de visualização de informações geográficas possibilitam o usuário
manipular as informações, alterar cores, símbolos, efetuar pesquisa por atributos envolvendo
múltiplos temas. Já o método adotado neste trabalho permite executar as operações básicas
ampliar e reduzir a escala (zoom), deslocamento (pan), visualizar área total, busca (find),
imprimir (print), possibilita montar mapas a partir da sobreposição de temas e visualizar
mapas temáticos como segundo plano evitando a obstrução de informações. Estas funções
41



suprem satisfatoriamente as necessidades dos usuários que não dominam ferramentas de
geoprocessamento.
         Esta forma de disponibilização vem sendo adotada por diversas instituições de vários
países, mas no Brasil este método ainda é pouco utilizado, não existindo praticamente
informações técnicas a respeito das ferramentas necessárias para a elaboração de sistemas que
possibilitem disponibilizar informações geográficas na Internet de forma dinâmica e
interativa.
         A construção de sistemas de disponibilização de informações geográficas na Internet
pode ser executada utilizando softwares comerciais ou softwares livres. Os softwares
comerciais são geralmente ferramentas completas providas de inúmeros recursos, por sua vez,
os softwares livres vêm se desenvolvendo a cada dia e por terem seu código fonte aberto,
possibilitam que usuários contribuam para o aperfeiçoamento destas ferramentas.
         Para realizar este trabalho optou-se pela utilização de softwares livres, visando
reduzir os custos e incentivar a adesão ao uso destes tipos de programas.
         Os objetivos definidos para o projeto foram alcançados com sucesso, o mapa
dinâmico e interativo foi integrado ao Sistema Estadual de Estatística e de Informações
Geográficas (SIEG) de forma eficiente, acrescentando a este sistema mais uma ferramenta de
disponibilização de informações geográficas na Internet.
         Durante a realização deste trabalho observou-se a necessidade de desenvolver
ferramentas que possibilitem uma melhor interação entre as informações disponibilizadas e o
usuário. Apesar de possibilitar o uso das funções básicas, os métodos de disponibilização
existentes, ainda não permitem executar funções complexas como o cruzamento de
informações entre temas diferentes para gerar novos temas. Portanto, uma importante
sugestão é o desenvolvimento de funções complexas de um SIG através de interfaces de fácil
manipulação.
42



7 - Referências Bibliográficas


ALOV. ALOV Map. Free Java GIS. Disponível em: http://alov.org/index.HTML. Acesso
em: 27 de agosto de 2002.

FLANAGAN, D. Java in a nutshell: a desktop quick reference for Java programmers.
Sebastopol, CA, USA: O´Reilly & Associates, 1996. 438 p.

FLANAGAN, D. Java in a nutshell: a desktop quick reference. Sebastopol, CA, USA:
O´Reilly & Associates, 1999. 648 p.

FELTON, M. CGI Internet programming with C++ and C. Upper Sadle River, NJ, USA:
Prentice Hall, 1998. 514 p.

HUNTER, J.; CRAWFORD, W. Java servlet programming. Sebastopol, CA, USA: O´Reilly
& Associates, 1998. 510 p.

KRAAK, M. Web Cartography - developments and prospects.Artigo, 2001.

MAPSERVER, Obtido na Internet. http://MapServer.gis.umn.edu, acessado em 04/08/2004.

MENK, J.R.F.; MIRANDA, J.I. Levantamento pedológico e mapeamento do risco de erosão
dos solos da microbacia do córrego Taquara Branca - Sumaré/SP. CNPMA/EMBRAPA,
Jaguariúna: EMBRAPA-CNPMA. 37p. (EMBRAPA-CNPMA. Documentos, 9). 1997.

MIRANDA, José Iguelmar e SOUZA, Kleber Xavier Sampaio de. Como Publicar Mapas na
Web. Artigo, 2003.

THÉRIAULT, M. Toward Semantics for Modelling Spatio-Temporal Processes within GIS
Vol. 2, pp: 2.27-2.43. Netherlands, 2002.

RIBEIRO, Humberto Eustáquio Gonçalves. Alternativas Tecnológicas para acesso aos dados
geográficos de transporte e trânsito do município de Belo Horizonte. Monografia de
Especialização. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2003.
43



8 - Bibliografia


ALMEIDA, Luís Fernando Barbosa. A metodologia de disseminação da informação
geográfica e os metadados. Tese de Doutorado. Centro de Ciências Matemáticas e da
Natureza – UFRJ. Rio de Janeiro, 1999.

FERRARI, Gabriel; SOUZA, Claudioney de e SOUZA, Marcos. Mapa Interativo de Santa
Catarina na Web: Servidor de informações georreferenciadas baseado em Software Livre.
Artigo, 2003.

FONSECA, F. T. e DAVIS JR., C. A. Acessando bancos de dados geográficos vetoriais via
Internet. Artigo, 1997.

KLEINER, Ricardo de Miranda e MENEGUETTE, Arlete A. C. A Tecnologia dos Sistemas
de Informações Geográficas (SIG) e a Internet. Artigo, 2003.

MACHADO, João; CABRAL, Pedro e PAINHO, Marco. Aplicações de GIS na Web: O atlas
do ambiente dinâmico. Artigo, 2001.

MELO, Aline Cristina de e SILVA, Flaviano. Atlas Interativo Urbano: implementação de um
protótipo para o quadrilátero central de Presidente Prudente. Universidade Estadual Paulista
Faculdade de Ciências e Tecnologia. Artigo, 2003.

MELO, Ivan e CARNEIRO, Andréa. Mapas na Internet: Uma metodologia de
disponibilização dinâmica. Artigo, 2001.

PETTA, Reinaldo A. e Cunha, José de Arimatéria da. O Uso do SIG na Gestão Territorial do
Município de Serra Negra do Norte (RN). Revista de Geologia, Vol. 16, nº 1, p. 95-104, 2003.

UCHOA, Helton Nogueira. Software Livre, OGC e Geoprocessamento. Revista InfoGeo,
Edição n° 36, Ano 7, p. 22 e 24, 2005.
44



9 - Anexos
             Anexo 1 - Tabela de Atributos dos Temas Utilizados no Projeto.
45

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a sig

Proposta 3 f_apresentacao_pesquisa_avalia_gesac_12abril2010 (cópia)
Proposta 3  f_apresentacao_pesquisa_avalia_gesac_12abril2010 (cópia)Proposta 3  f_apresentacao_pesquisa_avalia_gesac_12abril2010 (cópia)
Proposta 3 f_apresentacao_pesquisa_avalia_gesac_12abril2010 (cópia)Benedito Medeiros Neto
 
Cartilha Acessibilidade BB
Cartilha Acessibilidade BBCartilha Acessibilidade BB
Cartilha Acessibilidade BBFábio Grando
 
Introdução à educação digital formador
Introdução à educação digital formadorIntrodução à educação digital formador
Introdução à educação digital formadortecampinasoeste
 
Curso cartografia basica_gps_arc_gis
Curso cartografia basica_gps_arc_gisCurso cartografia basica_gps_arc_gis
Curso cartografia basica_gps_arc_gisafonso zobeto
 
DMQ Talks Prof Alexandre Silva Educação Estatística na promoção do engajament...
DMQ Talks Prof Alexandre Silva Educação Estatística na promoção do engajament...DMQ Talks Prof Alexandre Silva Educação Estatística na promoção do engajament...
DMQ Talks Prof Alexandre Silva Educação Estatística na promoção do engajament...Steven Ross
 
Apresentacao Projecto GO!2.0
Apresentacao Projecto GO!2.0Apresentacao Projecto GO!2.0
Apresentacao Projecto GO!2.0nratao
 
Apostila_Geop_rrosa.pdf
Apostila_Geop_rrosa.pdfApostila_Geop_rrosa.pdf
Apostila_Geop_rrosa.pdfOseiasSantos32
 
24877610 cidade-publica-servicos
24877610 cidade-publica-servicos24877610 cidade-publica-servicos
24877610 cidade-publica-servicosDenis Marques
 
O uso de tecnologias de big data na concepção e execução de estratégias de en...
O uso de tecnologias de big data na concepção e execução de estratégias de en...O uso de tecnologias de big data na concepção e execução de estratégias de en...
O uso de tecnologias de big data na concepção e execução de estratégias de en...Diego Lusa
 
Orientacoes cadastro escola nova - simec 2012
Orientacoes cadastro   escola nova - simec  2012Orientacoes cadastro   escola nova - simec  2012
Orientacoes cadastro escola nova - simec 2012Linna Braga
 
Gerenciamento de Serviços de TI.pdf
Gerenciamento de Serviços de TI.pdfGerenciamento de Serviços de TI.pdf
Gerenciamento de Serviços de TI.pdfOs Fantasmas !
 
Smart.ufs.br :: Hackathon Carmelita by Rogerio P. C. do Nascimento
Smart.ufs.br :: Hackathon Carmelita by Rogerio P. C. do NascimentoSmart.ufs.br :: Hackathon Carmelita by Rogerio P. C. do Nascimento
Smart.ufs.br :: Hackathon Carmelita by Rogerio P. C. do NascimentoRogerio P C do Nascimento
 
Cult in Map - Aplicativo para Educação Patrimonial participativa e Turismo Cu...
Cult in Map - Aplicativo para Educação Patrimonial participativa e Turismo Cu...Cult in Map - Aplicativo para Educação Patrimonial participativa e Turismo Cu...
Cult in Map - Aplicativo para Educação Patrimonial participativa e Turismo Cu...José Claudio Dos Santos Júnior
 
Apresentação Programa Alagoas no Mapa - Ações e resultados para a região da C...
Apresentação Programa Alagoas no Mapa - Ações e resultados para a região da C...Apresentação Programa Alagoas no Mapa - Ações e resultados para a região da C...
Apresentação Programa Alagoas no Mapa - Ações e resultados para a região da C...Thiago Avila, Msc
 
Principais resultados do_censo_ppt
Principais resultados do_censo_pptPrincipais resultados do_censo_ppt
Principais resultados do_censo_pptleandrobermudes
 
Análise espacial do perfil dos alunos do ifpi – campus floriano usando técnica...
Análise espacial do perfil dos alunos do ifpi – campus floriano usando técnica...Análise espacial do perfil dos alunos do ifpi – campus floriano usando técnica...
Análise espacial do perfil dos alunos do ifpi – campus floriano usando técnica...Thiago Reis da Silva
 
Geoprocessamento na gestão urbana municipal – a experiência dos municípios mi...
Geoprocessamento na gestão urbana municipal – a experiência dos municípios mi...Geoprocessamento na gestão urbana municipal – a experiência dos municípios mi...
Geoprocessamento na gestão urbana municipal – a experiência dos municípios mi...Sheila Moreira Bezerra
 

Semelhante a sig (20)

Proposta 3 f_apresentacao_pesquisa_avalia_gesac_12abril2010 (cópia)
Proposta 3  f_apresentacao_pesquisa_avalia_gesac_12abril2010 (cópia)Proposta 3  f_apresentacao_pesquisa_avalia_gesac_12abril2010 (cópia)
Proposta 3 f_apresentacao_pesquisa_avalia_gesac_12abril2010 (cópia)
 
Cartilha Acessibilidade BB
Cartilha Acessibilidade BBCartilha Acessibilidade BB
Cartilha Acessibilidade BB
 
Introdução à educação digital formador
Introdução à educação digital formadorIntrodução à educação digital formador
Introdução à educação digital formador
 
Curso cartografia basica_gps_arc_gis
Curso cartografia basica_gps_arc_gisCurso cartografia basica_gps_arc_gis
Curso cartografia basica_gps_arc_gis
 
DMQ Talks Prof Alexandre Silva Educação Estatística na promoção do engajament...
DMQ Talks Prof Alexandre Silva Educação Estatística na promoção do engajament...DMQ Talks Prof Alexandre Silva Educação Estatística na promoção do engajament...
DMQ Talks Prof Alexandre Silva Educação Estatística na promoção do engajament...
 
Matricula2012
Matricula2012Matricula2012
Matricula2012
 
Matricula2012
Matricula2012Matricula2012
Matricula2012
 
Gesac
GesacGesac
Gesac
 
Apresentacao Projecto GO!2.0
Apresentacao Projecto GO!2.0Apresentacao Projecto GO!2.0
Apresentacao Projecto GO!2.0
 
Apostila_Geop_rrosa.pdf
Apostila_Geop_rrosa.pdfApostila_Geop_rrosa.pdf
Apostila_Geop_rrosa.pdf
 
24877610 cidade-publica-servicos
24877610 cidade-publica-servicos24877610 cidade-publica-servicos
24877610 cidade-publica-servicos
 
O uso de tecnologias de big data na concepção e execução de estratégias de en...
O uso de tecnologias de big data na concepção e execução de estratégias de en...O uso de tecnologias de big data na concepção e execução de estratégias de en...
O uso de tecnologias de big data na concepção e execução de estratégias de en...
 
Orientacoes cadastro escola nova - simec 2012
Orientacoes cadastro   escola nova - simec  2012Orientacoes cadastro   escola nova - simec  2012
Orientacoes cadastro escola nova - simec 2012
 
Gerenciamento de Serviços de TI.pdf
Gerenciamento de Serviços de TI.pdfGerenciamento de Serviços de TI.pdf
Gerenciamento de Serviços de TI.pdf
 
Smart.ufs.br :: Hackathon Carmelita by Rogerio P. C. do Nascimento
Smart.ufs.br :: Hackathon Carmelita by Rogerio P. C. do NascimentoSmart.ufs.br :: Hackathon Carmelita by Rogerio P. C. do Nascimento
Smart.ufs.br :: Hackathon Carmelita by Rogerio P. C. do Nascimento
 
Cult in Map - Aplicativo para Educação Patrimonial participativa e Turismo Cu...
Cult in Map - Aplicativo para Educação Patrimonial participativa e Turismo Cu...Cult in Map - Aplicativo para Educação Patrimonial participativa e Turismo Cu...
Cult in Map - Aplicativo para Educação Patrimonial participativa e Turismo Cu...
 
Apresentação Programa Alagoas no Mapa - Ações e resultados para a região da C...
Apresentação Programa Alagoas no Mapa - Ações e resultados para a região da C...Apresentação Programa Alagoas no Mapa - Ações e resultados para a região da C...
Apresentação Programa Alagoas no Mapa - Ações e resultados para a região da C...
 
Principais resultados do_censo_ppt
Principais resultados do_censo_pptPrincipais resultados do_censo_ppt
Principais resultados do_censo_ppt
 
Análise espacial do perfil dos alunos do ifpi – campus floriano usando técnica...
Análise espacial do perfil dos alunos do ifpi – campus floriano usando técnica...Análise espacial do perfil dos alunos do ifpi – campus floriano usando técnica...
Análise espacial do perfil dos alunos do ifpi – campus floriano usando técnica...
 
Geoprocessamento na gestão urbana municipal – a experiência dos municípios mi...
Geoprocessamento na gestão urbana municipal – a experiência dos municípios mi...Geoprocessamento na gestão urbana municipal – a experiência dos municípios mi...
Geoprocessamento na gestão urbana municipal – a experiência dos municípios mi...
 

sig

  • 1. SISTEMA DE DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS DO ESTADO DE GOIÁS NA INTERNET (SIG OnLine) LEVINDO CARDOSO MEDEIROS LUCIANO CORREIA SANTOS DE OLIVEIRA MÁRCIO MARTINS DA SILVA TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO APRESENTADO À COORDENAÇÃO DE GEOMÁTICA DO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO ESTADO DE GOIÁS. PROF. ORIENTADOR MS. NILSON CLEMENTINO FERREIRA. GOIÂNIA 2005
  • 2. II
  • 3. SISTEMA DE DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS DO ESTADO DE GOIÁS NA INTERNET (SIG OnLine) LEVINDO CARDOSO MEDEIROS LUCIANO CORREIA SANTOS DE OLIVEIRA MÁRCIO MARTINS DA SILVA TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO APRESENTADO À COORDENAÇÃO DE GEOMÁTICA DO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO ESTADO DE GOIÁS. PROF. ORIENTADOR MS. NILSON CLEMENTINO FERREIRA. GOIÂNIA 2005 III
  • 4. LEVINDO CARDOSO MEDEIROS LUCIANO CORREIA SANTOS DE OLIVEIRA MÁRCIO MARTINS DA SILVA SISTEMA DE DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS DO ESTADO DE GOIÁS NA INTERNET (SIG OnLine) Banca Examinadora ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Avaliação ___________________________________________________________________________ Goiânia, ___/___/2005. IV
  • 5. AGRADECIMENTOS Agradecemos, primeiramente, ao nosso orientador, Nilson Clementino Ferreira, pela paciência, compreensão e apoio oferecido; ao CEFET-GO, instituição pública, gratuita e de qualidade, que nos proporcionou acesso à ciência, à cultura e a uma nova forma de ver o mundo. Agradecemos a Maria Luiza Osório Moreira e Heitor Faria da Costa da SIC/SGM pelo fornecimento das informações geográficas utilizadas no projeto e a Ney F. Pinheiro da Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento (SEPLAN) pelo apoio técnico oferecido. Cabe–nos também agradecer ao Governo de Goiás, através da SIC/SGM e SEPLAN a confiança e o prestígio nos concedido ao solicitar que este trabalho fosse integrado ao projeto governamental SIEG, oportunizando assim maior divulgação do nosso trabalho e da instituição CEFET-GO, no âmbito de diversos segmentos da sociedade goiana, nacional e mesmo internacional. V
  • 6. RESUMO Atualmente, com a crescente utilização das geotecnologias, muitas instituições vêm produzindo grandes quantidades de informações geográficas. Contudo a publicação ou disponibilização dessas informações para a sociedade em geral, ocorre ainda de maneira pouco eficiente, gerando, portanto uma grande carência de informações, que não puderam, devido à falta de recursos e domínio tecnológico, serem publicadas e/ou disponibilizadas. Mas com o constante desenvolvimento da Internet esta se proveu de recursos gráficos, tornando-se um meio atraente e apresentável para a disseminação de informações geográficas. Neste trabalho desenvolveu-se um projeto para disponibilizar informações geográficas sobre o Estado de Goiás na Internet de forma interativa e dinâmica utilizando softwares livres. VI
  • 7. ABSTRACT Presently, with the increment of the use of the geotechnology, many institutions are producing great amounts of geographical information. However the publication or availability of those information to the society in general is still a little efficient way generating, therefore, a great amount of information that could not be able published or available due to the lack of resources and technological control. But with the constant development of the Internet it was provided of graphic resources, becoming an attractive and presentable way to spread the geographical information. In this work a project was developed to make available geographical information about the State of Goiás in an interactive and dynamic way within the Internet using free softwares. VII
  • 8. SUMÁRIO 1 - Introdução .......................................................................................................................... 01 2 - Objetivos ............................................................................................................................ 03 2.1 - Gerais ..................................................................................................................... 03 2.2 - Específicos ............................................................................................................. 03 3 - Fundamentações Teóricas .................................................................................................. 04 3.1 - Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas (SIEG) ................ 04 3.2 - Internet ................................................................................................................... 06 3.3 - World Wide Web (WWW) ..................................................................................... 07 3.4 - Hypertext Markup Language (HTML) .................................................................. 08 3.5 - Common Gateway Interface (CGI) ........................................................................ 09 3.6 - Java Script ............................................................................................................. 10 3.7 - Servidores Web ...................................................................................................... 10 3.8 - Servidores de Mapas .............................................................................................. 12 3.9 - Sistemas de Informações Geográficas (SIG) ......................................................... 14 3.10 - Métodos de Disponibilização de Mapas na Internet ............................................ 17 4 - Revisão Bibliográfica ......................................................................................................... 20 5 - Materiais e Procedimentos Metodológicos ........................................................................ 22 5.1 - Levantamento Bibliográfico .................................................................................. 22 5.2 - Aquisição dos Dados ............................................................................................. 24 5.3 - Configuração do Sistema de Mapas Dinâmicos e Interativos ............................... 25 5.4 - Organização das Informações Geográficas ............................................................ 27 5.5 - Geração e Edição da Página HTML ...................................................................... 32 6 - Conclusão e Considerações Finais ..................................................................................... 39 7 - Referências Bibliográficas ................................................................................................. 41 8 - Bibliografia ........................................................................................................................ 42 9 - Anexo ................................................................................................................................. 43 VIII
  • 9. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Estrutura do SIEG ................................................................................................... 04 Figura 2 - Portal SIEG ............................................................................................................. 06 Figura 3 - Realidade modelada por entidades gráficas vetoriais ............................................. 16 Figura 4 - Mapas na Web.......................................................................................................... 17 Figura 5 - Estrutura de um servidor Web com plug-in ............................................................ 19 Figura 6 - Estrutura de um servidor Web com servidor de mapas ........................................... 19 Figura 7 - Instalação do Apache Web Server ........................................................................... 25 Figura 8 - Estrutura de diretórios do Apache Web Server ....................................................... 26 Figura 9 - Instalação do MapServer ........................................................................................ 27 Figura 10 - Estrutura das vistas ............................................................................................... 29 Figura 11 - Convenção da simbologia ..................................................................................... 30 Figura 12 - Edição dos campos da tabela de atributos ............................................................ 31 Figura 13 - Estrutura de Diretórios .......................................................................................... 32 Figura 14 - Menu MapServer .................................................................................................. 33 Figura 15 - Função “Gera Arquivos MapServer” ................................................................... 33 Figura 16 - Função “Save Reference Map” ............................................................................. 34 Figura 17 - Função “Gera Busca” (seleção das vistas) ............................................................ 35 Figura 18 - Função “Gera Busca” (seleção dos temas) ........................................................... 35 Figura 19 - Função “Gera Busca” (seleção do campo da tabela) ............................................ 35 Figura 20 - Portal SIG OnLine ................................................................................................ 36 Figura 21 - Portal SIEG com o link “SIG OnLine” ................................................................. 38 IX
  • 10. 1 1 - Introdução A Internet surgiu com diversas limitações em relação à computação gráfica; no início, possibilitava apenas a visualização de textos, sendo utilizada exclusivamente por instituições acadêmicas e científicas. Com os avanços ocorridos nos últimos anos, foram desenvolvidas tecnologias que permitiram a disponibilização de novas funcionalidades tais como visualização de imagens e transmissão de áudio e vídeo por meio de robustas ferramentas de navegação, tornando-se um ambiente ideal para disseminação das mais diversas informações configurando-se assim em um novo veículo para transferência de informações para praticamente todos os segmentos da sociedade que utilizam computadores. Este extraordinário desenvolvimento permitiu à Internet se especializar provendo recursos para apresentação gráfica, tornando-se um meio atraente e eficiente para a disseminação de informações geográficas. Na atualidade é possível disponibilizar algumas funcionalidades de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) a partir de um browser de Internet permitindo que usuários executem consultas em uma base de dados geográficos localizada remotamente. Porém, como esta capacidade ainda se encontra em fase de pesquisa e desenvolvimento, nota-se uma enorme carência de informações geográficas na rede. Apesar de diversas instituições produzirem uma quantidade considerável deste tipo de informação, estas geralmente ainda não estão disponíveis, uma vez que muitas instituições produtoras de informações geográficas desconhecem a importância da disseminação desse tipo de informação, ou ainda não possuem o domínio tecnológico para utilizar ferramentas computacionais para a publicação de informações geográficas na Internet. O Estado de Goiás por possuir um grande acervo de informações geográficas armazenadas em meio digital, que são de interesse da maioria dos segmentos da sociedade, a partir do dia 14 de maio de 2005 passou a utilizar ferramentas tecnológicas que tornam possível a disponibilização de informações geográficas na Internet através do Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas (SIEG). Assim, este trabalho veio a contribuir com mais uma ferramenta para o domínio desta tecnologia, proporcionando um outro meio de proporcionar à sociedade em geral o acesso às informações geográficas já produzidas por órgãos de Governo do Estado, valorizando desta forma todo o esforço na produção de tais informações e finalmente dominando este crescente ramo da tecnologia que é a transferência de informações geográficas utilizando a Internet.
  • 11. 2 Com este intuito desenvolveu-se neste trabalho um sistema de disponibilização de mapas dinâmicos e interativos com objetivo de integrá-lo ao SIEG, proporcionando ao usuário comum acesso a informações geográficas espacializadas do Estado de Goiás através da Internet, sem necessidade de instalação de programas computacionais adicionais para a visualização e análise destes dados. Adotou-se na elaboração deste trabalho o software ArcView 3.2 para a organização das informações geográficas e os softwares livres Apache Web Server como servidor Web e o servidor de mapas MapServer que proporciona a construção de aplicações para a Internet focadas em informações geográficas. Os dados e informações geográficas utilizadas no sistema foram adquiridos junto a Divisão de Geoprocessamento do Departamento de Gestão Territorial da Agência Goiana de Desenvolvimento Industrial e Mineral (AGIM), atualmente Divisão de Geoprocessamento da Gerência de Geoinformação da Superintendência de Geologia e Mineração da Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás. Essa base de dados e informações é composta por elementos da cartografia básica, geologia, infra-estrutura e imagens de satélites do Estado de Goiás.
  • 12. 3 2 - Objetivos 2.1 - Gerais Desenvolver um sistema de mapas dinâmicos e interativos com a finalidade de integrá-lo ao Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas disponibilizando o acesso ao usuário comum a informações geográficas do Estado através da Internet, sem a necessidade do usuário possuir programas computacionais adicionais instalados em seu computador. 2.2 - Específicos - Organizar as informações geográficas obtidas a partir do programa SIG-GOIÁS para disponibilização através da Internet. - Elaboração de uma página na Internet para visualização e consulta de mapas dinâmicos e interativos.
  • 13. 4 3 - Fundamentações Teóricas Para o melhor entendimento deste trabalho, serão abordados alguns tópicos de fundamental importância para a compreensão dos conceitos científicos e técnicos adotados. 3.1 - Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas (SIEG) O Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas surgiu de uma demanda da Rede Goiás de Planejamento, Orçamento e Gestão. Esse sistema integra e auxilia as ações do governo, no âmbito de todos os órgãos da administração pública estadual, criando condições efetivas para o desempenho das funções básicas do planejamento, estatística, pesquisa, informação, orçamento, modernização de gestão e qualidade. O SIEG é composto por todos os órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta, gerenciado pela Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento (SEPLAN) através da Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação (SEPIN). Existe em cada unidade setorial, um representante que responde pelas atividades referentes ao Sistema de Informações Estatísticas e outro que compõe o Comitê Gestor do Sistema de Informações Geográficas, conforme Figura 1. Figura 1 - Estrutura do SIEG. Fonte: SEPLAN
  • 14. 5 A missão do Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas (SIEG) é desenvolver a cultura da gestão das informações estatísticas e geográficas no Estado de Goiás para subsidiar o planejamento e o gerenciamento das ações governamentais, e ao mesmo tempo suprir as demandas da sociedade por informações. Pretende otimizar as áreas de informações geográficas e estatísticas no Estado, através de um sistema unificado e integrado, visando o conhecimento da realidade de Goiás e de seus municípios. A unificação, padronização e disponibilização dessas informações além de promover a integração técnica entre os órgãos estaduais, tem como objetivo ainda: I. Centralizar o registro e armazenamento de informações estatísticas e geográficas, através da criação de um banco de dados estadual; II. Subsidiar a Rede Goiás de Planejamento, Orçamento e Gestão com as informações estatísticas necessárias para a gestão e construção de indicadores para acompanhamento dos programas governamentais (PPA); III. Promover o intercâmbio técnico e de informações estatísticas e geográficas entre as unidades que compõem a Rede Goiás de Planejamento, Orçamento e Gestão; IV. Padronizar as informações que constituirão a Base de Dados do Sistema de Informações Estatísticas e Geográficas de Goiás; V. Sistematizar a coleta e a manutenção das informações nas unidades setoriais; VI. Viabilizar a capacitação e reciclagem dos técnicos do Sistema de Informações Estatísticas e Geográficas de Goiás; VII. Apoiar a viabilização de recursos para a otimização da área de estatística das unidades setoriais; e VIII. Acompanhar e avaliar o setor de estatística das unidades setoriais, garantindo atualidade e confiabilidade das informações divulgadas.
  • 15. 6 A disponibilização das informações estatísticas e geográficas do Estado de Goiás aos usuários se dá através do Portal SIEG - Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas (www.sieg.go.gov.br), ilustrado na figura 2. Figura 2 - Portal SIEG. Fonte: www.sieg.go.gov.br 3.2 - Internet A Internet surgiu em 1973, criada pelo norte-americano Vinton Cerf como parte de um projeto patrocinado pela Agência de Programas Avançados de Investigação (ARPA, sigla em inglês) do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Nesse projeto foram desenvolvidos o Protocolo de Internet (IP, sigla em inglês) suporte lógico básico empregado para controlar o sistema de redes e o Protocolo de Controle de Transmissão (TCP, sigla em inglês) que comprova se a informação chegou ao computador de destino e, caso contrário, faz com que seja novamente remetida. Começou com diversas limitações, no início possibilitava apenas a visualização de textos, sendo utilizada exclusivamente por instituições acadêmicas e cientificas. Porém, devido ao grande potencial que a Internet oferecia, novos usuários surgiram, tornando-se necessário o desenvolvimento de novas tecnologias que permitissem a disponibilização de
  • 16. 7 novas funcionalidades tais como visualização de imagens, transmissão de áudio e vídeo, e também o desenvolvimento de ferramentas interativas para navegação na rede. Atualmente há uma diversidade de ferramentas e tecnologias que implementam os serviços na Internet, dentre as quais se destaca o uso da linguagem Java como facilitador na troca de informações gráficas; com relação às interfaces, as mais comuns são Static Files, Java/ActiveX, formulários Hipertext Markup Language (HTML), e plug-ins; quanto a conexão com as plataformas de visualização, destacam-se, as soluções baseadas em Common Gateway Interface (CGI) e na interoperabilidade de objetos. 3.3 - World Wide Web (WWW) Desenvolvida em 1989, por Timothy Berners-Lee, cientista do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), teve com objetivo inicial possibilitar que equipes internacionais de pesquisadores de física de alta energia compartilhassem informações entre si. Subseqüentemente, tornou-se uma plataforma para desenvolvimento de softwares relacionados. O número de computadores vinculados e de usuários cresceu vertiginosamente e atualmente serve de suporte a uma grande variedade de projetos, incluindo o mercado em grande escala. A WWW apresenta como principais características o acesso à biblioteca de recursos através da Internet, o acesso à visualização e o intercambio de uma grande variedade de informações, sendo que seus recursos são organizados de modo que os usuários possam se mover facilmente de uma página para outra. As conexões entre computadores de fontes (sistemas operacionais), ou servidores diferentes, na rede são realizadas automaticamente sem serem vistas pelos usuários. Essas conexões são realizadas com o uso de hipertexto e hipermídia. Geralmente, os usuários navegam através das informações na WWW com a ajuda do programa conhecido como browser ou cliente. O browser pode apresentar texto, imagem, som ou outros objetos na tela do computador do usuário na forma de uma página, obtida a partir do servidor. O usuário pode navegar através da informação apontando para um texto em especial para outros objetos na tela. Esses textos especiais ou objetos vinculam o usuário a outras páginas do mesmo servidor ou a qualquer outro servidor acessível na rede. Os vínculos da Internet formam uma base de informações em grande escala em formato multimídia através de palavras e imagens. Existem
  • 17. 8 também implementações em pequena escala (Intranet) presentes em redes de empresas, usadas para aplicações particulares. As páginas WWW são formatadas usando a Hipertext Markup Language e a comunicação entre computadores utiliza o Hypertext Transfer Protocol (HTTP). Essa comunicação ocorre geralmente através da Internet via conexões do tipo Transmission Control Protocol (TCP), mas quase todos os tipos de conexões podem ser utilizados para esse fim. O hipertexto é o método de apresentação de informações em que são disponibilizadas conexões entre determinadas partes de um texto, tornando-as uma rede complexa e não seqüencial de associações de assuntos, permitindo que temas distintos sejam examinados em função do interesse ou necessidade do usuário, independentemente de sua ordem de apresentação. 3.4 - Hypertext Markup Language (HTML) Linguagem aplicada a World Wide Web a partir de 1989 baseia-se em marcas sendo o formato padrão do código fonte de documentos de texto e páginas da Web. As marcas existentes nos documentos HTML indicam os atributos do texto que está sendo inserido, como responder a eventos gerados pelo usuário. Sendo o vínculo (Link) a marca mais importante que contém o URL (Universal Resource Locator) de outro documento ou uma posição determinada dentro desse mesmo documento. O vínculo permite ao usuário visualizar o conteúdo de outra página que não estava sendo exibida. Nas páginas da Web é comum ainda utilizar a linguagem HTML para incluir figuras e sons, além de vínculos para outros arquivos que não têm seu conteúdo exibido na própria Internet, sendo permitido ao usuário gravá-los (download) em seu próprio computador para posteriormente acessá-los utilizando um programa computacional específico. A popularização das páginas Web se deve à facilidade da implantação do padrão HTML e sua constante evolução, o que possibilita que qualquer fabricante de software produza seu próprio navegador Web.
  • 18. 9 Exemplo de código HTML: <HTML> Cabeçalho <HEAD> <TITLE> Título da página </TITLE> </HEAD> <BODY> Conteúdo da página </BODY> </HTML> 3.5 - Common Gateway Interface (CGI) Common Gateway Interface (CGI), proporciona a execução de programas ("gateways") sob um servidor de informações. Os "gateways" são programas ou scripts (também chamados "cgi-bin") que recebem requisições de informação, retornando um documento HTML com os resultados correspondentes. Esse documento pode já existir previamente, ou pode ser gerado pelo script especialmente para atender à requisição. Tais scripts podem ser escritos em qualquer linguagem que possa ler, argumentar, processar dados e retornar respostas, ou seja, qualquer linguagem de programação. As aplicações baseadas em CGI incluem: • Processamento de dados submetidos através de formulários - consulta a banco de dados, cadastramento em listas, livros de visita, pesquisas de opinião; • Criação de documentos personalizados em tempo real; • Gerenciamento de contadores de acesso; e • Processamento de mapas.
  • 19. 10 3.6 - Java Script Linguagem de programação desenvolvida pela Netscape Communications, com o intuito de capacitar a linha de produtos desta empresa (browser e Web Server) em uma linguagem básica de scripting, baseada na linguagem Java, que por sua vez tem as suas origens nas linguagens de programação C e C++. Possibilita a construção de páginas interativas, servindo também como plataforma de integração com Java, e outros scripts e objetos utilizados em páginas de Internet, permitindo deste modo o desenvolvimento de aplicações para uso na Internet e em Intranet. Normalmente a linguagem Java Script se encontra embutida no código HTML, a fim de controlar diferentes elementos da página. Exemplo de linguagem Java Script: <script> function TestaVal() { if (document.TesteSub.Teste.value == "") { alert ("Campo nao Preenchido...Form nao Submetido") return false } else {alert ("Tudo Ok....Form Submetido") return true }} </script> 3.7 - Servidores Web Um programa servidor possibilita que algum tipo de serviço seja disponibilizado para outros programas (denominados clientes). A conexão entre programas clientes e servidores é implementada normalmente através de passagem de mensagens (message passing), por meio de uma rede e utilizando algum protocolo para codificar as requisições dos clientes e as respostas do servidor. O servidor deve rodar de maneira contínua (como um programa residente em memória ou daemon), e desta forma ficar esperando requisições para tratar ou pode ser chamado por um daemon de um nível mais alto que controle um número específico de programas servidores.
  • 20. 11 Exemplos de servidores: • Samba - software de código aberto que consiste em uma suíte que fornece de uma maneira simples serviços de compartilhamento de arquivos e impressão para clientes SNB/CIFS. O Samba opera apenas em plataformas UNIX, mas utiliza o protocolo nativo dos clientes Windows. É formado basicamente por dois programas, "smbd" e "nmbd" que permitem utilizar os serviços de compartilhamento de arquivos e impressão, autenticação e autorização, resolução de nomes e identificação de serviços (service announcement ou browsing). • Virtual Network Computing (VNC) - consiste em um sistema de display remoto que permite acessar o ambiente de um desktop não apenas no servidor em que esteja instalado, mas também a partir de qualquer ponto na Internet e através de uma grande variedade de arquiteturas. Assim, o VCN possibilita a execução de programas para o Windows a partir de um computador com sistema operacional Linux. • NcFTPd - servidor de FTP de alta performance para a plataforma de sistema UNIX, projetado especialmente para páginas com alto tráfego de dados e provedores de serviços para Internet. Servidor popular entre estudantes, usuários caseiros, páginas educacionais e comerciais. O NcFTPd é altamente configurável e inclui um poderoso suporte para utilização de hosts e usuários virtuais. • Apache - software livre configurável e expansível com o uso de módulos de terceiros (third-party) e pode ser totalmente adaptado com a utilização de sua própria API (Apache module API) que possibilita o desenvolvimento de novos módulos, caso necessário. Este servidor apresenta como principais características: - Suporte a scripts CGI usando linguagens como PHP, Perl, ASP, Shell Script, etc; Módulos DSO (Dynamic Shared Objects) que permitem adicionar/remover funcionalidades e recursos sem necessidade de re-compilação do programa; - Autenticação, requerendo um nome de usuário e senha válidos para acesso a alguma página, subdiretório ou arquivo (suportando criptografia);
  • 21. 12 - Suporte à autorização de acesso, podendo ser especificadas restrições de acesso separadamente para cada endereço, arquivo ou diretório acessado no servidor; - Suporte a virtual hosting, por nome ou endereço IP: é possível servir 2 ou mais páginas com endereços ou portas diferentes através do mesmo processo, ou usar mais de um processo para controlar mais de um endereço; - Suporte a servidor Proxy FTP e HTTP, com limite de acessos. Suporte a Proxy e redirecionamentos baseados em URLs para endereços internos; - Suporte a criptografia via SSL, certificados digitais; - Negociação de conteúdo, permitindo a exibição da página Web no idioma requisitado pelo Cliente Navegador; - Suporte a tipos mime; e - Personalização de logs. 3.8 - Servidores de Mapas São responsáveis pelo gerenciamento das informações geográficas dentro do servidor Web. Dentre os diversos servidores de mapas existentes, destaca-se o software MapServer, desenvolvido pela Universidade de Minessota (EUA), por ser um programa de domínio público disponibilizado gratuitamente, além do fato de não requerer programa aditivo (plug- in) para ser executado. O MapServer proporciona a construção de aplicações para a Internet espacialmente ativas. Suporta diversos sistemas populares OpenSource1 ou freeware (gratuitos) como Shapelib, FreeType, Proj.4, libTIFF, Perl entre outros. Opera em diversos sistemas operacionais UNIX , Linux e Windows NT/98/95. 1 Opensource, ou código fonte aberto são softwares não proprietários; o desenvolvedor disponibiliza o código fonte juntamente com o software para que outros programadores possam modificá-lo.
  • 22. 13 Suporta a extensão MapScript o que permite o uso de linguagens script como Perl, Python, Tk/Tcl, Guile e até Java para acessar a API C do MapServer. O MapScript proporciona um ambiente rico para desenvolvimento de aplicações que integram diferentes tipos de dados, que possibilita integrar informações de diversos bancos de dados com dados SIG em um único mapa ou em uma página da Web. O servidor de mapas MapServer é composto basicamente por quatro componentes: - Formulário de inicialização: inicializa as variáveis internas do MapServer, especificando o nome e o endereço do arquivo de parametrização; - Arquivo de parametrização: contém parâmetros para a exibição e consulta de dados e informações geográficas; - Interface: possibilita o usuário navegar e consultar a base de informações geográficas disponível; e - Dados e informações geográficas. Além do fato de ser disponibilizado gratuitamente, de oferecer um excelente desempenho e de não requerer qualquer programa aditivo o MapServer oferece ainda um número significativo de outras características tais como: - Suporte aos formatos vetoriais: Shapefiles ESRI com feições simples embutidas, ArcSDE ESRI (versão alpha); - Suporte aos formatos raster (apenas 8-bits): TIFF/GeoTIFF, GIF, PNG, ERDAS, JPEG e EPPL7; - Indexação espacial quadtree para Shapefiles; - Completamente personalizável com saída orientada em templates; - Seleção de feições por item/valor, ponto, área ou outra feição;
  • 23. 14 - Suporte à fonte TrueType; - Suporte para dados matriciais e vetoriais (apenas apresentação); - Geração automática de legenda e barra de escala dependendo da característica do desenho e da aplicação em execução; - Geração de mapas temáticos usando expressões lógicas ou regulares baseadas em classes; - Característica de rotulação incluindo mediação de colisão de rótulos; - Configuração dinâmica através de URLs; e - Projeção dinâmica. 3.9 - Sistemas de Informações Geográficas (SIG) Um SIG pode ser definido como um conjunto de conceitos, de métodos, de instrumentos e de dados de referência espaço-temporal que são coordenados, em um sistema computacional, a fim de capturar, de armazenar, de transformar, de analisar, de modelar, de simular e de representar os fenômenos e os processos distribuídos no espaço geográfico. Assim a operacionalização de um SIG implica na organização, principalmente, de cinco elementos: equipamentos computacionais, programas computacionais, dados geográficos, recursos humanos e métodos de trabalho. Esses elementos básicos são organizados de acordo com as particularidades de um modelo teórico (Thériault, 2002). Atualmente, os equipamentos computacionais se configuram como sendo a parte mais simples do processo, pois esses equipamentos além de fornecerem grande poder de processamento, ainda possuem compatibilidade praticamente total com os diversos dispositivos da computação eletrônica atualmente disponível. Outro aspecto importante está relacionado com a sistemática diminuição dos custos para aquisição desses dispositivos. Com relação aos programas computacionais, com os recentes avanços da informática, estão disponíveis um grande número de programas para o processamento de dados geográficos. Encontram-se desde programas gratuitos até aqueles com custos elevados.
  • 24. 15 A escolha do programa computacional depende exclusivamente do modelo teórico, que por sua vez irá influenciar as características dos dados geográficos a serem processados e também as informações que deverão ser geradas. Geralmente os programas computacionais comerciais apresentam alta performance, facilidade de utilização, boa documentação, bom suporte técnico, contudo o crescimento de programas computacionais de domínio público vem alterando este quadro aceleradamente. Conforme a dimensão espacial, o nível de detalhe do espaço geográfico e a complexidade do modelo teórico, é necessário que seja estruturada uma equipe multidisciplinar. A estruturação de uma equipe com tal característica muitas vezes é uma tarefa complexa, pois os membros desta equipe além de possuírem certo domínio tecnológico das ferramentas computacionais ainda devem estar aptos e predispostos para interagir entre si e transitarem por outras disciplinas, ou seja, a equipe deverá ser interdisciplinar. Para que seja possível gerar um sistema de informações geográficas, é necessário construir um modelo computacional do espaço geográfico que está sendo tratado. O resultado deste modelo computacional é denominado banco de dados geográficos. Para a construção deste modelo, divide-se o espaço geográfico em camadas temáticas (drenagem, malha viária, limites políticos, relevo, cobertura vegetal, uso do solo, clima, sócio economia, etc.), escolhe- se os atributos relevantes que devem ser qualificados ou valorados, para em seguida realizar- se o mapeamento ou espacialização de cada uma dessas camadas. Cada camada é composta por entidades geométricas (pontos, linhas, polígonos ou células) sendo que cada entidade geométrica possui um número identificador, através do qual esta entidade geométrica pode estar associada por meio de tabelas. Assim, se uma determinada camada temática é composta por superfícies (ex: municípios, tipologia vegetal, tipologia pedológica, corpos d’água, unidades geológicas ou geomorfológica, etc), esta camada deverá ser representada por polígonos e cada um deles terá sua respectiva descrição. Por exemplo, um polígono representando um município poderá ter como descrições o seu nome, população, renda per capita, altitude média, temperatura média, índice de alfabetização, etc. Por outro lado, se uma camada temática é composta por elementos lineares (retas e curvas), ela será representada por linhas (ex: riachos, córregos, estradas, linhas de transmissão elétrica, redes de distribuição de água, etc). Da mesma forma que os polígonos, para cada linha será associado um conjunto de descrições. Finalmente, se um determinado elemento localizado geograficamente não possuir comprimento ou ainda, sua área não for relevante em relação à escala trabalhada, este elemento terá uma representação pontual e como nos outros
  • 25. 16 dois casos, cada ponto poderá se associar à descrição de seus atributos. Conforme a escala de representação do espaço geográfico, elementos como postes, pontes, aeroportos, nascentes de rios, poços, pequenas localidades, sedes de propriedades rurais, e outros elementos podem ser representados como pontos. Pontos, linhas e polígonos (figura 3) fornecem uma representação discreta e determinística das camadas temáticas que compõem o espaço geográfico. Contudo conforme as características do modelo teórico é necessária uma representação contínua de algumas camadas temáticas. Alguns modelos teóricos desenvolvidos pela geologia, hidrologia, meteorologia, biologia ou muitas outras ciências necessitam que algumas camadas temáticas tenham representação contínua e não discreta como é o caso dos vetores, para isso são utilizados elementos celulares, ou seja, divide-se o espaço geográfico em pequenas áreas poligonais (células), geralmente de forma quadrada, mas que podem eventualmente assumir outras formas (triângulos, retângulos, pentágonos, hexágonos, etc.). O conjunto dessas células forma uma camada temática matricial (raster), onde cada célula dessa matriz possui um valor numérico inteiro ou real. Figura 3 - Realidade modelada por entidades gráficas vetoriais (pontos, linhas e polígonos). Fonte: Thériault 2002 Finalmente, o último componente de um sistema que produz informações geográficas é o método de trabalho, que tem como objetivo integrar os quatro elementos anteriores para gerar as informações geográficas necessárias ao modelo teórico. Conforme forem as
  • 26. 17 características dos dados geográficos, dos programas computacionais, dos recursos humanos, dos equipamentos computacionais e do modelo teórico, o estabelecimento do método de trabalho é realizado apenas com organização, planejamento e treinamento. Contudo, muitas vezes é realizada a adaptação ou customização de programas computacionais, visando desta forma possibilitar e/ou otimizar computacionalmente métodos de trabalhos que atendam a modelos teóricos específicos. Desta forma, muitos processos podem ser automatizados, gerando assim informações geográficas em quantidade e qualidade suficientes para atender as demandas dos modelos teóricos. Após todos os elementos do sistema de informações geográficas estarem organizados e integrados, é possível a geração de informações geográficas que atendam não a apenas a um objetivo específico, mas também a vários outros objetivos que se complementam no planejamento e na gestão do espaço geográfico. 3.10 - Métodos de Disponibilização de Mapas na Internet Existem diversos métodos de disponibilizar mapas na Internet, que diferem entre si em relação à apresentação e à forma de execução. Quanto à apresentação, estes mapas podem ser estáticos ou dinâmicos. Cada uma destas categorias pode ser subdividida em mapas somente para ver (view-only) e interativos (Kraak, 2001). Figura 4. Figura 4 – Mapas na Web. Fonte: Kraak, 2001 (adaptado).
  • 27. 18 Os mapas estáticos “somente para ver”, são disponibilizações onde as fontes para a elaboração dos mapas são produtos cartográficos originais, digitalizados e inseridos na Internet em estrutura matricial, não permitem alteração de escala e de temas visualizados. Os mapas estáticos interativos são também denominados de mapas “clicáveis”. Neste caso o mapa funciona como uma interface para outros dados e um clique sobre um objeto geográfico conduz a outras fontes de informação na Internet, que podem ser outros mapas, imagens ou outras páginas da Web. Podem possibilitar que o usuário execute funções de zoom (aproximação e afastamento) e de pan (deslocamento). Permitem ainda que o usuário defina os conteúdos exibidos na página através da troca de camadas de informação. Os mapas dinâmicos somente para ver podem ser simplesmente imagens animadas onde cada uma representa um quadro da animação, sendo continuamente disponibilizados pelo browser. Os mapas dinâmicos interativos integram informações de um banco de dados a elementos gráficos em um único mapa e possibilitam a obtenção posterior desta informação a partir de um clique do mouse sobre este elemento, permitem: adicionar e subtrair temas na forma de camadas para serem visualizadas; localizar objetos geográficos através de seus atributos; e executar operações de zoom, através de menus interativos sobre o mapa. Quanto aos métodos de execução a disponibilização de mapas na Internet pode ser executada basicamente de duas formas (Miranda, 2003): - Executando-se parte da aplicação no cliente (navegador). A manipulação do mapa é realizada por um aplicativo executado no computador onde está o navegador. O aplicativo pode ser um applet (programa escrito na linguagem de programação Java (Flanagan, 1996; Flanagan, 1999)) ou um plug-in. Os mapas são carregados a partir do servidor para execução através do navegador (cliente). Quanto maior interatividade for oferecida, maior complexidade terá o aplicativo, o que implicará em um aplicativo de maior tamanho, que por sua vez levará a um tempo maior para ser carregado. A figura 5 ilustra a estrutura desse método de execução.
  • 28. 19 Figura 5 – Estrutura de um servidor Web com plug-in Fonte: Câmara 2004 - Executando-se a aplicação inteiramente no servidor. Todas as operações são executadas no servidor: uma imagem, ou o próprio mapa é gerado e enviado para o navegador (cliente). Na interface do navegador, podem existir opções para o usuário interagir com o mapa, como a mudança de escala a partir da seleção de parte de um mapa. Neste momento, o navegador faz uma requisição para o servidor, que responde à solicitação redesenhando o quadrante correspondente à seleção da imagem no navegador. Outra opção é mover o cursor para uma área do mapa, selecionar e depois apontar para uma opção, como “aproximar.” O processo requisição/resposta é realizado novamente. O trabalho no servidor pode ser feito por um servlet ou um Common Gateway Interface (CGI). Um servlet é um programa escrito em linguagem Java executado no servidor. Um CGI pode ser escrito em qualquer linguagem de programação, como C, C++, Delphi, Visual Basic, ou por um script, como PERL (Practical Extraction and Report Language), também executado no servidor (Felton, 1997; Hunter e Crawford,1998). Figura 6. Figura 6 - Estrutura de um servidor Web com servidor de mapas. Fonte: Ferreira 2004 (adaptado).
  • 29. 20 4 - Revisão Bibliográfica Para a realização deste projeto utilizamos como trabalho base o artigo “Como Publicar Mapas na Web (Miranda, 2003)” desenvolvido na Embrapa Informática Agropecuária. Este artigo demonstra como publicar mapas na Internet, usando um servidor de mapas livre, sendo adotado o servidor ALOV Map (ALOV, 2002) e dados da microbacia do Taquara Branca, Sumaré, SP (Menk e Miranda, 1997). Estando disponíveis no formato vetorial: solos, drenagem e curvas de nível e no formato matricial uma imagem do satélite Landsat, com data de passagem de julho/1993, combinação falsa cor das bandas 3(R), 4(G), 5(B). Todos os mapas originais estavam na escala 1:10.000 e georeferenciados em projeção UTM (Universal Transversa de Mercator). A imagem de satélite foi co-registrada com os mapas vetoriais. O servidor de mapas ALOV Map trabalha centrado em um arquivo de configuração do tipo XML (Extended Markup Language), contendo todas as informações sobre os mapas a serem exibidos, e a forma como devem ser mostrados. Permite publicar mapas vetoriais e matriciais na Internet de duas maneiras: cliente ou servidor. A versão cliente foi adotada neste projeto e consiste em um applet para visualização de dados no formato Shapefile da ESRI. Neste caso cada vez que a aplicação for iniciada, o servidor HTTP baixará todos os arquivos de mapas no computador do usuário. Quanto ao método de disponibilização este projeto se enquadra no método estático clicável com applet onde os mapas podem ser visualizados e ações de mudança de escala, navegação e consultas sobre seus atributos geográficos, conectados a uma base de dados são permitidas, porém, não possibilitando adicionar ou subtrair camadas (layers) geográficas aos temas visualizados. Os sistemas que utilizam programa do tipo applet possibilitam uma grande flexibilidade, permitindo a publicação de maneira rápida e eficiente de mapas na Internet, entretanto, um applet não é como um programa residente no computador local. Quanto maior interatividade for oferecida, maior complexidade terá o aplicativo. O que implica em um aplicativo de maior tamanho, que por sua vez leva a um tempo maior de transferência de carga e tornando ainda necessário carregar todos os arquivos em uso o que dificulta a visualização de arquivos grandes como as imagens de satélites.
  • 30. 21 Analisamos os métodos adotados no referido artigo e optamos pelo desenvolvimento de um sistema que possibilitasse a manipulação de mapas dinâmicos e interativos via Internet sem a necessidade de o usuário possuir em seu computador programas específicos, o que permite o acesso às informações disponibilizadas a partir de qualquer computador conectado à Internet. Quanto ao método de disponibilização de mapas na Internet adotamos o método dinâmico sem plug-in, que possibilita uma melhor interação com as informações disponibilizadas, não sendo necessário carregá-las no computador do usuário. Após esta análise realizamos um levantamento bibliográfico que nos forneceu o embasamento teórico necessário para a realização do projeto.
  • 31. 22 5 - Materiais e Procedimentos Metodológicos Neste capítulo serão apresentados os materiais e métodos que possibilitaram o desenvolvimento deste projeto de mapas dinâmicos e interativos onde foram realizadas as seguintes etapas: levantamento bibliográfico, aquisição dos dados, instalação do servidor Web (Apache) e do servidor de mapas (MapServer), organização das informações geográficas e geração e edição da página HTML, conforme descrito a seguir. 5.1 - Levantamento Bibliográfico O levantamento bibliográfico constituiu-se de consultas a diversas fontes, porém, devido à existência de poucas informações disponíveis em bibliotecas, optou-se pela pesquisa na Internet para encontrar a maior parte das referências utilizadas que serão descritas a seguir: Artigo: Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas (SIEG) descreve a origem do sistema, os órgãos e instituições que o compõe, estrutura organizacional, missão e objetivos. Artigo: Alternativas Tecnológicas para o Acesso aos Dados Geográficos de Transporte e Trânsito do Município de Belo Horizonte, monografia apresentada no curso de Especialização de Informática Publica. Esta dissertação descreve: a importância das informações, a falta da disponibilização destas ao público comum e algumas alternativas tecnológicas para a disseminação de informações sobre transporte e trânsito do município de Belo Horizonte (Ribeiro, 2003). Artigo: Desenvolvimento de Aplicações GIS para Internet: de componentes ActiveX até a GML, este artigo discute duas alternativas de implementação para publicação de informações georreferenciadas na Internet: (1) objetos ActiveX para manipulação dos mapas via browser; (2) padrões de troca de informações entre bases de dados através da GML (Geography Markup Language). Descrevem-se duas aplicações específicas que empregam, respectivamente: mapeamento de áreas de risco urbanas, empregando ActiveX e Java Script (já implementada); GIS para Programa de Saúde na Família, em que se planeja usar a GML (Vassoler, 2001). Apostila do Programa de Informática na Educação desenvolvida pelo Núcleo de Tecnologia Educacional Metropolitano do Espírito Santo (2000): descreve o histórico da Internet, de seu desenvolvimento até os dias atuais. Descreve ainda outras tecnologias
  • 32. 23 relacionadas à Internet como a WWW (World Wide Web) e Browser (navegadores para Internet). Tese de Doutorado: Modelagem e Implementação de um Atlas Eletrônico Interativo Utilizando Métodos de Visualização Cartográfica, Apresenta a proposta de utilização de métodos de visualização aplicados a um Atlas interativo eletrônico, baseando-se no desenvolvimento de uma interface que possibilite manipular de forma interativa mapas cartográficos (Almeida, 1999). Artigo: Atlas Interativo Urbano: Implementação de Um Protótipo Para o Quadrilátero Central de Presidente Prudente, descreve o desenvolvimento do protótipo de um Atlas Interativo Urbano tendo como área de estudo o quadrilátero central de Presidente Prudente, SP. Tal produto, desenvolvido com o apoio da Empresa SISGRAPH-Ltda, empregando a tecnologia GeoMedia da Intergraph Corporation, apresenta informações de forma dinâmica proporcionando a interatividade com o usuário (Silva e Melo, 2003). Artigo: Mapa Interativo de Santa Catarina na Web: Servidor de Informações Georreferenciadas Baseado em Software Livre. Este artigo tem por ponto central descrever a utilização do MapServer como provedor de dados georreferenciados, identificando vantagens, dificuldades, tecnologia entre outros aspectos e desenvolver um Mapa Interativo de Santa Catarina na Web para possibilitar a análise deste servidor de mapas (Ferrari, Marcos e Souza, 2003). Artigo: Acessando Bancos de Dados Geográficos Vetoriais Via Internet, propõe uma abordagem que busca viabilizar o acesso a dados geográficos em formato vetorial através de uma interface de manipulação direta. Trabalha com o conceito de objetos geográficos, transmitindo vetores, e não imagens, pela rede (Fonseca e Davis Jr, 1997). Artigo: A Tecnologia dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e a Internet, aborda as tecnologias que possibilitam a visualização de mapas na Internet, particularmente aquelas em que se utilizam os Sistemas de Informações Geográficas. Descreve a tecnologia SIG, define alguns conceitos de Internet e formas de disponibilizar mapas na rede (Kleiner e Meneguette, 2003).
  • 33. 24 5.2 - Aquisição dos Dados Foram utilizados para desenvolvimento do projeto, elementos da cartografia básica, geologia e infra-estrutura do Estado de Goiás no formato Shapefile (formato proprietário de dados do ArcView 3.2) e imagens de satélites ( LANDSAT 7 ETM+ (2003) e CBERS-2 CCD (2004)) no formato GeoTIFF, disponibilizadas pela Superintendência de Geologia e Mineração (SGM) da Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás (SIC) através do Programa SIG-GOIÁS. Estes dados foram obtidos pela SGM de diversas fontes, sendo: - Dados de altimetria, drenagem e massa d’água foram obtidos do trabalho realizado pela Agência Nacional de Águas (ANA), com base nas folhas ao milionésimo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); - Dados sobre unidades geológicas, contatos geológicos, eixos de dobra, estruturas geológicas, falhas geológicas, lineamentos, potencial geológico e recursos minerais foram obtidos junto a SGM que realizou com a CPRM a conversão para Sistema de Informação Geográfica do Mapa Geológico e de Recursos Minerais do Estado de Goiás e do Distrito Federal – escala 1:500.000, realizado através de convênio celebrado entre o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a Secretaria de Minas e Energia e Telecomunicações do Estado de Goiás (SMET), Metais de Goiás S/A (METAGO) e a Universidade de Brasília (UnB). A aquisição dos dados foi feita através do levantamento bibliográfico e mapeamento geológico executado no Estado de Goiás englobando diversos trabalhos realizados até o ano de 1999; - Dados sobre estações fluviométricas e pluviométricas, linhas de transmissão, subestações e usinas hidroelétricas foram produzidos pela Companhia Energética de Goiás (CELG), obtidos junto a Secretaria de Infra-Estrutura de Goiás (SEINFRA); - Os limites de municípios foram obtidos junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e digitalizados pela SGM; - Dados sobre aeroportos e balsas foram obtidos junta a Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (AGETOP); - Localidades, malha viária e perímetros urbanos foram extraídos de imagens LANDSAT 7 ETM+ 2003 pela SGM; essas imagens foram georreferenciadas através de imagens LANDSAT 5 TM e LANDSAT 7 ETM+ de anos anteriores obtidas no site da University of Maryland USA (http://glcfapp.umiacs.umd.edu) que disponibiliza imagens do mundo inteiro já ortorretificadas e georreferenciadas. - O levantamento de barragens foi realizada pela SGM com base em informações obtidas junto a ANA; e
  • 34. 25 - As Unidades de Conservação federais foram obtidas junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e as estaduais foram digitalizadas pela SGM com base nos memoriais descritivos. - Das imagens de satélite LANDSAT 7 ETM+ 18 foram adquiridas junto a Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás (SEFAZ) 5 pela SGM/SIC e as imagens do satélite CBERS-2 CCD foram adquiridas junto ao INPE sendo georreferenciadas pela própria SGM. Para mais informações sobre os temas citados acima, como tipo (ponto, linha, polígono), atributos (nome, município, área, etc) e escala consultar o anexo 1. 5.3 - Configuração do Sistema de Mapas Dinâmicos e Interativos. A configuração do sistema de mapas dinâmicos e interativos varia de acordo com o método de execução adotado, neste trabalho optamos pelo método de execução onde a aplicação é executada integralmente no servidor, cuja configuração do sistema consiste na instalação de um servidor de mapas e de um servidor Web. Adotou-se neste projeto o servidor Apache Web Server 1.3.14 por ser um software livre, configurável e expansível com o uso de módulos de terceiros e ser totalmente adaptável possibilitando o desenvolvimento de novos módulos, caso necessário. Este software pode ser adquirido na Internet, no site www.apache.org. Figura 7 - Instalação do Apache Web Server.
  • 35. 26 Após a instalação do Apache Web Server conforme demonstrado na figura 7, o Apache possuirá a seguinte estrutura de diretórios, figura 8: Figura 8 – Estrutura de diretórios do Apache Web Server. Sendo que os diretórios: Bin - Contém os arquivos responsáveis pelo funcionamento do Apache. Cgi-bin - Diretório onde são armazenados os programas (“gateways”) responsáveis pela recepção de requisições de informações e pelo retorno de respostas com os resultados correspondentes. Conf - Possui os arquivos destinados à configuração do Apache. Htdocs - Diretório onde são colocados às paginas e os dados que serão disponibilizadas na Internet. Icons - Contém os ícones utilizados pelo Apache. Logs - Receberá os relatórios das atividades do Apache. Modules - Contém os arquivos responsáveis pelo funcionamento do Apache. Proxy - Armazena os arquivos responsáveis por estabelecer a comunicação pela Internet. Quanto ao servidor de mapas optou-se pelo MapServer 3.6.3 por ser um software livre constituído por um conjunto de recursos e ferramentas OpenSource que possibilitam o desenvolvimento de aplicações espaciamelmente ativas para disponibilização na Internet e compila na maioria dos sistemas operacionais UNIX e Windows NT/95/98.
  • 36. 27 A instalação do Servidor de Mapas MapServer consiste em inserir seus aplicativos executáveis (*.exe) e suas extensões (*.dll) no diretório CGI - BIN pertencente ao servidor Web Apache, conforme demonstra a figura 9. Figura 9 - Instalação do MapServer. Após a instalação do servidor de mapas é necessário criar um diretório com o nome “tmp” no diretório “htdocs” pertencente ao servidor Apache, com a finalidade de receber os arquivos temporários gerados durante a manipulação das informações geográficas disponibilizadas na página. 5.4 - Organização das Informações Geográficas Com a finalidade de facilitar a assimilação das informações disponibilizadas aos usuários que não dominam os conceitos e normas cartográficas, optou-se por adotar simbologias e nomenclaturas de fácil compreensão. Para o processo de organização das informações geográficas utilizou-se o software ArcView 3.2 (Programa Gerenciador de Informações Geográficas - PGIG), desenvolvido pela ESRI (Environmental Systems Research Institute). Este software foi adotado por possibilitar a utilização da extensão Script MapServer OnLine (extensão para otimizar a criação de páginas HTML/Java Script e arquivos MAP para MapServer - desenvolvida por Nilson C. Ferreira - CEFET-GO) que funciona exclusivamente neste programa. O ArcView suporta dados vetoriais (pontos, linhas e polígonos) das mais diversas fontes: Shapefiles, Coverages (Arc/Info), CAD (DXF, DWG, DGN), arquivos textos tabelados com vírgula, etc. Um arquivo vetorial é adicionado em uma vista do ArcView como
  • 37. 28 um tema sendo geralmente composto de várias feições do mesmo tipo (pontos, linhas ou polígonos). Cada feição possui um registro em uma tabela associada, e esse registro pode ser composto de vários itens ou colunas. Cada feição de um tema tem um registro na tabela, então se um tema de municípios, contiver 100 municípios, cada município será um polígono e cada polígono terá um registro, desta forma a tabela do tema municípios possuirá 100 registros ou linhas. Essas feições podem ser representadas por diversos tipos de legendas disponibilizados pelo ArcView, possibilitando assim a geração de mapas temáticos. Os mapas temáticos têm como fornecer com auxilio de símbolos qualitativos e/ou quantitativos dispostos sobre uma base de referência, as informações relativas a um determinado tema ou fenômeno presente no território mapeado. O processo de organização foi constituído das seguintes etapas: estruturação do ambiente de visualização, adição dos temas, definição da simbologia e nomenclatura. A estruturação do ambiente de visualização consistiu em definir a forma de como as informações serão exibidas na página HTML, sendo realizada pelo software ArcView 3.2 que permite a criação de vistas (views) necessárias para o funcionamento do MapServ OnLine que utiliza as vistas como referência para gerar os arquivos MAP (arquivos utilizados pelo servidor de mapas MapServer) e HTML. O MapServer OnLine necessita que haja no mínimo uma vista com nomenclatura “[Carto].nome” que recebera as informações que serão apresentadas no mapa dinâmico e interativo na forma caixa de seleção (check box), estrutura que possibilita inserir temas na forma de camadas. Porém, caso haja a necessidade de inserir mapas temáticos será necessário criar vistas com nomenclatura “[Temat].nome” que serão exibidas no mapa interativo na forma de caixa de opção (combo box), esta estrutura que possibilita visualizar mapas temáticos em segundo plano (background) evitando que temas constituídos por entidades gráficas vetoriais linhas e pontos sejam obstruídos pelos mapas temáticos constituídos por polígonos totalmente preenchidos (sólidos). Definiu-se neste projeto a estruturação das informações geográficas em quatro vistas, sendo uma vista denominada “[Carto].Cartografia” para receber os temas constituídos por linhas, pontos e polígonos hachurados e as demais, representados por mapas temáticos sendo denominadas: “[Temat].Divisão Política”, “[Temat].Geologia”, “[Temat].Aspectos Socioeconômicos”.
  • 38. 29 Após definida a estrutura das vistas realizou-se a adição dos temas correspondentes a cada vista. Na vista “[Carto].Cartografia” foram inseridos os seguintes temas: Aeroportos, Altimetria, Balsas, Barragens, Contatos Geológicos, Drenagens, Eixo de Dobra, Estações Fluviométricas e Pluviométricas, Estruturas Geológicas, Falhas Geológicas, Lineamentos, Linhas de Transmissão, Localidades, Malha Viária, Massas de Água, Municípios, Perímetros Urbanos, Pontos Cotados, Potencial Geológico, Recursos Minerais, Subestações, Unidades de Conservação e Usinas Hidroelétricas. Nas vistas “[Temat].Divisão Política” e “[Temat].Aspectos Socioeconômicos” foram inseridos mapas temáticos gerados a partir da Shapefile municípios, na vista “[Temat].Divisão Política” foram inseridos os mapas temáticos Microrregião, Mesorregião e Regiões de Planejamento e na vista “[Temat].Aspectos Socioeconômicos” foram inseridos os mapas temáticos População Total (2004), População de Eleitores (2004), IDH - Índice de Desenvolvimento Humano (2000), IDS - Índice de Desenvolvimento Social (2001), IDE - Índice de Desenvolvimento Econômico (2001), PIB - Produto Interno Bruto (2002), Admitidos (emprego formal) - 2004, Desligados (emprego formal) - 2004 e Saldo (emprego formal) - 2004 e na vista “[Temat].Geologia” foi inserido o mapa temático Unidade Geotectônica gerado a partir da Shapefile geologia. Conforme figura 10. Figura 10 - Estrutura das vistas.
  • 39. 30 Após adição das informações geográficas nas vistas estabeleceu-se a convenção da simbologia para suas representações cartográficas. Para convenção da simbologia foi utilizada a função Legend Editor do software ArcView 3.2, conforme figura 11. Figura 11 - Convenção da simbologia. Os temas de acordo com suas características foram representados adotando-se as seguintes simbologias: Símbolo Único para as feições cujos temas serão exibidos com as mesmas cores e símbolos, sendo adotado para representar: Aeroportos, Altimetria, Balsas, Barragens, Drenagens, Contatos Geológicos, Eixo de Dobra, Estações Fluviométricas e Pluviométricas, Estruturas Geológicas, Falhas Geológicas, Lineamentos, Linhas de Transmissão, Localidades, Massas d’Água, Perímetros Urbanos, Pontos Cotados, Potencial Geológico, Recursos Minerais, Subestações, Unidades de Conservação e Usinas Hidroelétricas. Valor Único representa informações qualitativas adotado para representar temas onde grupos de feição possam ser representados por um único símbolo. Utilizado neste projeto para representar, Malha Viária, os Mapas Temáticos de Microrregiões, Mesorregiões, Regiões de Planejamento e Unidades Geotectônicas. Cor Graduada representa informações quantitativas que serão exibidas com o mesmo tipo de símbolo, mas com cores representando uma progressão de intervalos de valores para um dado tema específico. Foi adotado para representar os Mapas Temáticos: Admitidos
  • 40. 31 (emprego formal) - 2004, Desligados (emprego formal) - 2004, Saldo (emprego formal) - 2004, IDH - Índice de Desenvolvimento Humano (2000), IDS - Índice de Desenvolvimento Social (2001), IDE - Índice de Desenvolvimento Econômico (2001), PIB - Produto Interno Bruto (2002), População Total (2004) e População de Eleitores (2004). Definida a simbologia realizou-se a adequação da nomenclatura das informações geográficas utilizadas neste projeto, pois o nome dos campos da tabela de atributos eram de difícil entendimento, devido a uma limitação do software ArcView 3.2 que só possibilita utilizar os nomes dos campos com até 10 caracteres, o que tornou necessário editar estes campos para que os temas sejam apresentados na página com termos adequados, facilitando a interpretação destas informações pelo usuário. Para realizar esta edição utilizou-se o recurso “Alias” (disponível no software ArcView 3.2, no menu Tabela-Propriedade) que possibilita alterar a nomenclatura de um campo que esteja abreviada para uma nomenclatura que descreva melhor o atributo do tema. Por Exemplo: “maior_10 alterado para População maior que 10 anos”. A figura 12 demonstra esta operação. Figura 12 - Edição dos campos da tabela de atributos.
  • 41. 32 5.5 - Geração e Edição da Página HTML Para a geração da página HTML, adotou-se a extensão MapServer OnLine que funciona a partir do software ArcView 3.2, script escrito em linguagem Avenue (linguagem proprietária do ArcView 3.2) que tem como função gerar arquivos HTML/Java Script e MAP (arquivos necessários para disponibilizações em servidor de mapas MapServer). Como esta extensão não é parte integrante do software ArcView 3.2 é necessário inserir o arquivo MapServerOL.avx dentro do diretório de extensões (EXT32) do software ArcView 3.2, habilitando desta forma a extensão para uso. Antes da utilização da extensão MapServer OnLine deverá ser criada uma estrutura de diretórios (Figura 13), sendo que o diretório “online” receberá os arquivos HTML e MAP gerados pela extensão, o diretório “data” serão inseridos os arquivos Shapefiles e o diretório “ícones” serão inseridos os ícones que serão apresentados na página disponibilizada. Figura 13 - Estrutura de Diretórios. Após estes procedimentos a extensão MapServer OnLine estará apta para funcionamento. Primeiramente é necessário ativa-lá no software ArcView 3.2, o que irá disponibilizar o menu MapServer na barra de menu da vista do software conforme a figura 14. O menu MapServer disponibiliza três funções “Gera Arquivos MapServer”, “Mapa de Referência” e “Gera Busca”. A primeira função “Gera Arquivos MapServer” utiliza o ambiente gerado na etapa de organização das informações geográficas como referência para a geração dos arquivos HTML e MAP.
  • 42. 33 Figura 14 - Menu MapServer. Quando selecionada a função será aberta uma caixa de diálogo denominada Parâmetros Iniciais, conforme a figura 15. Figura 15 - Função “Gera Arquivos MapServer”. Nesta caixa de diálogo deve-se definir os seguintes parâmetros: Local de Instalação da Página - define o endereço onde os arquivos irão estar dentro do servidor; Diretório Temporário - define o local para onde os arquivos gerados pela manipulação do mapa dinâmico e interativo serão enviados antes de serem remetidos ao usuário; CGI-MapServer -
  • 43. 34 define o local onde está instalado o servidor de mapas MapServer; URL da Imagem - define o diretório no qual se encontrará a imagem que será enviada ao usuário; Mapa de Referência - define o local onde se encontra a figura que será usada como mapa de referência no mapa dinâmico e interativo; e Largura e Altura da Imagem definem o tamanho da área utilizada para a visualização do mapa. Definidos os parâmetros, a função “Gera Arquivos MapServer” irá gerar os arquivos HTML/Java Script e os arquivos MAP no local designado. A segunda função disponível no menu MapServer é a “Mapa de Referência”, responsável pela geração da figura “referência.jpg” que será usada pelo mapa para exibir a localização da área visualizada pelo usuário em relação a área total. Quando ativada será apresentada uma caixa de diálogo denominada “Save Reference Map” (figura 16), cuja função é definir o local onde será salva a imagem de referência, sendo o diretório “c:temponlinedata” pré-definido pela extensão MapServer Online. Figura 16 - Função “Save Reference Map”. A terceira função “Gera Busca” possibilita a elaboração de um sistema de busca no mapa, denominada “Find”. Quando ativada será apresentada uma caixa de diálogo denominada “Busca” onde será selecionada a vista que contém o tema adotado para o sistema de busca, sendo possível a seleção de mais de uma vista (figura 17). Após definida as vistas, será apresentada outra caixa de diálogo onde deverá ser selecionado um dos temas que a compõe, sendo possível a seleção de mais de um tema (figura 18).
  • 44. 35 Figura 17 - Função “Gera Busca” (seleção das vistas). Figura 18 - Função “Gera Busca” (seleção dos temas). Selecionado o tema, será disponibilizada outra caixa de diálogo, onde deverá ser escolhido um dos campos da tabela que o tema possui, definindo o atributo do tema que será disponibilizado na função “Find” do mapa dinâmico e interativo (figura 19).
  • 45. 36 Figura 19 - Função “Gera Busca” (seleção do campo da tabela).
  • 46. 37 Neste projeto optou-se por gerar um sistema de busca com apenas um tema (município) contido na vista “[Carto].Cartografia”, sendo disponibilizada a busca a partir do atributo nome do município. Depois de utilizadas as três funções do script MapServer Online, todos os arquivos necessários para a disponibilização do mapa dinâmico e interativo estarão contidos no diretório “c:temponline”. Para o funcionamento do mapa dinâmico e interativo é necessário mover o diretório “Online” para dentro do diretório “htdocs” do servidor Apache Web Server, tornando possível acessá-lo através de um browser de Internet. A página gerada possui um formato padrão, que pode ser alterado e adaptado às necessidades de cada disponibilização, esta alteração pode ser executada em qualquer editor de textos. Tais alterações são realizadas editando-se os arquivos HTML e os arquivos MAP. No projeto utilizou o software TextPad na alteração do arquivo online.HTML (arquivo que possui a estrutura da página) para adaptá-lo e configurá-lo de forma a atender a padrões adotados pelo SIEG (Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas). Foram efetuadas diversas modificações na estrutura da página como alteração do formato, cor e disposição dos elementos que a constituem, obtendo-se no final uma página de fácil manipulação e interpretação por parte dos usuários. (figura 20). Figura 20 - Portal SIG OnLine.
  • 47. 38 Foi necessária a edição dos arquivos MAP, devido a extensão MapServer OnLine gerar estes arquivos com erro em sua estrutura, isto acontece pela utilização de legendas do tipo valor único e cor graduada no software ArcView 3.2 para simbolização dos temas adotados. Sendo utilizado o software TextPad para editar os arquivos MAP. Para a disponibilização de imagens de satélites através do mapa dinâmico e interativo foi necessário criar manualmente um arquivo MAP e editar o arquivo online.HTML. Uma vez que o MapServer suporta imagens de apenas 8 bits, foi necessário converter as imagens adquiridas junto a SGM, compostas por 3 bandas totalizando 24 bits em uma imagem de apenas 1 banda com 8 bits. Para realizar esse processo utilizou-se o software SPRING 4.0 para geração de uma imagem “sintética” de 8 bits no formato TIFF. A estrutura do arquivo MAP das imagens é basicamente igual à estrutura do arquivo MAP para as Shapefiles gerado pela extensão MapServer OnLine sendo necessário apenas incluir um comando específico (IMAGETYPE GIF) no início da estrutura do arquivo MAP e uma definição do layer da imagem, como demonstrado abaixo. # # # Início do arquivo map “Imagem” # Início das definições dos layers # # NAME imagem.map LAYER STATUS ON NAME 'imagem' SIZE 440 330 TYPE raster EXTENT -53.701 -19.862 -45.536 -12.032 STATUS off UNITS dd DATA 'c:/program files/apache IMAGETYPE GIF group/apache/htdocs/online/data/imagem_cbers.tif' SHAPEPATH 'data' END # LAYER IMAGECOLOR 255 255 255 A edição do arquivo online.HTML consiste na criação de uma nova caixa de opção para seleção das imagens.
  • 48. 38 O acesso ao mapa é efetuado a partir do link “SIG OnLine” dentro do portal SIEG (http://www.sieg.go.gov.br), figura 21. Figura 21 - Portal SIEG com o link “SIG OnLine”. Fonte: www.sieg.go.gov.br Tendo como meta atender ao objetivo de criar um mapa dinâmico e interativo que atenda também a usuários que não possuem nenhum conhecimento em sistemas de informações geográficas, as funções disponibilizadas possibilitam a interação com as informações geográficas de forma simples e intuitiva. As funções disponibilizadas são: - Adicionar temas na forma de camadas na área de visualização do mapa; - Visualização de mapas temáticos; - Ampliação e redução da escala de visualização (zoom+/-) ; - Executar deslocamentos na área visualizada (pan) ; - Acesso a informações sobre os temas visualizados (identificador) ; - Busca por município ; - Redesenhar mapa para escala inicial ; - Impressão do mapa ;e - Navegação a partir do mapa de referência .
  • 49. 39
  • 50. 40 6 - Conclusões e Considerações Finais Com o avanço da Internet esta se configurou em um centro de convergência de pessoas em busca das mais diversas informações. Devido a este constante desenvolvimento surgiram diversos mecanismos que proporcionaram a criação de um ambiente apresentável e atraente para a Geoinformação. A disponibilização de informações geográficas na Internet apesar de ser um assunto recente, vem despertando crescente interesse de organizações e órgãos governamentais responsáveis pela gestão ambiental e territorial. Em Goiás destaca-se o Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas (SIEG) cuja finalidade é disponibilizar informações estatísticas e geográficas sobre o estado para download através de um portal na Internet, visando promover a gestão das informações estatísticas e geográficas para subsidiar o planejamento e gerenciamento das ações governamentais, e ao mesmo tempo suprir as demandas da sociedade por informações. Porém, apesar da facilidade do acesso as informações geográficas e estatísticas, a manipulação destas informações é complexa, uma vez que o usuário deve executar o download dos arquivos e utilizar um software compatível com o formato dos arquivos adquiridos o que exige certo nível de conhecimento sobre esta ferramenta. Esta exigência pode se tornar um obstáculo aos usuários que não possuem este conhecimento, vindo a desestimular o uso destas informações. Tendo como objetivo possibilitar que tais usuários tenham acesso a informações geográficas, desenvolvemos neste trabalho um sistema que permite ao usuário comum visualizar e interagir com as informações através de uma interface de fácil manipulação na Internet sem a necessidade de instalação de softwares específicos. Entretanto, este método de disponibilização não oferece os mesmos recursos existentes nos softwares específicos para manipulação das informações geográficas (softwares de geoprocessamento). Os softwares de visualização de informações geográficas possibilitam o usuário manipular as informações, alterar cores, símbolos, efetuar pesquisa por atributos envolvendo múltiplos temas. Já o método adotado neste trabalho permite executar as operações básicas ampliar e reduzir a escala (zoom), deslocamento (pan), visualizar área total, busca (find), imprimir (print), possibilita montar mapas a partir da sobreposição de temas e visualizar mapas temáticos como segundo plano evitando a obstrução de informações. Estas funções
  • 51. 41 suprem satisfatoriamente as necessidades dos usuários que não dominam ferramentas de geoprocessamento. Esta forma de disponibilização vem sendo adotada por diversas instituições de vários países, mas no Brasil este método ainda é pouco utilizado, não existindo praticamente informações técnicas a respeito das ferramentas necessárias para a elaboração de sistemas que possibilitem disponibilizar informações geográficas na Internet de forma dinâmica e interativa. A construção de sistemas de disponibilização de informações geográficas na Internet pode ser executada utilizando softwares comerciais ou softwares livres. Os softwares comerciais são geralmente ferramentas completas providas de inúmeros recursos, por sua vez, os softwares livres vêm se desenvolvendo a cada dia e por terem seu código fonte aberto, possibilitam que usuários contribuam para o aperfeiçoamento destas ferramentas. Para realizar este trabalho optou-se pela utilização de softwares livres, visando reduzir os custos e incentivar a adesão ao uso destes tipos de programas. Os objetivos definidos para o projeto foram alcançados com sucesso, o mapa dinâmico e interativo foi integrado ao Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas (SIEG) de forma eficiente, acrescentando a este sistema mais uma ferramenta de disponibilização de informações geográficas na Internet. Durante a realização deste trabalho observou-se a necessidade de desenvolver ferramentas que possibilitem uma melhor interação entre as informações disponibilizadas e o usuário. Apesar de possibilitar o uso das funções básicas, os métodos de disponibilização existentes, ainda não permitem executar funções complexas como o cruzamento de informações entre temas diferentes para gerar novos temas. Portanto, uma importante sugestão é o desenvolvimento de funções complexas de um SIG através de interfaces de fácil manipulação.
  • 52. 42 7 - Referências Bibliográficas ALOV. ALOV Map. Free Java GIS. Disponível em: http://alov.org/index.HTML. Acesso em: 27 de agosto de 2002. FLANAGAN, D. Java in a nutshell: a desktop quick reference for Java programmers. Sebastopol, CA, USA: O´Reilly & Associates, 1996. 438 p. FLANAGAN, D. Java in a nutshell: a desktop quick reference. Sebastopol, CA, USA: O´Reilly & Associates, 1999. 648 p. FELTON, M. CGI Internet programming with C++ and C. Upper Sadle River, NJ, USA: Prentice Hall, 1998. 514 p. HUNTER, J.; CRAWFORD, W. Java servlet programming. Sebastopol, CA, USA: O´Reilly & Associates, 1998. 510 p. KRAAK, M. Web Cartography - developments and prospects.Artigo, 2001. MAPSERVER, Obtido na Internet. http://MapServer.gis.umn.edu, acessado em 04/08/2004. MENK, J.R.F.; MIRANDA, J.I. Levantamento pedológico e mapeamento do risco de erosão dos solos da microbacia do córrego Taquara Branca - Sumaré/SP. CNPMA/EMBRAPA, Jaguariúna: EMBRAPA-CNPMA. 37p. (EMBRAPA-CNPMA. Documentos, 9). 1997. MIRANDA, José Iguelmar e SOUZA, Kleber Xavier Sampaio de. Como Publicar Mapas na Web. Artigo, 2003. THÉRIAULT, M. Toward Semantics for Modelling Spatio-Temporal Processes within GIS Vol. 2, pp: 2.27-2.43. Netherlands, 2002. RIBEIRO, Humberto Eustáquio Gonçalves. Alternativas Tecnológicas para acesso aos dados geográficos de transporte e trânsito do município de Belo Horizonte. Monografia de Especialização. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2003.
  • 53. 43 8 - Bibliografia ALMEIDA, Luís Fernando Barbosa. A metodologia de disseminação da informação geográfica e os metadados. Tese de Doutorado. Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza – UFRJ. Rio de Janeiro, 1999. FERRARI, Gabriel; SOUZA, Claudioney de e SOUZA, Marcos. Mapa Interativo de Santa Catarina na Web: Servidor de informações georreferenciadas baseado em Software Livre. Artigo, 2003. FONSECA, F. T. e DAVIS JR., C. A. Acessando bancos de dados geográficos vetoriais via Internet. Artigo, 1997. KLEINER, Ricardo de Miranda e MENEGUETTE, Arlete A. C. A Tecnologia dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e a Internet. Artigo, 2003. MACHADO, João; CABRAL, Pedro e PAINHO, Marco. Aplicações de GIS na Web: O atlas do ambiente dinâmico. Artigo, 2001. MELO, Aline Cristina de e SILVA, Flaviano. Atlas Interativo Urbano: implementação de um protótipo para o quadrilátero central de Presidente Prudente. Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências e Tecnologia. Artigo, 2003. MELO, Ivan e CARNEIRO, Andréa. Mapas na Internet: Uma metodologia de disponibilização dinâmica. Artigo, 2001. PETTA, Reinaldo A. e Cunha, José de Arimatéria da. O Uso do SIG na Gestão Territorial do Município de Serra Negra do Norte (RN). Revista de Geologia, Vol. 16, nº 1, p. 95-104, 2003. UCHOA, Helton Nogueira. Software Livre, OGC e Geoprocessamento. Revista InfoGeo, Edição n° 36, Ano 7, p. 22 e 24, 2005.
  • 54. 44 9 - Anexos Anexo 1 - Tabela de Atributos dos Temas Utilizados no Projeto.
  • 55. 45